I
PROGRAMA
DE POS-GRADUAÇAO
EM
ENGENHARIA
ELÉTRICA
EsTUDo
E
REALIZAÇÃO DE
UM
coNvERsoR
FORWARD
s1MÉTR1co
PWM
zvs
DIS
SERTAÇÃO SUBMETIDA
À
UNDIERSIDADE
FEDERAL
DE
SANTA
CATARINA
PARA
A
OBTENÇAO
`Do GRAU
DE
MESTRE
EM
IENGENHARIA
ELETRICA
CLÁUDIO
MANOEL
DA
CUNHA DUARTE
ESTUDO
E
REALIZAÇAO DE
UM
CONVERSOR
FORWARD
SIMETRICO
PWM
ZVS
CLÁUDIO
MANOEL
DA
CUNHA
DUARTE
ESTA
DISSERTAÇÃO
POI
JULGADA
ADEQUADA
APARA
OBTENÇÃO
DO
TÍTULO
DE
MESTRE
EMO
ENGENHARIA
,ESPECIALIDADE
ENGENHARIA
ELETRICA E
APROVADA
EM
SUA
FORMA
FINAL
PELO
CURSO
DE PÓS-GRADUAÇÃO
ƒââflw
EProf. João arlos dos Santos Fagundes, Dr.
Orientador
Eme
§zt¿,¿,.
Prof. Roberto de
Souza
Salgado,PhD
Coordenador do Curso
dePós-Graduação
em
Engenharia Elétrica
BANCA
EXAMINADORA:
Pro~
José Ing. rof. Denizí' Cn12zNfaI1i;1s,/Dr.A
minha
esposa Jussara.Aos meus
filhosBruno
cBemardo, que nasceram
durante operíodo de realização deste
trabalho.
Ao
Prof. João
Carlos Fagundes, pela interessada ecompetente
orientação.Ao
Prof. Ivo Barbi pela segura e objetiva co-orientação.Aos
ñmcionários
echefia
do
LAMEP,
pela atenção e presteza dispensadas.Aos membros
da banca
examinadora, pelos comentários e sujestões.Aos meus
colegas de curso pelo companheirismo.Aos meus
colegasdo Departamento
de Engenharia Elétricada
UniversidadeCatólica
de
Pelotas pelo apoio.À
Universidade Católica de Pelotas pelofinne
e constante apoio à realizaçãodeste trabalho. V
. _
À
Universidade Federal de Santa Catarina e àCAPES,
pelo apoio fmanceiro.Aos meus
pais e irmãos, pelo estímuloque sempre
demonstraram.Amínha
esposa pelo companheirismo,compreensão
e constante apoio.A
SUMÁRIO
SIMBOLOGIA
RESUMO
ABSTRACT
INTRODUÇÃO
GERAL
r ' ~CAPITULO
I -CONVERSORES
FORWARD
COM
COMUTAÇAO
ZVS
`‹ -
1.1 -
INTRODUÇÃO
_
1.2 -
CONVERSOR
FORWARD
CONVENCIONAL
. 1.3 ‹
CONVERSORES
FORWARD
COM
COMUTAÇÃO
ZVS
1.3.1 -
Conversor
Forward
Multi-RessonanteZVS
1.3.2 -
Conversor
Forward
Multi-RessonanteZVS
com
Freqüência. Constante
A
1.3.3 -
Conversor
Forward
ZVS
que
Utiliza a Magnetizantedo
Transformador
como
Elemento
Ressonante1.3.4 -
Conversor
Forward
PWM
Auto-Excitadocom
TransiçãoZVS
UtilizandoNúcleo
Saturávelno
Transformador
de'
Isolamento _
1.3.5 -'
Conversor
Forward
ZVS
com
Indutor de
Núcleo
Saturávelpara
Reduzir
a Corrente Ressonanteix xii xnr 1 5 5 5 9 .9 11 15 17 21
CAPÍTULO
II -CONVERSOR
FORWARD
SIMETRICO
2.1 -
INTRODUÇÃO
'
I r
2.2 -
ANALISE
MATEMATICA
DAS
ETAPAS
DE
FUNCIONAMENTO
2.3 -
VALORES
MEDIOS,
MÁXIMOS
E
EPICAZES
NOS
INTERRUPTORES
A
2.4 -
CARACTERÍSTICA
EXTERNA
2.5 -
CONCLUSÕES
CAPITULO
III -RECUPERAÇÃO
REVERSA
NOS
DIODOS
3.1 -
INTRODUÇÃO
~
A
'
3.2 -
ANÁLISE
DA
RECUPERAÇÃO
REVERSA
NOS
DIODOS
3.3 -
DETERMINAÇÃO
DO
TEMPO DE
DURAÇÃO
DE
.PORTADORES
3.4 -
CONCLUSÕES
CAPÍTULO
IV
-CONVERSOR
FORWARD
SIMÉTRICO
PWM
ZVS
~ '4.1 -
INTRODUÇÃO
A
.
4.2 -
ANÁLISE
MATEMÁTICA
DAS
ETAPAS
DE
OPERAÇÃO
4.3 -
VALORES
MÁXIMOS,
MÉDIOS
E
EPICAZES
NOS
INTERRUPTORES
PRINCIPAIS
4.3.1 - Interruptor S1
4.3.2 - Intermptor S2
4.3.3 -
Diodo
D1
“4.4 -
CARACTERÍSTICA
EXTERNA
4.5 é
coNcLUsÕEs
CAPÍTULO
V
-1\/IETODOLOGIA
DE
PROJETO'
E
RESULTADOS E
RE-
SULTADOS
EXPERIIVIENTAIS
DO
CONVERSOR
FORWARD
SI-METRICQ
PWM
zvs
5.1 -INTRODUÇAO
5.2 -PROCEDIMENTO DE
PROJETO
5.3 -EXE1\/IPLO
DE
PROJETO
5.4 -RESULTADOS
EXPERIIVIENTAIS
5.5 -coNcLUsÕEs
coNcLUsÃo
GERAL
ANEXO
01
ANEXO
oz
REFERÊNCIAS
EIELIQGRÁFICAS
66
68
70
70
7173
74
80
8183
85
88
8 - Inclinação da corrente de recuperação reversa
Cr,C2,Cs e
CD
- Capacitâncias de ressonânciaDr
eD2
-Diodos
principaisdo
conversor forwardsimetnco
C
V- Capacitância
média da
camada
de depleçãoDf
-Diodo
forward 'Dfvv -
Dc
Diodo
de roda livreRazão
cíclica '`
Dor
e_Dcz -Razões
cíclicas dos interruptores S1 e S2Dcef -
Razão
cçlica efetivaC
E
fo fs Io Is IL Iu Im Ip: Imzâ Izf ImâxÍ
IF ` ~_ FOIIÍB (IC ÍCIISÉIO COIISÍZIIIÍC
- Freqüência de ressonaância - Freqüência de
chaveamento
_ Corrente de saída Correnteno
interruptor S Correntena
indutânciaL
Corrente
na
irrdutância ressonanteCorrente de magnetização
do
transfonnadorCorrenteno
primáriodo
transformadorCorrente
média
i
Corrente eficaz
Corrente
máxima
~Corrente nonnalizada
Lr
~ Indutância ressonanteLf
- Indutânciado
filtro de saídaSL
- Indutornão
linearN1,Nz
eNs
-Número
de espirasdo
primário, secundário edo
terciário`
np
4_
- Concentração de elétrons
na
região-pnp(0) - Concentração de elétrons
na
região-p,no
limiteda
camada
de depleção `
ñp
- Concentração de elétronsna
região-p,na
situação deT equilíbúo
qz -
Ganho
estáticoq
-'Cargado
elétron --_
Q(t) -
Excesso
de carga elétricaarmazenada na junção
em
função~
de t
RL
_- Resistência de carga
S
- Interruptorcomandado
Sp - Fator
desuavidade
dodiodo
t -
Tempo
`
ts -
Tempo
deestocagem
T
- Período dechaveamento
Tim
-Tempo
de recuperação reversatf -
Tempo
dequeda
da corrente reversaVs
-Tensão no
interruptor SVcn
-Tensão na
capacitânciaCn
Vo
-Tensão
no
diodoD
Vnfw
Vf
VruavW
x
Zo
1; _ 'Cr 'CR <I> (DoTensão no
diodo de roda livreQueda
de tensão diretano
diodo~ -
Tensao
reversa - Largura da região-p _ Distância H -Impedância
característicaTempo
de duração de elétrons~ r
uu
Tempo
de duraçao de eletronsem
sentido diretoTempo
de duração de elétronsem
sentido reversoFluxo
magnéticoA A
RESUMO
Neste
trabalho é propostoum
novo
conversorForward
Simétricocom
comutação não
dissipativa(ZVS)
nos interruptorescomandados
emodulação
por largurade
pulso(PWM).
O
mecanismo
decomutação
ZVS
éimplementado
atravésda
utilizaçãoda
característica de recuperação reversa dos diodos principais.Os
principios teóricos quedescrevem
esta característica dos diodos são apresentados, euma
análise quantitativado
conversor,bem
como
urna metodologia deprojeto são desenvolvidas.
Os
resultados teóricos são validados experimentalmente,ABSTRACT
This study proposed a
new
converter forward symetrical with non-dissipative
commutation
(ZVS)
in the drived switchesand
PulseWidth
Modulation
(PWM)_.
The mecanism
ofZVS
commutation
isimplemented
through the utilization ofthe characteristic reverse recuperation of the
main
diodes.-
The
theorical principles that describe this characteristcof
the diodes arepresented
and
a quantitative analysis of the converter, as well as amethodology of
theproject is _ developed.
The
theorical results are' experirnentally validated with theirnplemantation
of
a prototype.l
INTRODUÇÃO
GERAL
Desde
que
a conversão de energiano
modo
chaveado
foi introduzida, tem-serealizado
um
esforço contínuo paraaumentar
a freqüência de chaveamento. Altasfreqüências
de chaveamento permitem
a redução .do
tamanho do
transformador depotência e
da
energiaarmazenada nos componentes
reativos usadosnos
conversores,resultando
em
alta densidade de potêncianos
equipamentos.A
respostadinâmica
também
pode
setomar
mais
rápida, para melhorar a qualidadeda
energia entregue à carga.Atualmente
amaior
parte dos conversores chaveados dc-dc utilizam a técnica 'demodulação
por
largura de pulso(PWM).
A
técnicaPWM
tem
sido largamente utilizadapor
causada
sua simplicidade, alta eficiência de conversão e caracteristicas de controlesimples.
Além
disso, .vários circuitos de controle são disponíveis para facilitar odesempenho
e otimizar custos. _~
e
`
Numerosos
esforços são realizados para operar os conversoresPWM
com
altasfreqüências
de chaveamento, acima
de 1M_Hz
[l6].Os
maioresproblemas
encontradossão .as perdas
na
comutação
e as oscilações indesejáveis causadas pelas reatânciasparasitas
do
estágio de potência.As
principais reatâncias parasitas são associadas aossemicondutores,
além
disso, as capacitâncias dos enrolamentosdo
transformador depotência
podem
serum
problema
considerável.A
principal indutância parasitado
circuitode
potênciado
conversor é usualmente a de dispersãodo
transformador.i _
Uma
variedade de circuitos de ajuda àcomutação
(snubbers) [17]tem
sidopropostos para suprimir as oscilações e reduzir o stress de tensão nos interruptores.
Os
snubbers
RC
eRCD
são simples,mas
resultamem
dissipaçãoda
energiaarmazenada
na
indutância
de
dispersão. SnubbersLC
ou
regenerativos _[l8] são utilizados para devolveresta energia.
A
desvantagem
do
snubberLC
é sua relativa complexidade.Além
disso oscomponentes do
snubber introduzemnovas
reatâncias parasitasque
podem
resultarem
oscilações parasitas adicionais.
Também,
a freqüência dechaveamento
dos conversoresPWM
é limitada pelostempos
finitos requeridos para carregar e descarregar oscomponentes do
snubber.Como
a energiaarmazenada
nas reatâncias parasitas durante cada período dechaveamento
é constante paraum
dado
conjunto de dispositivos eem
condições deoperação
fixadas
(tensão,_ corrente e níveis de potência), a energia resultante dissipadacresce proporcionalmente à freqüência de chaveamento.
Conseqüentemente,
osconversores
PWM
não
podem
operar eficientementecom
elevados níveis de freqüência.Diferentes técnicas de conversão de potência
tem
sido propostas paraamenizar o
efeito negativo das reatâncias parasitas emelhorar
as condições dechaveamento dos
dispositivos semicondutores.Cada
uma
destas técnicas reduz as perdasna
comutação por
fazero
dispositivo comutar sob correnteou
tensão nula(ZCS
ou ZVS).
As
diversas topologiasde
conversores resultantes destas estratégias dechaveamento
sãoclassificadas
como
"Conversores
Ressonantes", porque a maioria delas requeralgum
tipo de ressonânciaLC.
De
uma
forma
geral os conversores dc-dc ressonantespodem
serclassificados
da
seguinte forma:Conversores
Ressonantes (Convencionais)ZCS
ou
ZVS
-
Conversores
Quase-RessonantesZCS
ou
ZVS
Conversores
Multi-Ressonantes(MRCs)
ZCS
ou
ZVS
Conversores
PWM
Com
Comutação
Suave
ZC-Sou
ZVS
Onde
,ZCS
: Zero-'Current Switching (comutaçãocom
corrente nula)ZVS
: Zero-Voltage Switching (comutaçãocom
tensão nula)A
primeira categoria representa os conversores ressonantes convencionais,freqüentemente referidos
como
Conversor Série Ressonante(SRC)
[19-22],Conversor
são geralmente controlados pela variação da freqüência de chaveamento, técnica esta
denominada
de
modulação
em
freqüência (FM).Se
um PRC
ou
SRC
operarcom
uma
freqüência
de chaveamento
abaixoda
freqüência de ressonância, todos os interruptores depotência
podem
ser naturalmentecomutados
(ZCS).Se
um PRC
ou
SRC
operarcom
uma
freqüência
de
chaveamento
abaixo dametade da
freqüência de ressonância, osinterruptores
de
potência entramem
condução
com
corrente nula. Entretanto, seum
PRC
ou
SRC
operarcom uma
freqüência dechaveamento acima da
freqüência de ressonância,todos os interruptores de potência entrarão
em
condução
com
tensão nulamas
bloquearãocom
corrente diferente de zero.A
segrmda
categoriacomposta
pela família de ConversoresQuase-
Ressonantes
(QRCs)
[27-30],pode
ser consideradacomo
um
híbrido dos circuitos dosConversores
PWM
Convencionais e dos Ressonantes.Enquanto que
o princípiofundamental da
conversão de energia é igual ao dos conversoresPWM,
um
circuitoressonante é
empregado
para fazercom
que
as formas deonda da
tensão e corrente nosintenuptores passe naturalmente por zero nos instantes de comutação.
Os
QRCs
são maisadequados
para operação -em alta freqüência,na
ordem
de megahertz, devido à reduçãodas perdas
por comutação
e stress nos interruptores. Utilizando-se elementos ressonantes,entretanto, introduz-se energia adicional de circulação
nos
circuitos dos conversores.Invariavelmente 'esta energia fará
com
.Íque cresça o stress de tensãoou
corrente nosdispositivos, resultando freqüentemente ,em
umacréscimo
das perdasem
condução.A
caracteristica
de não
absorção de todos os elementos parasitas essenciais, geralmentecausa indesejáveis ruídos e oscilações. Isto
pode
setomar
graveem
alta freqüência.A
terceira categoria éfonnada
pela farnília de Conversores Multi-Ressonantes
(MRCS)
[4,5,3l]. Estes conversoresforam
desenvolvidos para melhorar acaracterística
de
absorção dos elementos parasitas dos Quase-Ressonantes.Os
MRCs
podem
serimplementados
com
comutação
ZCS
ou
ZVS.
A
família deZVS-MRC
é maisadequada
para operaçãoem
altas freqüências.Empregando
a técnica multi-ressonanteZVS.
A
indutância de dispersão e de magnetizaçãodo
transformador, e outrosimportantes elementos parasitas
podem
ser facilmente absorvidosna
operaçãonormal do
circuito.
Os
MRCS
sãoadequados
para altíssimas freqüências dechaveamento
(acima de 1MHz)
epodem
operar desde à vazio até a plena carga.A
maior desvantagem poderá
ocorrer
quando
elesoperarem
sobre larga faixa de variação 'de tensão de entrada.A
última categoria,chamada
de ConversoresPWM
Com
Comutação
Suave
[8,9,11,1.2,32,33,34],
tem
como
objetivocomum
utilizaralguma forma
de técnicaressonante para suavizar as características de
chaveamento
dos semicondutores depotência.
Quando
a transição é concluída, o conversorretoma
ao familiarmodo
deoperação
PWM,
de talforma que
a energia reativa circulante possa ser minirnizadaem
relação aos outros conversores ressonantes.
Em
princípio, este tipo de conversor é oque
possui características
mais
desejáveis, isto é,menores
perdasna comutação
emenores
perdas
em
condução. Entretanto, deve-se observar' que a característica decomutação
suave
não pode
serimplementada
em
um
conversorPWM
sem
nenhuma
penalidade.Ainda
que
aq energia reativa circulanteno
conversor possa ser reduzidacom
esta técnica,sua presença
não
é_ insignificante enão pode
ser desprezada. Várias técnicas paraimplementar comutação
suaveem
conversoresPWM
são citadasna
literatura, etêm
mostrado que
esta classe de conversores setoma
muito atrativa para aplicaçõesem
médias
e altas potências, aindaque
muitas vezes sejam utilizados para aplicações debaixas potências,
onde
eficiência e densidade de potência são fatores importantes.-
Neste
trabalho é descrito o desenvolvimento deum
conversorcom
comutação
suave, técnicaZVS
emodulação
PWM.
A
topologia sob a qual omecanismo
de comutação
suave é implementado, éuma
variantedo
ConversorForward
PWM
Convencional. '
CAPÍTULO
1
CONVERSORES
FORWARD
COM
COMUTAÇÃO
ZVS
1.1
INTRQDUÇÃO
. Para
melhor
situar oproblema do
desenvolvimento deum
Conversor
Forward
Simétricocom
Comutação
não
Dissipativa, este capítulo apresenta as principaiscaracteristicas
do Conversor Forward
Convencional juntamentecom
as soluçõesencontradas
na
literatura para criaro
mecanismo
decomutação não
dissipativacom
tensão nula. ~
-_
1.2
CONVERSOR
FORWARD
CONVENCIONAL
'A
topologia forwardda
fig. 1.1 é, provavehnente, a topologiamais
utilizadapara potências de saida entre
150W
e200W,
quando
a tensãomáxima
de entrada dc estána
faixa de60
a200V.
Abaixo
de60V,
a corrente requeridado
primário torna-semuito
alta.Acima
de .250V o transistor de potência sofre alto stress de tensão.Acima
de200W,
para qualquer entrada
CC,
a corrente de entrada requerida toma-setambém
muito
alta.Esta topologia é derivada
do
circuito Push-Pull,_onde
um
dos transistores édesbalanceamento
de fluxo.Como
elatem
um
transistor ao invés de dois,comparada
com
o
Push-Pull, émais econômica
e requermenor
espaço.É
interessante observar que, nesta topologia a potência flui para a cargaquando
o transistor de potência estáem
condução, daí otermo Conversor
Forward.Os
conversores Push-Pull e
Buck também
entregam energia para a cargaquando
ostransistores de potência estão conduzindo, e
também
sãodo
tipo Forward.Em
contraste,os conversores
Boost
e Flybackarmazenam
energiano
indutorou
primário dotransformador
quando
o transistor de potência está conduzindo, e entregam à cargaquando
o
transistor está bloqueado.Os
conversoresque
armazenam
energiapodem
operar tanto
no
modo
contínuo quanto descontínuo. Eles são fundamentalmentediferentes
dos
conversores Forward.`
A
topologiaForward
pode,também,
ser derivadado
conversorfundamental Buck,
adicionando-se a esteum
transfonnador eum
diodo forward. Nestetransformador deve ser previsto
um
mecanismo
de "reset" para o núcleo,ou
seja,um
circuito auxiliar para desmagnetizar o núcleo
do
transformador a cada período dechaveamento.
N1 nz N2 DfU
fV`/'V\ °°
“
1..
.. .ü}||š@i§
%
T
tFig. 1.1 - Conversor
Forward
ConvencionalNas
figuras- 1.2 e 1.3, são apresentadas respectivamente as seqüências defuncionamento
e as principais formas deonda
idealizadas. Três estágios topológicos são identificados: ' 'N1 Nr N2 Df
U
3
D.a. transferência de energia para a carga
N1 Nr N2 Df Lf O O
›
` 'il
Dr ~b. [t1,t2]: desmagnetizaçãodo
transformador NI Nr* N2 DF Lf E};¡
¡| C. ...5
D.c. [t2,t3]: roda livre da carga
O
conversorForward
da Fig. 1.1,tem
semostrado
adequado
àimplementações
decomutação não
dissipativa, tanto é que várias publicações sãoencontradas
na
literatura.Desta
forma, serão destacadas neste trabalho, apenas àquelasque apresentam
mecanismo
decomutação
ZVS,
ou
sejacomutação
sob tensão nula,em
função de ser este tipo de
comutação
omais
desejável.Vs
VD1'W
Qi
fw
tt tz ts 11 _ tt .tz ts 15
a.
Tensão
no
intemtptor S b.Tensão
no
diodoDr
Is ID1'
of
~N~
tt tz tz t tz tz _i tz t
c. Corrente
no
interruptor S d. Correnteno
diodoDr
1.3
CONVERSORES
FORWARD
COM
COMUTAÇÃO
ZVS
1.3.1
Conversor
Forward
Multi-Ressonante
ZVS
(ZVS-MRC)
Este conversor utiliza todas as reatâncias parasitas
mais
significativasdo
circuito de potência, incluindo a, indutância de dispersão
do
transformador e ascapacitâncias
de junção
de todos os semicondutores. Ele utiliza a técnica multi-ressonante [4] e é derivado
do
conversorBuck
ZVS-MRC.
É
obtidacomutação
ZVS
tanto
no
transistor de potência quantono
diodo retificador utilizando a indutância dedispersão
no
circuito ressonante.A
operação multi-ressonante permite a regulação datensão
de
saída, à freqüência variável, de zero a100%
da
variação de carga e possuium
mecanismo
integral de "reset"do
transfonnador.A
figura
1.4mostra
o
circuito elétricodeste conversor. ~
'I'-'
N1 N2 Df
U
W
~
W
Tr
M
Fig. 1.4 - Conversor
Forward
ZVS-MRC
.H
O
conversorForward
ZVS-MRC
pode
apresentar três seqüências de estágiostopológicos,
chamados
demodos
de operação.A
figura
1.5mostra
uma
das seqüênciasde
funcionamento
e afigura
1.6 as principais formas deonda
idealizadas.O
interruptor S écomandado
para entrarem
condução
em
t=t‹›com Vs=0
eVcD<O.
A
ressonância daindutância
Lr
com
a capacitânciaCo
causa o crescimento de iu.As
correntescombinadas
das indutâncias ressonante e magnetizantefazem
com
que
Vcn
se anule,Durante
asegunda
etapa, o intenuptor S continua conduzindo.O
circuito ressonante éformado
por Lr
e Co,mas
a taxa de crescimento deVD
é reduzida,porque
parte dacorrente ressonante circula pela carga, este estágio termina
quando
o interruptor S ébloqueado. L'
N1N2
Df L'N1N2
Df Ô.›
'Ó EDfm
Enfru
É'_| Csil
Csa. [to,t1]: etapa ressonante
` b.[t1,t2]: transferência de energia L' Ni N2 Df L' Ni N2 Df .. - }.
›
¡~
DfIU~IC
5
Cs S ~5
Cr ~c. [tz,ta]: transferência de energia d. [ts,t4]: etapa multi-ressonante
Fig. 1.5 - Seqüências de funcionamento
do
conversorForward
ZVS-MRC
Após
o bloqueiodo
transistor, .o circuito ressonantefica
sendofonnado
portodos os três
componentes
reativos. Durante estemodo
Vs
atinge seu valor de pico.A
tensão Vco,
no
secundário cai a zero bloqueandoDf
e fazendoDfw
conduzirem
ts.Durante
o quarto estágio a tensãono
internlptor S cai a zero.O
ciclo éILr Is
~~~ ~
WII
~II
ic‹›
nc.:
'£z›
'rzrzir
a. corrente
em
Lr
e tensão decomando
b. correnteno
secundárioVcn
to tz ta t to ti tz ta lí
c. tensão
no
intenuptor S d. tensãona
capacitânciaCD
Fig. 1.6 - Principais
formas
deonda do
Conversor forwardZVS-MRC
1.3.2
Conversor
Forward
Multi-Ressonante
ZVS
Com
Freqüência Constante
.
O
conversorForward
ZVS-MRC
requerum
tempo
de bloqueioconstantedo
interruptor principal ea controle
com
freqüência variável. Para conversoresoperando
com
larga faixa
de
carga e de tensão de entrada, a faixa de variaçãoda
freqüênciatambém
deverá ser larga.
Como
resultado o projeto ótimo doscomponentes magnéticos
e filtrosde saida e de interferência eletromagnética
(EMI)
torna-se dificultado.Também,
a largura debanda
do
controle demalha
fechada écomprometida
em
função de serdeterminada
para amínima
freqüência de chaveamento. Portanto,toma-se
necessáriobeneñcios da
operaçãoem
altafreqüência.O
conversorForward
Multi-Ressonante àFreqüência Constante
(CF-ZVS-MRC)
[5] é obtido trocando-se,no
Forward
ZVS-MRC,
o diodo de
roda
livre porum
interruptorcomandado.
O
circuitodo
estágio de potência émostrado
na
figura
1.7 . Lv NI N2 Df Lf ç¬|fCD_|¬
Sz cf %R1Sil
CsFig. 1.7 - Conversor
Forward
CF
ZVS-MRC
Durante
um
ciclo dechaveamento
o conversorpode
operarem
cinco diferentesmodos
ou
seqüências de estágios topológicos,dependendo
dos valoresda
corrente de saída.Na
figura
1.8 é apresentadauma
destas seqüências de operação ena
figura
1.9 , suas principaisformas
deonda
idealizadas.›
Na
primeira etapa,mostrada na figura
l.8.a, o intemiptor S1 e o diodoDf
estão conduzindo, enquanto
que
o interruptor S2 está bloqueado.A
tensãoVcn
épositiva.
A
capacitânciaCD
ea
indutância Lr entramem
ressonância atéque
a tensãoem
Sz atinja
o
valor zero,em
t=ti, e o diodo antiparalelo de S2 entreem
condução.Ao
mesmo
tempo
o diodoDf
bloqueia-se.Na
figura
l.8.b émostrado
osegundo
estágio,onde
o diodo antiparalelo de S2está
conduzindo
e a capacitânciaCn
permanece
em
ressonânciacom
Lr. Este estágiotermina
em
t=tz,quando
a tensãoVcn
atinge o valor zero, fazendo conduzir o diodo Df.Para obter-se entrada
em
condução não
dissipativa, o interruptor S2deve
ser liabilitado aentrar
em
condução
neste estágio.No
próximo
estágio,mostrado na figura
l.8.c, o diodoDf
eo
interruptor S2indutor ressonante é igual à da fonte.
A
correnteno
indutor ressonante crescelinearmente até
que
S; sejabloqueado
em
t=ts.L'
N1 N2 Df L' N1 Nz Df
OO OO
›
A
ii
CsEJ
Csa. [to,t1]: transferência de. energia b.[t1,t2]: etapa ressonante
L'
N1 uz Df L' N1 Nz Df -
H na
F1
M
_S__| Cs
í|
Csc.[tz,t3]: etapa linear d.[ta,t4]: etapa ressonante
L' N1, N2 C Df i Ê lo
ij
Cse.[t4,ts]: etapa multi-ressonante
'
No
quarto estágio, mostradona
figura 1.8.d, o diodoDf
permanece
conduzindo
e a capacitânciaCn
entraem
ressonânciacom
Lr.A
tensãoVD
cresce deforma
ressonante. Este estágio terminaem
t=t4,quando
Si é bloqueado.Vs
Vcs
to tl ts t4 ts
V
t to tl tz t4 ts t _
a.
comando
dos interruptores b. tensão -no interruptor SrIu i
VCD
. . . . . . . . . . . . . . - . . - . » . . . . . . . . . - . . . . . . . . . . . . . . .. At. -ol lo- t‹›t1 ts t4 ts t t‹›t1 ts t4 ts tc. corrente
na
indutânciaLr
d. tensãona
capacitânciaCo
n
Fig. 1.9 - Principais formas 'de onda'do
CF
ZVS-MRC
No
último estágio, mostradona figura
l.8.e, o diodoDf
permanece
conduzindo
e as capacitânciasCo
eCs permanecem
em
ressonânciacom
a indutância Lr.Este estágio termina
em
t=t.s,quando
a tensãoVs
volta a assumir o valor zero através deuma
oscilação ressonante.O
inten'uptor'S1 deve ser habilitadona
seqüência para obter-se
uma
entradaem
condução'com
tensão nula, iniciando opróximo
ciclo deO
controledo
fluxo
de energia é obtido variando-se o intervalo decondução
(At)
do
interruptor S2.Desta
forma
consegue-se regular a tensão de saída à freqüênciaconstante. Entretanto,
uma
desvantagem do
CF
ZVS-MRC
éque
a eficiênciafica
significativamente degradada
com
o crescimento da tensão de entrada devido aocrescimento
do
pico de corrente.Em
[6] é desenvolvida urna técnicano
sentido demanter
constante a eficiência, atravésda
variação da freqüência apenasquando
houver
variação
na
tensãode
entrada.Quando
houver
variaçãosomente
na
carga, o controle éfeito à freqüência constante. '
1.3.3
Conversor
Forward
ZVS
que
Utiliza a IndutânciaMagnetizante
do
Transformador
Como
Elemento
Ressonante
A
maior desvantagem
dos conversoresdo
tipo ressonantes é o alto stress decorrente e/ou tensão
em
todos os dispositivos semicondutores.Em
particular, as famíliasde conversores
ZVS-QRC
eZVS-MRC,
requerem
um
indutor ressonante relativamentegrande para
obtercomutação
ZVS
sobreuma
larga faixa de variação de carga.O
indutorressonante é
submetido
a altas tensões e correntes,que
têm
efeitos negativos sobre aeficiência e o
tamanho
destes conversores.Em
[7] é propostoum
método
para geraruma
família
de
conversores isoladosZVS
que
utilizam a indutância demagnetização
do
transformador
como
elementø de ressonância. Neste- trabalho será apresentadasomente
atopologia Forward. - - . « L' Nr N2
É
LfLm
i ' E ng ÊZ%Df»z
cf %R1 S1_J CsL1 C L' N1 N2
U
OOSL
. ELm
_ DfwTcf
R1 S1_| Cs_ Fig. 1.11 - Interruptor S2
com
comutação
suaveL'
N1 N2 L' N1 N2
OO OO
E nf xo E of
m
Ê]
CsÍ]
Csa. [to,ti]: etapa ressonante b. [t1,tz]: intervalo de
chaveamento
Lv Lr -
, N1 N2 Nl N2
IO
ä
CsÍ]
Cs ç~
c.[tz,ta]: ma›gne`ti_zaçao› de
Lm
d.[tz,t4]: transferênciade
energiaFig. 1.12 - Seqüência de funcionamento
.
. .A
figura
1.10 mostra aimplementação
conceitualdo
conversor.O
intemlptorS2 deve
permanecer
aberto enquanto se dá o intervalo -de ressonância.Na
figura
1.11 é,FL
ifi
~ to ti tz tz t4 t _ to Ff ›-A 30'- af- E' ,_,I`a.
comando
dos interruptores . b. tensãono
interruptor S1 ç Ipr ' i Isz - . . . . - . . . . . . .z \ . rf.. 0 ‹+¬ ill ro-.. kb v-0.. UI ro- ¿,. ‹-f |~o ti tz tz t4tc. corrente
no
primário d. correnteno
secundário`
Fig. '13 -
Formas
deonda
idealizadasassociação série de
um
reatorcom
núcleo saturável eum
diodo.Neste
caso todos osdispositivos semicondutores
com
exceçãodo
diodo de roda livre,comutam
sob tensão nula.O
controle é feito atravésda
variaçãoda
freqüência para regular a tensão de saída.Entretanto, se
um
indutorcom
zsaturação controlada for usado, é possível operar oconversor à freqüência, constante usando-se pós-regulação. “
Nas
figuras 1.12 e 1.13 sãomostradas
respectivamente a seqüência deftmcionamento da implementação
conceitual e as principais formas deonda
idealizadas.1.3.4
Conversor
Forward
PWM
Auto-Excitado
com
Transição
ZVS
UtilizandoNúcleo
Saturávelno
Transformador de
Isolamento
Em
[8] é apresentadoum
novo
conceito de transiçãoZVS em
um
conversorPWM.
Neste
caso a ressonância é introduzidasomente
durante o intervalo deressonante.
Aqui
será apresentado somente o conversor Forward,mas
esta técnicapode
ser estendida a outras topologias.
Na
figura
1.14 émostrado
o circuito elétricoda
etapade
potênciado
conversor.U
Nl N2 Df Lfrvvvx
E i Dfw Cf š R1 -_| 9. -fšäfëlwY
Í;
5
z
_¿>¡__Fig. 1.14 - Conversor
Forward
PWM
Auto-Excitado.
As
figuras
1.15 e 1.16mostram
respectivamente a seqüência defuncionamento
e as principais formas deonda
indealizadas.Quando
S conduz, a tensãode
entrada é aplicadano
enrolamento Ni.Uma
tensão é induzidano
enrolamentoNa
paramanter
o
interruptor S conduzindo.O
núcleo émagnetizado
pela tensãoda
fonte e seufluxo
cresce linearmente seguindo a linha ab, mostradana
figura
1. 16.b .Em
t=t1, o núcleo satura e sua indutânciatoma-se aproximadamente
nula.Os
enrolamentos do
trasformadorpodem
ser consideradoscomo
um
curto-circuito.Nenhuma
tensão é induzida nos enrolamentosNi
e Ns, destaforma S
é bloqueado.A
indutância
Lr
entraem
ressonânciacom
a capacitância Cs.A
tensãoem
Cs
cresce deforma
cossenoidal.A
correntena
indutânciaLr
varia defonna
senoidal, e ofluxo
semantém
conforme
a linhabc
mostradana figura
1. 16.b .Em
t=tz,quando
Cs
completa sua carga,Vcs
é igual a duas vezes a tensão dafonte, a corrente iu se anula e o núcleo toma-se
novamente
não-saturado e suaindutância de magnetização torna-se muito grande.
A
tensãoE-Vc1=-E
é aplicadano
~
enrolamento
Ni.Uma
tensao negativa é induzidano
enrolamentoNs
para manter otransformador
pode
ser consideradoum
circuito aberto e ofluxo
descreve a trajetóriadescrita pela linha cd,
mostrada
na figura
l.16.b .L' N1 N2 Df L' N1 N2 Df 0 Ô O O - s ` s Cs z Cs . N: N:
a. [to,t1]: transferência de energia b.[t1,t2]: etapa ressonante
L' N1
Nznf
V L' N1 N2 Df--
. . ¡>¡ .a .ip
1° S S CS _o'
_ CS 0 Ns . N:c.[t2,ts]: etapa de roda livre d.[t3,t4]: etapa ressonante
Fig. 1.15 - Seqüência de funcionamento
Quando
o núcleo saturano
ponto d, mostradona figura
l.16.b,em
t=ts, suaindutância torna-se
novamente aproximadamente
zero.O
enrolamentoNi
pode
serconsiderado
como
um
cmto-circuito.Novamente
a indutância Lr entraem
ressonânciacom
a capacitância Cs.A
tensãoVcs
decresce até zero.Quando
iu eVer
forem
zero, ofluxo
atinge oponto
a,mostrado
na figura
l.l6.b, e toma-senovamente
não-saturado, atensão
da
fonte éaplicadaem
Ni, induzindouma
tensãoem
Ns
e fazendocom
que
ointermptor S entre
em
condução.Vcs
Vo
-
/ \ ‹l a
to ti tz ts 1:4 Í to ti tz tz t4 t
b 1:
L a.
tensãono
interruptorS
_ b.fluxo
magnético
IL! VDfw
to ti tz ts t4 ht to ti tz ts t4 it c. corrente
na
indutânciaLr
d. tensãono
diodoDfw
Fig. 1.16 - Principais formas de
onda
idealizadas.
O
intervalo detempo
decondução do
interniptor S é determinado pela tensãode
entrada e pelofluxo
desaturação. Logo, alargura deste pulsonão
pode
sermodulada.
Por
outro lado, otempo
denão-condução do
,intem1ptor_ consiste de três panes, sendoque
amaior
é otempo
estático. Ele é determinado pela tensãona
capacitância, pelatensão
da
fonte e pelofluxo
de saturaçãodo
núcleodo
transformador. Portanto, se atensão na' capacitância for
modulada,
poder-se-ámodular
a largurado tempo
estático.Isto
poderá
ser feito atravésdo
enrolamento N4,confonne mostrado
na
figura
1.14 .Se
uma
corrente constante for aplicadaem
N4,uma
corrente lb irá circularem
Ni.Durante
0
tempo
«estático esta corrente irácanegar
a capacitância Cs, a tensãoVcr
crescerárapidamente,
tomando
otempo
estáticomenor
e equivalentemente otempo
decondução
1118.1012
.Esta
modulação
sedá
por largura de pulso,mas
a freqüência é variável.Na
regulação
da
carga a freqüêncianão
varia sobreuma
grande faixa.Porém, na
regulaçãoda
redeo
percentual de variação da freqüência dechaveamento
é proporcional aopercentual de variação
da
tensão de entrada. '`
1.3.5
Conversor
Forward
ZVS
com
Indutor
de Núcleo
Saturávelpara Reduzir
aCorrente Ressonante
AAs
técnicasZVS
foram
propostas para eliminar as perdasde comutação
nascapacitâncias
dos
dispositivos de chaveamento.Os
conversores convencionaisQuase-
Ressonantes
ie Multi-Ressonantesreduzem
as perdas de comutação, entretantorequerem
-alta corrente ressonante
nos
circuitos.Logo
estesmétodos
aumentam
-as perdasem
~conduçao nos
interruptores, noscomponentes
do
circuito ressonante enos
enrolamentosdo
transformador. Para resolver esteproblema
e obtercomutação
ZVS,
em
[9] édesenvolvido .um conversor
que
utiliza a indutância da região não-saturadacomo
parteda
indutância ressonante. Esta técnica oferece alta eficiência sobreuma
larga faixa decarga.
O
conversorpode
apresentar váriosmodos
de operaçãoque
dependem
do
projetodos parâmetros
dos
componentes.A
figura
1.17 mostra o circuitoielétricoda
etapa depotência
do
conversor. - Lv2%
1~u"N2[ig
` Lf EDf¬%§
nfvzÍ
cf %R1íl
os ~T
ÊJ
Csíu
Csa. [to,t1]:transferência de energia b. [t1,t2]: carga
da
capacitânciaCs
cn
cn
L' N1 N2 ' L'N1N2
E IO E . ..>
Df DfH
I DF Ioil
Csü
Csc. [t2,ts]: etapa ressonante d. [ts,t4]: etapa multi-ressonante
CD
VCD
Lv JI N1_ N2 I-f JI N1 N2 Ísx.“
_ À sx."
Df ru Io V nf E Dfil
Cs3
Cs e. [t4,t.s]: etapa multi.-ressonante . f. [ts,tõ]: etapa ressonanteCD
-CD
5 Lv 11 N1 N2 Lz . N1 N2 SLu
Df 'H
of HDfm
Enfm
ij
Cs Í_| Cs g. [tõ,t1]:desmagnetizaçãode Lr
h. [t1,ts]:magnetizaçãode
Lr
i
IL; Vsec
~~~~~~~
~
\_¡_¡_| r \_f |_¡_L-l - ~ ¿l
to titatrta tste tvte t to t1t2t:t4 tsts t1'£8 _t
a. corrente
na
indutânciaLr
b. tensãono
secundárioVW
Isecto t1t2t3t4 tsts gta Í to t1t2t3t4 tsis ii-:t9_ E
c. tensão
no
interruptor S d. correnteno
secundárioFig. 1.19 - Principais formas de
onda
idealizadasV
A
figura
1.18 mostrauma
típica seqüência de fimcionamento.No
intervalo de(to,t1 o interruptor S está conduzindo, o indutor saturável está
na
região de saturação ese
dá
a transferência de potência para o secundáriocomo
em
um
conversorForward
convencional. ç
Quando
S
é desabilitadoem
t=t1, a capacitânciaCs
é carregadacom
a correntede magnetização
mais a corrente de carga referida ao primário, atéque
Df
entreem
condução
e a tensão nos enrolamentos tome-se zero.Neste
estágio a corrente decarga
de
Cs
é quase constante,confonne
mostradona figura
1. 18.c .Quando
a tensão nos enrolamentos do transformadortoma-se
zero,em
t=tz, odiodo
Dfw
entraem
condução
e a tensão nos enrolamentosdo
transformadorfica
de
forma
ressonante. Este estágio terminaquando
a corrente atravésdo
indutor saturáveltoma-o
não-saturado,ou quando
a correnteem
Lr toma-se
igual a corrente demagnetização do
transformador eDf
se bloqueia.O
estágio referente ao intervalo (tõ,t4)começa
quando
a correnteem
Lr toma-
se igual a corrente de magnetização do transformador.
O
diodoDf
bloqueia-se e a corrente magnetizantecomeça
a carregar a capacitância Co.A
indutância magnetizanteLr
e as capacitânciasCs
eCu
formam
um
circuito ressonante. .u
V
Em
t=t4 a correnteno
indutor saturável atinge o valor de não-saturação.As
indutâncias Lr,
Lsn
e de magnetizaçãodo
transformadorfonnam
com
as capacitânciasCs
eCn
um
circuito ressonante.Onde
Lsn
representa a indutânciada
região não-saturadado
indutor saturável SL.De
"acordocom
esta ressonância as capacitânciasCs
eCo
sãocarregadas e descarregadas.
A' capacitância
Cn
descarrega-se antes de Cs, eDf
entraem
condução
com
tensão nula.
Os
enrolarnentosdo
transformador são curto-circuitados porDf
eDfw,
logoa corrente
na
capacitânciaCs
varia deforma
ressonante.A
capacitânciaCs
e asindutâncias
Lsn
eLr
formam
um
circuito ressonante.Quando
a tensãona
capacitânciaCs
cai a zero, o diodo intn'nsecodo
interruptor S entraem
condução
e o estágio relativo ao intervalo (tõ,t-1) inicia.~
O
interruptor Spode
entrarem
condução
com
tensão nula se for habilitadoenquanto o diodo
intrínseco estiver conduzindo.A
tensãona
indutância (Lr+Lsn) é iguala tensão
de
entrada e a correnteno
interruptor S cresce deforma
linear.t
Em
t=t1, o indutor saturável
SL
toma-se saturado.A
tensãona
indutânciaLr
é igual a tensão de entrada e a corrente cresce rapidamente.Em
t=ts, a correnteem
Df
toma-se
igual a corrente de carga e o diodoDfw
se bloqueia,dando
inícionovamente
ao1.4
CONCLUSÕES
ç
As
principais característicasdo
conversorForward
convencionalforam
apresentadas,
bem
como
as principais soluções encontradasna
literatura paratransformá-lo
em
um.conversor
comcomutação
não
dissiptavacom
tensão nula (ZVS).Com
este tipo decomutação
o conversor toma-se adaptado para a operaçãoem
altasfreqüências. -
Pode-se
observarque
aimplementação
destas soluçõestoma
o conversorbem
mais
complexo
e de operaçãomais
crítica. Geralmente o controle sedá
com
freqüênciavariável, as perdas
em
condução tendem
a aumentar e as faixas de operação aficarem
CAPÍTULQ
II
'
r
CONVERSOR
FORWARD
SIMETRICO
2.1
INTRODUÇÃO
'
O
conversorForward
SimétricoPWM-ZVS
proposto neste trabalho, éimplementado
sobreuma
estruturaForward
Simétrica.Desta forma toma-se
importante,para
que
seu entendimentofique
facilitado,uma
análisedo
conversorForward
SimétricoConvencional. .
-
O
conversorForward
Simétrico mostradona figura
2.1, éuma
variantedo
conversor Forward, e ainda
que
tenhaum
interruptorcomandado
a mai-s,quando
comparado
com
o convencional,tem
uma
vantagem muito
significativa.No
estado debloqueio,
ambos
os intenuptores são submetidos asomente
a tensão de entradaCC,
enquanto que
no
anterior o intenuptor de potência é submetido aodobro da
tensão deentrada.
Além
disso,no
bloqueionão há
sobretensões devido à indutância de dispersãodo
transformador, ao contráriodo Forward
convencional,onde
a presença de circuitosauxiliares
deve
ser prevista para suavizar estes surtos e proteger o intem1ptor.Afigura
2.2
mostra
as etapas de funcionamento e afigura
2.3 as principaisformas
deonda
-DzÃ
{
Ê? \Fig. 2.1 - Conversor
Forward
SimétricoS1 D1
A
' S1 D1 EN1
- EN1
' NzÍ=-'‹"Na:-t
A
D2Df
S2'
D2'
Df
S2ZH
a. transferência de energia b. desmagnetização
H
S1/
`D1ZX"
E'Ni
_- .Nzzí
Dz
Z:
Df
sz/
í
'_c. roda livre da carga
li
Fig. 2.2 - Etapas de
funcionamento
'Vs:
VD1
VszVD:
®
« . - . - . . - . . . . - . - . - ‹ ‹ . . . . . . - .- (E/2) K-E/2) (-E) tz rá rz t ' ' ti tá iz ra. tensão
nos
interruptores S1 e S2 b. tensãonos
diodosD1
eD2
Isi ID1 Is: ' ID2 u tt ta ts t Y t1 tz 'tz 1;
c. correntes
nos
interruptores S1 e S2 d. correntesnos
diodosD1
eD2
Ipr .
Im
~|”
p ~ tx tz A tz t ti tz tz t e. correnteno
primário ” V' f. corrente, demagnetização
Fig. 2.3 -
Formas
deonda
idealizadas2.2
ANÁLISE
MATEMÁTICA
DAS
ETAPAS
DE
FUNCIONA-
MENTO
A-
- transferência de energia para a carga; -
desmagnetização
do
transfonnador,- roda livre
da
carga.Para facilitar o entendimento e
tomar
a análisematemática mais
simples,algumas
simplificações são adotadas:- o indutor
do
filtro de saída é considerado de alta indutância, deforma
queele e a carga
possam
ser representados poruma
fonte de corrente constante Io;- o transformador .é representado pelo
modelo
T, e a relação de transformaçãoé considerada unitária; _
- todos os
componentes
são idealizados, isto é, todas as resistências parasitassão iguais a zero e todos os semicondutores
têm tempos
dechaveamento
equeda
detensão
em
condução
também
iguais a zero._
-
A
figura
2.4 'mostra o circuito
do
ConversorForward
Simétricocom
assimplificações adotadas, e a
figura
2.5 os seusmodos
topológicos deuma
fonna-mais
adequada
à análise matemática.i . S1 / _ .D1
ZS
E L1Lm
' L2 _Dzzs
DfDfW
sz/
¡, L1 _ L2 L1 . E
Lm
E _Lm E | | Em | , iml Io‹~
IoFil
Io I Ema.
modo
1 b.modo
2 c.modo
3Fig. 2.5 -
Modos
TopológicosEtapa
1:Transferência de Energia para
aCarga
[to,t1]«
Os
intemiptores S1 e S2 estão conduzindo.Todos
os terminaismarcados
com
ponto,
mostrados na figura
2.2, são positivos, e todos os diodos estãobloqueados
excetoDf.
Neste
estágio sedá
a transferência de energia para a carga.Da
figura
2.5.a, tem-seque: '
d(i +10) dz'
--'Í--
L
-l=E
2.11¬
dt
+
.dt
‹ ›Resolvendo
aequação
(2.1), obtém-se:Ím(Í)
=~Í
'Í¡(Í)=~Í+IO
Este estágio termina
quando
t=t1, determinado pelo controle.Desta
forma,D
z'-1(24)
C
T
'C
1,
=
DC_T
(2.5)Etapa
2:Desmagnetização
do Núcleo do
Transformador
[t1,tz]Quando
os intemlptores S1 e S2 estão bloqueados, os terminaismarcados
com
ponto,
mostrados
na
figura
2.2,tomam-se
positivos, e os diodosDi
eD2 conduzem
a*cor-reâite
de magnetização
até a extinção.O
diodoDf
bloqueia-se fazendocom
que
0diodo
Dfw
entreem
condução.Da
figura
2.5.b tem-se que:dim
Ez
-(L,+L,,)í
(2.ó)Resolvendo-se
(2.6), obtém-se:i,,,(z)
=
i,(r)=
äüj,
-1) (2.7)Quando
im(t)=0, t=t2 e t2=2.t1. Destaforma
amáxima
razão cíclica teórica será igual a0,5.
Etapa
3: Intervalode
Roda
Livre
da
Carga
[tz,tz]qi
Este intervalo
começa
quando
a corrente de magnetização se anula, após tersido devolvida toda a 'energia
annazenada
no
núcleodo
transformador à fonte E, etermina
quando
os interruptorescomandados forem novamente
habilitados. Assim, tem-S61
2.3
VALQRES
MÉD1os,
MÁx1Mos
E EFICAZES
Nos
IN
_TERRUPTQRES
A
determinação destes valores sedá
tomando
como
base as formas deonda
mostradas
na figura
2.3. 2.3.1 Interruptores S1 e Sz Izf 2.3.2Diodos D1
eDz
Ima=
_*LDc2
+10-Dc
2.f(L,+Lm)
DC
E.DC
E.D,_¬.Ío ` 2+~+2.Io]
‹ 2E.D
1 '““=--°_
1f(L.+L.)+°
V....z=E_E
z 1.... "=-_-D
2.f(L.+L.)
°E.D
D
Ie¬=--'TLID
ic
f f(1¬+L..)°\Í2
» (2.1o) (211) (2. 12) (2.13) (2.14) (215)I
W
2
EDC
f(L.+L..> Vmax=
E
` 2.3.3Diodo
Df
Imzz:=
IoDc Izf =Io'\/-D: Imax:IO
Vm,=1:
2.3.4Diodo
Dfw
(2.1ó)(217)
(2.1s)(219)
(2.2o)(221)
_Considerando
também
a corrente de cargacomo
uma
fonte de corrente constante, tem-se: [med=
I0(1_DC) 1,, =1(,¬/1-DC Imax:IO
VVW
À+%
(2.22)(223)
(2.24)(225)
2.4
CARACTERÍSTICA
EXTERNA
sA
característica externado
conversor é definidacomo
sendo a relação entre 0ganho
de tensãomédia
qe e a corrente de saída Ioem
funçãoda
razão cíclica. Estarelação geralmente é apresentada
na fonna
deum
gráfico
etem
como
objetivo caracterizar oconversorem malha
aberta.É
através dela que se determinará omelhor
tipo de utilização e omelhor ponto
de operaçãodo
conversor. -A
figura
2.6mostra
a característicaextema
idealizadado Conversor Forward
Simétrico,
com
razão cíclica variando de Dc: a Dc4.' Desta forma, tem-se:Vo
=
Vofiizmzàfzz:Del-E
(2-26) e .V
q=
É
=
De
(2.27) q .Dc4
Dc:
.Dez
Dcr Io_Fig. 2.6 - Característica
extema
É
possível observar,que
o conversorForward
Simétrico apresentauma
característica
extema
que independe do
valor da corrente de carga,ou
seja a únicaforma
de
se variar a tensãomédia
de saída é através da variação da razão cíclica.Desta forma
2.5
CONCLUSÕES
O
conversorForward Simétñco
foi apresentado,bem
como
uma
análisequalitativa e quantitativa dos seus
modos
topológicos.As
expressões necessárias aoprojeto dos
componentes
semicondutoresou
seja, valores médios,máximos
eeficazes
decorrente,
foram
desenvolvidas. - '' '
_
A
caracteristicaextema
teóricado
conversor foi apresentada, juntamentecom
a
forma
como
ela foi obtida. Através destedado
pode-se constatarque
este conversorCAPÍTULO
111
RECUPERAÇAO
REVERSA NOS
DIODOS
3.1
INTRODUÇÃO
A
principal caracteristicado
conversor proposto é omecanismo
decomutação
não
dissipativaZVS,
que
éimplementado
atravésda
característica derecuperação reversa dos diodos principais. Desta forma,
toma-se
necessário apresentaruma
análise quantitativa destefenômeno,
paraque
ele possa serdevidamente
descritono
equacionamento do
conversor. í3.2
ANÁLISE
DA
RECUPERAÇÃO
REVERSA
NOS
DIODOS
rQuando
um
semicondutor operaem
condução
forçada, os portadores positivos (lacunas) e os negativos (elétrons) circulamem
todo o cristal. Se a corrente forcortada abruptamente,
ou
a tensãonos
terminaisdo componente
invertida,um
número
excessivo de lacunas estará presente