UNIVERSIDADE
FEDERAL DE
SANTA CATARINA
CENTRO
soçro-ECoNoM1Co
~DE1›ARTAMENTo
DE
CIENCIAS
DA
AD1vnN1sTRAÇAo
CooRDENADoR1A
DE
EsTÁG1os
`
_/
QUALIDADE
DE
VIDA
NO
TRABALHO
:Um
Estudo de
Caso
na
Centralde
Serviços Florianópolisdo
Banco
Real
Adriana Zanir Garcez
UNIVERSIDADE
FEDERAL DE SANTA CATARTNA
CENTRD
sÓC1o-ECONÔMICO
DEPARTAMENTD
DE
CIÊNCIAS
DA
ADM1N1STRAÇÃo
CODRDENADORIA DE
ESTÁGIOS
QUALIDADE
DE
VIDA
NO
TRABALHO
:Um
Estudo de
Caso
Adriana Zanir Garcez
Profa . Orientadora:
Valeska
Nahas
Guimarães,Dra
Área
de concentraçao:Administração
da Produção
ii
Este trabalho de conclusão de estágio foi apresentado e julgado perante a
Banca
Examinadora
que atribuiu nota a aluna Adriana ZanirGarcez
na
Disciplina Estágio Supervisionado Obrigatório
-
CAD
5401.Banca
Examinadora:Prof' D1”. Valeska
Nahas
Guimarães
Presidente
Prof”. D1” Eloise
Helena Livramento
DellagneloMembro
Prof°. Dr.
Rolf
Hermann
Erdmann
iii
AGRADECIMENTOS
Gostaria de agradecer a todos aqueles
que
diretaou
indiretamente contribuírampara a realização deste trabalho e especialmente:
À
professoraDoutora
ValeskaNahas
Guimarães, pela orientação e compreensão;Aos meus
pais, Altamiro e Zanir pelaconfiança
e apoioque
recebi durante toda esta jornada;Aos meus
irmãos Luciano, Roberto e Simone;Ao
meu
noivo JoséMauro;
À
organização estudada, e todos os funcionários entrevistados pela colaboração;À
todos osmeus
amigos
e familiares mais próximos;Aos
Professoresdo Departamento
de Ciênciasda
Administração e funcionáriosda
UFSC.
IV
SUMÁRIO
Pág.
LISTA
DE
QUADROS
E
FIGURAS
... ..v1
INTRODUÇAO
... _. 01 1.1. Contextualizaçãodo tema
... ..021.2. Justificativa
do
estudo ... ..O3 1.3. Caracterizaçãoda
organização ... ..041.4. Perfil dos funcionários ... ..
09
1.5. Estrutura
do
trabalho ... ..10 2.OBJETIVOS
... .. 11 2.1. Objetivo geral ... .. 11 2.2. Objetivos específicos ... .. 11 3.1=UNDA1v1ENTAÇÃo
TEÓRICA
... .. 12 3.1.A
questãoda
qualidade ... .. 12 3.2.O
trabalho ... .. 133.3.
A
automação no
setor Bancário ... .. 143.4.
QVT:
origem e evolução ... ..153.5.
QVT:
Uma
tentativa de conceituação ... ..163.6.
Abordagens
deQVT
... .. 193.7.
Doenças
ocupacionais eQVT
... ..264.
METODOLOGIA
DO
ESTUDO
... ..294.1. Tipo de pesquisa ... ..29
4.2.
Abordagens
da pesquisa ... ..29
4.3. Perspectiva
do
estudo ... ..3O 4.4. Processo metodológico ... ..3O 4.5. Técnica de coleta de dados ... ..3O 4.6.A
seleção da amostra ... ..314.7. Categorias de pesquisa ... ..33
4.8. Técnica de análise e interpretação dos dados ... ..33
5.
ANÁLISE
E
rN'rERPRErAÇÃo
Dos
DADOS
... ..345.1. Análise das categorias de pesquisa ... ..34
ó.
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
... ..497.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
... ..52V
LISTA
DE
QUADROS
Quadro
1: Indicadores de Qualidade de vida Westley adaptado por Rushel ... 19Quadro
2:Modelo
deWalton
para aferição deQVT
... ..22
Quadro
3:Quadro
Referencial teórico de análise ... ..24LISTA
DE
TABELAS
Tabela 1:
Número
de funcionáriosda
Central de Serviços ... ..9Tabela 2:
Número
de funcionários por nível de Escolaridade ... ..9Tabela 3:
Número
de funcionários por Setor ... ..1OTabela 4:
Número
de entrevistados por sexo ... ..32Tabela 5:
Número
de entrevistados por nível de escolaridade ... ..32
1-
INTRODUÇÃO
Uma
das maiores preocupaçõesno
momento
em
todo omundo
é a questãoda
Qualidade.
As
empresas, preocupadascom
sua sobrevivência diantedo
acirramentoda
competição nãotêm medido
esforços para se adaptar às novas exigênciasdo
mercado,situação esta que
não
é diferenteno
setor bancário.Cada
vez mais as organizaçõesbancárias
procuram
satisfazer as necessidades de seus clientes, através, principalmente,do
desenvolvimento dos recursos de informática e da inovação tecnológica.Para Pereira e Crivellari (1991, p.99) os objetivos imediatos
do
investimento naintrodução de inovações tecnológicas são o processamento de grandes
massas
de informações e a integração através de redes decomunicação
entre pontos geográficos distintos e, oque
estes autores consideram sero
objetivo mais importante, diz respeito ao uso da informáticacomo
fator decisivo para aopção do
cliente porum
banco
moderno
eágil, cujos serviços sejam confiáveis.
No
entantoconforme
Rodrigues (1988), aautomação não
é por si só,um
atrativo exclusivo para a clientela,mesmo
considerando a relevância de seus efeitos,no que
tangeàmelhoria da qualidade
no
atendimento a clientes. Qualitativamente, busca-seconfiabilidade e atualização diária da contabilidade bancária e das transações financeiras e,
em
consequência, obtém-seuma
expressiva redução de tempo, trabalho e custos (Pereira e Crivellari, 1991).Segundo
Fleuryapud Knierim
(1999, p. 12) asmudanças
de caráter tecnológico e de formas de organização de trabalhovêm
ocorrendocom
maior intensidade, transformaçõestambém
estão ocorrendo nosmodelos
de gestao das relaçoes de trabalho.Para o Sindicato dos Bancários, de olho nos lucros, o capital prioriza a diminuição
dos custos de produção, redução
do emprego
eo aumento
da produtividade. Para isso, introduz novas fonnas de organização, novas tecnologias e equipamentos,sem
levarem
conta as conseqüências para o trabalhador, limitando sua autonomia e
provocando
redução de sua criatividade e liberdade de expressão.Na
busca de humanizar as relações de trabalho, a Qualidade deVida no
Trabalho(QVT)
deve estar associada tanto a satisfação dos trabalhadores quanto aodesenvolvimento
da
organização, considerando a expectativa de que as pessoas serão mais2
.~
aqui sao entendidos não apenas
como
aquelesque executam
atividades meio,mas
todos os profissionaisque
movem
a organização. (Lima, 1994apud
Knierim, 1999).Neste contexto,
onde
existe grande preocupaçãocom
o avanço tecnológico toma-se necessáriouma
preocupação mais efetivaem
relação ao aspectohumano
da
organização,no que
se refere à qualidade de vidano
trabalho.A
sociedademodema
tem
tornadoo
cotidiano das pessoas cada vez mais estressante,comprometendo
a qualidade de vida.Muitos
empresárioscomeçaram
a reconhecer a necessidade de criarem
suas empresas, condições adequadas paraque
seus trabalhadorespossam
desenvolver seu potencial e sua criatividade.É
possível,também,
atribuir-se a preocupação crescentecom
Qualidade deVida no
Trabalho à maior conscientização dos trabalhadores, cansados de enfrentarambientes de trabalho precários, condições sócio-ecônomicas injustas e tarefas
monótonas
e rotineiras.A
busca pela qualidade deve seruma
atividade abrangente considerando-seo
significado
amplo
de “qualidade",que
inclui nãosomente
qualidade dos produtos, dos serviços e dos processos,mas
também
a qualidade de vida,devendo
seruma
tarefapermanente e que implica
no
envolvimento ecomprometimento
de todos os funcionários,para a satisfação das necessidades dos clientes internos e externos a empresa.
Por
estes motivos considera-se fundamental que as organizações proporcionemum
ambiente de trabalho saudável e tranquilo para que as pessoas
possam
desenvolver seucrescimento pessoal e profissional.
Tendo
em
vista tais considerações, o presente trabalho será orientado pelo seguinteproblema:
Como
se caracteriza a Qualidade deVida no
Trabalhona
Centralde
ServiçosFlorianópolis
do
Banco
Real,na
percepção de seus fiincionários?1.1 Contextualização
do tema
O
trabalho,no
cenário atual,ocupa
um
espaço muito importante na vida de todos,sendo de grande valor na sociedade.
Porém
a relaçãocom
o
trabalho é conflitual, tendo algumas vezesuma
conotação negativa, sendo consideradoum
fardo pesado por alguns e percebidocomo
algoque
dá3
Muitas empresas se
preocupam pouco
com
o aspectohumano
do
serviço prestado e, pornão
ofereceremum
nível desejávelde
Qualidade deVida no
Trabalho a seus funcionáriosacabam
por perder na qualidadedo
serviço prestado aos clientes. Poisconforme Albuquerque
e França (1998, p.43) “a Qualidade deVida no
Trabalho éuma
evolução
da
Qualidade Total.É
o
último eloda
cadeia.Não
dá para falarem
Qualidade Total se estanão
abranger a qualidade de vida das pessoasno
trabalho”.É
preciso envolvere
comprometer o
funcionáriocom
o trabalho,com
a empresa.Os
sereshumanos,
participantes deum
processo produtivo, nãopodem
serconsiderados apenas
como
recursos-
máquinas- utilizados pelas organizações para atingir seus objetivos.É
preciso conhecer as suas potencialidades e limitações (do serhumano)
epromover
a sua valorização e respeito (Patrício, 1996).1.2 Justificativa
do
estudoQualidade de
Vida no
Trabalho éuma
preocupação crescenteem
todas as empresasque
buscam
ser altamente competitivasnum
mercado
cada vez mais globalizado.Segundo
Patrício (1996) precisamos consideraro
conceito de qualidade de vidacomo
algo maisamplo do
queum
mero
instrumento para se obter maior produtividade emelhor desempenho
dos trabalhadores.Entendemos que
as empresas só existemporque
nelas trabalham pessoas, e que para atingir melhores resultados individuais e coletivos, é necessário
que
seja considerada relevante a preocupaçãocom
a qualidade de vida das pessoasque atuam
neste sistema.O
que
conta neste estudo é a percepção queo
indivíduo possuida
qualidade. Aquiloque sente
no
que diz respeito á qualidade de vidaem
seu ambiente de trabalho.Para oferecer serviços de qualidade aos clientes os funcionários precisam usufruir
de condições que favoreçam a qualidade almejada.
Uma
destas condições,sem
dúvida, é aQualidade de
Vida no
Trabalho.Diante desta situação será de grande importância conhecer e analisar a Qualidade
4
possibilidade de constatar dificuldades apresentadas
na
mesma
e aomesmo
tempo
colocarem
discussao estetema
polêmico.1.3 Caracterização
da
organizaçãoA
organizaçao objeto deste estudo trata seda
Central de Serviços Florianópolisdo
Banco
Real , sediadano
bairrodo
Estreitoem
Florianópolis.j
O
Banco
Real, que hoje possuiuma
rede deaproximadamente
1.400 agências e postos de atendimento,onde
trabalham mais de 16.500 funcionários, nasceu na cidade deBelo
Horizonte,em
Minas
Gerais,em
16 de junho de 1925. Iniciou suas atividadescomo
uma
cooperativa cujo objetivo era o de oferecer crédito aos produtores rurais mineiros, contribuindo assim paraque
elespudessem
ter acesso a recursos e destina-los aodesenvolvimento da sua atividade.
Os
negóciosda
cooperativa, apesardo
momento
econômico
incerto, cresceram rapidamente.Em
apenas dois anos, ela transformou-seem uma
instituição bancária-
oBanco
daLavoura
deMinas
Gerais.O
processo de crescimento contínuodo
Banco
da Lavoura
o levou,em
1929
a transformar-seem uma
sociedade anônima.Progressivamente, o
Banco
daLavoura
foi se consolidandocomo
um
ativo participantedo mercado
financeiro brasileiro eem
1971 foi adotada adenominação
deBanco
RealS.A
_No
período de 1975 a 1998, oBanco
consolidou a sua posição entre os quatromaiores bancos privados brasileiros e destacou-se por ser
uma
organização administradacom
seriedade e competência.Em
meados
de 1998, foi anunciada a parceria estratégicaentre o
Banco
Real eo
ABN
AMRO
Bank,da
Holanda.E
em
novembro
de 1998, aadministração
do
Real passou a ser feita peloABN
AMRO
Bank.O ABN
AMRO
Bank
é atualmenteum
dos maiores bancosdo mundo.
Presenteem
72
países ecom
uma
rede de 1.900 agências e escritórios, destaca-seno
cenárioeconômico
mundial pela sua extensa rede,
podendo
oferecer a seus clientes produtosque
aliamo
5
O
Banco
Realtem
como
principais objetivos para o futuro:- Ser o melhor entre os
Bancos
privadosdo
Brasil;~
- Ser
um
Banco
de varejo voltado aos clientes, otimizando aRede
de distribuiçaoe atingindo
uma
posição de liderançana
área deBanco
virtual;f
- Ser o melhor
Banco
da área Corporateno
Brasil;- Ser
um
dos grandes participantesdo mercado
de seguros;- Desenvolver e alavancar a área financeira;
- Ser
um
dos cinco maioresBancos
na gestao de ativos;- Ser o provedor preferencial
em
nível regional para serviços bancários integrados;- Ser considerado
uma
referência de sucessono
gerenciamento de aquisições; - Sero empregador
preferencialno
setor.1.3.1.
A
Qualidade no
Banco
Real
O
Banco
Real possuium
programa
de qualidadedenominado
“QualidadeMáxima”.
Dentro
desteprograma
são publicadas revistas (do tipo revistaem
quadrinhos) direcionadaaos funcionários e abordando assuntos relacionados ao dia-a-dia
do
Banco,temas
estescomo: Atendimento
e ocorrênciacom
clientes, cadastro, atendimento telefônico, segurança,Banco
de idéias, etc.Ainda, dentro deste programa, semestralmente o
banco
premia os destaquesem
várias categorias
como,
gerentes, agências, departamentos e funcionários destaqueno
atendimento.Uma
destas publicações retratou a visãodo
gerente administrativodo banco
com
relação a qualidade, o que considerou-se importante retratar aqui.De
acordocom
o Diretor Administrativodo
Banco
Real, Celso Antunes “Qualidadesó se aplica
com
uma
mudança
decomportamento
atravésda
transformação dos conceitosem
atitudes positivas de cadauma
das pessoasque
trabalham conosco, assimpodemos
cativar os clientes gerando sucesso pessoal de cada
um
e o futuroda
organização”6
Em
novembro
do
ano passado, oBanco
Real recebeu oPrêmio
Qualidadeem
Bancos 1999 promovido
pela RevistaBanco
Hoje. Trata-se deuma
premiação de grandeimportância, principalmente levando-se
em
contaque
o júri foicomposto
por representantes de várias entidades representativas, taiscomo
FIESP,
Associação Comercialde
SP
e RJ,ADVB,
entre outras.Há
cinco anos a RevistaBanco
Hoje
promove
este prêmio, os juradosobservam
as características das Instituições financeiras quanto a sua capitalização, solidez, éticana
condução
dos negócios, criatividade, flexibilidade e engenharia financeira, melhor preparoe eficiência
no
atendimento.l.3.2.Caracterização
da
Centralde
Serviços FlorianópolisA
criação de centrais de serviços éuma
idéia demudança
em
nível nacionalno
Banco
Realcom
intuito de reorganizar as agências visando adequação aos padrões dequalidade que o
mercado
exige.São
efetuadas modificações não somenteno
llayout,mas
também
nas responsabilidades das tarefas.O
objetivo é retirar das agências os serviços de retaguarda (internos) passando estes a serem de responsabilidade das centrais de serviços, fazendocom
que
as agênciastenham
maistempo
livre para se dedicarem ao atendimento aosclientes. Assim, as centrais de serviços
têm
como
clientes diretos as agências ecomo
clientes indiretos os clientes externosdo
Banco.Neste contexto, foi inaugurada
em
17 de junho de1997
a Central de Serviços Florianópolis tendocomo
atribuição a execução de serviços de abertura de contascorrentes, cadastramento de contratos de empréstimo, envio de correspondências via
correio para os clientes, remessa de títulos a cartório, entre outros, para as treze agências
do
Banco
Real estabelecidasno
estado de Santa Catarina.Como
este serviços são realizados quase que totalmente via on-line (sistema integrado entre as agências via computador)os funcionáriosda
Central de Serviços Florianópolisdispõem
de treze microcomputadores, onze impressoras eum
fac-simile.7
A
Central de Serviços Florianópolis conta atualmentecom
25 funcionários sendo eles,em
ordem
hierárquica,um
gerente operacional, três procuradores, dois escriturários-caixa, quinze escriturários e quatro contínuos.
A
CS
é subordinada operacionalmente à Diretoria Regionalchamada
Setor Florianópolis, e este por sua vez a Diretoria administrativa, localizadano
edificioSede do
Banco
Realem
São
Paulo.Localizada
na
ruaAfonso
Pena,no
bairro Estreitoem
Florianópolis, a Central deServiços possui
uma
área construida de200
mz, divididaem
dois pisos,onde
seidentificam as áreas de operacionalização
(Anexo 2
e 3).A
seguir aborda se a caracterização dos setoresque
integram a Central de Serviços Florianópolis através deuma
descrição das atividades desenvolvidas pelos setores de Empréstimo,Cobrança
e Contas Correntes etambém,
efetuaruma
descrição fisicado
ambiente e a fonna
como
esta organizado o trabalhoem
cada destes setores.Todos
os setores localizam-seno
mesmo
prédiono
bairro Estreito.Na
portaria,um
segurança cuida
do
acesso de pessoas.O
crachá é de uso obrigatório e a presençado
visitante é anunciada pelo telefone à pessoa interessada.
O
ingresso a empresa só é permitido depois de recebida a autorização.As
instalações são recentes e quaseque
a totalidadedo
terreno estáocupado
por construção.Sendo
queem
frente ao prédio existeum
pequeno
jardim.O
local sematem
bem
cuidado, organizado e limpo.Há
uma
funcionáriaque
cuida da limpeza e arrumaçãodo
prédio que assimcomo
o segurança pertence auma
empresa
terceirizada.Os
funcionáriosnão
utilizam uniforme etambém
não é necessárionenhum
tipo de equipamento de proteção individual.A
empresa
possuium
gerente operacional que trabalhanuma
ampla
salaque
tem
acesso direto a salaonde
trabalham os fimcionáriosdo
setor de cobrança e empréstimo etambém
aum
corredor que leva a salaonde
ficao
setor de conta corrente.1.3.2.1 Setor
de
Empréstimo
Diariamente a chefia recebe a solicitação
do
cliente para efetuar o cadastramentodo
8
O
setor de empréstimo é responsável pelo cadastramento dos contratos de créditopessoal, desconto de duplicatas e de cheques, consignação
em
folha depagamento,
composição
de dívida, entre outras modalidades.Os
firncionáriosque
sãoem
número
de dez, dos quaisum
procurador(uma
espécie de subgerente) que coordena os trabalhos enove
escriturários.A
sala, compartilhadacom
o
setor de cobrança, éuma
salaampla
medindo
aproximadamente
7Om2,com
uma
grande janelaque
permite a visãoda
rua que passaem
frente ao prédio,
mas
que
devido a incidênciado
sol na parte da parte estapermanece
fechada
com
persianas.A
salatambém
possui aparelho de ar-condicionado e nela estão instalados oito terminais decomputador
com
seis impressorasque
são utilizados para aexecução dos serviços.
O
grandenúmero
de impressoras, algumasdo
tipo matricial,provoca muito ruído assim
como
o toque insistente das quatro linhas telefônicas instaladasno
prédio. Apesar destes inconvenientes, pode-se conversarsem
grandes problemas deaudição.
1.3.2.2 Setor
de
Cobrança
O
setor de cobrança contacom
cinco funcionários,um
procurador e quatroescriturários.
Sendo
responsáveis pelo envio de títulos a cartório, preenchimento deborderôs carteira simples, cadastramento via sistema de instruções a pedido do cliente de prorrogação de vencimento de títulos, protesto
ou
sustação , débito de custas cartoriais, etc.As
caracteristicasda
salaonde
firnciona este setor já foi descrita anteriormente, poiscomo
foi mencionado,o
setor de cobrança e o setor de empréstimo compartilham amesma
sala.
1.3.2.3 Setor
de
Conta
Corrente
Esta instalado
em uma
pequena
sala, 9 m2,onde
trabalham três funcionárias,uma
procuradora e duas escriturárias.
A
sala possui janela para os fundosdo
terreno,tem
aparelho de ar condicionado , possui dois terminais decomputador
e duas impressoras a9 Este setor é responsável pelo cadastramento e abertura de contas correntes,
exclusão de
CCF
- Cadastro de emitentes de chequessem
fundos, e contas a pagar.Vinculados ao setor de contas correntes trabalham mais dois funcionários que são escriturários caixa que
ocupam
a sala ao ladoda
conta corrente. Nesta sala estão instalados dois guichês de caixa.A
sala é pequena,com
uma
área de 9m2, possui janela para os fundosdo
terreno eum
aparelho de ar condicionado.No
andar térreo divididos entre duas salas, trabalham quatro funcionários quepossuem
entre quinze e dezessete anos
que tem
a função de contínuos.Cuidam
da
correspondência, arquivo de documentos, entre outros serviços.1.4 Perfil dos Funcionários
Tabela
1-
Número
de
FuncionáriosMasculino 13
52%
Feminino
1248%
\u
SEXO
FREQUÊNCIA
ABSOLUTA FREQUÊNCIA
RELATIVA
Totais
25
100%
1A
Central de Serviços possui25
fimcionários, sendo 13(52%) do
sexo masculino e12
(48%)do
sexo feminino.Tabela
2-
Número
de
Funcionáriospor
Nívelde
EscolaridadeNÍVEL
DE
~ zESCOLARIDADE FREQUENCIA
ABSOLUTA
FREQUENCIA RELATIVA
Superior 4
16%
Superior incompleto 14
56%
Médio
728%
Totais
25
100%
Quanto
ao nível de escolaridade dos 25 funcionários04 (16%) possuem
nível superior completo, 14(56%)
nível superior incompleto e 7(28%) possuem
nível médio.10
Tabela
3-
Número
de
Funcionáriospor
SetorGERÊNC.
Colm
1‹:M1>RÉsT. C.com
CAIXA
coNTÍN.
ToTAi
FA
01 05 10 O302
O4
25
FR
4%
20%
40%
12%
8%
16%
100%
Quanto
à lotação, cinco trabalhamno
setor de cobrança, dezno
empréstimo, trêsna
conta corrente, dois
no
caixa e quatro sao contínuos,além do
gerente operacional.1.5 Estrutura
do
trabalhoTendo
em
vista oproblema
de pesquisa e os objetivosdo
presente estudo, apresenta-se a seguir os principais tópicos queo compõe.
~
O
primeiro capítulo refere-se a apresentaçaodo tema
de pesquisa,bem como
oproblema, seus objetivos e sua justificativa, e ainda a caracterização da organização alvo
do
estudoO
segundo capítulo apresenta objetivo geral e especificosdo
presente estudo.O
terceiro capítulocontém
o referencial teóricodo
estudo. Inicialmente aborda-se a questãoda
qualidade e o trabalho, eem
seguida, apresenta-se a origem, evolução, conceitos e abordagens deQVT,
um
quadro referencial teórico de análise.No
quarto capítulo descreve-se a metodologia utilizada para a realizaçãoda
pesquisa efetuada, assimcomo
suaabordagem
e perspectiva. Descreve-seo
processometodológico utilizado e a técnica de coleta de dados.
Por
fim
descreve-se os critérios paraa seleção
da
amostra e a técnica de análise dos dados.O
quinto capítulo refere-se a análise e interpretaçao dos dados obtidosno
estudo.Por
fim,
no
sexto capítulo são apresentadas as considerações finais e2-
OBJETIVOS
2.1 Objetivo geral
Analisar
como
se caracteriza a Qualidade deVida no
Trabalho dos funcionários daCentral de Serviços Florianópolis
do
Banco
Real , visando a apresentaçãode
uma
propostapara melhoria dos níveis de qualidade de vida.
2.2 Objetivos específicos
0 Estabelecer
um
quadro teórico referencial de análise da Qualidade deVida no
Trabalho;
0 Identificar o
que
é qualidade de vidano
trabalho, na percepção dos fimcionários echefias da unidade pesquisada;
0 Avaliar a percepção dos fimcionários sobre Qualidade de
Vida no
Trabalho e os fatoresque
influenciam o seu nível;ø Analisar as relações e as condições de trabalho dos funcionários;
0 Apresentar propostas de melhoria dos níveis de qualidade de vida
no
trabalhona
organização.
3-
FUNDAMENTAÇÃO
TEÓRICA
Neste capitulo apresenta-se a revisão da literatura relacionada
com
o
tema
de pesquisa. Inicialmente serão abordados temascomo
qualidade e trabalho,bem
como
qualidade de vidano
trabalho.3.1
A
questãoda
qualidadeAs
organizações pressionadas pelomercado
estão tendo que aprimorar cada vez mais seus padrões de qualidade.O
conceito de qualidadesegundo
GarvinApud
Vieira (1996) existe há milênios,mas
somente
a partir dos anos 50, nos Estados Unidos, ele surgiucomo
uma
funçãogerencial formal.
As
diversas abordagens aconteceram deforma
gradativa,compreendendo
quatro fases:- inspeção: o controle
da
qualidade ocorria após a fabricação dos produtos;- controle estatístico
da
qualidade: o controle era feito durante a produção,com
oobjetivo de determinar os limites
da
variação das peças fabricadasconforme
especificações;- garantia da qualidade:
novos
instrumentos surgiram,como:
quantificação doscustos da qualidade e o controle total
da
qualidade;- gestão estratégica da qualidade: a qualidade passou a ser definida
do
ponto de vistado
cliente.O
controle de qualidade expandiu-se, refinou-se e ,em
1968, recebeunova
designação -
TQC
- Total Quality Controlou
CWCQ
-Company
Wide
Quality Control(Garvin, 1992; Ishikawa, 1993;
apud
Vieira, 1996).Para
Campos
(1992,apud
Vieira, 1996) oTQC
pode
ser definidocomo
um
"sistema gerencial" que partedo
reconhecimento das necessidades dos clientes e13
estabelece padrões para o atendimento dessas necessidades, a partir de
uma
visãoestratégica aliada a
uma
abordagem
humanista. Entendendo-se por cliente todos aqueles afetados pela existênciada
empresa: consumidores, empregados, acionistas e sociedade.Dentre os diversos autores
que
definem
qualidade pode-se citar Juran (1998)que
afirmaque
“qualidade é adequação ao uso”, e Falconi (1998)que
afirma
que
a “qualidade deum
produtoou
serviço está diretamente ligada à satisfação totaldo
consumidor”. Para~ ~
este autor, a satisfaçao total
do consumidor
é a base de sustentaçaoda
sobrevivência dequalquer empresa.
Para
Neves
(1993, p. 276) “pensaruma
política de qualidade nas empresas implica pensarna
qualidade de vida de seus trabalhadores,no
efetivo exercício de seus direitostrabalhistas, consolidando cada vez mais as instituições
da
sociedade para afirmaçãodo
processo democrático na sociedade brasileira".
3.2
O
trabalhoMarx Apud
Guimarães
(1995, p. 31) interpreta o trabalhocomo “um
processode
que participao
homem
e a natureza, processoem
que o
serhumano
com
sua própria açãoimpulsiona, regula e controla seu intercâmbio material
com
a natureza”.Do
latim tripalium,ou
três paus, instrumento para a tortura de escravos,o
trabalhovem
lentamente perdendo esta conotação,podendo
ser fonte de prazer e motivação.A
concepção de trabalho evolui e
0 que no
início erauma
questão de sobrevivência, hojepode
ser consideradoum
fator fundamentalna
vidado
serhumano.
Bagolini
apud Guimarães
(1995) dizque
“torna-se indispensável considerarque
asconcepções sobre o trabalho
humano
são as mais diversas possíveis, variandocom
as perspectivas e os coeficientes ideológicos dequem
a usa e, portanto,com
amudança
dassituaçoes ambientais, sociais e
econômicas
com
as quais tais perspectivas estaorelacionadas”.
Já
Handy
(1978)afirma
que hoje o trabalho organizacional é vital epode
ser vistocomo
parte inseparávelda
vidahumana.
Para este autor o trabalhoassume
proporções. 14
enormes na
vidado
homem
de hoje.Sendo
que “talvez as organizações sejam atualmenteo
meio
principal para ohomem
adquirir sua identidade, buscar seuego
ideal”(p.23 7).A
dimensão
trabalhotem
tido importância significativana
vida de muitas pessoas.O
tempo
e a energia despendidos nas atividades profissionaisparecem
ter implicaçoes profundasna
qualidade de vidacomo
um
todo.3.3.
A
automação
no
SetorBancário
Por
serum
fator que influencia diretamentenaVQVT
do
trabalhador considerou-seimportante retratar este assunto.
Conforme
Silva (1991)em
seu estudo sobreautomação
bancária, os anos60 foram
marcados
poruma
profunda guinada nas característicasdo
desenvolvimentodo
setorbancário
no
Brasil.Até
a reforma bancária de1964
não existiauma
sistema financeiro nacional constituído , permitindoque
cadaBanco
pudesse dispor de procedimentoscontábeis próprios.
Em
um
primeiromomento,
todos os serviços contábeiseram
realizadosmanualmente
todos os dias nas próprias agências.
A
máquina
de escrever é introduzida nos anos 30, amáquina
de calcular nos anos 40, e asmáquinas
mais sofisticadas para a feitura das cartelas contábeis que substituíam progressivamente os antigos livros, são introduzidasno
final dos anos
50
(Sales,1986
,apud
Silva, 1991).A
realidade dos bancos se modificou completamentecom
a introduçãodo
computador,a constituição de Centros de processamento de
Dados (CPD)
e 'a informatização dosdiversos setores. Este processo iniciou seu desenvolvimento a partir
da Reforma
Bancáriaque
começou
a ser implantadano
final de 1964, e que estabeleceu as bases para a constituição deum
Sistema Financeiro Nacional edo
Mercado
de Capitais.Com
ela foi criado o Conselho Monetário Nacional,como
órgao responsável pelafixaçao
da políticada
moeda
edo
crédito.A
primeira etapado
processo deautomação
dos bancos constituiu na implantação dosCPDs
e o primeiro serviço automatizado foi o das contas correntes,mudando
inteiramente15
que é fundamental para a agilidade dos bancos
no
mercado.Sendo que
a informatização das contas correntesprovocou mudanças
importantesno
processo de trabalho eno
próprio layout das agências.A
automação
dos serviços de atendimento ao público, que ocorre a partirdo
início dosanos 80, representa
uma
nova
fase daautomação
bancária.Com
banco 24
horas e os caixas automáticos,onde o
clienteobtém
saldos e extratos de conta corrente e aplicações epode
efetuar saquescom
cartão magnético.Nos
anos 90,com
a evoluçãoda
informática, os clientes passaram a contar aindacom
ohome
banking, o internet banking entre outros produtosou
serviços desenvolvidos ecolocados a sua disposiçao.
3.4
Qualidade de
vidano
trabalho-
origem
e evoluçãoA
qualidade de vidano
trabalhotêm
sidouma
preocupaçãodo
homem
a muito tempo,embora
recebendo outros títulos eem
outro contexto, mas,sempre
voltada asatisfação e bem-estar
do
trabalhador.Para
Guimarães
(1998) os autoresconcordam que o
surgimento da expressão “qualidade de vidano
trabalho”remonta
aos anos 50,como
uma
nova forma
deabordagem
das organizações, associada à corrente sócio-técnica, difundida pelo Instituto Tavistock deLondres
e peloPrograma
de Democratização Industrialda
Noruega
(IDP),comotambém
à correntedenominada
Job Design, nosEUA,
liderada pelo professor Louis Davisda
UCLA.
No
Brasil essa corrente é conhecidacomo
análise e delineamento de cargos” (Garcia, 1980).A
Davis é atribuída a introdução públicada
expressão “qualidade de vidano
trabalho” (Trist, 1981apud Guimarães
1995).Entretanto,
em
funçao de sua ênfase nos aspectos psicossociais e motivacionaisdo
trabalho,há
quem
procure associar aQVT,
em
suas origens mais remotas, à Escola deRelações
Humanas,
da década de30
(Mayo
e colaboradores) e à Escolacomportamentalista. Outro ponto consensual
na
literatura que tratada
QVT
éque
a suadisseminaçao está relacionada tanto
com
estudos sobre motivação, satisfaçao e clima organizacional, quantocom
a administração participativa e a democracia industrial.16 Para Nadler
&
Lawler, (1983apud
Rodrigues, 1995, p.81) a evolução da concepçãoda
qualidade de vidano
trabalhopode
ser divididaem
seis períodos:-
1959
a 1972:QVT
como
uma
variável-
QVT
foi tratadacomo
uma
reaçãoindividual ao trabalho
ou
conseqüências pessoaisda
experiênciado
trabalho;-
1969
a 1975:QVT
como uma
abordagem
-
O
foco era o indivíduo, antes dosresultados organizacionais, mas, ao
mesmo
tempo, tendia a trazer melhoriastanto ao
empregado
como
à direção;`
- 1972 a 1975:
QVT
como
método
~
QVT
foi omeio
para o engrandecimentodo
ambiente de trabalho e a execução de maior produtividade e satisfação;
- 1975 a 1980:
QVT
como
um
movimento -
Era
vistacomo
uma
afirmação
ideológica, sobre a natureza
do
trabalho e a relaçãodo
trabalhadorcom
a- ~
organizaçao;
- 1979 a 1982:
QVT
como
tudo-
Era
vistacomo
um
conceito global ecomo
uma
forma
de enfrentar os problemas de qualidade e produtividade;-
1982
em
diante:QVT
igual anada
-
A
globalizaçãoda
definição trarácomo
conseqüência inevitável a descrença.
Não
passando de apenasum
outromodismo.
É
bastante discutível a concepção dos autores sobreQVT
demonstrada deforma
tão negativa.QVT
tem
sido alvo de diversos debates e estudos de diversos autorescom
atendência de ampliar
QVT
para qualidade de vida,em
geral.Para
Gramkow "A
globalização preconizada por Nadler&
Lawler
está trazendocomo
conseqüências, a busca de maior equilíbrio entre o trabalho e o lazerque
resulteem
melhor
QV,
contrapondo-se aoque
poderia vir a seruma
'modismo'da
área de recursoshumanos"
(1993, p.21).3.5
Qualidade de
vidano
trabalho-
Uma
tentativade
conceituaçãoO
conceito deQVT
é, de certa fonna, abrangente, enão
sepode
atribuiruma
definição consensual quanto ao significadodo
termo. Observa-se queuma
grande parte17 econômicos, sociais.
E
outros apresentam interpretações queabrangem
todos estesaspectos entre outros. .
Diversos são os autores
que
conceituam Qualidade deVida no
Trabalho,como
éo
casode Walton
Apud
Knierim
(1999, p. 36) paraquem
a“QVT
éempregada
para designar experiências inovadoras realizadasna
tentativa de resgatar valores ambientais ehumanísticos negligenciados pelas sociedades industrializadas
em
favordo avanço
tecnológico,da
produtividade industrial edo
crescimento econômico.Alguns
conceituamQVT
de maneira bastante genérica, restrita ao ambiente detrabalho.
Como
Davisapud
Vieira (1996, p.25)que
afirma queQVT
"são condições favoráveisou
desfavoráveis deum
ambiente de trabalho para os funcionário".Outros sao mais específicos
Albuquerque
e França (1998, p. 41) conceituamQVT
como “um
conjuntode
açõesde
uma
empresa que
envolve diagnóstico e implantação de melhorias e inovaçõesgerenciais, tecnológicas e estruturais dentro e fora
do
ambiente de trabalho, visandoproporcionarcondições plenas de desenvolvimento
humano
para e durante a realizaçãodo
trabalho”.De
acordocom
Vieira&
Hanashiro (1990, p.45apud
Vieira, 1996) o conceito deQVT
éamplo
e contingencial,podendo
ser definidocomo:
"(...) melhoria nas condiçoes de trabalho -
com
extensao a todas as funçoes dequalquer natureza e nível hierárquico, nas variáveis comportamentais, ambientais e organizacionais
que venham,
juntamentecom
políticas de Recursoshumanos
condizentes,humanizar o
emprego, de forma a obter-seum
resultado satisfatório tanto para osempregados
como
para a organização. Isto significa atenuar 0 conflito existente entre o capital e o trabalho".Para Burigo (1997, p.30) “a
QVT
buscahumanizar
as relaçõesde
trabalho na organização,mantendo
uma
relação estreitacom
a produtividade e principalmentecom
a satisfaçaodo
trabalhadorno
seu ambiente de trabalho. Constitui-se, ainda,em
condição devida
no
trabalho, associada ao bem-estar, à saúde e à segurançado
trabalhador”.~ ~
Guimaraes
(1995) apresentauma
visao muito maisampla
e relaciona aQVT
com
a “qualidade de vida'em
geral, oque
inclui a conquista da cidadania por partedo
trabalhador,mantendo
uma
relação direta e atávicacom
a democratização industrial,18
enquanto compartilhamento
do
poder de decisão entre gerências e trabalhadores,assumindo-se
uma
forma de
participação plena de todos os níveis decisórios”.Moscarini
apud
Silva (1999) acreditaque
a “maior riqueza das organizações são as pessoasque
nela trabalham”,devendo
estas organizações investiremno
potencialhumano,
tanto
ou
maisque
em
tecnologia. Através deum
ambiente saudável, condições adequadas de trabalho, biorritmo, assegurando as pessoasbem
estar fisico e psíquico, assimcomo
educação através de aperfeiçoamento para o trabalho,
que
demodo
amplo
leve o indivíduoao seu desenvolvimento
como
pessoa integral.Segundo
Demo
(1996),QV
significa antes de tudo ahumanização da
realidade eda
vida, abrangendo todas as esferas
como
o trabalho, a educação, a saúde, a democracia,o
lazer e outros, garantindo assim as condições básicas de cidadania.Segundo
Fernandes (1996)embora
os autores apresentem enfoques diferentes aoconceituar a expressão “Qualidade de
Vida no
Trabalho”, algoque
parececomum
a todos éo
fato de voltar-se para a conciliação dos interesses dos indivíduos e das organizações,ou
seja, ao
mesmo
tempo
quemelhora
a satisfaçãodo
trabalhador, melhorar a produtividadeda empresa.
3.6
Abordagens
de
QVT
Vários autores, através de estudos realizados, estruturaram abordagens a
serem
utilizados
em
pesquisasou
programas deQVT.
Tais abordagens indicam fatoresque
contribuem para a Qualidade de
Vida no
Trabalho.A
seguir serão descritos alguns dosprincipais
modelos
de aferição deQVT.
A
seleção por estas abordagens ocorreuem
função
do
destaque a elas atribuídana
literatura corrente sobre o tema. Vários autores utilizaramem
seus estudos estas abordagens,como
Vieira, (1996),Gramkow,
(1998),Silva, (1999),
Monaco
(1998).' 19
Westley (1979) classifica e analisa quatro fatores
que
afetam diretamente etomam-
se obstáculos àQVT:
o político, o econômico,o
psicológico eo
sociológico (Rodrigues, 1995).O
quadro abaixo apresentao modelo
de Westley, adaptado por Ruschel (1993).De
acordo
com
este autor, “os problemas políticos traiiamcomo
conseqüência a insegurança;o econômico, a injustiça; o psicológico, a alienação e
o
sociológico, a anomia”.Quadro
1 - Indicadores da qualidade de vidano
trabalhoEcoNôM1co
PoLíTico
i›sicoLÓGico
socioLÓGico
.R
Equidade
salarial .Segurançaemprego
.Realização potencial .Participação nas.
Remuneração
.Atuação sindical .Nível dedesafio
decisõesadequada
.Retroinformação .Desenv. pessoal,Autonomia
.
Beneficios
.Liberdade de .Desenv. profissional .Relacionamento . Localde
trabalho expressão .Ciiatividade interpessoal . carga horária .Valorizaçãodo
.Auto-avaliação.
Grau
de.
Ambiente
externo cargo .Variedade de tarefa responsabilidade . Relacionamento .Identidade c/ a tarefa . Valor pessoal»
com
achefia
Fonte: Westley (1979) adaptado por Rushel (1993)
apud
Femandes
(1996, p,53).i
3.6.2 Siqueira e Coletta: Fatores determinantes
de Qualidade de
vidano
trabalhoSiqueira e Coletta realizaram
um
estudo sobre os fatores determinantesda
QVT,
a partirda
percepção dos trabalhadores, utilizandocomo
sujeitos 100empregados
deempresas industriais e comerciais de Uberlândia/MG.
Os
dadosforam
obtidos através de entrevistas individuais e levantaram incidentes críticos (positivos e negativos)no trabalho, suas consequências, aspectos deum
bom
emau
serviço,bem
como
sugestões paramelhoria de qualidade de vida
no
trabalho.Como
resultado, os autores identificaramcomo
principais fatores determinantes deQVT:
o próprio trabalho, as relações interpessoais, os colegas,o
chefe, a política de recursoshumanos
e a empresa, configuradosem
cinco categorias:20
1) Política de Recursos
Humanos:
Política de cargos e salários, treinamento, educação,beneficios, estabilidade,
cumprimento
das regras e legislação trabalhista.2) Trabalho:
Ambiente
seguro/saudável, ausência de cobranças rígidas, oportunidade de participação nas decisões, informações suficientes e equipamentos adequados, tarefas enriquecidas e trabalhosem
grupo, delimitaçãodo
espaço de trabalho deforma
a permitir a viabilidade de outros níveis de vidado
empregado, horáriofixo
de 8 horas, amizade entre colegas, contatos diretoscom
o
patrão, tratamentoadequado
por parte dos clientesda
organização.3) Interações pessoais: V
- Colegas: amizade, cooperação, confiança.
- Chefias: aberta ao diálogo, participativa, conhecimento técnico, compreensiva, autoridade, confiança.
4) Indivíduo: assiduidade, baixa rotatividade, satisfação
com
o que faz, responsabilidade,iniciativa, confiança
em
simesmo,
separação entre problemas pessoais e profissionais,residir
em
local de fácil acesso.5) empresa:
imagem
de organização, sólida,bem
conceituada, regrasbem
definidas defuncionamento, administração eficiente.
3.6.3
Davis
&
Werther: Qualidade de
vidano
trabalho e projetode
cargosDavis
&
Werther apud
Rodrigues (1995)vêem
aQVT
como
“afetada por muitos fatores: supervisão, condições de trabalho, pagamento, beneficios e projetosdo
cargo.Porém
é a naturezado
cargo que envolve mais intimamenteo
trabalhador”.O
projeto de cargos é visto pelos autoresem
três níveis: Organizacional,Ambiental
e Comportamental.
No
nível organizacional, aabordagem
é feita principalmente levandoem
consideraçao a eficiência.
No
nível ambiental dois pontos são básicos: a habilidade e disponibilidade de21
A
parte mais sensível para o êxito deum
cargo estáno
nivel comportamental.As
pesquisas comportamentais são ferramentas importantes para a confecção deum
cargo.Quatro dimensoes são destacadas neste nível: autonomia, variedade, identidade de tarefae retroinformação.
A
autonomia seria a "responsabilidade pelo trabalho", a variedade, "o uso dediferentes perícias e capacidades", a identidade de tarefa, "seria fazer o todo
da peça
de trabalho" e a retroinformação, a "informação sobre odesempenho"
(Davis&
Werther,1983, p.78
apud
Rodrigues, l995, p.89).3.6.4
D. Nadler
e E. Lawler:O
sucessoda
qualidadede
vidano
trabalhonas
organizações.
Após
várias pesquisas, Nadler&
Lawler
identificam os fatores queprevêem o
sucesso dos projetos deQVT
(Rodrigues, 1995).Sendo
tais fatores:1- Percepção
da
necessidade;2-
O
focodo problema que
é destacadona
organização;3- Estrutura para identificação e solução
do
problema, teoria/modelo
de projeto de treinamento e participantes;4-
Compensações
projetadas tanto para os processos quanto para os resultados; 5- Sistemas múltiplos afetados;6-
Envolvimento amplo
da organização.3.6.5
Richard Walton:
uma
propostapara
a qualidadede
vidano
trabalhoSegundo
Vieira (1996)o
autor procurou identificar os fatores e dimensõesque
afetam de maneira mais significativa o trabalhador.
Seu modelo
baseia-seem
oito “categorias conceituais” apresentadasno
quadro abaixo:22
FAToREs
DnvmNsÕ1:s
1-
Compensação
justa eadequada
1-Renda
adequada
ao trabalho 2-Equidade
interna3-
Equidade extema
2- Condições de trabalho 4-
Jomada
de trabalho5-
Ambiente
fisico seguro e saudável 3-Uso
e desenvolvimento de capacidades 6-Autonomia
7- Significado da tarefa 8- Identidade
da
tarefa 9- Variedade da habilidade10- Retroinformação
4-
Chances
de crescimento e segurança 11-Possibilidade de carreira12- Crescimento
profi
ssional 13- Segurança deemprego
5- Integração social
na empresa
14- Igualdade de oportunidades1 5-
Relacionamento
16- Senso comunitário
6- Constitucionalismo 17- Respeito às leis e direitos trabalhistas 18- Privacidade pessoal
19- Liberdade de expressão 20-
Normas
e rotinas7- Trabalho e espaço total de vida 21-Papel balanceado
do
trabalho8- Relevância social
da
vidano
trabalho 22-Imagem
daempresa
23-Responsabilidade social pelos serviços 24- Responsabilidade social pelos produtos
25- Responsabilidade social pelos
empregados
Fonte:Walton
(1973)apud
Vieira (1996, p. 28)Segundo
Vieira(1996) estes fatorespodem
ser interpretadosda
seguinte forma: 1)Compensação adequada
e justa:A
justiçado
sistema decompensação
é pesquisada através da adequaçãoda
remuneração ao trabalho
que
o trabalhador realiza, equidade interna (equilíbrio entre asremunerações
na
empresa) e equidadeextema
(comparação da remuneraçãocom
omercado
de trabalho).23
2)
Condições de segurança
esaúde do
trabalho:São
considerados os fatores jornada de trabalho e ambiente fisico, quenão
sejamperigosos
em
excessoou
prejudiciais a saúdedo
trabalhador. 3)Uso
edesenvolvimento de
capacidades:Refere-se às possibilidades
do
trabalhador satisfazer suas necessidades de utilização das habilidades e de conhecimentos, de desenvolver sua autonomia, autocontrole e de obter informações sobre o processo totaldo
trabalhobem como
de retroinformações quanto ao seudesempenho.
, 4)
Oportunidade
de
crescimento contínuo e segurança:Está relacionado às possibilidades que
o
trabalho ofereceem
tennos de carreirana
empresa, de crescimento e desenvolvimento pessoal e de segurança
no emprego
deforma
mais duradoura.5) Integração social
na
organização:A
ausência de diferenças hierárquicasdemasiadamente
marcantes, apoio mútuo,franqueza interpessoal e ausência de preconceito são pontos fundamentais para
o
estabelecimento de
um
bom
nível de integração social nas empresas. 6) Constitucionalismo:O
estabelecimento denormas
e regrasda
organização, direitos e deveresdo
trabalhador e recurso contra decisões arbitrárias são necessários paraque
se estabeleçaum
clima de democracia.
7)
O
trabalho e o espaço totalde
vida:O
trabalho não deve absorver todoo tempo
e energiado
trabalhadorem
detrimento de sua vida familiar, suas atividades de lazer e comunitárias.8) Relevância social
da
vidano
trabalho:A
atuaçãoda empresa
perante a sociedadepode
ser verificada atravésda imagem,
responsabilidade social, responsabilidade pelos produtos, práticas de emprego, regrasbem
definidas de funcionamento e administração eficiente.
Concorda-se
com
Fernandes (1996)quando
esta autoraafirma
que
“é possivelque
outras variáveis intervenientesna
QVI
possam
ser agregadas as citadas nosmodelos
selecionados,com
porexemplo
a “participação”,que
é considerada por Fernandes&
24
Gutierrez (1987)
como
um
dos mais importanteselementos
comportamentaisintervenientes
na
Qualidade deVida no
trabalho”.'\
3.6.6.
Quadro
referencial teórico de análiseFoi possível observar que
QVT
pode
receber diversos significadosdependendo da
interpretaçãoque
cada autor atribui a questão. Portanto para este estudo será estabelecidoum
quadro referencial teórico para análise da qualidade de vidano
trabalhocontemplando
aspectos presentes
em
abordagens apresentadas. Destaca-se que Silva (1999, p.21)em
seu estudono
HU/UF
SC
também
apresentou a proposta de formarum
quadro referencial paraanálise.
Quadro
3 -Quadro
Referencial Teórico de Análise~
Fatores
Dimensoes
Trabalho executado Tipo de trabalho
Tarefas
desempenhadas
Condições de trabalho Jomada
de trabalhoAmbiente
de trabalhoSaúde
Recursos materiais eEquipamentos
disponíveis ~Aspectos
econômicos
Remuneraçao
adequada
Equidade
internaEquidade
externa ~Integraçao Relacionamentolnterpessoal
Relacionamento Social
Aspectos políticos Participaçao nas decisoes
Autonomia
Normas
e rotinas Direitos trabalhistas 9Aspectos psicológicos Realização
Desenvolvimento
profissional Significado da tarefaVariedade de habilidades
Feedback
Segurança
no emprego
25
O
quadro foi elaborado visando reunir os aspectos considerados mais importantesreferente a
QVT
na
organizaçãoem
estudo,podendo
ser interpretadoda
seguinte forma:l. 2. 3 4. 5. 6.
Trabalho executado: refere-se ao tipo de trabalho
que
é desenvolvido pelosmembros
da
organizaçao e as tarefasque desempenham.
Condições de trabalho: Visa verificar a
QVT
em
relação as condições existentesno
local de trabalho,como
o
ambienteonde
os indivíduosexecutam
seu trabalho, os recursos disponíveis e sua jornada diária, incluindo condições fisicas de trabalho favoráveis a preservaçãoda
saúde e dobem
estardo
trabalhador.Algumas
destasdimensões são apresentadas
no modelo
deWalton
(1973)no
fator condições de trabalhoAspectos econômicos: Refere-se a remuneração necessária para
o
indivíduo viver esuprir suas necessidades e
também
a equidadena
remuneração entre osmembros
da
organização e
em
relação a equidadena
remuneraçãoquando comparada
a outrosBancos. Tais aspectos são apresentados
no modelo
deWalton
(1973)no
fatorcompensação
justa eadequada
eno modelo
de Westley (1979)no
fator econômico.Integração: Fator
que
objetiva verificar o relacionamento interpessoaldo
indivíduona
organização etambém
no
convíviocom
a família e amigos. Parte destadimensão
é tratada porWalton
(1973)no
fator integração socialna empresa
eno modelo
deWestley (1979),
no
indicador sociológico.Aspectos políticos: refere-se à autonomia
que
o indivíduo possuina
execuçãodo
seu trabalho, sua participaçãona tomada
de decisões,como também
a maneiracomo
asnormas
e rotinasda empresa
influenciamou
interferemno
trabalho e a observância aocumprimento
as leis e direitos trabalhistas por parteda
empresa .Alguns
dessasdimensões são apresentadas por
Walton
(1973)no
fator uso e desenvolvimento de capacidades e constitucionalismo, sendo apresentadas,também,
em
parte porWestley(1979)
no
indicador sociológico.Aspectos psicológicos: Refere-se às oportunidades
que o empregado tem
de aplicarno
seu trabalho suas aptidões e capacidades; a relevância da tarefaque desempenha,
o26
feedback, a informação que o individuo recebe acerca
da
avaliaçãodo
seu trabalho e desuas ações.
E
refere-se, ainda, à realização e desenvolvimento profissionaldo
indivíduo, e ao grau de segurança quanto à
manutenção do
seu emprego. Tais aspectossão abordados por
Walton
(1973) nos fatores uso e desenvolvimento de capacidades echances de crescimento e segurança, e
também
por Westley (1979) nos indicadores sociológico e político.3.7
Doenças
ocupacionais eQVT
Por
serem os funcionáriosdo
Setor Bancáriouma
das categoriasonde
háum
sériorisco de ocorrerem as
LER
- Lesões por Esforços Repetitivos /DORT
-
DistúrbiosOsteomusculares Relacionadas ao Trabalho, considera-se importante retratar tal assunto,
uma
vez,que
podem
influenciar negativamentena
QVT.
A
atividade bancária é recordistaem
casos deLER/DORT
. Existem milhares detrabalhadores atingidos, muitos
com
sequelas irreversíveis e incapacitados para o trabalho.As
LER/DORT
sãoum
conjunto de lesõesque
reduzem,no
indivíduo, a capacidade de realizar movimentos.O
grau de limitação varia segundo o estágioda
doença epode
evoluir de parcial a total, se o trabalhador não for afastado das atividades repetitivasque
asprovocaram.
De
acordocom
aNorma
Técnica sobreLER
do INSS,
de 1993,LER
é atenninologia eu descreve as afecções
que
podem
atingir tendões, sinóvias, músculos, nervos, fásciasou
ligamentos - deforma
isoladaou
associada;com
ou
sem
degeneraçãodos tecidos - afetando principalmente,
mas
não
apenas, osmembros
superiores, regiãoescapular e pescoço.
De
origem ocupacional, decorre, de formacombinada ou
não, dos seguintes fatores:*
Uso
repetitivo de grupos musculares;* uso forçado de grupos musculares; *
manutenção
de postura inadequada.A
partir deuma
recente revisãoda
Norma
Técnicade
l993, realizada peloINSS,
a27
devido a sua difusão.A
Nova
Norma,
definida pelaOrdem
de Serviço 606, apresentaque
"(...) as lesões causadas por esforços repetitivos são patologias, manifestações
ou
síndromes patológicas que se instalam insidiosamente
em
determinados segmentosdo
corpo,em
consequência de trabalho realizado deforma
inadequada (...)".O
diagnósticoda
LER/DORT
é essencialmente clínico e baseia-sena
história clínico-ocupacionaldo
paciente (relação entre os sintomas e queixas apresentados eo
trabalhoque
ele executa);no
exame
clinico detalhado;em
exames
complementares ena
~ ~
análise das condiçoes de trabalho responsáveis pelo aparecimento
da
lesao.As
principais formas clínicas relacionadas àsLER/DORT
são:- Tenossinovite -
inflamação do
tecido que reveste os tendões - Tendinite - inflamação dos tendões- Epicondilite -
inflamaçao
das estruturasdo
cotovelo- Bursite - inflamação das bursas - bolsas localizadas entre os ossos e os tendões
das articulaçoes dos
ombros
- Miosites -
inflamação
dos músculos-
Sindrome
Cervicobraquial compressao de nervosna
coluna cervical.Além,
destas, outras 16 patologias são admitidascomo
LER/DORT
pelaOrdem
de Serviço 606.As
manifestaçoes dasLER/DORT
variam entre os pacientes,nem
todos apresentamsintomas visíveis das lesões.
Sendo
que os sintomas mais frequentes são: fadiga muscular-sensação de peso e cansaço
no
membro
afetado; dores, fonnigamento, fisgadas, choques; inchaços,avermelhamento
da pele, calor localizado; crepitações (rangidos);dormência
eperda de força muscular.
Quando
à atividade repetitiva é intensa, os sintomas persistem por várias horas apóso término da jornada de trabalho, e
podem
perturbar o sono e provocar transtornos emocionais, agressividade e depressão, entre outros incômodos.O
diagnóstico precoce dos casos deLER/DORT
e o rápidoencaminhamento
dos ~trabalhadores para tratamento
médico
sao fundamentais para os funcionários e para aempresa.
Para identificar e abordar as causas das