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PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL

NA ÓTICA PSICOPEDAGÓGICA: TDAH

Luana Nazaré Abreu Costa

Orientador

Prof. Vilson Sérgio de Carvalho

Niterói 2015

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL

NA ÓTICA PSICOPEDAGÓGICA: TDAH

Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Psicopedagogia.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço em primeiro lugar a Deus por ter me concedido a vida e a vontade de me especializar e realizar um dos meus sonhos, a minha família e familiares por me apoiar e me incentivar todos os dias incansavelmente.

Aos meus professores do curso de Pedagogia que foram a meninas dos meus olhos e despertaram minha curiosidade e vontade de buscar cada vez mais.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho primeiramente a Deus, pela saúde, fé e perseverança que tem me dado. Ao meu marido Herculano que teve muita paciência, carinho e amor durante este um ano. As minhas filhas Vitoria e Maria Clara que durantes vários sábados me esperam com muito amor e reconhecimento a minha profissão, os quais tem desejado em um futuro próximo fazer educação, sabendo dos desafios do professor no contexto atual. Aos meu familiares de um modo geral pelo incentivo a busca de novos conhecimentos, a todos os professores e professoras que muito contribuíram para minha tão sonhada e esperada formação em psicopedagogia.

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RESUMO

O presente trabalho é resultado de estudos desenvolvidos para a elaboração do trabalho de conclusão de curso (TCC), do curso de Psicopedagogia. Teve como objetivo discutir as causas e implicações do Transtorno de Déficit de Atenção e/ou Hiperatividade (TDAH) no processo de aprendizagem, caracterizando o processo de desenvolvimento dos alunos e discutir como a mediação do professor e a ludicidade, podem auxiliar na intervenção e atendimento de alunos que apresentam o (TDAH).

Propõe informar, o que é hiperatividade, suas O objetivo é conhecer as causas do transtorno para facilitar o convívio aluno-escola, família e sociedade, e também oportunizar um melhor relacionamento com a família, mostrando como devem agir para amenizar o TDAH com hiperatividade através de um acompanhamento médico especializado, aliado de muito amor, tolerância e disciplina. A criança com TDAH, em sala de aula, exige atenção por parte do professor, pois são eles que frequentemente percebem quando o aluno tem problemas de atenção e é necessário que este esteja preparado para saber contornar e posicionar o aluno em sala de aula e é de grande importância que a escola auxilie a família para juntos ajudarem a criança. Os pais, juntamente com a criança, devem procurar ajuda de um profissional competente e especializado em TDAH, capaz de elaborar um diagnóstico e daí orientá-los a fim de tornar possível a tolerância e a convivência familiar, não deixando que o problema tome uma dimensão sem controle levando a família a um descontrole emocional, é bom que a família converse com um psicólogo para saber como agir diante da situação. Ressaltamos que através de muito amor, dedicação, compreensão, ajuda, união escola – família, amigos e ludicidade podemos ajudar nossos alunos a vencerem tal transtorno.

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METODOLOGIA

Os procedimentos metodológicos foram realizados através de livros, dissertações, teses, artigos científicos, que enfocam o processo de aprendizagem, o desenvolvimento de crianças com TDAH e o papel do professor de oportunizar o desenvolvimento e a aprendizagem tendo como estratégia o lúdico, tema e objeto usado na psicopedagogia. Fundamentou-se na concepção histórico-cultural defendida por grandes autores e seus colaboradores que entendem o desenvolvimento humano em uma dimensão sócio histórica, que defende o papel da instrução e a prática docente eficaz e afetiva. Verificou-se que há muitas metodologias e práticas que oportunizam o ensino e a aprendizagem de crianças com TDAH, porém é significativo o aumento da medicalização. Chegou-se à conclusão que os métodos e a atuação do professor são fundamentais para o desenvolvimento, aprendizagem, e para a superação de limitações e dificuldades que os alunos com TDAH apresentam, minimizando desta forma, o uso da medicalização.

Para tanto, a pesquisa faz–se necessária para continuarmos um trabalho de excelência. Entendemos que a leitura e a pesquisa é necessário para um bom trabalho e fundamentação teórica.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I - A História: Uma Abordagem histórica TDAH. 11

CAPÍTULO II - Lúdico como Ponto de Partida para Aprendizagem da Criança TDHA 21

CAPÍTULO III – A Criança, TDAH, Família e o Contexto Escolar 31

CONCLUSÃO 45

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 47

ÍNDICE 51

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INTRODUÇÃO

Não somos batráquios pensantes, não somos aparelhos de objetivar e registrar, de entranhas congeladas – temos de continuamente parir nossos pensamentos em meio a nossa dor, dando-lhes maternalmente todo o sangue, coração, fogo, prazer, paixão, tormento, consciência, destino e fatalidade que há em nós. (NIETZSCHE, 2002, p.13)

Na atualidade professores de educação infantil e series iniciais, falam que as crianças ao ingressarem na escola, apresentam comportamentos inadequados em diferentes atividades escolares dificultando a socialização entres os demais alunos e com isso comprometendo o rendimento escolar, e com isso ao entrarem em contato com os responsáveis a grande maioria alega não ter percebido algo de diferente no comportamento de seu filho em relação as outras crianças da mesma idade. E em outros casos dizem que isso vai passar com o tempo, que seu pai era desse mesmo jeito.

A falta de informação e formação especifica dos profissionais que trabalham diretamente com as crianças portadoras de transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) também contribuem com o agravamento do quadro, visto que os mesmos encontram dificuldades em lidar com os conflitos que surgem em sala de aula, e na maioria das vezes são vistas e tratadas como alunos problemáticos, costumam apresentar um índice muito alto em sua disciplina e desatenção, transformando a sala de aula em um ambiente desagradável.

As crianças portadoras de Transtorno Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), normalmente proporcionam desavença ambiental através do desentendimento com familiares, professores e colegas, tornando a

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convivência estressante. Os frequentes casos de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) ficam mais perceptíveis a partir dos 7-8 anos mesmo estando presente precocemente, os principais sintomas são: Desatenção em todos os níveis; dificuldades em terminar tarefas, perda de objetos, desorganização e esquecimento, inquietação, fala excessiva, pouca sensação de dor. (ARAUJO, Et, Al, 2011).

Por outro lado, percebe-se que a escola ainda tem pouco recurso a oferecer para o trabalho com essas crianças, pois os decentes não possuem formação adequada para desenvolver uma pratica pedagógica direcionada para tais crianças. (ARAUJO, Et. Al, 2011).

Com o passar dos anos e atuando como educadora e neste momento como coordenadora, vejo que o TDAH está presente em nossas crianças, e para nos educadores é um grande desafio entender e lidar com tal transtorno, e para nos educadores de educação infantil nada mais pratico que levar para a ludicidade.

O educador pode construir um ambiente que estimule o lúdico em função dos resultados desejados. Existem correntes de pensadores e alguns acreditam que os problemas das crianças são emocionais, frutos de conflitos em casa, ou seja, destacam possíveis causas (externos ou internas) e outros acreditam que a medicação é o único recurso, ou seja, indicam uma solução médica. A utilização do lúdico vem colocar uma nova alternativa de trabalho para estas crianças.

Nas atualidades precisamos quebrar paradigmas e fazes destes alunos participantes ativos no processo educacional levando-os a ser investigadores e promotores do próprio saber. A principal atributo da inclusão é propor uma escola para todos de forma incondicional.

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Para isso a escola com um todo deverá estar equipada para as mudanças, quando falo equipada, falo de uma equipe multidisciplinar, com professores especializados e psicopedagogos institucionais, a família também é fator importante para tal processo, sabemos que a inclusão não é fácil, mas extremamente necessário para que os alunos não sejam discriminados pela vasta sociedade. O trabalho com as crianças e professores é fundamental para que os preconceitos sejam eliminados, dando oportunidades de realização pessoal a todos aqueles que precisam de apoio, compreensão e reconhecimento de sua singularidade.

Para alcançarmos grandes objetivos apresentarei neste estudo uma visão do TDAH que nos levará a melhor as fases e dos conceitos através do tempo, em sequência apresentarei informações referentes a criança com TDAH, diagnostico, sintomas e tratamento. Dando continuidade demostrarei o uso do lúdico com a criança que apresenta sinais de TDAH. Além de sugerir as melhores atividades a serem trabalhadas em sala de aula com crianças. Não podendo deixar de me embasar no principal psicólogo Vigotski, responsável pela abordagem do desenvolvimento humano, na qual abordou o problema do desenvolvimento da criança e a aquisição das formas de conduta, como atenção voluntaria, pensamento, linguagem e memoria lógica. Vigotski (1994), menciona em sua teoria a importância do jogo e do brinquedo infantil, pois ambos cria um caminho de conhecimentos onde a criança se beneficia do conhecimento do seu par, a mais conhecida zona de desenvolvimento proximal.

O presente estudo foi dividido em três capítulos.

O primeiro foi apresentado uma breve abordagem histórica sobre o TDAH. No segundo capitulo trataremos da importância do lúdico em relação a dificuldade de aprendizagem, como a brincadeira é fator importante nesse processo de aprendizagem. O terceiro e último capitulo por sua vez terá como tema família e escola, como que a escola e a família lidam com o TDAH.

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CAPÍTULO I

UMA ABORDAGEM HISTÓRICA SOBRE O TRANSTORNO

DE DEFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE(TDAH).

Segundo Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA) O transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) é um dos transtornos mais prevalentes da infância e adolescência. Nas últimas 2 décadas, com o constante crescimento do conhecimento acerca do TDAH, novos questionamentos sobre sua etiologia vêm surgindo. Achados consistentes em pesquisas realizadas com familiares de portadores de TDAH já demonstraram as altas taxas de herdabilidade do transtorno. Embora não se tenha dúvida sobre a influência da genética na etiologia do TDAH, diversos estudos sugerem que o ambiente familiar também está envolvido. Outro achado que merece destaque é a alta incidência de sintomas de ansiedade e depressão em crianças com TDAH e também em seus familiares.

O TDAH, também chamado de DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção) ou, em inglês, de ADD, ADHD ou de AD/HD, é um transtorno neurobiológico de causas genéticas, reconhecido oficialmente pela OMS (Organização Mundial da Saúde), através da CID-10 (Classificação Internacional de Doenças).

Sendo assim é muito importante sabermos um pouco desta história que nos faz buscar mais, estar dentro do mundo dos alunos que podem e devem ser entendidos como sujeitos de aprendizagem.

Considerando o processo histórico que retrata os passos das crianças com tal transtorno, percebe-se que por oito séculos as medidas e vários estudos realizados levaram a criar um paradigma de institucionalização, em que as crianças viviam a margem da sociedade.

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Consequentemente, o TDAH é descrito por médicos desde o século XVIII (Alexander Chiton, 1798). Seus sintomas são observados e descritos em diferentes culturas. Rende-se a classificar o TDAH como um comportamento secundário e/ ou uma invenção farmacêutica, mas na verdade se consolida na publicação de mais 200 artigos científicos demonstrando alterações no funcionamento cerebral das crianças com TDAH, além de outras pesquisas de institutos abalizados do USA.

O discurso neurocientífico sobre o TDAH não é uníssono, mas também cria suas unanimidades, e nenhuma delas é mais forte do que a história do diagnóstico. Nela, a criança TDAH surgiu na literatura médica da primeira metade do século XX, e, a partir de então, foi batizada e rebatizada muitas vezes. Ela foi a criança com defeito no controle moral, a portadora de uma deficiência mental leve ou branda, foi afetada pela encefalite letárgica, chamaram-na simplesmente de hiperativa ou de hipercinética, seu cérebro foi visto como moderadamente disfuncional, ela foi a criança com déficit de atenção e, enfim, a portadora do transtorno do déficit de atenção/hiperatividade. Desde os últimos 20 anos do século XX, ela é marcada por um defeito inibitório que afeta o desenvolvimento das funções executivas cerebrais.

“Ainda no universo infantil, Barbetti (2003) analisa a construção da criança hiperativa em sua relação c om a história da eletricidade a partir da segunda metade do século XIX, e Dupanloup(2004) também retorna ao século XIX para falar da criança hiperativa inapta e instável”. (CALIMAN, 2010, p.48)

Segundo Caliman, história oficial do diagnóstico do TDAH é constituída por outros diagnósticos psiquiátricos problemáticos e duvidosos, situados na fronteira obscura entre ordens e desordem nervosas definidas ou indefinidas. Nem os historiadores internos do TDAH e nem seus críticos dizem que a

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história do TDAH guarda-chuvas seja fundamentalmente constituída por outros diagnósticos guarda- chuvas.

Como o TDAH, os diagnósticos guarda-chuva agrupados em sua história fizeram parte do processo através do qual a ciência médica iniciou seu discurso sobre a saúde mental de pessoas que não eram nem drasticamente mal desenvolvidas nem mentalmente deficientes. Elas eram mal adaptadas.

Os diagnósticos incluídos na história do TDAH são aqueles que fortaleceram o processo de patologização dos indivíduos incapazes de satisfazer as expectativas morais, políticas e econômicas da sociedade na qual viviam.

Na história da psiquiatria, a patologização do indivíduo inapto ou não adaptado não é um processo recente, mas, na constituição do TDAH, ela se vincula à cerebrização das disfunções adaptativas. Nela, o sucesso e o fracasso adaptativo tornaram-se dependentes do funcionamento cerebral, de sua neuroquímica e de seus ajustamentos e correções pontuais. Em nossa análise, explicitamos os aspectos que fortaleceram os vínculos entre a biologia e a moral da atenção e alimentaram a constituição do diagnóstico do TDAH.

Partimos da história oficial do transtorno. Recorremos à análise de Russell A. Barkley, uma das autoridades mais citadas no debate internacional clínico e político sobre o TDAH. Ele é quem melhor representa a direção neurológica cognitiva da interpretação clínica e histórica do transtorno e, por assim ser, estará na base de nossas análises seguintes. Na sua teoria desenvolvida durante a década de 90, o TDAH resulta de um defeito da inibição e da capacidade de autocontrole, sendo um defeito da vontade e um déficit do desenvolvimento moral.

A problemática do diagnóstico do TDAH tem aparecido com muita frequência tanto na área da educação, quanto na área da saúde. Para que

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entendamos melhor esse transtorno, procedemos uma breve revisão bibliográfica e uma inicial reflexão acerca dele. Uma valiosa contribuição para a história do diagnóstico do TDAH foi feita por Caliman (2010). A autora fez uma cartografia dos discursos históricos da presente temática e entre os aspectos que ela aponta, consideramos imprescindível destacar a ideia de que a história do TDAH guarda-chuva é constituída por outros diagnósticos guarda-chuvas. Citando Rafalovich (2002 apud CALIMAN, 2010) a autora vai demonstrando que esse transtorno é uma pletora de sintomas diferenciados, que possui em sua biografia a presença de outros diagnósticos também imprecisos e abrangentes, como a síndrome da encefalite letárgica e a lesão cerebral mínima, patologias comumente associadas à história do TDAH (MOYSÉS; COLLARES, 1992, LEGNANI; ALMEIDA, 2008).

Também é interessante apontar que a história dos distúrbios de aprendizagem contada por Moysés; Collares (1992) encontra-se com a história do TDAH. Segundo as autoras, há um discurso oficial que separa ambos os transtornos como sendo duas entidades nosológicas diferenciadas, todavia tanto o TDAH quanto os denominados distúrbios de aprendizagem fazem parte de um mesmo referencial teórico que associa alterações orgânicas e/ou genéticas às dificuldades de aprendizagem ou de comportamento.

Dito de outro modo, Moysés e Collares (1992) não discrimina o TDAH e os Transtornos de Aprendizagem como entidades distintas. Todas elas compõem a “A História não contada dos distúrbios de aprendizagem”, e tem em comum o aparecimento dos Distúrbios por Déficit de Atenção ou Desordem do Déficit de Atenção (DDA) em 1980, pela Academia Americana de Psiquiatria. Dentre as características essenciais deste transtorno estaria, por exemplo, a presença dos distúrbios de aprendizagem.

Foi no contexto de elaboração do DSM III que segundo Caliman (2009) o DDA surgiu como uma categoria psiquiátrica centrada na questão da atenção. Ela ainda nos descreve que, nas décadas de 1960 e 1970, era a

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patologia da hiperatividade que estava no centro do debate educacional e médico, contudo o seu diagnóstico era ainda mais impreciso e subjetivo que o diagnóstico da atenção. Este, de acordo com a racionalidade médica, poderia ser mais facilmente medido e quantificado.

O termo ajusta-se muito bem aos diferentes sentidos que o TDAH vem carregando ao longo de sua existência, podendo, a nosso ver, ser analisado um dos emblemas do nosso tempo, quando na segunda metade do século XX esse transtorno encontrou um terreno propício para se aumentar e constituir-se como uma verdadeira explicação acerca de muitos problemas na área da infância e da educação.

Nesse sentido, a etimologia nos ajuda a esclarecer a ideia de pletora e de diagnóstico guarda-chuva associados ao TDAH. Na sintomatologia apresentada pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM IV), pode caber quase tudo: defeito da atenção, da hiperatividade e da impulsividade.

Há um excesso de sintomas diferenciados e abrangentes na descrição patológica, de modo que é muito comum confundir com outros transtornos psiquiátricos que possuem um quadro patológico semelhante.

Assim, convém aqui especificar os critérios diagnósticos do DSM IV para o TDAH.

Este manual psiquiátrico subdivide o TDAH em três tipos, cuja sintomatologia será resumida abaixo para que o leitor tenha uma ideia do que é denominado sintoma pela psiquiatria:

O TDAH com predomínio de sintomas de desatenção, tais como: não enxergar detalhes ou cometer erros por descuido em atividades escolares e de

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trabalho; apresentar dificuldade para manter a atenção em tarefas ou atividades lúdicas; perder objetos necessários para determinadas ações, etc.

O TDAH com predomínio de sintomas de hiperatividade/impulsividade: agitar as mãos ou os pés ou se remexer na cadeira; correr ou escalar em demasia, em situações nas quais se espera que permaneça sentado; dar respostas precipitadas antes das perguntas terem sido concluídas; interromper ou se meter em assuntos dos outros, etc.

TDAH combinado: caracteriza-se pela combinação dos dois tipos anteriores, entretanto está mais fortemente associado aos sintomas de oposição e de desafio, além disso, apresenta um maior prejuízo no funcionamento global do indivíduo. Oferecemos aqui apenas alguns exemplos dos sintomas característicos do TDAH apresentados pelo Manual de Transtornos Mentais (DSM IV). Ao todo são 18 características, as nove primeiras se referem à desatenção; as seguintes indicam indícios de hiperatividade e impulsividade. Mesmo tendo o DSM IV estabelecido alguns critérios gerais que devem ser cuidadosamente observados e obedecidos, dentre eles: os sintomas manifestarem-se em mais de um ambiente, estarem presentes há mais de seis meses em um nível muito elevado que cause problemas ao indivíduo, comprometendo a sua adaptação; ainda assim, podemos ter a impressão de que essa descrição sintomatológica está carregada de juízo de valor, sentido moral e muito vinculado às tarefas. Como afirmam Collares; Moysés (2011) e Aquino (2003), é muito difícil alguma criança e até um adulto não se sentir incluído nos critérios diagnósticos estabelecidos.

Na análise de Barkley (1997, p. 6) Still foi quem primeiro vinculou o transtorno da atenção a um defeito da vontade inibitória. Foi ele quem ofereceu as bases clínicas do diagnóstico do TDAH.

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Assim, analisamos o trabalho de Still com três objetivos: inserir sua análise no processo histórico de naturalização da moral, iniciado no princípio do século XIX, destacar o caráter excessivo e tendencioso da leitura neurobiológica de Barkley sobre Still e demonstrar que a interpretação atual do TDAH se vincula às tentativas de patologização e biologização da vontade que a antecedem e a incluem.

Ao definir o TDAH através da linguagem do autocontrole, Barkley (1997) enfatiza que seu ponto de vista não é novo. Na história do TDAH, o médico inglês George Still, no início do século, e Virgínia Douglas, no final da década de 70, defenderam um ponto de vista semelhante. Still, Douglas e Barkley teriam em comum ao menos um aspecto que, para Barkley, é o ponto central da análise teórica e histórica do TDAH: em suas análises, o que determina o transtorno da atenção e da hiperatividade é o vínculo entre um defeito neurofisiológico do sistema inibitório, o déficit da moral e da vontade. Veremos que Barkley relaciona o problema moral ao déficit inibitório. Em sua opinião, Still e Douglas haviam chegado à mesma conclusão.

A história oficial do TDAH conta que, na literatura médica, ele foi primeiro um defeito do controle moral. O cenário de sua aparição foi a capital inglesa na virada do século XIX, mais especificamente, o King´s College Hospital, no ano 1902. George Still é o marco obrigatório. Considerado por seus comentadores o primeiro pediatra inglês, Still foi também o primeiro professor de doenças infantis do King´s College Hospital e autor de vários livros sobre o comportamento infantil normal e patológico. Ele ficou famoso pela descrição da artrite reumatóide crônica em crianças, patologia que ficou conhecida como a doença de Still. Na história do diagnóstico do TDAH, de sua vasta produção, são retomadas três conferências proferidas diante do Royal College of Physicians, no ano 1902, intituladas Algumas condições psíquicas anormais em crianças, publicadas no The Lancet, no mesmo ano (Still, 1902).

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A história de Barkley (1997) sobre o transtorno é a mais citada pelos que, como ele, encontram nas conferências de George Still a primeira descrição médica do TDAH. Para o autor, vários aspectos da análise de Still confirmam a existência biológica do transtorno e de sua manifestação clínica na virada do século.

O primeiro ponto de acordo é etiológico: a condição mórbida descrita por Still e o atual TDAH resultam do defeito da função inibitória da vontade. A sintomatologia e a epidemiologia descritas são também as mesmas. Nas crianças afetadas, a punição é ineficaz. O comportamento agressivo e desafiante que está na base da criminalidade é uma manifestação comum. Entre os familiares, há relatos de alcoolismo, depressão e comportamento criminoso.

Nos dois diagnósticos, a desatenção e a hiperatividade estão presentes. Observa-se o comportamento patológico orientado por gratificações imediatas, acompanhado da incapacidade de planejar o futuro. O intelecto não é afetado.

As duas pesquisas legitimaram a patologia moral como uma condição mórbida independente e real porque biológica e cerebral. O objetivo era e é encontrar a sede fisiológica da vontade, da moral e do autocontrole.

“A interessante movimentação que essas crianças fazem com as mãos e pés quando estão sentadas e das dificuldades em manterem se sentadas por muito tempo: são crianças que parecem ter uma sensação interna de inquietude e por isso chegam a pular e a correr demasiadamente em situações inadequadas; ao jogar ou brincar, são muito barulhentas, agitadas, falam demais, respondem as perguntas quase sempre antes das

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mesmas terem sido terminadas, não suportam esperar a vez e intrometem-se nas conversas e jogos dos outros constantemente. De acordo com as pesquisas mais recentes são necessários, pelo menos, seis sintomas de desatenção e seis dos sintomas de hiperatividade/impulsividade para que se possa pensar na possibilidade do diagnóstico de TDAH”. (BENCZIC, 2000, p.23)

Crianças com TDAH do tipo desatenção não conseguem prestar atenção a detalhes, cometem erros por descuido, demonstram grande dificuldade para concentrar –se em tarefas e/ou jogos e por não conseguirem prestar atenção ao que lhe é dito, dão a impressão de estarem viajando, parecem estar no “Mundo da Lua”, além disso dificilmente conseguem terminar uma atividade sem ajuda, por consequência também não conseguem seguir regras e instruções, são desorganizados com matérias e tarefas evitando atividades as quais são exigidas o esforço mental, se distraem com facilidade, costumam perder coisas importantes e não tem relação com os estímulos que está sendo feito no momento.

A motivação constitui o fator principal e decisivo no êxito da ação de todo e qualquer indivíduo ou empreendimento coletivo. Só com o acaso e a sorte é que se aproxima relativamente a esse êxito, mas com muito menos força. Não se compreende um administrador insensível ao problema da motivação. Com este trabalho, visamos identificar e explicar as mais importantes teorias e abordagens disponíveis, com as respectivas críticas, ligações e inter-relacionamentos. Com tudo isso, tentamos propiciar uma visão geral e abrangente dos aspectos positivos, negativos, conjunturais e diferenciais destas teorias e abordagens, bem como a importância da motivação para o trabalho.

O inter-relacionamento entre administração e motivação foi descrito como uma maneira de mostrar a melhor forma de coordenar o pessoal, buscando inputs que resultem em motivação e que venham trazer bons

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resultados para as organizações. O relacionamento existente entre liderança e motivação com a finalidade de mostrar como transformar uma organização.

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CAPITULO II

O LÚDICO COMO PONTO DE PARTIDA PARA APRENDIZAGEM DA CRIANÇA TDAH.

O brincar possibilita o desenvolvimento das significações de aprender. O que no adulto aparece no motivo de consulta (demanda, as fantasias de enfermidade e cura), principalmente na linguagem verbal, na criança expressa-se pela linguagem lúdica. (Fernandez, 1991, p.168)

Quando a criança envolve-se com o lúdico, ela tem a possibilidade de vencer medos, traumas e tudo em que consiste a sua sensibilidade. É necessário que o brincar seja espontâneo e este deverá refletir a forma de pensar e sentir da criança, onde ela demonstra sua história de vida possibilitando: o desenvolvimento intelectual, equilíbrio emocional, a comunicação, a criatividade, a independência.

Ressaltemos algumas definições das palavras que engloba a lúdico: Brinquedo – Brincadeira- jogo

Para a autora KISHIMOTO (1994, p.25) o brinquedo é compreendido como um objeto suporte da brincadeira, ou seja, brinquedo aqui estará representado por objetos como piões, bonecas, carrinhos, etc. Os brinquedos podem ser considerados: estruturados e não estruturados. São denominados de brinquedos estruturados aqueles já adquiridos prontos, o qual compramos ou ganhamos, é o caso de piões, bonecas, carrinhos, entre tantos outros.

Os brinquedos denominados não estruturados são aqueles não industrializados, são objetos simples que nas mãos de uma criança ganham novos sentidos, novos significados, passando assim a ser um brinquedo, são simples objetos como paus, pedras, caixas de leite, latas, entre tantos outros.

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A pedra se transforma em comidinha, bala, e o pau em bonecas, aviões, espadas, cavalinhos. Portanto, vimos que os brinquedos podem ser estruturados ou não estruturados dependendo de sua origem ou transformação criativa imaginação da criança em cima do objeto.

A brincadeira se caracteriza por alguma estruturação e pela utilizações de suas respectivas regras. Alguns exemplos de brincadeira que poderíamos citar e que são estritamente conhecidas por todos nós: Brincar de casinha, Ladrão e Policia, chicotinho queimado, telefone sem fio, etc. A brincadeira é uma atividade que pode ser tanto individual quanto coletiva. Na brincadeira a existência das regras não limitas a ação lúdica, a criança pode modifica-la, ausentar- se quando desejar, incluir novos membros, modificar as próprias regras, por fim existe maior liberdade de ação e ação para as crianças.

A compreensão do jogo está associado tanto ao objeto quanto a brincadeira. É uma atividade mais estruturada e organizada por um sistema de regras mais especificas. Alguns exemplos seriam: mimica, jogo de cartas, jogos de tabuleiro, de construção, de faz de conta, entre tantos outros. Uma característica importante do jogo é a sua utilização tanto por crianças quanto por adultos, enquanto que o brinquedo tem uma associação mais exclusiva com o mundo infantil.

“Para construir um saber, para apropriar-se de um conhecimento devemos jogar com a informação como se fosse certa e como se não fosse certa. E é no seio desse processo que irá se construindo a criação, a possibilidade de transformar o objeto, de acordo com a experiência de cada um, e por sua vez, deixar-se transformar pelo inclusão desse objeto”. (Fernandez,1991, p.166).

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A brincadeira o jogo faz a criança imaginar, criar, interagir com o mundo da fantasia ou mundo real, através dos brinquedos e brincadeiras podemos perceber o que as crianças estão vivendo dentro ou fora de casa. A brincadeira leva a criança extravasar situações problemas, aprendizagens, desenvolvimentos, entre tantos outros.

Para construir um saber faz-se necessário brincar, brincar de faz de conta, com ou sem objetos, ou com objetos que vire brinquedos, o importante é saber construir, brincar, imaginar, transformar.

E falando do lúdico de acordo com Referencial da Educação Infantil o brincar envolve-se por meio de várias facetas em que:

O movimento e as mudanças da percepção resultantes essencialmente da mobilidade física das crianças;

A relação com os objetos e suas propriedades físicas assim como a combinação a associação entre eles;

A linguagem oral e gestual que oferecem vários níveis de organização a serem utilizados para brincar; os conteúdos sociais, como papéis, situações, valores e atitudes que se referem a forma como o universo social se constroem;

E, finalmente, os limites definidos pelas regras, constituindo-se em um recurso fundamental para brincar.

No entanto, o universo lúdico é abrangente, e refere-se aos termos brincar, a brincadeiras, jogos e brinquedos. O brincar caracteriza tanto a brincadeira como o jogo e o brinquedo como objeto suporte da brincadeira e/ou do jogo.

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O lúdico é uma instrumento amplo, criativo, interativo e sedutor que vem dar suporte ao professor minimizando os problemas de desatenção e de comportamento nas crianças com TDAH, melhorando assim a aprendizagem e o desenvolvimento da criança, onde suas experimentações e vivências vão refletindo o mundo exterior, relacionando com outras crianças.

“A aprendizagem é um processo pessoal que possibilita através das áreas de desenvolvimento proximal, isto é, da distância entre a zona de desenvolvimento real, determinar através das soluções independentes de problemas, o nível de desenvolvimento potencial, ou seja, aquilo que a criança ainda não sabe, mas que pode aprender. Destacou a importância do lúdico para os processos de aprendizagem e desenvolvimento da criança, pois através deste ato que acriança reproduz experimentações e vivencias com o mundo exterior, e ainda se relaciona com as outras crianças”. (Vygotsky 2004, p. 32)

Como afirma Vygotsky na citação acima, a aprendizagem e o desenvolvimento da criança se dá passo a passo onde a mesma avança, e sem dúvida que cresce a importância, e a atuação do professor nesse artifício. No entanto, cabe o professor estimular constantemente a atenção da criança com TDAH, para que a mesma não se perca a qualquer novo estimulo do ambiente, permitindo que a criança fixe a atenção em um único brinquedo ou brincadeira por um tempo suficiente e ter o máximo de aproveitamento daquela experimentação, com uma melhor interação com o objeto e mesmo com os colegas. Neste sentido, alcança – se a aproximação aos demais, relacionando com os colegas mantendo a afetividade com os colegas.

A criança aprende de forma prazerosa quando há uma estratégia lúdica, o aprendizado se dá através das interações, os jogos, os brinquedos, as brincadeiras e as interações parte deste processo. A zona de desenvolvimento

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proximal acontece quando crianças que tem um desenvolvimento mais avançado interage com outras que por algum motivo tem uma certa dificuldade, essa troca acontece de forma prazerosa, através de uma brincadeira, a partir daí percebemos que o aprendizado aconteceu de forma lúdica e dinâmica.

Para utilizar os jogos os jogos como estratégias pedagógicas, o educador deve levar em consideração as características da criança com TDAH, e quais as condições em que deverá realizar as atividades, objetivando auxiliar a desenvolver as suas potencialidades para um bom desempenho social, emocional e cognitivo.

“A hora do jogo psicopedagógico supera a dicotomia testes projetivos – testes de inteligência e, principalmente ajuda a observar, em seu operar, aqueles aspectos que tradicionalmente foram estudados de forma isolada e somente em seus produtos (através dos testes de performance, de psicomotricidade, de maturidade visomotora, de dominância lateral, etc.) a hora do jogo permite observar a dinâmica da aprendizagem.” (Alicia Fernández 1991, p.168)

Portanto, o ato de brincar é de suma importância no desenvolvimento e aprendizado da criança.

Na rotina escolar, percebe-se que essas crianças apresentam dificuldades de autocontrole, o que dificulta o trabalho do professor em sala de aula.

A aprendizagem progressiva de domínio do corpo através do jogo corporal realiza movimentos que acompanha as diferentes organizações funcionais.

“O jogo é essencial para avida da criança e tem se o jogo de exercício que é aquele em que a criança

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repete uma determinada situação por puro prazer, por ter apreciado seus efeitos”. (Piaget 1988, p.76)

KISHIMOTO (1990, p.39, 40) faz um breve comentário sobre Froebel apud Cunha(1998): que foi o primeiro a colocar o valor educativo do jogo como parte essencial do trabalho pedagógico. Assim como nos primeiros estudos sobre o jogo, o nome de ludus era atribuído as escolas responsáveis pela instrução elementar, que eram semelhantes teatros, onde existia apresentação de espetáculos e também a práticas de exercícios de fortalecimento do corpo e do espirito.

Verderi (1999, p.78) afirma que, nos dias de hoje, a formação da personalidade das crianças é bastante influenciada pelo contexto sociocultural. A cada dia, as crianças são mais afastadas dos jogos e das brincadeiras, do contato com as atividades recreativas, o que traz como consequências o empobrecimento nas etapas do desenvolvimento infantil e a privação de um aprimoramento mais adequado ao desenvolvimento de suas capacidades motoras, cognitivas e sócio afetivas. Logo, se entende que os jogos e as brincadeiras são primordiais em todas as etapas do desenvolvimento infantil, tornando-se indispensável na pratica pedagógica do educador, pois contribuem com a construção da personalidade e desenvolvimento cognitivo. Não se pode deixar de lançar mão dessa ferramenta em nossas salas de aula.

A partir da citação acima e de experiências que temos com o nosso dia a dia em escolas ou creches, percebemos e entendemos o quão é importante para nossos alunos brincarem, levar para nossas crianças brincadeiras, resgatar essa essência é tão importante quanto ficarmos presos somente a conteúdo. Entendemos também que os jogos promovem o desenvolvimento da cooperação grupal, faz com que as crianças se ajudem reciprocamente no processo de construção coletiva de conhecimentos e possibilitam a interação do grupo. Para as crianças com TDAH, é de suma importância essa interação,

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pois elas aprendem, assim, a conviver socialmente de forma agradável e principalmente com prazer.

Utilizando os jogos, o educador poderá explorar as várias habilidades de forma significativa e interessante. Sem ter que pressionar, impor e cobrar, a criança se sente à vontade para superar as dificuldades cognitivas e emocionas.

O jogo aponta regras definidas a serem obedecidas por todos os participantes, e essas regras são levadas para vida. Sabe-se que alunos com TDAH apresentam grandes dificuldades em seguir e obedecer a instruções, pois crianças com TDAH, possuem dificuldades em se submeter adequadamente as regras de interação social. Do jogo em ação pedagógica, a criança entenderá o porquê das regras, e que esta fazem parte, do início de qualquer atividade lúdica, e para que elas aconteçam é necessário que os participantes compreendam e estejam de acordo com as regras combinadas pelo grupo e pelo professor que será o mediador.

A ludicidade é o caminho facilitador da aprendizagem das habilidades sociais. É por isso que surge a importância de enfatizarmos a necessidade de as crianças com TDAH aprenderem a brincar e a jogar seguindo as regras. É fácil reconhecer que algumas crianças possuem maiores habilidades para desenvolverem as atividades lúdicas e recreativas, apresentando um comportamento mais constante, paciente e com maior nível de concentração, enquanto as crianças com TDAH, possuem dificuldades próprias e sintomáticas como a falta de atenção em atividades, mesmo que em tarefas lúdicas demonstram um comportamento disperso. No entanto, o papel do jogo, como intervenção no aluno com TDAH, é o de contribuir para melhores condições de desenvolvimento.

“Em situações em que o jogo exija um grau elevado da capacidade de atenção, concentração e

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paciência, o comportamento lúdico das crianças consideradas hiperativas certamente será comprometido, pois essas crianças possuem menos intensidade de jogo do quem aas crianças normais.” (Barros, 2002, p.63)

Com cita Barros acima, o comportamento das crianças com TDAH poderá ser diferente devido à instabilidade comportamental e todas as suas consequências, as crianças com TDAH tem dificuldades em cultivar e preservar suas amizades, assim, o lúdico também poderá atuar como facilitador das relações interpessoais, melhorando suas interações sociais e ampliando seu círculo de amigos.

É de suma importância que essas crianças entendam que, através da integração social, com os companheiros do grupo, podem aprender as habilidades sociais e fazer uso delas para ter uma vida comunitária satisfatória.

Portanto cabe ao educador criar processos facilitadores para que a criança com TDAH encontrem novas amizades, novos caminhos, pois os amigos são peças importantes para o progresso no desenvolvimento dessas crianças.

A instabilidade comportamental, a ansiedade e a falta de concentração em algumas crianças hiperativas fazem com que as outras crianças se afastem delas, pois, por não compreenderem a sua forma de relacionamento, acabam as considerando inconvenientes. (Lopes 2000, p.40)

De acordo com a citação de Lopes, por vezes as crianças com TDAH acabam sendo excluídas pelos amigos, isso poderá causas certos tipos de transtornos emocionais, pois a falta de companheiros poderá trazer em algumas crianças sentimentos de solidão e ansiedade, causando então um processo depressivo.

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Nas relações escolar, caberá ao educador intervir de maneira adequada e positiva com seu grupo de forma ajudar seus alunos a observarem que os colegas com TDAH e não tem qualidades e não somente inquietudes, fazendo-os perceberem que, muitas vezes, suas ações necessitam ser corrigidas para que elas aprendam a reagir e a interagir corretamente com todo o grupo. No entanto, o educador estará facilitando as relações interpessoais das crianças a as ajudando a construir uma auto- educação para a tolerância e calma, ou seja uma criança que consiga manter a calma, tão importante na vida das pessoas em dias atuais.

A impulsividade é um comportamento básico na vida do hiperativo; ele tem o desejo de satisfazer suas vontades de maneira rápida e imediata, independente das circunstâncias, possivelmente estas manifestações ocorre devido à falta de organização internas dos indivíduos, a imaturidade, a falta de atenção e as instabilidades motoras que apresentam. (FABRIS 2003, p.30)

O hiperativo mostra uma grande impulsividade, ele tem a necessidade de uma recompensa imediata, o TDAH apresenta uma dificuldade maior em compartilhar e ser cooperativo com o grupo. Para que a pratica pedagógica através dos jogos, seja favorável é necessário que o educador seja consciente que ao utilizar o lúdico em sua sala de aula. O educador precisa saber quais os objetivos que deseja alcançar e quais as potencialidades que podem desenvolver em seus alunos.

Por tanto, é fundamental que a escolha o jogo adequado para o memento educativo a que se propõe, explorando de forma significativa as finalidades educativas de cada jogo realizado. Os objetivos traçados pelo professor devem alcançar os participantes em sua totalidade, priorizando a

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aprendizagem individual e grupal, constituindo de forma eficiente a formação integral de cada cidadão.

O educador deve causar, motivar a participação dos alunos na elaboração e na construção dos mesmos, fazendo do ambiente escolar um lugar onde a aprendizagem aconteça de forma agradável e transformadora. As crianças sentem-se mais motivadas, quando constroem os seus jogos, a partir daí vão adquirindo conteúdos e conceitos importantes de relações de aprendizagem. No entanto, a intervenção com a pratica possibilita o sucesso no processo de ensino e aprendizagem.

O lúdico deve ser explorados com materiais diversificados pois, um ambiente estimulador dentro da sala de aula vem possibilitar a confecção dos jogos e brinquedos que estarão na sala de aula com o objetivo de propiciar um ensino aprendizagem com qualidade.

“Através da confecção de jogos, a criança poderá errar, acertar, construir, criar, copiar, desenvolver planos, e isto aumentará a sua auto- estima, revelando que é capaz, que pode usar o pronto, mas também que pode fazer muitas coisas para si própria”. (LOPES 2000, P.41).

Portanto, é fundamental o papel do educador no ´processo de construção do conhecimento durante as realizações dos jogos, sendo necessário o educador agir como mediador, organizador e incentivador da aprendizagem.

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CAPITULO III

A CRIANÇA, TDAH, FAMILIA E O CONTEXTO ESCOLAR

Mattos, fala sobre as atitudes que os pais tem em relação a seu filho e que tal atitudes não a causa o TDAH, mas podem contribuir para acentuar os comportamentos que eles apresentam. Pais que tem dificuldades em estabelecer normas de comportamentos claras e definidas podem contribuir para um aumento inadequado de conduta em crianças, porque elas não terão bons exemplos que os norteiam, e sabemos que o adulto é ponto de referência para crianças com ou sem TDAH.

O comportamento hiperativo pode desestabilizar a relação do casal, que deve procurar administrar, em conjunto, os desvios comportamentais apresentados pelo filho, pois a discórdia do casal tem repercussão negativa relevante sobre o comportamento emocional da criança, o que agrava a hiperatividade. A vida doméstica se torna mais difícil, os encontros não mais denotam prazer, mas justamente o oposto, ou seja, o desprazer. A vida do casal se altera, comprometendo também a sua vida afetiva e sexual, em particular. Os horários das refeições tornam-se desgastantes, quando na realidade deveriam ter clima tranquilo, com momentos de descontração e prazer para integrar a família. Acontece exatamente o contrário, pois nestas horas é que os ânimos ficam acirrados, tornando mais evidentes as cobranças e discussões. (TOPAZEWSKI, 1999, P.49)

Wender(1980), considera que os pais precisam ser absorvidos da auto tortura por pecados que nunca cometerem... isso diminuirá sua ansiedade e depressão...reduzindo o fardo da família. Diz também: definir uma criança infeliz e não como má muitas vezes diminuirá a hostilidade dos pais, permitindo-lhe se comportar de modo mais terapêutico. Taylor, apud Borges(1997) observa que as crianças hiperativas podem provocara falência emocional de uma família.

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É muito difícil lidar com tais transtornos, mas temos que ter a compreensão que os filhos necessitam de ajuda, compreensão, amor, carinho, dedicação não esquecendo de medir. Pais neste momento devem procurar ajuda com profissionais da área, uma terapia familiar poderá ajudar em suas dificuldades e ansiedades.

Os pais devem manter dialogo sobre o problema em casa, ajudando a criança ou adolescente a entender as dificuldades de si próprio. Lembre-se de que no TDAH o portador não tem uma boa crítica sobre seu próprio comportamento e o impacto dele nos outros. (MATTOS 2015, p. 105)

O primeiro passo é compreender o que é o TDAH, suas causas e como se manifesta nas diferentes situações do dia-a-dia e nos diferentes locais que a criança frequenta. Aceitar o TDAH como problema real que que necessita de cuidados especiais e não como um temperamento difícil, uma teimosia, entre outros, não rotular seu filho em momento de desespero ou raiva.

Mattos (2015) afirma que o trabalho voltado à formação familiar assim como de apoio às necessidades de equilibração são de fundamental importância para o sucesso da criança, bem como para a harmonia e a equilibração do lar. Para tanto, o primeiro passo é esclarecer os pais sobre o que é TDAH, as causas, o desenvolvimento do transtorno e como agir em diferentes situações que possam ocorrer.

Como cita MATTOS (2015), pense em como seu filho se sente por não entender às suas expectativas e não exija dele mais do que ele pode dar. Lembre-se: ele faria melhor se pudesse.

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A lista que segue revê vários pontos de uma série de estratégias que podem ajudar pais de criança portadoras de TDAH segundo Goldstein e Goldstein, 1998.

1 - Aprender o que é TDAH

· Os pais devem compreender que, para poder controlar em casa o comportamento resultante do TDAH, é preciso ter um conhecimento correto do distúrbio e suas complicações;

2 - Incapacidade de compreensão versus rebeldia

· Os pais devem desenvolver a capacidade de distinguir entre problemas que resultam de incapacidade e problemas que resultam de recusa ativa em obedecer ordens. Os primeiros devem ser tratados através da educação e desenvolvimento de habilidades. Os outros são resolvidos de maneira satisfatória através de manipulação das consequências.

3 - Dar instruções positivas

· Pais devem cuidar para que seus pedidos sejam feitos de maneira positiva ao invés de negativa. Uma indicação positiva mostra para a criança o que deve começar a ser feito e evita que ela focalize em parar o que está fazendo.

4 - Recompensar

Os pais devem recompensar amplamente o comportamento adequado. Crianças com TDAH exigem respostas imediatas, frequentes, previsíveis e coerentemente aplicadas ao seu comportamento. Da mesma maneira, necessitam de mais tentativas para aprender corretamente. Quando a criança consegue completar a tarefa ou realiza alguma coisa corretamente, deve ser recompensada socialmente ou com algo tangível mais frequentemente que o normal.

5 - Escolher as batalhas

· Os pais devem escolher quando e como gastar suas energias uma batalha, sempre reforçando o positivo, aplicando consequências imediata para

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comportamentos que não podem ser ignorados e usando o sistema de créditos ou pontos. É essencial que os pais estejam sempre um passo à frente.

6 - Usar técnicas de "custo de resposta"

· Os pais devem entender bem o que seja "custo de resposta", uma técnica de punição em que se pode perder o que se ganhou.

7 - Planejar adequadamente

· Os pais devem aprender a reagir aos limites de seu filho de maneira positiva e ativa. Aceitar o diagnóstico de TDAH significa aceitar a necessidade de fazer modificações no ambiente da criança. A rotina deve ser consistente e raramente variar. As regras devem ser dadas de maneira clara e concisa. Atividades ou situações em que já ocorreram problemas devem ser evitadas ou cuidadosamente planejadas.

8 – Punir adequadamente

· Os pais devem compreender que a punição não irá reduzir os sintomas de TDAH. Punir deve ser uma atitude diretamente relacionada apenas a um comportamento para crianças com TDAH se acompanhada de uma estratégia de controle.

9 – Construir ilhas de competência

· O que realmente importa para o sucesso dessa criança na vida é o que existe de certo com ela e não o que está errado. Cada vez mais, a área da saúde mental focaliza seu trabalho em aumentar os pontos fortes em vez de tentar diminuir os pontos fracos. Uma das melhores maneiras de criar pontos fortes é uma boa relação dos pais com seu filho. Uma das grandes dificuldades enfrentadas pelo aluno com TDAH e sua família é a realização do dever de casa. O que professores devem lembrar ao passar uma lição de casa é o tempo que um estudante com TDAH leva para fazer essa lição – 3 a 4 vezes mais do que seus colegas. É necessário fazer adequações para que a quantidade de trabalho não exceda o limite da possibilidade. Ter sempre

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presente que a lição de casa tem o objetivo de revisar e praticar o que foi aprendido em sala de aula. Pais não devem fazer o papel de professores.

3.2 COMO O TDAH AGE COM SEUS PAIS

Barkley (2000), refletindo a respeito de como os TDHs agem com seus pais, verificou que as crianças portadoras do distúrbio eram muito submissas, mais negativas, mais capazes de abster-se das tarefas e menos persistentes em concordar com as normas impostas por suas mães.

Barkley (2000), salienta que ouviu queixas de mães de crianças com TDAH é que essas crianças parecem se comportar melhor com os pais. Observou ainda que eram menos negativas com seus pais e mais capazes de permanecer um maior período de tempo em tarefas do que com suas mães.

Barkley (2000), observou ainda que meninos com TDAH iniciaram mais interações do que outros quando trabalhando com suas mães, necessitando também de mais ajuda. Essas crianças, a curto prazo, pareciam necessitar de mais atenção, mais conversa e solicitavam mais intensamente e ajuda de suas mães.

Ainda segundo Barkley (2000), deve haver algo relacionado ao fato de que as mães carregam a maior responsabilidade de interagir com a criança com TDAH do que os pais no ambiente de casa. As mães parecem contar mais com razão e afeto para conquistar a obediência do filho. Como as crianças com TDAH não seguem instruções muito bem e não são sensíveis a elogios, essa forma de proceder parece motivá-los bem menos. Os pais podem racionalizar e repetir menos ordens, podendo impor punição imediata pela não submissão. Não podemos descartar o fato do tamanho físico e de maior força do pai, que podem ser intimidadores para uma criança com TDAH.

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3.2.1 COMO OS PAIS DEVEM AGIR

Goldstein & Goldestein (1994) sugere uma série de postura que os pais devem tomar:

1- Educação: sugere que os pais considerem que a educação a essa criança deve ser apropriada para isso, devem se informar, conhecer a literatura especializada, para saberem como agir;

2- Controle: recomendam que os pais considerem que o domínio, paciência, tolerância, conhecimento, aptidão, compreensão, capacidade de controle e, acima de tudo, amor;

3- Maneira de divertir a criança: os pais devem descobrir oportunidades de diversão com a criança, tornando cada dia agradável, estimulando atitudes positivas a criança;

4- Apoio aos pais: os pais devem se apoiar mutuamente, com a participação do casal em todas as atividades e intervenções, de forma coerente;

5- Escola: apoio e tolerância às iniciativas da escola;

6- Autoestima: os pais devem ajudar a criança a construir uma boa autoestima. Atividades em que ela seja bem sucedida devem ser estimuladas;

7- Amigos: os pais devem estimular a manutenção das amizades, ajudando-a nessa tarefa, facilitando as interações sociais;

8- Irmãos: os pais não podem esquecer dos outros irmãos, mesmo que despendam mais tempo à sua criança hiperativa.

Borges (1997) diz que os pontos citados são bastante pertinentes, mas acredita que estão muito distantes da realidade das crianças que sofrem desse distúrbio, por se tratarem de crianças cujas famílias geralmente são formadas por pessoas simples, com pouca ou nenhuma instrução, sobrevivendo à custa de muito trabalho e sacrifício. Alguns dos pais nem mesmo percebem as implicações que o comportamento da criança poderá ter para o futuro.

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Afirma Borges (1997) que o pai, geralmente, se coloca mais distante e tem menos oportunidade de se enervar, pois não participa diretamente dos cuidados à criança. São, portanto, as mães que mais se lastimam e se preocupam, por não saberem como agir com essa criança.

3.2.2 A SALA DE AULA E A CRIANÇA COM TDAH

Na sala de aula, na escola a criança hiperativa começa a se aventurar no mundo e já não tem a família para agir como amortecedor. O comportamento, antes aceito como engraçadinho ou imaturo, já não é permitido. Ela precisa agora aprender a lidar com regras, a estrutura e os limites de uma educação organizada e seu temperamento simplesmente não se ajusta muito bem às expectativas da escola (GOLDSTEIN & GOLDSTEIN, 1996, p- 106)

Segundo Goldstein & Goldstein (1996), muitas crianças hiperativas também vivenciam comportamentais ou emocionais secundários na escola como consequência de sua incapacidade de satisfazer as exigências da sala de aula. Esses problemas muitas vezes se desenvolvem em resposta a fracassos frequentes e repetidos, algumas crianças tornam-se deprimidas e retraídas, enquanto se tornam irritadas e agressivas. E na primeira ou segunda série as outras crianças tornam-se cada vez mais cientes das incapacidades das crianças hiperativas na sala de aula.

Uma sala de aula eficiente para crianças desatentas e hiperativas deve ser organizada e estruturada, o professor deve estar preparado para receber uma criança portadora de TDAH e procurar conhecer melhor o quadro do distúrbio, para saber como lidar com ela. Depois um programa de reforço baseado em ganhos e perdas, deve ser parte integrante do trabalho de classe.

“É muito importante pensar que o ambiente estruturado trará ganhos não só para a criança com

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TDAH mas também para todo o grupo.” (ROTTTA, OHLWEILER e RIESGO, 2006 p.154)

. O material didático deve ser adequada às habilidades e a idade da criança, estratégias que facilitem a autocorreção, e que melhorem o comportamento nas tarefas, a serem realizadas para que consigam terminarem com prazer e tempo hábil.

As atividades devem variar, mas continuar sendo interessantes para os alunos, os horários de transição, bem como os intervalos e reuniões especiais devem ser supervisionadas. Pais e professores devem manter uma comunicação frequente, os professores precisam estar atentos à qualidade do reforço negativo do seu comportamento.

O professor deve criar momentos para facilitadores para que a criança com TDAH adquira novas amizades, pois os amigos são essenciais para o desenvolvimento dessa criança. A instabilidade comportamental, a ansiedade e a falta de concentração em algumas crianças hiperativas fazem com que as outras crianças se afastem delas, pois por não compreenderem a sua forma de relacionamento, acabam as considerando inconvenientes. Assim sendo, algumas vezes, as crianças hiperativas acabam sendo excluídas pelos amigos, o que poderá provocar alguns transtornos emocionais, pois a falta de companheirismo poderá trazer para algumas delas sentimentos de solidão e ansiedade (LOPES, 2000).

É preciso desenvolver um repertório de interferência para poder atuar eficazmente no ambiente da sala de aula de uma criança com TDAH. Essas influências torna mínimo o impacto negativo do temperamento da criança. Um segundo repertório de intromissão deve ser desenvolvido para educar e melhorar as competências da criança com TDAH". (SANTOS, 2004).

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KAIPPERT, DEPOLI e MUSSEL(2003) Nós dá algumas dicas para o professor lidar com hiperativos

Evite colocar alunos nos cantos da sala, onde a reverberação do som é maior. Eles devem ficar nas primeiras carteiras das fileiras do centro da classe, e de costas para ela;

- Faça com que a rotina na classe seja clara e previsível, crianças com TDAH têm dificuldade de se ajustar a mudanças de rotina;

- Afaste-as de portas e janelas para evitar que se distraiam com outro estímulos;

- Deixe-as perto de fontes de luz para que possam enxergar bem; - Não fale de costas, mantenha sempre o contato visual;

- Intercale atividades de alto e baixo interesse durante o dia, em vez de concentrar o mesmo tipo de tarefa em um só período;

- Repita ordens e instruções; faça frases curtas e peça ao aluno para repeti-las, certificando-se de que ele entendeu;

- Procure dar supervisão adicional aproveitando intervalo entre aulas ou durante tarefas longas e reuniões;

-Permita movimento na sala de aula. Peça à criança para buscar materiais, apagar o quadro, recolher trabalhos. Assim ela pode sair da sala quando estiver mais agitada e recuperar o autocontrole;

- Esteja sempre em contato com os pais: anote no caderno do aluno as tarefas escolares, mande bilhetes diários ou semanais e peça aos responsáveis que leiam as anotações;

- O aluno deve ter reforços positivos quando for bem sucedido. Isso ajuda a elevar sua autoestima. Procure elogiar ou incentivar o que aquele aluno tem de bom e valioso;

- Crianças hiperativas produzem melhor em salas de aula pequenas. Um professor para cada oito alunos é indicado;

- Coloque a criança perto de colegas que não o provoquem, perto da mesa do professor na parte de fora do grupo;

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- Proporcione um ambiente acolhedor, demonstrando calor e contato físico de maneira equilibrada e, se possível, fazer os colegas também terem a mesma atitude;

- Nunca provoque constrangimento ou menospreze o aluno;

- Proporcione trabalho de aprendizagem em grupos pequenos e favoreça oportunidades sociais. Grande parte das crianças com TDAH consegue melhores resultados acadêmicos, comportamentais e sociais quando no meio de grupos pequenos;

- Adapte suas expectativas quanto à criança, levando em consideração as deficiências e inabilidades decorrentes do TDAH. Por exemplo: se o aluno tem um tempo de atenção muito curto, não espere que se concentre em apenas uma tarefa durante todo o período da aula;

- Proporcione exercícios de consciência e treinamento dos hábitos sociais da comunidade. Avaliação frequente sobre o impacto do comportamento da criança sobre ela mesma e sobre os outros ajuda bastante.

- Coloque limites claros e objetivos; tenha uma atitude disciplinar equilibrada e proporcione avaliação frequente, com sugestões concretas e que ajudem a desenvolver um comportamento adequado;

- Desenvolva um repertório de atividades físicas para a turma toda, como exercícios de alongamento ou isométricos;

- Repare se a criança se isola durante situações recreativas barulhentas. Isso pode ser um sinal de dificuldades: de coordenação ou audição, que exigem uma intervenção adicional.

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- Desenvolva métodos variados utilizando apelos sensoriais diferentes (som, visão, tato) para ser bem sucedido ao ensinar uma criança com TDAH. No entanto, quando as novas experiências envolvem uma miríade de sensações (sons múltiplos, movimentos, emoções ou cores), esse aluno provavelmente precisará de tempo extra para completar sua tarefa.

- Não seja mártir! reconheça os limites da sua tolerância e modifique o programa da criança com TDAH até o ponto de se sentir confortável. O fato de fazer mais do que realmente quer fazer, traz ressentimento e frustração.

- Permaneça em comunicação constante com o psicólogo ou orientador da escola. Ele é a melhor ligação entre a escola, os pais e o médico.

3.2.2 O PROFESSOR / INTERVENÇÃO

Segundo Borges (1997), a hiperatividade vem sendo bastante discutida em virtude de acarretar sérios problemas de interação social, hoje em dia é considerado um distúrbio que altera o comportamento e que mais é diagnosticada na escola.

Silva, Ana Beatriz B. (2003) Diz que as dificuldades maiores começam a surgir no âmbito escolar quando a criança é solicitada a cumprir metas e seguir rotinas, executar tarefas e ser recompensada ou punida de acordo com a eficiência com que são cumpridas.

Segundo a Revista Nova Escola (2004) alunos agitados ou desatentos sempre causam preocupação. Antes de atribuir a eles algum tipo de perturbação, é preciso observá-los atentamente, pois há uma série de componentes sociais que também levam uma criança a manifestar-se de modo não convencional.

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De acordo com a Revista Nova Escola (2000), os professores que têm alunos hiperativos precisam de paciência e disponibilidade e principalmente conhecimento sobre TDAH, pois eles exigem tratamento diferenciado, mais atenção e uma rotina especialmente estimulante para estimular e desenvolver a capacidade de atenção da criança. Valorizando assim seu potencial.

Abaixo segue uma lista de sugestões baseadas numa combinação de pesquisas cientificas, julgamento profissional e senso comum de como os professores devem ser (Goldstein, 1994, pág. 113).

• O professor sabe sobre hiperatividade em criança e está disposto a

reconhecer que este problema tem um impacto significativo sobre as crianças da classe.

• Professor parece entender a diferente entre problemas resultantes de

incompetência e problemas resultantes de desobediência.

• O professor não emprega como primeira opção o reforço negativo ou a

punição como meios para lhe dar com problemas e para motivar as crianças em sala de aula.

• A sala de aula é organizada.

• Existe um conjunto claro e consistente de regras na classe. Exige-se

que todos os alunos aprendam as regras.

• As regras da sala de aula estão colocadas num cartaz colocado na sala

apara que todos vejam.

• Existe uma rotina consistente e previsível na sala de aula.

• Um professor exige e segue restritamente as exigências especificas a

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• O trabalho escolar fornecido é compatível com o nível de capacidade

das crianças.

É importante que o professor considere que o aluno com TDAH é mais imaturo em relação aos colegas da mesma idade e que socialmente necessita de apoio para que consiga compreender e alcançar os objetivos acadêmicos, bem como estabelecer vínculos no grupo. (SAMPAIO 2015, p.150)

É imprescindível que o professor seja mediador, semeador e apoio do aluno. O professor é exemplo, um modelo em sala de aula, o mesmo sempre é observado e avaliado pelo aluno. E quando temos um bom ambiente para a pratica de ensino, o aluno corresponderá as nossas expectativas de ensino e despertará o seu interesse em aprender. O afeto é a ponte entre o professor e o aluno, através do afeto acontece o processo de ensino aprendizagem com prazer. Através de um ambiente livre e afetuoso o aluno se sentirá livre e aprende a fazer suas descobertas exercendo suas individualidades como sujeito do aprendizado.

O ambiente escolar precisa ser tão atrativo para o aluno quanto um vídeo game, um computador e celulares, pois nossos aluno já chegam cansados em sala de aula, no entanto uma aula lúdica, interativa vai fazer com que o aprendizado aconteça de forma interessante, proveitosa.

“Com a mediação das suas experiências, o aprendiz examina o ambiente e retém as impressões que recebeu em sua mente inconsciente. Assim, ele torna as impressões conscientes e visíveis para sua formação”. (CUNHA, EUGENIO 2015, p.83)

O professor deverá usar estratégias juntamente com o psicopedagogo para ser instrumento facilitador da aprendizagem, aprendizagem de forma lúdica através de jogos, brincadeiras, e um ambiente afetivo e compreensivo onde aprender se torne emocionante, atrativo e dinâmico.

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Então faz se necessário entender que a escola, a família e o professores são fatores importantes para o sucesso e conquista do aluno com TDAH. É no espaço escolar que o aluno permanece por horas a fio, e passam a maior parte do seu tempo do seu dia, para tanto, é imprescindível que o professor desenvolva seu olhar clinico, em relação ao desenvolvimento e avanço do aprendente.

Referências

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