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¦p^p™^^^»*^«!*.V MKh
l ;. ,v, jacm*-jliswm *:**¥- ?$vaam*Ki. ¦'¦; -'¦ÍFoit
*-^-^~*r-m-^*' **<¦*•<*' +es de riqueza
t*t^i0**»^*>4F*4yF>4**J*é**tTem ae dito, com ardor e
enthusiasmo,
em
discursos
cívicos e plataformas de
go-verno, que
o
Brasil é
um
vasio celleiro.
Seu solo
te-cunao
é um repositório de
admiráveis e úteis vegetaes
e Seu sub-sólo guarda
vastas
c immensas.riquezas.
^
Apesar
disso,
porem, o
viveu sempre pendendo
bancarrota e para o
08Diano
^^..^www^t-!--—'-.T—'- v.'~'> ¦ 'í'" .-; -.-ii. ;¦¦¦-¦-':. ¦¦; ¦: v, v":---^ -.¦•¦¦/. -.•'¦ ¦ >\ : -< TÍ. vv ..*£# '.*»* — - ¦'* •ir'--vi*.-f.*-ft.,-;..-iw^í».*- -.,-;,,..,-¦.¦'>¦•.«»'¦,""'!* .'"' ** ' ¦¦•¦ -i' ¦'¦*' ¦' ''*.'- <àCarioca
,
— «fs
politicalha
lembra-paiz Píira adescrédito. Os mãos
gover-nos que temos aupportado,
cem o espirito sempre
volta-do para o facciosismo par
t-.dario de uma
sórdida, nunca se
ram de incentivar o
aprovei-emento de innumeros ma
rwnciaes que existem por
to-(ja a extensão do seu
ter-r.torio. '.-p"'í.---'
O café tem sido, ate hoje,
o esteio da nossa economia.
LVpois, se lhe seguem o
as-sucar, o algodão e o fumo.
O resto nunca mereceu
e-aritèscas proporções
nossos governos nunca se
•sentiram humilhados em
-oncorrer com a sua displi;
vencia para fazer do Brasi
mi eterno escravo da
indus-rria estrangeira, com o
sa-crificio inaudito do aprovei-i'amento de nossas próprias riquezas e o despreso crimi-noso ao sertanejo que
mor-re á fome, á falta de
tra-balho. ..
Fundador: J. E. DE MACEDO SOARES
Anno V — Numero 1.217
Rio de Janeiro, Quarta-feira, 27 ie Julho dl
*_a Tiradentes, n. 77
\ COMEDIA DO
'ALLEGEO CYRIEL
BÜYSSE
A obra do conhecido es
criptor belga
BRÜXELLAS, 26 - (Havas)-Falleceu, aos setenta o dois
an-nos de edade, o romancista e
dramaturgo flamengo Cyriel
Buysse. • -ji,J'ii
o conhecido escriptor deixa
numerosas obras, entre as quaes se destacam, no romance, O
eu-mercial
qut
maores attenções dos
pode-rey públicos.
No entanto, no norte,
exis-iptn especimens notáveis da
no«sa flora, que, explorados
e valorizados, seriam
tabu-levas fontes de receita e,
en-tre elles. cumpre destacar a
carnaúba e o babassú. v
Existe uma publicação do
Instituto de Expansão
Com-,1, sobre o babassú,
.3 uma prodigiosa
revê-jação das innumeras
possi-1-, (idades dessa arvore,
ge-nuinamente brasileira. ;"A
palmeira babassú
re-pre-senta uma das maiores
ri-quézas do Brasil. A sua
ex-P| oração racional e intensa.
poderá ter notável
influen-cia na economia e na3 finan-ças do paiz .
Da palmeira nada se per-de- o tronco fornece esteios, e os cachos, depois de apo-drecidos, constituem um
ex-cvllente adubo. Com ella
ainda se fabricam chapéos,
esteiras, bolsas e cestos pa-ra tpa-ransporte de cereaes.
O grande valor, porém
dá palmeira, reside nos fru-tos. Quando verdes, são
le-vaclos ao fogo para que se
nptoveite a abundante
fu-maça que desprendem, na
íoagulação do látex da
se-ringueira O epicarpo do
fru-io que delle facilmente se
reito do mais forte» e "Suwm no theatro, "A fami-__iemel". "Os em' tes"' e "A noite dos reis".
itt
ROMA, 26 — (A. B.) - Os jor-naes italianos, escrevendo á res-->eito dá Conferência do
Desar-mamento. dizem que o resultado t,,„..,TO ..a VMlll,
de sua primeira etapa eqüivale a Corda» %™$ea%& emtar_£-uma completa fallencia. como re- lia . von^ Paemd ^J^™0**"1 multado de seis mezes de
traba-'hos em torno da .^tução de um dos mais importantes problemas do momento.
E' objecto de particulares com-•nentarios o facto de, dentre as assenta e cinco nações presentes \ sessão final em que se nnnrovou a resolução Benes. quatorze ha-"prem desapparecido, por assim dizer.
Alguns diários dizem que o que *e registrou foi. apenas, o adia-mento da construcçâo de novos armamentos.
Preparando a
reconstitu-cionalizaçâo do paiz
ELEITORAL
o>
T
o novo decreto, porém,
deter-mina apenas a data do mlclo do
alistamento, depois d
argentina e Uruguay
Pelo reatamento das
re-lações entre os
dois
paizes
expressão
com-immsta" é dif f
ama-toria...
Uma singular decisão
dos tribunaes de
Budapest
BUDAPEST, julho. 1932 (Com-municado da Agencia Brasileira)
_ os tribunaes de Budapest
consideram diffamatoria a
ex-pressão «'communista.
Esta classificação das^ cortes ifoi adoptada numa acçao pro-I movida pelo dr. Levay, advogado,
contra uma mulher desta
cap1-tal queo invectivou com aquella 6X0 °dr?
Levay explicou que, ha cerca de quatro mezes passados, no processo contra o ladrão de
bancos Alexander Ondy, de
na-cionalidade . norte - americana, com dezoito annos de edade, e le profligára o crime, pedindo que fosse punido com a pena
maxi-ma. Nesta oceasião a muiner
chamou-o de "communista .
1 o Tribunal determinou que a
J expressão é diffamatoria, tendo i comtudo absolvido a ré, em vis-ta da "conduevis-ta escandalosa do aueixoso em exteriorizar a sua falsa e extremista ideologia na polida sociedade de senhoras e cavalheiros patrioticamente edu-cados".
O dr. Levay appellou.
alistamento, depois de conveni
k âllmâMâ
m-8ÂS6UMADÂI
Registraram-se novos e
violentos conflictos
BERLIM, 26 — (Havas) —
Ve-rificaram-se, em differentes pon-tos do Reich, novos e sangrenpon-tos conflictos entre elementos das dl-versas organizações partidárias.
Em Julich, nas proximidades de Dusseldorf. houve, entre rü-tleristas e communistas, cerrado tiroteio em que foi morto um ra-cista e ficaram feridos vários
ou-tros contendores. a,1cie1n
Em Hindenburg, na Alta Silesia, um grupo de cerca de cento e clncoenta racistas tomou de
as-111
entemente organizados e installa-dos os Tribunaes Regionaes. nao tendo ainda ò Governo Provisório c-Titado da hypothese, quasi
mi-possivel, mas muito admissível de. w _„,... _
em alguns, Estados P°r.?^^u^ salto a sede dos syndicatos locaes,
Dr. Prudente dc Moraes Fi-lho, autor do voto .vencedor
do Tribunal Superior que
suegeriu as providências p»ra a data do inicio ido
alista-mento 'Mi
ani »ib""»i —.: ; i,ii-jno rx; sano a ot-uc uuo oj"-—•— . ,•• _
motivos não sejam install^°s f ferindo gi-avemente treS membros
Tribunaes Regionaes; ou ^f*™" da «Bandeira Bepublicana".
zadas as suas secretarias, Pwia}
Por toda pai.te a policia teve
ta da apresentação dos. respecti-
ie
intervir energicamente para
is.íSb3^^
a
ordem-Código Eleitoral para as eleições |
da Constituinte.
_
Ao Tribunal Superior de
Jus-tiça Eleitoral
compete
encarar
esse importante aspecto da
que-stão, suggerindo tambem, ao
che-fe
do
Governo
Provisório, as
providencias
que
julgar
mais
convenientes, determinando, por
exemplo, um praso máximo para
que sejam
definitivamente
in-stallados os Tribunaes Regionaes
nos Estados em que ainda nao
o foram e organizadas as
suas
secretarias.
PROCURE
"ACAPITAL"
Solicite um credito c
com o seu
CAR-NET, em mão,
to-dos os seus desejos
serão satisfeitos,
tudo lhe será fácil
adquirir-"A CAPITAL" é na Ave-nida, esquina dc Ouvidor, tendo a sua nova succursal á Itua Gonçalves Dias, lá.
I
O julgamento de Gorgiii
-"AFFIRMA^E QUE O ASSASSINO
DOPBESI-DENTE DOUMER E' UM PARANÓICO
honrar-me antes de mo"« a
™
tas estas, palavras, GoTguloiljo
Contra os tratados!
General Agustin Justo
t! estaca, é fibroso e
utilisa-se vantajosamente para
fa-br''cação de escovas, de
ta-oeles, de cordas, etc.
Do fruto tira-se o óleo.
"cujo
aproveitamento cons--ituirá a base solida de uma orosperidade econômica
ex-raordinaria.
Os scientistas que têm
-x-dininado em rigorosas
ve-ifieacoes scientificas o óleo
Io babassú, são unanimes
sm proclamar as suas
excel-lentes' e inegualaveis
quali-l^des industriaes e
com-merciaes.
O que, porém, colloca o b?bassú em logar de
desta-que, a ponto de exigir
im-mediala attenç&o do gover-no. é o seu alto poder como combustível. O quenos diz o
folheto do Instituto de
Ex-pensão Commercial é
es-páritoso: "Dentre
os diversos e
im-portantes productos
resul-1 antes da distillação, a secco, das cascas do babassú, dois se destacam pelo alto valor
s-conomico e pela
simplici-dade da sua preparação
Taes productos — o coke e o alcatrão — bastariam pa
va justificar a exploração
irtensiva do babassú. O coke do babassú poderá resolver
satisfatoriamente o
proble-rna da siderurgia no Brasil e, ainda mais, reduzir
extraor-d Variamente a importação
do kerozene e da gazolina;
finalmente, tornar o Brasil
um grande centro de expor-tacão de carvão, superior a
ontro
qualquer, mineral ou
vegetal".
MONTEVIDÉU, 26 — (A. B.) — Informação colhida em circulos officiaes confirma que o governo encararia com agrado a realiza-ção de uma conferência entre o oresidente do Uruguay, sr. Ga-briel Terra, e o da Argentina, ge-neral Agustin Justo, no intuito de solucionar o incidente diploma ti-co oceorrido entre os dois paizes.
Segundo se affirma, no caso de não ser levada adeante esta idéa, talvez seja escolhido um repre-sentante olenipotenciario de cada nação, afim de elaborarem em -ronjuneto um plano tendente a conseguir o reatamento das
re-ações argentino-uruguayo.
• DANTZZG,.,»© <Ar-Br> 7*-A mais recente manobra üe sabota
gem tentada pela Polônia con
tra a letra dos tratada consiste na revogação pratica de =ua unnio
aduaneira com a Cidade Livre
A partir do começòfdo corrente mez de julho, mais ,çe>tem desen-volvido e intensificado; os prepa-rativos e providenciajíõfficiaes, no sentido de dotar o Código Eleito-ral de medidas, atés^ntao omis-sas, paxá a sua perfeita e inte-gral execução.
Alguns Estados mesmo, que por
circumstancias que
^desconhece-mos, até então não tigham conse mido organizar as secretarias dos seu- Tribunaes Regitgiaes, jà o estão fazendo, segundo communl-cados que têm dirigido, ao
Tribu-nal Superior de JuSpa
Eleito-Na ultima sessão vdo Tribunal Superior, foi discutido, o magno
assumpto do momento, que se
referia á fixação dá|dàta para o alistamento eleitoral,-tendo sido
deliberado e unanimemente ap
nrovado pelos juizes.-òjie uma vez que o alistamento, po£-motivos es tranhos, não possa tfjr-4}ma data única em todo o território nacio-nal, deveria ser adbp^âo o cri-terio do inicio do alistamento, em cada região, no dia ipnediato ao
emaM^fikjWiílUSPflí?!^ ¦?JEE?2L
W^fr^TniKíàül *SUper%r,-¥«r
Justiça da, divisão em zonas dos respectivos territórios, aliás voto vencedor do dr. Prudente de r.'o-raes Filho, em longa e erudita ex-oosição a uma interpretação que dera em officio o sr, Francisco SEsse
acto' de hostilidade teve oi campos," ministro interino da Jus seu inicio ha vários dias. quando^ tiça
a Polônia começou a augmentai as tarifas sobr" os artigos prove nientes de Dantzig.
Embora essas tarifas consistam de uma taxa de um por cento 'aa valorem", ellas abolem, em prin çlpio, o regimen de união adua-pfira a que está submeteria pw seus estatutos, a Cidade Livre de Uantzig.
Com a publicação agora de um novo decreto do Governo Pro;'i-sorio, que tomou o nun ero 21.669 de 25 de julho de 1932, fixando a lata do alistamento eleitoral, de accordo com as suggestões do Tri-ninai Superior de. Justiça Eleito -al. foi dado mais um giande
pas-•o para a fiel execução do Código Eleitoral.
A DATA DO INICIO DO AUS-TAMENTO ELEITORAL Publicamos a seguir, na inte-gra, o texto do Decreto n. 21.669 de 25 de julho de: 1932, que fixa a data para o inicio do alista-mento eleitoral:
Considerando que para o nu-cio do alistamento eleitoral nao deve ser fixada uma data única para todo o paiz, em razão de,
por sua complexidade, não se
haver organizado o indispensavei apparelhamento preparatório de
modo simultâneo, em todas as
regiões eleitoraes, mas suecessi-vãmente;
Considerando, porém, que o
paragrapho Io do artigo 37 do
decreto n. 21.076 de 27 de fe-vereiro ultimo exige a determi-nação de uma data para a abar-tura dos trabalhos de alistamen-to, em cada região eleitoral;
Considerando, finalmente, a
representação de que neste sen-^ tido, lhe fez o Tribunal Superior j de Justiça Eleitoral decreta:
Artigo Io — Abertura do aus-tomento^a ,aitfk§fiUeíerai.Q rpara-grápho Io do artigo 37 do Código Eleitoral, n. 21.076 de 24 de fe-veréiro de 1932. dar-se-á no dia
immediato ao em que seja
pu-b1 içado em cada região a appro-vação pelo Tribunal Superior de Justiça Eleitoral da divisão em zonas de que trata a letra "a" do artigo 24 do mesmo código.
Artigo 2o — Este. decreto en-trará em vigor na data de sua publicação.
Revogadas as disposições em
contrario.
Rio de Janeiro, 25 de, julho de 1932, 111° da Independência e 44-da Republica. <a) Getulio Vargas e Francisco Campos."
Paul
Doumer
PARIS, 26 (HAVAS) — Prose-guiu,.hoje, o julgamento de Gor-guloffv o' assassino do ex-presiden-te Doumer.
Uma das testemunhas interro-gadas foi Lazareff.
O antigo cossaco reconhece em Gorguloff o verdadeiro assassino e narra alguns episódios da vida do criminoso. Gorguloff, pallido e com aíes de perfeito comediante, volta-se para a testemunha e diz com voz sombria: "E' triste ouvir mentiras até mesmo no momento da morte. Este compatriota dege-nerado mente. E' a guerra politi-ca. Podeis comprar um a um to dos os officiaes e todos os cossa co da antiga monarchia russa. E' triste, .profundamente triste, que ita compatriota venha aqui
des-^^0, _0- 0-+-^*^.r-a—a^f ^ if» f «**>¦*»¦ a».*»»^»—>*•».^^^^s»^s^»^^^>S*f^ ^JKJK^>s*>^S*»<*^*»
jé^sk*
$L
Medite-se sobre ísse. O
ouro escoado pelo Brasil pa-ra o estpa-rangeiro, com o
con-humo do kerozene e da ga
zolina, poderia estar dentro
do paiz l Ao invés de im
poTtar carvão, poderia o
P.rasfl esportal-o,
"transfor-mado num centro colossal
do melhor carvão
Após a sessão semanal das quintas-feiras, os dois
aca-demicos vêm pela Avenida
das Nações, um ao lado do outro, caminhando vagarosa-mente. Têm mais ou menos
a mesma edade, quarenta
annos, mas o mais alto, e li-geiramente mais moço,
pa-rece mais velho do que o
companheiro. PHJLOCR1TO, envelhecido precocemente, e pallido e esguio, veste-se sem apuro, e o vulto se lhe cur-va lá em cima como as
pai-meiras Pageis -batidas do
vento. DEMOPHILO é de
estatura mediana, solido e
elegante. Traja com distin-ção e attenta mais para a poeira do seu íacto do que
vara os solecismos da sua
prosa. Sâo velhos amigos, e
conversam com franqueza.
A cidade, e o mar, e as mon-tanhas. são tudo uma festa de luz que o sol, escondido no ocidente, espalha sobre as coisas, colorindo-as como um pintor que molhasse os pincéis em diamantes, rubis, turquesas, topasios, safiras e esmeraldas diluídos. PHILOCRITO — Recebi o teu livro, e li-o em duas-horas. Ao
terminal-o, porém, fiz a mim
mesmo a pergunta que agora te
faço: porque escreves volumes
tão magros?
DEMOPHILO — Na substan-cia ?
PHILOCRITO — Menos na
substancia do que no corpo. Os teus livros não têm, sinao rara-mente, mais de uma e meia cen-tenas de, paginas, das quaes um terço em branco e as restantes
em typo grosso, entrelinhado.
Certo, náo te faltam idéas, por-que publicas tres ou quatro por
_.,.,« Man issn dfmuncia em ti
anno. Mas isso denuncia em mais a volúpia da publicidade do que propriamente o gosto dc
pro-ldUDEMOPHILO — Contestar a
mundo ,, i tua suposição seria mentir a ti
f- diante de ttm proble- e a mim mesmo, Philoento.it. tu
\
a paixão de Epaminondas, não minto. Na realidade, nós ambos interpretamos differentemente o exercicio das letras. Tu vês na literatura um fim; eu a conside-ro um meio. Tu lhe dás a tua mocidade em holocausto, sacri-ficando-te a ella; eu ponho-a a meu serviço, ao serviço da minha
ambição mundana,
consideran-do-a um simples e elegante or-namento da vida.
PHILOCRITO — Eu trabalho com o pensamento na gloria.
DEMOPHILO — E eu com o
pensamento na popularidade e
nas alegrias immediatas que ella oífcrees
PHILOCRITO — Plantas cou-ve, para o prato de hoje.
j DEMOPHILO — Tu plantas
: carvalhos para a sombra de
amanhã. Mas de que te servem os carvalhos que plantas, se a tua carne cansada não sentirá a do-cura da sua sombra, e se esta só se estenderá sobre um punhado de poeira insensivel, em que se terão desfeito os teus olhos ?
PHILOCRITO — A obra que eu vou deixar aos homens far-me-á eterno na memória delles. DEMOPHILO — E eu não tro-co a eternidade da gloria de um morto por um dia de triumpho ae um vivo. Eu sei que, emquan. to eu vou ás festas, ás recepções-e tomo o mrecepções-eu chá das cinco ho-rss, ou passo no meu alfaiate, ou mergulho no meu banho de mar ao contacto da natureza e da vi-da. tu te quedas curvado e tris-te, no teu gabinete de estudo. Sei que sacrificas a alegria das exi. bicões mundanas, e evitas mes-mo comparecer á Academia,
re-casando o melhor premio
asse-gurado pela nossa precária im. mortalidade, e que é esse de ves-tir o fardão deante de mulheres
bonitas — unicamente para
íi-cares em companhia dos mortos, na tua mesa de trabalho e medi-1
tação. E's um morto antes que a morte te leve. Os sábios conhe. cem o teu nome; mas as mulhe res e os jornaes conhecem o meu
A' tua passagem, tens os olhares
de admiração ou de inveja dos
somo tu por esse "ópio do ocei-o ente" a que se referia Anatocei-ole. Wns eu não troco essa admiração e essa inveja pelo sorrisp das mu-iheres ignorantes, más formosas,
que me conhecem, Eu faço da
vida o uso a que Deus a destinou: goso.a. desfruto-á, applico-a jo-vialménte,' E ás letras não são, nella, senão a campainha que se
põe á porta dos cinemas:
chá-mam a attenção sobre mim. PHILOCRITO — Etn compen-sação, vinte annos depois da tua morte ninguem mais se lembra-rá de ti. Os homens de pensa, rnento não Irão era romaria ao teu túmulo riem as orianças das escolas terão" o'teu nome na me-rnoria.
DEMOPHILO — E que perco
eu com isso? Que prazer sentiu Ignez de Castro ao ter sobre a caveira a coroa de rainha? Pois a gloria não é: coisa differente. E eu prefiro permanecer, vivo, de pé, meia hora na Avenida Cen-trai, a ficar sentado um século em estatua, como José de Alen. car, em frente ao Hotel dos Es. trnngeiros.
PHILOCRITO — A vida é pas-sageira. A gloria é eterna, na relatividade das coisas. A agora. em Atherias, nunorejava de ele-gantes homens íuteis e opulen-tos vestidos de purpura, vindos do Oriente e do'Occidente, e ad. mirados pelas mulheres. A
pos-teridade esqueceu-os; mas
Pia-tão vive ainda na memória dos séculos.
DEMOPHILO — Não ignoras
que Platão era rico, e um pouco
sibarita. Mas, mesmo assim,
ouem ts diz que, rindo ao mun. do. de novo, com á lembrança da
sua existência passada, Platão
não preferiria o sorriso
transito-rio das mulheres de Athenas á
admiração dos homens de todos os tempos ?
PHILOCRITO — A gloria inu-| tiliza o esforço da morte, porque oerpetúa a vida, tornando dura-douros o nome e a lembrança do nomem.
DEMOPHILO — A gloria desfi-gura o destino da vida, porque mata o homem dentro desta, inu
']
\
1
IJJS rrr--- HUMBERTO DE CAMPOS -~~r-^~~—'-~"---~Jl Morto, serás tornado em cinza. Eu. não. Não dou fruto em vida, mas
e Pl\ilócrlto
velhos estudiosos, envenenados' tilizando-o P?ra o prazer, para a
alegria de viver, como te matou a ti, como a idéa vã da perpetua ção do teu nome-na morte.
PHILOCRITO — E a volúpia de crear? Nào te lembras da pnra se de Ythier: "O que os médio-crês mais invejam nos creadores não é o suecesso: é a volúpia de crear"? A volúpia de crear paga o sacrificio da vida.
DEMOPHILO — E' illusão tua, e delle. Que é a creação literária? E' a imitação da vida. E si se tem de dar a vida pela imitação delia, melhor é viver a vida que se tem, não te recordas daquellá passa-gem do Bel-Ami, de Maupassant, quando Duroy e Norbert de Va-rennes regressaram alta noite da recepção de Madame Walter? "A gloria? De que serve a gloria, — exclama o velho poeta glorioso — de que serve a gloria quando se a não pode mais colher sob a fôrma de amor?" A gloria não é um lu-xo para ser comprado com a moe-da moe-da vimoe-da: deve ser a moemoe-da pa-ra tornar a vida mais leve e ama-vel.
PHILOCRITO — E's um egois ta. Sacrificas ao teu prazer tran-sitorio o bem que poderias fazer, com o teu exemplo e o esplendor do teu nome, âs gerações futuras. A vida nos foi concedida como
um capital que se empresta a
alguém para que o faça multipli-car. E essa multiplicação é a di-latação da vida na morte..
DEMOPHILO — A' custa da
dilatação da morte na vida? Não!
Deus não creou o homem para
seu collaborador. Se elle o quizes-se eterno, tel-o-ia feito immortal. A gloria é .n orocesso artificial de ludibriar a creação. Mas a na-tureza e Deus punem severamen-te essa vaidade: .0 homem torna se em poeira, e o seu nome em olvido.
PHILOCRITO — As tuas theo-rias matam no homem as imm ções nobres e- generosas. Si todos pensassem como tu', os povos não teriam patrimônios de nomes e de idéas. Na floresta humana é co-mo no reino vegetal: na arvorei de frutos c madeiras de constru cção. Tu és arvore de fruto: es pre cioso emauanto vivo, e produzes.
depois de morto, serei a quilha de umíharco ou o.esteio de um edificic\ E' de material duradou-ro que se faz a civilização.
DEMOPHILO — E que prazer sente o madeiro abatido em ser a quilha "dè' um barco ou o esteio de um .edifício? •
PHILOCRITO—Nenhum. Mas terá feito algum bem a outrem.
na terra. Auxiliou o progresso
humano e protegeu: o homem con tra as intempéries.
DEMOPHILO —A Gloria, nes-se casoj é apenas renuncia e ab negação. E estás em contradição comtigo: mesmo, nessa conclusão, pois que, ainda- ha pouco me ia-lavas rio renome depois da mor-te, corisidèrando-o o premio do esforço'em vida. De qualquer
ma-neira, eu penso que é preciso
utilizar o instante que passa co mo quem gasta ima cédula que vae ser recolhida,'e que ficará
perdida se a não gastamos nc
momento em que qb Deuses nol-a entregam. E eu-gasto a minha cédula em coisas futeis. aomo
di-zes, mas '.qüé' me áão
pra-zer. Tü..nãp;1tu és um usurano que compras com' a tua um ob-jecto sem utilidade immediata. e que só irá servir «aos céus her deiros, - Isto - é| á posteridade, que não saberá, talvez o que elle te custou étri renuncia e sacrificio. (Nesse momento chegam os dois
diante da Bibliotheca Nacional.
Estacam ria base lia escadaria). DEMOPHILO — Ficas? PHILOCRITO — ^ico Vou fa-zer uma. consulta e conferir um epigramtria <! de Archias que foi
mal interpretado por Cicero. E
tu?
DEMOPHILO—-Vou a uma per» fumaria adquirir, com os cem mil réis dd "jeton" am vidro de perfume par>a uma linda criatura que está esperando oor elle e por mim.
PHILOCRITO — Meus, então, príncipe da Futilidade.
DEMOPHILO — Adeus! Até
quinta-feira! (Num cesto vlcgre. para o outro, que sobe a escada ria). Adeus, verme; vao comer os teus mortos í.
:m
•m
ma a 'cabeça
entre as mãos e cho-DECLARAÇÕES DA TESTEMTj.
NHA KROSLOVZKX Outra testemunha, Kroslovzky, affirma que conheceu Gorguioti tm Praga; de onde ia muitas ve-zea á Rússia e voltava trazendo
avultadas sommas. O accusado
protesta ener"í2amente.
Um dos peritos médicos que exa-minaram o criminoso affirma que
a puneção lombar applicada a
Gorguloff foi negativa e affirmou
que o accusado nâo é
megalo-mano nem sofíre da mania de
perseguição. '.-.'.
A audiência, prosegue. .
LONGAS CONSTOERAÇOES DO CRIMINOSO
PARIS, 26 CHAVAS)' — Depois de ouvir a exposição do dr. Per-rin, Gorguloff declarou que o pe-rito jamais o consultara, nem mes-mo lhe tomara o pulso. Com maior exaltação, disse que não era um bom medico. Agia por despeitj. Estendeu-se em dissertação sobre
os médicos psychiatras.
Accres-centou que os dois outros pernos nãò eram egualmente competen-tes visto que nem lhe haviam exa-minado ò"coração, o figado ou -o sangue.'
UM MEGALOMANO E DES-EQUILIBRADO
Succedem-se, na barra, os medi-cos alienlstas citados pela defesa. O dr. Logre declara que a seu ver Gorguloff é um megalomano e des-equilibrado. Accrescenta que, na
qualidade de anormal perigoso,
Gorguloff deveria ser retirado da sociedade, de modo a náo poder tornar-se nocivo. Opina que mais valeria internar do que punir o réu.
Nesta altura, Gorguloff levan-tc-se e pronuncia phrases incoe-rentes, ao passo que o seu defen-sor, sr. Henri Geraud, exclama: "Deixae falar-o dr. Logre, que vos procura salvar".
Gorguloff acalma-se e responde: "Agora posso morrer. Este ho-mem me compreendeu".
CLASSIFICADO ENTRE OS PARANÓICOS
O dr. Legrain, medico
honora-rio do Asylo de Alienados da
Departamento do Sena, disse
que, á semelhança do dr. Logre, classificava o assassino entre os
paranóicos, maniacos. incapazes
de raciocinar attingidos de dlar-rhéa cerebral. Referiu que
Gor-guloff tinha de facto escripto
enormemente a respeito do seu
passado, da sua vida, do seu
nascimento em estylo incoeren-te e prophetico.
O dr. Legrain retira-se e
Gor-guloff levanta-se novamente,
presa de incoercivel agitação.
Appella para que o publico ju)-gue e declama os "seus manda-mentos de Deus", taes como: "Amae-vos uns aos outros; amae as vossas mães, fundamento das famiíias, que são o fundamento da sociedade";
O advogado da 'defesa, sr.
Henri Geraud, consegue a custo acalmar o seu constituinte e ln-forma que pedirá a inclusão de um terceiro, quesito aos que se-rão apresentados aos jurados.
OS QUESITOS DO MINISTE-RIO PUBLICO
Os quesitos do ministério pu-blico são os seguintes:
Io) E' Gorguloff culpado de
haver, a 6 de maio ultimo,
as-sassinado voluntariamente o
presidentee Paul Doumer? 2o) Poi o referido .íomicldio voluntário commettido com pie-meditação?
O defensor do reu requereu ao ' presidente dos trabalhos que tos-so incorporado o seguinte quesi-to subsidiário: "E" Gorguloíl louco?"
PROSEGTJIRAO, HOJE, OS TRABALHOS
A audiência íoi suspensa ás
dezenove horas e quinze
mlnu-tos.
Os trabalhos proseguirão hoje,
ás treze horas. Das
teste-munhos da defesa sera ouvido o
depoimento da esposa de
Gor-gulofí. Falarão, era seguida, o ministério publico e a deíesa. de-pois do que os jurados se rece-lherão para pronunciar o vere-dicto finai.
2
VIDA SOCIAE
Diário Carioca — Quarta-feira, 27 de Julho de 1932
uWk •THEATROS - LETRAS
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K0NTEM
VIDA
MUNDANA
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__ I
9 Tempo
Temperatura nMudma. 27.8. Temperatura mínima, 17.9.Mercados
Cambio. 5 91128 d.Apólices unlíormlsada*, 780& Caíé, typo 7, 128500
Assucar crystal, novo 39*000. Assucar crystal. novo 39$Q00. Algodáo, Serldõ 37$50O
No Cattete
O sr. Getullo Vargas recebeu, em audlenoia, os membros da Commissáo do Reabastecimento da, cidade e o padro Manoel Barbosa
lNos Estados
BAHIA — Foi decretada a lsenç&o dos Impostos de transmissão, trans-cvlpoáo e outros das respectivas ta-bellas para os bens aue forem doa-dos cora o fim do auxiliar a constru-cçfto da Escola Polytechnlca,
Proseguem, na capital do Es-tado, o- preparativos para o proxl-mo Congresso Eucharlstico.
A Imprensa da capital re_ls-tra novus façanhas do grupo de Lampeão,
MATTO GROSSO — Foi publicado um decreto reformando oa artigos 55 è 63 da Lei da Organização
Judl-ciaria; _.
O presidente da Companhia de Mineração de Matto Grosso, era virtude de uma resolução votada pela sua assembléa geral, acaba de publicar um edital chamando oe ac-sionistas para a substituição das an-tigas acções de um conto de réis pela nova emissão do acçòeo ao por-tador, do valor do ausento- mil r.ls cada uma.
iNo Exterior
Reina ainda, nos ednsulos dlplo-nmtlcos do Washington, a esperança cie cjue o desentendimento bolivla-no-paraguayo soja resolvido paclíl-camente
A epidemia de cholera asa-gnalada em Peklm continua a fazer numerosas victimas.
Um violento oyclone varreu a região italiana de Veneza, provocan-do consideráveis prejuízos.
Falleceu. em Paria, a famosa cantora Marle Delna. da Opera.
O millionario Patino, de La Pa_, offereceu quinze aviões de combato ao Exercito da Bolívia.
Roberto Paul bateu o "ro-cord" francez de salto _ distancia, fazendo sete mertros e trinta e seis centímetros,
O nadador olytnpo Masajl Klyokawa estabeleceu novo "record" mundial de nado de costas, oom a •¦performance'' de cem metroa em sessenta _ nove segundoa,
LOTERIAS
FEDERAL: 33203 uo .. , BPFivíH ____\____%_&\: -^8_HmTM
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O ladrão que amou... Que Interessante film nâo dariam as aventuras desse dr. Karl Zaji-ceck, tçhecoslóveno, preso ha poucos dias, ua zona do canal do Panamá !
Mas é toda uma historia divertida e pitto-resca, em que D. Juan e Casanova se transiigu-ram num vulgar scroc perseguido pela policia internacional.
Deixemos, porém, de parte o gatuno, que nenhum Interesse apresenta. Fez máo baixa em. 5.000 dollares na Tchecoslovaquia, evadiu-se, deu com o vulto na Venezuela, depois em Cristobal, e deixou-se agarrar. Episódio vulgarissimo.
Mas o que nfio é vulgar, o que é, mesmo, sensacional, quem o negará ? — é ter a policia encontrado em poder do nosso homem, não os 5.000 dollares — que esperança! — mas 100 car-tas de amor, cada qual com uma trança de ca-bellos femininos !
Isto é que é importantíssimo, porque essa centena de epístola, e madeixas vale pela mais extraordinária documentação sentimental que se conhece na historia mundial do amor pirata.
Imagine-se esta coisa impressionante : um museu, um archivo, um
homem-relicario que, tendo amado 100 mulheres (porque, evidentemente, as madeixas correspondem a cada mulher amada), conduz comsigo, através do mundo, fugindo das policias, os trophéos, os testemunhos, os depoimentos, as provas e as re-liquias dos seus cem amores !
Um homem que amou 100 Bvas e foi prova-velmente correspondido (a collecção das tran-ças o demonstra); um homem que em todo esse tempo pacientemente organizou a sua collecção de cartas e de cabellos — pretos, loiros, oxyge-nados, crespos, lisos, curtos, longos; um homem que beijou 100 mulheres, respondeu a 100 cartas de amor, cortou 100 madeixas — não ha duvida : é um phenomeno, um portento, um prodígio, uma calamidade !
A meu ?ver, a scrocagem do dr. Karl Zajl-ceck não representa propriamente um acto des-honesto. Elle se apoderou dos 5.000 dollares para que. preso, seu nome luzlsse na grande pu-blicidade e o mundo inteiro admirasse a sua in-commensuravel façanha. E foi o que suecedeu.
Que film I Coisas dessas só no cinema, ca-ramba 1 — FANTASIO. < 1 1 1 1 : —4 4Ü72-5379 62233 6S390 5769 7053 O O O O' o o 30.-C0S0OO 6:0003000 4:000$000 2:0003000 2:0008000 l:00OS0OO 1:0005000
0r_ Samuel Kanitz
CLINICA
ÜROLOGICA
Membro da Socieddae de Urologia üa Allemanha, cx-assistente dos professores: Lichteu-berg, l-ewui Joseph, de Berlim o U_sl__ger de Vienna. ISspeciaUsta cm doenças dos Rins, Bexiga. Próstata, Urethra. Doenças de Sen!iora6. Diathermia^ Ultra Violeta. Cons.: 7 do Setem-l.o, 42-sob., das 13 ás 16 horas. Phone: --4493.
Procopio Ferreira vae
oc-cupar o Alhambra
Não resta duvida que o bairro Serrador, que jà tem de tudo em _eu bojo precisa ter tambem um theatro, ou por outra, uma daquellas magnifica. casas com espectaculos theatraes.
Francisco Serrador resolveu o pro-blcma, e o íea de uma maneira ma-ravllhoaa: — Convidou Procoplo Fer-reira para tomar conta do uma das suüs casas, aquella que ha pouco se ivuaogurou feita especialmente para
iheatro — ò Alhambra
Procoplo Ferreira é, lnconteata-velmente. a nossa figura máxima, a nossa maior entidado theatral, como interprete. . i__
O seu nome foi feito através tri-umphoo, alcançados bàí&s paulatina-mente, elevado até a culminância érii que hojo so acha.
A estréa de Procopio no Alhom-bra Be Iara dentro em pouco — oo-i*ndo marcada para o dia 9 ds agos-to Hissa esfcróa ue fará com a peça dé Oduvaldo Vlanna — "Feitiço... , em 3 acto- e oito quadros.
O que ô verdade. entretanto,, o quo "Feitiço..." tem -Ido um dos maiores suecessoo do Procoplo em sua tournóo feita ultimamente ao Sul do paiz. tendo sido apresentada mais de cem vezes em Sáo Paulo c Porto Alegre,
Os novos números de
Ja-raraca e Ratinho, no
pai-co do Eldorado
Jararaca o Rr.tlnho (Oalasans, e Rangel, na vida real) büo, incontes-tavelmeute, dois artlstao que o pu-oi leo gosta do apreolar e aos quaes nâo rcgatè_ oa seus applauso.j obri-?ando-os a blsarem repetidas vezes os seus numeros.
Ei isso está, acontecendo diária-mento no Eldorado, em cujo palco Jararaca e Ratinho estão apresen-can do as suas estupendas criações, o jrimeiro em uma conferência ultra impagável o o segundo nos seus oo-ivissaeo soloa do saxophon_ e clari-notta.
0 festival de hoje no
Re-publica é em beneficio da
Obra de Assistência aos
Portuguezes
Desampara-dos
Poucos espectaculo- de caridade se recommendam tanto á considera-çáo do publico, como o que este, noi-ce so realiza no Republica, em beue-riclo da Obra de Assistência aos Por-;__uezc3 Desamparados, para o custeio da ampliação das suas instai-lações medlcaa o pharrnaceutlcas. dentárias e Jurídicas.
O espectaculo. que começa as ' , 314 terá a presença do_ srs.: em-oalxador de Portugal, dr. Martinho Nobre do Mello o cônsul geral, dr-pédroiío Rodrigues,
O iJ.-oprai.ma Interessa _ todos os sostos. bera representada a »«W»! "-i-Ló" pela companhia dirigida pelo actor Estevão Amara-te. *
No Intcrvallo do Io para o 2° aeto haverá ura acto variado em que to-mal • parte ots artistas do elenco iras Llna Demoel, Marta Sampaio e Maria Alice e cs srs.: Amarante Vlfrédo Ruas, Santos Carvalho. Ar-¦ando do Nascimento, Manoel C-s-,oS e o gruitarrlsta Casimlro BamOfi ,6s solos em qus é lne__alavel.
Tem para os que fazem da
im-prensa uma profissão nobilitante
uma especial significação o
regis-to da data anniversaria do dr.
Herbert Moses, que hoje
leste-jamos.
E' que esse registo foge ao
mol-de commum das noticias mol-de
anm-versario, porque ella espelha,
mes-mo na sua singeleza, uma justa
admiração a um mérito incontes
tavel de publicista, de cultor do
direito e de batalhador do
jorna-li_mo são e produetivo.
Realmente, não íalta ao dr.
Her-bert Moses nenhuma dessas
qu_-liáades que fazem de um homem
de acção um nome querido e
ad-mirado por innumeros serviços
prestados â conectividade.
Reconhecendo essa prodigiosa
operosidade, a par de uma visão
; clara o accentuada dedicação
pe-ias causas justas, elegeram-no os
jornalistas patrícios director
da
sua organização de classe, onde
elle tem constatado, mais de uma
vez, o seu espirito de coordenador
de idéas, e batalhador
incansa-vel.
Justas, portanto, as
homena-gens que lhe serão tributadas, por
parte de todos os seus amig03 e
admiradores.
ANN.VERSARIOS
Fazem atmos hoje:
As senhorinhas — Alice Sylvia Araújo, Valentina Gouvêa, Luiza Cardoso Fontes, Maria de Lour-des Bivar de Carvalho e Ambro-sina Cordeiro Mattos.
As senhoras — Ninita de Sou-2a Leão, Sylvia Orlandini, Loly Rocha e Celeste Pereira Vidal, esposa do dr. Nelson Cardoso Vidal Júnior, advogado.
Os senhores — Dr. Pio Borges, ex-secretario de Obras Publicas,
no E. do Rio; Abelardo Pinho,
funecionario do B. do Brasil;
Celso Corrêa Leão, negociante
nesta praça, c Carlos Manoel
Machado, funecionario do M. da Viaçáo.
Completa hoje o seu pri-meiro anno de existência a me-nina Lúcia Pereira, galante
fi-lhinha do sr. Garcia Pereira,
funecionario do Departamento
de Publicidade da Light e de sua esnosa, d. Elzir Pereira.
pez annos, hontem, a
srta. Beatriz Sylvio Roméro, fi-lha do dr. Sylvio Roméro Filho.
Passou, hontem, a data
natalicia da sra. Henrique Man-gia.
NOIVADOS
Estão noivos:
A srta. Rachel Hasson e o sr.
Marco Mondi;'
a srta. Noemia de Moraes e o
sr. Álvaro de Carvalho.
VIAJANTES
D. OCTAVIO CHAGAS DE
MIRANDA — Procedente de
Mi-nas Geraes, encontra-se nesta
capital, o esmo. revdmo. d. Octa-vio Chagas de Miranda, bispo de Pouso Alegre.
THEATRO
PRIMEIRAS
"GANHANDO TEMPO" NO RECREIO A peça que subiu hontem é. scena no Recreio, bem merecia ser levada ao seu cartaz em outra época. Aliás, o seu titulo jà denuncia que eUa velu preencher um ílra determinado. No emtanto, a revista tem todas as qualidades de agrado para fazer carreira.
E' leve, esplrituoea, tem boa mu-sica, está lindamente bem vestida, tudo, emfim, para um exlto certo. Ha mesmo "sJtetches" da multa co-mlcldade e cortinas magníficas, dan-do-nos a confirmar o bom revisto-grapho que é Tangerlni, Já conheci-do com seu trabalho, "Teu corpo é meu".
De sua Interpretação temos a dl-zer, que a peça, ao contrario do que sempre se vè nos domínios do Recreio, íoi sabidlnha, parecendo que os artistas gostaram delia, por-que quando não gostam, náo en-saiam.
Vanize Meirelles, por exemplo, com a sua alegria e vlvacldade anl-mou todas as scenas em que inter-viu. E' hoje, o principal elemento da companhia.
Diva Berti, íol, como sempre, a ga-rota deliciosamente encantadora, que é o feitiço das revistas de hoje. Amélia de Oliveira teve tambem a sua actuação brilhante na revista de hontem, quer nas comédias, quer nas scenas dê cortina. Lulaa Fonse-ca tem boa actuaçáo', emprestando o eeu concurso proveitoso.
Loonor Pinto, galante o graciosa, foi o enfeite de todas as scenas em que tomou parte. Dansou como uma mestra. Eomanlta melhora cada vez mais.
Como estréa, tiv-mos Lulaa Pe-logglo. que velu do Circo e agradou. Tem varias qualidades para Isso.
Dos actores Mesquita foi o mais Interessante Òscarlto, alegrou multo a peça e Xrthur' de Oliveira soube fazer graça a valer.
Pedro Dias. Oscar Soares tiveram um bom trabalho. Jurandyr o Car-dona bons,
Agora, um hurrah a Nemanoff que marcou as pequenas como mestre. E finalmente, um louvor especial ás "glrls" do Recreio, que sfto hoje, as suas verdadeiras estrellas,
E na graça de Olga Silva, o seu mais formoso elemento, saudo todos os outros.
JOSE* LYRA
'The
Blak Stars" ou
"Os
demônios da dansa*
espectaculos modernos do Carlos Gomes
nos
______ ___F MmW^W^mmMm. &$Ê.
.-'¦•¦'________MMMMf^^m__M: '•:'.'¦:¦ ¦'• ¦:'_M\W^:'---'v-fy'y^M______m; ¦ :..¦..¦:¦¦:'¦¦yy'-'y.-\A-y}'yy."::_.¦#.&¦
uuuwMti * * _B ^ SB íüf? y____W__f%tO\-t _\W a^k &*3m
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-NASCIMENTOS
Acha-se era festas o lar do
casai sr. Claudino Gonçalves de
Mello-D.
Lucilia
Barbosa
de
Mello, com o nascimento de uma
interessante menina que, na pia
baptismal, receberá o nome de
Zilah.
, Acha-se em festa* o lar
do sr. Ernesto Goeth e de sua
esposa, d. America do Sul
Pur-t-*tt*^'^^mm0-^*+,-^**i*mm***m*<*p*m*<m**»0' m**M*M •m+M**
HOJE
0 Tempo
—»»¦-'»•» ->*^
Districto l^Hleral e Nlethero.: Tempo — Bom com nebulosidade Temperatura — Estável â noite i ligeira ascensà odo dia.
Ventos — Do norte a leste, ires-cos.
Estado do Itlo de Janeiro; Tempo — Bom com nebulosidade Temperatura — Estável à, nolto e lilgera ascensão de dia.
Trajecto Rodoviário Rio-S Paulo. Tempo — Bom com nebulosidade. Temperatura — E3tavel á noite e
tado Goeth, com 0 nascimento Ulgera nscensf.o de dia. de um interessante menino, que
na pia baptismal receberá o no-me de Edyr.
BAPTISADOS
Será levado, hoje, á pia
baptis-mal,
o primogênito
do
casal
Carlos
Fernandes
Corrêa-Ilka
Dantas P. Corrêa.
O baptisando que receberá
o
nome de Carlos Augusto, terá
como padrinhos seus • avós que,
nesta data festejam tambem seu
25° anniversario de casamento.
A cerimonia terá logar ás
9
horas na egreja da Candelária.
FESTAS
BOTAFOGO F. C. •— O depar-tamento social do Botafogo F. C. organizou para esta noite, no salão de festas do club, uma ln-teressante sessão de cinema so-nóro, offerecida aos sócios e suas familias.
Serão exhibidos os fllms da
Metro Goldwin: "Os engaiola-dos", desenhos animados e o ma-gniíico film "Uma alma livre", de Norma Shearer, em 10 partes. Os sócios entrarão na fôrma dos estatutos. A sessão será iniciada ás 21 horas.
ENFERMOS
Acha-so
recolhido á Casa de
Saude dr. Elras, o distineto
en-genheiro
dr.
Heitor
da Silva
Costa, que
íol
victima,
ante-hontem, de um accidente de
au-tomoveL
BODAS
O casal sr.
Genes
Napoleão
Dantas-Sra. Joeephina de
Mo-raes Dantas, festejam, hoje, suas
bodas de prata. Commemorando
esse acontecimento,
seus filhos
farão celebrar, missa em acção
de graças, ás 9 horas, na egreja
da Candelária.
LUTO
MISSAS
Hoje, ás 10 horas, será
ceie-brada missa de 3o anniversario,
por alma de
Francisco Vaz de
Carvalho,
mandada
rezar por
sua viuva, filhos e demais
pa-rentes, na egreja de S. Francisco
ide Paula,
Será rezada, hoje, ás 9
horas, na basílica de Santa
The-rezinha, á rua Mariz e Barros,
missa de 7o dia, por alma de
Ma-ria Brum, mandada celebrar pelo
coronel Laurenio Lago é íacoilia.
Os novos elementos da
companhia Oscar
Ribei-ro, do Democrata
A Empresa Oscar Ribeiro nâo pou-pa, apesar do todos 03 contratempos do momento e do proprio theatro todos os esforços para servir ao seu publico. E' verdade que. tambem, o publico compensa esses esforços, comparecendo aos espectaculos.
Questão do confiança,
Agora mesmo, com o assumir do cargo de dlrector artístico do popu-lar pavilhão do maestro Freire Ju-nlor, novos elementos íoram adqul-ridos, melhorando ainda mais o elenco.
Jorge Silvestre, o exímio baUarino Já entrou em acçfto, apresentando os coros bem marcados, em bailados, em fantasias que dáo uma graça toda especial e moderna a scena.
Esse joven e Intelligente artista estreou na peça de PYeire Júnior "A cantora do cabaret", quo está movi-montando publico maior, e a sua collaboração Já eo' fez sentir, como no primeiro acto da burleta, em fan-taslao magníficas.
Noa numeros de cortinas, ameni-aando os entre-actos, estreou a garo-ta-chocolato Rlsoleta, a Little Es-ther brasileira, nas suas dansas bl-zarras, loucas e por isso bem in-teressantes.
Como se vê o Democrata theatra-liza-se de uma vez, o que é para ee dar parabéns aos seus "habitues". .
As duas -.espanholas qne vão estrear na nova companhia do
Carlos Gomes
A Empresa Paschoal Segreto que] No programma do "Roxy", o maior vinha ,havia multo, negociando o theatro da Amerlea do Norte e onde sensacional numero americano "Tho se exhlbem os mais celebres artistas Blak Stars" ou "Os demônios da
Dansa", como büo denominados no grande paiz de Hoover, conseguiu, hontem, afinal telegraptalcamento, fechar o respectivo contrato.
"The Blak Stars" são verdadeiros
do mundo, "Tho Blak Stars as-sombraram com sua dansa executa-da sobro escaexecuta-das, dansa essa que causa verdadeira sensação, pois náo se sabe o que mais admirar, se a destresá do baUe, a certeza meoanl-demônios. Elles cantam, tocam, ca dos movimentos, o trabalho pro-dansam, executando trabalhos pro-J dlgloso de equilíbrio ou audácia for-dlglosos de malabarismo e acrobacla, mldavel dos artistas.
Augusto Annibal e
Ma-noelino Teixeira < fazem
rir no Phenix
Em "30 dias de Jejum", a pocha-de que ora se representa no theatro Phenlx, pela companhia de vaude-vllleo, Agusto Annibal o Manoellno Teixeira, a "dupla cômica da casa", fazem rir a bandeiras despregaclas, respectivamente nos papeis de
Sam-plerre e Henrl Lam,.
Samplerre é um typo quo consente om passar por ter, matrlmonlalmen-te falando, o valor de um zero á direita, para salvar Henrl, ganhar SO mil francos e complicar ae theorlas da "impregnação" do dr. Robinat.
Henrl Lamé, é um apaixonado de Diana de Charmepse, a linda dlvor-ciada de um sr. Carneiro, que tem sempre o seu casamento adiado pelas Idiotas theorlas do dr. Bobinat.
Ventos — De norte á leste.
Navios a chegar
SANTOS — Nacional, ás 15 homt, de Manáos e escalas.
ASPIRANTE NASCIMENTO — Na-clonal, de Penedo e escalas.
WESTERN PRINCE — Inglez. à_ '/ horas, do Rio da Prata.
ÁFRICA MARU' — Japonez, ás 'I horas, do Kobe e escalas.
MONTE OLIVIA — Allemao, á tar-de, de Hamburgo e escalas.
Navios a partir
GUARUJÁ' — Francez, pela manhÉ, com destino a Buenos Aires e esca-Ias.
SERRA GRANDE — Nacional, se» hora determinada com deBtlno a Por-to Alegre e escalas.
PARA' — Nacional, ás 10 horas, dai docas do Lloyd, com destino a Porto
Alegre e escalas.
WESTERN PRINCE — Inglez, á tar., de, do Armazém 17, com destino a Nova York.
Theatros
MUNICIPAL — "Pell_", ie 31 horas. PHENIX — "Trinta dias do Je-Jum" às 20 e 22 horaa,
RECREIO — "Ganhando tempo", ás 20 1|2 horas.
REPUBLICA — "Al-Ló". ás 30 e 22 horas.
RIALTO — "Mouliil Bleu". de 20 horas em deante.
ELDORADO — Palco, ás 16 e 21 horas.
BROADWAY — Palco, ás 17 o áa 21 horas.
Uinemas
PALÁCIO — "Trocando de esposa-ALHAMBRA — "Pela máo de sua dama".
ODEON — "O par da fama". IMPÉRIO —' "Uma hora comtígo", GLORIA — "Mata Hari",
PATHE' PALÁCIO — "O batalhão da morte".
BROADWAY — "Sacrificio" ELDORADO "Aloah". PATHE' — "Audácia".
PARISIE-ISE — "Alma de Notre Dame"
Rádios, Discos e Vivtro]a_ a longo prazo
A MELODIA
B. GONÇALVES DIAS, 40M
usica
"Moulin
Bleu'* no Rialto
Certamente se revestirá do grande brilho a íesta que Genesio Arruda e Tom BUl estáo preparando para hoje, commemorando o segundo mez de representações continuas, no Rialto.
Será um programma formidável e do qual constam 30 numeros de varie-dades, levados por artistas ds re-nome.
Realmente . um trlumpho inédito a victoria alcançada pelo "Moulin Bleu" no Rlalto, theatro que era tido como um "Deposito de Azar". Está visto que as continuas e formidáveis enchentes obtidas pelo "Moulin Bleu" tem uma razáo de ser.
SerSo forçosamente as freqüentes renovações de programmas, as novl-dades artística e o formidável sue-cesso alcançado pela lnegualavel dupla cômica Oenesio Arruda-Tom Blll que apresentam a preços popu-lares um divertimento Inédito para o Rio,
Reabre-se amanba p
Trianon
Km vista de haver sido adiada por duas vezes a inauguração da tporada elegante, no Trlanon, a em-presa pede-nos para avisar ao publl-co que resolveu reabrir á "boito" da Avenida amanha lmpretcrlvelmente, em espectaculo completo, ás 8 1|2 da noite, com a representação da come-dia de Joracy Camargo, "Bazar de Brinquedos", peça escripta especial-mente para esse fim.
Assim, teremos amanha uma gran-dc noite po Trlanon para satisfazer a ansiedade do publico, nfio só pola nova comedia do consagrado autor de "O Bobo do Rol", como pelo re-apparoclmento do Belralfa do Al-meida e a estréa do conjunto, for-mado com os melhores elementos do nosso theatro de dedamaçáo.
A empresa, resolveu tambem rea-lizar vesperaes ás terças, quintas e
0
"Cocktail"
que todo
mundo quer
"beber"...
Dois dias, nada mais do qu© dois dias .bastaram para que o "Broad-way Cocktail", iniciativa feliz toma-da pelo espirito empreendedor de uma empresa. ¦ entrasse na vida da cidade.
Agora, ninguém mala conseguirá arrancar a novidade dos hábitos dos cariocas, ninguém mais conseguira fazer com que os elegantes passem sem o seu "coclrtall" originalíssimo na hora dourada cm que o dia de-clina.
sabbados e ".matinée.." aos domlii_vs, sendo que as vesperaes daa quintas-feiras seráo organizadas pela "es-trolla" Belmira do Almeida, com programma- especiaes, dedicados ás senhoras e senhorinhas, que gosarão de abatimento nos preços das loca-Udades,
2» CONCERTO DE ASSIGNATU-RA DA PHILARMONICA
No escriptorio da Orchestra
Philarmonlca, á rua da ALtaude-ga n. 48, 2o andar, sala 9, conti-nuam abertas as assignaturas es-peciaes para 6 concertos, a partir desse que agora se annuncia, que é o segundo da série jfflcial des-te anno. Aliás, o 2° concerto de
assignatura da Fhilarmonica, 6
Um dos mais interessantes cia
temporada, pois, nelle figurará a "Chaconne", a celebre 'Cha-conne" de Bach, a pagina immor-tal que o mestre escrevou como parte de uma das ~»uas -omita. para violino, e que, hoje, depois de um ciclo em que sada vez mais se foram revelando as <uas pos-sibilidades poliphonicas, j maes-tro Burle Marx aos apresentará executada por grande orcn_.-tra.
Que mais se poderá desejar ?
Eis o velho Bach cnumphatite, e
sua musica, dominando os
se-culos, embora conservando o es pirito do seu criador, evolue,
cum-prindo aliás uma evolução quo
nella própria se achava "ontida. Urn grande concerto, esse que a
Philarmonica realizará
breve-mente, no dia 4 de agosto, quin-ta-íeira, ás 21 horas.
Cidadão do
mundo
4De« comparável ? Hoje, pôde o ou- algum nos disputa a pionagem lhor, ou íiqueme* quietos. Var Escrevendo hontem, no "Dia- do dirigi vel e o adejo da
rio de Noticias", sobre Santos moiselle". ropeu egoista, jòtiefbo e igno
Dumont, disse o sr. Augusto Com estas duas esplendidas rante desdenhar de ',udo om re- «,, hB -m „„.«,« ^to-fc, d»
Frederico Shmldt, que foi elle temeridades, Dumont um versa- lação ao Brasil; toma, porém, -.*ckn „i?_ih_ eKitimÍT l in
"a única figura universal" que lizou-se, universalizando o Bra- a sério a certeza de que, entre »„£?&,,™i ríUr.S _
«a-teve o Brasil. Verdade transiu- sil. Foi realmente - diz bem os homens que imitaram Ícaro KSmvSSíjS.
cida. sr. Schmidt — o único
brasi-no sulco da gloria 'mmensa.
cifica em torno de ama
wn-ramos da intenção o calunga
na praça publica e a discursemi
na tribuna. Para estarmos á
altura do compatriota . ue re-descobriu o Brasil, criemos "ia
memoriam" por honrar-ihe o
—. - com outras azas, e Perseu com „„),.**, nnp r-àlmentn ins en. —————— >™ ^.^...^.-.ÍÍV _
Oimnita Dumont triumohou lelro ^ue ° BrasU ?»odu_iu P»- outro cavallo, o brasileiro vau- Sppp a na.eB_;âo do ai nome e °ã íeitos- "^a «.ue o
com oiígid?T AMa, dffor-e » «*> «íf»o da sua impor- guardeou a vanguarda. loto garante Á^nemoria d. mundo veja e admire capaz de
Si? o caníonetista carioca *™*h «"boaWM«%SÍ?m Nó^ nã° pranteamos mereci- DiMõntT exige, portoto, um evidenciar que merecíamos com
proclamou que mais ima vez tt- ""1^1,?..™!, 'um %eccu-a damente a Dumont. Talvez por monumento excepcional em
tsr-nha-se curvado a Europa ante c o^a«?h™!ái_iíí« «am «-invt ter morrido em hora 3m que, ra brasileira. Um -oneco de•• -- .--¦.-..-.. '-. -.- urancies Drdsneircw, sem auvi» -,_ .--fn „_„_*_ nncmc ionri_ _^,-,v_ n„ rvarivo «mufin numa
effeito o uso fruto de .amanha gloria.
c Brasil. Ingenuidade. O que a daxháSem_k^S_SÍ^_«_. ÍS de tonto correr, nossas"'laèri- bronze ou pedra espetado numa ° ^a^BiJa^m^caa°'
Europa fez foi descobrir o Bra- SS^ffi^' «SS^SSS? mas seccaram á *onte- Nem nos columna? Seria cômico. meTha^ Smpt^^L^nto,
deve-se considerar xaa a mais
pungente ferida que nos doe neste momento de düaceracão nacional é precisamente a per-apenas insignes e íxaepcionaes.
sü. dentro das raias do têmtorio ÜCCOTrc mesmo' telvez- uraa O monuir
Effectivamente, só então sou- o S» fi«mte raml particularidade na sua morte. sj£r"°S berain os europeus 4ue -íavia na " Jggft-;e»eçmamente gran- oontoU-se jã que slle ?e mos- ca forte ec
„„,.!„ rir, r.lpnphí um nnntíi ra- at homem QO UlUnaO, 101 O mor- , . -tru^ nmSrmírá/ln rm- cd> I.orM3 e. c
beram
carta do planeta um ponto re
moto, onde o grande homem ti to de ha dias. trára afflicto, amargurado,
üe-monumento deveria
con-expressão symboli-original, ia jeneme-rencia universal 1a
Jirigibili-Com esta vantagem ainda: ^^?a%eSP^° K? dade, que fez nascer o zeppel- da de DuA.ont. CuSpre-?^
níi_'_«P_ontolDnslnauo'secha- «avegaçao aérea é conquista ffiií£2SiiS^^á^5___o?à Hn' e do vô° d^ P^aromeca- pois, recalcar
momencaneamen-mnv-^-«^^iutrfl da Eurooa üifraudavelmente nossa; desde SSf^JS.18^»" nic0- que engendrou ? "Do-x". te a dôr do fratricidio 3 pensar
mava Biasii. _¦ atras aa _,uropa n unMcfg t.Q^v,r.ir.n->»it rnn. vicia e a civilização aumanaa. Um monumento metade pan- ...
^^Üf^0,;,K»^S: ^y*"™^&2Fu&
EíF?d°vÍSloS|S^
""' " d° Vü° d" P8"i£Í"'meC"' P-^-^ •—ntaneamen:
reuço ate ao paulista Santoo ^a- e"^°- ^arh„^ni___i_ o _aeon í,ara ^ardar ¥ ,clxiZ*? esmaga perante o resgate dessa
o mundo inteiro. o santista Bartholoraeu Lou- no onerosissimo dever :ue uos
Assim, prestando um serviço Dumont. passando pelo
paraen-^..-.nu, u.wl,.,.,..u llxx. ^-,ív- i-u-nu;n,. uc*^^ juu ^:<;^- f }0, ^f & hvxl}f™dãáe d0 voador excêlso, c metade reli- dôr maior;
& civilização, Dumont, na rea- se Julio César ftibeiro -'.e Sou- ™Ta„^2£2;l_s.í iv£ t^ú cario' em 1ue figurassem as re- Acima da nossa
mèliocrida-lidade, servia ao Brasil no que za, pelo fluminense José do Pa- mir,„PpfnvP. "a° _,.B„J1 - "tr,, cordaçôes da sua :ama giorios-a, de. radiando alto sobre o hor'-mais elle necessitava: o seu se- trocinio, pelo potyguar oigusto „irÍ7„ia.5l ;i,,7°0Ja'. ^a„aÍ desde as tentativas de Bagatelle zonte do nosso destino. Ue
„an-gundo descobrimento. Severo, a aéronavegação foi. P™r^ r£Jí?,,_í^ %&&%* ns* e Saint-Cloud, até ás uerradei- to subiu na admiração dos
po-Todas as legações, embaixo- através de ensaios mallogros tf™ Ka-'SS_ Jt_Íx_i,SS^in ira. ras conceições do eu gênio, vos e com elle ^,nto nos íez
su-das, missões, delegações brasi- martyrios, batalha sanha em HL9f*ye"a !r„eqn, pX,nrtÍ tudo P°r entre -fítanações de btr, que seria melhor ¦ ada
fa-leiras desde o império; todo que o Brasil podia e pode repu- LriLl«'° apres-aao a aiuiwi análoga reverencia civica aos zermos do que .nvolver-ihs a
caíé exoortado am dezenas de tar-3e inesbulhavel. Mas, que Iremos 'azer .ara ser predecessores que teve na pro- fama no mesquinho ou no
giò-annos — tudo fez nenos, mui- Entretanto, -té io momento dignos do orgulho de h._ver pria Pátria o paulista impere- tesco.
tissimo menos pela projecçáo das proezas de Dumont. quem possuído o primeiro ndadáo do civel.
mundial do Brasil, lo que o vôo sabia eer nossa a conquista in- mundo V Penso o seguinte. Paia Ou façamos isso, ou coisa me- EICAI4DO .?£L3L_.
ancisco
mon da Gama
Sua familia
agra-cíece muito
penho-rada a todas as
pes-soas amigas que
compa-receram ao
èriterràmen-to de seu saudoso chefe
e de novo as convida
pa-ra assistirem á missa
que se celebrará
ama-nhã, quinta-feira, ás 9
horas, no altar mór da
Egreja de S. Francisco
*.e Paula.
Francisco José
Cal-mon da Gama
A Directoria do
Jockey-Club
Brasi-leiro convida to'tos
^s seus consocios e
ami-gos para assistirem á
niissa aue fará celebrar
amanhã, qu;nta - feira.
ás 9 horas, na egreto de
S. Francisco de Paula,
por alma do seu saiid^õ
e benemérito consocio.
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