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O tabagismo e seus prejuízos à saúde

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Academic year: 2021

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O tabagismo e seus prejuízos à saúde

O tabagismo é considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como a principal causa evitável de morte.

Você provavelmente conhece os malefícios à saúde causados pelo uso dos derivados do tabaco. Lembre-se de que não é apenas o câncer de pulmão, mas vários outros cânceres, além de

enfisema, infarto do miocárdio, bronquite crônica, sinusite, derrame cerebral e envelhecimento prematuro da pele, que são também causados ou agravados pelo tabagismo, entre inúmeras outras doenças.

O monóxido de carbono (CO), presente na fumaça do cigarro, não permite que a qualidade adequada de oxigênio alcance os tecidos dos órgãos de seu corpo. Ninguém está imune aos efeitos danosos do monóxido de carbono, que priva o coração do oxigênio necessário ao seu bom funcionamento, levando ao infarto do miocárdio. Na gestante, diminui o oxigênio que chega ao bebê, trazendo problemas ao seu desenvolvimento.

A nicotina, por sua vez, diminui o calibre dos vasos sanguíneos, dificultando a circulação do sangue pelo corpo. Como um estimulante, a nicotina causa aumento da ansiedade em pessoas predispostas. Ela é a substância do cigarro responsável pela dependência química.

Finalmente, o alcatrão pode provocar o aparecimento de câncer.

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Como funciona a dependência pelo cigarro

Fala-se muito da dependência física causada pela nicotina, substância psicoativa, estimulante do Sistema Nervoso

Central. A dependência psicológica é menos citada, porém, atua com bastante força e de forma bem complexa. Requer um olhar atento para que se possa entendê-la.

A grande maioria dos fumantes

experimenta o cigarro na adolescência, ou seja, numa época de transição em que é comum sentir-se inseguro, ter medo, estar ansioso, querer pertencer a um grupo, querer imitar os amigos, sentir-se feio. Apesar do fumante, na maioria das vezes, sentir-se mal na primeira tentativa, ele insiste em “aprender” a fumar, por achar que valerá a pena, isto é, que haverá um ganho com esse comportamento. Através dele, poderá integrar-se ao grupo de amigos, parecer mais velho, ter status frente aos pares. Muitos fumantes afirmam que insistiram por achar que fumar era “bonito”.

Essa expectativa muito positiva quanto ao cigarro, (criada principalmente pela propaganda, cinema e mídia durante anos) é aceita sem questionamentos. O cigarro parece ser vivido, não conscientemente, como um grande ajudante para lidar com os sentimentos desagradáveis próprios da adolescência, dando sensação de bem-estar. Graças a suas propriedades psicoativas, o cigarro é capaz de provocar sensação prazerosa, estimulante e ansiolítica, e desta forma, aplacar o mal-estar característico deste período, sem dar chance ao indivíduo de enfrentar essas situações com seus próprios recursos, aprender e se desenvolver com elas. No fumante que inicia mais tarde, o processo basicamente é o mesmo. Em qualquer período da vida podemos passar por situações difíceis de lidar.

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O cigarro passa a fazer parte da vida do fumante e torna-se um meio de enfrentá-la. Podemos dizer que no fumante adolescente, sua personalidade estrutura-se com o auxílio do cigarro. Ele entende que só pode enfrentar a vida com o cigarro ao seu lado, não acreditando que seja capaz sem ele. De fato, o cigarro foi útil num momento de fragilidade, porém, com o tempo estabeleceu-se a dependência física e psicológica. O fumante fica preso à armadilha. Ele sofre sem o cigarro, não se conhece mais sem ele, não sabe mais distinguir que características são suas e quais as provocadas pelo uso do cigarro.

É muito comum o fumante referir-se ao cigarro usando o termo “amigo”, “companheiro”, “parceiro”, mostrando que o cigarro participa de sua vida como muito presente e atuante. Poderíamos dizer que são cúmplices. Muitos fumantes quando pensam em parar de fumar sentem-se muito tristes por ter que dizer adeus ao cigarro. Muitos choram como se estivessem perdendo um ente querido. O cigarro acaba sendo investido de atributos humanos para aplacar sua solidão, seus sentimentos, suas dificuldades. Muitas de suas capacidades estão depositadas no cigarro, achando que só poderá realizar tal atividade devido a ele. Na verdade, a capacidade é da pessoa, mas por não saber que a detém, a atribui ao cigarro. Desta forma, o fumante acredita que só pode escrever se fumar, criar se fumar, ter uma atividade mental se fumar, relacionar-se com os outros se fumar.

Crenças negativas também podem existir em relação ao cigarro. O fumante pode acreditar, por exemplo, que se parar de fumar será mais bem aceito no seu meio de trabalho, não será mais discriminado, que o cigarro é o responsável por todos os seus males. Neste caso serve de “bode expiatório” para explicar todos os seus fracassos. Se o cigarro é o responsável, o indivíduo não precisa se deparar com suas dificuldades.

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O termo “fissura” é usado para descrever o mal-estar e a vontade intensa de fumar. Passadas as primeiras semanas, a “fissura” á atribuída à dependência psicológica. (INCA, 1997). Trata-se da lembrança da sensação de prazer provocada pelo cigarro e das associações feitas nos momentos de dificuldades. Por exemplo, após uma situação de nervosismo ou dificuldade, o “quase ex-fumante” pensa em acender um cigarro para se acalmar, relaxar... O fumante sabe que se acender um cigarro irá sentir um efeito positivo e esse fato o faz procurar o cigarro novamente. A muleta que o cigarro representa para enfrentar situações difíceis é lembrada sempre que o fumante se depara com elas.

A dependência psicológica precisa ser tratada tanto quanto a dependência física. Faz-se necessário um acompanhamento psicoterápico em grupo ou individual para ajudar o fumante a tomar consciência da situação, perceber o que o cigarro representa na sua vida e que lugar ocupa, no intuito de ajudá-lo a perceber que o cigarro é somente um cigarro e que provavelmente é atribuído a ele muitos aspectos seus.

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Fumo e a mulher

Como se sabe, o cigarro contém uma mistura de 4720 substâncias tóxicas, como o monóxido de carbono, alcatrão e nicotina. O monóxido de carbono quando inalado pelos pulmões vai para o sangue e diminui a capacidade do mesmo em transportar oxigênio. A nicotina diminui a capacidade de circulação

do sangue, aumenta o depósito de gorduras nas artérias e vasos, sobrecarregando o coração e podendo levar ao infarto. Promove um aumento da

frequência cardíaca e da pressão arterial.

Em mulheres, dentre os efeitos do fumo a médio e longo prazo estão: diminuição da capacidade respiratória, infecção respiratória, aumento do risco de aterosclerose, sendo responsável por 90% dos casos de infarto em mulheres abaixo de 50 anos, além de câncer, aumento de rugas na pele e inflamação das gengivas. A mulher gestante que fuma, pode gerar um bebê de baixo peso, além do risco de morte durante a gestação e placenta prévia.

Ainda analisando os efeitos, a alteração dos níveis hormonais, principalmente estrógeno e prolactina, podem aumentar os níveis de catecolaminas, formação de coágulos que aumenta o risco de embolias e problemas cardiológicos. Dados demonstram que mulheres que iniciam o uso de cigarro antes dos 17 anos de idade têm sua menopausa antecipada para os 40 anos. Torna-se importante ressaltar que o cigarro associado ao uso do anticoncepcional tem 10 vezes maior risco de ocasionar infarto e embolia pulmonar. São muitos os motivos que levam as mulheres a resistência em suprimir o cigarro e procurar tratamento para auxiliar neste processo. A depressão em mulheres acentua a vontade de fumar e o cigarro passa a ser utilizado como "remédio" para diminuir os efeitos da doença.

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Consequentemente, a abstinência aumenta os sintomas da depressão, podendo levar a uma recaída. Outro obstáculo encontrado é o medo do ganho de peso após a cessação do uso de cigarro. O ganho de peso mostra-se potencial no período subsequente à interrupção de nicotina, sendo o aumento da ansiedade um dos responsáveis pela troca do cigarro por alimento. Ainda, subjetivamente, é importante considerar que após a retirada de nicotina há melhora no paladar. O conhecimento destes mecanismos pela paciente é extremamente importante para o sucesso do tratamento. A cessação do tabagismo deve ser encorajada, independente dos fatores adversos, pois ansiedade, baixa autoestima e pouca resistência à frustração são sintomas presentes na interrupção da nicotina. Os grupos de ajuda para cessação do fumo, tem obtido resultados consideravelmente positivos, ajudando a evitar a recaída para o cigarro.

Por isso, continue alertando suas mulheres, amigas e companheiras sobre os riscos que o tabagismo traz para as mulheres e orientando-as a parar de fumar!

PREVINA-SE! Seja CONSCIENTE! Tenha ATITUDE, prolongue seu tempo de vida, cuide de sua SAÚDE e a de seus entes queridos. Diga “NÃO” ao tabagismo.

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Tabagismo e doenças respiratórias

Nicotina é uma das drogas que provocam maior dependência física e o cigarro não passa de um dispositivo atraente para facilitar seu consumo. Tudo ocorre de forma muito simples: a pessoa põe o cigarro na boca e aspira a fumaça que alcança os pulmões. Dos pulmões, a nicotina passa rapidamente para a circulação, espalha-se pelo corpo inteiro e atinge o cérebro onde exerce sua ação aditiva. Na verdade, ela chega mais depressa ao cérebro quando aspirada do que quando injetada na veia.

O que tem no cigarro?

Não tenho a menor dúvida de que todo fumante gostaria de deixar de fumar. Mesmo aqueles que afirmam – “Não, não estou interessado” – falam assim porque não conseguem abandonar o cigarro e não porque não o queiram.

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A crise de abstinência de nicotina manifesta-se em minutos e é pior do que a de outros alcaloides, como os que existem na maconha, na cocaína e na heroína. Esses ainda permitem ao usuário ficar muitas horas longe deles. A nicotina não dá descanso. A pessoa passa duas horas no cinema. Quando as luzes se acendem, está tão desesperada para fumar que desconsidera os avisos e acende o cigarro ainda na sala de exibição.

O fumante sabe que cigarro dá câncer, infarto, derrame cerebral, mas não se abala com isso. O ser humano não liga para as piores desgraças que lhe possam acontecer, desde que ocorram num futuro distante. A espécie foi selecionada assim. De que adiantava ficarem planejando a vida para os vinte anos seguintes, se o homem primitivo não sabia se, no fim do dia, estaria vivo para voltar à caverna trazendo a caça que fora buscar para alimentar a família?

AÇÃO DA NICOTINA NO APARELHO RESPIRATÓRIO

Tão logo a pessoa começa a fumar, tem início uma reação inflamatória provocada pela temperatura elevada da fumaça, que queima não só os pulmões, mas toda a via aérea. Prova disso é o reflexo de tosse que acompanha as baforadas dos principiantes. Depois, os sintomas desagradáveis desaparecem e progressivamente vai aumentando o número de cigarros fumados num dia. A combustão resultante dessa agressão térmica gera partículas de oxigênio, os chamados radicais livres, que têm a capacidade de oxidar as estruturas celulares, destruindo a base arquitetônica dos pulmões.

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APARECIMENTO DOS SINTOMAS

O problema é que as manifestações clínicas custam a aparecer. O pulmão tem uma reserva funcional muito grande. A pessoa vai perdendo área de troca gasosa, mas consegue manter a atividade física. Nessa fase, é comum ouvi-la dizer: “Eu fumo, mas não tenho nenhum problema. Faço tudo o que sempre fiz. Consigo nadar, jogar bola, correr”. Não se pode esquecer de que ela pensa estar realizando tudo normalmente porque não tem ideia de como seria seu fôlego se não fumasse nem de como estará seu pulmão dez anos mais tarde?

SEMPRE VALE A PENA PARAR

Apesar de não ser possível fazer regredir completamente a doença causada pelo cigarro – as áreas pulmonares destruídas pelo enfisema nunca voltarão a ficar sadias, por exemplo – há a tendência para significativa melhora funcional. Depois de cinco anos de abstinência, pode-se dizer que a recuperação é tão boa que vale a pena parar de fumar qualquer que seja a idade do paciente. Essa melhora se expande aos sentidos, como paladar e olfato que melhora muito.

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Por isso sempre vale a pena parar de fumar!

Planejar para não engordar Lembre-se dos seguintes pontos:

- Alguns fumantes sentem a necessidade de colocar algo na boca para substituir o cigarro

- Alguns fumantes decidem se presentear deliberadamente, permitindo comidas extras e doces como um prêmio por parar de fumar

- Para alguns indivíduos, o paladar melhora e o desejo de comer melhora - A saúde, em geral, vai melhorar e, por essa razão, você poderá ter um apetite

melhor

- Uma pequena percentagem de novos ex-fumantes pode ter mudanças no metabolismo suficientes para levar ao ganho de peso, mesmo sem comer mais

O que fazer?

É possível lidar com todas as situações acima se você houver planejado com antecedência.

DICAS:

- Acrescente na sua dieta alimentos com poucas calorias, incluindo grandes variedades de vegetais crus, frutas, legumes e verduras

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Fumo e o aparelho cardiovascular

As doenças cardiovasculares são

responsáveis por cerca de 40% dos óbitos em Portugal.

O que são as doenças cardiovasculares?

De um modo geral, são o conjunto de doenças que afetam o aparelho cardiovascular, designadamente o coração e os vasos sanguíneos.

Quais são os fatores de risco?

A idade e a história familiar encontram-se entre as condições que aumentam o risco de uma pessoa vir a desenvolver doenças no aparelho cardiovascular. Contudo, existe outro conjunto de fatores de risco individuais sobre os quais podemos influir e modificar e que estão, sobretudo, ligados ao estilo e ao modo de vida atual.

Tabagismo

Considerado o fator de risco mais importante na União Europeia, estando relacionado à cerca de 50 por cento das causas de morte evitáveis, metade das quais devido à aterosclerose.

Os efeitos nocivos do tabaco são cumulativos, quer no que se refere ao seu consumo diário quer ao tempo de exposição. O risco aumenta quando a exposição se inicia antes dos 15 anos de idade, em particular para as mulheres, uma vez que o tabaco reduz a proteção relativa aparentemente conferida pelos estrogênios. As mulheres que recorrem à anticoncepção oral (toma da pílula) e que fumam estão sujeitas a um maior risco de acidente cardiovascular: por exemplo, o risco de enfarte do miocárdio aumenta de seis a oito vezes.

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O tabagismo é, sem dúvida, um risco cardíaco. Os fumantes de mais de um maço de cigarros por dia têm quatro vezes mais enfartes do miocárdio do que os nãos fumantes. Contudo, até o fumo de poucos cigarros por dia – tabagismo ligeiro – aumenta o risco de enfarte do miocárdio: o fumo de apenas um a cinco cigarros por dia aumenta o risco de 40%. Os nãos fumantes, quando têm enfartes, têm-nos dez anos mais tarde que os consumidores de tabaco. O tabagismo favorece o aparecimento da Angina de Peito, do Enfarte do Miocárdio e da Doença Arterial Periférica, e pode levar, inclusive, à morte. O risco de acidente vascular cerebral também aumenta nos fumantes de modo proporcional ao número de cigarros fumados por dia.

O consumo de charutos e o fumo de cachimbo também aumentam o risco de enfarte do miocárdio. O mesmo se aplica ao fumo de cigarros com filtro, fumo de cigarros "leves" e ao fumo sem inalação. Os nãos fumantes que vivem ou trabalham com fumadores, chamados fumantes passivos, estão também sujeitos aos malefícios do tabaco.

A cessação do hábito tabagista é isoladamente a medida preventiva mais importante para as doenças cardiovasculares.

Hipertensão Arterial

Situações em que se verificam valores de pressão arterial aumentados. Para esta caracterização, consideram-se valores de pressão arterial sistólica (“máxima”) superiores ou iguais a 140 mm Hg (milímetros de mercúrio) e/ou valores de pressão arterial diastólica (“mínima”) superiores ou iguais a 90 mm Hg. Contudo, nos doentes diabéticos, porque a aterosclerose progride mais rapidamente, considera-se haver hipertensão arterial quando os valores de pressão arterial sistólica são superiores ou iguais a 130 mm Hg e/ou os valores de pressão arterial diastólica são superiores ou iguais a 80 mm Hg.

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Com frequência, apenas um dos valores surge alterado. Quando apenas os valores da “máxima” estão alterados, diz-se que o doente sofre de hipertensão arterial sistólica isolada; quando apenas os valores da “mínima” se encontram elevados, o doente sofre de hipertensão arterial diastólica. A primeira é mais frequente em idades avançadas e a segunda em idades jovens.

A hipertensão arterial está associada a um maior risco de doenças cardiovasculares, particularmente o acidente vascular cerebral.

A importância da luta contra as doenças cardiovasculares é ilustrada pelos fatos seguintes:

1. As doenças cardiovasculares representam a principal causa de morte no nosso país é também uma importante causa de incapacidade.

2. Devem-se essencialmente à acumulação de gorduras na parede dos vasos sanguíneos – aterosclerose – um fenômeno que tem início numa fase precoce da vida e progride silenciosamente durante anos, e que habitualmente já está avançado no momento em que aparecem as primeiras manifestações clínicas.

3. As suas consequências mais importantes – o enfarte do miocárdio, o acidente vascular cerebral e a morte – são frequentemente súbitas e inesperadas.

4. A maior parte das doenças cardiovasculares resulta de um estilo de vida inapropriado e de fatores de risco modificáveis.

5. O controle dos fatores de risco é uma arma potente para a redução das complicações fatais e não fatais das doenças cardiovasculares.

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O desenvolvimento das ciências da saúde veio provar que a morte ocorrida em idades precoces, no mundo ocidental, não se deve a uma fatalidade do destino, mas antes a doenças causadas ou agravadas pela ignorância das causas reais que a elas conduzem. Podemos incluir neste quadro as doenças cardiovasculares.

Os hábitos de vida adotados por grande parte da população, como o sedentarismo, a falta de atividade física diária, uma alimentação desequilibrada ou o tabagismo, constituem hoje fatores de risco a evitar.

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O fumar e o sistema de digestão

Os males causados pelo fumo são muito bem conhecidos por todos e exaustivamente divulgados pelos meios de comunicação. O que muitos não sabem é que o cigarro afeta e pode causar doenças gravíssimas em vários sistemas e órgãos, não só àqueles ligados à respiração. O aparelho digestivo é, com certeza, um dos mais prejudicados.

O esôfago é uma das principais vítimas. Entre ele e o estômago existe uma válvula muscular que impede que o líquido estomacal volte para o órgão anterior, o chamado refluxo. O uso do cigarro enfraquece esse músculo, o que facilita o contato do ácido gástrico com a mucosa esofágica por mais vezes e por um tempo prolongado, cujo resultado é extremamente negativo.

Há estudos que mostram que o tabagismo induz a ida de sais biliares do intestino para o estômago, tornando o suco deste ainda mais nocivo. Mas antes de tudo isso, a fumaça já está atacando diretamente a saúde da mucosa do esôfago, então ele recebe os golpes dos ácidos digestivos já enfraquecidos.

O fumo também facilita a infecção do indivíduo pelas bactérias H. pylori, envolvidas em cerca de 95% dos casos de úlceras. Os fumantes apresentam maior dificuldade para cicatrização das feridas, que passam a aparecer com mais

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frequência. Além disso, a produção de ácido estomacal aumenta induzido pelo fumo.

E não para por aí. O funcionamento do fígado se altera e ele encontra mais dificuldades em processar substâncias como álcool e drogas, entre outros elementos tóxicos.

Esses são alguns poucos exemplos de problemas que podem ocorrer em quem fuma. Por isso, a sugestão é a mesma de sempre para quem gosta de sim mesmo: não fume. (Fonte: Carlos A. Sabbag (CRM-PR 9950), Médico Cirurgião

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Medidas preventivas contra o tabagismo

Siga dicas para parar de fumar

Marque uma data

O melhor é parar completamente, de uma vez só, na data escolhida. Parar aos poucos e não cumprir as metas estabelecidas pode fazer com que a pessoa fique ansiosa e passe justamente a fumar mais. Se a opção for à parada gradual, o ideal é reduzir o número de cigarros por dia, fumando menos a cada 24h, mas com um cronograma estabelecido. É possível também adiar a primeira tragada do dia. Mantenha o cigarro longe

Mantenha o cigarro longe

Parece óbvio, mas não é. De acordo com as especialistas, muitas pessoas fumam no "piloto automático", sem estar de fato com muita vontade. Manter cigarro, isqueiro e cinzeiro a uma boa distância ajuda o fumante a não cair na armadilha.

Aguente firme na hora da fissura

A fissura é a vontade intensa de fumar, que dura cerca de cinco minutos. Nessa hora, tente se distrair com alguma coisa, como conversar com um amigo. Ainda não se sabe exatamente o motivo disso, mas beber água gelada, comer frutas a baixas temperaturas ou até chupar um cubo de gelo ajudam o fumante nessa hora. Muita gente também tem sucesso mantendo as mãos ocupadas por elásticos, canetas ou até cenouras cortadas em palito, imitando o formato do cigarro.

Escove os dentes após as refeições

O gosto da comida na boca em geral faz com que as pessoas tenham vontade de fumar após a refeição. A ordem é, em vez de sair para fumar, ir ao banheiro e escovar os dentes.

Evite bebida alcoólica

O álcool faz com que a nicotina seja eliminada de forma mais rápida pelo organismo, o que estimula o fumante a querer repor rapidamente essa perda. Além disso, beber faz as pessoas naturalmente perderem o controle, o que pode fazer com que tenham uma recaída.

Faça exercícios físicos

Caminhar, fazer alongamentos ou outros exercícios faz com que o fumante perceba a possibilidade de entrar em uma vida mais saudável. À medida que o fumo diminui você vai perceber melhora do fôlego e sentir prazer em se exercitar, o que reduz a vontade de dar uma tragada.

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Cuidado com a dieta

Especialistas dizem que é normal ganhar até 2 kg após deixar de fumar, porque o paladar melhora com o fim do tabagismo. Mas isso não é desculpa para exagerar no prato e ficar exposta a outro problema grave de saúde, a obesidade. Não coma mais do que de costume e evite doces e alimentos gordurosos.

Controle a ansiedade

O cigarro acaba funcionando como uma "muleta" que as pessoas usam para lidar com situações emocionais e afetivas. A tarefa é difícil, mas o ideal é controlar a ansiedade e resolver as dificuldades mais racionalmente – mesmo porque o problema vai continuar ali depois que o cigarro acabar.

Dê um presente para si mesmo

Guarde o dinheiro que você gastaria com os maços de cigarro e compre algo bacana para você ou para alguém querido. O aspecto financeiro é um estímulo para quem quer parar de fumar.

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"Viver bem é viver com saúde. Fique longe do

cigarro”

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