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INSTITUTO HAHNEMANNIANO DO BRASIL Departamento de Ensino. Curso de Pós-Graduação em Homeopatia. Área de Concentração: Farmácia MONOGRAFIA

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INSTITUTO HAHNEMANNIANO DO BRASIL Departamento de Ensino

Curso de Pós-Graduação em Homeopatia

Área de Concentração: Farmácia

MONOGRAFIA

Controle de Qualidade e de Processos das Formas Farmacêuticas Sólidas em Homeopatia nas Farmácias Magistrais

Alexandre De Oliveira Barbosa Jaqueline Carvalho Gonçalves Simone Dantas de Aguiar Dias

RIO DE JANEIRO 2010

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INSTITUTO HAHNEMANNIANO DO BRASIL Departamento de Ensino

Curso de Pós-Graduação em Homeopatia

Área de Concentração: Farmácia

Controle de Qualidade e de Processos das Formas Farmacêuticas Sólidas em Homeopatia nas Farmácias Magistrais

Alexandre De Oliveira Barbosa Jaqueline Carvalho Gonçalves Simone Dantas de Aguiar Dias

Orientador Ilidio Afonso

Monografia submetida como requisito parcial para obtenção do certificado de conclusão do curso de formação de especialista em Homeopatia – área de Farmácia.

RIO DE JANEIRO, RJ DEZEMBRO de 2010

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ii INSTITUTO HAHNEMANNIANO DO BRASIL

Departamento de Ensino

Curso de Pós-Graduação em Homeopatia

Área de Concentração: Farmácia

Controle de Qualidade e de Processos das Formas Farmacêuticas Sólidas em Homeopatia nas Farmácias Magistrais

Alexandre De Oliveira Barbosa Jaqueline Carvalho Gonçalves Simone Dantas de Aguiar Dias

MONOGRAFIA APROVADA EM ___/___/_____

_______________________________________________ Ilidio Ferreira Afonso, MSc., UFRJ

(Orientador)

_______________________________________________ Carmelinda Monteiro Costa Afonso, MSc., UFF

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iii

AGRADECIMENTOS

Gostaríamos inicialmente de agradecer a Deus e a nossa família por estarem ao nosso lado nos incentivando.

Ao corpo de mestres que com respeito e dedicação lecionaram tudo que aprenderam ao longo da vida e que certamente levaremos para sempre conosco.

Agradeço a atenção e a estima de todos os funcionários da instituição. Ao corpo administrativo meus sinceros agradecimentos e respeito.

Ao mestre Ilidio orientador desta monografia, no qual perdeu muitas de suas horas, lendo-a e nos incentivando.

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iv

BARBOSA, Alexandre de Oliveira; GONÇALVES, Jaqueline Carvalho; DIAS, Simone Dantas de Aguiar. Controle de Qualidade e de Processos das Formas Farmacêuticas Sólidas em Homeopatia nas Farmácias Magistrais. Trabalho de conclusão de curso (monografia). Curso de Pós-Graduação em Homeopatia do Instituto Hahnemanniano Do Brasil

RESUMO

As Formas Farmacêuticas Glóbulos e Tabletes são de grande demanda para as farmácias homeopáticas. Utilizando o requisito Controle de Processo, considerado item imprescindível pela RDC 67/07, nas farmácias magistrais através da calibração de cálice graduado para encher os vidros de Glóbulos e Tabletes, obteve-se uma redução média da perda em 10% para Glóbulos e 14% para tabletes demonstrados pelo baixo desvio padrão em relação aos respectivos pesos médios.

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v

BARBOSA, Alexandre de Oliveira; GONÇALVES, Jaqueline Carvalho; DIAS, Simone Dantas de Aguiar. Controle de Qualidade e de Processos das Formas Farmacêuticas Sólidas em Homeopatia nas Farmácias Magistrais. Trabalho de conclusão de curso (monografia). Curso de Pós-Graduação em Homeopatia do Instituto Hahnemanniano Do Brasil

ABSTRACTS

Pharmaceutical dosage forms tablets and globules are of great demand for homeopathic pharmacies. Using Process Control requirement, considered essential by the RDC 67/07 in pharmacies with pharmaceutical compounding, we proceeded to the calibration of a graduate cone shape glass to fill the with globules and tablets. We obtained an average reduction of 10% loss in globules pharmaceutical form and 14% for tablets indicated by the low standard deviation in relation to their average weights.

Keywords: Globules, Tablets, RDC 67/07, Pharmaceutical Compounding, Process Control.

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vi

LISTA DE ABREVIATURAS

Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária. FHB – Farmacopéia Homeopática Brasileira. mg – Miligrama.

mL – Mililitro.

RBC – Rede Brasileira de Calibração. RDC - Resolução da Diretoria Colegiada. SR – Solução Reagente.

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vii

LISTA DE TABELAS

página Tabela 1. Peso médio dos vidros vazios (g) de 30 mL utilizados para

armazenar os glóbulos e tabletes à serem impregnados com o medicamento.

13 Tabela 2. Conteúdo (g) de glóbulos e tabletes obtidos seguindo a

técnica padrão. 14

Tabela 3. Conteúdo (g) de glóbulos e tabletes com o uso da técnica de

(9)

viii

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

página Gráfico comparativo entre a técnica de enchimento padrão e

validação do processo de enchimento com cálice calibrado para Glóbulos

16 Gráfico comparativo entre a técnica de enchimento padrão e

validação do processo de enchimento com cálice calibrado para Tabletes

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SUMÁRIO

FOLHA DE APROVAÇÃO... ii

AGRADECIMENTOS... iii

RESUMO... iv

ABSTRACTS

... v

LISTA DE ABREVIATURAS... vi

LISTA DE TABELAS... vii

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

... viii

1. INTRODUÇÃO... 1

2. OBJETIVO... 3

2.1. Objetivo Geral... 3

2.2. Objetivo Específico... 3

3. REVISÃO LITERÁRIA... 4

3.1. Forma farmacêutica glóbulos... 4

3.1.1. Controle de qualidade... 4

3.1.1.1. Peso da embalagem... 4

3.1.1.2. Descrição... 5

3.1.1.3. Solubilidade... 5

3.1.1.4. pH e aspectos da solução teste... 5

3.1.1.5. Identificação de sacarose... 5

3.1.1.6. Prova de desagregação... 6

3.2. Forma farmacêutica tabletes... 7

3.2.1. Controle de qualidade... 7

(11)

3.2.1.2. Descrição... 7

3.2.1.3. Solubilidade... 8

3.2.1.4. Ponto de Fusão... 8

3.2.1.5. pH ... 8

3.2.1.6. Identificação... 9

3.2.1.7. Perda por dessecação... 9

3.2.1.8. Resíduo solúvel em álcool (sacarose e glicose)... 10

3.2.1.9. Cor e limpidez da solução... 10

3.2.1.10. Amido ou dextrina... 10

3.2.1.11. Acidez ou alcalinidade... 11

3.3. Controle de processos... 11

3.3.1. Validação do Processo de Enchimento/Transferência de Glóbulos e Tabletes... 12

3.3.2. Comparativo entre a técnica de enchimento padrão e a validação do processo de enchimento com cálice calibrado... 13

3.3.3. Gráfico comparativo entre a técnica de enchimento padrão e a validação do processo de enchimento com cálice calibrado. 16 4. CONCLUSÃO... 17

ANEXO I – SOLUÇÕES E SOLUÇÕES REAGENTES... 18

Reagente de Fehling... 18

Reagente de Tollens... 18

Ácido sulfúrico 0,5M... 19

Hidróxido de sódio Solução Reagente (SR)... 19

Hidróxido de sódio 0,1M... 19

Iodo Solução Reagente... 19

Sulfato de cobre 10% (p/V)... 19

Fenolftaleína Solução Reagente... 20

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1

1. INTRODUÇÃO

Qualidade e satisfação do cliente são questões importantes que recebem cada vez mais atenção na produção de medicamentos (MARTINELLI, et al., 2005).

A realização do controle de qualidade nas farmácias magistrais é de suma importância para que a qualidade microbiológica e físico-química dos insumos utilizados e de produtos acabados seja assegurada, garantindo eficácia, segurança e credibilidade dos medicamentos manipulados e dispensados a população (KOROLKOVAS, 1984; BARBOSA, 2001; MARTINELLI, et al., 2005).

Para obtenção de medicamentos com qualidade, todo processo produtivo deve ser monitorado, incluindo o controle do meio ambiente, de fabricação e do produto acabado (KOROLKOVAS, 1984; GENNARO, 2004).

Alguns fatores dificultam a prática do controle de qualidade pelas farmácias magistrais como : Alto custo, necessidade de novos investimentos para adequação da área fisica e aquisição de equipamentos básicos. Buscando a melhoria continua a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) publica em 2007 a Resolução da Diretoria Colegiada 67 (RDC 67) buscando o nivelamento de todas as farmácias magistrais do país, atribuindo e definindo requisitos mínimos obrigatórios ao controle de qualidade que vão desde as matérias primas aos produtos acabados dispensados (BARBOSA, 2001).

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2

A RDC 67 dispõe sobre Boas Práticas de Manipulação de Preparações Magistrais e Oficinais para Uso Humano em Farmácias define Controle de Qualidade como conjunto de operações (programação, coordenação e execução) com objetivo de verificar a conformidade das matérias-primas, materiais de embalagem e do produto acabado de acordo com especificações estabelecidas. Atribui ao Controle de Processo as verificações realizadas durante a produção, de forma assegurar que o produto esteja em conformidade com as especificações (BRASIL, 2007).

A RDC 67 e sua complementação RDC 87 publicada em 2008 atribuem 2 anexos a farmácia magistral homeopática, devendo esta cumprir o anexo geral (anexo I) e o anexo de atribuições da farmácia homeopática (anexo V) (BRASIL, 2007).

No sub item 7.3.10 do anexo I, a RDC 67 dispõe dos testes mínimos que devem ser realizados obrigatoriamente ao recebimento das matéria primas, sendo elas consideradas inertes ou não. Destaca-se: caracteres organolépticos; solubilidade; pH; peso; volume; densidade; avaliação do laudo de análise do fabricante/fornecedor (BRASIL, 2007).

No item 9 que dispõe sobre os Controles destaca-se a obrigatoriedade dos seguintes ensaios para formas farmacêuticas sólidas, que são um dos focos desta monografia: descrição, aspecto, caracteres organolépticos e o peso médio (BRASIL, 2007).

Visando o cumprimento da legislação vigente, esta monografia destaca a realização dos testes dos itens 7, 9 da RDC 67.

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3

2. OBJETIVO

2.1. Objetivo Geral

Demonstrar a viabilidade da implantação dos controles de processos das formas farmacêuticas sólidas em Homeopatia na farmácia magistral, com objetivo de atender a Resolução da Diretoria Colegiada N°67, publicada em 08/10/2007.

2.2. Objetivo Específico

Demonstrar o controle de qualidade e os controles de processos das formas farmacêuticas sólidas em Homeopatia glóbulos e tabletes, considerando os parâmetros farmacopéicos da forma farmacêutica cápsulas duras e moles devido à proximidade dos pesos entre as formas farmacêuticas. Apresentando um limite máximo de variação de 10% até 300mg, já que as formas farmacêuticas em questão apresentam peso médio entre 50 mg para os glóbulos e 100 a 300mg para os tabletes comparando o método de enchimento de glóbulos e tabletes padrão e a marcação da calibração do cálice graduado de 30mL.

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3. REVISÃO LITERARIA

3.1. Forma farmacêutica glóbulos

São pequenas esferas ligeiramente porosas obtidas industrialmente a partir de grão de açúcar borrifados em máquinas drageadoras, com solução de sacarose ou mistura da sacarose e lactose (ASSOÇIAÇÃO BRASILEIRA DE FARMACÊUTICOS HOMEOPATAS, 2007; FONTES, 2005; FARMACOPÉIA HOMEOPÁTICA BRASILEIRA, 2002).

São classificadas numericamente conforme seus pesos médios de 30mg (n03), 50mg (n05) e 70mg (n07), sendo atualmente o mais utilizado no país o número 5 (ASSOÇIAÇÃO BRASILEIRA DE FARMACÊUTICOS HOMEOPATAS, 2007; FONTES, 2005; FARMACOPÉIA HOMEOPÁTICA BRASILEIRA, 2002).

3.1.1. Controle de qualidade

3.1.1.1. Peso da embalagem

Pesar a embalagem da matéria prima antes de abri-la para conferência do peso (BRASIL, 2007).

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5

3.1.1.2. Descrição

É importante que sejam brancos, tenham odor adequado de açúcar, estejam soltos, homogêneos em seu tamanho e não apresentem impurezas nem corpos estranhos (ASSOÇIAÇÃO BRASILEIRA DE FARMACÊUTICOS HOMEOPATAS, 2007; FONTES, 2005; FARMACOPÉIA HOMEOPÁTICA BRASILEIRA, 2002).

3.1.1.3. Solubilidade

Facilmente solúvel em água, praticamente insolúvel em etanol (ASSOÇIAÇÃO BRASILEIRA DE FARMACÊUTICOS HOMEOPATAS, 2007; FARMACOPÉIA HOMEOPÁTICA BRASILEIRA, 2002).

3.1.1.4. pH e aspectos da solução teste

O pH da solução teste determinado potenciometricamente deverá ser próximo a 7,0. Solução teste é preparada por adição de 10g de glóbulos inertes a 100 mL de água purificada. A solução deve ser limpa e inodora. Há uma consulta pública em votação para retirada do teste de pH para a próxima edição da Farmacopéia Homeopática Brasileira. (ASSOÇIAÇÃO BRASILEIRA DE FARMACÊUTICOS HOMEOPATAS, 2007; FARMACOPÉIA HOMEOPÁTICA BRASILEIRA, 2002).

3.1.1.5. Identificação de sacarose

Dissolver 10 g de glóbulos em água e completar o volume para 100 mL, a solução deverá ser límpida e incolor.

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6

A 3 mL da solução adicionar 3 mL do reagente de Fehling. Aquecer até a ebulição. Observa-se a formação de precipitado alaranjado indicando a presença da lactose. (FARMACOPÉIA HOMEOPÁTICA BRASILEIRA, 2002).

A 3 mL da solução, adicionar 3 mL do reagente de Tollens. Aquecer a ebulição. Observa-se precipitado negro indicando também a presença da lactose. (FARMACOPÉIA HOMEOPÁTICA BRASILEIRA, 2002).

A 5 mL de ácido clorídrico, adicionar alguns cristais de ácido indolilacético e 5 gotas da solução e agitar, deixar em repouso. Observa-se o desenvolvimento de cor violeta indicando a presença da sacarose (FARMACOPÉIA HOMEOPÁTICA BRASILEIRA, 2002).

A 4 mL da solução adicionar 6 mL de ácido sulfúrico 0,5M. Aquecer por um minuto, esfriar e neutralizar ao papel de tornasol com solução de hidróxido de sódio solução reagente. Adicionar 5 mL reagente de Fehling e levar a ebulição por um minuto. Deve produzir precipitado vermelho tijolo (ASSOÇIAÇÃO BRASILEIRA DE FARMACÊUTICOS HOMEOPATAS, 2007; FARMACOPÉIA HOMEOPÁTICA BRASILEIRA, 2002).

3.1.1.6. Prova de desagregação

Em um cesto metálico ou de plástico perfurado, os glóbulos são imersos em um béquer contendo água purificada com freqüência de 15 vezes por minuto. Nestas condições o tempo de desagregação dos glóbulos deve ser da ordem de 10 minutos. Mergulha-se o cesto durante 2 segundos em água e retira-se por 2 segundos. Repete-se essa operação durante 10 minutos, tempo em que os glóbulos deverão estar totalmente desagregados (ASSOÇIAÇÃO

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7

BRASILEIRA DE FARMACÊUTICOS HOMEOPATAS, 2007; FARMACOPÉIA HOMEOPÁTICA BRASILEIRA, 2002).

3.2. Forma farmacêutica tabletes

São formas farmacêuticas sólidas, cilíndricas, friáveis, com peso entre 100 e 300mg, obtidos por moldagem da lactose com auxilio de tableteiros sem adição de adjuvantes (ASSOÇIAÇÃO BRASILEIRA DE FARMACÊUTICOS HOMEOPATAS, 2007; FONTES, 2005; FARMACOPÉIA HOMEOPÁTICA BRASILEIRA, 2002).

3.2.1. Controle de qualidade

Como a forma farmacêutica tablete é obtida por moldagem da lactose destaca-se para o Controle de Qualidade desta forma farmacêutica os ensaios analíticos para lactose.

3.2.1.1. Peso da embalagem

Pesar a embalagem da matéria prima antes de abri-la para conferência do peso (BRASIL, 2007).

3.2.1.2. Descrição

São cristais brancos, massas cristalinas ou pó branco, inodoro, de sabor levemente adocicado, estável ao ar; absorve rapidamente odores do ambiente. (ASSOÇIAÇÃO BRASILEIRA DE FARMACÊUTICOS HOMEOPATAS, 2007; FONTES, 2005; FARMACOPÉIA HOMEOPÁTICA BRASILEIRA, 2002).

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3.2.1.3. Solubilidade

A lactose dissolve-se livremente em água. Entretanto sua solubilidade é menor que outros açúcares, elevando-se pelo aumento da temperatura do solvente. A forma beta-lactose é mais solúvel em água (50 g/100 mL a 20º C) do que a forma alfa-lactose (7.4 g/100 mL a 20o C). Por outro lado, considera-se a solubilidade das duas formas como idênticas devido à mutarotação e ao equilíbrio eventualmente alcançado em solução. O tamanho da partícula também influencia a velocidade de dissolução, mas não a solubilidade final.

Segundo a Farmacopéia Homeopática Brasileira (FHB), 1g de lactose dissolve lentamente em 5 mL de água fria. Muito solúvel em água fervente no qual a proporção cai para 1g dissolvendo em 2,6 mL. A lactose é praticamente insolúvel em etanol (ASSOÇIAÇÃO BRASILEIRA DE FARMACÊUTICOS HOMEOPATAS, 2007; FARMACOPÉIA HOMEOPÁTICA BRASILEIRA, 2002).

3.2.1.4. Ponto de Fusão

A lactose possui ponto fusão entre 201 e 2020C com decomposição (ASSOÇIAÇÃO BRASILEIRA DE FARMACÊUTICOS HOMEOPATAS, 2007; FARMACOPÉIA HOMEOPÁTICA BRASILEIRA, 2002).

3.2.1.5. pH

Uma solução aquosa de lactose a 10% (p/V) deve apresentar o pH entre 4,0 a 6,5 (ASSOÇIAÇÃO BRASILEIRA DE FARMACÊUTICOS HOMEOPATAS, 2007; FARMACOPÉIA HOMEOPÁTICA BRASILEIRA, 2002).

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3.2.1.6. Identificação

A 5 mL de solução aquosa saturada de lactose aquecida, adicionar 5 mL de solução 0,1M de hidróxido de sódio. Aquecer ligeiramente. Observa-se o aparecimento de cor amarela que passa a parda- avermelhada. (FARMACOPÉIA HOMEOPÁTICA BRASILEIRA, 2002).

A 5 mL de uma solução aquosa a 5% (p/V), adicionar 2 mL de solução aquosa a 5% (p/V) de sulfato de cobre; a solução permanece límpida e apresenta cor azul. Aquecer até a fervura por 3 minutos. Observa-se a formação de precipitado vermelho (ASSOÇIAÇÃO BRASILEIRA DE FARMACÊUTICOS HOMEOPATAS, 2007; FARMACOPÉIA HOMEOPÁTICA BRASILEIRA, 2002).

Aquecer 5 mL de solução aquosa a 5% (p/V) de lactose adicionada de 5 mL de hidróxido de amônio concentrado e saturado com cloreto de amônio. Aquecer em banho maria a 800C por 10 minutos. Observa-se o desenvolvimento de cor vermelha (FARMACOPÉIA HOMEOPÁTICA BRASILEIRA, 2002).

3.2.1.7. Perda por dessecação

Secar uma amostra de lactose a 1200C durante 16 horas. A forma anidra perde não mais que 1% e a forma hidratada, não mais que 5,5% de seu peso (ASSOÇIAÇÃO BRASILEIRA DE FARMACÊUTICOS HOMEOPATAS, 2007).

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3.2.1.8. Resíduo solúvel em álcool (Sacarose e glicose)

Adicionar 5g de lactose finamente dividida, a 20 mL de álcool absoluto, (96 GL) agitar durante 5 minutos. Filtrar e evaporar 10 mL do filtrado até secura. Dessecar a 1050C durante 10 minutos. O peso do resíduo não deve exceder 20 mg (ASSOÇIAÇÃO BRASILEIRA DE FARMACÊUTICOS HOMEOPATAS, 2007; FARMACOPÉIA HOMEOPÁTICA BRASILEIRA, 2002).

3.2.1.9. Cor e limpidez da solução

Dissolver 1 g de lactose em 10 mL de água purificada fervente. A solução deverá ser límpida, praticamente incolor e inodora (ASSOÇIAÇÃO BRASILEIRA DE FARMACÊUTICOS HOMEOPATAS, 2007; FARMACOPÉIA HOMEOPÁTICA BRASILEIRA, 2002).

3.2.1.10. Amido ou dextrina

Dissolver 1g de lactose em 10 mL de água purificada; levar à ebulição por 1 minuto e deixar esfriar a temperatura ambiente e adicionar 1 gota de iodo SR. Não deve apresentar cor vermelha, azul ou violeta inodora (ASSOÇIAÇÃO BRASILEIRA DE FARMACÊUTICOS HOMEOPATAS, 2007; FARMACOPÉIA HOMEOPÁTICA BRASILEIRA, 2002).

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3.2.1.11. Acidez ou alcalinidade

Dissolver 6g de lactose, por aquecimento, em 25 mL de água livre de dióxido de carbono e adicionar 0,3 mL de fenolftaleína SR. A solução é incolor e não mais que 1,5 mL de hidróxido de sódio SR são necessários para produzir cor rosa permanente (ASSOÇIAÇÃO BRASILEIRA DE FARMACÊUTICOS HOMEOPATAS, 2007).

3.3. Controle de processos

A literatura oficial não menciona a obrigatoriedade do controle de processos para as formas farmacêuticas homeopáticas, mais buscando a melhoria continua podemos usar os limites de variação do peso médio das formas farmacêuticas de uso interno cápsulas duras e moles para a forma farmacêutica glóbulo e tabletes.

O peso médio de um glóbulo número 5 que atualmente é o mais utilizado é de 50 mg e o tablete de 300mg .Padronizando o peso de glóbulos e tabletes a serem dispensados no vidro pela farmácia obtemos um limite de 10% em relação ao peso total dos glóbulos presentes no frasco (FARMACOPEIA BRASILEIRA, 1988).

Para agilizar o processo de manipulação homeopática os glóbulos e tabletes são envasados em vidro para serem impregnados.

A validação do processo de enchimento ou transferência dos glóbulos e tabletes para o vidro de impregnação é uma forma de realização do Controle de Processos.

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3.3.1. Validação do Processo de Enchimento/Transferência de

Glóbulos e Tabletes

O processo de validação se dá através da pesagem em balança analítica da quantidade de glóbulos e tabletes previamente determinada em cálice graduado calibrado com laudo rastreado pela Rede Brasileira de Calibração (RBC).

Embora os glóbulos e tabletes sejam considerados insumos inertes, é imprescindível o uso de um cálice para cada uma das formas farmacêuticas.

Para validação do processo é preciso realizar 10 pesagens de cada forma farmacêutica, através da média aritimética das pesagens marca-se a vidraria calibrada com caneta de diamante indicando até onde o manipulador deve encher o cálice com glóbulos ou tabletes.

Para manter o processo validado é necessário sua transformação em procedimento com o objetivo da eficácia do processo independente de quem o execute.

Como os vidros contendo glóbulos ou tabletes inertes destinados à impregnação com o insumo ativo líquido são preparados com antecedência, pode-se verificar a variabilidade do peso escolhendo-se aleatóriamente frascos que serão pesados individualmente e em quantidade suficiente que permita uma análise estatística de modo a determinar o desvio padrão do peso e assim garantir o processo de produção.

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3.3.2. Comparativo entre a técnica de enchimento padrão e a

validação do processo de enchimento com cálice calibrado

Adotou-se o peso médio para glóbulos, numero 5, de 17 g e para tabletes de 19 g obtidos por pesagem em balança analítica, modelo AY 220, da empresa Shimadzu, com precisão de 4 casas decimais. A massa de globulos corresponde aproximadamente a 340 unidades com peso unitário médio de 50 mg. A massa de tabletes corresponde a 170 unidades com peso unitário médio de 300 mg.

A técnica padrão assume utiliza um vidro de capacidade adequada para conter as 17 gramas de glóbulos ou 19 gramas de tabletes é tomado como referência. Este vidro é preenchido, com a forma farmacêutica selecionada, até o gargalo e a seguir o conteúdo é transferido para um vidro de capacidade de 30 mL. Estes são tampados e armazenados adequadamente até o momento de utilização no processo de impregnação com os medicamentos líquidos.

Em relação ao peso médio dos vidros utilizados, obteve-se os seguintes resultados:

Tabela 1. Peso médio dos vidros vazios (g) de 30 mL utilizados para armazenar os glóbulos e tabletes à serem impregnados com o medicamento.

Peso médio dos vidros vazios de 30 mL

42,4073 42,1978

42,1661 42,2274

42,2352 42,0883

42,2082 42,0874

42,2267 42,1474

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Obteve-se o seguinte resultado após 10 pesagens, seguindo-se a técnica padrão:

Tabela 2. Conteúdo (g) de glóbulos e tabletes obtidos seguindo a técnica padrão. Peso do Conteúdo Obtido Pela Técnica Padrão

Glóbulos Tabletes 19,3181 22,4332 18,3144 20,7424 19,5363 21,3412 19,7222 21,7434 18,9414 21,4394 17,3427 22,1449 19,9433 23.0321 19,9841 22,9843 19,7325 22,7435 19,2446 22,9818

Peso médio = 19,2079 Peso médio = 22,1586 Desvio Padrão = 0,8268 Desvio Padrão = 0,8099

A técnica utilizada para implementação do controle de processo envolve a etapa inicial da técnica padrão, isto é, utiliza-se de um vidro preenchido com a forma farmacêutica selecionada, até o gargalo e a seguir o conteúdo é transferido para um cálice graduado de capacidade de 30 mL, devidamente tarado. Após a pesagem da forma farmacêutica selecionada marcou-se o cálice com uma linha horizontal através de uma caneta para escrita em vidro.

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Uma vez calibrados, os calices são preenchidos com a forma farmacêutica até a linha de calibração e esta é transferida para os frascos de 30 mL para armazenamento.

Com o objetivo de controlar o processo de fracionamento, são selecionados, aleatoriamente, 10 frascos de cada forma formacêutica e pesados individualmente. A seguir se obtem o peso médio e o desvio padrão.

Após calibração de cálice graduado de 30mL obteve-se os seguintes resultados:

Tabela 3. Conteúdo (g) de glóbulos e tabletes com o uso da técnica de calibração do cálice.

Peso do Conteúdo Obtido com o Cálice Calibrado

Glóbulos Tabletes 17,3461 19,3872 17,2723 19,2775 17,4397 19,8558 17,6349 19,3877 17,3622 19,3754 17,9381 19,3142 17,8933 19,4271 17,3521 19,4344 17,1432 19,4173 17,2735 19,2134

Peso médio = 17,4656 Peso médio = 19,4192 Desvio Padrão = 0,2689 Desvio Padrão = 0,1665

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3.3.3. Gráfico comparativo entre a técnica de enchimento padrão e a

validação do processo de enchimento com cálice calibrado

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4. CONCLUSÃO

A técnica de enchimento padrão apresentou valores de desvio de + 12,98% para os glóbulos e + 16,62% para os tabletes em relação aos pesos médios obtidos e os pesos padrões estabelecidos, e encontram-se fora da faixa estabelecida pela monografia em questão (Farmacopéia Brasileira).

A técnica da validação do processo de enchimento através do cálice graduado apresentou valores de desvio de + 2,74% para os glóbulos e de + 2,20% para os tabletes ambos dentro da faixa de 10% estabelecida por esta monografia.

Conclui-se que embora as duas técnicas em questão dependam da visão humana, a marcação do cálice facilita a pesagem mais próxima do peso padrão.

O enchimento pelo método de calibração do cálice graduado fornece uma economia de 10,24% em relação aos glóbulos e de 14,42% em relação aos tabletes.

Verificou-se que a variabilidade da massa do vidro de 30 mL não influenciou o resultado já que o desvio do peso médio entre as unidades verificadas foi de 0, 0912.

Conclui-se que o método de validação do processo de calibração é simples e fácil podendo facilitar o processo de manipulação do medicamento homeopático assim como a realização dos testes do Controle de Qualidade exigidos pela legislação vigente.

(29)

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ANEXO I – SOLUÇÕES E SOLUÇÕES REAGENTES

Reagente de Fehling

Obtido através da manipulação de duas soluções que são misturadas em partes iguais no momento da análise. A solução A e obtida através da dissolução de 35,6g de sulfato de cobre em quantidade suficiente de água purificada para completar 500 mL. A solução B é obtida através da dissolução de 173g de tartarato duplo de sódio e potássio em quantidade suficiente de água purificada. Acrescentar 70g de hidróxido de sódio e completar o volume de 500 mL com água purificada (FARMACOPÉIA HOMEOPÁTICA BRASILEIRA, 2002).

Reagente de Tollens

Obtido através da adição de quantidade suficiente de hidróxido de amônio a 10 mL a uma solução aquosa de nitrato de prata a 5% (p/V) até a obtenção de um precipitado castanho e subsequente a sua dissolução. Em seguida adicionar 5 mL de solução de hidróxido de sódio a 10% (p/V). Não deverá aparecer nenhum precipitado. Caso ocorra o aparecimento do precipitado castanho adicionar nova quantidade de hidróxido de amônio até o seu desaparecimento. Reservar em frasco escuro com tampa esmerilhada e sob refrigeração (FARMACOPÉIA HOMEOPÁTICA BRASILEIRA, 2002).

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Ácido sulfúrico 0,5M

Pesar 55,20g de ácido sulfúrico concentrado em 1000mL de água. Armazenar em recipiente bem fechado (FARMACOPÉIA BRASILEIRA, 1998).

Hidróxido de sódio Solução Reagente (SR)

Pesar 8% (p/V) de hidróxido de sódio em água. Armazenar em recipiente bem fechado (FARMACOPÉIA BRASILEIRA, 1998).

Hidróxido de sódio 0,1M

Pesar 0,4g de hidróxido de sódio em 1000 mL de água isenta de dióxido de carbono (água fervida e depois resfriada) (FARMACOPÉIA BRASILEIRA, 1998).

Iodo Solução Reagente

Pesar 1,0g de iodo, adicionar 2,0 g de iodeto de potássio em 100mL de água. Armazenar em recipiente bem fechado e protegido da luz (FARMACOPÉIA BRASILEIRA, 1998).

Sulfato de cobre 10% (p/V)

Pesar 10g de sulfato de cobrte e dissolve-los em 100 mL de água (FARMACOPÉIA BRASILEIRA, 1998).

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Fenolftaleína Solução Reagente

Dissolver 9 g de Fenolftaleína em 100 mL de álcool. (ASSOÇIAÇÃO BRASILEIRA DE FARMACÊUTICOS HOMEOPATAS, 2007)

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSOÇIAÇÃO BRASILEIRA DE FARMACÊUTICOS HOMEOPATAS Manual de normas técnicas para farmácia homeopática [Artigo]. - CURITIBA :

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FARMACÊUTICOS HOMEOPATAS, 2007. - 4.

BARBOSA E. RDC 33, Sob fogo cruzado [Periódico]. - Brasilia : Pharm. Bras., 2001. - Vol. 24. - pp. 13-16.

BRASIL Resolução da Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária n 67 de 8 outubro de 2007 [Artigo] // Diário Oficial da União. -

Brasilia : [s.n.], 2007. - p. 58.

FARMACOPEIA BRASILEIRA [Livro]. - SAO PAULO : ATHENEU, 1988. - 4°. FARMACOPÉIA HOMEOPÁTICA BRASILEIRA [Livro]. - SÃO PAULO : ATHENEU, 2002. - 2° : Vol. PARTE I.

FONTES OLNEY LEITE Farmácia Homeopática teoria e prática [Livro]. - SAO PAULO : MANOLE, 2005.

GENNARO A Remington: a ciência e a prática da farmácia [Livro]. - Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2004. - 20.

KOROLKOVAS A Análise Farmaceutica [Livro]. - Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 1984.

MARTINELLI H. K. [et al.] Avaliação do controle de qualidade realizado nas farmácias de manipulação e homeopáticas de Maringá, Estado do Paraná. [Periódico] // Revista Acta Sci. Health Sci.. - Maringá : [s.n.], 2005. - pp. 137-143.

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