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Estresse ocupacional na preparação das demonstrações contábeis: a percepção dos empresários e funcionários de escritórios contábeis em Pernambuco

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Academic year: 2021

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Estresse ocupacional na preparação das

demonstrações contábeis: a percepção

dos empresários e funcionários de

escritórios contábeis em Pernambuco

Maria Daniella de Oliveira Pereira da Silva É doutoranda do Programa Multi-institucio-nal e Inter-regioMulti-institucio-nal de pós-graduação em Ci-ências Contábeis - UnB/UFPB/UFRN, mestre em Administração pela Universidade Federal Rural de Pernambuco, graduada em Ciências Contábeis pela Faculdade do Vale do Ipojuca e professora-assistente da Universidade Fede-ral da Paraíba.

Email:mariadaniella75@hotmail.com Christianne Calado Vieira de Melo Lopes É doutoranda do Programa Multi-institucio-nal e Inter-regioMulti-institucio-nal de pós-graduação em Ci-ências Contábeis - UnB/UFPB/UFRN, tem mes-trado em Controladoria e Contabilidade pela Universidade de São Paulo, é graduada em Ci-ências Contábeis pela Universidade Federal de Pernambuco e professora-adjunta da Universi-dade Federal de Pernambuco.

Email: christiannecalado@yahoo.com.br José Dionísio Gomes da Silva

É doutor em Controladoria e Contabilidade pela Universidade de São Paulo, mestre em Administração pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, especialista em Gestão Universitária pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, graduado em Ciências Con-tábeis pela Universidade Federal do Rio Gran-de do Norte e professor associado da Universi-dade Federal do Rio Grande do Norte. Email: dionisio@ufrnet.br

O

estudo procurou investigar a percepção dos

empresários e funcionários de escritórios de

contabilidade quanto à influência do estresse

ocupacional na preparação das demonstrações contábeis

por meio de uma escala de fatores estressores, relacionados

ao mau humor, escassez de tempo, quantidade excessiva

de trabalho e nervosismo. Os dados coletados por meio de

questionários foram submetidos a testes não paramétricos.

Os resultados apresentaram indícios dos empresários terem

a percepção de que o mau humor e a escassez de tempo

seriam fatores que afetariam a preparação das demonstrações

contábeis. Já os funcionários apresentam a percepção de

que a escassez de tempo seria o aspecto, entre os avaliados,

que mais influenciaria o preparo das demonstrações. Desse

modo, os resultados alcançados no estudo sinalizam que as

percepções dos funcionários e empresários são distintas e uma

das possíveis explicações para o comportamento observado

pode estar relacionada às posições antagônicas de empresários

e funcionários, naturalmente decorrentes do conflito de

interesses quanto aos fatores de produção: capital e trabalho.

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1. Introdução

Na sociedade moderna, o es-tresse passou a ser um dos maiores problemas da humanidade, sendo considerado como a “síndrome dos tempos modernos”, em função das mudanças tecnológicas e econômi-cas advindas com a Revolução In-dustrial (BORIN; NATALI, 2006). Nas organizações, a presença de even-tos estressantes pode afetar nega-tivamente os funcionários, desen-cadeando perda de produtividade e interferências na qualidade das atividades executadas, afetando, consequentemente, o desempe-nho dos indivíduos e da organi-zação (STANLEY; BURROWS, 2001; ROBBINS; JUDGE, SOBRAL; 2010).

O estresse oriundo de fatores or-ganizacionais é denominado de es-tresse ocupacional. Segundo Pas-choal e Tamayo (2004), o estresse pode ser refletido nas emoções ex-pressas pelos indivíduos, desencade-ando sintomas, como mau humor, fadiga, irritabilidade e angústia.

A partir da década de 1990 sur-giram vários estudos sobre o es-tresse ocupacional, culminando no surgimento de métricas para ava-liações do estresse presente nas or-ganizações. Entretanto, diante das limitações encontradas nas métri-cas e no processo de sua validação para o cenário brasileiro, Paschoal e Tamayo (2004) apresentaram um modelo de avaliação do estresse ocupacional baseado em estresso-res organizacionais e reações psico-lógicas gerais da Escala de Estres-se no Trabalho (EET), voltada para qualquer tipo de organização.

No âmbito contábil, surgiram es-tudos objetivando analisar o nível de estresse dos profissionais, como a pesquisa de Vieira, Alves e Suc-car Júnior (2012), que, ao analisar o comportamen-to dos profissionais da contabilidade do Rio de Janeiro,

diagnos-ticou que 50% da amostra apresen-tava estresse oriundo da atividade organizacional. Há também o exem-plo do estudo realizado por Sillas (2011), que verificou, ao analisar a existência do estresse nos profissio-nais da contabilidade atuantes no Paraná, que 69,7% estavam enqua-drados em alguma fase de estresse. A Contabilidade, ao passar pelo processo de convergência das nor-mas, visando um padrão internacio-nal de contabilidade, desencadeou diversas mudanças, como o emba-samento das normas, que passam a ser dadas por princípios, exigindo consequentemente dos profissionais um maior julgamento no preparo das informações contábeis. Assim, os números contábeis são reflexos dos julgamentos dos profissionais e podem naturalmente apresentar in-fluências comportamentais.

O capitalismo mobiliza as forças produtivas que são: (a) o capital; (b) a tecnologia; e (c) o trabalho, de-senvolvendo relações de produção, por meio do envolvimento entre as forças produtivas e os padrões so-ciais, padrões culturais, valores e ideais das pessoas (ROSSETTI, 2014; CRUZ;SARSUR; AMORIM, 2012). As-sim, o modo de produção

capitalis-ta desencadeia posições ancapitalis-tagôni- antagôni-cas entre os detentores do recurso financeiro e os seus gestores/fun-cionários, visto que as pessoas bus-cam, naturalmente, por uma maxi-mização da utilidade e, com isso, surgem conflitos de interesses em relação aos fatores de produção capital e trabalho (SCHEIN, 1968; CRUZ; SARSUR; AMORIM, 2012).

Diante da escassez de estudos que visam analisar a relação entre o estresse ocupacional no prepa-ro das demonstrações contábeis e mediante o conflito de interesses naturalmente existentes entre em-presários e funcionários, o presen-te estudo busca investigar: Qual

a percepção dos funcionários e empresários dos escritórios con-tábeis em Pernambuco quanto à influência do estresse ocupacio-nal na preparação das demons-trações contábeis?

No intuito de responder à pro-blemática, o estudo objetiva verificar a percepção dos funcionários e em-presários dos escritórios de contabi-lidade em Pernambuco em relação à influência do estresse ocupacional na preparação das demonstrações contábeis, com base na métrica de Paschoal e Tamayo (2004).

2. Estresse Ocupacional

O termo “estresse” é citado des-de o século XVII, o qual está rela-cionado à “fadiga” ou “aflição” (COOPER; COOPER; EAKER, 1988). O estresse, segundo Chiavenato (2010), é uma palavra de origem inglesa que significa pressão, ten-são, e está relacionada com a carga de transtornos e aflições que

cer-tos evencer-tos da organização, ou que estão em sua volta,

provo-cam nas pessoas.

O estresse é reflexo da re-ação do indivíduo ao discor-dar das exigências de uma

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pessoal para o cumprimento des-sas exigências. Com isso, a reação pode desencadear um comporta-mento positivo, direcionando o in-divíduo para a realização da ativi-dade ou provocando uma reação negativa, esquivando-o do cumpri-mento da atividade (SEEGERS; VAN ELDEREN, 1996).

Assim, o estresse pode desenca-dear reações positivas ou negativas. Quando o estresse produz efeitos positivos é denominado eustresse (VECCHIO, 2012). Nesse caso, o es-tresse pode desencadear um ganho potencial para os indivíduos. Por essa perspectiva, as pessoas acabam dando o máximo que podem de si diante das pressões exercidas no tra-balho e visualizam o cumprimento de prazos como desafios, os quais instigam melhorias na qualidade do seu trabalho (CHIAVENATO, 2010; ROBBINS, JUDGE, SOBRAL, 2010).

Já o estresse, quando visto den-tro de um contexto negativo, é co-nhecido como distresse e tende a desencadear nos indivíduos danos fí-sicos e psicológicos (MOTA, TANURE; CARVALHO NETO, 2008). O estresse pode ser avaliado por meio dos fa-tores emocionais refletidos no com-portamento dos indivíduos, como reações de insegurança e ansiedade (COOPER; CARTWRIGHT, 2001).

Segundo Robbins, Judge e Sobral (2010), existem três conjun-tos de fatores que agem como fon-tes potenciais de estresse, que são: fatores ambientais, fatores organi-zacionais e fatores individuais. A Fi-gura 1 mostra as fontes potenciais e suas consequências.

Os fatores ambientais influen-ciam os níveis de estresse dos fun-cionários devido às incertezas eco-nômicas, políticas e mudanças tecnológicas, como, por exemplo, a recessão, as ameaças políticas e as inovações tecnológicas.

Os fatores organizacionais são gerados no ambiente de trabalho, decorrentes das tarefas, bem como

do papel desempenhado na organi-zação ou das relações interpessoais.

Já os fatores individuais são re-lacionados à vida pessoal dos fun-cionários, como, por exemplo, as questões familiares, os problemas econômicos e as características de personalidade.

As consequências do estresse podem ser observadas por meio dos sintomas físicos (dores de cabeça, pressão alta), psicológicos (ansieda-de, depressão) ou comportamentais (produtividade, absenteísmo, entre outros sintomas).

O estresse oriundo de fatores organizacionais recebe a denomina-ção de estresse ocupacional e, se-gundo Paschoal e Tamayo (2004), pode ser de natureza física ou

psi-cossocial. Os estressores de nature-za física são causados por barulho, ventilação ou iluminação do lo-cal de trabalho; enquanto, por sua vez, os estressores de natureza psi-cossocial são oriundos de conflitos desencadeados no ambiente de tra-balho e podem ser analisados sob diferentes perspectivas, conforme destacado na Figura 2.

Os primeiros estressores psi-cossociais podem ser oriundos de estressores baseados nas ativida-des ativida-desempenhadas, que podem ser decorrentes de conflitos entre papéis na organização e ocorrem quando informações advindas de um membro ou contexto do traba-lho entra em conflito com as infor-mações de outro membro ou

con-Figura 1 – Fontes potenciais e consequências do estresse

Fonte: adaptado de Robbins, Judge e Sobral (2010, p. 583).

Figura 2 – Estressores psicossociais

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texto. Já os estressores, em função da ambiguidade do papel, ocorrem quan-do as informações asso-ciadas ao papel que o em-pregado deve desempenhar são pouco claras e inconsistentes.

Os aspectos do relacionamento interpessoal no trabalho são decor-rentes dos conflitos das interações entre as pessoas, sejam entre cole-gas de mesmo nível hierárquico, su-periores e subordinados, sejam en-tre empregados e clientes.

Os fatores intrínsecos ao tra-balho referem-se a aspectos como repetição de tarefas, pressões de tempo e sobrecarga; podem ser di-vididos em dois níveis: quantitativo e qualitativo. O nível quantitativo corresponde a um número excessi-vo de tarefas a serem realizadas e o nível qualitativo refere-se às di-ficuldades do trabalho, tais como demandas que estão além de suas habilidades ou aptidões.

Os fatores relacionados ao de-senvolvimento da carreira referem-se aos aspectos relacionados à fal-ta de esfal-tabilidade no trabalho, ao medo de obsolescência, frente às mudanças tecnológicas e às poucas perspectivas de promoções e cresci-mento na carreira.

Por fim, a autonomia no traba-lho tem sido tratada em termos da

autonomia do trabalhador em relação às decisões e aos

métodos de trabalho.

O resultado das pressões exercidas sobre os indivíduos podem desencadear vários sin-tomas, como preocupação, mau humor, fadiga, irritabilidade e an-gústia, podendo prejudicar seu de-sempenho profissional e sua saú-de. O impacto negativo do estresse ocupacional na saúde e no bem-es-tar dos empregados pode desen-cadear reflexos no funcionamen-to das organizações (PASCHOAL; TAMAYO, 2004).

Segundo Stanley e Burrows (2001), entre as consequências do estresse organizacional encon-tra-se a perda da produtivi-dade e da qualiprodutivi-dade das ati-vidades executadas, afetando negativamente o desempenho dos funcionários.

2.1 Avaliação do estresse

ocupacional

Paschoal e Tamayo (2004) apre-sentam que os estudos sobre es-tresse ocupacional aumentaram na década de 90 e há numerosos ins-trumentos para a sua avaliação. No entanto, poucos são aqueles que atendem aos parâmetros

psicomé-tricos e aos postulados teóricos. Ainda segundo os autores, no Bra-sil, os instrumentos de avaliação em circulação apresentam proble-mas de validação. Entre os instru-mentos utilizados nessa área en-contram-se o Occupational Stress Indicator (OSI) e o Survey (SWS) Questionário de Estresse, Saúde Mental e Trabalho.

Segundo Paschoal e Tamayo (2004), a tentativa de validação do OSI no Brasil causa preocupação, pois se utilizou de uma quantida-de insuficiente quantida-de sujeitos para sua validação. Apesar de ser uma me-dida bastante utilizada em diversos países, no Brasil, o OSI ainda

care-ce de dados sobre sua adequa-ção e validaadequa-ção.

Em relação à validação do instrumento SWS no Brasil, esse também apresenta pro-blemas, pois não é mencio-nada a validação da escala e a falta de tais informações di-ficulta o estabelecimento de con-clusões seguras a respeito da ver-são brasileira. Além disso, a escala de concordância para respostas é dicotômica, dificultando maiores reflexões (PASCHOAL; TAMAYO, 2004).

Com base nas críticas aos ins-trumentos adaptados no Brasil, Pas-choal e Tamayo (2004) construíram

Os fatores ambientais influenciam os níveis de

estresse dos funcionários devido às incertezas

econômicas, políticas e mudanças tecnológicas,

como, por exemplo, a recessão, as ameaças políticas e

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e validaram um instrumento para a mensuração do estresse ocupacio-nal geral, de fácil aplicação e que pudesse ser utilizado em diversos ambientes de trabalho e para ocu-pações variadas.

Assim, a partir dos parâmetros psicométricos satisfatórios da Es-cala de Estresse no Trabalho (EET), eles concluíram que o instrumento é uma alternativa para investiga-ções empíricas e trabalhos aplica-dos em organizações.

Diante dos itens apresentados no estudo de Paschoal e Tamayo (2004), foram utilizados itens que representam estressores organiza-cionais e reações psicológicas ge-rais da Escala de Estresse no Traba-lho adaptados para a realidade dos escritórios de contabilidade, com a finalidade de avaliar a influência do estresse ocupacional na preparação dos demonstrativos contábeis.

A essência do processo contábil é a comunicação das informações, expressas em números, as quais podem desencadear diversas impli-cações para os seus usuários, uma vez que apresenta uma finalidade eminentemente social. Os procedi-mentos contábeis estão embasa-dos por uma série de escolhas de técnicas e julgamentos por parte dos profissionais da contabilidade. Entretanto, as emoções que os in-divíduos estão sujeitos nem sem-pre são levadas em consideração (HENDRICKSEN; IUDÍCIBUS, 1991; LUCENA, FERNANDES; SILVA, 2011).

Vieira, Alves e Succar Júnior (2012), ao analisarem o nível de estresse dos profissionais da con-tabilidade, verificaram que, entre a amostra de profissionais da con-tabilidade do Rio de Janeiro, 50% apresentaram um nível de estres-se. Sillas (2011), ao analisar a exis-tência do estresse nos profissionais da contabilidade atuantes no Pa-raná, verificou que 69,7% estavam enquadrados em alguma fase de estresse.

Considerando que o profissional da contabilidade está sujeito ao es-tresse ocupacional e que a conta-bilidade sofre influências do com-portamento dos indivíduos, logo o estresse ocupacional poderá desen-cadear reflexos no preparo das de-monstrações contábeis.

3. Metodologia

A pesquisa caracteriza-se como um estudo descritivo, é método que descreve as características de deter-minada população ou fenômeno e estabelece relações entre variáveis e fatos (MATIAS-PEREIRA, 2012). Desse modo, o estudo visa descrever a per-cepção de empresários e funcionários da contabilidade quanto ao estresse ocupacional e o seu reflexo na prepa-ração das demonstrações contábeis. O estresse ocupacional foi avalia-do mediante fatores da escala utiliza-da por Paschoal e Tamayo (2004), e entre os itens apresentados na obra, foram selecionados: “mau humor”, “tempo”, “quantidade de trabalho” e “nervosismo”. Esses itens foram adaptados para o contexto contábil e avaliados mediante a escala Likert de

cinco pontos, no qual 1- discor-do totalmente; 2-discordo em partes; 3-nem concordo e nem discordo; 4-cordo em partes; e 5- con-cordo totalmente.

O instrumento de cole-ta ocorreu mediante a aplica-ção de dois questionários, um para empresários e outro para funcioná-rios, entre os meses de setembro e outubro de 2014. Os questionários foram aplicados por meio do Goo-gle Forms. Diante do baixo número de respondentes, as respostas dos questionários também foram cole-tadas in loco nos escritórios.

O questionário dos empresários apresentou dez (10) questões, sen-do cinco (5) de múltipla escolha, com o uso da escala de Likert. Já o questionário para os funcionários contemplou nove (9) questões, en-tre as quais cinco (5) eram de múl-tipla escolha, avaliando os mesmos fatores elencados para os empre-sários, com adequações apenas na redação da sentença, conforme a Tabela 1.

Tabela 1 – Instrumento utilizado para a coleta dos dados

Empresário: Avaliação do estresse dos funcionários na preparação das

demonstrações contábeis Grau de Concordância

1. O mau humor dos meus funcionários afeta a preparação das demonstrações

contábeis. 1 2 3 4 5

2. O tempo insuficiente para a preparação das atividades tem reflexo na

qualidade dos demonstrativos contábeis que são preparados no meu escritório. 1 2 3 4 5 3. A quantidade de trabalho deixa os meus funcionários cansados e isso reflete

na preparação das demonstrações contábeis. 1 2 3 4 5

4. Sinto que os funcionários ficam nervosos por precisarem estar em constante atualização com as mudanças tecnológicas e contábeis, e isso pode refletir

negativamente na preparação das demonstrações contábeis. 1 2 3 4 5 5. O estresse tem reflexo na preparação das demonstrações contábeis. 1 2 3 4 5

Funcionários: Avaliação do estresse na preparação das demonstrações contábeis Grau de Concordância

1. O meu mau humor afeta a preparação das demonstrações contábeis. 1 2 3 4 5 2. O tempo insuficiente para a preparação das atividades tem reflexo na

qualidade do meu serviço e consequentemente nas demonstrações contábeis. 1 2 3 4 5 3. A quantidade de trabalho tem me deixado cansado e isso tem reflexos

negativos na preparação das demonstrações contábeis. 1 2 3 4 5 4. Sinto nervosismo ou angústia em ter que me manter atualizado com as

mudanças tecnológicas e contábeis. 1 2 3 4 5

5. O estresse tem reflexo na preparação das demonstrações contábeis. 1 2 3 4 5 Fonte: adaptado do estudo de Paschoal e Tamayo (2004).

(7)

O estudo delimitou-se aos escri-tórios de contabilidade certificados pelo Sindicato das Empresas de Ser-viços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informa-ções e Pesquisas do Estado de Per-nambuco (Sescap) no Programa de Qualidade de Empresas Contábeis, por conveniência dos pesquisadores. Até o período de encerramento da coleta de dados, existiam trinta e três escritórios certificados, entre os quais 46% concordaram em par-ticipar da pesquisa. Assim, entre os escritórios pesquisados, 14 empre-sários e 140 funcionários responde-ram ao questionário.

Os dados foram tabulados em planilhas eletrônicas e tratados es-tatisticamente no software Statisti-cal Package for the Social Sciences (SPSS®). A análise dos dados foi re-alizada em duas etapas, primeira-mente, foi feita uma análise descri-tiva para a determinação do perfil dos respondentes e uma análise descritiva da média das respostas atribuídas aos estressores ocupacio-nais, com base no comportamento da moda das respostas, ou seja, res-postas que apareceram com maior frequência.

Considerando que os dados re-ferentes aos questionamentos so-bre os estressores apresentam dis-tribuição assimétrica e que são variáveis de escala nominal (nú-meros utilizados apenas para ca-tegorizar respostas), segundo Pes-tana e Gageiro (2000), a medida de tendência central indicada é a moda. O que justifica a utilização da medida para a descrição estatís-tica dos dados.

Após a apresentação descriti-va dos dados, foi analisada a per-cepção dos funcionários e empre-sários em relação ao gênero, com o objetivo de investigar se entre os grupos analisados existia uma uni-formidade dos seus posicionamen-tos e, para isso, foi utilizado o tes-te não paramétrico Mann-Whitney.

4. Análise dos Resultados

4.1 Perfil dos respondentes

A primeira parte do estudo con-sistiu em uma análise do perfil dos empresários e funcionários partici-pantes do estudo, quanto ao gêne-ro e faixa etária (tabela 2 e 4), bem

como nível de instrução e tempo de experiência profissional (Tabe-la 3 e 5).

Ao ser avaliado o gênero e a fai-xa etária dos empresários, conforme apresentado na Tabela 2, pode-se observar que a maior parte é do gê-nero masculino (64,3%). Em relação

Tabela 2 – Gênero e faixa etária dos empresários

Faixa etária

Gênero

Masculino Feminino TOTAL F % F % F % Até 30 anos 1 7,1% 2 14,3% 3 21,4% Entre 31 e 40 anos 3 21,4% 1 7,1% 4 28,6% Entre 41 e 50 anos 3 21,4% 1 7,1% 4 28,6% Mais de 50 anos 2 14,3% 1 7,1% 3 21,4% Total 9 64,3% 5 35,7% 14 100%

Fonte: dados da pesquisa.

Tabela 3 – Nível de instrução e tempo de experiência dos empresários

Tempo de experiência

Nível de instrução mais alto

Técnico Graduando Graduado Especialista TOTAL F % F % F % F % F % Inferior a 5 anos 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% Entre 5 e 10 anos 0 0% 0 0% 2 14,3% 2 14,3% 4 28,6% Entre 11 e 16 anos 1 7,1% 0 0% 0 0% 2 14,3% 3 21,4% Entre 17 e 21 anos 0 0% 0 0% 0 0% 4 28,6% 4 28,6% Superior a 21 anos 0 0% 1 7,1% 1 7,1% 1 7,1% 3 21,4% Total 1 7,1% 1 7,1% 3 21,4% 9 64,3% 14 100%

Fonte: dados da pesquisa.

Tabela 4 – Gênero e faixa etária dos funcionários

Idade

Gênero

Masculino Feminino TOTAL F % F % F % Até 30 anos 30 21,4% 54 38,6% 84 60,0% Entre 31 e 40 anos 16 11,4% 23 16,4% 39 27,9% Entre 41 e 50 anos 4 2,9% 8 5,7% 12 8,6% Mais de 50 anos 2 1,4% 3 2,1% 5 3,6% Total 52 37,1% 88 62,9% 140 100%

Fonte: dados da pesquisa.

Tabela 5 – Nível de instrução e tempo de experiência dos funcionários

Tempo de experiência

Nível de instrução mais alto

Técnico Graduando Graduado Especialista TOTAL F % F % F % F % F % Inferior a 5 anos 10 7,1% 50 35,7% 16 11,4% 5 3,6% 81 57,9% Entre 5 e 10 anos 3 2,1% 15 10,7% 13 9,3% 5 3,6% 36 25,7% Entre 11 e 16 anos 2 1,4% 4 2,9% 5 3,6% 1 0,7% 12 8,6% Entre 17 e 21 anos 1 0,7% 0 0% 5 3,6% 0 0% 6 4,3% Superior a 21 anos 1 0,7% 0 0% 3 2,1% 1 0,7% 5 3,6% Total 17 12,1% 69 49,3% 42 30% 12 8,6% 140 100%

(8)

à faixa etária, a maior concen-tração encontra-se entre 31 a 40 anos (28,6%) e en-tre 41 a 50 anos (28,6%).

Entre a amostra de empresá-rios avaliados, contatou-se, con-forme os dados apresentados na Tabela 3, que a maior concentra-ção do nível de instruconcentra-ção encon-tra-se na titulação de especialista (64,3%). Já em relação ao tempo de experiência profissional dos empresários as faixas de 5 a 10 anos (28,6%) e entre 17 e 21 anos (28,6%) apresentam os percentu-ais mpercentu-ais expressivos.

Resumindo, na amostra de empresários analisada, a maioria são homens (64,3%), a faixa etá-ria encontra-se entre 31 a 50 anos (57,2%), o nível de instrução mais alto é o de especialista (64,3%) e tempo de experiência encontra-se entre 5 e 21 anos (57,2%).

Ao ser analisado o perfil dos funcionários quanto ao gênero e à faixa etária, conforme dados apre-sentados na Tabela 4, observa-se que a maioria dos respondentes foi mulheres (62,9%). Em relação à fai-xa etária, constata-se que a maioria dos funcionários encontra-se com até 30 anos de idade (60%).

Conforme dados apresenta-dos na Tabela 5, verificou-se que a maior parte dos funcionários encontra-se em processo de for-mação, uma vez que o maior per-centual de respondentes (49,3%) indicou está na graduação.

Quan-to ao tempo de experiência profis-sional, a maior con-centração de funcio-nários (57,9%) apresenta experiência inferior a 5 anos.

Resumindo, o perfil de funcio-nários da amostra é dado por mu-lheres (62,9%), faixa etária de até 30 anos (60%), profissionais ain-da em formação (graduandos – 49,3%) e tempo de experiência in-ferior a 5 anos (57,9%).

4.2 Percepção dos funcionários

e empresários quanto aos fatores

estressores e seu reflexo nas

demonstrações contábeis

A segunda parte do estudo con-sistiu em investigar a percepção dos empresários e funcionários quanto ao reflexo do estresse ocupacio-nal no preparo das demonstrações contábeis, com o intuito de verifi-car se fatores estressores poderiam interferir no preparo dos demons-trativos. Para isso, foram utilizados alguns fatores estressores da esca-la utilizada por Paschoal e Tamayo (2004) para a mensuração do es-tresse ocupacional.

Ao ser questionado quanto ao fator “mau humor” e o seu refle-xo na preparação das demonstra-ções contábeis, em média, a maior parte dos empresários (42,9%), ao responder a sentença, apresentou o posicionamento de concordar par-cialmente (moda – 4, ou seja, na es-cala Likert refere-se ao item 4) que um funcionário mau humorado pode afetar o preparo das

demons-trações, conforme dados apresenta-dos na Tabela 6.

Já em relação à visão dos em-presários quanto ao tempo insufi-ciente para o preparo das demons-trações, observa-se que não existe uma uniformidade na resposta, te dos respondentes concorda par-cialmente (28,6%) e a outra parte concorda totalmente (28,6%). Ou seja, de forma geral, o posiciona-mento converge para uma concor-dância (bimodal-4 e 5) de que o tempo insuficiente pode interferir nas demonstrações contábeis.

Em relação à quantidade de trabalho excessiva, verificou-se que as opiniões não convergem para uma concordância, parte dos empresários apresentam uma postura de neutralidade (moda-3) e outra parte apresenta discordân-cia total (28,6%).

A avaliação do fator nervosis-mo ou angústia também apresen-tou resultados que não convergem para uma concordância dos empre-sários, parte apresenta indícios de discordância parcial (moda-2) e ou-tra parte apresenta concordância parcial (moda-4). Logo, a amostra avaliada apresenta opiniões con-trárias quanto à percepção do ner-vosismo afetando o preparo das demonstrações contábeis.

Quando questionado expressa-mente se o estresse tem reflexos na preparação das demonstrações, a maioria dos empresários (64,3%) concordam parcialmente (moda-4) que o estresse pode interferir no preparo das demonstrações.

Tabela 6 – Estatística descritiva dos fatores estressores (visão dos empresários)

Itens Moda %

1. O mau humor dos meus funcionários afeta a preparação das demonstrações contábeis. 4 42,9% 2. O tempo insuficiente para a preparação das atividades tem reflexo na qualidade dos demonstrativos contábeis que são

preparados no meu escritório. 45 28,6%28,6%

3. A quantidade de trabalho deixa os meus funcionários cansados e isso reflete na preparação das demonstrações contábeis. 13 28,6%28,6% 4. Sinto que os funcionários ficam nervosos por precisarem estar em constante atualização com as mudanças tecnológicas e

contábeis, e isso pode refletir negativamente na preparação das demonstrações contábeis. 24 28,6%28,6%

5. O estresse tem reflexo na preparação das demonstrações contábeis. 4 64,30%

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Portanto, os empresários apre-sentam indícios de concordarem que o estresse pode afetar o pre-paro das demonstrações. Entre os fatores avaliados, apontam que o mau humor e o tempo insuficiente seriam fatores estressores que afe-tariam as demonstrações.

Ao ser questionado o posiciona-mento dos funcionários, conforme estatística descritiva apresentada na Tabela 7, quanto ao mau humor e o seu reflexo no preparo das de-monstrações, não foram verifica-dos indícios dessa relação, uma vez que a maioria discordou totalmente (moda-1) que possam existir inter-ferências no preparo das demons-trações mediante uma situação de mau humor.

Já em relação ao tempo insufi-ciente para o preparo das demons-trações, observa-se que a resposta com maior frequência é a de concor-darem parcialmente (moda-4). Logo, a percepção dos funcionários é que as demonstrações sofrem influências mediante as situações de escassez de tempo para o seu preparo.

Em relação à quantidade de trabalho, os funcionários apresen-tam postura de não ver relações desse fator quanto ao preparo das demonstrações, uma vez que a maior parte das respostas acusa discordância total (moda-1).

Ao ser analisada a percep-ção do fator nervosismo ou angústia, também foi veri-ficada uma relação de dis-cordância total (moda-1) en-tre os respondentes, indicando que o nervosismo ou angústia não interfere nas demonstrações con-tábeis.

Ao ser questionado se o estresse afetaria o preparo das demonstra-ções, a resposta com maior frequ-ência (26,4%) é a de que concor-dam em parte com essa relação.

Assim, o preparador das de-monstrações contábeis tem a per-cepção de que o estresse pode afetar o preparo das demonstra-ções. Entretanto, ao serem apre-sentadas sentenças relacionando fatores estressores e demonstra-ções contábeis, o posicionamen-to geral dos funcionários

conver-ge para uma discordância, ou seja, os fatores

analisa-dos na visão analisa-dos funcio-nários não interferem nas demonstrações contábeis, com exceção para o tempo insuficiente.

Assim, apesar de a contabili-dade ser expressa em números, ela também tem uma finalidade eminentemente social (IUDÍCIBUS, 1991). Os seus números são refle-xos de escolhas técnicas e de jul-gamentos, os quais podem sofrer naturalmente influências compor-tamentais, como as emoções do ser humano. Logo, o estresse ocu-pacional, avaliado mediante fato-res emocionais, pode desencadear reflexos no preparo dos demons-trativos. Entretanto, essa percep-ção não foi encontrada na amostra de funcionários analisada.

A essência do processo contábil é a comunicação

das informações, expressas em números, as quais

podem desencadear diversas implicações para os

seus usuários, uma vez que apresenta uma finalidade

eminentemente social.

Tabela 7 – Estatística descritiva dos fatores estressores

(visão dos funcionários)

Itens Moda %

1. O meu mau humor afeta a preparação das demonstrações contábeis. 1 60% 2. O tempo insuficiente para a preparação das atividades tem reflexo na qualidade

do meu serviço e consequentemente nas demonstrações contábeis. 4 25% 3. A quantidade de trabalho tem me deixado cansado e isso tem reflexos negativos

na preparação das demonstrações contábeis. 1 25,7%

4. Sinto nervosismo ou angústia em ter que me manter atualizado com as mudanças

tecnológicas e contábeis. 1 54,3%

5. O estresse tem reflexo na preparação das demonstrações contábeis. 4 26,4% Fonte: dados da pesquisa.

(10)

4.2.1 Percepção por gênero quanto aos

fatores estressores e às demonstrações contábeis

A p e r c e p ç ã o d o s empresários e funcioná-rios quanto aos fatores estresso-res e seu reflexo nas demonstra-ções contábeis foram analisadas em função do gênero, objetivan-do investigar se homens e mulhe-res apmulhe-resentavam posicionamentos distintos.

Os resultados apresentados na Tabela 8 indicam que, ao ser consi-derado um nível de significância de 10%, o posicionamento de empresá-rios do gênero masculino e feminino não apresentam, em média, diferen-ças, uma vez que o p-valor da esta-tística do teste para o mau humor (0,362), tempo insuficiente (0,945), quantidade de trabalho (0,891), ner-vosismo ou angústia (0,681) e es-tresse (0,876) levam à não rejeição da hipótese nula do teste, ou seja, em média, não existem diferenças na percepção dos empresários, se-jam homens ou mulheres, quanto aos estressores e o seu reflexo nas demonstrações contábeis.

Ao ser analisada a percepção dos funcionários do gênero mas-culino e feminino, conforme dados apresentados na Tabela 9, verifica-se que, considerando um nível de significância de 10%, existem dife-renças na percepção, uma vez que o p-valor não é significativo para o mau humor (0,012) e nervosismo ou angústia (0,096), levando à re-jeição da igualdade de visões, ou seja, funcionários do gênero femi-nino e masculino não apresentam a mesma visão quanto ao reflexo desses estressores em relação às demonstrações. Já para os demais fatores, observa-se que, em média, não existem diferenças de percep-ções quanto ao impacto do tempo insuficiente, quantidade de traba-lho ou estresse nas demonstrações contábeis.

5. Conclusão

A Contabilidade está embasada em uma série de escolhas, por ter suas normas orientadas por prin-cípios, exigindo dos profissionais da contabilidade a necessidade de julgamentos. Considerando que o comportamento humano, expres-so por meio de sentimentos, pode influenciar as decisões contábeis e diante de um cenário no qual a maior parte dos indivíduos sofre com algum nível de estresse, o estudo analisa a percepção de empresários e funcionários de escritórios contábeis quanto à influência de fatores estres-sores no preparo das demons-trações contábeis.

Os resultados apresentaram evi-dências de que os empresários em média concordam que o estresse in-terfere no preparo das demonstra-ções contábeis e que o mau humor e a escassez de tempo seriam fa-tores que afetariam fortemente as demonstrações contábeis. Quando analisada a percepção entre

empre-sários homens e mulheres, conta-tou-se que eles não apresentam vi-sões distintas quanto ao reflexo dos fatores nas demonstrações.

Já os funcionários, apesar de concordarem que o estresse afeta-ria o preparo das demonstrações, em média, não concordaram que os estressores relacionados a mau humor, quantidade excessiva de trabalho e nervosismo ou angús-tia influenciariam o preparo das demonstrações. Ao ser analisada a percepção por gênero,

obser-va-se que as únicas diferenças de percepções estão relacio-nadas ao mau humor e ao

ner-vosismo ou à angústia. Portanto, na amostra ana-lisada, os empresários e funcio-nários dos escritórios contábeis apresentam indícios de terem percepções distintas quanto à in-fluência dos fatores estressores analisados no preparo dos de-monstrativos contábeis. O que é natural, uma vez que funcionários e empresários apresentam posi-ções antagônicas na empresa,

de-Tabela 8 – Percepção dos empresários e empresárias

Fatores Analisadosa Mann-Whitney

U Z ρ

Mau humor 16 -0,911 0,362

Tempo Insuficiente para realizar atividades 22 -0,069 0,945

Quantidade de trabalho 21,5 -0,137 0,891

Nervosismo ou angústia 19,5 -0,411 0,681

Estresse 21,5 -0,156 0,876

a Variável de agrupamento: Gênero.

Fonte: dados da pesquisa.

Tabela 9 – Percepção dos funcionários e funcionárias

Fatores Analisadosa Mann-Whitney

U Z ρ

Mau humor 1774,000 -2,512 0,012*

Tempo Insuficiente para realizar atividades 2090,500 -0,871 0,384

Quantidade de trabalho 1921,000 -1,622 0,105

Nervosismo ou angústia 1936,500 -1,665 0,096*

Estresse 2169,000 -0,525 0,600

a Variável de agrupamento: Gênero.

*Considerando o nível de significância a 10%. Fonte: dados da pesquisa.

(11)

correntes dos distintos objetivos quanto à maximização da utilida-de dos fatores utilida-de produção: capi-tal e trabalho.

Diante da discrepância do nú-mero de dados da amostra de fun-cionários em relação ao número de observações referentes aos em-presários, não foi possível realizar o cruzamento de dados dos

fun-cionários e empresários para a re-alização de inferências estatísticas. Contudo, o estudo limitou-se a analisar a percepção dos empresá-rios e funcionáempresá-rios que atuam dire-tamente no preparo das demons-trações contábeis com base em alguns fatores estressores.

Para pesquisas futuras, sugere-se que sugere-sejam realizadas

consideran-do um número maior de fatores es-tressores e com uma ampliação do número de observações, de modo que seja possível analisar estatisti-camente se empresários e funcioná-rios apresentam visões discrepantes quanto aos fatores estressores no preparo das demonstrações contá-beis, visto que existe uma carência de trabalhos com essa abordagem.

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