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DEPARTAMENTO DK ZOOLOGIA MÉDICA E PARASITOI.OG1A. D iretor: Prof. Zcferin o Vaz

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Academic year: 2021

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DEPARTAM ENTO DK ZOOLOGIA MÉDICA E PARASITOI.OG1A

D ireto r: P ro f. Z c fe rin o V az

AÇÃO DO TETRACLOROETILENO (C-Cl.) SÔBRE

ASCARIDIA GALLI (Schrank, 1788) — NEMATODA

ASCARIDINAE, PARASITA DE INTESTINO DELGADO

DE GALLUS GALLUS DOMESTICUS

(T H E A C T IO N O F C X I , O N T H E A. G A L L I)

DÉCIO DE M ELLO M ALHEIRO A ssitente-Docente

M I L T O N S A N T O S D E C A M P O S O S W A L D O B E N V K N U T I

A ssisten te T e c n o lo g is ta

O tetracloroetileno foi usado pela primeira vez como substância anti-helmintica, por H ALL e SCH ILLING ER (1925). Seu emprêgo pode ser feito associado ou não a outros anti-helmínticos. Os di­ versos autores que com a droga tem trabalhado não acordam, fa­ zendo mesmo restrições quando de seu emprêgo na Ascaridiase.

BANDONI e CAMPONOVO (1944), consideram desaconselhável seu uso contra o Ascaris lumbricoides (L. 1758), por ser substância excitante para êsse parasita.

FAUST (1949), a considera de efeito nulo na ascaridiase. CARR e col. (1954), referem a inexistência de fenômenos mi­ gratórios de A. lumbricoides, quando fizeram uso dessa substância em 385.000 pessoas.

FIG U EIRA e COUTINHO (1957), fazem ótimas referências à sua ação contra a ascaridiase das crianças, mostrando ainda a van­ tagem de seu emprêgo, associada ou não e ainda, por não ser ne­ cessária depois, a administração de purgante.

Esta substância tem sido usada em substituição ao CC1, por sua ação comprovada em certas helmintiases e porque parece ser dez vêzes menos tóxica do que o tetracloreto de carbono, pelo me­ nos no que diz respeito aos mamíferos.

Iniciamos nosso trabalho visando saber a ação do CjCL contra a ascaridiase das galinhas.

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M A T E R IA L E MÉTODOS a) Obtenção de óvos de A. galli para cultura.

Fizemos uso da técnica de RIEDEL (1947), aperfeiçoada por HANSEN e col. (1954).

Ela consiste na separação “ in vitro” dos óvos do parasita por digestão do útero das fêmeas, em presença de pepsina acidulada

(pepsina em sol. à 1'/ de HC1). b) Cultura dos óvos.

Depois de separados os úteros e de submetê-los à ação da pep­ sina ácida, lavamos os óvos obtidos em água, tantas vêzes quantas necessárias, até que a reação (tomada pelo papel de tornasol) deixasse de ser ácida. Colocavamos os ovos do parasita em placas de Petri, com água destilada, levando-as à estufa a 26-27° C. Dia­ riamente agitavamos cuidadosamente as placas afim de assim procedermos ao arejamento dos ovos. Com êsse cuidado, as larvas do parasita se formam entre 10 e 12 dias.

c) infestação das aves.

Pintos de um dia, nascidos de chocadeira, foram distribuidos em criadeiras com piso de téla e recebiam sempre o mesmo tipo de alimentação.

No 11.° dia de permanência nessas condições, foram todos nu­ merados e posteriormente sorteados para constituírem lotes. No 12.° dia, organizamos 4 lotes de 32 aves cada. Aves infestadas; aves infestadas e tratadas; aves tratadas e aves infestadas mas não tra­ tadas.

Em sequência às experimentações preliminares com resulta­ dos satisfatórios, iniciamos a segunda parte de nosso trabalho, cons­ tante de tratamento das aves infestadas, durante as três (3) fases do ciclo evolutivo de A. galli: pré-tissular; tissular e post-tissular. A droga (C jC l,) foi usada na dosagem de 0,25 ml, até perfazer um total de 1,25 ml por ave.

TÉCNICA

A ) FASE PRÉ-TISSULAR

30 aves (pintos de um dia) nascidas e criadas nas condições já referidas, foram tratadas com a droga no 10.° e 11.° dias de

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vida. No 12.° dia, foram infestadas com ovos larvados do parasita (cada gôta da cultura contendo em média 63 ovos larvados do parasita). Após 5 horas da infestação receberam e, por mais dois dias, dóses iguais de 0,25 ml da droga, num total de 1,25 ml cada ave. Assim permaneceram até ao 36.° dia quando foram sacrifi­ cadas (Resultados no quadro I ) .

B) FASE TISSULAR

Infestamos 30 aves no 12.° dia de vida. Após 11 dias c!a in­ festação foram tratadas durante 5 dias com dóses iguais de 0,25 ml da droga. Estas aves foram sacrificadas no 36.° dia de vida (Resul­ tados no quadro I I ) .

C) FASE POST-TISSULAR

Infestamos 30 aves no 10.° dia de vida. Tratamos com dóses iguais da dróga (0,25 ml) do 26.° ao 30.° dias e as sacrificamos no 36.° dia. (Resultados no quadro I I I ) .

Para esta segunda parte de nossa experimentação, constituí­ mos também, um lote testemunho, de 30 aves que foram infestadas no 12.° dia e, sacrificadas no 36.° dia (Resultados no quadro IV ).

Q U A D R O i

R ev. Fac. M ed. V et. S. Pau lo — Vol. 6, fase. 3, 1959 293

N .° de verm es en con trad os após tra ta m e n to das aves d u ran te a fase pré-tissu la r do ciclo de A . g a lli com 5 doses de 0,25 m l de C.C1.,.

A ve n.° V erm esN .° de A v e n.° N .° de V erm es A v e n 0 N .° de V erm es 465 0 440 0 447 18 414 0 744 0 620 0 56 0 783 0 470 5 429 0 430 0 753 0 234 0 764 0 424 o 428 0 44! 0 732 0 418 0 735 0 528 0 725 0 455 o 402 0 641 8 566 0 411 0 475 0 532 3 702 0

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Q U A D R O I I

N.“ de verm es en con trad os após tra ta m e n to das aves d u ran te a fase tissular do ciclo de A. galli com 5 dóses de 0,25 m l de C X l . .

A v e n.° V erm esN .° de A v e n.° V erm esN .° de A v e n.° V erm esN .° de

669 0 603 0 452 0 773 0 581 n 570 0 730 0 497 0 608 . 0 403 5 651 0 494 0 468 0 617 0 616 7 551 0 438 0 579 0 628 0 590 1 493 0 653 0 541 0 480 0 462 0 713 0 792 0 444 0 467 0 623 0 Q U A D R O I I I

N.D de verm es en con trad os após tra ta m e n to das aves d u ran te a fase post-tissular do ciclo do Ascaridia galli com 5 dóses de 0,25 m l de C X 1 , .

A v e n.° V erm esN .° de A ve n ° V erm esN .° de A v e n.° V erm esN .° d f

754 0 427 0 460 0 514 0 622 0 585 0 458 0 415 0 602 0 700 0 648 0 484 0 220 0 789 0 552 0 591 0 47 9 0 29 0 704 0 485 0 607 0 448 0 610 0 474 0 606 0 738 0 739 0 558 0 723 0 408 0

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R ev. Fac. Med. V et. S. Pau lo — Vol. 6, fase. 3, 1959 295 Q U A D R O IV

N .° de verm es do lote testem unho.

A ves só in festa d a s com nú m ero con h ecid o de óvos larvad os de Ascaridia galli.

A ve n ° V erm esN.° de A v e n.° V erm esN .° de A v e n.° V erm esN .° de

623 13 617 6 727 12 29 20 651 4 730 20 733 . 25 724 0 450 7 725 ' 13 442 0 703 4 713 6 617 7 726 5 669 2 198 3 710 1 610 3 448 12 608 1 540 21 728 6 456 3 739 16 409 1 702 7 649 49 729 20 715 2‘j CONCLUSÃO

Pela evidência dos resultados obtidos, quer nas experimenta­ ções preliminares, quer na segunda parte do trabalho particular­ mente no referente aos dados colhidos quando da fase post-tissular da infestação, parece-nos dispensável uma interpretação estatís­ tica desses resultados.

SUMM ARY

The authors reports entirely satisfactory results obtained by administration of C.Cl, to several groups of chickens experimen­ tally infested with Ascaridia galli (Schrank, 1788).

The drug was deposited in the crop by means of an oesophagic tube in five partitioned dosis of 0,25 ml.

The anthelmintic effect was very evident.

* * #

Consignamos nossos agradecimentos às firmas “ Moinho San- tista S. A.” , “ Cooperativa Agrícola de Cotia” e, “ Instituto Pinhei­ ros” , que possibilitaram a realização do presente trabalho.

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B IB L IO G R A F IA

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