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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA ROBERTA REZENDE TORRES

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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA ROBERTA REZENDE TORRES

ESTUDO DOS EFEITOS DE UM PROGRAMA DE PILATES NO CONTROLE POSTURAL DE SUJEITOS COM PARAPLEGIA

Palhoça 2011

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ROBERTA REZENDE TORRES

ESTUDO DOS EFEITOS DE UM PROGRAMA DE PILATES NO CONTROLE POSTURAL DE SUJEITOS COM PARAPLEGIA

Relatório de Estágio apresentado ao curso de Educação Física e Esporte da Universidade do Sul de Santa Catarina como requisito parcial para a obtenção do título de bacharel em Educação Física e Esporte.

Orientador: Rômulo Nolasco de Brito, Msc.

Palhoça 2011

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ROBERTA REZENDE TORRES

ESTUDO DOS EFEITOS DE UM PROGRAMA DE PILATES NO CONTROLE POSTURAL DE SUJEITOS COM PARAPLEGIA

Relatório de estágio apresentado ao curso de Educação Física e Esporte da Universidade do Sul de Santa Catarina como requisito parcial para a aprovação na disciplina de Estágio Supervisionado em Educação Física e Esporte II.

Palhoça, 27 de junho de 2011

______________________________________________________ Professor e orientador Rômulo Nolasco de Brito, Msc.

Universidade do Sul de Santa Catarina

______________________________________________________ Profa. Fabiana Figueiredo, Msc.

Universidade do Sul de Santa Catarina

______________________________________________________ Prof. Daniel Fernandes Martins, Msc

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Aos meus pais, Nelson e Edna que me ensinaram a lutar pela realização dos meus sonhos. As minhas irmãs, Juliana e Sylvana, pelo apoio e amizade. E a minha amiga Magali pelas noites insones na realização deste TCC.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, a todos os anjos e santos que me ajudaram a permanecer firme em meus propósitos.

Ao meu mestre e orientador Professor Rômulo Brito, por sua dedicação, pelo seu otimismo, e principalmente por transmitir tranqüilidade nos momentos em que me encontrava praticamente em surto na fase de finalização desta pesquisa.

A todos os professores e mestres da minha graduação, que com sua dedicação compartilharam seus conhecimentos para meu crescimento pessoal e profissional.

Em especial, à professora Elinai Schutz, que com suas “cobranças”, me ensinou a ser mais disciplinada, e à professora Fabiana de Figueiredo por sua “extrema” paciência.

Ao professor Tiago Baptista, que com seu amor pelo trabalho e dedicação ao Projeto Omda, me despertou o interesse em conhecer melhor o universo destas pessoas que tanto necessitam dos nossos estudos para melhor atendê-las.

Quero agradecer com todo o carinho a, minha amiga e colega de trabalho, Natália pela aposta e por abrir a porta desse meu futuro.

Agradeço imensamente aos sujeitos que participaram desta pesquisa, pois sem as suas colaborações este trabalho não teria sido realizado.

Agradeço do fundo do coração aos meus amigos que estiveram ao meu lado durante todos estes anos. Um beijo imenso a minha amiga Priscilla por me salvar sempre aos 45 minutos do segundo tempo. A querida Marquitt, que sempre esteve por perto. Amo todos vocês.

A Juliana há quem sempre serei sem palavras para agradecer pela imensa ajuda.

Agradeço especialmente a minha família e a minha grande amiga e companheira Magali, por todos os momentos de trabalho, de luta e dedicação.

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“Agradeço todas as dificuldades que enfrentei; não fosse por elas, eu não teria saído do lugar. As facilidades nos impedem de caminhar. Mesmo as críticas, nos auxiliam muito”. (Chico Xavier)

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RESUMO

O propósito deste estudo foi elaborar, validar e aplicar um programa de Pilates adaptado em indivíduos com paraplegia; identificar as características iniciais de controle de tronco destes sujeitos; comparar as variáveis de controle de tronco obtidas antes e após a intervenção deste programa e, identificar as modificações ocorridas (no controle de tronco de indivíduos com paraplegia). Para tal, constou de pesquisa de natureza aplicada à 4 sujeitos, os quais foram selecionados devido às suas condições de paraplegia Os dados coletados foram analisados de forma quantitativa e qualitativa, onde observou-se que as medidas obtidas através da aplicação do Teste de Alcance Funcional Adaptado para a Posição Sentado (FRT), antes e após a intervenção do programa de Pilates, registraram uma maior diferença de 4 cm no controle de tronco do sujeito praticante do programa de Pilates. Quanto aos dados qualitativos, registrou-se que o conteúdo aplicado no programa de Pilates, correspondeu ao aumento de força de membros superiores (MMSS); a melhora no condicionamento físico, na capacidade respiratória e à diminuição das dores na região cervical e do trapézio. Assim, verificou-se que a elaboração e o desenvolvimento de um programa de atividades físicas pautado em características individuais, pode resultar em progressos quantitativos e/ou qualitativos, conforme os objetivos propostos. O treinamento das capacidades e aptidões físicas em sujeitos paraplégicos determina inúmeras mudanças na rotina destes indivíduos, influenciando sua qualidade de movimentos, sua independência funcional e a melhoria de sua qualidade de vida.

Palavras-Chave: Pilates. Traumatismo Raquimedular (Paraplegia). Atividade Física Adaptada.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Coluna Vertebral Espinhal ... 20

Figura 2 – Medula Espinhal Seccionada ... 21

Figura 3 – Dermátomos ... 22

Figura 4 – Posição Inicial ... 30

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LISTA DE GRÁFICOS

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Teste de Alcance Funcional Adaptado para a Posição Sentado ... 34

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LISTA DE SIGLAS

ASIA- American Spine Injury Association C – Cervical

CEP-Unisul – Comitê de Ética em Pesquisa Unisul FRT – Funcional Reach Test

IFAPA – Federação Internacional de Atividade Física Adaptada L – Lombar

LME – Lesão Medular Espinhal MMII – Membros inferiores MMSS – Membros superiores

NCPAD – The National Center on Physical Activity and Disability OMS – Organização Mundial de Saúde

T – Torácica

TCLE – Termo de Consentimento Livre Esclarecido TRM – Traumatismo Raquimedular

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 12

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA E PROBLEMA... 12

1.2 OBJETIVO GERAL... 14

1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ... 14

1.4 JUSTIFICATIVA ... 14

2 REVISÃO DE LITERATURA ... 16

2.1 PILATES ... 16

2.2 ATIVIDADES FÍSICAS ADAPTADAS... 17

2.3 LESÃO MEDULAR ... 19 2.3.1 Paraplegia ... 23 3 MÉTODO ... 26 3.1 TIPO DE PESQUISA ... 26 3.2 SUJEITOS DA PESQUISA ... 26 3.3 INSTRUMENTOS DE PESQUISA ... 28

3.4 PROCEDIMENTOS DA COLETA DE DADOS ... 29

3.5 ANÁLISE DOS DADOS ... 31

4 APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ... 33

5 CONCLUSÃO E SUGESTÕES ... 40

REFERÊNCIAS ... 41

APÊNDICES ... 46

APÊNDICE A – Protocolo de tratamento ... 47

APÊNDICE B – Proposta de exercícios com materiais ... 50

ANEXOS ... 59

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1 INTRODUÇÃO

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA E PROBLEMA

Joseph Hubertus Pilates (1880-1967) idealizador do método Pilates, partiu da união de elementos da ginástica, dança, yoga e artes marciais para desenvolver seu método. (SILVA et al., 2009).

O método Pilates preservou muito das características das modalidades estudadas por Joseph e citadas acima, pois sugere o relacionamento entre corpo e mente que através do ritmo respiratório trabalha a fluidez do exercício. Joseph H. Pilates denominou seu método de Contrologia, mas o mesmo se propagou pelo mundo como Pilates, seu sobrenome. (SILVA et al., 2009).

Segundo Pires e Sá (2005), durante a Primeira Guerra Mundial, o alemão Joseph Pilates, foi exilado na ilha de Man nos Estados Unidos, onde pôde utilizar suas técnicas na reabilitação de soldados mutilados. Ali foram introduzidos por ele alguns exercícios de fortalecimento muscular auxiliados por molas de colchões, o que mais tarde, levou Joseph a desenvolver seus equipamentos, tão utilizados nos dias atuais.

Nota-se, portanto, que o Pilates é um método sem restrições de idade, gênero, problemas posturais, entre outros, desde que haja um planejamento de aula, específico para cada particularidade. Os exercícios enriquecem o trabalho de condicionamento físico favorecendo os músculos estabilizadores, desenvolvendo força, flexibilidade, boa postura, controle, consciência, percepção do movimento, além do bem estar. (PIRES; SÁ, 2005).

Desta forma, sabe-se que Joseph Pilates, defendia os movimentos executados com poucas repetições, onde cada uma delas deve corresponder a uma respiração completa, determinando o ritmo do exercício.

Assim, nasceu o interesse em aplicar o método Pilates de forma adaptada em indivíduos com Traumatismo Raquimedular (TRM), ou seja, indivíduos acometidos por lesão medular e em condições de limitações físicas, motoras e sensoriais. Segundo The National Center on Physical Activity and Disability (NCPAD)

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(2007), observa-se a possibilidade de aplicação do método Pilates, porém, com o auxílio dos aparelhos como Cadillac e Reformer.

Nestas condições de Lesão Medular Espinhal (LME), constata-se que o indivíduo acometido sofre com inúmeras alterações neuromusculares e psicológicas que afetam o padrão da atividade motora e do sistema nervoso central, definindo através do nível da lesão na coluna vertebral o grau de comprometimento motor e sensorial, além de caracterizar a LME como paraplegia, paraparesia ou tetraplegia e tetraparesia. (GIACOMINI, 2007).

As primeiras incidências de LME foram registradas durante a Primeira Guerra Mundial, em que o sistema de saúde era desprovido de tratamentos adequados e de programas de reabilitação, levando esses sujeitos a óbito na maioria dos casos. Após a Segunda Guerra Mundial, observou-se um crescente número de programas de reabilitação e integração social, ocorrendo mudanças nesse quadro desde então. (ROCHA, 2006).

De acordo com Mello (2002), as condições para o desenvolvimento de técnicas de recuperação, foram definidas pelos métodos modernos da medicina, da enfermagem, das técnicas terapêuticas das equipes de reabilitação, e até mesmo do esporte, que nesse âmbito torna-se importante como estímulo na reabilitação e reintegração do indivíduo à sociedade.

Assim, observa-se que indivíduos acometidos por lesão medular, necessitam de tais tratamentos alternativos devido aos déficits ocorridos pós-trauma nos aspectos de aptidão física como: resistência respiratória; força e mudanças morfológicas como maior acúmulo de gordura e menor porção de massa magra, ou seja, aspectos que mudam consideravelmente, mas que poderão ser revertidos parcialmente através da prática de um esporte ou atividade física permanente. (GORGATTI; COSTA, 2005).

Neste contexto propõe-se a seguinte questão problema: “Quais são os efeitos provenientes da aplicação de um programa de Pilates no controle postural de sujeitos com paraplegia?”

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1.2 OBJETIVO GERAL

Analisar os efeitos provenientes da aplicação de um programa de Pilates no controle postural de sujeitos com paraplegia.

1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Elaborar, validar e aplicar um protocolo de exercício de Pilates para indivíduos com paraplegia;

Identificar as características iniciais do controle de tronco de indivíduos com paraplegia;

Comparar as variáveis medidas antes e após a intervenção do programa de Pilates nos sujeitos com paraplegia;

Apontar as modificações ocorridas no controle de tronco de indivíduos com paraplegia pós aplicação do programa de Pilates.

1.4 JUSTIFICATIVA

Nos dias de hoje, um número indeterminado de profissionais da saúde utiliza o método Pilates como meio de condicionamento físico ou como meio de reabilitação, contudo, ressalta-se a carência de estudos referentes ao método e a sua eficiência no campo da reabilitação e treinamento físico. (PIRES e SÁ; 2005).

Mesmo com essa carência, observa-se, que as reações provocadas pela aplicação do método Pilates em pessoas com diferentes características físicas podem ser satisfatórias, desde que considerada a importância e a compreensão do trabalho muscular pelo sujeito, após a prescrição de exercícios individuais de treinamento ou de reabilitação, realizada por um profissional. (OBARA et al., 2009).

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programa personalizado de exercícios para sua reabilitação, para o treinamento de suas capacidades físicas e aptidão física, que auxiliem na superação de suas limitações e na sua autonomia funcional.

Considerando que a LME compromete a qualidade de vida do indivíduo acometido, busca-se introduzir um programa de reabilitação pós lesão para minimizar as seqüelas, através da adaptação a uma nova vida, para retornar ao meio social e à família, o que se torna um desafio aos profissionais do programa de reabilitação. (BAMPI; GUILHEM; LIMA, 2008).

Desta forma, estudos mostram que pessoas acometidas por lesão medular, devem também buscar uma atividade física adaptada para a manutenção da saúde, inserção social, e melhora da aptidão física para a realização de tarefas com maior autonomia. (MELLO, 2002).

Segundo Gorgatti e Costa (2005), a realidade de inúmeros atletas para-olímpicos, originou-se em enxergar através do esporte uma forma de combinar esses elementos, que somados à prática de uma modalidade, resultaria na superação do acometimento e na realização pessoal.

Assim, o esporte pode ser apontado como um fator importante na reabilitação de pessoas com lesão medular quanto aos aspectos físicos, psíquicos e sociais. Silva, Oliveira e Conceição (2005) relatam efeitos benéficos do treinamento de atletas nestas condições como: melhora do consumo de oxigênio “Volume Máximo de Oxigênio” (VO2máx.), redução do risco de doenças cardiovasculares e de

infecções respiratórias, diminuição nas infecções urinárias, escaras e infecções renais, aumentando a expectativa de vida do sujeito e minimizando as possibilidades de hospitalizações. (SOUZA; BUSTO; ARCHOR JÚNIOR, 2009).

Contudo, verifica-se, nesse contexto, uma carência de estudos direcionados a indivíduos acometidos por TRM, quanto a propostas de atividades físicas que possam contribuir após os tratamentos de reabilitações convencionais, que somadas a uma modalidade esportiva, possam promover saúde, socialização e o treinamento das aptidões físicas tão importantes para a execução de tarefas com autonomia.

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2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 PILATES

O método Pilates chegou ao Brasil em 1991, através da bailarina Alice Becker Denovaro. Alice foi a primeira brasileira a se certificar como instrutora da Técnica de Pilates. A partir daí houve uma enorme expansão do método, em todos os estados brasileiros.

Segundo Quadros e Furlanetto (2010), Pires e Sá (2005) o Pilates surgiu com o objetivo de promover a saúde através do desenvolvimento de força, flexibilidade e resistência, ou seja, o objetivo principal do método Pilates é o de organizar e sistematizar as diversas valências físicas do ser humano.

Silva e Mannrich (2009) ressaltam que o método Pilates tem como característica trabalhar exercícios musculares de baixo impacto, de contrações sutis e fortalecimento progressivo. A musculatura abdominal é o centro deste fortalecimento, assim como os músculos mais próximos ao esqueleto.

Os exercícios que compõem o método envolvem contrações isotônicas (concêntricas e excêntricas) e, principalmente, isométricas, com ênfase no que Joseph denominou power house (ou centro de força). Este centro de força é composto pelos músculos abdominais, glúteos e paravertebrais lombares, que são responsáveis pela estabilização estática e dinâmica do corpo. Então, durante os exercícios a expiração é associada à contração do diafragma, do transverso abdominal, do multífido e dos músculos do

assoalho pélvico. (Silva; Mannrich, 2009, p. 450).

Bertolla et al. (2007), enfatizam que o método Pilates tem como objetivo fortalecer o centro de força, coordenar a respiração com a realização dos movimentos, tornando-os mais fluídos para melhorar a flexibilidade e otimizar as condições da saúde. Essa busca é realizada por meio de movimentos conscientes, sem a presença de fadiga ou dor.

Ainda por Bertolla et al. (2007), o método tem seus princípios definidos como: a respiração, o controle, a concentração, a organização articular, o fluxo de movimento e a precisão.

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bailarinos. Um século depois de Joseph ter criado seu método, devido ao sedentarismo das sociedades em geral, a técnica Pilates é utilizada no condicionamento físico, alongamento e reabilitação da coluna vertebral enfraquecida pela má postura, proporcionada pela era das máquinas. (ACKLAND, 2005).

Segundo Ackland (2005), nota-se que muitos dos malefícios causados à nossa saúde e incapacidades do indivíduo da atualidade, de fato são frutos do modo de vida da nossa civilização, onde a era da tecnologia aumenta a jornada de trabalho e reduz movimentos na realização das tarefas.

Nos dias atuais, percebe-se uma expansão de adeptos do método Pilates por todo o mundo (LATEY; GALLAGHER; KRYZANOWSKA, 2000 apud PIRES; SÁ, 2005), e um número crescente de livros vêm sendo publicados sobre o método. No entanto, existe uma grande carência de trabalhos científicos que respaldem as proposições do Pilates. (PIRES; SÁ, 2005).

2.2 ATIVIDADES FÍSICAS ADAPTADAS

Mediante as considerações de Calegari (2010), os primeiros registros da prática de desporto por pessoas com deficiências remetem ao final da Segunda Guerra Mundial, onde as modalidades esportivas tinham a finalidade de acelerar e tornar o processo de reabilitação mais agradável, além de auxiliar a inclusão social.

Segundo o mesmo autor, após o término da Segunda Guerra Mundial, as modalidades assumem caráter competitivo, estendendo-se à regulamentação dos esportes adaptados. Em aspectos científicos, os resultados obtidos com a prática dos esportes foram registrados clinicamente, contribuindo assim, para o desenvolvimento de tratamentos de traumatismos.

Winnick (2004) relata que a regulamentação de competições esportivas entre pessoas acometidas por lesão medular deu-se pela organização do basquete, o que se formou devido à dedicação dos Drs. Benjamin H. Lipton e Timothy Nugent, que durante o período de 1946 a 1948, treinaram equipes de basquete em cadeiras de rodas.

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do Clube dos Paraplégicos em São Paulo, em 1958, e do Clube do Otimismo no Rio de Janeiro. Com o crescimento da participação de indivíduos com necessidades especiais em diferentes modalidades esportivas, foram criadas entidades de deficiências afins filiadas ao Comitê Paraolímpico Brasileiro, que atualmente, junto à Associação Brasileira de Desporto em Cadeira de Rodas, incentiva a iniciação ao esporte de alto rendimento. (COSTA; SOUSA, 2004).

Ressalta-se, desta forma, que para a Federação Internacional de Atividade Física Adaptada (IFAPA) (2011), a atividade física adaptada pode significar muitas coisas, mas o enfoque central está relacionado às diferenças individuais que requerem atenção especial. A adaptação significa modificar, ajustar, ou acomodar de acordo com os resultados da avaliação, em que diferenças individuais incluem deficiências, incapacidades ou outras necessidades especiais.

Segundo Silva, Oliveira e Conceição (2005), o esporte adaptado tem um papel fundamental na reabilitação física de pacientes acometidos por lesão medular, pois além de ampliar as alternativas terapêuticas, favorece a independência funcional do indivíduo.

Assim, nota-se que são inúmeras as razões que levam um indivíduo acometido por lesão medular a praticar um esporte. Entre as mais comuns estão a influência familiar e a recomendação médica. Já com indivíduos para-atletas a justificativa é outra: buscam através de uma atividade adaptada encontrar motivação para a inclusão social, a superação de limites, a diversão, e especialmente, para uma forma de superação pessoal. (BARROSO, 2007).

De acordo com Medola, Carril e Santana (2010), os objetivos do esporte para paraplégicos e tetraplégicos são: a promoção da educação para a saúde, educação do indivíduo para a vida em sociedade e para o tempo livre, oferecer vivências de êxito, aumentar a tolerância à frustração, promoção do contato social, possibilitar maior autonomia ao indivíduo, melhorar a auto-imagem e a auto-estima, melhorar a condição orgânica e funcional, além de aprimorar as qualidades físicas (resistência, força e velocidade).

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) (2011),

aproximadamente 15% da população mundial tem problemas de saúde ou deficiência, sendo a última compreendida como: deficiência e incapacidade. Assim, destaca-se a importância das atividades físicas adaptadas na reabilitação do

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indivíduo acometido, seja ela no âmbito social, psicológico ou das capacidades físicas.

2.3 LESÃO MEDULAR

De acordo com Campos et al. (2008), o Traumatismo Raquimedular (TRM) é uma agressão para a medula espinhal que podem resultar em danos neurológicos. O TRM compreende as lesões a nível ósseo, ligamentar, discal, vascular, radicular e também medular.

Siscão et al. (2007), descrevem o TRM como uma lesão caracterizada por um conjunto de situações que acarretam comprometimento da função da medula espinhal em graus variados de extensão onde as causas mais frequentes são os acidentes automobilísticos, as quedas, mergulhos em águas rasas e ferimentos por arma de fogo.

A lesão medular pode ocorrer em vários níveis da coluna vertebral e as vértebras mais envolvidas na coluna cervical são: C5 e C7, na coluna torácica a T12 e na coluna lombar a L1. Assim, a suscetibilidade destas vértebras ao acometimento se dá por haver uma grande faixa de mobilidade nestas áreas da coluna. (BRUNI et al., 2004).

Segundo Gorgatti e Souza (2005), as lesões ocorridas entre as vértebras da coluna cervical e a vértebra da coluna torácica T1(Figura 1) são classificadas como:

tetraplegia: quando a mesma é completa, ou seja, quando não existe preservação de atividades motoras ou sensoriais;

tetraparesia: quando a mesma é incompleta, ou seja, quando existe preservação dessas atividades, por menores que estas sejam.

De acordo com os mesmos autores, as lesões que ocorrem entre as vértebras da coluna torácica T2 e T11(Figura 1) e nas vértebras da coluna lombar, são classificadas como:

paraplegia: quando não existem atividades motoras e sensoriais; paraparesia: quando resta ação dessas atividades.

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Figura 1 – Vertebras da Coluna Fonte: sogab, 2011.

Defino (1999) descreve que os impulsos nervosos motores, entre o cérebro e as regiões do corpo são conduzidos através da medula espinhal. Quando ocorre uma lesão na medula espinhal, considera-se que o comprometimento da mesma pode ser parcial ou completo, definindo as limitações do indivíduo acometido, a qual é caracterizada de acordo com a porção atingida pela lesão, ou seja, corno anterior, corno lateral ou corno posterior.

A medula espinhal quando seccionada transversalmente apresenta-se em duas porções: cinzenta e branca. A parte cinzenta apresenta-se na forma H (Figura 2) e define-se em:

corno anterior : onde acomodam-se as terminações sensoriais dos neurônios motores e visceromotores;

corno posterior: onde acomodam-se os neurônios sensoriais;

corno lateral: onde acomodam-se os neurônios do sistema nervoso autônomo. (DEFINO, 1999).

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Figura 2 – Medula Espinhal Seccionada. Fonte: Bp, 2011.

Segundo Giacomini (2007), ao ocorrer o TRM, os neurônios da medula morrem interrompendo desta forma a comunicação entre os neurônios cerebrais e todos abaixo do nível da lesão de forma que a passagem dos impulsos voluntários do cérebro para a musculatura são impedidos, assim como das sensibilidades cutâneas até o cérebro.

Mutti (2008), Giacomini (2007) e Defino (1999), acrescentam que após a realização dos primeiros cuidados com o indivíduo é necessário a interferência de alguns testes para determinar a gravidade do acometimento, ou seja, o nível da lesão neurológica baseada nas funções motoras e sensoriais, seguindo o padrão da American Spine Injury Association (ASIA).

A importância de identificar a classificação neurológica do TRM levou a ASIA em 1992, a padronizar essa avaliação. Este teste é utilizado mundialmente e composto por três etapas de outros testes: Sensorial, Motor e Reflexo.

Define-se, portanto, pela ASIA, que o teste sensorial é realizado pela avaliação de 28 dermátomos1 (Figura 3) de ambos os lados do corpo, classificando o grau de sensibilidade cutânea como:

0: ausente; 1: alterada; 2: normal;

Não Testada (Anexo A).

1

Dermátomo é uma área da pele que é inervada por fibras nervosas que se originam de um único gânglio nervoso dorsal.

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22

Figura 3 – Dermátomos. Fonte: Fram5, 2011.

No início do século XX, cerca de aproximadamente 95% dos indivíduos acometidos por lesão medular durante a ocorrência de guerras, morriam em poucas semanas por infecções do trato urinário e úlceras de decúbito. (MURTA; GUIMARAES, 2007).

Após a Segunda Guerra Mundial, nota-se expressivamente o decréscimo relevante de óbitos devido ao surgimento das primeiras organizações de deficientes nos Estados Unidos, inicialmente compostas por soldados mutilados e na sequência incorporadas por civis acometidos em acidentes de trabalho e acidentes de trânsito. (ROCHA, 2006).

Siscão et al. (2007), ressaltam que 130 mil indivíduos eram portadores de lesão medular e que essa incidência aumenta anualmente decorrente de acidentes automobilísticos, ferimentos por arma de fogo, e mergulhos em águas rasas. A prevalência acidental ocorre entre jovens entre 16 e 30 anos de idade, do sexo masculino,

Venturini, Decésaro e Marcon (2007), reforçam as informações dos autores acima dizendo que o aumento de pessoas acometidas por lesão medular se dá principalmente pelas ocorrências traumáticas que correspondem a 80%. Entre as causas não traumáticas destacam-se as lesões por tumores, lesões infecciosas, lesões vasculares e as lesões degenerativas correspondentes a 20%.

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23

momento do acidente com a aprendizagem do paciente e seus familiares para uma nova condição de vida, seguida da prevenção de complicações fomentando, desta forma, a melhora gradativa do potencial funcional do paciente. (BRUNI et al., 2004).

Estudos epidemiológicos destacam os crescentes avanços nos tratamentos dessas lesões através do treinamento de equipes especializadas, proporcionando maior expectativa de vida e redução de complicações nos casos mais graves. No entanto, a longa fase de reabilitação definirá o prognóstico, considerando ainda como melhor conduta a prevenção. (CAMPOS et al., 2008).

2.3.1 Paraplegia

A paraplegia é definida de acordo com o nível da LME que relativamente está interligada ao nível de torácica e lombar do indivíduo, podendo comprometer os membros inferiores de forma reversível ou irreversível. (GIACOMINI, 2007).

Deliza et al. (2002) , Giacomini (2007), Bromley (1997), descrevem que o nível da lesão é caracterizado pela preservação do último segmento acima da lesão.

Sendo assim, as lesões acima dos segmentos da coluna torácica T1, são consideradas tetraplegia assim como as paraplegias são determinadas pelo comprometimento dos segmentos da coluna torácica de T2 à T11, onde de T2 a T6 a lesão é classificada anatomicamente como paraplegia alta e de T7 à T11 classificada como paraplegia baixa. (Figura 1).

Através da ASIA, pode-se determinar a complexidade da lesão através do teste neurológico, sendo o teste motor parte deste e citado abaixo. O teste motor é realizado em denominados “músculos chaves” que correspondem à 10 pares de miótomos que são (Anexo A):

C5 - flexores do cotovelo; C6 - flexores do punho; C7 - extensores do cotovelo;

C8 - flexores do dedo (falanges média e distal); T1 - abdutores (dedo mínimo);

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L3 - flexores do joelho;

L4 - dorsiflexores do tornozelo; L5 - extensor longo dos dedos; S1- flexores plantares do tornozelo.

No entanto, a relação da força muscular é estimada pela escala dos mesmos:

paralisia total;

1 - contração palpável ou visível;

2 - movimento ativo eliminado pela força da gravidade; 3 - movimento ativo que vence a força da gravidade; 4 - movimento ativo contra alguma resistência;

5 - normal e NT (não testada). A reação do esfíncter externo à introdução do dedo do examinador indicará se a lesão é parcial ou completa.

O número de pessoas tetraplégicas ou paraplégicas por lesão de medula espinhal vem aumentando significativamente nas últimas décadas e atualmente estima-se que somente no Brasil ocorram aproximadamente 6000 novos casos por ano. (VENTURINI; DECÉSARO; MARCON, 2007).

De acordo com Silva, Oliveira e Conceição (2005), a evolução dos tratamentos realizados em pessoas vítimas de lesão medular passou a objetivar a minimização das incapacidades e complicações, ressaltando novos estudos nesse âmbito.

Murta e Guimarães (2007) citam como causas dessas minimizações das incapacidades e complicações os seguintes itens: cuidados médicos específicos, o uso de antibióticos, o avanço da tecnologia biomédica, o aprimoramento das unidades de tratamento da lesão medular e o treinamento de equipes de reabilitação especializadas.

Os programas de reabilitação especializados devem levar o indivíduo a uma redescoberta de vida através da educação para as mudanças fisiológicas e anatômicas, entre outros. No entanto, isso não garante soluções definitivas, pois existe todo um envolvimento pessoal em aceitar as diferenças, enfrentá-las e principalmente superá-las.

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25

É comum para indivíduos acometidos tornarem-se altamente sedentários ao perderem o uso dos membros inferiores, contrastando dessa forma com o estado físico anterior à lesão. Entre eles destacam-se adultos e jovens ativos, do sexo masculino. (NASH, 2005).

Dessa forma, Giacomini (2007 apud SILVA et al. 2005), defende uma atividade física regular para pessoas pós lesão medular, como meio de manutenção da saúde física e emocional, além dos benefícios para sua funcionalidade geral.

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3 MÉTODO

3.1 TIPO DE PESQUISA

Com base nos conceitos de Luciano (2001), Gil (2002) e Marconi e Lakatos (2005), este trabalho caracteriza-se como pesquisa de natureza aplicada, pois objetivou gerar produção de novos conhecimentos através da intenção de solução de problemas específicos.

Quanto à abordagem do problema de pesquisa, caracteriza-se como quantitativa e qualitativa, pois buscou comparar as medidas mensuradas durante o estudo e descrever as modificações ocorridas durante este mesmo período.

Quanto aos objetivos da presente pesquisa, estes se caracterizam por ser de caráter exploratório e descritivo. Exploratório por ser pouco estudado e descritivo por especificar propriedades de um grupo de pessoas.

O tipo de pesquisa quanto à técnica utilizada é quase experimental devido à divisão dos sujeitos em dois grupos, onde um deles será submetido a condições de práticas corporais adicionais e o segundo grupo se manterá nas condições normais.

Devido a presente pesquisa ter sido destinada a um objeto de estudo submetido a variáveis capazes de influenciá-lo, a mesma classificou-se como sendo de estudo de caso.

Do ponto de vista da coleta de dados o estudo é caracterizado como longitudinal devido ser uma coleta de campo, ao longo de um determinado período de tempo.

3.2 SUJEITOS DA PESQUISA

Foram incluídos na pesquisa indivíduos com diagnóstico clínico de lesão medular, classificados como paraplégicos e paraparéticos, ou seja, para esta

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pesquisa foi considerado o perfil funcional do indivíduo e não sua classificação anatômica quanto ao nível da lesão medular na coluna vertebral espinhal.

Os colaboradores selecionados para a pesquisa foram sujeitos de ambos os sexos e de idade entre 18 e 35 anos que utilizam cadeira de rodas para sua locomoção.

Os critérios de exclusão dos sujeitos para a pesquisa deram-se pela não liberação médica para atividade física devido às restrições de saúde, como: infecção urinária, anemia e escaras.

Os sujeitos do estudo foram informados sobre os objetivos e procedimentos da pesquisa, o que levou à concordância e assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido pelos mesmos.

De acordo com a proposta do estudo, foram selecionados dois grupos de indivíduos. O primeiro grupo (ativo) participou do programa de Pilates sugerido pela pesquisadora, enquanto o segundo grupo (passivo) não participou das atividades do programa, atuando como grupo controle para a comparação com o primeiro.

O grupo controle da pesquisa foi definido da seguinte forma: após a seleção dos quatro sujeitos para a pesquisa, indivíduos com paraplegia não traumática, dificuldade de locomoção até o local da execução do programa de Pilates, colaboraram para a escolha do grupo controle.

O grupo controle da pesquisa participou do teste de Alcance Funcional Adaptado (posição sentado) nas duas etapas do programa, ou seja, antes de iniciar as atividades com o grupo ativo e após seu término, assim como os sujeitos participantes do programa de Pilates.

Esta consistiu na proposta inicial de pesquisa e seus procedimentos metodológicos. No entanto cabe ressaltar que dos quatro sujeitos investigados (sendo 2 pertencentes ao grupo controle e 2 pertencentes ao grupo ativo) apenas um dos sujeitos do grupo ativo concluiu o tempo proposto do programa de Pilates adaptado para paraplegia. Maiores detalhamentos encontram-se descritos no capitulo 4, nominado Apresentação, Análise e Discussão dos Resultados.

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3.3 INSTRUMENTOS DE PESQUISA

A presente pesquisa utilizou como instrumento para a coleta de dados o Teste de Alcance Funcional Adaptado para a posição sentado (Figura 4 e 5),testado por Lynch et al.,(1998). Conhecido internacionalmente com Funcional Reach Test

(FRT) este teste foi elaborado por Duncan et al., (1990) . O FRT é usado para avaliar o alcance funcional anterior, e provê informações quantitativas acerca da capacidade do indivíduo de deslocar-se anteriormente.

Para a realização do teste de alcance funcional, foi utilizada uma fita métrica (marca Corrente®) fixada paralela ao chão na altura do acrômio2 dos sujeitos, onde os mesmos estavam em suas cadeiras de rodas e posicionados lateralmente à parede.

Após o primeiro contato dos sujeitos do estudo com o FRT Adaptado, foi iniciado com o grupo 01(ativo), o programa de Pilates proposto pela pesquisadora, com datas e horários marcados para aplicação das atividades do programa.

Para a execução do programa de Pilates foram necessários alguns acessórios de auxílio na prática dos exercícios propostos, como a Bola Suíça, o Rolo

Magic, a Prancha de Molas e o Magic Circles.

Esses acessórios são utilizados no Pilates de solo para auxiliar nos movimentos, transmitir conforto ou mesmo desafiar os seus praticantes. Para a proposta do programa e seu público alvo, esses equipamentos proporcionaram maior suporte no desenvolvimento do trabalho de força e equilíbrio.

A bola Suíça utilizada pelos indivíduos do estudo, foi adequada aos padrões exigidos por suas estaturas de acordo com a numeração de fábrica, e são da marca Reebok®.

O Rolo Magic utilizado na pesquisa foi da marca O’Neal® com tamanho de 6’’X36’’ e superfície antiderrapante.

O Magic Circles utilizado, foi da marca Everlast®, com diâmetro externo de 38 cm de material plástico resistente e leve com emborrachamento antiderrapante.

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Acrómio é o nome dado à apófise da escápula, onde se prende o músculo deltóide. Articula-se, no homem, com a clavícula. Faz parte da face dorsal da escápula.

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A Prancha de Molas da marca Phisio Pilates®, é um sistema de molas que auxiliou no desenvolvimento gradual do indivíduo, cujo equipamento foi de extrema importância na realização do programa proposto. Joseph Pilates utilizou as molas na reabilitação e condicionamento físico de pacientes debilitados durante a Primeira Guerra Mundial.

3.4 PROCEDIMENTOS DA COLETA DE DADOS

Inicialmente foi realizado o contato com os gestores das Instituições envolvidas, Unisul e Sachs Pilates, para apresentar o tema desta pesquisa e conseguinte assinar o a Declaração de Ciência e Concordância das Instituições Envolvidas.

Em um segundo momento, o projeto foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP- Unisul) e após aprovação deste, foi estabelecida a data de início e local junto às Instituições para a aplicação do Programa de Pilates sugerido pela pesquisadora.

Após esse procedimento foi agendada uma reunião entre a pesquisadora e os sujeitos do estudo para coletas das assinaturas do Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE), e agendamento de datas e horários para a aplicação do Teste de Alcance Funcional Adaptado, onde todos os 04 (quatro) indivíduos foram avaliados. Por conseguinte, esses indivíduos foram divididos em dois grupos, de acordo com a aproximação de evidências funcionais de mobilidade, com o objetivo

de buscar maior homogeneidade para futuras comparações. Para esta divisão foi analisada uma anamnese dos sujeitos quanto à

paraplegia por trauma raquimedular, a presença de escaras, lesões musculares ou articulares, aproximação funcional comparado aos sujeitos participantes do programa de Pilates, assim como meios de deslocamento e transporte de suas residências ao local das atividades do programa de Pilates proposto pela pesquisadora.

O grupo 01 (ativo) foi composto por participantes submetidos ao programa de Pilates, enquanto o grupo 02 (passivo) foi composto por indivíduos controle, ou

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seja, que não participaram das atividades do programa de Pilates, mas que igualmente foram submetidos às duas etapas do teste de Alcance Funcional Adaptado, antes do início do programa e após seu término, para fins de comparação.

Os indivíduos colaboradores desta pesquisa, submetidos ao FRT Adaptado para a posição sentado foram instruídos pela pesquisadora a adotar a seguinte posição: sentado em sua cadeira de rodas sem apoio para membros superiores, posicionaram-se lateralmente à parede com o ombro distante 10 cm desta, não havendo contato com a mesma em nenhum momento. Os pés estavam paralelos e numa posição confortável e ombro próximo à parede flexionado a 90° (Figura 4).

Figura 4 – Posição Inicial. Fonte: Medola et al., 2009.

Foi utilizada uma fita métrica fixada paralela ao chão. Esta fita encontrou-se posicionada à altura do acrômio do indivíduo. A medida inicial da fita correspondia ao posicionamento do processo estilóide da ulna. Os sujeitos do estudo foram instruídos a inclinar-se para frente, o máximo possível, devendo manter o equilíbrio sem que houvesse deslocamento da cadeira de rodas (Figura 5). O deslocamento foi mensurado sobre a fita métrica, com três tentativas de alcance funcional que após devidamente registradas, considerou-se à de maior alcance.

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Figura 5 – Deslocamento. Fonte: Medola et al., 2009.

FRT Adaptado para a posição sentado realizou-se em dois momentos da coleta: antes de iniciar o programa de Pilates sugerido pela pesquisadora e após o término do mesmo.

O programa de Pilates foi aplicado durante dois meses, ou seja, oito semanas, totalizando dezesseis sessões, sendo duas por semana com duração de uma hora cada uma destas.

O programa foi se desenvolvendo e evoluindo, conforme as etapas eram vencidas progressivamente de acordo com a capacidade de cada sujeito. As sessões foram personalizadas, no entanto, foi seguido rigidamente o mesmo conteúdo programático para todos os componentes do estudo.

Após o término da aplicação do programa de Pilates, realizou-se a segunda etapa da coleta do FRT Adaptado que envolveu o sujeito do grupo 01 (ativo) e o sujeito desistente deste grupo e do grupo 02 (passivo) do estudo.

Após o encerramento da coleta de dados, deu-se início à análise e discussão dos resultados.

3.5 ANÁLISE DOS DADOS

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tabulados e armazenados em um banco de dados digital do gerenciador de planilhas Excel da Microsoft®.

Esses dados foram analisados e apresentados através de tabelas e gráficos onde as identidades dos sujeitos envolvidos foram preservadas e os mesmos classificados como sujeito 1, sujeito 2, sujeito 3 e sujeito 4.

Os resultados dos dados foram apresentados de forma descritiva, incluindo as observações realizadas em cada sessão de Pilates, sobre as dificuldades, desempenho, nível de carga e intensidade ao longo da aplicação do programa, além dos efeitos ocasionados.

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4 APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

A presente pesquisa contou com uma amostra de 4 pessoas de ambos os sexos entre 18 e 35 anos. Estes sujeitos foram acometidos por lesão medular e de acordo com seu perfil funcional são considerados como paraplégicos e paraparéticos, estes acometimentos deram-se por ferimentos de armas de fogo, mergulho em águas rasas e acidentes automobilísticos.

O programa de Pilates proposto por esta pesquisadora, foi desenvolvido através do Método Pilates de Joseph Pilates e adaptado para dar assistência à população em condições de paraplegia e paraparesia.

Após a elaboração deste programa, o mesmo foi validado por quatro professores do Corpo Docente do Curso de Educação Física desta Instituição de forma que todas as correções necessárias foram realizadas para prosseguir com sua aplicação nos sujeitos colaboradores desta pesquisa.

O presente programa de Pilates foi aplicado por dois meses na população alvo e continuará sendo testado até que se complete o tempo de pesquisa proposto, ou seja, de quatro meses.

Para responder aos objetivos gerais e específicos desta pesquisa, além de validado, o programa de Pilates foi aplicado em sujeitos com paraplegia e observado quanto às reações causadas.

Mediante a realização de estatística descritiva, comparou-se as variáveis obtidas através da aplicação do FRT adaptado medidas antes e após a intervenção do programa de Pilates, podendo desta forma identificar as características de controle de tronco dos sujeitos apontando suas modificações.

A tabela aseguir, demonstra os dados mensurados como: média, desvio padrão e coeficiente de variação, além de demonstrar a classificação anatômica de nível de lesão dos sujeitos e características das lesões medulares ocorridas com os mesmos. Os resultados do FRT adaptado obtidos durante os dois momentos de sua aplicação são apresentados na tabela como inicial e final.

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Tabela 1: Teste de Alcance Funcional Adaptado para a Posição Sentado

Legenda: S1: Não praticante de atividade física; S2: Fisioterapia; S3: Basquete; S4: Programa de Pilates

Conforme consta na Tabela 1, o tempo de lesão dos sujeitos investigados corresponde a uma média de 8,3 anos. Ao iniciar a coleta de dados, evidenciou-se que nenhum dos sujeitos participantes eram adeptos de qualquer atividade física, ou modalidade esportiva.

Atualmente, pode-se observar que 75% da amostra é beneficiada por um programa específico a esta população, sendo 25% por uma modalidade esportiva, e os demais 50%, fisioterapia e o programa de Pilates proposto por esta pesquisadora. Assim, 25% da população estudada corresponde à inatividade física, que de acordo com Giacomini (2007), essa inatividade, pode levar à atrofia dos músculos cardíacos e esqueléticos, à redução da água corporal e do volume sanguíneo, além da desmineralização óssea e ao aumento da gordura corporal versus a diminuição da massa corporal magra.

A partir das informações desta Tabela 1, o sujeito 1 da pesquisa, foi acometido ao nível da coluna torácica T1 há 8 anos atrás; não praticou durante os últimos dois meses nenhum programa de exercícios, fisioterapia ou modalidade esportiva. Verificou-se, portanto, que houve 0,5 cm em sua evolução de controle de tronco ao longo de dois meses, que correspondem a 6,3% de variação dos dados inicial e final do FRT adaptado.

Considerando as características do sujeito 2, a lesão ocorreu há 12 anos, ao nível da coluna torácica T1, e apresentou uma obtenção de 2 cm de variação em suas medidas coletadas, correspondentes à 13,3% na comparação dos FRT inicial e final depois do retorno do sujeito as sessões de fisioterapia. Essas sessões, são

Nivel de Lesão Tempo (anos) FRT incial FRT final Variação Variação do FRT em % s1 T1 8 8 8,5 0,5 6,3 s2* T1 12 15 17 2 13,3 s3** T8 8 16 20 4 25 s4*** C6 6 11,5 15,5 4 34,8 Média XXX 8,3 12,6 15,3 2,6 19,8 DesvPad XXX 2,6 3,6 4,9 1,7 12,6 CV% XXX 31,9 28,8 32 64,8 63,5

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realizadas 2 vezes por semana com a duração de 45 minutos cada, as quais o sujeito vem realizando há mais de três meses.

Todavia, o sujeito 2 não participou das atividades de Pilates, devido à dificuldade com o transporte e o deslocamento, mas participou do FRT como os demais sujeitos.

Referindo-se ao sujeito 3, o mesmo apresenta características de paraplegia, e foi acometido hà 8 anos ao nível de coluna torácica T8. Assim, constata-se que o sujeito 3 preserva atividade funcional de músculos importantes para que haja progresso quanto ao seu controle de tronco quando comparado com os demais sujeitos do estudo. De acordo com Winnick (2004), quanto mais baixo o nível da lesão, maior a atividade funcional motora e sensorial dos músculos abdominais e extensores da coluna.

Como demonstra a tabela 1, houve um aumento percentual na variação entre o Teste inicial e final de 25%, ou seja, 4 cm de variação entre os dados coletados durante os dois momentos da mensuração do FRT adaptado.

Ressalta-se, portanto, que a obtenção dessas relevantes medidas no FRT com relação ao controle de tronco do sujeito investigado, sofreu influência direta da prática de uma modalidade esportiva adaptada, a qual vem sendo realizada pelo sujeito 3, cinco vezes por semana. Este sujeito 3 compareceu a apenas 18,7% das sessões de Pilates realizadas, passando a ser o terceiro sujeito do grupo controle.

A comparação entre o sujeito 3 e os demais componentes da pesquisa, a partir do nível das lesões e suas características, relata uma maior capacidade funcional dos músculos abdominais e dos extensores da coluna vertebral determinando, assim, mudanças significativas na capacidade de fortalecimento desses músculos, tão importantes para o equilíbrio.

Segundo os dados descritos na Tabela 1, existe uma variação representativa de 4 cm nos alcances dos sujeitos praticantes de atividades físicas, medidas levantadas através da aplicação do FRT adaptado, obtendo uma média total de 19,8% de evolução comparado aos dados iniciais.

Percentualmente, os dados do sujeito 4 correspondem a um aumento no teste final de 34,8% em relação ao teste inicial.

A partir destas informações, o sujeito 4 da pesquisa informou que logo após a ocorrência da lesão, apresentava um perfil funcional compatível à

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tetraparesia, porém com o processo de recuperação e de reabilitação dos primeiros anos de acometimento, atualmente apresenta uma condição funcional compatível à paraparesia.

Na última semana de coleta, registrou-se a ausência do sujeito 4 nas aulas de Pilates, devido a uma infecção urinária e suspeita de anemia.

Comparando os resultados dos participantes, nota-se que quando ocorre a inclusão de programas tais como: modalidades esportivas, fisioterapias, terapias diversas, entre outros, em suas rotinas, os resultados são palpáveis à melhoria de qualidades de vida, tais como: autonomia nos afazeres diários; fatores relacionados à saúde; às capacidades físicas e à aptidão física.

Segundo Nahas (2006); Gonçalves; Vilarta (2004); Gian e Teh (2004), a aptidão física quando referente à saúde, é classificada como um atributo individual, associada ao vigor, à disposição de um indivíduo para a realização das inúmeras tarefas diárias de diferentes exigências orgânicas e funcionais, o que reduz no indivíduo a possibilidade de doenças cardíacas, coronárias, a obesidade, a fraqueza dos músculos e das articulações.

Como expõe o gráfico 1 abaixo, foram descritas as medidas iniciais e finais além de suas variações, possibilitando uma comparação visual através dos resultados existentes para os quatro sujeitos.

Gráfico1 – Resultados inicial e final do FRT e sua variação para cada sujeito. Fonte: Elaborado pela autora, 2011.

A descrição dos dados obtidos na pesquisa qualitativa, dá-se pela participação de um sujeito nas sessões de Pilates sugeridas por esta pesquisadora. Assim, nota-se a dificuldade de manter um número maior de sujeitos no grupo ativo

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para a aplicaçãodo do programa de pilates, seja por motivos de saúde, dificuldade de locomoção como: meios de transporte e disponibilidade de acompanhamento.

Devido à ocorrência destes imprevistos (faltas, doença, desistência, dificuldades para deslocamento e transporte), nas aulas de Pilates contou-se com a amostra de 1 sujeito, pois houve a desistência do segundo sujeito deste grupo ativo. Todos os indivíduos, incluindo o sujeito desistente do programa de Pilates, colaboraram com a participação nas avaliações do FRT Adaptado para a Posição Sentado. No entanto, foi possível um acompanhamento de suas rotinas pela pesquisadora, ao longo de dois meses.

Em um primeiro momento de contato, dando início a descrição qualitativa das informações obtidas, foram realizadas inúmeras observações e anotações para identificar as características de controle de tronco do sujeito 4 da pesquisa. Giacomini, 2007, defende a importância da classificação do sujeito para melhor desenvolver uma atividade física. Desta forma, pode-se destacar que seu perfil funcional preserva total movimento e sensibilidade de membros superiores (MMSS) e preserva parcialmente a função motora dos músculos abdominais. Neste último caso, o sujeito realiza contração do abdôme, porém é pouco sensível ao toque manual.

Segundo Winnick (2004), quando a lesão é classificada como parcial e os programas de reabilitação são reconhecidos como fundamental para o indivíduo, o mesmo experimenta o retorno de um controle muscular gradual, bem como da sensibilidade ao longo deste processo.

De acordo com as características sensorial e motora do sujeito 4, ao relatar as condições motoras de membros inferiores (MMII), pode-se dizer que a perna esquerda preserva a ação motora para realizar o movimento de adução e abdução quando posicionado em decúbito dorsal com o quadril flexionado.

Ainda em decúbito dorsal, realiza flexão de quadril quando a perna encontra-se estendida no chão e em decúbito ventral realiza a flexão de joelho.

A perna direita, preserva apenas a atividade de adução, quando o sujeito encontra-se posicionado em decúbito dorsal e com o quadril flexionado.

O pé esquerdo preserva o movimento de flexão e o de extensão, além de pequena movimentação dos dedos.

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dificuldade no controle postural, onde o sujeito passava se alinhando na cadeira com auxílio dos MMSS, além de relatar constantes dores na região cervical e no músculo trapézio, o que segundo Medola et al. (2009), é uma compensação devido à perda da inervação dos músculos abdominais e eretores da coluna, utilizando os músculos grande dorsal e trapézio.

Devido à essas observações e relato, constatou-se a carência de atividades físicas na rotina deste indivíduo, o que tornou sua postura, seu equilíbrio e a sua independência comprometidos, diante da ausência de manutenção de seu corpo. Giacomini (2007) relata que o TRM causa uma diminuição da massa muscular e da capacidade aeróbica, e defende a importância de uma atividade física na manutenção da saúde e na melhora da independência do sujeito com lesão nas atividades diárias.

Após levantamento destes dados qualitativos, deu-se início à aplicação do programa de Pilates proposto. A atividade foi desenvolvida gradualmente, respeitando as características do indivíduo e suas limitações, enfatizando nos primeiros encontros a importância das técnicas respiratórias, o que auxiliam a execução dos movimentos, trabalhando intensamente a região abdominal durante todos os exercícios das aulas.

Vale ressaltar a importância das técnicas de respiração priorizadas no Pilates, de forma que este é o primeiro passo a ser assimilado pelo aluno.

Desta forma, realiza-se a inspiração ainda na posição inicial, e a expiração durante à execução dos movimentos. Como a maioria dos exercícios propostos pelo método, tem caráter de rolamento, a respiração é incorporada e utilizada de forma natural e a musculatura abdominal recrutada no momento da exalação durante o movimento. Ou seja, para o indivíduo levantar-se da posição decúbito dorsal, o movimento deve iniciar com a retirada da cabeça do chão e assim sucessivamente, as vértebras da cervical, da dorsal e da lombar, o que pode se dar com o auxílio dos equipamentos de mola ou através da sustentação da musculatura abdominal.

Giacomini (2007), descreve o rítmo respiratório como: inspirar pelo nariz na fase excentrica-isométrica e expirar pela boca durante a fase concêntrica até a fase concentrica-isométrica, consistindo em associar o rítmo respiratório ao exercício. A inspiração ocorre durante a recuperação muscular e a expiração

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durante o esforço ativo do movimento.

Neste início de aplicação do programa de Pilates, constatou-se, portanto, que as técnicas de respiração foram compreendidas e introduzidas pelo sujeito 4 em apenas duas aulas de Pilates. Notou-se também pouca resistência do mesmo para a execução dos movimentos propostos, havendo necessidade de períodos de intervalo entre os exercícios .

Ao longo de dois meses, detalhes foram observados com relação à aptidão física e as capacidades físicas do sujeito 4, podendo-se apontar a existência de modificações nas características de controle de tronco do mesmo como: a redução no tempo de deslocamento do carro para a cadeira de rodas, a postura ao se sentar, o equilíbrio para a realização dos movimentos laterais de braços com molas (peso), e a conquista gradual de performance, caracterizado por Quadros e Furlanetto (2010), Pires e Sá (2005) e Giacomini (2007) como “exercícios contra-resistência” (exercícios de força e de ganho de massa muscular).

Pode-se observar que o sujeito obteve um aumento de 4 cm em seu controle de tronco segundo o FRT adaptado para a posição sentado, melhora em sua capacidade respiratória,ou seja, resistência para a execução dos movimentos, não havendo necessidade de descanso entre os exercícios.

Observou-se o aumento da força de MMSS para o deslocamento da cadeira para o chão, do chão para a cadeira ou para os aparelhos de Pilates e, maior autonomia funcional para a realização de tarefas diárias.

Através de relatos do sujeito, as mudanças observadas em seu corpo foram positivas com relação à força MMSS, à postura, à qualidade do sono, e à diminuição de dores no músculo trapézio e na região cervical. Segundo o sujeito 4, a atividade sugerida proporcionou-lhe um bem estar físico e mental devido às características dos exercícios e das aulas.

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5 CONCLUSÃO E SUGESTÕES

Para contemplar o propósito deste item do trabalho, foi considerado a contextualização do problema bem como os objetivos do estudo. Sendo assim, em relação ao programa de Pilates aplicado no sujeito 4 ao longo de 2 meses conclui-se que:

- notou-se uma melhora em sua capacidade física; - aumento de força de MMSS;

- melhora de controle de tronco segundo o FRT Adaptado ; - ausência de dores na região cervical e trapézio;

- melhor consciencia corporal e respiratória e, melhora em sua autonomia funcional.

No que diz respeito aos objetivos específicos, foi elaborado, validado e adaptado, um programa de Pilates para pessoas com paraplegia, no entanto, o mesmo foi integralmente aplicado apenas em um dos dois individuos previstos (o grupo ativo).

Foram identificadas as caracterísitcas iniciais do controle de tronco do sujeito 4, através do FRT Adaptado e das observações anotadas de forma qualitativa.

Observou-se, que as variáveis medidas antes e após a intervenção do programa de Pilates, resultou em uma melhora de 4 cm no controle de tronco do sujeito 4 quando comparado os resultados inicial e final do FRT Adaptado.

Por fim, sugere-se que sejam realizados novos estudos, com foco, a partir de então, em outras variáveis e correlações que possam colaborar com a fundamentação científica do Método Pilates para indivíduos com limitações funcionais pós trauma e em neuropatias, permitindo ações preventivas e de recuperação física, além de potencializar possíveis aptidões físicas.

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