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VII Semana Acadêmica da UEPA MarabáAmbiente, Saúde e Sustentabilidade na Amazônia Oriental: desafios e perspectivas. 28 a 30 de Setembro/2016

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VII Semana Acadêmica da UEPA Marabá

Ambiente, Saúde e Sustentabilidade na Amazônia Oriental:desafios e perspectivas.

28 a 30 de Setembro/2016

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Graduandos do Curso de Engenharia Florestal, Laboratório de Ciência e Tecnologia da Madeira, Universidade do Estado do Pará; 2 Professor do Departamento de Tecnologia e Recursos Naturais, Coordenador do Laboratório de Ciência e Tecnologia da Madeira, Universidade do Estado do Pará.

COMERCIO MADEIREIRO NO SUDESTE PARAENSE:

CARACTERIZAÇÃO E SITUAÇÃO

Karem Santos da Silva1 José Alves dos Santos Júnior1 Camila Balby Ribeiro da Silva1 Pâmela da Silva Ferreira1 Luiz Eduardo de Lima Melo2

RESUMO

Esse trabalho tem com objetivo caracterizar o setor comercial madeireiro do centro urbano da cidade de Marabá para verificar se a cidade pode ser utilizada como indicador do comércio de madeiras da região sudeste do estado do Pará. Foram visitados 22 estabelecimentos divididos entre aqueles que comercializam móveis de madeira e os que comercializam madeiras para construção civil. A caracterização das empresas foi feita a partir de aplicação de formulário, que continha perguntas abertas e fechadas, nos estabelecimentos visitados. A partir disso, observou-se que a madeira utilizada nos estabelecimentos é oriunda de diversos municípios do estado do Pará sendo que 50% da matéria prima comercializada nestes estabelecimentos advém da região sudeste desse estado. Nota-se, que devido à falta de conhecimento técnico, as empresas não realizam o procedimento de pré-secagem corretamente e também não destinam corretamente seus resíduos.

Palavras-chave: Região de Carajás. Mercado Madeireiro. Construção Civil. Setor Moveleiro.

INTRODUÇÃO

A exploração madeireira na Amazônia influencia diretamente a economia da região. Segundo o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia - IMAZON (2010) foram identificadas 2.226 empresas madeireiras na Amazônia Legal em 2009, extraindo 14,2 milhões de m3 de madeira nativa, e 47% deste recurso foi extraído do estado do Pará, estado este que tem grande participação na economia da região. Segundo o mesmo instituto no ano de 2009 gerou mais de 92.423 empregos direta e indiretamente, com receita bruta de 2.177,61 milhões de reais. No ano de 2009, o Pará contabilizava 1.067 empresas madeireiras, distribuídas entre 31 cidades, entre estas, a cidade de Marabá se destacando como polo madeireiro.

Associada ao crescimento econômico da região, e principalmente do estado do Pará, ocorre a exploração desordenada e em grande parte ilegal da mata nativa, fato que coloca o estado como centro do desmatamento na Amazônia, segundo o Sistema de Alertas de Desmatamento – SAD do IMAZON (2016) o acumulado de degradação florestal detectado na

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Amazônia no período de agosto de 2015 a julho de 2016 chegou a 15.043 km2, cerca de 2,5% maior que a média de desmatamento detectada entre 2010 e 2015, sendo o estado do Pará considerado como o de maior área desmatada, com 9.481 km² de florestas degradadas. A cidade de Marabá localizada no sudeste do estado do Pará se destaca pelo desmatamento da mata nativa, que se apresenta de maneira crescente, estando presente até em Unidades de Conservação (UC).

A Floresta Nacional (Flona) do Itacaiúnas é um exemplo, com 817,9 quilômetros quadrados de extensão, essa UC já perdeu, desde 1997, um total de 344,2 quilômetros quadrados de floresta, área equivalente a oito cidades do tamanho de Marabá. O instituto informa ainda que entre os anos de 1997 e 2012, o desmatamento na Flona do Itacaiúnas saltou de 9% para 42,1% – um incremento de 367% em 15 anos (INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS - INPE, 2013).

Neste cenário de desmatamento, a comercialização de madeira se tornou um dos principais meios de exploração de recursos florestais, sendo o processo de beneficiamento primário feito por serrarias, que em 2009 contabilizavam 25 empresas com o consumo de 156 mil de m3 (IMAZON, 2010). Boa parte desta madeira além de ser comercializada ilegalmente, é proveniente de diversos municípios adjacentes, caracterizando a cidade de Marabá como centro comercial.

Partindo da hipótese de que dentro da região metropolitana de Marabá, não há serrarias de desdobro primário da madeira e considerando que a cidade é considerada o centro político e econômico da região sudeste do estado do Pará, sendo abastecida, portanto, com madeiras vindas de diversos municípios, esta pesquisa objetivou caracterizar o setor comercial madeireiro do centro urbano da cidade de Marabá para verificar se a cidade pode ser utilizada como indicador do comércio de madeiras da região sudeste do estado do Pará.

2. MATERIAL E MÉTODOS

O trabalho foi desenvolvido na região metropolitana da cidade de Marabá (PA), onde foram visitados 22 estabelecimentos, divididos entre os comércios que vendem móveis de madeira e aqueles que comercializam madeiras para construção civil, nos núcleos urbanos: Cidade Nova, Nova Marabá, Velha Marabá, São Félix e Morada Nova. Os estabelecimentos foram selecionados a partir de um levantamento, junto aos devidos órgãos estaduais, tais como: Secretaria de Meio Ambiente (SEMA-Marabá) e também a partir dos registros das

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empresas no Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE). Devido à pouca quantidade de estabelecimentos devidamente registrados nos órgãos, foram visitados também aleatoriamente outros que comercializam madeiras na região.

A caracterização das empresas foi realizada a partir de aplicação de formulário contendo perguntas mistas que caracterizaram as empresas nos seguintes aspectos: classificação da empresa quanto ao porte; equipamentos utilizados na fabricação dos produtos; nível técnico dos trabalhadores; espécies que são utilizadas e comercializadas; cidade de procedência da madeira utilizada; utilização de parâmetros tecnológicos na seleção das espécies utilizadas; secagem e estocagem da madeira utilizada; características de escoamento da produção; característica da aquisição da matéria-prima; local de comercialização e mercado consumidor do produto final; destino dos resíduos da produção.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foi constatado que a madeira utilizada nos estabelecimentos é oriunda de diversos municípios do estado do Pará e alguns estabelecimentos recebem madeira de até quatro localidades diferentes. A partir do gráfico abaixo, observa-se a contribuição percentual de cada município, de acordo com a quantidade de estabelecimentos que determinado município atende no comércio da cidade de Marabá (Figura 1).

Figura 1. Distribuição percentual das cidades apontadas como fornecedoras do mercado madeireiro de Marabá. Abel Figueiredo 6% Altamira 3% Anapú 7% Goianésia 3% Ipixuna 3% Itupiranga 7% Jacundá 17% Maracajá 3% Moju 10% Nova Ipixuna 3% Novo Repartimento 7% Pacajá 7% Rondon 7% Tailândia 7% Uruará 10%

Localização das serrarias responsáveis pelo abastecimento do mercado madeireiro da cidade de

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Foi constatado que 50% da madeira comercializada nestes estabelecimentos é advinda da própria região sudeste do Pará, com destaque para cidade de Jacundá, responsável por 11% da madeira fornecida. Veríssimo et al. (2002) evidencia a cidade de Jacundá como um dos principais polos madeireiros do estado do Pará, e cita ainda cidades como Uruará e Novo Repartimento como polos menores. As mesorregiões Nordeste e Sudoeste são responsáveis pelos outros 18,75% e 31,25% respectivamente (Figura 2).

Figura 2. Distribuição espacial das cidades responsáveis pelo abastecimento do setor madeireiro da cidade de Marabá distribuídas entre as mesorregiões do estado do Pará.

Observou-se que a cidade de Marabá é um grande polo comercial madeireiro, principalmente representativo da região Sudeste do estado do Pará, visto que as madeiras comercializadas na cidade são principalmente oriundas de serrarias localizadas em municípios que compreendem a região Sudeste.

Quanto ao pré-tratamento da madeira comercializada, dentre os estabelecimentos visitados apenas dois não demonstraram preocupação com os procedimentos tecnológicos de antes do beneficiamento, como a secagem e armazenamento da madeira. De forma geral, os estabelecimentos secam a madeira antes de seu beneficiamento final, pelo método de secagem ao ar livre, porém não seguem a metodologia adequada para que o processo seja de fato eficiente, tais como, atentar para arranjo físico dos pátios de secagem, com o arranjo e

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padronização das dimensões das pilhas de madeiras e com o acompanhamento do tempo de secagem das peças.

De forma geral, conforme Jankowsky & Galina (2013), a utilização de metodologias incorretas durante a secagem ocasiona vários defeitos na peça de madeira, e as variações dimensionais que ocorrem podem causar empenamentos, colapsos, rachaduras, encanoamentos, dentre outros defeitos de secagem que depreciam o valor do produto final.

Quando perguntados se já deixaram de comercializar alguma espécie por dificuldade com a trabalhabilidade da mesma devido causar prejuízos quanto ao equipamento – falta de informações sobre as propriedades tecnológicas – ou por mudanças de fornecedores, 50% dos entrevistados alegaram já ter deixado de trabalhar com determinadas espécies por motivos diversos: alta resistência ao corte; alta taxa de empenamento; madeiras que se tornaram mais onerosas na aquisição no decorrer dos anos e que consequentemente impactaram a revenda; e madeiras cuja extração em mata nativa tornou-se proibida, como mogno e castanheira.

Apesar da intensa fiscalização observou-se que em muitos estabelecimentos a comercialização de madeiras em risco de extinção e que tem seu comércio proibido ainda é frequente. As principais foram castanheira (Bertholletia excelsa Bonpl.) e mogno (Swietenia

macrophylla King), que constam na "Lista Nacional Oficial de Espécies da Flora Ameaçadas

de Extinção" do Ministério do Meio Ambiente (2014), consideradas vulneráveis na avaliação de risco de extinção, e são espécies protegidas por legislação federal (Decreto 5.975/2006 e Decreto 6.472/2008, respectivamente) os quais estabelecem que a exploração das espécies em florestas nativas, primitivas ou regeneradas só pode ocorrer sob a forma de manejo florestal sustentável, mesmo em áreas nas quais seja autorizada a supressão de vegetação.

Quanto ao destino dado aos resíduos a maior parte estabelecimentos visitados ( 21 estabelecimentos) informou que vendem os resíduos gerados para pizzarias, padarias e cerâmicas, onde estes são utilizados para geração de energia e também para produtores de adubo orgânico. Apenas um estabelecimento destina seus resíduos para fins diferentes, voltado para a fabricação de móveis de marchetaria.

Segundo Wiecheteck (2009) consultor do Projeto PNUD BRASIL de Apoio às Políticas Públicas na Área de Gestão e Controle Ambiental, a utilização para fins energéticos apontados no decorrer do projeto é uma alternativa tecnológica relevante e viável do ponto de vista industrial de acordo com o, apresentado pelo Ministério do Meio Ambiente, entretanto,

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apesar de ser uma alternativa de baixo custo e rentável, essa utilização de resíduos é também uma alternativa poluente ao meio ambiente.

A utilização dos resíduos madeireiros como matéria prima para a marchetaria, apesar de ser o destino menos frequente observado, demonstra-se como iniciativa mais interessante do ponto de vista econômico, tecnológico e ambiental, pois a maior parte das espécies madeireiras identificadas nos estabelecimentos visitados são classificadas como de média densidade (0,40 a 0,75 g.cm-3). Madeiras com essas características segundo Hayasida et al.(2011) tem boa qualidade para uso em técnicas de marchetaria pois apresentam porosidade moderada o que facilita a aderência na colagem com outras madeiras de maiores densidades, além de proporcionar o contraste com as madeiras escuras (geralmente com alta densidade). Além disso uso de resíduos do setor madeireiro em geral para aplicação em marchetaria agrega valor ao resíduo, bem mais do que quando estes são destinados a geração de energia na forma simples de lenha ou carvão vegetal, e fazendo isto incentiva-se as comunidades locais a preservarem e melhor administrarem o meio ambiente, de forma a prover um recurso contínuo.

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A cidade de Marabá pode ser considerada como polo comercial madeireiro do estado, visto que as madeiras comercializadas na cidade são provenientes não só de municípios vizinhos, como de outras mesorregiões do estado, mas principalmente da região Sudeste do estado do Pará, fato que possibilita que a cidade seja utilizada como indicador do comércio de madeiras da região.

Evidenciou-se que o fluxo constante da comercialização de espécies madeireiras no município de Marabá, reflete o cenário de desmatamento das madeiras do estado, observado principalmente no comércio de extralegal de espécies florestais possivelmente provenientes da exploração ilegal da floresta amazônica.

Os resultados apresentados evidenciam que para tornar o combate ao desmatamento na região mais resoluto deve-se dar mais atenção para todas as etapas da cadeia produtiva madeireira na Amazônia, desde as extrações até a comercialização do produto final, dada inúmeras irregularidades nos estabelecimentos visitados.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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desmatamento da Amazônia Legal (julho de 2016) SAD (p. 9). Belém, Pará, Brasil:

IMAZON, 2016. Disponível em:http://imazon.org.br/publicacoes/boletim-do-desmatamento-da-amazonia-legal-julho-de-2016-sad/. Acessado em 15 de Set. 2016.

HAYASIDA, Willian.; LIMA, Maria da Paz.; NASCIMENTO, Claudete Catanhede.; FERREIRA, Antonio Gilberto. Resíduos madeireiros do alburno de pau-rainha (Brosimum

rubescens): Investigação de metabólitos secundários e alguns aspectos tecnológicos. Acta Amazônica, v. 41, n. 2, p. 285-288, 2011.

HUMMEL, Antonio Carlos; ALVES, Marcus Vinicius da Silva; PEREIRA, Denys Serrão; VERÍSSIMO, Adalberto; SANTOS, Daniel .A atividade madeireira na Amazônia

brasileira: produção, receita e mercado. Belém, Pará, Brasil: IMAZON, 2010.

IBAMA - INSTITUTO BRASILEIRO DE MEIO AMBIENTE E RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS. Lista de espécies ameaçadas de extinção. Brasília, 2014. Disponível em: <http://www.ibama.gov.br/documentos/lista-de-especies-ameacadas-de-extincao>. Acesso em: 27 fev. 2014.

JANKOWSKY, Ivaldo Pontes & GALINA, Inês Cristina Martins. Secagem de Madeiras. Piracicaba, São Paulo, Brasil, 2013.

MACIEL, Guilherme Mascarenhas. Mogno Brasileiro. Disponível em: http://www.mognobrasileiro.com.br/2010/03/instrucao-normativa-n%C2%BA-3-de-8-de-setembro-de-2009/>. Acesso em 09 de set. 2016.

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ. Lei n° 6.895, de 01 de agosto de 2006.

Disponível em:

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VERÍSSIMO, Adalberto; LIMA, Eirivelthon; LENTINI, Marco. Pólos madeireiros do

Estado do Pará. Belém, Pará, Brasil: Imazon, 2002.

WIECHETECK, Marcelo. Aproveitamento de resíduos e subprodutores florestais, alternativas tecnológicas e propostas de políticas ao uso de resíduos florestais para fins energéticos.

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