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Relatório de Estágio no Moreirense Futebol Clube, na equipa de sub-14, na época 2014-2015

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UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO

RELATÓRIO DE ESTÁGIO no Moreirense Futebol Clube, na equipa

de sub-14, na época 2014-2015

MESTRADO EM CIÊNCIAS DO DESPORTO COM ESPECIALIZAÇÃO EM JOGOS DESPORTIVOS COLETIVOS

Rui Filipe Campos Fernandes

Orientador de Estágio: Professor Doutor Vitor Manuel de Oliveira Maçãs

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Agradecimentos

Ao longo deste caminho vários obstáculos surgiram, várias vezes pensei em voltar atrás, mas o caminho foi seguindo e a isso devo não só a mim mesmo como às pessoas que me acompanharam neste longo trajeto. A esses um obrigado por toda a disponibilidade, ajuda e paciência.

Aos meus professores, que sempre estiveram disponíveis a transmitir o seu conhecimento e a ajudar quando necessário.

Ao Moreirense Futebol Clube pela oportunidade de aplicar os conhecimentos adquiridos ao longo deste percurso. A todos os funcionários pelo tratamento exemplar e ensinamento ao longo do estágio.

Aos colegas que me acompanharam nesta aventura, Paulo, Ricardo, Vasco e Jorge pela disponibilidade, entreajuda e companheirismos.

Ao Sr. Emídio, coordenador do futebol de formação do Moreirense Futebol Clube, por estar sempre disponível no local de estágio, por todo o conhecimento que me transmitiu e acima de tudo por ter sido o ponto de partida para esta aventura.

A toda a minha família, um obrigado muito especial por tornar possível tudo isto, pela educação que me deram, por todo o amor, carinho, incentivo e paciência para comigo ao longo de toda a minha vida. Mãe, Pai, Miguel, Avô e senhor Fonseca obrigado por fazerem parte da minha vida. À minha Avó Iria e a senhora Amélia (Gui) que já partiram e fizeram de mim o que sou hoje, estarei para sempre agradecido.

À Ana Sofia por ser uma pessoa especial que me acompanhou desde o início deste processo, que sempre acreditou em mim, me deu força, me ajudou sempre que

necessário, que foi uma boa ouvinte nas horas más e me deu todo o amor que necessito, obrigado por existires, estares a meu lado e tornares tudo isto mais fácil de ultrapassar.

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Resumo

No presente relatório de estágio tenho a intenção de demonstrar um pouco daquilo que foi a minha aprendizagem durante uma época desportiva e como tudo isso contribuiu para a minha evolução enquanto treinador de futebol, isto tudo numa perspetiva de me tornar melhor naquilo que eu amo fazer que é treinar futebol.

O estágio foi realizado no Moreirense Futebol Clube no escalão de Iniciados B, com a função de treinador adjunto e serviu para captar novas ideias e conceitos do que é treinar.

O estágio serviu também para ganhar experiencia nas relações interpessoais, lidar com um grupo de 24 jogadores, onde cada um tem um feitio diferente, pode se tornar complicado, ainda para mais numa idade onde ocorrem muitas alterações quer físicas quer psicológicas como é no início da puberdade.

O relatório reflecte todos os momentos da época desde a pré-temporada até ao término do ano desportivo, foi realizado ao longo da época e assim concluído no término da mesma. O mesmo é também uma reflexão minha sobre como se deve desenrolar/preparar o treino e o jogo de forma a que no futuro possa utilizar este relatório também como uma ferramenta útil de trabalho, esperando que esse futuro seja próximo.

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Abstrat

This internship report I have intent demonstrate a little bit that was my learning in one season and who much this was important for mine evolution as coach, all this with intention that be better in future do one thing that I love, coaching.

The internship was realized in Moreirense Futebol Clube in step

“Iniciados B”, as assistant coach and served to grasp new ideas and concepts that what it is training.

The stage also served to gain experience in interpersonal relationships, dealing with a group of 24 players , where each has a different shape , can become complicated, even more so in an age where there are many changes either physical or psychological as it is in the early puberty.

The report reflects all times of the time from pre- season until the end of the sporting year , was carried out throughout the season and thus completed at the end of it. The same is also a reflection on my performance or how to prepare the training and the game so that in the future can also use this report as a useful tool for work, hoping that this future is near .

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Índice

Índice de Figuras ... V Índice de Tabelas ... V Índice de Gráficos ... V

1 Introdução ... 1

2 Análise do contexto de intervenção ... 2

2.1 Guimarães ... 2

2.2 Moreira de Cónegos ... 2

2.3 Moreirense Futebol Clube ... 3

2.3.1 Parque de jogos Comendador Joaquim Almeida de Freitas ... 3

2.3.2 Palmarés da equipa Sénior ... 3

2.3.3 Estrutura Diretiva do Clube ... 4

2.3.4 Futebol de Formação ... 4

2.3.5 Palmarés na formação ... 4

2.3.6 Modelo de Base de Desenvolvimento ... 5

2.4 Caracterização da Equipa ... 6

2.5 Caracterização do quadro competitivo ... 7

2.6 Caracterização das condições de trabalho ... 8

3 Definição dos objetivos da equipa/clube ... 9

3.1 Modelo de Jogo ... 10

3.1.1 O Nosso Modelo de Jogo e as Nossas Ideias ... 11

3.1.2 As Ideias de Jogo da Equipa Técnica ... 13

4 Organização do processo de treino ... 15

4.1 Treino Desportivo ... 15

4.2 Periodização do treino ... 16

4.2.1. Modelos de Periodização do Treino Desportivo ... 18

4.3 Unidade de treino ... 19

4.4 Microciclos Padrão ... 19

4.5 Modelo de Ficha de presenças ... 19

4.6 Como construir uma equipa na formação?... 20

4.7 Relatório de Jogo ... 21

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4.8 Fichas de avaliação individual ... 22

4.9 “A transição do Futebol 7 para o Futebol 11” ... 23

5 Controlo e Avaliação do processo ... 24

5.1 Indicadores de treino ... 24 5.1.1 Periodo Pré-Competição ... 25 5.1.2 Período Competição ... 26 5.1.3 Periodo Pós-Competição ... 27 5.2 Indicadores de jogo ... 27 6 Conclusão ... 34 7 Bibliografia ... 37 8 Anexos

Índice de Figuras

FIGURA 1-EQUIPAS ADVERSÁRIAS ... 7

FIGURA 2–MAPA DAS DESLOCAÇÕES DA EQUIPA ... 7

FIGURA 3–SISTEMA DE JOGO ADOTADO GR+4+3+3 ... 11

FIGURA 4-DISTRIBUIÇÃO DO PLANTEL NO SISTEMA DE JOGO GR+4+3+3 ... 11

FIGURA 5-CASSIFICAÇÃO GERAL FONTE WWW.ZEROZERO.PT ... 32

Índice de Tabelas

TABELA 1–MODELO DE BASE DE DESENVOLVIMENTO DE CADA ESCALÃO. ... 5

TABELA 2-PLANTEL DE INICIADOS B ÉPOCA 2015/2016 ... 6

TABELA 3-TEMPO DE TREINO DE CADA ATLETA ... 25

TABELA 4–DADOS RELATIVO AOS ATLETAS 1ª VOLTA ... 28

TABELA 5-DADOS DE JOGO RELATIVOS AOS ATLETAS 2º VOLTA (TOTAIS)... 31

Índice de Gráficos

GRÁFICO 1–DIVISÃO DO TEMPO POR CONTEÚDO DA PRÉ-COMPETIÇÃO ... 26

GRÁFICO 2-DIVISÃO DO TEMPO POR CONTEÚDO DA COMPETIÇÃO ... 26

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1 Introdução

O futebol ou qualquer outra modalidade surge como um aliado aos pais na criação de hábitos saudáveis através do desporto, visto que hoje em dia as crianças são “presas” em casa e ficam assim impossibilitadas de brincarem ao ar livre, correrem, saltarem, treparem e mais importante de conviverem com outras crianças criando hábitos de companheirismo e entreajuda fundamentais na vida social de qualquer pessoa.

O relatório de estágio surge no âmbito das disciplinas de Estágio Profissional I e II, na área de futebol, unidades curriculares que estão inseridas no 3º e 4º semestres do Mestrado em Jogos Desportivos Coletivos da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. O dossier servirá também no futuro como uma ferramenta a utilizar na vida profissional.

O estágio tem o intuito de preparar os alunos para a profissão de professor/treinador, colocando os alunos de frente para os problemas para que estes percebam como agir enquanto profissionais da área do desporto num futuro não muito distante.

Durante os semestres passados fomos tendo varias unidades curriculares que nos preparam para o tao aguardado momento de aplicar todo o conhecimento adquirido até então. Chegado esse momento é hora de aplicar esses conhecimentos no Moreirense Futebol Clube.

O orientador de estágio foi o professor Doutor Vítor Maçãs, professor na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.

O estágio tem como objectivo a obtenção de conhecimentos no campo prático e visa que nós apliquemos toda a informação obtida durante toda a nossa formação, serve também como porta para obtenção do nível II de treinador de futebol, nível esse muito importante para a nossa carreira desportiva.

O relatório terá na sua estrutura uma análise ao contexto de intervenção, definição dos objetivos do clube, organização do processo de treino, controlo e avaliação do processo e as conclusões e reflexões finais deste processo de estágio.

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2 Análise do contexto de intervenção

O clube que me acolheu para este desafio foi o Moreirense Futebol Clube, assim sendo interessa falar sobre o local onde vou intervir, falando um pouco sobre a cidade e a freguesia onde o Moreirense Futebol Clube se situa e falar também um pouco sobre o próprio clube.

2.1 Guimarães

Guimarães conhecida como berço da nacionalidade portuguesa, é uma cidade que fica ao norte do país, que tem cerca de 170000 habitantes espalhados pelos seus 242 km².

O nome Guimarães surge do nome “Vimaranes” nome da vila mais importante do condado Portucalense que deu origem ao nosso país. É desde alguns anos para cá considerada pela UNESCO como Património Mundial devido ao seu centro histórico muito bem conservado e ainda local de habitação para a população vimaranense, o ponto mais marcante deste centro histórico é a Colina Sagrada onde se encontra o Paço Dos Duques (Residência oficial do Presidente da República no Norte) e pelo Castelo de Guimarães (considerada uma das 7 Maravilhas de Portugal).

Muito recentemente, devido a toda a sua história, em 2012 foi Capital Europeia da Cultura. Um ano mais tarde viria a ser Cidade Europeia do Desporto, trazendo para cá inúmeras atividades ligadas ao desporto e devido a sua ótima organização foi considerada a melhor CED de 2013 a nível Europeu.

2.2 Moreira de Cónegos

Moreira de Cónegos é uma freguesia da cidade de Guimarães que em 1995 foi elevada à categoria de vila. Tem como área 4,72 km² e o número de habitantes é de cerca 4800 pessoas.

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2.3 Moreirense Futebol Clube

O Moreirense Futebol Clube é um clube considerado “pequeno” no panorama nacional, mas conhecido entre os seus por adeptos por ser um clube valente, como até se pode escutar no hino oficial do clube. A nível regional é o segundo clube do concelho com mais prestigio tendo apenas o Vitoria Sport Clube como mias forte na cidade.

2.3.1 Parque de jogos Comendador Joaquim Almeida de Freitas

O Moreirense Futebol Clube, conhecido pelos seus adeptos com Moreirense ou Moreira (nome da freguesia) nem sempre teve as instalações que possui hoje em dia, até meado dos anos 70 o clube jogava em campos feitos em zonas agrícolas sendo o mais emblemático o campo das vinhas, a partir dos anos 70 passou a realizar os seus jogos no local actual, mas ainda longe das condições atuais. Apenas em 1990 surge o primeiro relvado natural até então os jogos eram realizados num campo pelado. Em 2003 surgem as atuais infra-estruturas estádio com capacidade para cerca de 6000 pessoas e dois campos de relva artificial que serviam de apoio aos seniores e as camadas jovens. Pouco tempo depois surge a iluminação que provem do estádio D. Afonso Henriques e vem se a tornar um marco pois a partir desse momento foi possível haver transmissões televisivas à noite, fonte de grande rendimento para o clube.

2.3.2 Palmarés da equipa Sénior

 1 Título de Campeão de Promoção do Concelho de Guimarães (1939/40)  1 Título de campeão Distrital de braga da divisão de Promoção (1939/40)  2 Títulos de Campeão Distrital de Braga da 2ª divisão (1941/42 e 1942/43)  2 Vitórias no Torneio de Abertura da Associação de Futebol de Braga

(1991/92 2 1992/93)

 2 Títulos de Campeão Nacional da II Divisão B (1994/95 e 2000/01)  2 Títulos de Campeão Nacional da II Liga (2001/02 e 2013/2014)

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2.3.3 Estrutura Diretiva do Clube

• PRESIDENTE:

Domingos Vítor Abreu Magalhães

• PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA GERAL:

Dr.ª Serafina Pereira Ferreira

• PRESIDENTE DO CONSELHO FISCAL:

Júlio da Silva Sampaio

• VICE-PRESIDENTES:

Joaquim Ferreira de Almeida Joaquim Pereira da Silva Luís Pereira Ferreira

Joaquim Fernando Silva Oliveira Fernando Jorge Leiras Sampaio

2.3.4 Futebol de Formação

Com cerca de 300 jovens a praticarem futebol, o Moreirense pode orgulhar-se de ser uma das referências não só do concelho como do distrito. Conta com inúmeras presenças nos campeonatos nacionais de juniores, juvenis e iniciados provando que cada vez mais o trabalho está a ser bem feito.

O responsável máximo pela organização do futebol de formação é o Sr. António Emídio Teixeira Magalhães, pessoa com grande experiencia nos escalões de formação e com IV nível de treinador de futebol, conta com títulos nacionais na formação aquando da sua passagem pelo Vitoria Sport Clube, assim com toda a sua experiência conseguiu trazer para o Moreirense um crescimento significativo nos últimos anos.

Apesar de todo o seu palmarés o Moreirense tem como principal objetivo a formação de valores e a formação desportiva de todos os seus atletas, os títulos alcançados são fruto de toda a boa organização que impera no clube, dando as melhores condições aos treinadores e atletas para que estes evoluam.

2.3.5 Palmarés na formação

 2 Títulos de Campeão Distrital da 1ª Divisão de Juniores (2005/06 e 08/09)  Vencedor da taça Associação de Futebol de braga em Juniores (2008/09)  5 Vitórias da taça Associação de futebol de braga em juvenis (1999/00,

01/02, 02/03, 04/05 e 10/11)

 3 Títulos de Campeão Distrital da 1ª Divisão de Iniciados (2003/04, 10/11, 12/13)

 7 Títulos de campeão distrital de infantis (2002/03, 03/04, 04/05, 05/06, 09/10, 10/11 e 12/13)

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 1 Título de Campeão Distrital de Benjamins (2010)

2.3.6 Modelo de Base de Desenvolvimento

No Moreirense Futebol Clube na formação do jogador existe algumas diretrizes que devem ser seguidas em cada escalão de forma a que atleta evolua quer desportivamente como socialmente. Na seguinte tabela podemos observar as mais importantes diretrizes para cada escalão.

Tabela 1 – Modelo de base de desenvolvimento de cada escalão.

Moreirinhas

• Iniciação desportiva adequada; • Ganhar não é o mais importante; • Adquirir as técnicas inerentes ao jogo; • Rigor no cumprimento das regras básicas;

• Futebol formativo e lúdico para que os atletas se divirtam com a prática.

Benjamins

• Vertente puramente formativa em detrimento da obtenção de resultados; • Fazer entender as diferentes funções a desempenhar dentro do campo; • Exigir o cumprimento das normas disciplinares e das regras de conduta.

Infantis

• Vertente puramente formativa em detrimento da obtenção de resultados; • Fazer entender as diferentes funções a desempenhar dentro do campo; • Exigir o cumprimento das normas disciplinares e das regras de conduta. Iniciados • Começar a desenvolver a mentalidade ganhadora e o espírito competitivo;

• Avaliar a real qualidade dos atletas.

Juvenis • Desenvolvimento de uma vertente que visa a prestação competitiva; • Prever a possibilidade da integração na equipa sénior.

Juniores

• Desenvolvimento de uma vertente que visa a prestação competitiva; • Aproximação dos níveis exigidos no futebol profissional;

• Prever a possibilidade da integração na equipa sénior.

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2.4 Caracterização da Equipa

O plantel foi constituído com 24 jogadores, sendo todos eles nascidos em 2001. O plantel foi constituído por 3 guarda-redes, 7 defesas, 7 médios e 7 avançados.

Tabela 2 - Plantel de Iniciados B época 2015/2016

2.1. NOME 2.2. D. NASC. 2.3. ALT 2.4. PESO 2.5. ANOS

PRÁTICA 2.6. Idade 2.7. Posição Jorge 31/01/2001 163 64 4 14 GR Luís 13/07/2001 165 65 4 14 GR Fábio 22/02/2001 175 68 1 14 GR André 02/11/2001 170 63 3 13 DEF Pedro 16/03/2001 172 69 2 14 DEF Rafa 08/03/2001 168 65 3 14 DEF Dany 28/04/2001 170 70 2 14 DEF Machado 05/03/2001 173 67 4 14 DEF Gutmann 23/01/2001 174 67 3 14 DEF Simão 24/01/2001 165 60 5 14 DEF Teixeira 08/09/2001 170 68 3 13 MED Leandro 15/05/2001 170 67 3 14 MED Rui 26/06/2001 167 60 2 14 MED Raúl 31/05/2001 167 65 1 14 MED Vieira 13/06/2001 165 60 4 14 MED

Rui Miguel 12/05/2001 166 61 2 14 MED

Rúben 13/01/2001 160 58 3 14 MED Pinto 01/09/2001 163 59 3 13 AV Diogo 02/10/2001 162 60 3 13 AV Araújo 07/04/2001 164 57 3 14 AV Miguel 15/02/2001 165 58 2 14 AV Afonso 01/09/2001 166 57 2 13 AV Nuno Pinto 16/03/2001 163 63 3 14 AV Silva 13/01/2001 168 62 2 14 AV

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2.5 Caracterização do quadro competitivo

A equipa estava inserida na divisão de honra da AF Braga do escalão de Iniciados, divisão esta que é composta por equipa do distrito de braga, ao todo são 16 equipas que perfaz o total de 30 jornadas ao cabo de 2 voltas, sendo que 15 delas é no nosso terreno e as restantes são no terreno do adversário. Cada vitória vale 3 pontos, o empate 1 ponto e a derrota 0 pontos.

Figura 1 - Equipas adversárias

A figura a seguir é referente à localização no mapa do distrito de Braga de cada uma das equipas.

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Como podemos observar nas imagens acima temos as equipas adversárias bem como um mapa com a localização de cada uma das equipas. As deslocações mais longas foram aos concelhos de Esposende, Póvoa de Lanhoso e Vila Verde sendo as mais próximas ao concelho de Guimarães e Vizela.

2.6 Caracterização das condições de trabalho

O complexo desportivo do Moreirense Futebol Clube inclui 3 campos de Futebol, um relvado e dois sintéticos sendo um deles de futebol 7. Sendo os dois sintéticos utilizados pela formação.

Tínhamos sempre disponível um número de bolas adequado para o treino que queríamos fazer, bem como coletes e material de auxílio ao treino.

Existe um staff que trata das questões do futebol de formação que engloba o coordenador, os directores, fisioterapeutas e roupeiro que estavam sempre disponíveis quer em dias de treino quer em dia de jogos.

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3 Definição dos objetivos da equipa/clube

Quanto aos objetivos foram definidos 4 tipos:

Os Objectivos Educativos, para nós dos mais importantes pois além de formamos jogadores é ainda mais importante formar homens e para este tópico os objetivos definidos foram:

• Acompanhamento do trajecto educativo dos atletas, para que estes tenham sucesso escolar e com isso uma adequada formação educativa;

• Formar não apenas jogadores, mas sim jovens educados e conhecedores dos valores da sociedade;

• Transmitir aos jogadores os valores do clube que representam;

• Que os jogadores respeitem e cumprimentam todos os atletas, treinadores, directores, enfermeiros, fisioterapeutas e todos os outros funcionários do clube;

• Os jogadores devem sempre respeitar os jogadores adversários, treinadores adversários, árbitros e adeptos independentemente do resultado alcançado.

Os Objetivos Classificativos, foram definidos em concordância com o coordenador após uma avaliação do quadro competitivo. Os objectivos classificativos definidos foram:

• Encarar o campeonato jogo-a-jogo e não criar objectivos que não fossem possíveis alcançar;

• O grande objetivo final seria sempre assegurar a manutenção.

Os Objectivos Individuais definidos foram do âmbito técnico. Os objectivos individuais nunca devem ser mais importantes do que os objectivos colectivos.

Os objectivos definidos foram:

• Melhorar e aperfeiçoar o relacionamento do jogador-bola;

• Estando os jogadores na idade de experimentar/aperfeiçoar/escolher as suas posições, dar aos jogadores a oportunidade de experimentar novas posições e aperfeiçoar movimentos característicos das posições em campo;

• Promover a criatividade do jogador em contexto de jogo e em treino;

• Que os jogadores sejam capazes de se adaptar às várias fases e situações do jogo;

• Verificar uma evolução dos jogadores ao longo da época desportiva, em termos escolares, sociais e desportivos;

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Para Castelo (2000) “É ainda muito importante que os objectivos de cada jogador

estejam de acordo com os objectivos da equipa”, por isso, os objectivos colectivos

definidos foram definidos com base em alguns objectivos individuais. Os objectivos colectivos definidos foram por base objectivos tácticos.

• A Equipa deve ser capaz de adaptar o jogo a diferentes partes do jogo e aos diferentes tipos de resultados possíveis de alcançar;

• A Equipa deve entrar sempre em campo com o objectivo de ganhar e não ter medo de nenhum adversário apesar de na maioria serem mais velhos;

• A Equipa deve praticar um futebol atractivo e com boa circulação da bola;

3.1 Modelo de Jogo

Foi no início dos anos 70 que os especialistas começaram a criar uma vontade de interligar o processo de treino dos atletas por intermédio de um modelo (Bompa, 2002)

Um modelo implica um esquema teórico do sistema ou da realidade que se elabora com o objectivo de facilitar a sua compreensão, o seu estudo e a sua organização (Gomes, 2002).

Segundo Castelo (1996:458) “...um modelo é uma representação simplificada, sob a

forma mais ou menos abstracta (se possível matematizada), de uma ou várias relações que reúne os elementos de um sistema. Um modelo cria uma rede de inter-relações entre as unidades de um conjunto, simulando a realidade, ou parte dos aspectos dessa realidade que corresponde à pertinência do ponte de vista adoptado”.

A importância de criarmos um modelo de jogo é hoje em dia uma certeza no futebol. Segundo Delgado-Bordonau & Mendez Villanueva (2012) para José Mourinho “… o aspeto mais importante das minhas equipas é ter um modelo de jogo definido, um conjunto de princípios que fornece organização. Por isso, desde o primeiro dia a nossa atenção é dirigida para alcançar isso.” (Delgado-Bordonau & Mendez Villanueva 2012).

O modelo de jogo engloba os seguintes factores, e os mesmos devem ter de ser sempre tidos em conta, a organização ofensiva e defensiva, as capacidades do jogador, estrutura e objetivos do clube, país e cultura do clube, momentos do jogo, organização estrutural e as ideias do treinador (Delgado-Bordonau & Mendez Villanueva 2012). Daí

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o modelo de jogo tem de ser realizada para uma equipa e não ser uma copia de um modelo de jogo de uma equipa bem sucedida. (Bompa, 2002).

A educação tática dos futebolistas é o elemento mais importante para uma equipa ter sucesso (Van Gaal, 1998; cit por Carvalhal, 2001). De facto, o guião de todo o processo de treino deverá ser o modelo de jogo adoptado (Carvalhal, 2001).

Para nós um aspeto fundamental na construção do modelo de jogo é que o treinador explicite as suas ideias aos jogadores, para que este saibam o que tem de fazer em cada momento do jogo, pois qualquer treinador deve pretender que certos comportamentos existam em determinados momentos do jogo. Posto isto elaboramos o nosso modelo de jogo.

3.1.1 O Nosso Modelo de Jogo e as Nossas Ideias

De seguida falarei um pouco daquilo que a equipa técnica pretendia para o estilo de jogo da nossa equipa.

Figura 3 – Sistema de jogo adotado Gr+4+3+3

A distribuição do plantel no nosso sistema de jogo foi a seguinte:

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Princípios e Objectivos do Jogo:

Na nossa concepção enquanto equipa técnica a equipa deve ter em conta e funcionar da seguinte forma:

• Deve existir uma boa posse e circulação da bola por parte da equipa conservando a bola em nossa posse o maior tempo de jogo possível;

• Realizar uma boa pressão no momento em que a equipa adversaria esteja em posse de bola de forma a recuperar o mais rápido possível a bola ao adversário; • Realizar constantemente transições ofensivas de maneira a apanhar o adversário

desorganizado e desprevenido criando oportunidades de golo;

• Organizar o mais rápido possível a equipa defensivamente quando a equipa perde a bola no processo defensivo para evitar situações de golo por parte da equipa adversária;

• Aproveitar a desorganização defensiva para criar situações de finalização e/ou de golo, através da superioridade numérica e um correto aproveitamento do espaço de jogo. Procurar diagonais com bola em direcção à baliza, passes de desmarcação, cruzamentos e situação de 1vsGuarda Redes;

• Procurar criar linhas de passes seguras e/ou apoios posicionais para o portador da bola para que bola se mantenha em nosso poder e assim aumentar a nossa posse de bola. Procurar tabela e triangulações. Importante ajustar o nosso posicionamento para continuar a posse de bola consoante as diferentes fases do jogo;

• Deve existir uma constante mobilidade ofensiva de forma a destabilizar e desorientar a equipa adversaria procurando criar espaços vazios e assim criar mais linhas de passe e/ou linhas de progressão com bola. Procurar desmarcações de modo a criar situações de golo e/ou aumentar a largura e profundidade do jogo. Importante jogar sempre no limite do fora de jogo;

• Quando a equipa estiver em posse de bola procurar espaços livres no campo, “descongestionando” o jogo e procurar com isto criar situações de 1vs1.

• Quando o adversário estiver em posse de bola, devemos impedir situações de finalização da equipa adversaria, diminuir o espaço de acção ofensiva, orientar o adversário para zonas do campo longe do golo, fechar linhas de passe para a equipa adversaria e em situações de contra-ataque da equipa adversaria atrasar a transição da equipa adversaria;

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• Deve haver sempre uma cobertura defensiva aos jogadores que estão a defender. Importante um correto posicionamento por parte dos jogadores que executam esta acção, e por isso, deve existir uma excelente comunicação com o jogador que está a defender;

• Deve existir sempre um equilíbrio defensivo no local onde está a bola. Deve haver um equilíbrio sobre o jogador que está a tentar roubar a bola e o que está a fazer a cobertura defensiva. Deve haver sempre um equilíbrio entre o ataque e a defesa;

• Condicionar o mais possível o jogo ofensivo do adversário, encaminhando o jogo para zonas menos propícias de haver golo.

3.1.2 As Ideias de Jogo da Equipa Técnica Organização Ofensiva:

• Procurar a largura e a profundidade do jogo durante a posse de bola para uma maior circulação da bola e com isso desorganizar a equipa adversaria;

• Criar situações de golo constantemente durante o jogo;

• O portador da bola deve ter constantemente linhas de passe seguras; • Cada jogador deve respeitar as tarefas ofensivas que lhe foram atribuídas;

• Os homens mais atacantes devem estar em constante mobilidade e alternando as posições entre si;

• Os Extremos devem arriscar sempre que possível situações de 1vs1 junto às linhas laterais procurando situações de cruzamento e finalização;

• Durante o ataque os jogadores devem procurar sempre linhas de passe seguras e espaços vazios para progredir no terreno;

• Os laterais devem apoiar os extremos e com isso aumentar a largura do jogo; • Os médios centros devem apoiar alternadamente os elementos mais ofensivos da

equipa;

• A linha defensiva deve estar colocada junto ao meio campo para compactar mais a equipa;

• O Guarda-Redes deve estar adiantado para controlar a profundidade do jogo; Organização Defensiva:

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• Os Defesas, Médios e os Avançados devem estar próximos, permitindo um bloco defensivo e uma estabilidade e equilíbrio da equipa;

• Recuperar o mais rápido possível a bola;

• A Equipa deve estar sempre que possível organizada; • Encaminhar a equipa adversaria para zonas longe do golo;

• Cada jogador deve respeitar as tarefas defensivas que lhe foram atribuídas; • Defesa em linha constituída pelos 4 defesas;

• Os Laterais sobem alternadamente e nunca em simultâneo, e sempre que um lateral sobe a defesa organiza-se em 3 defesas mais centrais;

• Os centrais podiam sair a jogar mas sempre com segurança, nunca arriscando nem pondo a baliza em perigo;

• Sair sempre a jogar com passe curto evitando passe longo; • O Guarda-Redes tentar sair sempre a jogar com passe curto;

• Os médios centros devem estar sempre em sintonia e evitar que os 2 subam ao mesmo tempo dando sempre segurança defensiva;

• Quando a bola estiver no nosso meio campo defensivo a equipa deve estar o maior número possível de jogadores atras da linha da bola;

Transição Defensiva:

• Pressionar rapidamente o adversário que ganha a bola; • Procurar reorganizar rapidamente a equipa;

• Interceptar rapidamente linhas de passe: Transição Ofensiva:

• Quando recuperar a bola progredir rapidamente ao longo do campo; • Procurar espaços vazios para criar situações de golo;

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4 Organização do processo de treino

Neste próximo ponto expressarei tudo o que está relacionado com o processo de treino.

4.1 Treino Desportivo

Treinar é manipular métodos de treinos para criar adaptação, e se essa adaptação atinge níveis elevados então o rendimento também vai ser elevado (Bompa, 2009). Os objetivos do treino desportivo são o desenvolvimento específico das aptidões e da física multilateral, desenvolvimento do psicológico e do espirito de equipa, evolução do estado de saúde do atleta, prevenção de lesões, desenvolvimento físico e especifico da modalidade, desenvolvimento dos factores técnicos e táticos e desenvolvimento dos conhecimentos teóricos (Bompa, 1999).

Para haver uma elevada taxa de desenvolvimento do rendimento o treinador deve dominar os exercícios e as actividades especificas (Bompa, 1999), outro ponto importante é o treinador arranjar formas e métodos de estimular os atletas para que haja evolução (Bompa, 2009).

Os princípios de treino desportivo são o princípio da individualidade biológica (todos os seres humanos são diferentes), o princípio da adaptação (o corpo adapata-se ao treino e desenvolve), princípio do sobrecarga (o corpo precisa de tempo para recuperar do exercício), princípio da continuidade (sem continuidade, não há adaptação), princípio da interdependência volume-intensidade (adequação destas variáveis para atingir os objetivos do treino), princípio da especificidade (treinar como se vai competir), princípio da variabilidade (diversificação de estímulos), princípio da saúde (exercício e as suas condicionantes devem ter em mente a saúde do atleta) e princípio da inter-relação dos princípios (todos estes princípios devem estar relacionados).

Vasco (2012) refere que para o José Mourinho, o treino desportivo deverá também respeitar o princípio do Homem como um ser global. Este refere que o homem é um ser global, os treinos também o deverão ser, não se devendo separar o treino físico, tático, técnico, entre outros, devendo manter-se uma inter-relação entre todos.

O treino desportivo de ter também propósitos interpessoais que reflictam valores como a solidariedade, altruísmo, união, respeito, entre outros valores que devem estar

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inerentes às relações interpessoais, tornando assim o treino como uma fonte de crescimento e formação (Oliveira, 2012).

O treinador exerce influência sobre os atletas não só como praticantes de uma modalidade, mas também como pessoas, pelo que deverá optimizar a orientação da prática dos atletas no processo de treino e também educa-los como elementos pertencentes a uma sociedade (Rosado, 1997).

A liderança do treinador no treino é um ponto importantíssimo pensando-se até que é um dos factores integrantes para que uma equipa tenha sucesso (Esteves, 2009).

Com base nestas e mais algumas ideias foram assim realizados e planeados os nossos treinos.

4.2 Periodização do treino

A periodização do treino é um conceito desenvolvido pelo soviético Lev P. Matvéiev, a partir dos anos 60-70, tomando como referência as fases da síndrome geral de adaptação de Hans Selye (Garganta, 1993).

Os fundamentos que justificam a necessidade de se dividir a temporada em períodos e etapas específicas de preparação residem nas especificidades do treino, determinadas pelas variações climáticas, impostas por calendários de competição, pelas exigências biológicas de adaptação ao esforço físico e pelo reconhecimento da existência de particularidades de cada modalidade desportiva, que precisam de ser atendidas e respeitadas pela lógica dos processos de preparação (Silva, 1998).

"A periodização é um instrumento decisivo na organização do treino e da qual depende, em última análise, o controlo do desenvolvimento da capacidade de prestação desportiva" (Marques, 1993:243). É também o planeamento geral e minucioso do tempo disponível para treino, de acordo com objectivos intermediários perfeitamente estabelecidos, respeitando-se os princípios científicos do exercício desportivo (Dantas, 1998).

Para Gomes (2002), a periodização do processo de treino desportivo consiste, antes de tudo, em criar um sistema de planos para distintos períodos que perseguem um conjunto de objectivos mutuamente vinculados.

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De facto, a periodização do treino representa o sistema através do qual se constrói um modelo de desenvolvimento estruturado em ciclos, em cada um dos quais as cargas se aplicam de forma que os mecanismos que provocam a adaptação sejam favorecidos (Campos Granell & Ramón Cervera, 2001), sendo um aspecto particular do planeamento, o que diz respeito fundamentalmente à dinâmica das cargas de treino e à consequente dinâmica da adaptação do organismo a essas cargas, de acordo com os períodos da época que se atravessa (Garganta, 1991).

McFarlane (1986) e Dick (1988), referem que a periodização do treino desportivo pode ser entendida como uma divisão organizada do treino anual ou semestral dos atletas, com o objectivo de prepará-los para alcançar certas metas estabelecidas previamente e obter grande resultado em determinado ponto culminante da temporada competitiva, exigindo que a forma obtida seja o ajuste da dinâmica das cargas no seu ponto máximo para o momento competitivo.

Para Lammi (1999) a periodização é uma forma para organizar o treino, tendo em vista maximizar o rendimento dos atletas/equipa, em busca de resultados. Um período de treino, geralmente um ano, pode ser dividido em segmentos ou ciclos para incluir preparação, competição e transição. Estes ciclos podem ser subdivididos em fases, cada uma com diferentes metas imediatas e diferentes métodos para as alcançar.

Nos Jogos Desportivos Colectivos, o processo de periodização convencional implica notáveis inconvenientes para obter um elevado rendimento (López et al., 2000). Neste sentido, Garganta (1993) clama pelo enquadramento de dois aspectos que, normalmente, não constam da periodização e que se afiguram fundamentais: a capacidade de jogo e a construção dos exercícios/situações de treino em função do modelo e da concepção de jogo.

Para Rowbottom (2003) a periodização do treino é um processo que tem o potencial de ajudar os treinadores e os atletas a optimizar o desempenho atlético enquanto minimiza o risco real da sobrecarga do treino.

A periodização do ano desportivo, estrutura o processo de treino em ciclos, períodos, subperíodos, mesociclos, microciclos, etc., que surgem pela necessidade de transformação do treino em desportos de equipa, e para sustentar as bases empíricas que nos conduzam até ao método científico (López et al., 2000). O treinador deverá definir a

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periodização que vai adoptar (períodos, mesociclos e ciclos) em função das competições (Freire, 1984).

De acordo com Rowbottom (2003) a periodização do treino é o processo que divide um ano completo de treino em pequenos e distintos períodos com tamanhos mais controláveis, cada um com alvos de desempenho e desenvolvimento específicos. Ainda Rowbottom (2003) refere que a periodização se baseia em "blocos construtores", que constituem a estrutura completa do treino.

De salientar que, devido à frequência de competições que há presentemente no Futebol, a periodização que se realiza neste desporto é estruturada em dois blocos competitivos (Oliva, 1999) e a edificação da forma desportiva terá de assentar, por um lado, numa base muito mais lata, considerando-se o atleta como um todo, e por outro, num conhecimento cada vez mais específico da modalidade desportiva a que respeita, sob pena de se incorrer em graves erros metodológicos (Garganta, 1993).

A análise dos diferentes modelos de periodização pode possibilitar observar a interligação existente entre eles (López et al., 2000), permitindo verificar, tendo em conta as características do Futebol, o modelo de periodização ou associação dos aspectos pertinentes dos mesmos, para maximizar o rendimento no Futebol.

4.2.1. Modelos de Periodização do Treino Desportivo

De acordo com Gomes (2002), a periodização do treino desportivo, nos últimos cinquenta anos, passou por conceitos que se modificam frequentemente com a evolução e as transformações ocorridas nos mais diversos desportos. Efectivamente, os conhecimentos disponíveis permitem que a forma de organizar o treino apresente uma notável evolução e a elaboração de novos modelos constitui alternativas para o planeamento (López et al., 2000).

No entanto, especialmente no Futebol, a comunidade científica questiona-se sobre qual dos diferentes modelos, apresenta argumentos científicos válidos que proporcionem a evolução qualitativa do jogo, em benefício da "arte de bem jogar".

Nesta perspectiva, no meu entender, urge uma abordagem mais consentânea e que privilegie a componente táctica.

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Portanto, metodologicamente, podemos distinguir três fases ou etapas que caracterizam a história dos modelos de planeamento desportivo: a primeira, desde a origem até 1950, quando se inicia a sistematização do treino (os precursores); a segunda, de 1950 até 1970, quando se inicia o questionamento dos modelos clássicos do planeamento e aparecem novas propostas (os modelos tradicionais); a terceira, de 1970 até à actualidade, quando se vive uma grande evolução dos conhecimentos (os modelos contemporâneos) (Garcia Manso et al., 1996; López et al., 2000; Gomes, 2002).

4.3 Unidade de treino

A unidade de treino deve ser construída de forma que seja clara e resuma o treino, está inserida na parte de planeamento do treino e serve como guião para o treinador dirigir o treino.

De acordo com Castelo (1996), a sessão de treino deverá ter um carácter unitário assegurado pelo melhor conteúdo organizado na melhor forma. Deve ser encarada como uma única parte, todavia, e em função do ponto de vista da actividade fisiológica do organismo dos praticantes, pode-se considerar como tendo quatro partes fundamentais, introdução, preparação, parte principal e parte final.

A unidade de treino tipo pode ser observada no anexo 8.1.

4.4 Microciclos Padrão

O microciclo é constituído por um conjunto de sessões de treino repartidas por diferentes dias, destinadas a abordar na sua globalidade um problema correspondente a uma etapa de preparação do praticante ou da equipa. Neste sentido, nem todas as sessões de treino de um microciclo são da mesma natureza, estas alternam de acordo com os objectivos do treino, com o volume, intensidade, complexidade, métodos, etc. A duração de um microciclo pode ter entre 3 a 4 dias, e pode ir além dos 10 a 14 dias. Todavia, a duração mais frequente dos microciclos é de 7 dias, pois este período de tempo adapta-se com mais facilidade ao ritmo de vida geral dos praticantes (Castelo, 1996). Os microciclos encontram-se nos anexos 8.5, 8.6 e 8.7 onde podem ser observados separadamente por período competitivo.

4.5 Modelo de Ficha de presenças

O Moreirense Futebol Clube exige aos seus atletas desde tenra idade o compromisso com o clube, daí as presenças nos treinos são uma parte importante a qual o clube dá

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enorme relevo, assim sendo foi pedido à equipa técnica que controla-se as presenças nos treinos, as fichas de presenças podem ser observadas no anexo 8.3.

4.6 Como construir uma equipa na formação?

A escolha de jogadores é importante para que uma equipa consiga alcançar o sucesso daí este ser um processo que nunca deve ser banalizado (Vitória, 2014).

Construir uma equipa na formação não é o mesmo que construir uma equipa Sénior, visto que aqui não podemos ir contratar jogadores, na formação há três formas de construir um plantel, ou através do recrutamento, ou por promoção de atletas já dentro do clube, ou por períodos de captações onde surgem alguns atletas a prestar provas, isto num clube que seja organizado, que tenha já algum sucesso na formação e que possua alguma capacidade financeira. Depois existem alguns clubes de menor capacidade que jogam com os atletas que surgem aos treinos sem que haja possibilidade de qualquer seleção dos mesmos.

Em primeiro lugar devemos ter em conta o número de atletas que o clube pretende para cada escalão, posto isto passa-mos a seleção dos atletas. No caso do escalão onde estive a trabalhar no clube foi nos aconselhado a optarmos por um plantel de 24 jogadores sendo que estes foram seleccionados em concordância entre os treinadores e o coordenador do futebol juvenil. Entre os seleccionados alguns transitaram do dentro do clube subindo de escalão, outros surgiram em treinos de captações e os restantes foi o scouting do clube que os indicou como vais valias para a equipa.

Para a equipa técnica foram definidas algumas características que devem estar presentes nos atletas que integram a equipa:

- Os Guarda-redes devem ter uma estatura razoável, dada a importância dessa característica nesta posição específica, devem ser muito comunicativos com os companheiros de campo pelo facto de estarem sempre de frente para o jogo, serem destemidos e uma boa agilidade.

- Os defesas centrais devem ser bons no jogo aéreo, pelo facto de jogarmos contra equipa de menor qualidade de jogo em que estas utilizam muito jogo direto e passes longos, devem ser agressivos sobre a bola e ser bons com os pés para que encaixem no nosso modelo de jogo (que já vou falar mais à frente).

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- Os defesas laterais devem ser rápidos e resistentes, devem possuir um bom cruzamento e tal como os defesas centrais serem destemidos sobre a bola.

- Os médios têm de saber ler bem o jogo, boa qualidade de passe, técnica apurada, ser muito intensos e possuir um bom remate.

- Os avançados devem ter um remate fácil, bom jogo aéreo e não se devem amedrontar perante os defesas centrais, ou seja, nunca virar a cara à luta.

- Os extremos devem ser rápidos, possuir uma técnica apurada, bom cruzamento e boa resistência física.

Uma característica que também procuramos foi a polivalência do atleta pois isso pode ser crucial ao longo de uma época pois permite que o leque das escolhas seja maior, e como existem percalços de lesões ou outro tipo de situações a polivalência do atleta torna-se muito importante. Isto é tão importante que alguns jogadores fizeram carreira devido a serem polivalentes.

Para além destas características devem possuir um carácter respeitador tanto para com os treinadores como para os companheiros de equipa e toda a estrutura do clube.

Dado isto foram seleccionados de entre cerca de 40/50 atletas os 24 que nos acompanharam durante a época desportiva.

4.7 Relatório de Jogo

Durante o treino de uma equipa de futebol, existem variados objetivos que devem ser cumpridos, como por exemplo, não treinar nem pouco nem em demasia, respeitando o princípio da sobrecarga. Outro exemplo, ao respeitar o princípio da especificidade, o treino deve ser rigoroso e restritivo aos seus objetivos, excluindo exercícios que não influenciam na forma de jogar da equipa. Entretanto, a preparação para um jogo de futebol precisa de uma orientação específica, orientação que é encontrada a observar o adversário ou a si mesma.

Existe uma ferramenta especial que serve de "plataforma" para o alto rendimento desportivo, que influencia diretamente na preparação durante o treino. Chama-se AnáliChama-se, que geralmente é uma tarefa efetuada por um obChama-servador técnico. O

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do treinador, entre vários pontos fortes e fracos da equipa funciona como palavra-chave para diferenciar as grandes equipas de equipas inferiores.

4.7.1 Como organizar um Relatório de Jogo?

Cada observador tem a sua forma de criar um relatório, mas todos os relatórios seguem as mesmas directrizes no que diz respeito à organização. Quando cria um relatório de jogo, o observador deve dividir o relatório no momento ofensivo, momento defensivo, transição ofensiva, transição defensiva e bolas paradas, bem como pode ainda complementar com análises individuais dos adversários.

Seguindo esta ordem de pensamento e, sempre em debate com o treinador principal, elaboramos o relatório de jogo para a análise da equipa em jogo que se encontra no anexo 3. O relatório mostrou-se uma ferramenta muito importante pois as informações que transmite possibilitam a estruturação dos próximos treinos e dá a entender o estado da equipa individual e colectivamente. Após o jogo o relatório era elaborado por nós e posteriormente entregue ao treinador principal no início da semana, de forma que este conseguisse alterar rapidamente os aspetos mais importantes a melhorar por parte dos jogadores e equipa.

Um documento importante foi também a ficha de jogo, criada por nós com o objectivo de registar alguns dados informativos sobre cada jogo que contribuíram posteriormente para a criação de resultados estatísticos sobre a equipa a nível individual e colectivo. Todos os jogos era preenchida uma ficha com as incidências do jogo.

O relatório de jogo e a ficha de jogo permitiram também no final e ao longo da época realizar um documento estatístico onde facilmente visualizamos os atletas com mais tempo de jogo e menos, mas também as convocatórios e substituições ao longo de toda a época, por aqui podemos perceber também aqueles que terão sido os atletas mais e menos influentes na equipa, fonte de informação para o treinador seguinte e para a nova época.

Os relatórios de jogo é possível verificar no anexo 8.2.

4.8 Fichas de avaliação individual

A ficha de avaliação individual trata-se de um documento muito importante para percebermos a evolução do jogador ao longo da época e do seu percurso enquanto

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atleta. É uma forma de transmitir também ao próximo treinador informações muito relevantes sobre o jogador, sobre aquilo que foi a sua época, aspetos positivos e negativos, bem como as dificuldades e qualidades do mesmo. Assim torna-se essencial realizar este registo individual e, a necessidade óbvia de recolher estes dados criando um documento que possibilite realizar da melhor forma possível.

Foi criada uma ficha para cada atleta, de forma a funcionar como se do seu ADN se trata-se no clube, assim a ideia passava por criar um registo da época realizada para que na transição de escalão ou equipa esta fosse facilitada com os dados base fornecidos pelo ano anterior.

Essa ficha de avaliação de cada atleta é possível verificar no anexo 8.4.

4.9 “A transição do Futebol 7 para o Futebol 11”

É neste escalão etário que ocorre em Portugal a maior fase de adaptação ao futebol 11, pois é nestas idades que se faz a transição do futebol de 7 para o futebol de 11 e aqui devem-se ter em conta esse factor no processo de treino.

Desde logo o número de atletas em jogo aumenta, quanto ao terreno de jogo altera-se completamente, ao nível do comprimento passa dos 45 a 75 metros do futebol 7 para os 90 a 120 metros do futebol 11, no que diz respeito à largura passa de entre os 40 a 55 metros do futebol 7 para os 45 a 90 metros do futebol 11. As balizas do futebol 7 tem 6 metros de comprimento e 2 de altura e a do futebol 11 tem 7,32 metros de comprimento e 2,44 metros de altura o que faz uma enorme diferença para os guarda-redes. Na bola também existem diferenças tanto de tamanho como de peso as de futebol 7 devem ter uma circunferência entre os 62 e 66 cm com o peso a entre as 340g e as 390g, já no futebol 11 a bola deve ter entre os 68 e 70 cm de circunferência e o seu peso entre as 410 e as 450 g. As substituições no futebol 7 são ilimitadas e sem paragem no jogo (excepção ao guarda-redes) e no futebol 11 passam a só poderem acontecer 3 substituições (exceptuando algumas regras) e sempre com paragem no jogo. O fora-de-jogo passa a deixar de existir só dentro de área para existir em todo o meio-campo adversário.

Com o aumento do número de jogadores surgem também novas posições e tudo isto junto cria enormes dificuldades de adaptação em alguns atletas dai esta fase ser de extrema importância para o futuro e todos os treinadores devem ter em conta todos estes

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factores referidos para que os atletas compreendam melhor o que é o futebol 11 e se torne mais fácil a sua adaptação ao mesmo.

5 Controlo e Avaliação do processo

O Controlo e avaliação do processo é uma parte importante para que no final da época desportiva ocorra uma reflexão sobre o processo de forma a que no futuro não se cometa os mesmo erros e ocorra uma evolução nas nossas qualidades como treinadores de futebol.

5.1 Indicadores de treino

Na tabela seguinte está presente o resuma de presenças e tempo de treino de cada atleta.

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Tabela 3 - Tempo de treino de cada atleta

Resumo das presenças dos atletas nos treinos

Nome Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Total Minutos

Jorge (GR) 3 12 12 14 15 15 12 16 14 11 3 127 11430 Luís (GR) 4 12 12 14 15 15 9 9 14 11 3 128 11520 Fábio (GR) 4 12 12 14 15 15 11 16 14 11 4 128 11520 André 4 12 12 12 14 13 11 16 12 11 6 131 11790 Pedro 4 12 10 12 15 13 12 15 12 8 5 128 11520 Rafa 4 10 10 10 15 15 12 16 14 11 4 121 10890 Dany 4 10 10 10 15 15 5 2 11 1 6 89 8010 Machado 4 12 12 12 11 15 12 12 12 1 4 117 10530 Gutmann 3 9 10 10 11 14 12 15 14 9 6 113 10170 Simão 4 12 12 12 14 15 10 15 12 11 5 112 10080 Teixeira 4 11 11 11 15 15 12 15 13 8 4 119 10710 Leandro 4 12 12 12 11 15 11 10 14 5 4 110 9900 Rui 4 12 12 12 15 15 11 16 14 9 4 124 11160 Raúl 3 10 10 10 15 15 12 16 14 11 5 121 10890 Vieira 4 11 10 11 15 14 11 15 9 11 5 116 10440 Rui Miguel 4 12 12 12 14 14 2 0 1 1 6 78 7020 Rubén 4 10 10 10 15 12 4 15 12 11 5 108 9720 Pinto 4 12 12 10 15 15 12 15 14 11 3 123 11070 Diogo 4 12 10 10 15 13 11 16 14 11 4 120 10800 Araújo 3 11 10 11 14 13 12 16 13 11 5 119 10710 Miguel 3 12 11 12 11 15 9 16 12 7 6 116 10440 Afonso 4 12 12 12 15 14 12 16 14 8 4 124 11160 Nuno Pinto 4 12 12 12 11 11 5 8 12 11 6 120 10800 Silva 4 12 12 12 15 13 11 12 11 11 5 117 10530 5.1.1 Periodo Pré-Competição

Período Pré-Competitivo teve a duração de 2 semanas, em que os treinos tinham a duração de 90 minutos cada um, nessas duas semanas houveram 4 treinos por semana o que perfaz o total 8 treinos de 720 minutos de treino. Em baixo segue um gráfico com a divisão de tempo por conteúdo desses 720 minutos.

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Gráfico 1 – Divisão do tempo por conteúdo da Pré- Competição

5.1.2 Período Competição

O período competitivo teve a duração de 36 semanas onde os tempos de treino era de 90 minutos, eram 3 treinos por semana o que perfaz um total de 108 treinos e um 9720 min de treino. Em baixo segue a divisão do tempo por conteúdo.

Gráfico 2 - Divisão do tempo por conteúdo da Competição

11% 2,70% 6,90% 33,30% 9,70% 11,10% 16,66% 8,30%

Pré-Competição: divisão do tempo por

conteúdo

Ativação motora Controlo de bola coordenação

trabalho técnico e tático Flexibilidade Organização defensiva/ofensiva trabalho de força/core trabalho de resistencia 11% 12,90% 7,40% 51,80% 11,10% 5,50%

Competição: divisão do tempo por conteúdo

ativação motora Organização defensiva/ofensiva coordenação trabalho tecnico/tatico Flexibilidade trabalho de força/core

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5.1.3 Periodo Pós-Competição

Este período teve a duração de 4 semanas, nas quais apenas se realizavam 2 treinos por semana em que a duração dos mesmo era de 90 minutos e perfez um total de 8 treinos e 720 minutos de treino. Segue abaixo a divisão de tempo por conteúdo trabalhado nesta fase da época.

Gráfico 3 - Divisão do tempo por conteúdo da Pós- Competição

5.2 Indicadores de jogo

Durante toda a época realizou-se 30 jogos oficiais e 5 particulares e seguem abaixo o tempo de cada atleta nos jogos oficiais visto que nos particulares não foi possível fazer a medição de tempo de jogo de cada atleta.

Documentos importantes já referenciados como o relatório de jogo e a ficha de jogo permitiram também no final e ao longo da época realizar um documento estatístico onde facilmente visualizamos os atletas com mais tempo de jogo e menos, mas também as convocatórios e substituições ao longo de toda a época, por aqui podemos perceber também aqueles que terão sido os atletas mais e menos influentes na equipa, fonte de informação para o treinador seguinte e para a nova época.

11% 8,30%

8,30% 66,60%

Pós-Competição: divisão do tempo por

conteúdo

Ativação motora Organização defensiva/ofensiva controlo de bola

jogo formal para observação de novos atletas

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Tabela 4 – Dados relativo aos atletas 1ª volta

Dados de jogo relativos aos atletas 1º volta

Nome Total de minutos

Jogos a titular

Supl.

Útil. Subs. Não uti. Não

conv. Golos Cartões A. Cartões V.

Desempenho por jogo Fraco Médio Bom Jorge (GR) 350 5 0 0 7 3 10 0 0 0 5 0 Luís (GR) 700 10 0 0 5 0 15 0 0 1 8 1 Fábio (GR) 0 0 0 0 3 12 0 1 0 0 0 0 André 1015 14 0 1 1 0 0 2 0 4 9 1 Pedro 1050 15 0 0 0 0 1 0 0 1 11 3 Rafa 35 0 1 0 4 10 0 0 0 0 1 0 Dany 567 9 0 2 0 6 0 1 0 2 6 1 Machado 719 11 1 3 2 1 0 2 0 3 8 1 Gutmann 460 7 0 2 2 6 0 0 0 0 7 0 Simão 834 12 1 2 0 2 0 1 1 0 11 2 Teixeira 568 8 5 6 1 1 3 0 0 1 11 1 Leandro 859 13 2 4 0 0 3 0 0 3 10 2 Rui 332 4 7 4 0 4 0 1 0 2 9 0 Raúl 114 1 2 0 4 8 1 0 0 0 3 0 Vieira 414 5 8 4 1 1 1 0 0 2 11 0 Rui Miguel 964 14 0 0 0 1 1 0 0 0 10 4 Rubén 0 0 0 0 2 13 0 0 0 0 0 0 Pinto 697 10 5 5 0 0 4 0 0 0 14 1 Diogo 350 6 1 4 0 8 0 0 0 0 5 2 Araújo 341 3 10 3 1 1 0 1 0 0 13 0 Miguel 0 0 0 0 5 10 0 0 0 0 0 0 Afonso 172 4 4 4 4 3 0 0 0 1 6 0 Nuno Pinto 126 1 6 1 2 6 0 0 0 3 4 0 Silva 826 11 4 4 0 0 4 0 0 1 13 0

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Da primeira volta salientar que dos três guarda-redes apenas o Fábio não teve qualquer minuto e, que o Luís foi o mais utilizado (dez jogos como titular), talvez por isso tenha sofrido mais golos (15), obtendo um desempenho padrão mediano em termos das suas exibições.

Relevante, Pedro jogador totalista com 15 jogos a titular num total de 1050 minutos, com três colegas muito perto dele (14 jogos cada).

Apenas dois atletas para além do guarda-redes (Fábio) não tiveram qualquer minuto em campo, sendo que os outros atletas todos jogaram mais ou menos minutos como é perfeitamente normal.

O atleta mais utilizado como suplente, aquele que mais vezes jogou a partir do banco, foi o Araújo com dez utilizações. E por sua vez, aquele atleta que mais vezes foi para o banco mas que não chegou a entrar em campo, Miguel com cinco jogos sem ser utilizado.

Teixeira foi o jogador mais substituído, aquele que mais vezes saiu do jogo depois de ter sido titular, com seis substituições. Rúben foi o jogador menos vezes convocado com doze não convocatórias.

O melhor marcador da equipa com quatro golos marcados cada um, eram o Pinto e o Silva, sendo que aquele que mais se destacou pelo seu desempenho em campo, a sua performance, o atleta que mais vezes jogou acima da média foi o Rui Miguel. Salientar que este facto fez com que o jogador fosse chamado aos treinos e até mesmo aos jogos da equipa A.

Dizer ainda que em termos de disciplina a equipa manteve-se equilibrada com apenas um vermelho em toda a época e, nove cartões amarelos nesta primeira volta. De uma forma geral, o desempenho dos atletas foi caracterizado como mediano face às exigências dos jogos disputados.

Face à primeira volta, a segunda volta do campeonato veio mostrar-se reveladora e afirmante em relação aos atletas da equipa.

Todos os guarda-redes foram utilizados e jogaram como titulares, Fábio foi o mais utilizado e também o mais batido com vinte golos sofridos, sendo que Luís mostrou-se o

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mais constante e acabou por ser o mais utilizado de todo o campeonato, tendo o seu desempenho sido caracterizado como médio face às suas exibições em campo.

Não houveram jogadores totalistas, Leandro foi o jogador mais vezes titular (14) num total de 27 em todo campeonato e, consequentemente o mais utilizado em termos de minutos (955), bem como, na totalidade do campeonato com 1814 minutos de utilização.

O atleta Vieira revelou-se a ser a chamada arma secreta da equipa com oito jogos como suplente num total de dezasseis em todo campeonato, sendo que por sua vez, Pinto foi o atleta que seguiu o sentido inverso, ou seja, aquele que mais vezes foi substituído (7) num total de doze em todo campeonato.

O jogador que mais vezes ficou de fora da convocatória num total de 26 vezes, voltou a ser Rúben.

Leandro destacou-se ao marcar seis golos, sendo eleito o melhor marcador da equipa com nove golos em todo campeonato. Maior destaque ainda para a confirmação de Rui Miguel como sério talento com grandes exibições no que diz respeito ao desempenho individual em cada jogo e performance demonstrada em campo.

A equipa melhorou em termos disciplinares, somou apenas dois amarelos nesta segunda volta, revelando então melhorias claras neste nível, sendo que os atletas mantiveram o seu desempenho exibicional mediano ao longo dos jogos disputados.

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Tabela 5 - Dados de jogo relativos aos atletas 2º Volta (Totais)

Dados de jogo relativos aos atletas 2º Volta (Totais)

Nome Total de minutos

Jogos a titular

Supl.

Util. Subs. Não útil. Não conv. Golos Car.A. Car.V.

Desempenho por jogo Fraco Médio Bom Jorge (GR) 140 (490) 2 (7) 0 0 5 (12) 8 (11) 2 (12) 0 0 0 2 (5) 0 Luís (GR) 190 (890) 3 (13) 0 1 4 (9) 8 3 (18) 0 0 0 (1) 3 (11) 0 (1) Fábio (GR) 370 5 1 0 4 (7) 5 (17) 20 0 (1) 0 0 5 0 André 692 (1707) 5 (19) 0 1 (2) 2 (3) 3 1 0 (2) 0 2 (6) 8 (16) 1 (2) Pedro 687 (1737) 5 (20) 0 1 2 3 0 (1) 0 0 0 (1) 10 (21) 1 (4) Rafa 13 (48) 0 1 (2) 0 4 (8) 10 (20) 0 0 0 0 1 (2) 0 Dany 481 (1048) 7 (16) 1 2 (4) 1 6 (12) 0 0 (1) 0 1 (3) 7 (13) 0 (1) Machado 475 (1194) 7 (18) 3 (4) 4 (7) 1 (3) 4 (5) 2 0 (2) 0 1 (4) 8 (16) 2 (3) Gutmann 868 (1328) 12 (19) 1 2 (4) 0 (2) 2 (8) 0 0 0 1 11 (18) 1 Simão 278 (1112) 3 (15) 4 (5) 3 (5) 4 4 (6) 0 0 (1) 0 (1) 0 7 (18) 0 (2) Teixeira 806 (1374) 12 (20) 1 (6) 3 (9) 0 (1) 2 (3) 4 (7) 1 0 0 (1) 13 (24) 0 (1) Leandro 955 (1814) 14 (27) 0 (2) 3 (7) 0 1 6 (9) 0 0 1 (4) 12 (22) 1 (3) Rui 87 (419) 1 (5) 4 (11) 0 (4) 6 4 (8) 0 0 (1) 0 1 (3) 4 (13) 0 Raúl 499 (613) 7 (8) 1 (3) 1 3 (7) 3 (11) 0 (1) 0 0 0 6 (9) 3 Vieira 253 (667) 2 (7) 8 (16) 2 (6) 1 (2) 4 (5) 2 (3) 0 0 0 (2) 10 (21) 0 Rui Miguel 770 (1724) 11 (25) 0 0 0 4 (5) 3 (4) 1 0 0 8 (18) 3 (7) Rubén 5 0 1 0 1 (3) 13 (26) 0 0 0 0 1 0 Pinto 395 (1092) 8 (18) 3 (8) 7 (12) 1 3 1 (5) 0 0 0 10 (24) 1 (2) Diogo 621 (971) 8 (14) 6 (7) 4 (8) 0 1 (9) 5 0 0 0 12 (17) 2 (4) Araújo 21 (362) 0 (3) 3 (13) 0 (3) 1 (2) 11 (12) 0 0 (1) 0 1 2 (15) 0 Miguel 105 1 1 0 4 (9) 10 (19) 0 0 0 1 1 0 Afonso 140 (312) 1 (4) 3 (7) 1 (5) 4 (8) 7 (10) 0 0 0 0 (1) 3 (9) 1 Nuno Pinto 54 (180) 0 (1) 4 (10) 0 (1) 2 (4) 9 (15) 0 0 0 2 (5) 2 (6) 0 Silva 478 (1304) 7 (18) 2 (6) 4 (8) 0 6 1 (4) 0 0 2 (3) 7 (20) 0

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De seguida falarei sobre a classifcação geral final.

Figura 5 - Cassificação geral fonte www.zerozero.pt

Após a observação da classificação geral do campeonato é de salientar que o campeão foi o Palmeiras com mais um ponto do que o Vizela FC sendo que este foi promovido aos campeonatos nacionais e que despromovidos foram o Marinhas, o Ribeirão, o Maria da Fonte e o Taipas

O Moreirense FC alcançou um total de 10 vitórias (5 em casa e 5 fora), ou seja, um total de 33% dos jogos disputados, 6 empates (3 em casa e 3 fora) resultantes em 20% da totalidade dos jogos e, 14 derrotas (7 em casa e 7 fora), ou seja, 47% de todos os jogos disputados.

A equipa marcou 54 golos no total (37 em casa e 17 fora), ficando em oitavo no ranking de golos marcados com o Palmeiras a ser a equipa mais eficaz com 100 golos marcados e, o Taipas por sua vez, considerado o pior ataque com apenas 23 golos marcados em 30 jogos disputados.

Além dos golos marcados, a equipa sofreu um total de 58 golos (30 em casa e 28 fora), ficando assim, em 10º no ranking de golos sofridos, onde mais uma vez o

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Palmeiras mostrou ser a equipa mais eficaz com apenas 23 golos sofridos e, novamente o Taipas pela negativa, a pior defesa com 96 golos sofridos.

O Gil Vicente foi a equipa com mais empates (7) e o Taipas a que obteve menos vezes a divisão de pontos (1).

O Palmeiras revelou-se uma equipa muito constante conseguindo uma fantástica série de 13 jogos sem perder, sendo que a nossa melhor série de jogos sem perder foi de 5 jogos, o que coincidiu com a melhor séria de vitórias consecutivas (3). Dizer que a pior fase da época fez com que a equipa estivesse 6 jogos sem ganhar, facto que coincidiu com a pior série de derrotas.

Em média a equipa precisava de 39 minutos para marcar um golo, números que ditaram uma média de 1,8 golos por jogo, sendo que marcou em 77% dos jogos, ou seja em 23 jogos. E, em média sofreu 1,93 golos por jogo, num total de 90% dos jogos a sofrer golos, ou seja 27 jogos. A equipa conseguiu ainda um total de 4 goleadas, ou seja, vitórias por 3 ou mais golos.

Na primeira volta conseguimos 4 vitórias (1 em casa e 3 fora), 4 empates (2 em casa e 2 fora) e, 7 derrotas (3 em casa e 4 foras), marcou um total de 21 golos (11 em casa e 10 fora) e sofreu 28 golos (18 em casa e 10 fora), representando um 10º lugar na classificação geral.

Na segunda volta as estatísticas ainda que sem grande relevância melhoraram e, a equipa conseguiu 6 vitórias (3 em casa e 3 fora), 2 empates (1 em casa e 1 fora) e, perdeu 7 vezes (4 em casa e 3 fora) conseguindo um total de 33 golos marcados (25 em casa e 8 fora) e 22 golos sofridos (17 em casa e 5 fora) que apesar da pequena evolução acabou por resultar num 11º lugar final.

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6 Conclusão

O presente relatório final serve para no final de um longo percurso expor algumas das vivências e conhecimentos adquiridos ao longo deste trajecto, bem como parte do dossier de estágio dos 3º e 4º semestres do mestrado em CD-JDC.

Como em cada desafio que me proponho, parti para este estágio com as expectativas elevadas, pelo facto de ser mais uma oportunidade de expor os meus conhecimentos e por ser mais uma fonte de sabedorias e de vivências que com certeza no futuro serão importantes dado que a cada nova experiencia saímos mais conhecedores do assunto e acima de tudo mais experientes.

O facto de ir estagiar para o Moreirense Futebol Clube foi mais um extra motivacional, dado a ser um clube com um excelente organização e com professores na formação de muito boa qualidade, fiquei inserido nos Iniciados B que disputam o campeonato distrital da AF Braga e isso é importante dado a ser um escalão de futebol 11 futebol com o qual mais me identifico e pretendo evoluir os meus conhecimentos sobre o mesmo.

Irei ser treinador adjunto e terei como tarefas a cooperação nos treinos, no planeamento dos mesmos, auxilio na orientação nas competições e a realização do relatório de cada jogo disputado, juntamente com o outro treinador adjunto.

Através deste estágio pude, como esperava, melhorar como treinador de futebol e como conhecedor do jogo e dos seus envolventes, foi de facto uma experiência enriquecedora do ponto de vista que tive oportunidade de dar a minha opinião e de intervir.

O trabalho com os Iniciados revelou-se um enorme desafio principalmente devido a que a grande parte do grupo era de primeiro ano neste escalão e é a transacção para um futebol diferente passando do de 7 para o de 11 e assim sendo para muitos é um choque encontrar um campo tão grande com dinâmicas de jogo completamente diferentes das que estavam habituados e foi para mim uma grande experiencia devido a este facto, o que obrigou à equipa técnica aplicar se ao máximo para que este transição corre-se da melhor forma.

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Tive a sorte de integrar uma equipa técnica liderada pelo professor Carlos Machado que sempre me ajudou no necessário e transmitiu muito conhecimento, deixou-me completamente integrado e participativo tanto na concepção dos planos de treino como na orientação do mesmo, isso foi o que mais me motivou ao longo desta caminhada e me trouxe aquele traquejo para que neste momento me sinta muito mais capaz do que era aquando do início deste estágio.

Obviamente nem tudo foi perfeito e surgiram inúmeros problemas para resolver e que felizmente foi conseguindo supera-los, uma grande ajuda no estágio foi a bagagem que adquiri durante o primeiro ano deste curso bem como em toda a minha formação académica, através de toda a informação que recebemos durante esse tempo, e em pequenas situações muitas vezes encontrei a solução nessas informações.

Tive também oportunidade de ver outros treinadores da formação a trabalharem e a ver muita coisa bem feita mas também mal feita, tentei sempre sugar as informações que achava mais corretas e assim aprender com eles, mas acho que aprendi mais até com os erros que fui observando para que eu não os cometa.

Juntamente à tarefa de treinador deram-me a oportunidade de coordenar e orientar a Escola de Futebol “Os Moreirinhas” que pertence ao Moreirense Futebol Clube e que tem os Petizes (5 e 6 anos) e os traquinas (7 e 8 anos) como esalões de formação. Trabalhar com estas idades foi incrível aprendi imenso e senti que ensinei a base e vi uma evolução enorme em todos os miúdos, é gratificante, é onde a vitória e a derrota não são o mais importante, mas sim a evolução daquelas crianças que todas têm o sonho feliz de serem estrelas de futebol, foi sem duvida uma experiencia enriquecedora e que puxou imenso pelas mais capacidades. A parte da coordenação da escola foi também muito importante para também perceber outro lado do futebol.

Aprendi uma coisa importantíssima e que levo comigo para todo o sempre, saímos formados das universidades e achamos que somos e acontecemos e que já sabemos tudo e que ninguém nos vai ensinar nada, o que está completamente errado, estamos sempre a aprender e nunca sabemos rigorosamente nada e é com base nisto que sigo o meu caminho porque sei que ainda tenho muito que aprender e nunca acabará a fonte de informação, como referi varias vezes aos meus colegas no local de estágio estamos sempre a aprender e até com os miúdos/atletas aprendemos muita coisa.

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Tal como desejava saio deste estágio com a sensação de dever cumprido e com a certeza que saio mais experiente quer a nível profissional como a nível pessoal.

Pus em prática os conhecimentos adquiridos, percebi quais devo usar para cada situação, recebi e suguei muita informação para no futuro usar, fiquei ainda mais apaixonado por tudo que envolve o futebol e ainda me deram o extra de trabalhar com as idades mais pequenas e coordenar a escola de futebol “Os Moreirinhas” o que foi uma enorme experiencia para mim.

Em suma foi até melhor do que todas as minhas expectativas, sendo que como referi anteriormente ainda não sei tudo, mas sinto-me com mais capacidades e cada vez mais preparado para outros desafios onde espero continuar a aprender.

Imagem

Tabela 1 – Modelo de base de desenvolvimento de cada escalão.
Tabela 2 - Plantel de Iniciados B época 2015/2016
Figura 2 – Mapa das deslocações da equipa
Figura 4 - Distribuição do plantel no Sistema de jogo Gr+4+3+3
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Referências

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