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3.2.2 O PROFESSOR / INTERVENÇÃO

Segundo Borges (1997), a hiperatividade vem sendo bastante discutida em virtude de acarretar sérios problemas de interação social, hoje em dia é considerado um distúrbio que altera o comportamento e que mais é diagnosticada na escola.

Silva, Ana Beatriz B. (2003) Diz que as dificuldades maiores começam a surgir no âmbito escolar quando a criança é solicitada a cumprir metas e seguir rotinas, executar tarefas e ser recompensada ou punida de acordo com a eficiência com que são cumpridas.

Segundo a Revista Nova Escola (2004) alunos agitados ou desatentos sempre causam preocupação. Antes de atribuir a eles algum tipo de perturbação, é preciso observá-los atentamente, pois há uma série de componentes sociais que também levam uma criança a manifestar-se de modo não convencional.

De acordo com a Revista Nova Escola (2000), os professores que têm alunos hiperativos precisam de paciência e disponibilidade e principalmente conhecimento sobre TDAH, pois eles exigem tratamento diferenciado, mais atenção e uma rotina especialmente estimulante para estimular e desenvolver a capacidade de atenção da criança. Valorizando assim seu potencial.

Abaixo segue uma lista de sugestões baseadas numa combinação de pesquisas cientificas, julgamento profissional e senso comum de como os professores devem ser (Goldstein, 1994, pág. 113).

• O professor sabe sobre hiperatividade em criança e está disposto a

reconhecer que este problema tem um impacto significativo sobre as crianças da classe.

• Professor parece entender a diferente entre problemas resultantes de

incompetência e problemas resultantes de desobediência.

• O professor não emprega como primeira opção o reforço negativo ou a

punição como meios para lhe dar com problemas e para motivar as crianças em sala de aula.

• A sala de aula é organizada.

• Existe um conjunto claro e consistente de regras na classe. Exige-se

que todos os alunos aprendam as regras.

• As regras da sala de aula estão colocadas num cartaz colocado na sala

apara que todos vejam.

• Existe uma rotina consistente e previsível na sala de aula.

• Um professor exige e segue restritamente as exigências especificas a

• O trabalho escolar fornecido é compatível com o nível de capacidade

das crianças.

É importante que o professor considere que o aluno com TDAH é mais imaturo em relação aos colegas da mesma idade e que socialmente necessita de apoio para que consiga compreender e alcançar os objetivos acadêmicos, bem como estabelecer vínculos no grupo. (SAMPAIO 2015, p.150)

É imprescindível que o professor seja mediador, semeador e apoio do aluno. O professor é exemplo, um modelo em sala de aula, o mesmo sempre é observado e avaliado pelo aluno. E quando temos um bom ambiente para a pratica de ensino, o aluno corresponderá as nossas expectativas de ensino e despertará o seu interesse em aprender. O afeto é a ponte entre o professor e o aluno, através do afeto acontece o processo de ensino aprendizagem com prazer. Através de um ambiente livre e afetuoso o aluno se sentirá livre e aprende a fazer suas descobertas exercendo suas individualidades como sujeito do aprendizado.

O ambiente escolar precisa ser tão atrativo para o aluno quanto um vídeo game, um computador e celulares, pois nossos aluno já chegam cansados em sala de aula, no entanto uma aula lúdica, interativa vai fazer com que o aprendizado aconteça de forma interessante, proveitosa.

“Com a mediação das suas experiências, o aprendiz examina o ambiente e retém as impressões que recebeu em sua mente inconsciente. Assim, ele torna as impressões conscientes e visíveis para sua formação”. (CUNHA, EUGENIO 2015, p.83)

O professor deverá usar estratégias juntamente com o psicopedagogo para ser instrumento facilitador da aprendizagem, aprendizagem de forma lúdica através de jogos, brincadeiras, e um ambiente afetivo e compreensivo onde aprender se torne emocionante, atrativo e dinâmico.

Então faz se necessário entender que a escola, a família e o professores são fatores importantes para o sucesso e conquista do aluno com TDAH. É no espaço escolar que o aluno permanece por horas a fio, e passam a maior parte do seu tempo do seu dia, para tanto, é imprescindível que o professor desenvolva seu olhar clinico, em relação ao desenvolvimento e avanço do aprendente.

CONCLUSÃO

Por meio desta pesquisa tive a oportunidade de me aprofundar um pouco mais sobre o que é o TDAH e verificar a importância do lúdico para as crianças com TDAH, sendo estas impacientes e com imensa dificuldade de atenção.

Neste trabalho, proponho o início de uma discussão bastante presente quanto à responsabilidade do professor em lidar e incluir crianças com TDAH nas atividades cotidianas em sala de aula; aqui incluo também a responsabilidade social da escola. Para isso, é necessário que haja profissionais capacitados, informados e habilitados para lidar com este transtorno.

A realização deste trabalho ensinou – me a perceber e entender as múltiplas facetas do lúdico, na inclusão e da posição que cada pesquisado pode assumir diante uma pratica psicopedagógica, disponibilizando a estes alunos alguns jogos e diversas estratégias que se adequam melhor no processo de ensino aprendizagem.

A principal confirmação é de que o lúdico, o afeto, a família e a escola são sim instrumentos de ensino aprendizagem para as crianças com TDAH. E que existem algumas estratégias usadas por exemplo; os jogos, que facilitam e se adequam melhor as crianças com tal transtorno.

Segundo estudos realizados como no próprio corpo do texto da monografia é citada, conclui-se que para um tratamento eficiente e de qualidade para a criança com TDAH, a equipe multidisciplinar deve trabalhar em conjunto com a família, pois os pais e os demais familiares precisam entender o transtorno, preparando junto com os especialistas estratégias de controle do comportamento do filho, pois percebemos que a paciência, a

dedicação, o carinho e compreensão com limites é indispensável para que haja aprendizado e interação com sucesso.

Se apropriando do lúdico, o professor poderá identificar a criança TDAH, favorecer a inclusão e ajudar não somente a muitas famílias de crianças com este transtorno, mas também escola, sinalizando ao setor responsável por esta questão, que dará todas as orientações para que haja encaminhamento a profissionais especializados em tratar o Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade.

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