Pol
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tica Social e
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condi
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ões de vida
ões de vida
Brasileira
Brasileira
Ipea - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada BRASIL
Jorge Abrahão de Castro
Jorge Abrahão de Castro
Diretor da Diretoria de Estudos Sociais
Pol
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tica Social
tica Social
brasileira
Caracter
Caracter
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sticas das Pol
sticas das Pol
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ticas
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Sociais:
Sociais:
• É um conjunto de programas e ações do
Estado
:– Em geral é
continuada no tempo
;
– Atende
necessidades
e
direitos sociais
;
• afetam vários dos elementos que compõem as condições
básicas de vida da população;
• inclusive aquelas que dizem respeito à
pobreza
e à
desigualdade
.
• As
necessidades
e
direitos
surgem a partir do processo histórico
de cada sociedade específica.
•
Garantia de direitos sociais
com base na cidadania e não no
desempenho, (direitos sociais adquirem o status legal de direito de
propriedade e são invioláveis) o que implica na desmercadorização
do status dos indivíduos vis-a-vis o mercado.
...
...
• Pode regular direta ou indiretamente o volume, as taxas
e os comportamentos do emprego e do salário na
economia.
• A
política social
pode ser não apenas um mecanismo
que intervém e corrige a estrutura de desigualdade, mas
pode em sí mesmo, ser um
sistema de estratificação
social
.
• atividades estatais se
entrelaçam com o papel do
mercado e da família em termos de provisão social.
• Tem caráter de
sistemas
que se organizam mediante:
•
articulação nacional;
•
pode ser público ou estatalmente regulado; e
Proteção Social –
mediante a solidariedade social a
grupos ou faixas etárias em situações de dependência ou
vulnerabilidade:
incapacidade de ganhar a vida por conta própria devido a fatores externos, que independem da vontade individual;
posição vulnerável no ciclo vital do ser humano (por exemplo crianças e idosos); e
situações de risco, como em caso de acidentes (invalidez por acidente).
Promoção Social – mediante a promoção de igualdades
– seja de oportunidade ou de resultados – entre os
indivíduos. (gerar, utilizar e fruir capacidades).
Minimiza distorções de alocação de bens e serviços coletivos;
re-inserir indivíduos marginalizados pela falta de oportunidades no mercado; e
promover a igualdade de oportunidades e resultados.
OBJETIVOS DA POL
Política Social e seus
componentes:
•
• ProteProteçção Socialão Social (Seguridade social):
– Previdência;
– Benefícios a servidores públicos; – Saúde;
– Assistência social; e – Trabalho (seguro desemprego).
•
• PromoPromoçção Socialão Social (igualdade de oportunidade e resultados):
– Educação; – Cultura;
– Trabalho (Geração de renda e inserção profissional);
– Desenvolvimento agrário.
•
• Infraestrutura socialInfraestrutura social (Proteção e Promoção Social)
– Habitação e Urbanismo; – Saneamento básico;
•
• TransversalTransversal (Proteção e Promoção Social)
– Gênero – Raça
Áreas Principais Programas/Ações Beneficiários/Resultados Gasto % do PIB (2005)
Previdência Social Aposentadorias e Pensões - área Rural 7,8 milhões 7,00%
(Regime Geral - RGPS) Aposentadorias e Pensões - área Urbana 15,2 milhões
Auxílio-Doença, Auxílio-Maternidade e outros
Auxílios 1,7 milhão
Previdencia Social Aposentadorias e Pensões União 978 mil 4,30%
(Regimes Servidor
Público) Aposentadorias e Pensões Estados e DF 1,5 milhões
Aposentadorias e Pensões Municipais 552 mil
Saúde Atenção Básica em Saúde 23 mil equipes do PSF e 50%
da população coberta 3,60% Assistência Ambulatorial e Hospitalar
Especializada
2,3 bilhões de procedimentos ambulatoriais Vigilância, Prevenção e Controle de Doenças e
Agravos
9 milhões de procedimentos de quimioterapia/radioterapia
11,3 milhões de internações; Assistência Farmacêutica e Insumos
Estratégicos
Assistência Social BPC - LOAS - Pessoa Idosa/Deficiente 3,4 milhão 1,04% Programa Nacional de Inclusão de Jovens 400 mil jovens
Programa Bolsa Familia 11,6 milhões de famílias
Emprego e Defesa do Trabalhador
Áreas Principais Programas/Ações Beneficiários/Resultados Gasto % do PIB Emprego e Defesa do
Trabalhador
Abono Pis-Pasep 8,4 milhões 0,23%
Sine (trabalhadores colocados 980 mil
Proger (operações de crédito realizadas) 2 milhões (2007)
Desenvolvimento
Agrário Pronaf 2,2 milhões de contratos 0,18%
Assentamentos de trabalhadores rurais (estoque)
656 mil familias assentadas
Educação Educação Infantil 4,2 milhões 4,05%
Ensino Fundamental 29,8 milhões
Ensino Médio 7,8 milhões
Ensino de Graduação 1,2 milhões
Ensino de Pós-graduação (mestrado e
doutorado) 98,5 mil
Distribuição de Livros Didáticos 119,3 milhões
Gasto Público Social - Três Esferas de Governo
Fontes: Para 1980,1985 e 1990: Médici e Maciel (1996); Para 1995: Fernandes et alli (1998); 2005: elaboração própria
13,9 13,3 19,0 19,2 21,9 0 5 10 15 20 25 % do PIB 1980 1985 1990 1995 2005
Gasto Público Social: Participação Percentual das Esferas de Governo
Fontes: Para 1980,1985 e 1990: Médici e Maciel (1996); Para 1995: Fernandes et alli (1998); 2005: elaboração própria
0% 20% 40% 60% 80% 100% Municipal 10,6 13,4 12,8 16,7 16,3 Estadual 23,6 24,6 26,9 23,7 21,8 Federal 65,8 62,0 60,4 59,6 61,9 1980 1985 1990 1995 2005
Características da Abrangência:
• Previdência:
aumento da cobertura, mas abrangência ainda é restrita para a população urbana;• Saúde:
universalização com dificuldades para a integralização;• Educação:
universalização e baixa qualidade;• Assistência Social:
oferta de serviços em ampliação e focalização nos programas de transferência de renda;• Trabalho e renda:
voltada principalmente para os empregados formais;• Desenvolvimento Agrário:
cobertura insuficiente.• Gênero/Raça/juventude
: oferta de serviços e ações em ampliação.Característica das políticas sociais:
• Ampliação da
privatização em algumas áreas da
política social (Previdência; Saúde, Educação);
• Descentralização de responsabilidades com
pouca sinergia;
• Transversalidade em processo de ampliação;
• Participação social em ampliação;
• Gestão de políticas, programas e ações burocrática
e sem cultura de avaliação; e
• Estrutura de financiamento altamente
regressiva no que diz respeito a renda e pouco
atuante no que diz respeito aos estoques de
riqueza.
Desafios:
• Previdência: ampliar acesso e garantir permanência
com melhoria de benefícios e sustentabilidade;
• Saúde: assegurar a universalização e integralidade e
intensificar a promoção da saúde;
• Educação: alcançar a universalização do acesso na
educação básica e progressividade com qualidade;
• Assistência social: garantir o direito a renda e aos
serviços básicos da assistência social;
• Trabalho e renda: garantir empregos para todos;
• Desenvolvimento agrário: ampliar a distribuição de
terra e implementar políticas integradas de geração de
renda e inclusão produtiva;
• Gênero/Raça/juventude
: ampliar alcance e
garantir a efetivação da transversalidade.
Condi
Condi
ç
ç
ões de vida
ões de vida
brasileira
Continuação da diminuição da taxa de fecundidade total para níveis abaixo aos de
reposição: 1,8 filhos por mulher.
População com menos de 15 anos está diminuindo. Era 34% em 1992 e é de 24,5% em 2008.
População com mais de 60 anos está aumentando. Era de 7,9% em 1992 e está em 11,1% em 2008.
População com mais de 80 anos está aumentando. Era de 0,9% em 1992 e está em 1,5% em 2008. (significa cerca de 2,8 milhões de pessoas)
Distribuição etária da população por
sexo
Distribuição percentual dos
arranjos domiciliares brasileiros.
1992 e 2008
Conseqüências do Envelhecimento Da
População Brasileira
Aproximadamente 13,3 milhões idosos brasileiros chefiavam famílias. Destes, 57,4% eram homens.
Dos 23,7% de idosos que estavam na condição de cônjuges, 83,9% eram mulheres.
Em aproximadamente 6,0 milhões de famílias onde o idoso era chefe ou cônjuge:
• encontravam-se filhos adultos residindo; • em 2,2 milhões, netos;
• os idosos contribuíam com 54,1% da renda familiar;
Por outro lado,
1,9 milhões de idosos brasileiros moravam na casa de filhos, genros ou outros parentes;
Dentre esses, predominam as mulheres, 75,3%;
Nas famílias com idosas morando na casa de outros parentes, elas contribuem com aproximadamente 20% na renda familiar;
A população com mais de 80 anos é de 2,8 milhões em 2008. Os idosos estão invertendo a tradicional relação de dependência
apontada pela literatura. A grande maioria deles tem mantido o seu papel de provedor e cuidador dos membros da família
Algumas projeções:
População vai atingir o máximo em 2030, com 207 milhões. Espera-se para 2040 um contingente menor, 205 milhões.
Envelhecimento. Alguns grupos já estão experimentando taxas negativas de crescimento, aqueles com idades abaixo de 30 anos, e continuarão a experimentar e outros passarão a experimentar ao longo do período da projeção.
População em Idade Ativa (PIA), também crescerá até 2030 e a partir daí diminuirá. (em 2008 e de 64,3%)
PIA adulta (30-44 anos) permaneça aproximadamente estável até 2040, mas com acréscimo em valores absolutos.
PIA madura e idosa deverá ser a que experimentará um
aumento tanto em valores absolutos quanto na sua participação no total da população. Isto colocará pressões diferenciadas no mercado de trabalho.
Jovem (15-29 anos) atingiu o seu máximo em 2000 e declinará substancialmente, o que deverá ocorrer de forma mais acentuada a partir de 2010.
Distribuição etária da população por
sexo
Crescimento da ocupação e da PIA. Diminuição da informalidade e crescimento da ocupação. Taxa desocupação caiu. Rendimento médio aumenta. 2001 a 2008
Pessoas ocupadas por anos de estudo e faixa
etária
Participação da população ocupada por setor de atividade – 2001 e 2008
Continua a redução da pobreza.
Sem as políticas sociais, o número de
extremamente pobres no Brasil
aumentaria de imediato.
Houve queda da desigualdade, mas
estamos longe de atingir os índices de
países desenvolvidos.
Houve maior crescimento dos
rendimentos dos mais pobres em
comparações com os indivíduos de
maior rendimento.
Redu
Redu
ç
ç
ão da pobreza e da
ão da pobreza e da
desigualdade
Evolução da desigualdade na renda domiciliar per capita segundo o coeficiente de Gini: Brasil, 1995 a 2008
Taxa de crescimento médio da renda domiciliar per capita
Evolução da desigualdade na renda domiciliar per capita
segundo a razão da renda dos 20% mais ricos e 20% mais pobres: Brasil, 1995 a 2008
Evolução da pobreza e extrema pobreza: Brasil, 2003 e 2008 Indicadores 2003 2007 2008 2008/2003 2008/2007 Pobreza 39,4 28,1 25,3 -36% -10% Extrema Pobreza 17,5 10,3 8,8 -50% -15% Fonte: PNAD 2003, 2007 e 2008 Anos Comparações
Nota:. Estão sendo utilizadas as linhas de pobreza regionalizadas considerando a média nacional para a pobreza de R$ 187.50 e para extrema pobreza de R$ 93.75.
TAXA DA MORTALIDADE INFANTIL E SEUS COMPONENTES NEONATAL PRECOCE E TARDIA, E PÓS-NEONATAL. BRASIL, 1996 - 2007
Sa
Evolução das Taxas de Mortalidade Infantil no
Brasil e
grandes regiões. 1990 – 2007
SaTaxa de analfabetismo por faixa etária Brasil (1992 – 2008) 8,2 8,1 6,5 5,8 5,4 4,6 3,7 3,0 2,6 2,3 2,1 1,9 1,6 1,7 1,7 29,2 27,7 26,0 24,8 24,8 23,3 22,8 21,2 20,5 20,0 19,7 19,1 18,0 17,3 16,9 0,0 2,5 5,0 7,5 10,0 12,5 15,0 17,5 20,0 22,5 25,0 27,5 30,0 32,5 1992 1993 1995 1996 1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 anos P e rcen tu al ( % )
Taxa de analfabetismo segundo categorias selecionadas -2008 19,4 5,4 23,5 4,3 13,6 6,2 16,9 1,7 19,0 1,9 -5,0 10,0 15,0 20,0 25,0
Nordeste Sul Rural Urbano Metrop.
Negro Branco 40 anos ou mais
15 a 17 anos
Número médio de anos de estudo por categorias 2008 8,1 6,2 8,6 4,6 8,3 6,5 9,2 6,0 10,4 5,0 0 2 4 6 8 10 12 Sudest e Nord este Urba no M etrop olita no Rura l Bran co Negr a 25 a 29 an os 40 ano s ou ma is 5o q uin to 1o q uinto A n o s d e e s t u d o
Tem-se ampliado a taxa de segurados
contribuintes para a previdência social.
Ainda existe 35% da PEA que não está
protegida
O Brasil exibe números comparáveis aos de
países desenvolvidos. Cerca de 90% das
residências com idosos acima dos 60 anos são
amparadas pela Seguridade Social.
Previdência social reduze a pobreza e a
desigualdade
Cobertura previdenciária. 2001 a 2008
44,3% 43,8% 44,4% 44,9% 45,6% 47,3% 49,1% 51,0% 10,5% 10,7% 10,6% 10,8% 10,4% 9,6% 9,0% 8,6% 54,8% 54,4% 55,0% 55,8% 56,0% 57,0% 58,1% 59,6% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% Contribuintes Seg Especial CoberturaÍndice de Gini e redução porcentual da desigualdade antes e depois do pagamento de aposentadorias e pensões. 2001 a 2008 5,7% 5,9% 6,5% 6,1% 6,5% 6,8% 7,3% 7,1% 0,63 0,62 0,62 0,61 0,61 0,60 0,60 0,59 0,59 0,59 0,58 0,57 0,57 0,56 0,55 0,55 0,5 0,55 0,6 0,65 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 0,05 0,1
Gini antes previdência Gini após previdência
Previdência Social e pobreza. 2001 a
2008
26,8 28,1 35,6 35,8 37,7 39,2 40,6 40,6 17,2 18,1 24,7 25,2 27,1 28,2 29,3 29,2 16.069.726 18.831.870 18.807.839 19.193.468 20.053.148 20.597.703 16.967.463 20.948.836 5 10 15 20 25 30 35 40 45 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 15.000.000 16.000.000 17.000.000 18.000.000 19.000.000 20.000.000 21.000.000 22.000.000 com beneficio sem beneficio populaçãoFonte: Microdados da PNAD
Indivíduos com mais de 60 anos de idade e domicílios que recebem pagamentos de aposentadorias e pensões. 1997 a 2007
78 86 80 90 81 90 81 89 82 89 82 89 81 89 82 89 81 87 81 88 1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Indivíduos Domicílios
Saneamento básico e moradia
adequada. 1992, 2001 e 2008
82 88 92 66 74 80 80 94 98 52 60 68 0 20 40 60 80 100 (%)Acesso à água Acesso à esgoto Coleta de lixo Moradia adequada
1992 2001 2008
Saneamento
Saneamento básico e moradia
adequada. Sudeste e Nordeste
96 90 93 68 99 95 80 58 0 20 40 60 80 100
Acesso à água Acesso à esgoto Coleta de lixo Moradia adequada
Sudeste Nordeste
Saneamento
34,5% da população urbana ainda possui
condições de moradia inadequadas. 2007
População em domicílos particulares permanentes urbanos com condições de moradia inadequada, por tipo
de inadequação (em mil) - Brasil, 2007
30.101 13.787 12.316 7.356 2.128 1.778 3.896 6.979 54.606 0 10000 20000 30000 40000 50000 60000 Moradia inadequada Esgoto inadequado Água inadequada Adensamento Irregularidade fundiária Favelas Banheiro coletivo Teto ñ durável Parede ñ durável
Porcentagem da população residindo em domicílios que atendem às condições de qualidade. Brasil 1998, 2003 e 2008