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A Hierarquia da Linguagem

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VC

D A F F O D IL W IN T E R C O N F E R E N C E M E E T IN G -M ID S W E D E N U N IV E R S IT Y -Ö s te rs u n d -S w e d e n 2 n d – 5 th F e b ru a ry o f 2 0 1 0 m ic A s s e s s m e n t o f F u n c tio n in g a n d O rie n te d a t D e v e lo p m e n t a n d s iv e L e a rn in g m e n iu s m u lti la te ra l p ro je c t -1 4 2 0 8 4 -2 0 0 8 -L L P -B E -C O M E N IU S

-A Hierarquia da Linguagem

Experiência

Evolução Cognitiva

Linguagem Verbal

Auditiva e Visual

Linguagem Interior -

Não verbal e verbal

Linguagem Auditiva Receptiva -

Compreensão

Linguagem Auditiva Expressiva -

Fala

Linguagem Visual Receptiva -

Leitura

Linguagem Visual Expressiva -

Escrita

1º Sistema

Simbólico

Auditivo

S

is

te

m

a

s

P

-E

st

ru

tu

ra

d

o

s

P

ro

ce

ss

o

C

o

g

n

it

iv

o

2º Sistema

Simbólico

Visual

Fonseca (1984 e 1986)

(2)

VC

D A F F O D IL W IN T E R C O N F E R E N C E M E E T IN G -M ID S W E D E N U N IV E R S IT Y -Ö s te rs u n d -S w e d e n 2 n d – 5 th F e b ru a ry o f 2 0 1 0 m ic A s s e s s m e n t o f F u n c tio n in g a n d O rie n te d a t D e v e lo p m e n t a n d s iv e L e a rn in g m e n iu s m u lti la te ra l p ro je c t -1 4 2 0 8 4 -2 0 0 8 -L L P -B E -C O M E N IU S

-Lerner (2003)

de Comunicação

Emissor

FALA

Cérebro

SNC

Ideia

Pensamento

Ideia

Pensamento

Receptor

Cérebro

SNC

ESCRITA

ESCUTA

LEITURA

Luz

Reflectida

Ondas

Sonoras

Processos de

Codificação

Processos de

Descodificação

(3)

VC

D A F F O D IL W IN T E R C O N F E R E N C E M E E T IN G -M ID S W E D E N U N IV E R S IT Y -Ö s te rs u n d -S w e d e n 2 n d – 5 th F e b ru a ry o f 2 0 1 0 m ic A s s e s s m e n t o f F u n c tio n in g a n d O rie n te d a t D e v e lo p m e n t a n d s iv e L e a rn in g m e n iu s m u lti la te ra l p ro je c t -1 4 2 0 8 4 -2 0 0 8 -L L P -B E -C O M E N IU S

-

Sendo a leitura a

descodificação

de um conjunto de sinais gráficos

e deles

abstrair um pensamento

, esta requer que:

1.

Identifiquemos as palavras impressas

– processo denominado

de

reconhecimento

de

palavras

(

identificação

ou

descodificação

de palavras);

2.

Construamos

um

entendimento

a

partir

das

palavras

identificadas

– processo denominado

compreensão

;

3.

Coordenemos o reconhecimento das palavras e a sua

compreensão de uma maneira rápida e precisa

– processo

denominado de

fluência

.



Mas para ler também é preciso

desenvolver e manter a motivação

para o fazer, pois ler é um

processo activo de construção de

significado

, onde a palavra-chave é activo.



Em síntese, ler é a

coordenação motivada e fluente do

reconhecimento de palavras e da compreensão

.

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D A F F O D IL W IN T E R C O N F E R E N C E M E E T IN G -M ID S W E D E N U N IV E R S IT Y -Ö s te rs u n d -S w e d e n 2 n d – 5 th F e b ru a ry o f 2 0 1 0 m ic A s s e s s m e n t o f F u n c tio n in g a n d O rie n te d a t D e v e lo p m e n t a n d s iv e L e a rn in g m e n iu s m u lti la te ra l p ro je c t -1 4 2 0 8 4 -2 0 0 8 -L L P -B E -C O M E N IU S

-A Árvore da Leitura

Ler é um

processo

activo

que

envolve a

coordenação

motivada

e

fluente

do

reconhecimento

de palavras

e da

compreensão

.

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VC

D A F F O D IL W IN T E R C O N F E R E N C E M E E T IN G -M ID S W E D E N U N IV E R S IT Y -Ö s te rs u n d -S w e d e n 2 n d – 5 th F e b ru a ry o f 2 0 1 0 m ic A s s e s s m e n t o f F u n c tio n in g a n d O rie n te d a t D e v e lo p m e n t a n d s iv e L e a rn in g m e n iu s m u lti la te ra l p ro je c t -1 4 2 0 8 4 -2 0 0 8 -L L P -B E -C O M E N IU S

-

Tornar-se um leitor envolve o desenvolvimento de

habilidades importantes, tais como aprender a:

usar a linguagem numa conversa.

escutar e entender as histórias lidas em voz alta.

reconhecer e nomear as letras do alfabeto.

escutar os sons da linguagem falada.

conectar os sons às letras para entender o “código”

da leitura.

ler com frequência para que o reconhecimento de

palavras se torne fácil e automático.

aprender e usar palavras novas.

perceber o que leu.

Bases para a Leitura

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VC

D A F F O D IL W IN T E R C O N F E R E N C E M E E T IN G -M ID S W E D E N U N IV E R S IT Y -Ö s te rs u n d -S w e d e n 2 n d – 5 th F e b ru a ry o f 2 0 1 0 m ic A s s e s s m e n t o f F u n c tio n in g a n d O rie n te d a t D e v e lo p m e n t a n d s iv e L e a rn in g m e n iu s m u lti la te ra l p ro je c t -1 4 2 0 8 4 -2 0 0 8 -L L P -B E -C O M E N IU S

-Origens do Pensamento

E

M

L

V/

S

P

I

F

Sistema de

Armazenamento

Simbólico

Externo

Nível I

Episódico (Primata)

Nível II

Mimético (Erectus)

Nível III

Linguístico (Humano Arcaico)

Nível IVa

Caminho Pictórico

Nível IVb

Caminho Ideográfico

Nível IVc

Sistema Fonológico

Donald (1999)

Linguagem

Interior

Linguagem

Gestual

Linguagem

Oral

Linguagem

Escrita

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VC

D A F F O D IL W IN T E R C O N F E R E N C E M E E T IN G -M ID S W E D E N U N IV E R S IT Y -Ö s te rs u n d -S w e d e n 2 n d – 5 th F e b ru a ry o f 2 0 1 0 m ic A s s e s s m e n t o f F u n c tio n in g a n d O rie n te d a t D e v e lo p m e n t a n d s iv e L e a rn in g m e n iu s m u lti la te ra l p ro je c t -1 4 2 0 8 4 -2 0 0 8 -L L P -B E -C O M E N IU S

-Processos Cognitivos



Os múltiplos processos cognitivos implicados na leitura

geralmente são agrupados em

dois grupos ou blocos

:



uma

dimensão

instrumental

vs.

uma

dimensão

estratégica

;



um

domínio de dentro para fora

(inside-out) vs. um

domínio de fora para dentro

(outside-in).



A

organização

mais

aceite

e

referida

dos

processos

cognitivos, sugere-nos que:



por

um

lado

existem

processos

de

nível

inferior

,

microprocessos

ou

processos de baixo nível

, que estão

implicados

na

descodificação

,

reconhecimento

ou

identificação das palavras escritas

; e,



por outro lado, existem processos de

nível superior

,

macroprocessos

ou

processos de alto nível

, implicados na

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D A F F O D IL W IN T E R C O N F E R E N C E M E E T IN G -M ID S W E D E N U N IV E R S IT Y -Ö s te rs u n d -S w e d e n 2 n d – 5 th F e b ru a ry o f 2 0 1 0 m ic A s s e s s m e n t o f F u n c tio n in g a n d O rie n te d a t D e v e lo p m e n t a n d s iv e L e a rn in g m e n iu s m u lti la te ra l p ro je c t -1 4 2 0 8 4 -2 0 0 8 -L L P -B E -C O M E N IU S

-Embora a

descodificação

seja uma

condição

necessária

,

não é suficiente

para a realização de uma leitura

competente, ...

... pois se o leitor ficar apenas pela

descodificação de um conjunto de

palavras,

sem

levar

a

cabo

a

integração semântica das mesmas

,

de pouco servirá a leitura.

Processos Cognitivos

Citoler (1996), Lyon (1998 e 1999), Shaywitz (2003)

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VC

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-Não obstante uma criança poder ter

sérias

dificuldades na leitura

devido a

uma

fragilidade fonológica

nos níveis

inferiores da linguagem,...

... ao mesmo tempo essa criança pode

ter

intacto

todo

o

equipamento

cognitivo

que lhe

permite realizar as

habilidades

intelectuais

de

ordem

superior

necessárias

para

a

compreensão.

Processos Cognitivos

Lyon (1998 e 1999), Shaywitz (2003)

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-Em síntese, se por um lado

não é

possível

compreender um texto sem o

descodificar

,

apesar

de

se

ser

inteligente, por outro

é possível

ler

sem se perceber quase nada do que se

leu

, ...

... como acontece, por vezes, ao ler

algumas críticas de arte ou ao ler

textos técnicos de matérias nas quais

não somos especialistas.

(11)

VC

D A F F O D IL W IN T E R C O N F E R E N C E M E E T IN G -M ID S W E D E N U N IV E R S IT Y -Ö s te rs u n d -S w e d e n 2 n d – 5 th F e b ru a ry o f 2 0 1 0 m ic A s s e s s m e n t o f F u n c tio n in g a n d O rie n te d a t D e v e lo p m e n t a n d s iv e L e a rn in g m e n iu s m u lti la te ra l p ro je c t -1 4 2 0 8 4 -2 0 0 8 -L L P -B E -C O M E N IU S

-Processos Cognitivos



Para além desta divisão em

dois grandes grupos

ou

blocos

de

processos

cognitivos,

quando

analisamos a tarefa concreta da leitura também é

frequente encontrarmos uma divisão em

quatro

grandes categorias ou módulos

:



módulo

perceptivo

;



módulo

léxico

;



módulo

sintáctico

;



módulo

semântico

;

sendo estes os módulos que incluem os grandes

processos e sub-processos que são postos em

funcionamento ao realizar a tarefa de ler.

García (1995), Citoler (1996), Vega (2002)

Nível Inferior ou

de Descodificação

Nível Superior ou

de Compreensão

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-Por outras palavras, uma coisa é a

captação

visual de uma cadeia de símbolos

(

módulo

perceptivo

) ...

... que devem ser

reconhecidos como palavras

com significado

(

módulo léxico

),...

... e outra é a

compreensão das relações

existentes entre as palavras, sua ordem,

estrutura subjacente

(

módulo sintáctico

) ...

... e a

integração do significado das palavras e

frases num todo

(

módulo semântico

).

Processos Cognitivos

Citoler (1996), Vega (2002)

(13)

VC

D A F F O D IL W IN T E R C O N F E R E N C E M E E T IN G -M ID S W E D E N U N IV E R S IT Y -Ö s te rs u n d -S w e d e n 2 n d – 5 th F e b ru a ry o f 2 0 1 0 m ic A s s e s s m e n t o f F u n c tio n in g a n d O rie n te d a t D e v e lo p m e n t a n d s iv e L e a rn in g m e n iu s m u lti la te ra l p ro je c t -1 4 2 0 8 4 -2 0 0 8 -L L P -B E -C O M E N IU S

-O

lugar ou estrutura mental

, que constitui a

matéria prima ou as unidades com as quais

os

leitores

constróem

o

significado

,

é

denominado

léxico interno

.

Assim, sendo cruciais para a leitura, os

processos de acesso ou recuperação léxica

são

geralmente analisados com base no

modelo de

dupla via

ou

modelo dual

que, pressupondo

um sistema de escrita de tipo alfabético,

perspectiva duas maneiras de acesso léxico:

Processos Cognitivos

Módulo Léxico

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D A F F O D IL W IN T E R C O N F E R E N C E M E E T IN G -M ID S W E D E N U N IV E R S IT Y -Ö s te rs u n d -S w e d e n 2 n d – 5 th F e b ru a ry o f 2 0 1 0 m ic A s s e s s m e n t o f F u n c tio n in g a n d O rie n te d a t D e v e lo p m e n t a n d s iv e L e a rn in g m e n iu s m u lti la te ra l p ro je c t -1 4 2 0 8 4 -2 0 0 8 -L L P -B E -C O M E N IU S

-*

uma

via directa

,

visual

,

ortográfica

ou

léxica

,

que permite a conexão do significado com os

sinais gráficos através da intervenção da

memória global das palavras

; e

*

uma via

indirecta

,

auditiva

,

fonológica

ou

sub-léxica

, que recupera a palavra mediante a

aplicação das regras de

correspondência entre

grafemas e fonemas

, levando a que se alcance

o significado.

Processos Cognitivos

Módulo Léxico

(15)

VC

D A F F O D IL W IN T E R C O N F E R E N C E M E E T IN G -M ID S W E D E N U N IV E R S IT Y -Ö s te rs u n d -S w e d e n 2 n d – 5 th F e b ru a ry o f 2 0 1 0 m ic A s s e s s m e n t o f F u n c tio n in g a n d O rie n te d a t D e v e lo p m e n t a n d s iv e L e a rn in g m e n iu s m u lti la te ra l p ro je c t -1 4 2 0 8 4 -2 0 0 8 -L L P -B E -C O M E N IU S

-Processos Cognitivos

Ellis & Young (1997)

Palavra Escrita

Sistema de

Análise

Visual

Conversão

Grafema-Fonema

Léxico

Ortográfico

de Input Visual

Léxico

Fonológico

Produção

da Fala

Sistema

Semântico

Nível do

Fonema

Fala

C

A

B

A -

via visual ou directa

ou

via semântica

B -

via fonológica ou

indirecta

ou

via fonológica

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-Via Sub-Léxica ou Indirecta

Segmentação Grafémica

Conversão Grafema-Fonema

Montagem Fonémica

Análise Visual

Via de

conversão

grafo-fonémica

Controle Fonético

da Resposta

(17)

VC

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-Processos Cognitivos

Ellis & Young (1997)

ESTÍMULO ORAL

Sistema

semântico

Léxico fonémico

de saída

ESTÍMULO ESCRITO

PRODUÇÃO ORAL

PRODUÇÃO ESCRITA

Análise acústica

Léxico auditivo

de entrada

Via de

conversão

auditivo-fonémica

Léxico ortográfico

de saída

Léxico ortográfico

de saída

Análise visual

Via de

conversão

fono-grafémica

Memória tampão

fonémica

Memória tampão

grafémica

Léxico visual

de entrada

Via de

conversão

grafo-fonémica

(18)

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D A F F O D IL W IN T E R C O N F E R E N C E M E E T IN G -M ID S W E D E N U N IV E R S IT Y -Ö s te rs u n d -S w e d e n 2 n d – 5 th F e b ru a ry o f 2 0 1 0 m ic A s s e s s m e n t o f F u n c tio n in g a n d O rie n te d a t D e v e lo p m e n t a n d s iv e L e a rn in g m e n iu s m u lti la te ra l p ro je c t -1 4 2 0 8 4 -2 0 0 8 -L L P -B E -C O M E N IU S

-Existem

três tipos principais de modelos

teóricos de leitura

, os quais reflectem

diversas concepções de leitura e diferentes

métodos de aprender a ler.

Temos assim:

* os

modelos ascendentes

ou de

baixo para

cima

(bottom-up),

* os

modelos descendentes

ou de

cima

para baixo

(top-down) e

* os

modelos interactivos

.

(19)

VC

D A F F O D IL W IN T E R C O N F E R E N C E M E E T IN G -M ID S W E D E N U N IV E R S IT Y -Ö s te rs u n d -S w e d e n 2 n d – 5 th F e b ru a ry o f 2 0 1 0 m ic A s s e s s m e n t o f F u n c tio n in g a n d O rie n te d a t D e v e lo p m e n t a n d s iv e L e a rn in g m e n iu s m u lti la te ra l p ro je c t -1 4 2 0 8 4 -2 0 0 8 -L L P -B E -C O M E N IU S

-Os

modelos ascendentes

ou de

baixo para

cima

(bottom-up) concebem o processo de

leitura como uma

série de estádios distintos e

lineares

, nos quais a informação passa de um

para outro de acordo com um sistema de

adição

e

recodificação

.

Em síntese, de acordo com estes autores,

estes modelos partem da

identificação das

letras

, as quais são

combinadas em sílabas

,

que depois de unidas

dão origem às palavras

,

as quais, por sua vez, se

unem em frases

.

Modelos de Leitura

(20)

D A F F O D IL W IN T E R C O N F E R E N C E M E E T IN G -M ID S W E D E N U N IV E R S IT Y -Ö s te rs u n d -S w e d e n 2 n d – 5 th F e b ru a ry o f 2 0 1 0 m ic A s s e s s m e n t o f F u n c tio n in g a n d O rie n te d a t D e v e lo p m e n t a n d s iv e L e a rn in g m e n iu s m u lti la te ra l p ro je c t -1 4 2 0 8 4 -2 0 0 8 -L L P -B E -C O M E N IU S

-Os

modelos descendentes

ou de

cima para

baixo

(top-down) concebem a leitura como

sendo o processo inverso do dos modelos

ascendentes, pois partem do princípio de

que

ler é compreender, isto é,

ler é a

construção activa de significado a partir de

uma mensagem escrita, o que põe em

relevo

o

papel

desempenhado

pelo

conhecimento

geral

do

leitor

para

a

compreensão do texto.

Modelos de Leitura

(21)

VC

D A F F O D IL W IN T E R C O N F E R E N C E M E E T IN G -M ID S W E D E N U N IV E R S IT Y -Ö s te rs u n d -S w e d e n 2 n d – 5 th F e b ru a ry o f 2 0 1 0 m ic A s s e s s m e n t o f F u n c tio n in g a n d O rie n te d a t D e v e lo p m e n t a n d s iv e L e a rn in g m e n iu s m u lti la te ra l p ro je c t -1 4 2 0 8 4 -2 0 0 8 -L L P -B E -C O M E N IU S

-Em síntese, segundo estes modelos, a leitura

consiste no

confronto do leitor com palavras e

textos

,

sobre

os

quais

o

leitor

tem

expectativas

e

sobre

os

quais

formulou

hipóteses

para saber quais são as palavras e

que tipo de mensagem contém.

Deste modo, a leitura envolve processos de:

identificação

directa

de

signos

globais

;

antecipações que se suportam em predições

léxico-semânticas e sintácticas

; e

verificação

das hipóteses produzidas

.

Modelos de Leitura

(22)

D A F F O D IL W IN T E R C O N F E R E N C E M E E T IN G -M ID S W E D E N U N IV E R S IT Y -Ö s te rs u n d -S w e d e n 2 n d – 5 th F e b ru a ry o f 2 0 1 0 m ic A s s e s s m e n t o f F u n c tio n in g a n d O rie n te d a t D e v e lo p m e n t a n d s iv e L e a rn in g m e n iu s m u lti la te ra l p ro je c t -1 4 2 0 8 4 -2 0 0 8 -L L P -B E -C O M E N IU S

-Os

modelos ascendentes

e

descendentes

têm em

comum o facto de

serem modelos lineares

, isto é,

pressupõem que a

informação circula apenas

num sentido

, seja ele ascendente ou descendente,

sem permitirem que componentes posteriores

possam influenciar componentes prévias.

Assim,

constituindo

uma

posição

intermédia

relativamente aos modelos atrás expostos, os

modelos interactivos

procuram delinear o

papel da

detecção

de

traços

,

típica

dos

modelos

ascendentes

, na interacção com as

influências

contextuais

,

característica

dos

modelos

descendentes

.

Modelos de Leitura

(23)

VC

D A F F O D IL W IN T E R C O N F E R E N C E M E E T IN G -M ID S W E D E N U N IV E R S IT Y -Ö s te rs u n d -S w e d e n 2 n d – 5 th F e b ru a ry o f 2 0 1 0 m ic A s s e s s m e n t o f F u n c tio n in g a n d O rie n te d a t D e v e lo p m e n t a n d s iv e L e a rn in g m e n iu s m u lti la te ra l p ro je c t -1 4 2 0 8 4 -2 0 0 8 -L L P -B E -C O M E N IU S

-De acordo com Citoler (1996) e Linuesa &

Gutiérrez

(1999),

genericamente

podemos

encontrar

duas formas para tentar explicar o

desenvolvimento

dos

mecanismos

de

reconhecimento de palavras escritas

:

os

autores

que

defendem

que

este

desenvolvimento é um

processo contínuo

(e.g.,

Perfetti et al. (1987) e Morais (1997)); e

os

autores

que

caracterizam

este

desenvolvimento numa série de etapas ou fases,

isto é, um

processo descontínuo

(e.g., Frith (1986)

e Spear-Swerling & Sternberg (1994 e 1996)).

(24)

D A F F O D IL W IN T E R C O N F E R E N C E M E E T IN G -M ID S W E D E N U N IV E R S IT Y -Ö s te rs u n d -S w e d e n 2 n d – 5 th F e b ru a ry o f 2 0 1 0 m ic A s s e s s m e n t o f F u n c tio n in g a n d O rie n te d a t D e v e lo p m e n t a n d s iv e L e a rn in g m e n iu s m u lti la te ra l p ro je c t -1 4 2 0 8 4 -2 0 0 8 -L L P -B E -C O M E N IU S

-

Fitts & Posner (1968, in Citoler & Sanz, 1997)

e Kirby & Williams (1991) distinguem três

fases genéricas: a fase

cognitiva

, a fase de

aquisição

ou

de

domínio

e

a

fase

de

automatização

.



Na fase

cognitiva

desenvolve-se a

consciência

da tarefa a realizar

(Citoler & Sanz, 1997),

esta fase corresponde assim à

elaboração de

uma representação sobre as função e sobre a

natureza da leitura

, ou seja, para que serve

saber ler e quais são as características da

leitura,

respectivamente

(Martins

&

Niza,

1998).

(25)

VC

D A F F O D IL W IN T E R C O N F E R E N C E M E E T IN G -M ID S W E D E N U N IV E R S IT Y -Ö s te rs u n d -S w e d e n 2 n d – 5 th F e b ru a ry o f 2 0 1 0 m ic A s s e s s m e n t o f F u n c tio n in g a n d O rie n te d a t D e v e lo p m e n t a n d s iv e L e a rn in g m e n iu s m u lti la te ra l p ro je c t -1 4 2 0 8 4 -2 0 0 8 -L L P -B E -C O M E N IU S

-

A fase de

aquisição

ou de

domínio

envolve a

prática da tarefa até que esta esteja dominada

(Citoler & Sanz, 1997), esta fase corresponde

tanto ao

aperfeiçoamento do uso do código escrito

,

quer seja pela via visual ou directa, ou pela via

fonológica

ou

indirecta,

como

ao

tratamento

semântico e conceptual do texto

, através da

procura do seu significado (Martins & Niza, 1998).



A terceira fase é a de

automatização, e nesta a

tarefa é realizada sem esforço consciente

(Citoler

& Sanz, 1997), esta fase refere-se ao

momento no

qual o aprendiz já tem proficiência para ler

diferentes tipos de textos usando de modo flexível

as diferentes estratégias de leitura aprendidas

, de

um modo automático (Martins & Niza, 1998).

(26)

VC

D A F F O D IL W IN T E R C O N F E R E N C E M E E T IN G -M ID S W E D E N U N IV E R S IT Y -Ö s te rs u n d -S w e d e n 2 n d – 5 th F e b ru a ry o f 2 0 1 0 m ic A s s e s s m e n t o f F u n c tio n in g a n d O rie n te d a t D e v e lo p m e n t a n d s iv e L e a rn in g m e n iu s m u lti la te ra l p ro je c t -1 4 2 0 8 4 -2 0 0 8 -L L P -B E -C O M E N IU S

-1.

A primeira etapa é a

simbólica ou mágica

, na qual

a criança considera que

qualquer rabisco é uma

palavra

.

2.

Na segunda etapa, a

logográfica

ou

pictórica

, a

palavra é lida como uma figura

, pelo que uma

mesma palavra escrita com um tipo de letra

ligeiramente diferente não é reconhecida como

sendo a mesma.

3.

A terceira etapa é a

alfabética

, e nela a

sequência

de letras é usada como pista para ler uma

palavra

, pelo que os leitores podem reconhecer e

ler a palavra em qualquer forma escrita.

4.

A última etapa é a

ortográfica

e ocorre quando o

leitor começa a ler fluentemente

, pois adquire

consciência acerca do modo como as letras podem

ser combinadas para produzir distintos sons.

Frith (1985 e 1986)

(27)

VC

D A F F O D IL W IN T E R C O N F E R E N C E M E E T IN G -M ID S W E D E N U N IV E R S IT Y -Ö s te rs u n d -S w e d e n 2 n d – 5 th F e b ru a ry o f 2 0 1 0 m ic A s s e s s m e n t o f F u n c tio n in g a n d O rie n te d a t D e v e lo p m e n t a n d s iv e L e a rn in g m e n iu s m u lti la te ra l p ro je c t -1 4 2 0 8 4 -2 0 0 8 -L L P -B E -C O M E N IU S

-Frith (1985 e 1986)

Aprendizagem da Leitura

3. A criança consegue ler

“pato” e

«p»

«a»

«t»

«o».

1 Simbólica

2 Logográfica

3 Alfabética

4 Ortográfica

1. A criança rabisca e diz

“Isto é um cão”.

2. A criança consegue ler

“pato”

mas não «p» «a» «t» «o»

4. A criança consegue ler

“pato”, “pauta”, “pano”.

(28)

VC

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-Morais (1997)

Aprendizagem da Leitura

Como nos sugere Morais

(1997, p.188) “o leitor hábil

identifica as palavras na

base de representações

ortográficas

e

representações

fonológicas

Logográfica

Ortográfica

Alfabética

Fonológica

e “para chegar à

constituição destes

processos

ortográfico

e

fonológico

, o aprendiz-leitor

baseia-se essencialmente

no

princípio alfabético

”, ao

qual se associa uma

(29)

VC

D A F F O D IL W IN T E R C O N F E R E N C E M E E T IN G -M ID S W E D E N U N IV E R S IT Y -Ö s te rs u n d -S w e d e n 2 n d – 5 th F e b ru a ry o f 2 0 1 0 m ic A s s e s s m e n t o f F u n c tio n in g a n d O rie n te d a t D e v e lo p m e n t a n d s iv e L e a rn in g m e n iu s m u lti la te ra l p ro je c t -1 4 2 0 8 4 -2 0 0 8 -L L P -B E -C O M E N IU S

-No que se refere ao ensino da leitura, Casas (1988)

sugere que, na melhor das hipóteses, o trabalho do

professor

consiste

em

facilitar

um

pouco

esta

aprendizagem

.

Na realidade, a

aprendizagem da leitura

, tal como

qualquer outra aprendizagem

,

é um processo activo,

motivado e participado por parte do aprendiz

(Santos,

1993), motivo pelo qual esta resulta principalmente do

esforço que o leitor faz

e do

como se envolve nessa

aprendizagem

(Casas, 1988).

Por

outras

palavras,

é

ideia

consensual

entre

os

diferentes especialistas do ensino da leitura

que,

mais do

que o método em si

, é o

aprendiz quem representa o

factor fundamental no que se refere ao êxito ou fracasso

da aprendizagem da leitura

(Casas, 1988, Lerner, 2003).

(30)

D A F F O D IL W IN T E R C O N F E R E N C E M E E T IN G -M ID S W E D E N U N IV E R S IT Y -Ö s te rs u n d -S w e d e n 2 n d – 5 th F e b ru a ry o f 2 0 1 0 m ic A s s e s s m e n t o f F u n c tio n in g a n d O rie n te d a t D e v e lo p m e n t a n d s iv e L e a rn in g m e n iu s m u lti la te ra l p ro je c t -1 4 2 0 8 4 -2 0 0 8 -L L P -B E -C O M E N IU S

-

Não obstante ter existido e ainda existir uma

grande variedade de técnicas de ensino da

leitura

, se fizermos uma análise rigorosa do

conceito de método, podemos conclui que só

existem

duas

posturas

históricas

fundamentais sobre o ensino inicial da leitura

,

as

quais,

englobando

todos

os

outros

métodos, se podem caracterizar como:

os

métodos fónicos

(fonéticos) ou

sintéticos

[

aprendizagem do código

(code-emphasis)];

e

os

métodos

globais

ou

analíticos

[

linguagem global

(whole-language)].

Ensino da Leitura

(31)

VC

D A F F O D IL W IN T E R C O N F E R E N C E M E E T IN G -M ID S W E D E N U N IV E R S IT Y -Ö s te rs u n d -S w e d e n 2 n d – 5 th F e b ru a ry o f 2 0 1 0 m ic A s s e s s m e n t o f F u n c tio n in g a n d O rie n te d a t D e v e lo p m e n t a n d s iv e L e a rn in g m e n iu s m u lti la te ra l p ro je c t -1 4 2 0 8 4 -2 0 0 8 -L L P -B E -C O M E N IU S

-Ensino da Leitura



De acordo com Spear-Swerling & Sternberg (1996)

enquanto os

métodos fónicos

(aprendizagem do

código)

enfatizam

a

aprendizagem

da

descodificação ou do reconhecimento das palavras

numa fase inicial do ensino da leitura

, os

métodos

globais

(linguagem

global)

enfatizam

a

compreensão ou apreensão do significado do

texto

.



Por seu lado, como nos referem Citoler & Sanz

(1997) e Vega (2002),

embora nenhum destes

métodos se baseia explicitamente no modelo de

dupla

via

é

possível

estabelecer

uma

correspondência entre estes dois métodos e o

desenvolvimento das vias de acesso ao léxico

.

(32)

D A F F O D IL W IN T E R C O N F E R E N C E M E E T IN G -M ID S W E D E N U N IV E R S IT Y -Ö s te rs u n d -S w e d e n 2 n d – 5 th F e b ru a ry o f 2 0 1 0 m ic A s s e s s m e n t o f F u n c tio n in g a n d O rie n te d a t D e v e lo p m e n t a n d s iv e L e a rn in g m e n iu s m u lti la te ra l p ro je c t -1 4 2 0 8 4 -2 0 0 8 -L L P -B E -C O M E N IU S

-Ensino da Leitura



Assim, enquanto os

métodos fónicos

desenvolvem

essencialmente a

via fonológica

,

indirecta ou

sub--léxica

,

pois

o

que

fazem

é

sistematizar

a

aprendizagem

das

regras

de

correspondência

grafema-fonema

, os

métodos globais

favorecem a

via visual

,

directa ou léxica

, pois fomentam o

processamento visual das palavras

(Citoler &

Sanz, 1997, Vega, 2002).



Tendo por base o atrás referido, parece-nos lícito

concluir que enquanto os

métodos sintéticos

implicam eminentemente o uso do

processamento

sucessivo de informação

, os

métodos analíticos

envolvem preferencialmente o funcionamento do

(33)

VC

D A F F O D IL W IN T E R C O N F E R E N C E M E E T IN G -M ID S W E D E N U N IV E R S IT Y -Ö s te rs u n d -S w e d e n 2 n d – 5 th F e b ru a ry o f 2 0 1 0 m ic A s s e s s m e n t o f F u n c tio n in g a n d O rie n te d a t D e v e lo p m e n t a n d s iv e L e a rn in g m e n iu s m u lti la te ra l p ro je c t -1 4 2 0 8 4 -2 0 0 8 -L L P -B E -C O M E N IU S

-

Para responder à questão

“O que funciona melhor no

ensino da leitura ?”

, alguns autores argumentam que o

melhor é um

equilíbrio entre os diferentes métodos

,

que

incorpore tanto a instrução directa do princípio

alfabético

como

uma

abordagem

baseada

no

significado

, ou seja, os educadores e professores

devem incluir a exposição de várias abordagens e

práticas, integrando diferentes tipos de instrução

(Camilli & Wolfe, 2004).



Surgem assim aquilo a que Citoler (1996), Defior

(1998) e Viana (1998 e 2003) denominam por

métodos

mistos de ensino da leitura

, os quais procuram

sintetizar e integrar as vantagens dos dois tipos de

métodos atrás referidos

.

Ensino da Leitura

(34)

VC

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-

De acordo com Camilli & Wolfe (2004), os

professores

efectivos

têm de entender as

necessidades particulares e

circunstâncias dos seus alunos

, bem como um

conjunto

de práticas contextualizadas e baseadas na evidência

.



Assim, as

questões verdadeiramente importantes

no

ensino da leitura são:

quem

,

porquê

,

onde

,

quando

,

como

precisa de

o quê

e

que

professores devem facilitar as

instruções (Lyon, 1998 e 1999, Camilli & Wolfe, 2004,

Duke, 2004, Lyon & Chhabra, 2004).



Em síntese, de acordo com Armstrong (2004) é tempo de

por fim a esta guerra

sobre qual é o melhor método, pois

a nossa

função como educadores

é entender o máximo

possível toda a complexidade do processo de leitura e

usar um conjunto alargado de estratégias para dar

resposta às necessidades dos diferentes alunos.

Ensino da Leitura

(35)

VC

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-

Deste modo, de uma

separação entre os métodos

fónicos

, que se

suportam nos modelos ascendentes

, e

os

métodos globais

, que se

suportam nos modelos

descendentes

, surge uma evolução para os

métodos

mistos

, que

conceptualizam a leitura tendo por base os

modelos interactivos

(Rebelo, 1993, Viana, 1998 e

2003).



Spear-Swerling

&

Sternberg

(1996)

e

Foorman,

Fletcher

&

Francis

(2002)

sugerem-nos

que

os

métodos de ensino que facilitam ganhos no âmbito do

reconhecimento das palavras

são

mais importantes

nas fases iniciais de aquisição da leitura

, enquanto

que os

métodos de ensino que facilitam ganhos na

compreensão da leitura

são

especialmente importantes

em fases posteriores de aquisição da leitura

.

Ensino da Leitura

(36)

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-•

Assim,

a

ênfase

não

deve

ser

posta

simplesmente no ensino de

base fonémica

ou

na

abordagem global

, mas sim no

ensino de

competências de análise das palavras num

contexto significativo

(Hennigh, 2005).

No domínio da

análise de palavras

existem

quatro

competências

vitais

para

o

leitor

(Hennigh, 2005):

reconhecimento de letras

;

consciência fonológica

;

reconhecimento de sílabas

; e

uso de pistas contextuais

.

Métodos Mistos

(37)

VC

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-De acordo com Ehri (1997) e Gaskins (2004)

existem pelo menos

quatro

maneiras distintas de

fazer a descodificação:

correspondência grafema-fonema

;

visualmente

;

por analogia

; e

usando o contexto

.

Todas estas maneiras de descodificar podem e

devem ser utilizadas em simultâneo e

todas elas

são realmente utilizadas pelos bons leitores

, mas

aquele que parece ser o

modo mais rápido e

eficiente

para descodificar palavras é o que

envolve a

descodificação visual

.

Ensino da Leitura

(38)

VC

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-Ensino da Leitura

Recomendações Gerais para o Ensino da Leitura

Procurando identificar as principais áreas de

instrução da leitura, o National Reading Panel

(2000) reviu mais de

cem mil investigações

, com o

objectivo de identificar as actividades que, de um

modo consistente, se relacionam com o sucesso

na leitura.

O National Reading Panel (2000) analisa e discute

cinco áreas no ensino da leitura:

consciência fonémica

(phonemic awareness);

princípio

alfabético

ou

correspondência

grafema-fonema

(phonics);

fluência

(fluency);

vocabulário

(vocabulary); e

(39)

VC

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-Aprendizagem da Leitura

Heaton & Winterson (1996)

vii

Dislexia

i

Baixa

Inteligência

ii

Escolaridade

inadequada ou

interrompida

iii

Desvantagem

sócio--económica

iv

Deficiência

física

v

Desordem

neurológica

visível

vi

Problemas

emocionais

C

a

u

s

a

s

V

is

ív

e

is

C

a

u

s

a

s

V

is

ív

e

is

“Desvantagem Escondida”

(40)

D A F F O D IL W IN T E R C O N F E R E N C E M E E T IN G -M ID S W E D E N U N IV E R S IT Y -Ö s te rs u n d -S w e d e n 2 n d – 5 th F e b ru a ry o f 2 0 1 0 m ic A s s e s s m e n t o f F u n c tio n in g a n d O rie n te d a t D e v e lo p m e n t a n d s iv e L e a rn in g m e n iu s m u lti la te ra l p ro je c t -1 4 2 0 8 4 -2 0 0 8 -L L P -B E -C O M E N IU S

-Pensamento

crítico

Raciocínio

de conceitos

Formação

Compreensão

Conhecimentos

gerais

Desvantagem Escondida

Shaywitz (2003)

Descodificação

Resolução

de problemas

Vocabulário

(41)

VC

D A F F O D IL W IN T E R C O N F E R E N C E M E E T IN G -M ID S W E D E N U N IV E R S IT Y -Ö s te rs u n d -S w e d e n 2 n d – 5 th F e b ru a ry o f 2 0 1 0 m ic A s s e s s m e n t o f F u n c tio n in g a n d O rie n te d a t D e v e lo p m e n t a n d s iv e L e a rn in g m e n iu s m u lti la te ra l p ro je c t -1 4 2 0 8 4 -2 0 0 8 -L L P -B E -C O M E N IU S

-Do Texto ao Significado

Shaywitz (2003)

Texto

Descodificação

Identificação

Significado

de palavras

Inteligência

geral

Vocabulário

Raciocínio

Formação de

conceitos

Tempo

extra

Processos de Ordem Superior + Contexto + Tempo Extra = Significado

Na dislexia a “via rápida” para a leitura está bloqueada e o disléxico tem

de seguir por uma “via secundária”, mais lenta e laboriosa. No entanto,

pode chegar ao seu destino, apenas levará um pouco mais de tempo.

(42)

VC

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-O Paradoxo da Dislexia

Shaywitz (2003)

Descodificação

Leitura

Compreensão

Codificação

Composição

Escrita

Fonologia

Processos de

Ordem Superior

Pensamento

Pensamento

Linguagem

Linguagem

Um défice fonológico interfere com a descodificação (codificação),

mas os processos de ordem superior necessários para a

compreensão (composição) estão intactos.

(43)

VC

D A F F O D IL W IN T E R C O N F E R E N C E M E E T IN G -M ID S W E D E N U N IV E R S IT Y -Ö s te rs u n d -S w e d e n 2 n d – 5 th F e b ru a ry o f 2 0 1 0 m ic A s s e s s m e n t o f F u n c tio n in g a n d O rie n te d a t D e v e lo p m e n t a n d s iv e L e a rn in g m e n iu s m u lti la te ra l p ro je c t -1 4 2 0 8 4 -2 0 0 8 -L L P -B E -C O M E N IU S

-Estudo Teórico

Base de Conhecimentos (MLT)

Simultâneo

Sucessivo

Modelo de Funcionamento Cognitivo PASS

Reconhecimento de

unidades individuais

Reconhecimento de um

padrão de unidades

Letras

Palavras

Frase

Letras

Palavras

Frase

A

V

Formação e retenção da

sequência de unidades

(44)

D A F F O D IL W IN T E R C O N F E R E N C E M E E T IN G -M ID S W E D E N U N IV E R S IT Y -Ö s te rs u n d -S w e d e n 2 n d – 5 th F e b ru a ry o f 2 0 1 0 m ic A s s e s s m e n t o f F u n c tio n in g a n d O rie n te d a t D e v e lo p m e n t a n d s iv e L e a rn in g m e n iu s m u lti la te ra l p ro je c t -1 4 2 0 8 4 -2 0 0 8 -L L P -B E -C O M E N IU S

-Estudo Teórico

Base de Conhecimentos (MLT)

Simultâneo

Sucessivo

Reconhecimento

das letras

Reconhecimento de

sílabas e de palavras

Formação da sequência

das letras

Reconhecimento dos

elementos das letras

Formação de sequências

de sílabas e de palavras

Formação da sequência

dos elementos das letras

(45)

VC

D A F F O D IL W IN T E R C O N F E R E N C E M E E T IN G -M ID S W E D E N U N IV E R S IT Y -Ö s te rs u n d -S w e d e n 2 n d – 5 th F e b ru a ry o f 2 0 1 0 m ic A s s e s s m e n t o f F u n c tio n in g a n d O rie n te d a t D e v e lo p m e n t a n d s iv e L e a rn in g m e n iu s m u lti la te ra l p ro je c t -1 4 2 0 8 4 -2 0 0 8 -L L P -B E -C O M E N IU S

-Mecanismos da Leitura

Citoler (2006)

Mecanismos Específicos

(Reconhecimento de Palavras)

+

_

+

Mecanismos

Não Específicos

(QI, Habilidades

Cognitivas, Linguísticas,

Conhecimento do Tema,

etc.)

Disléxicos

Hiperléxicos

Maus compreendedores

Maus Leitores

(Garden Variety)

Bons Leitores

(46)

D A F F O D IL W IN T E R C O N F E R E N C E M E E T IN G -M ID S W E D E N U N IV E R S IT Y -Ö s te rs u n d -S w e d e n 2 n d – 5 th F e b ru a ry o f 2 0 1 0 m ic A s s e s s m e n t o f F u n c tio n in g a n d O rie n te d a t D e v e lo p m e n t a n d s iv e L e a rn in g m e n iu s m u lti la te ra l p ro je c t -1 4 2 0 8 4 -2 0 0 8 -L L P -B E -C O M E N IU S

-Definição de Dislexia

Observatoire National de la Lecture

Considera-se disléxico “... aquele cujo défice

resulta

numa

anomalia

na

capacidade

de

descodificação de palavras escritas. A origem

dessa anomalia reside nas estruturas cerebrais e

cognitivas

que

servem

de

base

a

essa

capacidade”.

National Institute of Healt (2002)

“A dislexia resulta, entre outras coisas, de um

défice no processamento fonológico da linguagem

que, sem intervenção especializada, pode ter

consequências

desastrosas

para

o

sucesso

(47)

VC

D A F F O D IL W IN T E R C O N F E R E N C E M E E T IN G -M ID S W E D E N U N IV E R S IT Y -Ö s te rs u n d -S w e d e n 2 n d – 5 th F e b ru a ry o f 2 0 1 0 m ic A s s e s s m e n t o f F u n c tio n in g a n d O rie n te d a t D e v e lo p m e n t a n d s iv e L e a rn in g m e n iu s m u lti la te ra l p ro je c t -1 4 2 0 8 4 -2 0 0 8 -L L P -B E -C O M E N IU S

-Opacidade Ortográfica

Transparente

Opaca

OPACIDADE ORTOGRÁFICA

C

O

M

P

L

E

X

ID

A

D

E

S

IL

Á

B

IC

A

Simples

Complexa

Sucena & Castro (2008)

Finlandês Grego

Italiano

Espanhol

Português Francês

Alemão

Norueguês

Islandês

Neerlandês

Sueco

Dinamarquês Inglês

Opacidade Ortográfica - maior distância na relação entre a ortografia e a

fonologia

Complexidade Silábica - mais as sílabas das palavras se afastam do padrão

CV (consoante-vogal).

(48)

D A F F O D IL W IN T E R C O N F E R E N C E M E E T IN G -M ID S W E D E N U N IV E R S IT Y -Ö s te rs u n d -S w e d e n 2 n d – 5 th F e b ru a ry o f 2 0 1 0 m ic A s s e s s m e n t o f F u n c tio n in g a n d O rie n te d a t D e v e lo p m e n t a n d s iv e L e a rn in g m e n iu s m u lti la te ra l p ro je c t -1 4 2 0 8 4 -2 0 0 8 -L L P -B E -C O M E N IU S

-A Leitura

M. Sintáctico

Descodificação

M. Perceptivo

M. Léxico

M. Semântico

Compreensão

Vocabulário

Consciência

Fonémica

Princípio

Alfabético

Compreensão

Fluência

Referências

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