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RAE CEA 18P05. RELATÓRIO DE ANÁLISE ESTATÍSTICA SOBRE O PROJETO: Normas Ambientais, Políticas Públicas e Prevenção de Desastres

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Academic year: 2021

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RELATÓRIO DE ANÁLISE ESTATÍSTICA SOBRE O PROJETO: “Normas Ambientais, Políticas Públicas e Prevenção de Desastres”

Adriana Marques Maia

Carlos Eduardo Barbosa Bastos da Silva Denise Aparecida Botter

Mônica Carneiro Sandoval

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CENTRO DE ESTATÍSTICA APLICADA - CEA - USP RELATÓRIO DE ANÁLISE ESTATÍSTICA

TÍTULO: "Normas Ambientais, Políticas Públicas e Prevenção de Desastres"

PESQUISADORA: Lia Helena Monteiro de Lima Demange

ORIENTADORA: Profa. Dra. Patrícia Faga Iglecias Lemos

INSTITUIÇÃO: Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo - IEE

FINALIDADE DO PROJETO: Doutorado

RESPONSÁVEIS PELA ANÁLISE: Adriana Marques Maia

Carlos Eduardo Barbosa Bastos da Silva Denise Aparecida Botter

Mônica Carneiro Sandoval

REFERÊNCIA DESTE TRABALHO: MAIA, A. M.; SILVA, C. E. B. B.; BOTTER, D. A.; SANDOVAL, M. S. (2018). "Normas Ambientais, Políticas Públicas e Prevenção de Desastres". São Paulo. IME-USP, RAE-CEA 18P05.

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FICHA TÉCNICA

REFERÊNCIAS:

[1] Lei nº 12.651, de 25 de Maio de 2012. Disponível em:

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12651compilado.htm. Acesso em 02/04/2018.

[2] Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em:http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm. Acesso em 02/04/2018. Acesso em 02/04/2018.

[3] São Luiz do Paraitinga sofre com as chuvas do início de ano. Disponível em: https://vejasp.abril.com.br/cidades/sao-luiz-do-paraitinga-sofre-com-as-chuvas-do-inicio-de-ano/ . Acesso em 15/05/2018.

[4] BUSSAB, W.O.; MORETTIN, P.A. (2017). Estatística Básica. 9th.ed. Editora Saraiva.

[5] Gráfico de Valores Individuais. Disponível em: https://support.minitab.com/pt-

br/minitab/18/help-and-how-to/graphs/how-to/individual-value-plot/before-you-start/overview/ . Acesso em 17/05/2018.

[6] REIS, I.A.; REIS, E.A. (2001). Associação entre Variáveis Qualitativas – Teste Qui Quadrado, Risco Relativo e Razão de Chances (Notas de Aula e Exercícios). Relatório Técnico RTE-05/2001. Universidade Federal de Minas Gerais. Instituto de Ciências Exatas. Departamento de Estatística.

[7] KUTNER, M.; NETER, J.; NACHTSHEIM, C.; WASSERMAN, W. (2004). Applied Linear Statistical Models. 4th.ed. Mcgraw-Hill College.

(4)

[8] CONOVER, W.J. (1999). Practical Nonparametric Statistics. 3rd.ed, John Wiley&Sons.

[9] ZAR, J.H. (1996). BIOSTATISTICAL ANALYSIS. 3 rd.ed., Prentice-Hall.

PROGRAMAS COMPUTACIONAIS UTILIZADOS: Microsoft Office Word 2007

Microsoft Office Excel 2007 SAS, versão 9.4

R, versão 3.4.4

Minitab, versão 16.1.0

TÉCNICAS ESTATÍSTICAS UTILIZADAS: Análise Descritiva Unidimensional (03:010) Análise Descritiva Multidimensional (03:020) Testes de Aderência (05:110)

Análise de Variância com Efeitos Fixos (08:010) Testes de Hipóteses Não Paramétricas (05:070)

ÁREAS DE APLICAÇÃO: Outros (14:990)

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Sumário

Resumo ... 6

1. Introdução ... 7

2. Descrição do estudo e objetivos do projeto ... 8

2.1. Descrição do estudo ... 8

2.2. Objetivos do projeto... 10

2.2.1. Objetivos detalhados ... 10

3. Descrição das variáveis ... 12

3.1. Variáveis do questionário aplicado aos destinatários das normas ... 12

3.2. Variáveis do questionário aplicado aos aplicadores das normas ... 21

4. Análise estatística... 26

5. Considerações finais ... 50

Apêndice A: Tabelas ... 51

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Resumo

Conforme o passar dos anos, as atividades do homem, o crescimento demográfico e o crescimento econômico têm causado degradações ao meio ambiente. Uma alternativa para proteger o meio ambiente e os recursos naturais que existem nas propriedades foi a instituição do Código Florestal das APPs - Áreas de Preservação Permanente. Essas áreas são legalmente protegidas, não se pode construir, plantar nem explorar atividade econômica. Dentro desse contexto de áreas protegidas e lei foram analisados dois grupos de indivíduos: os aplicadores das normas e os destinatários das normas. 59 pessoas foram entrevistadas em duas cidades alvos, São Luiz do Paraitinga e São Francisco Xavier. O grupo de destinatários de São Luiz do Paraitinga foi subdividido em autuados e não autuados, enquanto que em São Francisco Xavier todos os destinatários eram não autuados. Assim os dois grupos se transformaram em quatro: Destinatários Autuados de São Luiz do Paraitinga, Destinatários Não Autuados de São Luiz do Paraitinga, Destinatários Não Autuados de São Francisco Xavier e Aplicadores. O objetivo deste estudo é verificar se há diferenças entre as respostas dos destinatários autuados e as dos não autuados e se há diferenças entre as respostas dos grupos de aplicadores com a de todos os grupos de destinatários. As comparações entres os grupos foram feitas por meio de gráficos e tabelas descritivas, testes de aderência, ANOVA e testes não paramétricos.

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1. Introdução

As Áreas de Preservação Permanente (APPs) foram instituídas pelo Código Florestal (Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012). São áreas legalmente protegidas que podem ou não serem cobertas por vegetação nativa. Elas têm a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo, e, assegurar o bem-estar das populações humanas.

Por que essa função? Porque as atividades humanas, o crescimento demográfico e o crescimento econômico causam pressões ao meio ambiente, degradando-o. Sendo assim, visando salvaguardar o meio ambiente e os recursos naturais existentes em propriedades, foi instituído em lei quais áreas são especialmente protegidas, onde se é proibido construir, plantar ou explorar atividade econômica.

As APPs se destinam a proteger solos e, principalmente, as matas ciliares. Este tipo de vegetação cumpre a função de proteger os rios e reservatórios de assoreamentos, evitar transformações negativas nos leitos, garantir o abastecimento dos lençóis freáticos e a preservação da vida aquática. O artigo 4º do Código Florestal define as condições para uma área ser considerada como APP, seja em zona rural ou urbana.

No entanto, mesmo existindo a lei, na realidade atual a degradação ambiental só se propaga. Embora o acesso à informação venha aumentando, é surpreendente o quanto muitos indivíduos ainda negligenciam as informações sobre os riscos associados à exploração excessiva dos recursos naturais, especialmente de recursos florestais. Riscos esses que geram desastres e desequilíbrios com efeitos de nível local e global, como por exemplo, inundações, deslizamentos, erosões, alterações do nível pluviométrico, intensificação do aquecimento global e elevação dos níveis do oceano.

Para este estudo foram considerados dois grupos referentes às normas do Código Florestal: um grupo a quem se destinam as normas (destinatários) e um grupo que aplica as normas (aplicadores). Fazendeiros e empreendedores são exemplos de pessoas que compõem o grupo de destinatários, e, agentes dos órgãos ambientais, promotores, juízes são exemplos de aplicadores das normas. A partir dessa divisão, alguns questionamentos vêm em mente: Será que a gestão de uma APP sofre influencia se um fazendeiro, por exemplo, vivenciou um desastre em sua propriedade

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ou região? Como é a percepção dos destinatários ou dos aplicadores referente às normas? Como são as percepções entre esses dois grupos?

Responder esses questionamentos não é tão simples, pois há um pressuposto de que os conflitos entre o uso da propriedade privada e a conservação de APPs não poderiam ser explicados apenas pela lei. Há uma hipótese de que alguns fatores influenciam na tomada de decisão quanto à proteção ambiental. Por exemplo, o destinatário sentir que a responsabilidade pela preservação ambiental é apenas dele; ou, desconhecimento de quais são as consequências das atividades humanas sobre o ecossistema; ou até mesmo, uma fiscalização deficiente, que estimula o descumprimento da norma.

Assim, por meio dessa pesquisa deseja-se:

 Atualizar o documento do Direito e da Política Pública Ambiental Brasileira face aos recentes avanços das ciências humanas comportamentais, das teorias de implementação de políticas públicas e das novas formas de gerenciamento de recursos naturais propostas para fortalecimento da resiliência ecológica, a fim de torná-lo mais eficaz na indução de condutas conservacionistas;

 Dimensionar o impacto de valores éticos associados à preservação ambiental na tomada de decisão;

 Fortalecer o papel de áreas de proteção permanente para a prevenção de desastres gerados por inundações, secas e deslizamentos de terra.

2. Descrição do estudo e objetivos do projeto

2.1. Descrição do estudo

O presente estudo teve seu início em 2016 quando foi realizada uma consultoria no CEA. Nessa consultoria foram recebidas orientações sobre como elaborar os questionários, aplicar e tabular as respostas; e, também orientações sobre a seleção da região em que seriam feitas as entrevistas (Guazzelli e Martinelli, 2016).

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Foram criados 2 questionários distintos, um para o destinatário da norma (fazendeiros, empreendedores, etc.) e outro para o aplicador da norma (agentes dos órgãos ambientais, promotores, juízes, etc.), porém com algumas questões que permitem a comparação de respostas de ambos.

Para a aplicação dos questionários, dentre os municípios que sofreram algum tipo de desastre ambiental foi escolhido o de São Luiz do Paraitinga, que passou por uma inundação avassaladora no início de 2010, desastre relacionado a desequilíbrios dos ciclos hidrológicos e má gestão do uso do solo (https://vejasp.abril.com.br/cidades/sao-luiz-do-paraitinga-sofre-com-as-chuvas-do-inicio-de-ano/). Após definir este município, foi escolhido outro com características semelhantes, mas que não sofreu desastre nas mesmas proporções, cujo nome é São Francisco Xavier.

A busca pelos entrevistados iniciou-se pelos autuados por meio de um levantamento dos acórdãos do Superior Tribunal de Justiça e do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo referentes à aplicação do Código Florestal (Lei n. 4.771/1965 e Lei n. 12.651/2012), em que foram selecionados apenas aqueles provenientes da comarca de São Luiz do Paraitinga. Em seguida foi realizada uma análise dos Boletins de Ocorrência lavrados pela Polícia Militar Ambiental do Estado de São Paulo no mesmo. Foram selecionados 28 boletins de ocorrência (de um universo de 392 boletins) relacionados à APPs lavrados em 2009 e 2010, um ano antes e um ano depois do desastre de São Luiz do Paraitinga.

Dentre os casos selecionados, foram entrevistados destinatários da norma, pessoa física ou seu representante quando pessoa jurídica, e os aplicadores da norma. Também foram entrevistados destinatários de São Luiz do Paraitinga e de São Francisco Xavier que não receberam autuações.

No total, foram entrevistados 18 aplicadores da norma e 41 destinatários, dos quais:

 13 destinatários autuados de São Luiz do Paraitinga;  13 destinatários não autuados de São Luiz do Paraitinga;  15 destinatários não autuados de São Francisco Xavier.

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2.2. Objetivo do projeto

As respostas dos destinatários não autuados, de ambas cidades, serão comparadas com as respostas dos autuados de São Luiz do Paraitinga visando avaliar as variações de percepção de quem vivenciou ou não situações de desastre de grandes proporções, e, a percepção de quem foi ou não penalizado por intervenções em área de preservação permanente.

Já, as respostas de todos os grupos de destinatários serão comparadas às dos aplicadores e servirão para avaliar as percepções em relação às normas entre quem recebe e quem as aplica.

Assim, o objetivo geral deste projeto é verificar se há diferenças entre as respostas dos destinatários autuados e as dos não autuados e entre as repostas dos destinatários e as dos aplicadores.

2.2.1. Objetivos Detalhados

Para responder o objetivo geral, foi indicado pela pesquisadora os seguintes objetivos menores:

 Objetivo A: A percepção sobre alterações no ambiente está

relacionada ao recebimento de autuação ou à prévia experiência com desastres?

 Objetivo B: A percepção sobre a importância das APPs é

proporcional aos esforços adotados para preservação dessas áreas? Como ocorre essa relação?

 Objetivo C: A resposta sobre quem é o responsável pela

conservação ambiental varia de acordo com o recebimento de autuação ou com prévia experiência de desastre?

 Objetivo D: O conhecimento sobre o Código Florestal em vigor está

relacionado ao recebimento de autuação?

 Objetivo E: Quem tem mais conhecimento sobre o Código Florestal

em vigor toma mais medidas de conservação da APP? Como ocorre essa relação?

(11)

 Objetivo F: Quem tem mais conhecimento sobre o Código Florestal

em vigor reconhece a relação entre APP e desastres? Como ocorre essa relação?

 Objetivo G: Quem tem mais conhecimento sobre o Código Florestal

em vigor reconhece mais benefícios advindos da APP?

 Objetivo H: Há uma correlação entre o uso de água de nascente e a

conscientização sobre a importância das APPs? Como ocorre essa relação?

 Objetivo I: O reconhecimento de mais benefícios advindos da APP

contribui para maior adoção de medidas de conservação? Como ocorre essa relação?

 Objetivo J: Qual a relação entre o conhecimento sobre o Código

Florestal em vigor e os meios de obtenção da informação?

 Objetivo K: Há variação entre as respostas para as perguntas sobre

concordância com as restrições para proteção, gravidade das penalidades e meios mais eficazes?

 Objetivo L: As razões para descumprimento da APP citadas por

destinatários são as mesmas citadas por aplicadores da norma?

 Objetivo M: Quais as correlações existentes entre as respostas das

perguntas referentes ao modo como o destinatário vê o aplicador da norma? Isso influencia o seu comportamento?

 Objetivo N: Quais as correlações existentes entre o modo como o

destinatário vê e é visto pelo aplicador da norma e a sua disposição em adotar medidas para conservar a APP?

 Objetivo O: Há diferenças significativas entre as funções que os

aplicadores atribuem às APPs e os benefícios que os destinatários atribuem a essas áreas?

 Objetivo P: A percepção dos aplicadores sobre o estado de

conservação das APPS tem relação com as respostas dadas pelos proprietários sobre as medidas adotadas para a conservação dessas áreas?

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 Objetivo Q: Há relação entre os efeitos da conservação das APPs e

alterações no ambiente, a disponibilidade de água e a ocorrência de eventos extremos?

 Objetivo R: A opinião de aplicadores e destinatários a respeito dos

efeitos das penalidades sobre decisões futuras coincide?

 Objetivo S: Qual a correlação entre a adoção de medidas de

conservação de APPs com cada uma das características dos entrevistados (sexo, idade, escolaridade, tamanho da propriedade e tipo de atividade exercida)?

 Objetivo T: A opinião de aplicadores e destinatários sobre o modo

como a instituição de fiscalização é vista, coincide?

 Objetivo U: Aplicadores sabem como destinatários buscam se

informar?

3. Descrição das variáveis

Como foram aplicados dois questionários foram geradas duas bases de dados, cujas variáveis serão relatadas abaixo. Vale ressaltar que a maior parte deste estudo foi qualitativo e que existem apenas duas variáveis quantitativas.

As respostas dadas como NS, NR, NA, NP significam Não Sei / Não Sabe, Não Respondeu, Não se Aplica e Não Perguntado, respectivamente.

Foram selecionadas as seguintes variáveis:

Grupo

Categorias: DA-SLP (Destinatário Autuado de São Luiz do Paraitinga); D-SLP (Destinatário não autuado de São Luiz do Paraitinga); D-SFX (Destinatário não autuado de São Francisco Xavier); A (Aplicador)

3.1. Variáveis do questionário aplicado aos destinatários das normas

Sexo

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Idade

Categorias: Menos de 39 anos; 40 a 59 anos; 60 anos ou mais

Escolaridade

Categorias: Sem escolaridade; Ensino fundamental; Ensino médio; Ensino superior; Não tem superior; NP; NR

Tamanho em MF

Tamanho da propriedade em Módulos Fiscais.

Categorias: Até 1 módulo; Mais de 1 e menos de 2; Mais de 2 e menos de 4; Mais de 4; NR; NS

Produção

Produção na propriedade. Indica se o destinatário citou (1 = Sim, 0 = Não):

 Gado  Agricultura  Celulose  Turismo / residência  Galinha  Agrofloresta  Peixe Alteração na Produção

Alteração da produção da propriedade nos últimos anos.

Categorias: Não houve alteração; Reduziu gado; Reduziu agricultura; Mais agricultura; Outros

Razão para Alteração

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Categorias: Escassez de mão de obra; Gosta de árvores; Maior consumo; Mudança de propriedade; Mudanças climáticas; Pouco rentável; Solo infértil; Outros; NA; NR

Alteração no Ambiente

Alteração no ambiente natural que circunda a propriedade. Indica se o destinatário citou (1 = Sim, 0 = Não):

 Não houve alteração  Mais seco

 Chuvas mais concentradas  Mais quente  Mais água  Ar mais limpo  Outros  NR  NS  NA Tipos de Vegetação

Tipo de vegetação existente na propriedade. Indica se o destinatário citou (1 = Sim, 0 = Não):  Pasto  Agricultura  Mata  Eucalipto Aproveitamento da Mata

Aproveitamento da mata da própria propriedade ou de terceiros. Indica se o destinatário citou (1 = Sim, 0 = Não):

 Não aproveita  Frutas

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 Obtenção de mudas  Outros

 NR  NA

Por que Importante ter Mata

Importância de ter mata na propriedade. Indica se o destinatário citou (1 = Sim, 0 = Não):  Água  Fauna  Prevenção de erosão  Bem Estar  Ar Limpo

 Não atribuiu benefícios  Outros

 NR

Origem da Água

Origem da água empregada na propriedade. Indica se o destinatário citou (1 = Sim, 0 = Não):  Nascente  Rio  Sabesp  Poço Água na Propriedade

Disponibilidade de água na propriedade.

Categorias: Abundante; Suficiente; Sinais de escassez; NR

Água na Região

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Categorias: Abundante; Suficiente; Sinais de escassez; NR; NS

Fatores de Disponibilidade de Água

Quais são os fatores ligados à disponibilidade de água na opinião dos destinatários. Indica se o destinatário citou (1 = Sim, 0 = Não):

 Existência de mata  Mudanças climáticas  Eucalipto  Chuvas  NS  NP  NR Responsável pelo MA

Quem é o responsável pelo meio ambiente na opinião dos destinatários. Categorias: Fiscalização; Governo; Proprietário; Todos; NP; NR; NS

Nota - NCF

Nota (0 a 8) atribuída ao conhecimento do Novo Código Florestal (quanto maior a nota, maior é o conhecimento).

Eventos Extremos

Experiências com desastres. Indica se o destinatário citou (1 = Sim, 0 = Não):

 Não houve  Cheias anuais  Enchente intensa  Erosão / desbarrancamento  Geada  Seca intensa  NR  NS

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Possui APP

Indica se o destinatário possui algum dos tipos citados de área de preservação permanente em sua propriedade (1 = Sim, 0 = Não):

 Nascente  Curso d’água  Rio  Declividade  Topo de morro Como se Informa

Como o destinatário busca se informar sobre a regulamentação de APPs. Indica se o destinatário citou (1 = Sim, 0 = Não):

 Não  Amigos  TV / Internet  Órgão ambiental  Consultoria contratada  Casa da agricultura  Terceiro setor  Outros  NP  NR Busca se Informar

Categorias: Sim; Não; NP; NR

Benefício da APP

Qual é o benefício da área de preservação permanente na opinião dos destinatários. Indica se o destinatário citou (1 = Sim, 0 = Não):

(18)

 Prevenção de erosão  Fauna  Ar  Flora  Proteção da casa  Outros  NR / NS Tem Benefício Categorias: Sim; NS / NR

Restrições para Proteção

Indica se as restrições impostas às áreas de preservação permanente são eficazes para a proteção destas áreas na opinião dos destinatários.

Categorias: Sim; Não; NR/NS

Gravidade das Penalidades

Indica se o destinatário concorda com a gravidade das penalidades previstas para supressão de vegetação.

Categorias: Sim; Não; NR/NS

Meios Mais Eficazes

Quais são os meios mais eficazes para estimular o cumprimento das regras aplicáveis às áreas de preservação permanente na opinião dos destinatários.

Indica se o destinatário citou (1 = Sim, 0 = Não):

 Doação de mudas  Educação ambiental  Melhor fiscalização  Assistência técnica

 Pagamento por serviços ambientais  Plantio ao invés de penalidades

(19)

 NR

Tenta Cumprir Norma %

Percentual de cumprimento das regras aplicáveis às áreas de preservação permanente.

Tenta Cumprir Norma Categ

Categorias para a variável Tenta Cumprir Norma % (x) com a seguinte equivalência:  Péssimo: 0 ≤ x < 20%  Ruim: 20 ≤ x < 40%  Regular: 40 ≤ x < 60%  Bom: 60 ≤ x < 80%  Muito bom: 80 ≤ x < 100%  NA  NS / NR

Por que Tenta Cumprir

Motivos pelos quais o destinatário tenta cumprir a norma. Indica se o destinatário

citou (1 = Sim, 0 = Não):

 Água  Fauna

 Gosta da natureza

 Obrigação legal/ solicitação do órgão ambiental  Outros

 NS / NR  NA

Principais Dificuldades

Quais são as principais dificuldades para cumprir as regras na opinião dos destinatários. Indica se o destinatário citou (1 = Sim, 0 = Não):

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 Não há dificuldade  Custo

 Falta de informação

 Falta de alternativa locacional  Falta de mão de obra

 Descaso/ incômodo com a natureza  Outros

 NR  NS

Teve Penalidade

Indica se o destinatário já sofreu penalidade por descumprimento da norma. Categorias: Sim; Não

Penalidade e Decisões

Como a penalidade influenciou sobre as decisões futuras na opinião dos destinatários.

Categorias: Correção da conduta; Efeitos para conservação são reduzidos ou negativos; NA

APP e Prevenção Desastres

Indica se a conservação de áreas de preservação permanente contribui para a prevenção de desastres na opinião dos destinatários. Indica se o aplicador citou (1 = Sim, 0 = Não):

 Não fez a relação

 Prevenção de erosão / deslizamento de terra  Controle de enchentes

 Sim, mas não é suficiente  Sim (outros motivos)  NR

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APP e Prevenção

Categorias: Sim; Não fez a relação; NR

Como Vê Aplicadores

Categorias: Neutro; Positivamente; Negativamente; NS

Como é Visto por Aplicadores

Categorias: Neutro; Positivamente; Negativamente; NS

3.2. Variáveis do questionário aplicado aos aplicadores das normas

Propriedade com APP

Indica se o aplicador possui alguma propriedade que contenha áreas de preservação permanente.

Categorias: Sim; Não; NP

Funções APP

Quais são as principais funções ou benefícios das áreas de preservação

permanente na opinião dos aplicadores. Indica se o aplicador citou (1 = Sim, 0 = Não):

 Fauna  Flora

 Prevenção de erosão / controle de enchentes  Bem Estar  Água  Ar  Equilíbrio Sistêmico  Beleza Cênica Estado de Conservação

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Estado depois do NCF

Quais alterações no estado de conservação das áreas de preservação

permanente ocorreram após a edição do Novo Código Florestal na opinião dos aplicadores.

Categorias: Não houve alteração; Aumento da conservação Não ligado ao Código Florestal; Aumento da conservação ligado ao Código Florestal; Diminuição da conservação; NS; NR

Efeitos da Conservação

Efeitos da conservação ou da falta de conservação das áreas de preservação permanentes da região do aplicador. Indica se o aplicador citou (1 = Sim, 0 = Não):

 Assoreamento dos rios  Enchentes

 Deslizamentos de terra

 Seca/ alteração no regime de chuvas  NS

 Erosão

Restrições Eficazes

Indica se o aplicador considera que as restrições impostas às áreas de preservação permanente são eficazes para a proteção daquelas áreas Categorias: Sim; Não; NS

Concorda com as Penalidades

Indica se o aplicador concorda com a aplicação de penalidades para a supressão de vegetação ou outras formas de intervenção em área de preservação permanente.

(23)

Efeitos das Penalidades

Quais são os efeitos das penalidades impostas sobre as decisões futuras dos infratores na opinião dos aplicadores.

Categorias: Correção da conduta; Responsabilidade criminal inibe mais do que administrativa; Efeitos para conservação são reduzidos ou negativos; NR

Por que a Lei é Descumprida

Indica se o aplicador citou (1 = Sim, 0 = Não):  Cultura de produção intensiva

 Falta de informação  Falta de consciência  Custo com conservação  Falta de fiscalização  Falta de planejamento  Outros

Gênero Influencia

Indica se o aplicador acredita que o gênero influencia o cumprimento das regras das áreas de preservação permanente.

Categorias: Não influencia; Sim, mulheres protegem mais; Sim, pouco; NP

Idade Influencia

Indica se o aplicador acredita que a idade Influencia o cumprimento das regras das áreas de preservação permanente.

Categorias: Não influencia; Sim, mais jovens conservam mais; Sim, mais velhos conservam mais; Sim, pouco; NP

Escolaridade Influencia

Indica se o aplicador acredita que a escolaridade influencia o cumprimento das regras das áreas de preservação permanente.

(24)

Categorias: Não influencia; Sim, maior escolaridade está associada a maior conservação; Sim, os extremos descumprem mais; NP

Renda Influencia

Indica se o aplicador acredita que a renda influencia o cumprimento das regras das áreas de preservação permanente.

Categorias: Não influencia; Sim, quem tem mais renda preserva mais; Sim, mais ricos descumprem mais; Sim, os extremos descumprem mais; NP

Tamanho da Propriedade Influencia

Indica se o aplicador acredita que o tamanho da propriedade influencia o cumprimento das regras das áreas de preservação permanente. Categorias: Não influencia; Sim, em propriedades maiores há maior

preservação; Sim, em propriedades menores há maior preservação; Sim, os extremos descumprem mais; NP

Tipo de Atividade Influencia

Indica se o aplicador acredita que tipo de atividade influencia o cumprimento das regras das áreas de preservação permanente. Indica se o aplicador citou (1 = Sim, 0 = Não):  Pecuária  Agricultura  Eucalipto  Mineração  Uso residencial  Turismo  NR

Como Destinatários se Informam

Indica se o aplicador citou (1 = Sim, 0 = Não):  Casa da agricultura

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 TV / internet  Órgão ambiental  Amigos / vizinhos  Terceiro setor  Não  Outros/NR

Meios Mais Eficazes

Quais seriam os meios mais eficazes para estimular o cumprimento das regras aplicáveis às áreas de preservação permanente na opinião dos aplicadores. Indica se o aplicador citou (1 = Sim, 0 = Não):

 Assistência técnica  Educação ambiental

 Exigência de EIA para grandes plantios de eucalipto  Doação de mudas

 Pagamento por serviços ambientais  Outros

Modo de Poder de Polícia Influencia

Como a maneira com que o poder de polícia é exercido influencia nas decisões tomadas pelos infratores na opinião dos aplicadores.

Categorias: Não; Sim, enfoque na punição aumenta cumprimento; Sim, enfoque na orientação aumenta cumprimento; NS; NR

Como Instituição é Vista

Categorias: Neutro; Positivamente; Negativamente; NS

Prevenção de Descumprimento

Quais medidas são adotadas pela instituição dos aplicadores para prevenir o descumprimento das regras aplicáveis às áreas de preservação permanente.

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Categorias: Não; Sim, por meio de educação ambiental; Sim, por outros meios; Sim, por meio de educação ambiental e por outros meios; NR

4. Análise Estatística

Para as variáveis qualitativas, foram construídas tabelas de dupla entrada, gráficos de barras e aplicados testes de qui-quadrado de homogeneidade entre os grupos (Bussab e Morettin, 2017) ou testes exatos de Fisher (Freeman e Halton, 1951). O teste de qui-quadrado de homogeneidade ou o teste exato de Fisher verificam se a distribuição de frequências da variável de interesse é a mesma entre diferentes grupos. O teste exato foi utilizado nos casos em que mais do que 20% das caselas da tabela de dupla entrada tem menos do que 5 observações. Nos casos em que a hipótese de homogeneidade entre grupos foi rejeitada, foram construídas razões de chances e seus respectivos intervalos de confiança (IC), que se incluírem o valor 1 significa que não existe diferença entre os grupos estudados (Reis e Reis, 2001). Os intervalos de confiança exatos foram utilizados nos casos em que mais do que 20% das caselas da tabela de dupla entrada tem menos do que 5 observações.

Para as variáveis quantitativas, foram construídas tabelas com medidas resumo, gráficos boxplot, gráficos de dispersão e gráficos de valores individuais (Bussab e Moretin, 2017). Para comparar as médias de uma variável de interesse entre diferentes tratamentos, foram ajustados modelos de ANOVA com um ou dois fatores fixos. Quando as suposições de normalidade e de homocedasticidade não se mostraram satisfeitas, foi aplicado o teste não paramétrico de Kruskal-Wallis para comparar as medianas de uma variável de interesse entre os tratamentos (Kutner et al., 2004). No caso em que a hipótese de igualdade de medianas do teste de Kruskal Wallis foi rejeitada, foi realizado um teste de comparações múltiplas (Kutner et al., 2004). Quando indicado, foi testada a hipótese de inexistência de associação entre duas variáveis quantitativas, por meio do teste de correlação de Spearman (Conover, 1999).

Para cada teste de hipótese, foi adotado um nível de significância de 5%.

A população alvo do estudo é o grupo destinatários das normas de São Luiz do Paraitinga e São Francisco Xavier e os aplicadores das normas que atuam nessas regiões.

(27)

No Apêndice A encontram-se as tabelas e no Apêndice B os gráficos citados no decorrer da análise, que será realizada por objetivo, detalhado na Seção 2.2.1.

Objetivo A

Para responder esse objetivo foram analisadas as variáveis Alteração no Ambiente, Água na Propriedade, Água na Região, Fatores de Disponibilidade de Água e Eventos Extremos do questionário aplicado aos destinatários das normas e comparadas as respostas dos grupos DA-SLP, D-SLP e D-SFX.

Na Figura B.1 e Tabela A.1, o gráfico de barras e a tabela mostram as porcentagens de respostas Sim para cada uma das alterações no ambiente citadas pelos destinatários - cada respondente poderia citar mais de uma categoria de resposta. É interessante notar que a alteração mais pontuada foi Mais seco, com 38%, 46% e 40% para DA-SLP, D-SLP e D-SFX, respectivamente. Vale ressaltar que o grupo D-SFX respondeu “Mais quente” e “Chuvas mais concentradas” em maior proporção que os outros dois grupos, com 33% e 27%, respectivamente. Também é interessante observar que 23% dos destinatários do grupo D-SLP responderam que Não houve alteração, enquanto apenas 8% dos destinatários do outro grupo da mesma cidade, DA-SLP, escolheram essa categoria de resposta.

Nas Figuras B.2 e B.3 (com as Tabelas A.2 e A.3 correspondentes) foram analisadas as variáveis Água na Propriedade e Água na Região. Esta análise é um pouco diferente da anterior. Aqui cada barra soma 100% das respostas, ou seja, cada respondente do grupo sinalizou apenas uma categoria. Nota-se que 62% das pessoas do grupo D-SLP responderam que há sinais de escassez de água em sua propriedade, contra 38% do grupo DA-SLP e 20% do grupo D-SFX para essa mesma resposta. O curioso é que quando se olha essa mesma categoria de resposta para Água na Região as proporções são bem diferentes: 62%, 77% e 40% para D-SLP, DA-SLP e D-SFX, respectivamente. Outro fato interessante é que 73% dos respondentes de D-SFX informaram que tem água abundante ou suficiente em sua propriedade, mas apenas 26% desse grupo informaram que tem água abundante ou suficiente em sua região. Observa-se também que 54% do grupo DA-SLP e 39% do grupo D-SLP responderam

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que tem água abundante ou suficiente na propriedade, mas apenas 15% e 8%, respectivamente, responderam que a água na região é suficiente, água abundante nem foi citada. Vale ressaltar uma frequência alta de NR e NS para Água na Região.

Foi perguntado aos destinatários quais fatores eles acham que estão ligados à disponibilidade de água. A Figura B.4 e a Tabela A.4 trazem as porcentagens de respostas iguais a Sim para cada fator. Os três grupos responderam que o principal fator é a existência de mata. As outras categorias de respostas apresentaram porcentagens de respostas bem mais baixas.

Por último, foi perguntado se o indivíduo havia passado por algum evento extremo em sua região e uma porcentagem relevante de destinatários de cada grupo (entre 31% e 38%) disseram que não (Figura B.5 e Tabela A.5). Esse fato é curioso, pois São Luiz do Paraitinga sofreu um grande desastre em 2010. Duas suposições são colocadas: ou o respondente veio para a cidade após o desastre, ou o desastre não atingiu sua região, pois a catástrofe foi concentrada no centro do município. Em contrapartida, as mesmas porcentagens de respondentes nesse município responderam que sofreram enchente intensa. Os destinatários de São Francisco Xavier tiveram mais experiência com erosão/desbarrancamento (33%).

Pelas Tabelas A.6 a A.10, observa-se que, ao nível de significância de 5%, não há evidência amostral para a rejeição da hipótese de homogeneidade entre os grupos, para nenhuma variável (valores-p > 0,05).

Objetivo B

Para responder este objetivo foram analisadas as variáveis: Aproveitamento da Mata, Por que Importante ter Mata, Benefício da APP, Por que Tenta Cumprir e Como Se Informa do questionário aplicado aos destinatários das normas e comparadas as respostas dos grupos DA-SLP, D-SLP e D-SFX. Todos os gráficos desta análise são gráficos de barras com porcentagens de respostas Sim para cada categoria.

Foi perguntado aos destinatários se eles retiram algo da mata de sua propriedade ou de terceiros e a Figura B.6 e Tabela A.11 trazem as respostas para esta questão. A categoria mais pontuada foi Não com 46%, 62% e 47% para DA-SLP, D-SLP e D-SFX, respectivamente. Dentre os que retiram algo, a resposta mais

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pontuada foi Frutas, com 31%, 23%, 47%, respectivamente. As categorias Obtenção de mudas, Outros, NR e NA tiveram menores proporções.

Foi perguntado também o porquê do entrevistado considerar importante ter mata em sua propriedade (ver Figura B.7 e Tabela A.12). Os destinatários autuados de São Luiz do Paraitinga tiveram como principal resposta Água (62%) seguida por Bem estar e Outros (ambas com 23%). As principais respostas do grupo de destinatários de São Francisco Xavier foram as mesmas, mas com outras proporções (40%, 27%, 27%, respectivamente). Já entre os destinatários não autuados de São Luiz do Paraitinga a principal resposta foi Fauna (54%) seguida por Água e Bem estar (ambas com 31%). Vale ressaltar que 15% desse grupo não atribuiu benefícios. As demais categorias de respostas apresentaram porcentagens de respostas baixas para todos os grupos.

Também foi perguntado quais benefícios são gerados pelas APPs (ver Figura B.8 e Tabela A.13). Os três grupos responderam que o principal benefício é Água, sendo que as porcentagens apresentadas para essa categoria foram 69% para DA-SLP, 77% para D-SLP e 80% para D-SFX. As categorias Fauna e Prevenção de Erosão foram as mais escolhidas pelos destinatários de São Luiz do Paraitinga após Água, com 31% de respostas para cada variável entre os autuados e 15% das respostas entre os não autuados. A categoria Ar foi a segunda mais escolhida entre os destinatários de São Francisco Xavier, com 27% de respostas. As demais categorias de respostas apresentaram porcentagens de respostas bem mais baixas.

O gráfico de barras da Figura B.9 e a Tabela A.14 apresentam respostas à pergunta “Por que você tenta cumprir a norma?”. É interessante notar que 38% dos DA-SLP responderam tanto Água como Gosta da natureza e Obrigação legal / solicitação do órgão ambiental, como justificativas. A categoria Obrigação legal / solicitação do órgão ambiental foi mais pontuada no grupo DA-SLP do que nos demais grupos. 62% dos D-SLP responderam que o principal motivo é Água e 40% dos D-SFX disseram que é porque gostam da natureza. Há um número muito alto nesse último grupo que não souberam ou não responderam a questão (40%). As demais categorias apresentaram porcentagens mais baixas.

Por último, foi perguntado aos destinatários sobre como eles buscam se informar sobre a regulamentação das APPs. Os resultados entre os dois municípios foram um

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pouco distintos (ver Figura B.10 e Tabela A.15). Os destinatários de São Luiz do Paraitinga procuram se informar mais através da Casa da agricultura (23% dos autuados e 31% dos não autuados) e pela TV ou internet (23% para ambos). Já, uma grande parte dos destinatários de São Francisco Xavier se informa principalmente com os Amigos (40%), TV ou internet (33%) e Órgão ambiental (27%). Dentre os destinatários que não buscam se informar, os de São Francisco Xavier são os que têm maior porcentagem (27%).

A Tabela A.16 mostra que, ao nível de significância de 5%, para cada tipo de Aproveitamento da Mata, não há evidência amostral para a rejeição da hipótese de homogeneidade entre os grupos.

A Tabela A.17 mostra que, ao nível de significância de 5%, há evidência para rejeitar a hipótese de homogeneidade entre os grupos apenas para a resposta Fauna da variável Por que Importante Ter Mata (valor-p < 0,05), ou seja, a distribuição de frequências da resposta Fauna não é a mesma para os três grupos. Pela Tabela A.18, verifica-se que a chance de um destinatário do grupo D-SFX responder que é importante ter mata por causa da fauna é 0,067 vezes a chance de um destinatário do grupo D-SLP responder que é importante ter mata por causa da fauna. Já, quando comparados os grupos DA-SLP e D-SLP, as chances de responder que é importante ter mata por causa da fauna são as mesmas (o valor 1 pertence ao IC construído). Esse resultado se repete quando comparados os grupos DA-SLP e D-SFX.

A Tabela A.19 mostra que, ao nível de significância de 5%, há evidência para rejeitar a hipótese de homogeneidade entre os grupos apenas para a resposta Ar da variável Benefício da APP, ou seja, a distribuição de frequências da resposta Ar não é a mesma para os três grupos. Como em SLP nenhum destinatário respondeu que Ar é um benefício da APP, não foi possível calcular razões de chances. Pela Tabela A.13, observa-se, contudo, que a distribuição de frequências para SFX difere das distribuições de SLP.

A Tabela A.20 mostra que, ao nível de significância de 5%, há evidência para rejeitar a hipótese de homogeneidade entre os grupos apenas para a resposta Água da variável Por que Tenta Cumprir, ou seja, a distribuição de frequências da resposta Água não é a mesma para os três grupos. Pela Tabela A.21, verifica-se que a chance

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de um destinatário do grupo D-SFX responder que tenta cumprir a norma por causa da água é 0,048 vezes a chance de um destinatário do grupo D-SLP responder que tenta cumprir a norma por causa da água. Já, quando comparados os grupos DA-SLP e D-SLP, as chances de responder que tenta cumprir a norma por causa da água são as mesmas (o valor 1 pertence ao IC construído). Esse resultado se repete quando comparados os grupos DA-SLP e D-SFX.

A Tabela A.22 mostra que, ao nível de significância de 5%, há evidência para rejeitar a hipótese de homogeneidade entre os grupos apenas para a resposta Casa da agricultura da variável Como se Informa, ou seja, a distribuição de frequências da resposta Casa da agricultura não é a mesma para os três grupos. Pela Tabela A.23, quando comparados os grupos DA-SLP e D-SLP, as chances de responder que se informa na Casa da agricultura são as mesmas (o valor 1 pertence ao IC construído). Como em SFX nenhum destinatário respondeu que se informa na Casa da agricultura, não foi possível calcular razões de chances entre os grupos DA-SLP e D-SFX e entre os grupos D-SLP e D-SFX. Pela Tabela A.15, observa-se, contudo, que a distribuição de frequências para SFX difere das distribuições de SLP.

Objetivo C

Foi apresentada na Figura B.11 e na Tabela A.24 a distribuição de frequências da variável Responsável pelo MA por grupo. No gráfico cada barra soma 100% das respostas, porém um destinatário do grupo DA-SLP foi excluído, pois o registro de sua resposta foi NP.

Mais de 54% dos entrevistados de São Luiz do Paraitinga não responderam ou não souberam responder essa questão, fato que dificulta uma análise descritiva com mais afinco para esse objetivo. Dentre os que responderam alguma categoria, os autuados se dividem entre as respostas Proprietário (17%) e Todos (17%), um grupo menor respondeu que a responsabilidade é da Fiscalização (8%). Já 38% dos não atuados atribuem a responsabilidade ao Proprietário e 8% ao Governo.

A distribuição de respostas do grupo D-SFX é bem diferente, já que a porcentagem de respostas para NS/NR é de apenas 13%. Nesse grupo, 73% dos

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entrevistados atribuem a responsabilidade ao proprietário enquanto 13% atribuem a todos.

A Tabela A.25 mostra que, ao nível de significância de 5%, há evidência para rejeitar a hipótese de homogeneidade entre os grupos para a variável Responsável pelo MA (valor-p < 0,05), ou seja, a distribuição de frequências da variável Responsável pelo MA não é a mesma para os três grupos. Foram realizados três testes de homogeneidade 2 a 2 e os resultados apresentados na Tabela A.26 mostram que, ao nível de significância de 5%, há evidência de diferença entre os grupos D-SLP e D-SFX e entre os grupos DA-SLP e D-SFX (valores-p < 0,05).

Objetivo D

Ao analisar a Tabela A.27 e a Figura B.12 nota-se que as estatísticas descritivas e o boxplot indicam que os grupos DA-SLP e D-SFX têm nota média e mediana mais altas do que o grupo D-SLP. Uma das hipóteses para o grupo DA-SLP ter nota mais alta do que o D-SLP apesar de viverem na mesma região é que os autuados procuraram se informar mais ou foram levados a conhecer melhor a legislação.

Pela Tabela A.28, pode-se concluir, ao nível de 5% de significância, que não há evidência de diferença entre os grupos quanto à média da variável Nota - NCF (valor-p > 0,05). A Figura B.13 e as Tabelas A.29 e A.30 mostram que as suposições do modelo de ANOVA estão satisfeitas.

Objetivo E

Um gráfico de dispersão foi elaborado e apresentado na Figura B.14 para responder esse objetivo. Não é possível identificar visualmente correlação entre a variável Nota - NCF e a variável Tenta Cumprir Norma % para todos os grupos. O gráfico de dispersão apresenta pontos espalhados sem qualquer padrão. Além disso, diversas observações de grupos diferentes estão acumuladas em um mesmo ponto. Por conta disso, estes pontos foram ligeiramente separados no gráfico para que a visualização de todos os pontos fosse possível.

Pela Tabela A.31, pode-se concluir, ao nível de 5% de significância, que somente o grupo D-SFX apresenta uma correlação significante entre as variáveis Nota

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- NCF e Tenta Cumprir Norma % (valor-p > 0,05). O coeficiente de correlação é 0,667, que indica que existe uma relação positiva entre as variáveis, ou seja, quanto maior a nota maior é a porcentagem de cumprimento das regras.

Objetivo F

Para analisar este objetivo foi construída a Tabela A.32 que contém estatísticas descritivas para a variável Nota - NFC por grupo e por categoria da variável App e Prevenção. Ao analisar essa tabela, é possível verificar que nos grupos DA-SLP e D-SFX a maioria dos destinatários relacionou APPs e prevenção (8 (62%) e 13 (87%) respostas, respectivamente), enquanto que no grupo D-SLP a maioria não fez essa relação. Nota-se também que quem vê relação entre APPs e prevenção tem média maior do que os destinatários que não fazem a relação em todos os grupos. Esse fato é interessante ao se comparar com a percepção dos aplicadores em relação aos efeitos que a falta de preservação gera (Figura B.15). Essa percepção tem um efeito contrário em relação a essa nota média mais elevada desse grupo de destinatários, pois os aplicadores afirmam ver bastante assoreamento dos rios, enchentes, secas, alterações no regime de chuvas, tudo provocado pela falta de conservação.

Para ajustar um modelo de ANOVA com dois fatores (Grupo e APP e Prevenção), cujos resultados constam da Tabela A.33, foi eliminada, dos três grupos, a categoria NR da variável APP e Prevenção. Pode-se concluir, ao nível de 5% de significância, que não há evidência de efeito de interação entre Grupo*APP e Prevenção nem evidência de diferença entre os grupos quanto à média da variável Nota – NCF (valores-p > 0,05). Porém a Tabela A.33 indica que a média da variável Nota – NCF é maior para a categoria Sim da variável APP e Prevenção quando comparada à categoria Não fez a relação (valor p < 0,05). A Figura B.16 e as Tabelas A.34 e A.35 mostram que as suposições do modelo de ANOVA estão satisfeitas.

Objetivo G

Ao analisar a Tabela A.36 é possível verificar que nos três grupos a maioria dos destinatários respondeu que a APP produz algum benefício. Além disso, observa-se que a nota média e mediana dos que responderam Sim na variável Tem Benefício são

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maiores no grupo D-SFX (4,92 e 5, respectivamente) do que as dos outros grupos. Entre os destinatários de São Luiz do Paraitinga, nota-se que a nota média e mediana dos que responderam Sim são maiores para os autuados (4,54 e 4, respectivamente) do que para os não autuados (3,8 e 3, respectivamente). Observa-se também que para os grupos D-SLP e D-SFX a média e mediana dos que responderam Sim são maiores do que as dos que responderam NS/NR.

Eliminada, dos três grupos, a categoria NS/NR da variável Tem Benefício foi ajustado um modelo de ANOVA com um fator (Grupo), cujos resultados constam da Tabela A.37. Por essa tabela, pode-se concluir, ao nível de 5% de significância, que não há evidência de diferença entre os grupos quanto à média da variável Nota – NCF, para os destinatários que responderam Sim para a variável Tem Benefício. A Figura B.17 e as Tabelas A.38 e A.39 mostram que as suposições do modelo de ANOVA estão satisfeitas.

Objetivo H

As estatísticas descritivas para a variável Tenta Cumprir Norma % por grupo e uso de água de nascente (Sim ou Não) estão exibidas na Tabela A.40. Para realizar o cálculo das medidas descritivas foram retiradas do total os dados faltantes (5 observações no total). É possível verificar que a maioria dos destinatários dos três grupos usam água de nascente. O subgrupo que utiliza água de nascente nos grupos D-SLP e D-SFX tem uma média maior (59% e 86% respectivamente) do que o subgrupo que não utiliza água de nascente (50% em ambos), mas o tamanho da amostra é menor de quem respondeu Não em ambos os grupos, 1 e 2, respectivamente. A relação se inverte no grupo DA-SLP, em que o subgrupo que não utiliza água de nascente tem uma média maior (83%) do que o grupo que utiliza água de nascente (67%).

Na Figura B.18 e na Tabela A.41, são apresentadas as porcentagens de respostas Sim para cada categoria de resposta da variável Benefício da APP citada pelos destinatários - cada respondente poderia citar mais de uma categoria de resposta. Este gráfico leva em consideração somente os destinatários que declararam utilizar água de nascente. É possível notar que a maioria dos destinatários, em todos

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os grupos, cita água como um benefício vindo das APPs, com 100%, 83% e 75% de respostas Sim nesta categoria para os grupos DA-SLP, D-SLP e D-SFX, respectivamente. Isso pode indicar que os destinatários reconhecem que a água que usufruem é um benefício gerado pelas APPs. Não houve citação da categoria Proteção da casa.

Foi aplicado o teste não paramétrico de Kruskal-Wallis para comparar as medianas da variável Tenta Cumprir Norma % entre os seis tratamentos formados pelas combinações dos níveis dos fatores Grupo e categoria Nascente da variável Origem da Água, cujos resultados constam da Tabela A.42. Pode-se concluir, ao nível de 5% de significância, que não há evidência de efeito de tratamento (valor-p > 0,05).

A Tabela A.43 mostra que, ao nível de significância de 5%, para cada Benefício da APP entre os que usam água de nascente, não há evidência amostral para a rejeição da hipótese de homogeneidade entre os grupos.

Objetivo I

Pela Tabela A.44, nota-se que as estatísticas descritivas para o grupo D-SFX são maiores para os que acreditam que áreas de preservação permanente geram benefícios do que para aqueles que responderam NS/NR. Para o grupo D-SLP verifica-se que a média e a mediana da variável Tenta Cumprir Norma % não parecem diferir dentre a categoria de resposta Sim da variável Tem Benefício (56% e 58%, respectivamente). Observa-se que a nota média e mediana dos que responderam Sim na variável Tem Benefício são maiores no grupo D-SFX (97% e 100%, respectivamente) do que as dos outros grupos. Vale ressaltar que as porcentagens média e mínima no grupo D-SFX são altas, 97% e 66%, respectivamente. Entre os destinatários de São Luiz do Paraitinga, nota-se que a nota média e mediana dos que responderam Sim são maiores para os autuados (72% e 75%, respectivamente) do que para os não autuados (59% e 58%, respectivamente).

Eliminada, dos três grupos, a categoria NS/NR da variável Tem Benefício foi aplicado o teste não paramétrico de Kruskal-Wallis para comparar as medianas da variável Tenta Cumprir Norma % entre os três grupos, cujos resultados constam da Tabela A.45. Por essa tabela, pode-se concluir, ao nível de 5% de significância, que há

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evidência de diferença entre os grupos quanto à mediana da variável Tenta Cumprir Norma %, para os destinatários que responderam Sim para a variável Tem Benefício.

A fim de verificar quais grupos apresentam diferenças, foi realizado o teste Dunn de comparações múltiplas e os resultados apresentados na Tabela A.46 mostram que, ao nível de 5% de significância, há evidência de diferença entre os grupos SFX e D-SLP, com D-SFX apresentando média significativamente maior.

Objetivo J

Ao analisar a Tabela A.47 é possível verificar que nos três grupos a maioria dos destinatários respondeu que busca se informar sobre a regulamentação de APPs. Observa-se também que, em todos os grupos, destinatários que buscam se informar têm notas média e mediana mais altas do que os que não se informam ou não sabiam ou não responderam. Além disso, observa-se que a nota média e mediana dos que responderam Sim na variável Busca se Informar são maiores no grupo D-SFX (5,27 e 6, respectivamente) do que a dos outros grupos. Entre os destinatários de São Luiz do Paraitinga, nota-se que a nota média e mediana dos que responderam Sim são maiores para os autuados (4,9 e 4,5, respectivamente) do que para os não autuados (4,1 e 3,5 respectivamente). As variabilidades podem ser observadas na tabela.

A Figura B.19 apresenta o gráfico de valores individuais sumarizando os 41 destinatários. É interessante observar que as notas daqueles que não buscam se informar sobre as regras estão concentradas de 0 a 3, enquanto que nas demais categorias as notas são, em geral, maiores do que 3.

Foi aplicado o teste não paramétrico de Kruskal-Wallis para comparar as medianas da variável Nota-NFC entre os seis tratamentos formados pelas combinações dos níveis dos fatores Grupo e Busca se informar (Sim e Não), cujos resultados constam da Tabela A.48. Pode-se concluir, ao nível de 5% de significância, que não há evidência de efeito de tratamento (valor-p > 0,05).

Objetivo K

As variáveis Restrições para Proteção, Gravidade das Penalidades e Meios Mais Eficazes do questionário aplicado aos destinatários juntamente com as variáveis

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Restrições Eficazes, Concorda com as Penalidades e Meios Mais Eficazes do questionário aplicado aos aplicadores das normas foram utilizadas para responder esse objetivo.

Foi perguntado tanto aos destinatários quanto aos aplicadores se eles consideram as restrições impostas às APPs eficazes para a proteção dessas. A Figura B.20 e a Tabela A.49 mostram uma alta proporção de respostas NR/NS em São Luiz do Paraitinga. Entre os destinatários, a reposta Sim foi a mais sinalizada variando de 38% a 53%. Esses números são invertidos dentro da opinião dos aplicadores que responderam apenas 17% para Sim.

Também foi perguntado aos destinatários e aplicadores se eles concordam com as penalidades para supressão de vegetação ou outras formas de intervenção em APPs. Na cidade de São Luiz do Paraitinga, mais uma vez, a proporção de pessoas que não sabem ou não responderam é muito alta (Figura B.21 e Tabela A.50). O que pode ser observado é que 61% dos aplicadores e 53% dos destinatários de São Francisco Xavier concordam com as penalidades.

Por último foi perguntado aos destinatários e aos aplicadores quais meios seriam mais eficazes para estimular o cumprimento das regras aplicáveis a áreas de preservação permanente. A Figura B.22 e a Tabela A.51 mostram que para os entrevistados de São Luiz do Paraitinga o meio mais eficaz é Doação de mudas em que os autuados apresentaram 38% de respostas para essa categoria e os não autuados 54%. Já entre os destinatários de São Francisco Xavier e os aplicadores, o meio mais escolhido foi Educação ambiental com 47% e 72% das respostas, respectivamente. Além disso, 33% dos aplicadores também acreditam que Assistência técnica é eficaz, enquanto 33% dos destinatários do grupo D-SFX apontam para uma melhor fiscalização. As outras categorias de respostas apresentaram porcentagens de respostas bem mais baixas, mas vale ressaltar que 31% dos destinatários do grupo DA-SLP e 15% do grupo D-SLP não responderam.

A Tabela A.52 mostra que, ao nível de significância de 5%, há evidência para rejeitar a hipótese de homogeneidade entre os grupos para a variável Restrições para Proteção/Restrições Eficazes (valor-p < 0,05), ou seja, a distribuição de frequências da variável Restrições para Proteção/Restrições Eficazes não é a mesma para os quatro

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grupos. Foram realizados seis testes de homogeneidade 2 a 2 e os resultados apresentados na Tabela A.53 mostram que, ao nível de significância de 5%, há evidência de diferença apenas entre os grupos A x D-SLP e A x D-SFX, (valores-p < 0,05).

A Tabela A.54 mostra que, ao nível de significância de 5%, há evidência para rejeitar a hipótese de homogeneidade entre os grupos para a variável Gravidade das Penalidades/Concorda com as Penalidades (valor-p < 0,05), ou seja, a distribuição de frequências da variável Gravidade das Penalidades/Concorda com as Penalidades não é a mesma para os quatro grupos. Foram realizados seis testes de homogeneidade 2 a 2 e os resultados apresentados na Tabela A.55 mostram que, ao nível de significância de 5%, não há evidência de diferença apenas entre os grupos A x D-SFX (valor-p > 0,05).

A Tabela A.56 mostra que, ao nível de significância de 5%, há evidência para rejeitar a hipótese de homogeneidade entre os grupos apenas para as respostas Doação de mudas e Educação ambiental (valores-p < 0,05), ou seja, a distribuição de frequências das respostas para cada uma dessas categorias não é a mesma para os quatro grupos. As Tabelas A.57 e A.58 trazem as razões de chances para cada uma dessas categorias de resposta.

Pela Tabela A.57, verifica-se que a chance de um destinatário do grupo D-SLP responder que o meio mais eficaz é Doação de mudas é 19,833 vezes a chance de um aplicador (grupo A) responder que Doação de mudas é um meio mais eficaz. Já, ao se comparar os grupos A x DA-SLP e D-SLP x DA-SLP, as chances da resposta Doação de mudas são as mesmas (o valor 1 pertence aos IC construídos). Como em SFX nenhum destinatário respondeu que Doação de mudas é um meio mais eficaz, não foi possível calcular razões de chances.

Pela Tabela A.58, verifica-se que a chance de destinatário do grupo DA-SLP responder que o meio mais eficaz é Educação ambiental é 0,115 vezes a chance de um aplicador (grupo A) responder que Educação ambiental é um meio mais eficaz. Já, ao se comparar os grupos A x D-SFX e D-SFX x DA-SLP, as chances da resposta Educação ambiental são as mesmas (o valor 1 pertence aos IC construídos). Como

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nenhum destinatário do grupo D-SLP respondeu que Educação ambiental é um meio mais eficaz, não foi possível calcular razões de chances.

Objetivo L

A Figura B.23 e a Tabela A.59 exibem a porcentagem de entrevistados que responderam Sim para cada categoria de resposta da variável Por que a Lei é Descumprida? (aplicadores) e Principais Dificuldades (destinatários).

As duas principais dificuldades encontradas pelo grupo DA-SLP são Falta de informação (38%) e Custo (31%). Já para o grupo D-SLP são Custo (62%) e Falta de mão de obra (23%). Para o grupo D-SFX, 27% afirmam não ter dificuldades e 40 % desse mesmo grupo atribuiu as principais dificuldades a outros motivos. O grupo A afirma que a Falta de informação é a maior justificativa para a lei ser descumprida (72%) seguida por Cultura de produção intensiva (44%), Custo (39%), Falta de fiscalização e Outros com 33% cada.

A Tabela A.60 mostra que, ao nível de significância de 5%, há evidência para rejeitar a hipótese de homogeneidade entre os grupos apenas para as respostas Custo, e Falta de informação (valor-p < 0,05), ou seja, a distribuição de frequências das respostas para cada uma dessas categorias não é a mesma para os quatro grupos. As Tabelas A.61 e A.62 trazem as razões de chances para Custo e Falta de informação, respectivamente.

Pela Tabela A.61, verifica-se que a chance de um destinatário do grupo D-SLP responder que o Custo é um motivo para o descumprimento da lei é 22,400 vezes a chance de um destinatário do grupo D-SFX responder que o Custo é um motivo para o descumprimento da lei. Já, quando comparados os demais grupos, as chances de responder que o motivo/principal dificuldade é o Custo são as mesmas (o valor 1 pertence aos IC construídos).

Pela Tabela A.62, verifica-se que a chance de um destinatário do grupo D-SLP responder que a Falta de informação é um motivo para o descumprimento da lei é 0,070 vezes a chance de um aplicador (grupo A) responder que a principal dificuldade é a Falta de informação. Já, quando comparadoa A x SFX, destinatário do grupo D-SFX responder que a Falta de informação é um motivo para o descumprimento da lei é

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0,028 vezes a chance de um aplicador (grupo A) responder que a principal dificuldade é a Falta de informação. As chances, entre os demais grupos, de responder que o motivo/principal dificuldade é a Falta de informação são as mesmas (o valor 1 pertence aos IC construídos).

Objetivo M

Foram construídas três tabelas de dupla entrada, uma para cada grupo de destinatários, cruzando as variáveis Como Vê Aplicadores e Como é Visto por Aplicadores.

A Tabela A.63 se refere ao grupo DA-SLP, a A.64 ao grupo D-SLP e A.65 ao grupo D-SFX. Entre os autuados, 3 destinatários veem os aplicadores negativamente e acreditam que também são visto negativamente por eles, o mesmo ocorre com o grupo D-SFX. Um fato interessante de se notar é o seguinte: dos 13 entrevistados deste grupo, 7 veem os aplicadores negativamente; dos 13 D-SLP apenas 1 vê os aplicadores negativamente; e, dos 15 entrevistados de São Francisco Xavier apenas 5 veem os aplicadores negativamente. É interessante, pois a condição de ser autuado parece levar a ter uma percepção pior.

Vale ressaltar também que a análise da Tabela A.64 fica um pouco comprometida pelo baixo número de observações amostrais. Dos 13 respondentes 12 afirmaram que não sabem ou não responderam como são vistos pelos aplicadores.

Objetivo N

A Tabela A.66 exibe estatísticas descritivas para as variáveis Tenta Cumprir Norma % por Grupo e por categoria da variável Como Vê Aplicadores. Dentro do grupo D-SFX, quem vê positivamente os aplicadores tem média maior do que quem vê negativamente ou não sabe, com 92%. Esse padrão não se repete no grupo D-SLP, mas é preciso levar em consideração que o subgrupo Negativamente tem apenas uma observação amostral. No grupo DA-SLP, quem vê negativamente tem média maior do que quem vê positivamente o aplicador da norma, de maneira inversa ao que ocorre no grupo D-SFX.

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A Tabela A.67 exibe estatísticas descritivas para a variável Tenta Cumprir Norma % por Grupo e Como é Visto por Aplicadores. Dentro do grupo DA-SLP, quem acredita que é visto positivamente por aplicadores tem média maior do que quem acredita ser visto negativamente. Não é possível fazer comparações dentro do grupo D-SLP, pois a maioria (92%) declarou não saber ou não respondeu como é visto por aplicadores.

Foi aplicado o teste não paramétrico de Kruskal-Wallis para comparar as medianas da variável Tenta Cumprir Norma % entre os onze tratamentos formados pelas combinações dos níveis dos fatores Grupo e Como Vê Aplicadores, cujos resultados constam da Tabela A.68. Pode-se concluir, ao nível de 5% de significância, que não há evidência de efeito de tratamento (valor-p > 0,05).

Foi aplicado o teste não paramétrico de Kruskal-Wallis para comparar as medianas da variável Tenta Cumprir Norma % entre os dez tratamentos formados pelas combinações dos níveis dos fatores Grupo e Como é Visto por Aplicadores, cujos resultados constam da Tabela A.69. Pode-se concluir, ao nível de 5% de significância, que não há evidência de efeito de tratamento (valor-p > 0,05).

Objetivo O

Para esta análise foram utilizadas as variáveis Benefício da APP (destinatários) e Funções APP (aplicadores).

A Figura B.24 e a Tabela A.70 trazem as porcentagens de respostas Sim para cada categoria de resposta. A resposta Água foi a mais pontuada tanto pelos destinatários como pelos aplicadores, com pelo menos 67% de respostas Sim. Por outro lado, as categorias Fauna, Prevenção erosão/controle de enchentes e Flora foram mais escolhidas pelos aplicadores, com 67%, 61% e 50%, respectivamente, do que pelos destinatários.

A Tabela A.71 mostra que, ao nível de significância de 5%, há evidência para rejeitar a hipótese de homogeneidade entre os grupos apenas para as respostas Fauna, Prevenção erosão/controle de enchentes e Flora das variáveis Benefícios da APP e Funções APP (valor-p < 0,05), ou seja, a distribuição de frequências das

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respostas para essas categorias não é a mesma para os quatro grupos. As Tabelas A.72 a A.74 trazem as razões de chances para todas essas categorias.

Pela Tabela A.72, verifica-se que a chance de um destinatário do grupo D-SLP responder que Fauna é um Benefício da APP é 0,091 vezes a chance de um aplicador (grupo A) responder que Fauna é uma função da APP. A chance de um destinatário do grupo D-SFX responder que Fauna é um Benefício da APP é 0,036 vezes a chance de um aplicador (grupo A) responder que Fauna é uma função da APP. Já, ao se comparar os demais grupos, as chances de responder Fauna são as mesmas (o valor 1 pertence aos IC construídos).

Pela Tabela A.73, verifica-se que a chance de um destinatário do grupo D-SLP responder que Prevenção erosão/controle de enchentes é um Benefício da APP é 0,116 vezes a chance de um aplicador (grupo A) responder que Prevenção erosão/controle de enchentes é uma função da APP. Já, ao se comparar os grupos A x DA-SLP e D-SLP x DA-SLP, as chances de responder Prevenção erosão/controle de enchentes são as mesmas (o valor 1 pertence aos IC construídos). Como em SFX nenhum destinatário respondeu que Prevenção erosão/controle de enchentes é um Benefício da APP, não foi possível calcular razões de chances.

Pela Tabela A.74, verifica-se que a chance de um destinatário do grupo D-SFX responder que Flora é um Benefício da APP é 0,154 vezes a chance de um aplicador (grupo A) responder que Flora é uma função da APP. Já, ao se comparar os grupos A x DA-SLP e D-SFX x DA-SLP, as chances de responder Flora são as mesmas (o valor 1 pertence aos IC construídos). Como no grupo D-SLP nenhum destinatário respondeu que Flora é um Benefício da APP, não foi possível calcular razões de chances.

Objetivo P

A Figura B.25 e a Tabela A.75 apresentam a distribuição de frequências da variável “Tenta Cumprir Norma Categ”, por grupo de destinatários, e a distribuição de frequências da variável “Estado da Conservação”, para o grupo de aplicadores. Nesta figura, cada barra soma 100% das respostas.

A primeira coisa a se notar é que os aplicadores não citaram nenhuma vez “Bom” e “Muito bom”. Dentre suas respostas, 61% deles declararam que o estado de

Referências

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