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A Net Neutrality no Novo Quadro Regulamentar para as Comunicações Electrónicas

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Academic year: 2021

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Pedro Ferreira

A Net Neutrality no Novo

Quadro Regulamentar para as

Comunicações Electrónicas

Fórum para a Sociedade da Informação Governação da Internet

(2)

As primeiras intervenções

regulatórias - EUA

• O caso Madison River (2005)

• O caso Comcast

• Em 2007 a Comcast começou a bloquear o tráfego peer-to-peer dos seus assinantes efectuado através da BitTorrent

• A FCC ordenou à Comcast que terminasse a filtragem de tráfego no prazo de 30 dias

• Em Abril de 2010, o Federal Appeals Court do Distrito de Columbia anulou a decisão da FCC

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Congestionamento

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Congestionamento

• Aumento da capacidade e eficiência da rede.

• Racionalização do uso através da oferta de pacotes de utilização diferenciada (por tempo, por capacidade).

• Restrições de “fair use”.

• “Best effort” – o tráfego é gerido independentemente do conteúdo, dos serviços e das aplicações.

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Traffic Management - QoS

• Disponibilização de uma determinada qualidade de serviço para

serviços ou aplicações mais sensíveis aos problemas derivados de uma simples política de best effort.

• ISPs podem fazer acordos com os prestadores de conteúdos para distribuírem os conteúdos premium numa base exclusiva ou com uma qualidade garantida.

• Não existe discriminação entre prestadores e utilizadores, mas apenas diferenciação (prioritização) entre serviços.

• Economicamente mais eficiente? Promove a concorrência e a inovação?

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Internet aberta / Internet fechada

• A questão da diferenciação só ganha relevo quando, para protecção das aplicações que beneficiam de uma gestão de tráfego prioritária, garantindo-se uma determinada QoS, as restantes aplicações, que seguem uma política de best effort, ficam prejudicadas (serviços web públicos e não lucrativos).

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Internet (minimamente) aberta

• Liberdade de expressão (artº 10º da CEDH e artº 37º da CRP)

• “…a Internet é essencial para a educação e para o exercício prático da liberdade de expressão e para o acesso à informação” (Considerando 4 da Directiva Melhor Regulação, 2009/140/EC)

• “A todos é garantido livre acesso às redes informáticas de uso público…” (artº 35º/6 da CRP)

• As medidas tomadas pelos EM devem respeitar:

• “os direitos e as liberdades fundamentais das pessoas singulares,

conforme garantidas pela CEDH e pelos princípios gerais do direito comunitário.” (Artº 1º/3-a da Directiva Quadro).

• “os direitos fundamentais dos cidadãos […e o], desenvolvimento da

sociedade da informação comunitária.” (Considerando 29 da Directiva Direitos dos Cidadãos, 2009/136/EC)

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Internet (minimamente) aberta

• As ARNs devem promover os interesses dos utilizadores “fomentando a capacidade dos utilizadores finais de acederem e distribuírem

informação e de utilizarem as aplicações e os serviços à sua escolha;”

(artº 8º/4-g) e Cons. 23 DQ e Cons. 28 da Directiva Direitos dos Cidadãos, 2009/136/EC).

• As ARNs devem assegurar que “não existam distorções ou restrições da concorrência no sector das comunicações electrónicas, incluindo no que diz respeito à transmissão de conteúdos;” (Artº 8º/2-b) DQ)

• “Os utilizadores finais deverão ter a possibilidade de decidir quais os conteúdos que querem enviar e receber e que serviços, aplicações, hardware e software pretendem utilizar para esses fins”. (Idem)

(10)

Internet (minimamente) aberta

• “A Directiva 2002/22/CE (Directiva «Serviço Universal») não exige nem proíbe condições impostas pelos prestadores, em conformidade com a legislação nacional, limitando aos utilizadores finais o acesso e/ou a

utilização de serviços e aplicações […]”. (Cons. 29 da Directiva Direitos dos Cidadãos, 2009/136/EC)

• “Os operadores podem utilizar procedimentos que permitam medir e configurar o tráfego num segmento da rede, para evitar esgotar a

capacidade nesse segmento da rede, ou ultrapassá-la, o que levaria ao congestionamento da rede e a um mau desempenho.” (Cons. 34 da

Directiva Direitos dos Cidadãos, 2009/136/EC)

• “Necessidade de preservar a integridade e a segurança das redes e serviços” (Cons. 28, Idem)

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O mercado funciona mas…

• “Um mercado competitivo proporcionará aos utilizadores um vasto leque de conteúdos, aplicações e serviços à escolha”. (Cons. 28 da Directiva Direitos dos Cidadãos, 2009/136/EC e Cons. 23 da Directiva Melhor Regulação, 2009/140/EC)

• “Um mercado concorrencial deverá assegurar que os utilizadores finais obtenham a qualidade de serviço que exigem”. (Cons. 34 da Directiva Direitos dos Cidadãos (2009/136/EC)

• Solução do novo quadro regulamentar:

• Promoção da concorrência / Obrigações de transparência • Imposição de níveis mínimos de qualidade de serviço

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Transparência – Obrigações gerais

• Os operadores devem:

• Informar os assinantes de qualquer mudança das condições que

restringem o acesso e/ou utilização de serviços e aplicações

• Informar sobre eventuais procedimentos instaurados para medir e

condicionar o tráfego, a fim de evitar esgotar a capacidade num segmento da rede, ou ultrapassá-la, bem como sobre o modo como esses

procedimentos poderão repercutir-se na qualidade do serviço (artº 21/3-c)

e d) da Directiva SU)

• As ARNs podem:

• Exigir aos operadores que publiquem informações comparáveis,

adequadas e actualizadas sobre a qualidade dos seus serviços (artº 22º/1 da Directiva SU).

• Especificar os parâmetros de QoS a medir e o conteúdo, o formato e a maneira como as informações deverão ser publicadas (artº 22º/2).

(13)

Transparência - Contratos

• O artº 20º da Directiva SU impõe que os contratos contenham:

• Informações sobre quaisquer condições que restrinjam o acesso e/ou a utilização de serviços e aplicações,

• Os níveis de qualidade mínima dos serviços prestados […] e, se necessário, outros parâmetros de qualidade dos serviços,

definidos pelas autoridades reguladoras nacionais.

• Informações sobre eventuais procedimentos […] para medir e condicionar o tráfego a fim de evitar esgotar a capacidade num segmento da rede, ou ultrapassá-la, bem como sobre o modo

como esses procedimentos poderão repercutir-se na qualidade do serviço,

• Todas as restrições que o prestador impõe à utilização dos equipamentos terminais fornecidos.

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Transparência – Autorizações Gerais

e interligação

• As ARNs podem impor:

• Obrigações de transparência, a fim de garantir a conectividade de extremo-a- extremo, a divulgação de todas as condições que

limitam o acesso a e/ou a utilização de serviços e aplicações (artº 9º/1 e Parte A-19 do anexo da Directiva Autorizações).

• Obrigações de transparência em relação ao acesso e interligação aos operadores com PMS, o que incluirá “todas as condições que limitam o acesso a e/ou a utilização de serviços e aplicações” (Artº 9º da Directiva Acesso).

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Níveis mínimos de QoS

• “Para evitar a degradação do serviço e o bloqueamento ou o

abrandamento do tráfego nas redes, os EM asseguram que as ARNs possam estabelecer requisitos de qualidade mínima do serviço […]. As ARNs devem apresentar à Comissão, em tempo útil antes da fixação de tais requisitos, um resumo dos motivos que os fundamentam, os

requisitos previstos e as medidas propostas. Esta informação deve também ser posta à disposição do BEREC.

A Comissão pode formular observações ou recomendações sobre elas, em especial para garantir que os requisitos não afectam negativamente o bom funcionamento do mercado interno.

As ARNs têm o mais possível em conta as observações ou

recomendações da Comissão ao decidir sobre os requisitos.“ (artº 22º/3 da Directiva SU)

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BEREC e ARNs

• BEREC:

• Programa de Trabalho para 2010 prevê o desenvolvimento de um relatório pelo Project Team Net Neutrality

• Participará na consulta pública sobre NN lançada pela CE Comissão. • Workshop em 29.09.2010

• ARNs:

• NPT - Guidelines de Fevereiro de 2009. • PTS - Relatório de Novembro de 2009.

• ARCEP - Consulta pública em Maio de 2010.

• OFCOM - Consulta pública até 9 de Setembro. “It will explore existing

competition tools and consumer transparency options before considering imposing a minimum quality of service”.

• ANACOM:

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Comissão Europeia

• Orientações aos EM em sede de transposição do QR.

• «A Comissão atribui grande importância à preservação das características de

abertura e neutralidade da internet, tendo plenamente em conta a actual

vontade dos co-legisladores de consagrarem a neutralidade da internet como objectivo político e princípio regulamentar a promover pelas ARNs, a par do reforço dos correspondentes requisitos de transparência e da atribuição de

poderes de salvaguarda às ARNs para impedirem a degradação dos serviços e a obstrução ou o retardamento do tráfego nas redes públicas. “ (Declaração da Comissão 2009/C308/02)

• Consulta pública sobre NN até 30 de Setembro.

• Relatório anual dirigido ao PE e ao Conselho, até final de 2010. • Eventual necessidade de orientações suplementares.

• Aplicação do Direito da Concorrência para combater quaisquer práticas anticoncorrenciais que possam surgir.

(18)

Obrigado.

Referências

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