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A DIGNIDADE HUMANA COMO LUZ DE UMA SOCIEDADE EQUITATIVA Introdução Acadêmico Alyson Moreira novais Orientador: Johanes Lopes de Moura O trabalho propõ

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Academic year: 2021

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A DIGNIDADE HUMANA COMO LUZ DE UMA SOCIEDADE EQUITATIVA

Acadêmico Alyson Moreira novais Orientador: Johanes Lopes de Moura 

Introdução

O trabalho propõe a discussão de um dos princípios fundamentais da constituição federal brasileira, o da dignidade da pessoa humana, tema que atualmente é retratado no âmbito jurídico, mas que desde há muitos séculos vem sendo discutido no campo filosófico, histórico e religioso.

A dignidade do homem está em si, e não naquilo que ele possui. Mesmo quando se vive em um mundo consumista, segundo Kant a dignidade do homem não se encontra em seus bens, mas no seu ser, “No reino dos fins, tudo tem um preço ou uma dignidade. Quando uma coisa tem preço, pode ser substituída por algo equivalente; por outro lado, a coisa que se acha acima de todo o preço, e por isso não admite qualquer equivalência, compreende uma dignidade” Segundo Kant, (2008, p.65 (apud) LIMA, 2011).

O trabalho expõe a relação de dignidade com a de igualdade ambas e inseparáveis imparcialmente aplicadas a uma sociedade, três pontos históricos são abordados a constituição política do Império do Brazil de 25 de março de 1824; o triste relato do nazismo alemão na segunda guerra mundial; e a constituição da república federativa do Brasil. Sucintamente se discute a incoerência dos seus textos legais sobre igualdade e dignidade comparados a realidade social, salvo a Constituição de 1988 do Brasil.

Objetivos

O objetivo é demonstrar a evolução do conceito do princípio da dignidade humana como luz da equidade entre todas as pessoas, para isso aborda-se um contexto histórico.

Metodologia

A metodologia usada nesse trabalho foi a pesquisa bibliográfica.

Resultados e discussões

O conceito de dignidade é relativo segundo o momento histórico, território de um estado, e a grade de costumes locais, devido a cultura presente no estado em tempos distintos. Se entende que o princípio da dignidade nas relações jurídicas é a luz para um estado em que todos são iguais em direito, dessa forma somente se interpreta um ordenamento jurídico que respeite a

Acadêmico do 2º período do curso de Direito do CEULJI/ULBRA, Alyson Moreira Novais –

alysonovais@outlook.com.  Orientador:

Johanes Lopes de Moura graduado em direito, pós-graduado em metodologia em ensino superior e direito constitucional, mestrando em ciências políticas – johanesmoura.adv@gmail.com

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dignidade, se todas as pessoas sem distinção alguma forem livres e iguais em direito, como expresso no art. 5º da Constituição Federal Brasileira de 1988.

A constituição política do Império do Brazil de 25 de março de 1824 em seu artigo 179 XIII “a Lei será igual para todos, quer proteja, quer castigue, o recompensará em proporção dos merecimentos de cada um”. No entanto, mesmo com o ideal de igualdade para todos ainda nesse contexto grande parte da população continuava sendo escravizada, evidenciando que não vale de nada um texto constitucional que tenha um cunho equitativo, se a própria sociedade não o vive. Como expressa LIMA (2011), “Aboliam-se as torturas, mas nas senzalas os instrumentos de castigo como o tronco, a gargalheira e o açoite continuavam sendo usados “[...]. Se todos não podem ser iguais em direito, não se pode afirmar que existe uma constituição que respeita a dignidade humana.

Cento e onze anos mais tarde, a Alemanha de Hitler promulga suas primeiras leis, as chamadas Leis de Nuremberg aprovadas em 1935. HITLER em sua autobiografia escreve a seguinte frase “Os direitos fundamentais estão acima dos direitos do Estado”(Main Kampf (apud) MARMELSTEIN, 2008) todos sabem que essa frase poderia ser dita por qualquer um menos por Hitler, no entanto ler essa frase nos dias atuais difere de como ela deveria ser interpretada em 1935, no qual os direitos fundamentais eram reservados para os alemães que eram considerados uma raça superior, por isso se estabeleceu uma divisão social que relegava os judeus a cidadãos de segunda categoria. O triste relato de que todas as atrocidades cometidas por Hitler foram pautadas na lei, deu força a um novo movimento denominado pós-positivismo em que pese a partir desse movimento se interpreta a lei segundo o seu espirito, por exemplo ao interpretar o princípio da liberdade previsto no artigo 5º CF/88 o alvo será todos os seres humanos e não apenas algumas classes, se sobrepõe a forma literal o sentido que imparcialmente todas as pessoas possam ser livres e iguais em direito. A partir do pós-positivismo que se entende a dignidade como luz da igualdade.

Não convém atribuir a culpa ao sistema positivista e seu principal idealizador Hans Kelsen, como se todos que compactuassem com essa ideologia também concordassem com as barbaridades que aconteceram na segunda guerra mundial, assim como não se pode retirar a culpa dos Nazistas por desculpa de apenas cumprir a lei, salvo apenas os pequenos grupos que sem opção foram obrigados a participar dos atos desumanos. Ressalta que uma lei não tem desejos ou vontades, mas o homem sim, então independente da corrente jurídica predominante cabe ao homem antes de qualquer aplicação ou interpretação da lei, ser digno segundo o padrão de igualdade de todas as pessoas. Sendo assim, o sistema positivista nada tem com as tragédias na Alemanha nazista, mas a parcial concepção de dignidade e cidadania dos nazistas, é que levou milhões de inocentes a morte.

Cunha (2008, p.34) desembaraça sobre o conceito da dignidade no que diz respeito a constituição brasileira de 1988 “A dignidade da pessoa humana é uma referência constitucional unificadora dos direitos fundamentais inerentes a espécie humana, ou seja, daqueles direitos que visam garantir o conforto existencial das pessoas, protegendo-as de sofrimentos evitáveis na esfera social”.

A concepção de dignidade brasileira assim como em muitos outros países, é referência constitucional apenas aos seres humanos, e para que na esfera social todos fiquem protegidos de eventuais sofrimentos não pode o estado enaltecer uma classe em detrimento de outra, ou seja, para que se interprete e aplique os princípios constitucionais, principalmente os relativos aos direitos fundamenteis tem que se respeitar os valores históricos, éticos e morais

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predominantes em um estado. Assim também cabe os cidadãos de um estado, serem dotados de uma personalidade ativa em ralação a produção de uma sociedade justa e igualitária, porque mesmo a dignidade de uns, não sendo igual ao conceito de outros, ainda todos serão iguais em direito.

Conclusões finais

Não se arrisca a dizer se um dia, além de todos os homens terem os mesmos direitos, deveres e garantias, também todos se reconheçam como iguais, e os ditames dos textos constitucionais se tornem desnecessários, porque a própria sociedade se respeitará sem precisar de normas controladoras, mas independente disso reconhece que entre todas as incertezas o mundo caminha para melhor. Mas enquanto todos não pensem iguais, a lei continua fazendo sentido e o estado usando de suas prerrogativas deve manter a ordem a dignidade e a igualdade entre todas as pessoas. Fica evidenciado que não existe dignidade em um estado, se não haver tratamento igual para todos.

Referencias

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, de 5 de outubro de 1988, disponível em www.planalto.gov.br, acessado em 07 de abril de 2016

CUNHA, R. C. Curso de Direito Constitucional, 5º edição. São Paulo, Saraiva, 2008.

MARMELSTEIN, G. L. Direitos fundamentais, disponível em:

https://direitosfundamentais.net/2008/01/14/capitulo-1-a-teoria-dos-direitos-fundamentais/. Acessado em: 12/04/2016.

LIMA, F. A. R. O princípio da dignidade da pessoa humana nas constituições do Brasil, 2011.

Disponível em:<

http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=11138#> Acesso em: 07 de abril de 2016.

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