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Comparativo de custos entre os sistemas construtivos em Contreco armado e em alvenaria estrutural

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Academic year: 2021

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DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E ENGENHARIAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

GUSTAVO REICHERT

COMPARATIVO DE CUSTOS ENTRE OS SISTEMAS CONSTRUTIVOS EM CONCRETO ARMADO E EM ALVENARIA ESTRUTURAL COM BLOCOS

CERÂMICOS

Santa Rosa 2018

(2)

GUSTAVO REICHERT

COMPARATIVO DE CUSTOS ENTRE OS SISTEMAS CONSTRUTIVOS EM CONTRECO ARMADO E EM ALVENARIA ESTRUTURAL

Projeto de pesquisa apresentado como requisito para aprovação na disciplina de Trabalho de Conclusão de curso de Engenharia Civil da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul.

Orientador: Prof. Me. Diorges Carlos Lopes

Santa Rosa 2018

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COMPARATIVO DE CUSTOS ENTRE OS SISTEMAS CONSTRUTIVOS EM CONTRECO ARMADO E EM ALVENARIA ESTRUTURAL

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado para a obtenção do

título de ENGENHEIRO CIVIL e aprovado em sua forma final pelo professor

orientador e pelo membro da banca examinadora.

Santa Rosa, 20 de dezembro de 2018

Prof. Me. Diorges Carlos Lopes

Orientador

Prof. Mauro Fonseca Rodrigues

Coordenador do Curso de Engenharia Civil/UNIJUÍ

Banca Examinadora

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Aos meus pais Lademir e Rosenei, e meu irmão Anderson meus sinceros amor e gratidão

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, que me iluminou por mais essa etapa da minha vida.

Aos meus pais Lademir e Rosenei, meu sincero agradecimento pelo apoio, motivação e compreensão em todas as etapas da minha vida e nesse desafio, não foi diferente. São eles que tornam tudo possível, não medindo esforços para que tudo se torne possível. A vocês meu enorme reconhecimento e gratidão.

Ao meu irmão Anderson pela grande amizade, sabedoria e companhia.

A todos os professores pelos ensinamentos durante essa jornada.

Ao professor Diorges Carlos Lopes em especial, pela orientação, disponibilidade e ensinamentos na realização desta pesquisa.

Aos meus avós pelo apoio dado, e toda torcida, não somente neste trabalho, mas em todo meu crescimento pessoal.

Aos meus amigos e colegas pelos conhecimentos compartilhados e outras diversas formas me ajudaram nesta jornada.

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RESUMO

REICHERT Gustavo. Comparativo de custos entre os sistemas construtivos em

concreto armado e em alvenaria estrutural com blocos cerâmicos. 2018.

Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Engenharia Civil, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, Santa Rosa, 2018.

A razão quantificar e orçar consiste na relação de avaliação de custos de um projeto. A importância do conhecimento dos custos de um produto final auxilia na tomada de decisão, quanto ao sistema construtivo melhor a adotar perante as alternativas. Esse trabalho objetiva analisar os custos de uma residência unifamiliar, adotando o sistema construtivo em concreto armado com vedação de “tijolo 8 furos”, e o sistema construtivo em alvenaria estrutural com blocos cerâmicos. A pesquisa desenvolveu-se com o auxilio de um projeto modelo, no qual foram extraídos os quantitativos para realização do orçamento comparativo. Visto que alguns serviços apresentam custos iguais para ambos os sistemas construtivos, buscou-se quantificar e comparar apenas os serviços desiguais. Para realizar o quantitativo contou-se com o auxilio das Tabelas de Composição de Preços para Orçamento (TPCO). Para a composição das planilhas orçamentárias, utilizou-se o Sistema de Preços e Índices (SINAPI) para obtenção dos custos unitários. Sendo assim, conclui-se que os conclui-serviços comparados valendo-conclui-se do projeto modelo, utilizando o sistema construtivo em concreto armado com vedação de “tijolo 8 furos” será 50,03% mais oneroso que o sistema construtivo em alvenaria estrutural com blocos cerâmicos. Visto que o país encontra-se em uma grave crise econômica e há o aumento da concorrência no mercado da Construção Civil, alicerçam o papel fundamental do processo de levantamento de custos, para escolha do sistema construtivo a ser adotado.

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ABSTRACT

REICHERT Gustavo. Comparativo de custos entre os sistemas construtivos em

concreto armado e em alvenaria estrutural com blocos cerâmicos. 2018.

Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Engenharia Civil, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, Santa Rosa, 2018.

The reason to quantify and to bud is the cost evaluation relationship of a project. The importance of knowledge of the costs of an end product assists in the decision making, as to the constructive system better to adopt before the alternatives. This work aims to analyze the costs of a single family dwelling, adopting the constructive system in reinforced concrete with a "8 hole brick" fence, and the construction system in structural masonry with ceramic blocks. The research was developed with the help of a model project in which the quantitative data were extracted for the realization of the comparative budget. Since some services have equal costs for both constructive systems, we have tried to quantify and compare only the unequal services. In order to carry out the quantitative, we counted on the help of the Tabelas de Composição de Preços para Orçamento (TPCO). For the composition of the budget worksheets, the Sistema de Preços e Índices (SINAPI) was used to obtain the unit costs. Therefore, it is concluded that the services compared using the model design, using the construction system in reinforced concrete with "8-hole brick" will be 50.03% more expensive than the structural system in structural masonry with ceramic blocks. Since the country is in a serious economic crisis and there is an increase in competition in the Civil Construction market, they support the fundamental role of the process of raising costs, in order to choose the construction system to be adopted.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Etapas de um orçamento...18

Figura 2 – Alvenaria estrutural...24

Figura 3 – Alvenaria estrutural não armada...29

Figura 4 – Alvenaria estrutural armada...30

Figura 5 – Blocos de comprimentos 15, 30, 45 cm, largura 15 e altura 20 cm...31

Figura 6 – Blocos de comprimentos 20, 40, 35 cm, largura 15 e altura 20 cm...31

Figura 7 – Bloco cerâmico estrutural...32

Figura 8 – Estrutura em concreto armado...35

Figura 9 – Execução em concreto armado...36

Figura 10 – Página inicial CEF...38

Figura 11 – Seleção de estado...38

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Custos totais...54 Gráfico 2 – Percentuais de serviços 1...55 Gráfico 3 – Percentuais de serviços 2...56 Gráfico 4 – Representatividade dos insumos no sistema construtivo em concreto armado...56 Gráfico 5 – Representatividade dos insumos no sistema construtivo em alvenaria estrutural...57

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Produtividade com blocos de vedação...41

Quadro 2 – Produtividade com blocos estruturais...41

Quadro 3 – Quantitativos com uso de blocos de vedação...42

Quadro 4 – Quantitativos com uso de blocos estruturais...42

Quadro 5 – Quantitativos de insumos para argamassa 1...43

Quadro 6 – Quantitativos de insumos para argamassa 2...43

Quadro 7 – Produtividade dos insumos de montagem de formas para pilares...44

Quadro 8 – Produtividade dos insumos de montagem de formas para vigas...44

Quadro 9 – Quantitativo montagem das formas dos pilares...44

Quadro 10 – Quantitativo montagem das formas das vigas...45

Quadro 11 – Produtividade dos insumos para uso de armaduras CA-50 com ꝋ até 12,5 mm ...45

Quadro 12 – Produtividade dos insumos para uso de armaduras CA-50 com ꝋ até 12,5 mm ...45

Quadro 13 – Quantitativo armadura CA-50 com ꝋ até 12,5 mm nas vigas e pilares do sistema construtivo em concreto armado...46

Quadro 14 – Quantitativo armadura CA-60 com ꝋ até 8,0 mm nas vigas e pilares do sistema construtivo em concreto armado...46

Quadro 15 – Quantitativo armadura CA-50 com ꝋ até 12,5 mm nas vergas e contra vergas do sistema construtivo em alvenaria estrutural...46

Quadro 16 – Quantitativo armadura CA-50 com ꝋ até 12,5 mm nos pontos de grauteamento do sistema construtivo em alvenaria estrutural...47

Quadro 17 – Quantitativo armadura CA-50 com ꝋ até 12,5 mm nas cintas de amarração usadas no sistema construtivo em alvenaria estrutural...47

Quadro 18 – Produtividade dos insumos para concretagem dos pilares...47

Quadro 19 – Produtividade dos insumos para concretagem das vigas...47

Quadro 20 – Quantitativo para concretagem dos pilares...48

Quadro 21 – Quantitativo para concretagem das vigas...48

Quadro 22 – Quantitativo para concretagem das vergas e contra vergas...48

Quadro 23 – Quantitativo para grauteamento dos vazados dos blocos...49

Quadro 24 – Quantitativo para concretagem da cinta de amarração...49

(11)

Quadro 26 – Orçamento da etapa de montagem e uso de formas...51

Quadro 27 – Orçamento da etapa de armação...51

Quadro 28 – Orçamento da etapa de concretagem...52

Quadro 29 – Orçamento da etapa de levantamento de paredes...52

Quadro 30 – Orçamento da etapa de armação...53

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LISTA DE SIGLAS E SÍMBOLOS

CA – Concreto Armado

CEF – Caixa Econômica Federal

SINAPI – Sistema de Preços Custos e Índices

(13)

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 15

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ... 17

2.1 ORÇAMENTO E CUSTOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL ... 17

2.1.1 Composição de Custos ... 19

2.1.2 Custos Diretos ... 20

2.1.3 Custos Indiretos ... 21

2.1.4 Grau de Detalhamento do Orçamento ... 22

2.2 TÉCNICA, MÉTODO, PROCESSO E SISTEMA CONSTRUTIVO ... 23

2.3 ALVENARIA ESTRUTURAL: CARACTERISTICAS BÁSICAS DO SISTEMA CONSTRUTIVO ... 23

2.3.1 Conceitos ... 23

2.3.2 Aspectos históricos e desenvolvimento ... 24

2.3.3 Componentes da alvenaria estrutural ... 27

2.3.4 Alvenaria Estrutural Não Armada ... 29

2.3.5 Alvenaria Estrutural Armada ... 30

2.3.6 Blocos usualmente utilizados ... 30

2.3.7 Bloco cerâmico estrutural ... 31

2.3.8 Modulação ... 32

2.4 CONCRETO ARMADO: CARACTERISTICAS BÁSICAS DO SISTEMA CONSTRUTIVO ... 33 2.4.1 Histórico no Brasil ... 33 2.4.2 Conceitos ... 34 2.4.3 Elementos estruturais ... 35 2.4.4 Formas... 35 2.4.5 Execução ... 36 3 METODOLOGIA ... 37

(14)

3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA ... 37

3.2 PLANEJAMENTO DA PESQUISA ... 37

3.2.1 Coleta e interpretação dos dados ... 37

3.3 LIMITAÇÕES DO TRABALHO ... 39

3.4 COMPOSIÇÃO DE CUSTOS ... 40

3.4.1 Composição dos custos para assentamento da alvenaria ... 41

3.4.2 Composição dos custos para montagem das formas... 43

3.4.3 Composição dos custos para execução de armaduras ... 45

3.4.4 Composição dos custos para concretagem ... 47

4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS ... 50

4.1 PROJETOS ... 50

4.2 ORÇAMENTO ... 50

4.2.1 Sistema construtivo em concreto armado ... 50

4.2.2 Sistema construtivo em alvenaria estrutural com blocos cerâmicos .. 52

4.3 COMPARATIVO DE VALORES ... 53

5 CONCLUSÃO ... 59

REFERÊNCIAS ... 60

ANEXO A ... 64

PLANTAS DO PROJETO MODELO DE UMA EDIFICAÇÃO RESIDENCIAL UNIFAMILIAR ... 64

APÊNDICE A ... 70

PLANILHA ORÇAMENTÁRIA – SISTEMA CONSTRUTIVO EM CONCRETO ARMADO ... 70

APÊNDICE B ... 72

PLANILHA ORÇAMENTÁRIA – SISTEMA CONSTRUTIVO EM ALVENARIA ESTRUTURAL ... 72

(15)

1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho realizou um comparativo de custos entre dois sistemas construtivos, aplicados a uma residência unifamiliar de 171,9 m². A pesquisa será elaborada por Gustavo Reichert, orientado pelo professor Diorges Carlos Lopes.

Ao efetuar o projeto de uma residência, se torna necessário verificar a viabilidade econômica, para saber se o custo deste está de acordo com as condições do comprador, ou até mesmo, se esta se encontra em um valor competitivo dentro do mercado da construção civil. Então, qual dos dois processos construtivos apresentados, compreende ao processo mais viável economicamente dentro do mercado da construção civil?

Segundo Mattos (2006 p. 22) “a preocupação com custos começa cedo, ainda antes do inicio da obra, na fase de orçamentação, quando se estabelece o primeiro passo de quem se dispõem a realizar um projeto, estimar o quanto ele irá custar”.

“Independente de localização, recursos, prazo, cliente e tipo de projeto, uma obra é eminentemente uma atividade econômica e, como tal, o aspecto custo reveste-se de especial importância” (MATTOS, 2006, p. 22).

Para Limmer (1997, p.86) “um orçamento pode ser definido como a determinação dos gastos necessários para a realização de um projeto, de acordo com um plano de execução previamente estabelecido, gastos esses traduzidos em termos quantitativos”.

Conforme Limmer (1997, p.86) “O orçamento de um projeto baseia-se na previsão de ocorrência de atividade futuras logicamente encadeadas e que consomem recursos, ou seja, acarretam custos”.

Deste modo, para estimar os custos, é necessário saber qual o processo construtivo que será utilizado na obra, assim como a especificação dos materiais.

Para Silva (2002, p.2) “Durante muito tempo, se apresentou a alvenaria estrutural como um processo construtivo mais racionalizado, onde sua economia frente ao concreto armado era inegável”.

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Gustavo Reichert (gus_r97@hotmail.com). Trabalho de Conclusão de Curso. Santa Rosa DCEENG/UNIJUI 2018

De acordo com Silva (2002 p.2) “torna-se indispensável medir os custos dos diferentes processos construtivos, para avaliar a real economia que o processo construtivo em alvenaria estrutural representa em relação ao processo construtivo em concreto armado”.

Silva (2002 p.2) “observa que na construção civil, há uma carência de dados a respeito de custos, o que acaba tornando as decisões sobre valores dos custos em obra sendo intuitivos, as quais nem sempre retratam a realidade”.

Como tema apresenta uma comparação de custos, através da orçamentação do projeto considerando a aplicação dos sistemas construtivos em concreto armado com vedação de “tijolos 8 furos” de tamanho 9x19x29, e o processo construtivo em alvenaria estrutural com blocos cerâmicos de tamanho 14x19x29 cm e resistência de 4,0 MPA.

Como objetivo, o trabalho propõe a comparação da economia real em que um processo pode representar em relação ao outro, assim como uma melhor avaliação dos processos construtivos estudados.

No cenário atual que se encontra a construção civil, esse projeto de estimativa de custos acaba tendo grande valor agregado. A apresentação dos custos/benefícios de cada processo construtivo pode auxiliar na tomada de decisões quanto à alternativa a adotar como sistema construtivo. Levando em conta a melhor alternativa custo/beneficio, que implicaria em uma melhor posição da empresa ou engenheiro no mercado da construção civil.

Justificando a importância do tema, Estrutura (1999) define a escolha de um sistema construtivo como uma das mais importantes decisões dentro da obra.

Essa análise poderia auxiliar o que Mattos (2010, p.24) aponta como deficiência das empresas, fenômeno sentido muito mais nas obras de pequeno e médio porte, e que se manifesta em graus variados. No geral são frustação de prazos, estouro de orçamento, atrasos injustificados e até mesmo litígios judiciais para recuperação de perdas e danos. Causados por desconhecimento ou mau uso das técnicas de planejamento e orçamentos errôneos.

(17)

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Neste capítulo apresentam-se alguns tópicos, a partir de referências teóricas, com assuntos pertinentes ao tema deste trabalho como: orçamentos e custos na construção civil, técnica, método, processo e sistema construtivo, alvenaria estrutural: características básicas do sistema construtivo, concreto armado: características básicas do sistema construtivo.

2.1 ORÇAMENTO E CUSTOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Para iniciar um orçamento, antes de qualquer coisa é necessário ter em mãos um projeto, onde constam todas as informações e elementos necessários e suficientes para o levantamento dos custos e despesas envolvidas (TISAKA, 2011, p.51).

Mattos (2006, p. 22) distingue orçamento (produto) de orçamentação (processo de determinação) e ainda acrescenta: [...] “orçar não é um mero exercício de futurologia ou jogo de adivinha”.

Para se determinar um orçamento é preciso somar os custos diretos e os custos indiretos, e por fim adicionam-se impostos os lucros desejados para então, se alcançar o preço de venda do empreendimento (MATTOS, 2006, p.6).

A construção é uma atividade econômica que compreende uma grande parte do produto interno bruto de qualquer país e tem parcela considerável na empregabilidade de pessoas (UNIEMP, 2010).

Por ser de grande importância, Azevedo R. C. et al. (2011, p.86) afirma que o processo de orçar um empreendimento torna-se fator crítico para empresas construtoras, antes mesmo que as edificações sejam projetadas em detalhes e que contratos de vendas e de fornecimento sejam firmados.

Um orçamento bem realizado pode reduzir desvios que influenciam diretamente na lucratividade do empreendimento ou até mesmo desvios significativos, que poderiam inviabilizar a continuidade de uma obra (LOPES; LIBRELOTTO; AVILA, 2003).

Vale destacar, conforme Mattos (2006, p. 23), que quanto maior o conhecimento prático de quem realiza o orçamento, maior a probabilidade de o

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Gustavo Reichert (gus_r97@hotmail.com). Trabalho de Conclusão de Curso. Santa Rosa DCEENG/UNIJUI 2018

orçamento ser correto e menor a chance de ocorrer frustações. E ainda destaca-se que um orçamento realizado por duas diferentes empresas provavelmente chegarão a orçamentos distintos, pois a diferença nos processos teóricos utilizados, a metodologia de execução, as produtividades e os preços coletados, dentre outros fatores irão impactar no valor final.

Mattos (2006, p. 31), de forma esquemática, apresenta uma sugestão para a realização de um orçamento, composto por três etapas: estudo das condicionantes, composição de custos e fechamento do orçamento.

Este processo pode ser observado na Figura 1.

Figura 1: Etapas de um orçamento

Fonte: Adaptado de Mattos (2006)

Os orçamentos apresentam diferenças, dependendo do grau de experiência dos orçamentistas. Em empresas o setor de orçamento é destino natural dos engenheiros e técnicos recém-formados. Os mais antigos estão no campo e acabam por inconscientemente por desprezar o trabalho orçamentista (MATTOS, 2006, p.23).

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Assim, acaba por ocorrer a segmentação do escritório e campo, o orçamentista não conhece a prática e não recebe informações por parte dos engenheiros de produção; estes por sua vez não acreditam no que foi orçado (MATTOS, 2006, p.23).

O ideal é que haja um espírito de equipe e que escritório e campo se completem. O orçamentista precisa visitar as obras e receber do pessoal de campo os dados acerca dos parâmetros de orçamento (MATTOS, 2006, p.23).

2.1.1 Composição de Custos

“Dá-se o nome de composição de custos ao processo de estabelecimento dos custos incorridos para a execução de um serviço ou atividade, individualizado por insumo e de acordo com certos requisitos pré-estabelecidos” (MATTOS, 2006, p. 62).

Esta composição de custos pode ser estimada e classificada para edificações.

Segundo Larssen (2012, apud Librelotto et al. 1998, p.4), as estimativas preliminares de custo podem ser classificadas em:

 Método da estimativa do custo por área: o custo total é custo por metro quadrado multiplicado pela área equivalente da edificação, conforme prescreve a NBR 12.721/2006.

 Método da estimativa do custo por volume: onde o custo total é calculado pelo custo por metro cúbico multiplicado pelo volume equivalente da edificação.

 Método da participação percentual das etapas da construção: os custos são estimados por porcentagem que as grandes etapas da obra percorrem. O custo é o somatório dos custos de todas essas etapas.

 Método da estimativa do custo por unidade: o custo total é o custo por cada unidade multiplicado pelo número de unidades da edificação.

 Método A. R. C.: desenvolvido na França, baseia-se na divisão do edifício em elementos de construção adequados ao projeto e na medição e cálculo do custo de diferentes elementos de construção.

 Método das quantidades aproximadas: este método pode ser visto como sendo um orçamento onde as medições são realizadas por aproximação.

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Gustavo Reichert (gus_r97@hotmail.com). Trabalho de Conclusão de Curso. Santa Rosa DCEENG/UNIJUI 2018

 Outros métodos: existem outros métodos de estimativas preliminares de custo, como o método das estimativas comparadas e o método da interpolação.

Mas a principal maneira de classificar os custos é em custos diretos e custos indiretos:

2.1.2 Custos Diretos

Conforme Tisaka (2011, p.74), somando todos os custos dos materiais, equipamentos e mão de obra que serão aplicados diretamente em cada um dos serviços de uma obra chega-se ao custo direto.

“Custo direto é aquele obtido pela soma dos insumos que ficam incorporados ao produto... através dos consumos dos itens de custo facilmente mensuráveis na unidade de medida e pagamento de cada um destes custos unitários” (DIAS, 2003, apud. LARSSEN, 2012, p.16).

Segundo Mattos (2006 p. 62) as categorias de custo envolvidas em um serviço são tipicamente: Mão-de-obra, materiais e equipamentos.

 Mão-de-obra

Em conformidade com Mattos (2006, p.78) o trabalhador é o elemento racional de uma obra, ele tem influência em todas as partes de um projeto de construção civil, sendo responsável por dar forma aos serviços, é o trabalho humano que gera o produto final.

Mattos (2006 p.78) ainda afirma, “uma obra pode chegar a ter de 50% a 60% de seu custo composto pela mão-de-obra”.

 Material

Em concordância com Mattos (2006, p.98) o material está presente na maioria absoluta das atividades de uma obra na construção civil, representando muitas vezes mais da metade do custo unitário do serviço.

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Portanto, para que não haja frustações na execução da obra, o orçamento deve ser capaz de refletir a realidade e conduzir a um preço justo (MATTOS, 2006, p.98).

Segundo Mattos (2006, p.98), durante o processo de compra, os principais aspectos que influenciam no preço de aquisição do insumo são:

 Especificações técnicas;  Unidade e embalagem;  Quantidade;  Prazo de entrega;  Condições de pagamento;  Validade da proposta;

 Local e condições de entrega;

 Despesas complementares: frete, impostos etc..

 Equipamento

“Pequenos ou grandes, alugados ou próprios, hidráulicos, pneumáticos ou elétricos, os equipamentos frequentemente representam grande parcela do custo de um serviço – e, por extensão, da obra” (MATTOS, 2006, p.108).

Mattos (2006, p.108), diz ainda, que a maneira habitual de atribuir valor a um equipamento é por hora de utilização, pois é dessa maneira que o equipamento aparece nas composições de custo unitário.

2.1.3 Custos Indiretos

Conforme Tisaka (2011, p.88) o custo indireto se define como sendo os gastos da infraestrutura, necessários para obtenção do objetivo principal, que é a realização física do objetivo contratado.

“Custo indireto é todo custo que não apareceu como mão-de-obra, material ou equipamento nas composições de custos unitários do orçamento” (MATTOS, 2006, p.200).

Ainda Mattos (2006, p.200), afirma que, o custo indireto geralmente fica na faixa de 5 a 30% do custo total da construção. O percentual oscila em função dos seguintes aspectos:

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Gustavo Reichert (gus_r97@hotmail.com). Trabalho de Conclusão de Curso. Santa Rosa DCEENG/UNIJUI 2018  Localização geográfica  Política da empresa  Prazo  Complexidade

2.1.4 Grau de Detalhamento do Orçamento

Mattos (2006, p.34) diz, “a depender do grau de detalhamento de um orçamento, ele pode ser classificado como”:

 Estimativa de custo – avaliação expedita com base em custos históricos e comparação com projetos similares. Dá uma ideia aproximada da ordem de grandeza do custo do empreendimento;

 Orçamento preliminar – mais detalhado do que a estimativa de custos pressupõe o levantamento de qualidades e requer a pesquisa de preços dos principais insumos e serviços. Seu grau de incerteza é menor;

 Orçamento analítico ou detalhado – elaborado com composição de custos e extensa pesquisa de preços dos insumos. Procura chegar a um valor bem próximo do custo “real”, com uma reduzida margem de incerteza.

Tisaka (2011, p.69) classifica da seguinte forma:

 Estimativa de custo – Avaliação de custo da obra obtida através do exame de dados preliminares de uma ideia de projeto em relação à área a ser construída, com aplicação de um valor médio por m², para determinar as opções de estrutura e acabamento, publicadas em revista especializadas, ou outras formas de avaliação sintética baseadas nas experiências de outras obras similares.

 Orçamento preliminar – Avaliação de custo obtida através do levantamento da quantidade de serviços, materiais e equipamentos acompanhada de pesquisa de mercado dos preços médios dos componentes, normalmente feita a partir do anteprojeto da obra. Para ser um orçamento e não apenas custo, deve ser incluído também os benefícios e despesas indiretas.

 Orçamento analítico ou detalhado – Avaliação do preço, com o nível de precisão adequado, obtido através do levantamento de quantidades e de materiais, serviços e equipamentos acompanhados da composição analítica

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dos custos unitários realizada na etapa de projeto e/ou projeto executivo, incluindo os benefícios e despesas indiretas.

2.2 TÉCNICA, MÉTODO, PROCESSO E SISTEMA CONSTRUTIVO

Primeiramente, será apresentada a definição de alguns termos que se julgou importante dentro desse trabalho. Segundo Sabbatini (1989, p.23-29 apud ARCARI, 2010), se tem as seguintes definições:

a) Técnica construtiva: conjunto de operações empregadas por um particular ofício para produzir parte de uma edificação;

b) Método construtivo: conjunto de técnicas construtivas interdependentes e adequadamente organizadas, empregadas na construção de uma parte (subsistema ou elemento) de uma edificação;

c) Processo construtivo: é um organizado e bem definido modo de se produzir um edifício. Um específico processo construtivo se caracteriza pelo seu particular conjunto de métodos utilizado na construção da estrutura e vedação do edifício;

d) Sistema construtivo: é um processo construtivo de elevados níveis de organização, constituído por um conjunto de elementos e componentes inter-relacionados e completamente integrados pelo processo.

Esta nomenclatura construtiva [...] obedece a uma hierarquia, de tal forma que o sistema construtivo depende dos processos empregados, e cada um destes dos métodos aplicados, sendo esses identificados pelas técnicas utilizadas em cada atividade da construção. (SANTOS, 1998, apud ARCARI, 2010).

2.3 ALVENARIA ESTRUTURAL: CARACTERISTICAS BÁSICAS DO SISTEMA

CONSTRUTIVO

2.3.1 Conceitos

Para Sabbatini (1984, p.6) alvenaria estrutural se caracteriza como sendo uma estrutura de alvenaria dimensionada por cálculo racional. São edificações constituídas por paredes resistentes de alvenaria. A Figura 2 ilustra uma obra aplicando este sistema construtivo.

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Gustavo Reichert (gus_r97@hotmail.com). Trabalho de Conclusão de Curso. Santa Rosa DCEENG/UNIJUI 2018

Figura 2: Alvenaria estrutural

Fonte: Arcari (2010)

A alvenaria estrutural é definida como um sistema construtivo em que as paredes são elementos resistentes capazes de suportar outras cargas além do seu peso próprio (PENTEADO, 2003, p. 53 apud ARCARI 2010).

Segundo Ramalho e Corrêa (2003), “o principal conceito estrutural ligado à utilização da alvenaria estrutural é a transmissão de ações através de tensões de compressão”.

É evidente que se pode admitir a existência de tensões de tração em determinadas peças. Entretanto, essas tensões devem preferencialmente se restringir a pontos específicos da estrutura, além de não apresentarem valores muito elevados. Em caso contrário, se as trações ocorrerem de forma generalizada ou seus valores forem muito elevados, a estrutura pode ser até mesmo tecnicamente viável, mas dificilmente será economicamente adequada (Ramalho e Corrêa, 2003, p.1).

Consoante a Ramalho e Corrêa (2003, p.1) no desenvolver do sistema construtivo percebeu-se que para execução dos vãos uma alternativa interessante e viável seria os arcos.

Ainda Ramalho e Corrêa (2003, p.1) com essa alternativa puderam ser executadas pontes e muitas outras obras de grande beleza e durabilidade, conquistando um salto de qualidade considerável para o sistema construtivo.

2.3.2 Aspectos históricos e desenvolvimento

A alvenaria estrutural deu-se inicio na pré-história, classificando-se com um dos mais antigos sistemas de construção da humanidade (CAVALHEIRO, 1996).

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O emprego do sistema construtivo em alvenaria estrutural teve sua origem nas antigas civilizações, quando grandes blocos irregulares de pedra eram utilizados na execução de paredes estruturais em pirâmides, catedrais, palácios e fortalezas (SANTOS, 1998, p.23).

O desenvolvimento da técnica e seu uso racional foram impedidos pela pouca trabalhabilidade dos blocos de pedra utilizados, como também pela falta de conhecimento sobre o comportamento das alvenarias (CAMPOS, 1993 apud SANTOS, 1998, p.23).

Para o entendimento do desenvolvimento do sistema construtivo em análise será apresentado um resumo rápido da evolução ao longo do tempo, em destaque os seus aspectos estruturais, através de exemplos.

2.3.2.1 Pirâmides de Guizé

“São três grandes pirâmides, Quéfren, Queóps e Miquerinos, construídas em blocos de pedra que datam de aproximadamente 2600 anos antes de Cristo.” (RAMALHO; CORRÊA, 2003, p.3).

“Do ponto de vista estrutural, as pirâmides não apresentam nenhuma grande inovação, sendo construída através da colocação de blocos, uns sobre os outros, de maneira a produzirem a forma piramidal que as caracterizam.” (RAMALHO; CORRÊA, 2003, p.3).

2.3.2.2 Farol de Alexandria

“Aproximadamente 280 anos antes de Cristo, é o mais famoso e antigo farol de orientação. Construído em mármore branco, com 134m de altura, possuía um engenhoso sistema de iluminação, baseado em um jogo de espelhos.” (RAMALHO; CORRÊA, 2003, p.3).

“Do ponto de vista estrutural trata-se de uma obra marcante, com altura equivalente a um prédio de 45 pavimentos.” (RAMALHO; CORRÊA, 2003, p.3).

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2.3.2.3 Coliseo

Com mais de 500m de diâmetro e 50m de altura, construído por volta do ano 70 depois de Cristo, possuía 80 portais, de forma a facilitar a entrada e saída dos espectadores (RAMALHO; CORRÊA, 2003).

“Os teatros romanos, ao contrário dos teatros gregos que se aproveitavam de desníveis naturais de terrenos apropriados, eram suportados por pórticos formados por pilares e arcos. Essa característica estrutural lhes conferia uma maior liberdade em termos de localização” (RAMALHO; CORRÊA, 2003, p.4).

2.3.2.4 Catedral de Reims

“Construída entre 1211 e 1300 depois de Cristo demonstra a aprimorada técnica de se conseguir vãos relativamente grandes utilizando-se apenas estruturas comprimidas.” (RAMALHO; CORRÊA, 2003, p.4).

“Apesar de todas as limitações que os procedimentos empíricos impunham aos arquitetos desses edifícios, as técnicas construtivas que foram sendo refinadas ao longo de séculos acabam produzindo resultados muito satisfatórios.” (RAMALHO; CORRÊA, 2003, p.4).

2.3.2.5 Edifício Monadnock

“Foi construído em Chicago de 1889 a 1891 e tornou-se um símbolo clássico da moderna alvenaria estrutural. Com seus 16 pavimentos e 65 m de altura.” (RAMALHO; CORRÊA, 2003, p.4).

“Entretanto, por causa dos métodos empíricos de dimensionamento empregados até então, as paredes têm 1,80 m de espessura.” (RAMALHO; CORRÊA, 2003, p.4).

2.3.2.6 Alvenaria Não-Armada na Suíça

Construído em 1950, por Paul Haller, na Basiléia, Suíça. O edifício, com 13 pavimentos e 42 m de altura. A espessura da parede é de 15 cm, para paredes internas 37,5 cm, para paredes externas. (RAMALHO; CORRÊA, 2003).

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Considerando-se esses dados e sabendo-se que as paredes internas é que recebem a maior parte das cargas da edificação, o dimensionamento foi realizado não muito diferente ao utilizado atualmente. (RAMALHO; CORRÊA, 2003).

2.3.2.7 Hotel Excalibur em Las Vegas

Segundo Joaquim (1999), é a mais alta estrutura em alvenaria estrutural, possuindo quatro torres de 28 andares, foi construída com alvenaria armada de resistência à compressão de cerca de 28 Mpa.

2.3.2.8 Alvenaria estrutural no Brasil

A alvenaria estrutural para prédios de vários pavimentos tornou-se uma opção de construção largamente empregada no mundo, devido a vantagens como: flexibilidade de construção, economia, valor estético e velocidade de construção (SINHA, 1994 apud SILVA, 2002).

No Brasil, teve inicio o uso do sistema construtivo no período colonial, com a utilização de pedras, tijolos de barro cru e taipas de pilão. Ocorreu um avanço significativo no sistema construtivo já no Império, pelo uso de tijolo de barro cozido, a partir de 1850, proporcionando construções com maiores vãos e mais resistentes a ação das águas (CAVALHEIRO, 1998).

Hoje, a alvenaria ganha força com o aparecimento de fornecedores de blocos cerâmicos com resistência superior a 10 Mpa. Apesar de, no momento, o sistema construtivo ser utilizado em maior parte para edificações de poucos pavimentos (RAMALHO; CORRÊA, 2003, p.6).

2.3.3 Componentes da alvenaria estrutural

2.3.3.1 Unidades ou Blocos

É um componente industrializado de dimensões e peso que o tornam manuseável, possui formato paralelepipedal e adequado para compor uma alvenaria (SABBATINI, 1984, p.6).

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É o componente básico da alvenaria estrutural, o bloco é o principal responsável pela definição das características resistentes da estrutura (RAMALHO; CORRÊA, 2003).

No Brasil para edificações de alvenaria estrutural são, em ordem decrescente de utilização: blocos de concreto, blocos cerâmicos e blocos sílico-calcáreas (RAMALHO; CORRÊA, 2003).

2.3.3.2 Argamassa

Em conformidade com Sabbatini (1984, p.6) a argamassa é um material composto, plástico, constituído de agregado miúdo e de uma pasta aglomerante. Sua função é aderir materiais porosos e de endurecer após um período de tempo. Comumente utilizado nas juntas de argamassa.

A argamassa de assentamento possui as funções básicas de solidarizar os blocos, transmitir e uniformizar as tensões entre blocos de alvenaria, absorvendo pequenas deformações e prevenir a entrada de água e de vento nas edificações (RAMALHO; CORRÊA, 2003).

2.3.3.3 Graute

Definido por Santos (1998, p.21) como um elemento para preencher os vazios dos blocos e canaletas, solidificando-os para utilização da armadura, aumentando a capacidade portante destes elementos. É composto de cimento, agregado miúdo, agregado graúdo, água, cal e aditivos se necessários para conferir algum aspecto especifico à mistura.

O graute se assemelha ao concreto, diferenciando-se na sua composição, onde o graute utiliza agregados de pequena dimensão, tornando-o relativamente fluido, eventualmente necessário para o preenchimento dos vazios dos blocos. Sua função é conceder o aumento da área de seção transversal das unidades, ou permitir a solidificação dos blocos com a utilização de armaduras posicionadas em seus vazios (RAMALHO; CORRÊA, 2003).

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2.3.3.4 Armadura

Segundo Cavalheiro (1996), as armaduras podem até inexistir e quando necessárias são retas, sem gancho ou dobras, na sua grande maioria. Necessitam estar bem protegidas da corrosão.

As barras de aço empregadas no sistema construtivo em alvenaria estrutural são as mesmas utilizadas no sistema construtivo em concreto armado, porém, neste sistema construtivo, elas são cobertas por graute para assegurar o trabalho em conjunto com os demais componentes estruturais (RAMALHO; CORRÊA, 2003).

2.3.4 Alvenaria Estrutural Não Armada

É aquela constituída de blocos estruturais vazados, utilizando argamassa, e que contém armadura com fins construtivos ou de amarração, onde a amarração não é considerada na absorção dos esforços calculados (SANTOS, 1998, p.18).

Cavalheiro (1996) define como sendo alvenaria estrutural não armada, quando não há armadura ou as armaduras existentes terem a finalidade construtiva ou de amarração, não sendo consideradas na absorção de esforços. Estas armaduras ele define que são importantes para os esforços de tração da estrutura, evitando ou diminuindo a fissuração em pontos concentrados, além de assegurar contra cargas não previstas.

Na Figura 3 pode ser observado o uso do sistema construtivo em alvenaria estrutural não armada.

Figura 3: Alvenaria Estrutural não armada

Disponível em: http://www.comunidadedaconstrucao.com.br/sistemas-construtivos Acesso em: 24/10/2017

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2.3.5 Alvenaria Estrutural Armada

Santos (1998, p.18) define como sendo aquela constituída com blocos estruturais vazados assentados com argamassa, os vazados são preenchidos com graute aonde ainda é adicionado a armadura, em quantidade suficiente para absorver os esforços calculados, além das finalidades construtivas e de amarração.

É uma estrutura de alvenaria utilizando barras de aço, dimensionada por cálculos racionais (SABBATINI, 1894, p.1).

Alvenaria estrutural armada é aquela que possui armadura colocada em alguns vazados dos blocos, onde são cobertos por graute, objetivando absorver os esforços calculados, além das armaduras construtivas e de amarração (CAVALHEIRO, 1996).

A Figura 4 apresenta o uso do processo de alvenaria estrutural armada.

Figura 4: Alvenaria estrutural armada

Disponível em: http://www.ecivilnet.com Acesso em:24/10/2017

2.3.6 Blocos usualmente utilizados

Há uma variedade de blocos que podem ser utilizados em uma edificação em concreto armado. Para cada tipo de bloco a ser utilizado, existem as dimensões usualmente utilizadas. No Brasil os blocos com modulação longitudinal de 15 cm e 20 cm são mais facilmente encontrados. Em regiões específicas como Norte e Nordeste é comum utilizar um módulo de 12 cm. A largura, usualmente, é igual ao módulo longitudinal do bloco de acordo com a padronização apresentada pela NBR 6136 (RAMALHO; CORRÊA, 2003, p.14).

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A NBR 6136 (ABNT, 1994) especifica duas larguras padronizadas: largura nominal de 15 cm, designados blocos M-15, e largura nominal de 20 cm, designados blocos M-20. Já para os comprimentos e alturas, seguindo as padronizações da norma, serão de 20 e 40 cm para comprimento e 10 e 20 cm para altura.

As Figuras 5 e 6 apresentam amostras de blocos estruturais em concreto.

Figura 5: Blocos de comprimentos 15, 30 e 45 cm, largura 15 e altura 20 cm

Fonte: RAMALHO; CORRÊA (2003)

Figura 6: Blocos de comprimentos 20, 40 e 35 cm, largura 15 cm e altura 20 cm

Fonte: RAMALHO; CORRÊA (2003)

2.3.7 Bloco cerâmico estrutural

Segundo a NBR 15270-2 (ABNT, 2005), é definido como sendo um componente da alvenaria estrutural que apresenta furos prismáticos perpendiculares às faces que os contém. Os blocos cerâmicos são classificados de acordo com suas resistências à compressão, sendo que o material básico de sua fabricação é a argila. Na Figura 7 está ilustrado blocos cerâmicos estruturais.

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Figura 7: Bloco cerâmico estrutural

Disponível em: http://brasil.incerpaz.com/linha-de-blocos-estruturais Acesso em:26/10/2017

2.3.8 Modulação

É um mecanismo destinado a organizar as dimensões dos componentes de uma obra, produzida como unidades independentes, tendo como objetivo principal a racionalização da construção, do projeto à construção (MAMEDE, 2006, p.23).

Segundo Mamede (2006, p.23), a utilização dos princípios da modulação, traz algumas vantagens, como:

a) Simplificação da elaboração do projeto;

b) Padronização das dimensões, reduzindo o número de formatos dos componentes e construção;

c) Otimização na execução da obra com facilidade de montagem;

d) Redução de quebrados materiais, e consequentemente, redução de perdas.

A NBR 5706 (ABNT, 1977), estabelece o módulo como a distância entre dois pontos consecutivos do sistema que origina o reticulado espacial modular de referência.

Rosso (1966) interpreta a modulação como a unidade de medida corrente adotada para determinar dimensões, proporções e ordenar. Passando a exercer o papel de divisor comum a todas ou algumas dimensões de uma obra.

A modulação é um procedimento completamente essencial para que uma edificação em alvenaria estrutural possa obter resultados positivos economicamente.

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Se as dimensões não forem moduladas, como os blocos não devem ser cortados, os enchimentos resultantes certamente resultarão a um custo maior e uma racionalidade menor para a obra (RAMALHO; CORRÊA, 2003, p.14).

Segundo Ramalho e Corrêa (2003), uma correta modulação evitaria uma série de problemas comuns, em especial na ligação de duas paredes, tanto em canto quanto em bordas.

Para a escolha do modulo horizontal, além da largura do bloco, também é considerado, as dimensões internas dos ambientes, para ambientes com módulos de 15 cm, por exemplo, as dimensões internas devem ser múltiplas de 15. Já quanto à modulação vertical, a situação é normalmente bem mais simples. Trata-se apenas de ajustar a distancia de piso a teto para que seja um múltiplo do modulo vertical. (RAMALHO; CORRÊA, 2003, p.16).

2.4 CONCRETO ARMADO: CARACTERISTICAS BÁSICAS DO SISTEMA

CONSTRUTIVO

No Brasil, dos diversos sistemas construtivos habitualmente usados, o chamado sistema construtivo em concreto armado é, sem duvidas, o mais utilizado. O concreto está no cerne da consolidação de um dos poucos sistemas tecnológicos genuinamente desenvolvidos no Brasil e é a peça chave na estruturação do campo da arquitetura e da engenharia (SANTOS, 2008, p. 15).

Mesmo sendo sem sombras de dúvidas o mais utilizado sistema construtivo no Brasil, em um contexto geral, de acordo com Carvalho (2008) o concreto armado é um material novo, onde até o final do século XIX os sistemas construtivos usuais eram as estruturas de madeira e em alvenaria.

2.4.1 Histórico no Brasil

Segundo Marcolin (2006) a primeira referência sobre concreto no Brasil é de 1904. Quando um professor da Escola Politécnica do Rio de Janeiro publicou um trabalho no qual cita a execução de seis prédios projetados e um reservatório de água em Petrópolis, no estado do Rio de Janeiro.

Para Santos (2008, p.13) o sistema construtivo em concreto armado teve sua origem no Brasil na primeira década do século XX. De inicio demonstrado como um

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produto aplicado somente para obras especiais, como pontes e viadutos. Com a evolução das cimenteiras, em torno dos anos 1920, começou o processo de difusão da tecnologia do concreto determinando um período crítico de instalação dessa tecnologia no Brasil ao longo dos anos 1930.

Para Santos (2008, p.16), o concreto é um material fundamental para a arquitetura e a engenharia nacional, ao longo do século XX tornou-se formal, legalizado e normalizado, e se infiltra em todas as etapas da produção de edificações:

 Concepção de projetos;

 Organização do trabalho dos operários no canteiro;

 Comércio de materiais de construção.

Para Santos (2008, p.16), o concreto é um material fundamental para a arquitetura e a engenharia nacional, ao longo do século XX tornou-se formal, legalizado e normalizado, e se infiltra em todas as etapas da produção de edificações:

Em 2006 o Brasil ocupou a décima posição do quesito produção de concreto, chegando a uma produção em torno de 42,4 milhões de toneladas (CIMENTO, 2009).

2.4.2 Conceitos

Concreto armado entende-se como sendo o concreto com barras de aço imersas nele. Compreende a um material de composição composta, no qual a ligação entre concreto e a armadura de aço ocorre pelo processo de aderência do cimento e a efeitos de natureza mecânica (LEONHARDT; MÖNNIG, 2008, p.1).

Para Araújo (2003, p.1) o concreto armado se caracteriza pela associação do concreto com barras de aço, onde o funcionamento desse produto só é possível quando há aderência.

O concreto é um conglomerado composto por cimento Portland, agregado miúdo, agregado graúdo e água, sendo atualmente “o segundo material mais consumido pelo homem, superado apenas pela água.” (GRAZIANO, 2005, p.15).

(35)

A seguir a Figura 8 apresenta uma estrutura em concreto armado.

Figura 8: Estrutura em concreto armado

Fonte: Arcari (2010)

O aço é empregado nas estruturas de concreto armado devido à baixa resistência à tração do concreto, sendo cerca de 10% da sua resistência à compressão, cumprindo a tarefa de absorver os esforços de tração na estrutura e aumentar a capacidade de carga dos elementos comprimidos (ARAÚJO, 2003 apud ARCARI, 2010, p.27).

É produzido em barras, obtido através do processo de laminação, sendo que as bitolas, em milímetros, padronizadas pela NBR 7480 são: 5; 6,3; 8; 10; 12,5; 16; 20; 25; 32 e 40 (FUSCO, 1995, p.3).

2.4.3 Elementos estruturais

Segundo a NBR 6118, os pilares são elementos lineares de eixo reto, dispostos na vertical que recebem basicamente esforços de compressão, oriundos do peso próprio da estrutura além de outras cargas. Já as vigas são elementos lineares basicamente dispostos na horizontal nas quais o esforço preponderante é o de flexão. Por fim a laje ou placa é um elemento estrutural laminar de superfície plana sujeito principalmente a ações normais ao seu plano e normalmente constituem os pisos dos edifícios (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003, p.74-75).

2.4.4 Formas

Para Assahi (2005, apud ARCARI, 2010, p.30) devido às fôrmas representarem entre 25% e 40% do custo da estrutura de concreto armado, equivalente a 5% a 8% do custo total do empreendimento, este item merece atenção especial, não só pela sua representatividade, mas principalmente, pela sua suscetibilidade. Ressalta também que “[...] na maioria das vezes torna-se o único

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fator significativo de competitividade na execução de estrutura, uma vez que os itens armação e concreto são pouco variáveis, independente da metodologia de execução.”.

As formas possuem papel fundamental na qualidade e acabamento final da estrutura. Atualmente observa-se que, devido o seu elevado custo, algumas construtoras às utilizam além da capacidade do material, podendo nestes casos, resultar em estruturas com desníveis e desaprumos, que geram altos custos para a correção e podendo apresentar manifestações patológicas no futuro (ARCARI, 2010, p.30).

2.4.5 Execução

A execução da estrutura convencional de concreto armado, segundo Freire (2001 apud THOMAZ 2005, p. 535) segue basicamente a sequencia indicada na Figura 9:

Figura 9: Execução em concreto armado

Fonte: Arcari (2010)

Percebe-se a grande quantidade de etapas e a necessidade de algumas serem executadas ao mesmo tempo, também se pode verificar a interligação entre as etapas, o que torna possível ocorrência de interferências nos processos.

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3 METODOLOGIA

3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA

O trabalho consiste em um estudo de caso descritivo, pois a pesquisa é realizada através da coleta de dados.

A pesquisa de acordo com a forma de abordagem classifica-se como uma análise quantitativa, onde foram levantadas as quantidades e custos de materiais e mão de obra necessária para cada etapa.

Com a atual situação do nosso país é necessário que se realize uma analise sobre a viabilidade dos sistemas construtivos já em uso, e as novas tecnologias na construção civil. Um exemplo é a utilização do processo construtivo em concreto armado em relação ao processo construtivo em alvenaria estrutural com blocos cerâmicos.

Em razão destes questionamentos é que se realizou a presente pesquisa, que teve por objetivo comparar os custos entre uma residência unifamiliar executada em concreto armado com vedação de “tijolo 8 furos” e a mesma executada em alvenaria estrutural com blocos cerâmicos.

3.2 PLANEJAMENTO DA PESQUISA

O projeto residencial modelo, possui dois pavimentos com um total de 171,9 m², foi fornecido pelo orientador, professor Diorges Carlos Lopes. Em seguida coleta de quantitativos do projeto, para a aplicação dos dois sistemas construtivos aplicados. Realizou-se o orçamento com pesquisa de valores no SINAPI. Subsequentemente corporificou-se a análise comparativa dos resultados obtidos.

3.2.1 Coleta e interpretação dos dados

Para atingir os custos do projeto modelo em ambos os sistemas construtivos utilizou-se o apoio do programa Microsoft EXCEL, para geração de planilhas orçamentárias objetivando á comparação dos custos das composições de cada sistema construtivo.

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A fim de apropriar os custos foi efetuada a consulta ao SINAPI, assim como as produtividades variáveis para cada serviço foi realizada seguindo as Tabelas de Composição de Preços para Orçamentos (TCPO).

Em seguida será apresentado um passo a passo de como foram atingidos os valores para cada serviço e insumo considerado no projeto.

Na Figura 10 é possível visualizar a página inicial da Caixa Econômica Federal, e no campo em destaque pode-se ter acesso aos preços e custos necessários para realizar uma planilha orçamentaria.

Figura 10 - Página inicial CEF

Fonte: CEF (2018)

A Figura 11 apresenta um campo onde é possível selecionar o estado para obter os preços e custos para cada estado.

Figura 11 - Seleção de estado

(39)

Na Figura 12 é demonstrada a etapa onde se tem acesso a todos os downloads disponíveis pela CEF.

Figura 12 - Página download CEF

Fonte: CEF (2018)

Com os arquivos em formato PDF é possível a visualização dos valores de todos os insumos, para o mês selecionado.

3.3 LIMITAÇÕES DO TRABALHO

O custo da infraestrutura do projeto modelo não é influenciado pelo sistema construtivo, sendo assim, não será considerado no trabalho. Somente os serviços que retratam mudanças no custo da obra em virtude dos diferentes sistemas construtivos irão ser avaliados.

Para baixo da viga baldrame foi considerado o mesmo custo para ambos os sistemas construtivos estudados, assim como, as lajes de entrepiso e laje de forro. Apesar de apresentarem distinções referende a mão de obra do eletricista e encanador, não foi possível medir esta diferença, e, portanto considerado os insumos e serviços de instalação elétrica e hidráulica como iguais nos sistemas construtivos analisados.

Como não há em posse o projeto estrutural do sistema construtivo em alvenaria estrutural, foi considerado o preenchimento de graute nos mesmos locais onde existem os pilares no projeto original, esse projeto é apenas para fins de

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quantificar dados, e não seria possível executar o mesmo. Para que fosse possível executar o projeto seria necessário consultar um profissional especializado em calculo de projeto.

3.4 COMPOSIÇÃO DE CUSTOS

Para se chegar à composição dos custos segundo Mattos (2006) são necessárias cinco colunas:

Insumo: cada um dos materiais, mão de obra e equipamentos que entram na execução direta dos serviços;

Unidade: é a unidade usada para medir cada insumo. Quando se trata de mão de obra, a unidade é sempre hora (mais precisamente, homem-hora); para materiais pode ser Kg, m³, m², m, un entre outras; para equipamento, hora (de máquina);

Índice: é a incidência de cada insumo na execução de uma unida;

Custo unitário: é o custo para aquisição ou emprego de uma unidade do insumo;

Custo total: é o custo total do insumo e é obtido pela multiplicação da quantidade pelo índice pelo custo unitário. A somatória dessa coluna é o custo total unitário do serviço.

Tendo em vista que o projeto modelo foi desenvolvido para ser executado no sistema convencional de concreto armado, e não há o projeto de modulação para que seja executado em alvenaria estrutural com blocos cerâmicos, portanto as medidas dos cômodos do projeto foram consideradas iguais ao projeto original executado pelo sistema convencional. Este projeto não seria possível executar, seria necessário um profissional executar a parte estrutural. O projeto será utilizado apenas com objetivos de coleta de dados.

Para a adequação dos custos dos insumos foi efetuada a consulta ao Sistema de Preços Custos e Índices (SINAPI) referente a localidade de Porto Alegre em Setembro de 2018, que corresponde a data mais atualizada no momento da análise.

(41)

A demonstração dos dados para composição dos custos está apresentada em forma de quadros, feita com o auxílio do programa EXCEL, para melhor organização e visualização.

3.4.1 Composição dos custos para assentamento da alvenaria

Para composição dos custos foi necessário à análise da produtividade dos insumos para assentamento de alvenaria. No caso do sistema construtivo em concreto armado analisou-se a produtividade para o assentamento de alvenaria com o uso de blocos de vedação, apresentados no Quadro 1.

Quadro 1: Produtividade com blocos de vedação

Pedreiro

0,64

Hh/m²

Servente

0,38

Hh/m²

Argamassa de assentamento

13,8

l/m²

Bloco de vedação (29x19x9)

18,5

un/m²

PRODUTIVIDADE DOS SERVIÇOS DE ASSENTAMENTO DE

ALVENARIA

Fonte: Próprio autor (2018)

Para o sistema construtivo em alvenaria estrutural observou-se a produtividade para o assentamento de alvenaria com o uso de blocos estruturais, conforme o Quadro 2.

Quadro 2: Produtividade com blocos estruturais

Pedreiro

0,71

Hh/m²

Servente

0,43

Hh/m²

Argamassa de assentamento

14,7

l/m²

Blocos para alvenaria estrutural

17,17

un/m²

PRODUTIVIDADE DOS SERVIÇOS DE ASSENTAMENTO DE

ALVENARIA

Fonte: Próprio autor (2018)

Para ambos os quadros, na primeira coluna são apresentados os insumos a serem executados, na segunda coluna estão os seus índices, e na terceira coluna estão indicadas as unidades para cada um dos insumos.

No projeto modelo foi encontrado um total de 427,47 m² de paredes, fazendo a multiplicação desses metros quadrados pelos índices de cada insumo, resultam

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nas quantidades necessárias. Os valores encontram se representados nos Quadros 3 e 4 apresentados logo a seguir.

Quadro 3: Quantitativos com uso de blocos de vedação

Argamassa de assentamento

5,90

Bloco de vedação (29x19x9)

7908

un

Pedreiro

273,58

h

Servente

162,44

h

ALVENARIA COM BLOCOS DE VEDAÇÃO

Fonte: Próprio autor (2018)

Quadro 4: Quantitativos com uso de blocos estruturais

Argamassa de assentamento

6,28

Pedreiro

303,50

h

Servente

183,81

h

Blocos para alvenaria estrutural

7338

un

ALVENARIA COM BLOCOS ESTRUTURAIS CERÂMICO

Fonte: Próprio autor (2018)

Ambos os quadros, na primeira coluna são apresentados os insumos a serem executados, na segunda coluna estão às quantidades necessárias para cada insumo, e na terceira coluna estão indicadas as unidades.

A argamassa de assentamento utilizada possui o índice e suas respectivas quantidades de insumos indicadas nos quadros abaixo. O Quadro 5 apresenta o quantitativo dos insumos da argamassa para a aplicação no sistema construtivo em concreto armado. Já o Quadro 6 demonstra o quantitativo para o uso no sistema construtivo em alvenaria estrutural.

Quadro 5: Quantitativo de insumos para argamassa 1

Insumos Índices Quantidades Unidades Cimento portland composto CPII-32 224 1321,6 kg

Areia média 1,25 7,4 m³

Cal hidratada CH-I para argamassa 128 755,2 kg

Servente 8 47,2 h

ARGAMASSA DE ASSENTAMENTO

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Quadro 6: Quantitativo de insumos para argamassa 2

Insumos Índices Quantidades Unidades Cimento portland composto CPII-32 224 1407,6 kg

Areia média 1,25 7,9 m³

Cal hidratada CH-I para argamassa 128 804,3 kg

Servente 8 50,3 h

ARGAMASSA DE ASSENTAMENTO

Fonte: Próprio autor (2018)

Os quadros acima apresentam na primeira coluna os insumos a serem quantificados, na segunda coluna estão os índices, na terceira coluna as quantidades necessárias para cada serviço, que nada mais são do que os índices multiplicados pelo volume de argamassa, já apresentado anteriormente. Na quarta coluna estão indicadas as unidades correspondentes.

3.4.2 Composição dos custos para montagem das formas

Na composição dos custos para montagem das formas, as produtividades de cada um dos insumos está representada nos Quadros 7 e 8. Os quadros se diferenciam, pois em cada um deles está indicado os insumos para distintos elementos estruturais, o primeiro quadro apresenta a produtividade dos insumos para pilares e o segundo para vigas.

Nos quadros abaixo é representada, na primeira coluna os elementos necessários para os serviços de montagem de formas de pilares e vigas respectivamente, a segunda coluna possui os índices de produtividade e a terceira coluna as suas unidades.

Quadro 7: Produtividade dos insumos de montagem de formas para pilares

Pregos 0,2 kg

Guia 2,5 x 10 cm 0,2 kg

Sarrafo 2,5 x 5 cm 2,44 m

Sarrafo 2,5 x 7,5 cm 1,95 m

Chapa Compens. Resinada 14mm 0,37 m²

Carpinteiro 2,5 h

Servente 1 h

PRODUTIVIDADE DOS SERVIÇOS PARA REALIZAÇÃO DE FORMAS COMPENSADAS RESINADAS PARA PILARES

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Quadro 8: Produtividade dos insumos de montagem de formas para vigas

Escora de Eucalipto h=3m, d=12 a 15 cm 2,8 m

Pregos 0,2 kg

Caibro 5 x 5 cm 2 m

Sarrafo 2,5 x 5 cm 2,44 m

Sarrafo 2,5 x 7,5 cm 1,95 m

Chapa Compens. Resinada 14mm 0,37 m²

Carpinteiro 2,5 h

Servente 1 h

PRODUTIVIDADE DOS SERVIÇOS PARA REALIZAÇÃO DE FORMAS COMPENSADAS RESINADAS PARA VIGAS

Fonte: Próprio autor (2018)

O projeto modelo apresenta 203,82 m² de área de forma para vigas e 63,56 m² de área de forma para pilares. Esses valores multiplicados pelos índices apresentados acima, resultam nos Quadros 9 e 10.

Quadro 9: Quantitativo montagem das formas dos pilares

Pregos 12,71 kg

Guia 2,5 x 10 cm 127,12 kg

Sarrafo 2,5 x 5 cm 88,98 m

Sarrafo 2,5 x 7,5 cm 174,15 m

Chapa Compens. Resinada 14mm 23,52 m²

Carpinteiro 158,90 h

Servente 63,56 h

FORMA COMPENSADA RESINADA PARA PILAR

Fonte: Próprio autor (2018)

Quadro 10: Quantitativo montagem das formas das vigas

Escora de Eucalipto h=3m, d=12 a 15 cm 570,70 m

Pregos 40,76 kg

Caibro 5 x 5 cm 407,64 m

Sarrafo 2,5 x 5 cm 497,32 m

Sarrafo 2,5 x 7,5 cm 397,45 m

Chapa Compens. Resinada 14mm 75,41 m²

Carpinteiro 509,55 h

Servente 203,82 h

FORMA COMPENSADA RESINADA PARA VIGA

Fonte: Próprio autor (2018)

Para cada um dos quadros representados acima, na primeira coluna indicam-se os insumos para os indicam-serviços descritos, a indicam-segunda coluna indicam as quantidades

(45)

de cada insumo, que nada mais é, que a multiplicação da quantidade desse serviço solicitado pelo índice do insumo. Na terceira coluna está representada sua unidade.

3.4.3 Composição dos custos para execução de armaduras

Na análise da armação, os Quadros 11 e 12 apresentam as produtividades de cada insumo para o serviço.

Quadro 11: Produtividade dos insumos para uso de armaduras CA-50 com ꝋ até 12,5 mm

Aço CA-50 até 12,5 mm 1,07 kg

Arame Recozido 18 BWG 0,02 kg

Ferreiro 0,1 h

Ajudante de Ferreiro 0,1 h

PRODUTIVIDADE DOS SERVIÇOS PARA REALIZAÇÃO DA ARMAÇÃO COM O USO DE ARMADURA CA-50 ATÉ 12,5 MM

Fonte: Próprio autor (2018)

Quadro 12: Produtividade dos insumos para uso de armaduras CA-60 com ꝋ até 8,0 mm

Aço CA-60 até 8,0 mm 1,07 kg

Arame Recozido 18 BWG 0,02 kg

Ferreiro 0,1 h

Ajudante de Ferreiro 0,1 h

PRODUTIVIDADE DOS SERVIÇOS PARA REALIZAÇÃO DA ARMAÇÃO COM O USO DE ARMADURA CA-60 ATÉ 8,0 MM

Fonte: Próprio autor (2018)

Na primeira coluna dos quadros apresentados acima são representados os elementos necessários para a execução das armaduras, tanto como para armaduras utilizando aço CA-50 quanto para armaduras empregando aço CA-60. A segunda coluna possui os índices de produtividade e a terceira coluna as suas unidades.

O sistema construtivo em concreto armado apresenta um total de aço correspondente a, 1251,1 kg de aço CA-50 e 307,6 kg de aço CA-60. Já o sistema construtivo em alvenaria estrutural com uso de blocos cerâmicos possui um total de 374,6 kg de aço CA-50. A seguir, nos Quadros 13, 14, 15, 16 e 17 são apresentados os quantitativos de aço requeridos para cada serviço, em ambos os sistemas construtivos.

(46)

Gustavo Reichert (gus_r97@hotmail.com). Trabalho de Conclusão de Curso. Santa Rosa DCEENG/UNIJUI 2018

Quadro 13: Quantitativo armadura CA-50 com ꝋ até 12,5 mm nas vigas e pilares do sistema construtivo em concreto armado

Aço CA-50 até 12,5 mm 1338,68 kg

Arame Recozido 18 BWG 25,02 kg

Ferreiro 125,11 h

Ajudante de Ferreiro 125,11 h

ARMADURA CA-50 ATÉ 12,5 MM

Fonte: Próprio autor (2018)

Quadro 14: Quantidades armadura CA-60 com ꝋ até 8,0 mm nas vigas e pilares do sistema construtivo em concreto armado

Aço CA-60 até 8,0 mm 329,24 kg

Arame Recozido 18 BWG 6,15 kg

Ferreiro 30,77 h

Ajudante de Ferreiro 30,77 h

ARMADURA CA-60 ATÉ 8,0 MM

Fonte: Próprio autor (2018)

Quadro 15: Quantitativo armadura CA-50 com ꝋ até 12,5 mm nas vergas e contra vergas do sistema construtivo em alvenaria estrutural

Aço CA-50 até 12,5 mm 33,60 kg

Arame Recozido 18 BWG 0,63 kg

Ferreiro 3,14 h

Ajudante de Ferreiro 3,14 h

ARMADURA CA-50 ATÉ 12,5 MM

Fonte: Próprio autor (2018)

Quadro 16: Quantitativo armadura CA-50 com ꝋ até 12,5 mm nos pontos de grauteamento do sistema construtivo em alvenaria estrutural

Aço CA-50 até 12,5 mm 72,12 kg

Arame Recozido 18 BWG 1,35 kg

Ferreiro 6,74 h

Ajudante de Ferreiro 6,74 h

ARMADURA CA-50 ATÉ 12,5 MM

(47)

Quadro 17: Quantitativo armadura CA-50 com ꝋ até 12,5 mm nas cintas de amarração usadas no sistema construtivo em alvenaria estrutural

Aço CA-50 até 12,5 mm 295,11 kg

Arame Recozido 18 BWG 5,52 kg

Ferreiro 27,58 h

Ajudante de Ferreiro 27,58 h

ARMADURA CA-50 ATÉ 12,5 MM

Fonte: Próprio autor (2018)

Os quadros indicados, nas suas primeiras colunas apresentam os insumos necessários para o serviço, na segunda coluna são os índices multiplicados pelas quantidades solicitadas desse serviço, e a terceira coluna apresenta suas unidades.

3.4.4 Composição dos custos para concretagem

Os custos para a concretagem necessitam primeiramente das produtividades dos insumos para o serviço, as produtividades são apresentadas nos Quadros 18 e 19 a seguir.

Quadro 18: Produtividade dos insumos para concretagem dos pilares

Pedreiro 2 h

PRODUTIVIDADE DOS SERVIÇOS PARA REALIZAÇÃO DA CONCRETAGEM DOS PILARES

Fonte: Próprio autor (2018)

Quadro 19: Produtividade dos insumos para concretagem das vigas

Pedreiro 1,54 h

PRODUTIVIDADE DOS SERVIÇOS PARA REALIZAÇÃO DA CONCRETAGEM DAS VIGAS

Fonte: Próprio autor (2018)

A primeira coluna indica os elementos necessários para os serviços de concretagem de pilares e vigas respectivamente, a segunda coluna possui os índices de produtividade que segundo o TCPO corresponde 50% oficiais e 50% ajudantes e a terceira coluna as suas unidades. Como não foram encontrados índices para o uso de graute, os índices foram considerados iguais aos da concretagem. Para os vazados de graute, utilizou-se o índice dos pilares e para as cintas de amarração, os índices das vigas. O índice da mão de obra para concretagem das vergas e contra vergas foi utilizado o mesmo das vigas.

Referências

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