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Estado do Rio Grande do Sul Município de Venâncio Aires

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DECRETO Nº 6.129, DE 13 DE JULHO DE 2017

Edita a Instrução Normativa nº 001/2017, que “Dispõe sobre os procedimentos de inscrição no Cadastro Municipal de Contribuintes de empresas enquadradas como Microempreendedor Individual – MEI; sobre os procedimentos de exclusão e desenquadramento do Microempreendedor Individual – MEI”.

GIOVANE WICKERT, PREFEITO DO MUNICÍPIO DE VENÂNCIO AIRES, no uso de suas atribuições legais asseguradas pelo inc. VIII do art. 49 da Lei Orgânica do Município,

D E C R E T A:

Art. 1º É editada a Instrução Normativa nº 001/2017, que "Dispõe sobre os procedimentos de inscrição no Cadastro Municipal de Contribuintes de empresas enquadradas como Microempreendedor Individual – MEI; sobre os procedimentos de exclusão e desenquadramento do Microempreendedor Individual – MEI”, nos termos do Anexo Único do presente Decreto.

Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

GABINETE DO PREFEITO MUNICIPAL DE VENÂNCIO AIRES, em 13 de julho de 2017.

GIOVANE WICKERT Prefeito Municipal

Registre-se e Publique-se:

Loreti Terezinha Decker Scheibler Secretária de Administração

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ANEXO ÚNICO

DECRETO Nº 6.129, DE 13 DE JULHO DE 2017 INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 001/2017

Dispõe sobre os procedimentos de inscrição no Cadastro Municipal de Contribuintes de empresas enquadradas como Microempreendedor Individual – MEI; sobre os procedimentos de exclusão e desenquadramento do Microempreendedor Individual – MEI.

A Comissão para Gestão do Microempreendedor Individual - MEI, do Município de Venâncio Aires, no uso das suas atribuições, resolve:

DO MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL - MEI CAPÍTULO I

DA DEFINIÇÃO

Art. 1º Considera-se Microempreendedor Individual - MEI o empresário a que se refere o art. 966 da Lei nº 10.406, de 2002, optante pelo Simples Nacional, que tenha auferido receita bruta acumulada no ano-calendário anterior e em curso conforme limites definidos na Lei Complementar nº 123/2006 e suas alterações, e que:

I - exerça tão-somente as atividades, cuja ocupação conste no Anexo XIII da Resolução CGSN nº 94/2011;

II - possua um único estabelecimento;

III - não participe de outra empresa como titular, sócio ou administrador;

IV - não contrate mais de um empregado, observado o disposto no art. 96 da Resolução CGSN nº 94/2011.

§ 1º O Microempreendedor Individual - MEI não pode guardar, cumulativamente, com o contratante do serviço, relação de pessoalidade, subordinação e habitualidade, sob pena de exclusão do Simples Nacional.

§ 2º O Microempreendedor Individual - MEI é modalidade de microempresa

CAPÍTULO II

DOS PROCEDIMENTOS DA INSCRIÇÃO DO MEI NO CADASTRO MUNICIPAL DE CONTRIBUINTES

Art. 2° O cadastro das empresas inscritas como Microempreendedor Individual – MEI junto ao município de Venâncio Aires, será efetuado após a verificação do atendimento aos requisitos previstos na Lei Complementar 123/2006, Resolução CGSN n.º 94, de 29 de novembro de 2011 e Resolução CGSIM n.º 16, de 17 de dezembro de 2009, bem como o Microempreendedor Individual - MEI deve exercer efetivamente a atividade de forma titular;

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Art. 3º Também será analisada pelo Fisco Municipal, a previsão de receitas e despesas, no intuito de verificar se a empresa não ultrapassa o limite da receita bruta prevista na Lei Complementar nº 123/2006. Sempre que possível será observado o disposto no art. 356, § 2º e 3º do CTM - Lei Complementar 064/2013.

Art. 4º Não serão licenciadas mais de uma empresa, enquadradas como Microempreendedor Individual - MEI no mesmo endereço, salvo os previstos na Lei Federal 13.352 de 27 de outubro de 2016, ou demais atos normativos regulamentados pelo CGSN.

§1° O Microempreendedor Individual - MEI poderá utilizar sua residência como sede do estabelecimento, quando não for indispensável a existência de local próprio para o exercício da atividade.

§2° Fica excepcionado da regra do caput, as empresas cujo endereço sejam apenas para fins de correspondência, desde que as atividades realizadas não possam configurar sociedade ou correlação.

Art. 5º As Fiscalizações do Município, a seu critério, promoverão vistoria ao local do estabelecimento a fim de proceder às averiguações descritas nos Artigos 1º a 4º.

Parágrafo único – No momento da vistoria será preenchido pela autoridade fiscal e assinado pelo contribuinte, o “Termo de Constatação – MEI”, conforme modelo definido no Anexo I da presente Instrução Normativa. Poderá, a critério da Fiscalização, serem solicitados documentos comprobatórios relativos as declarações.

Art. 6º Caso o titular da empresa não seja localizado no endereço descrito em seu CNPJ, será emitida intimação para que o mesmo compareça, no prazo de 20 (vinte) dias, ao Setor de Fiscalização de Posturas, a fim de prestar as informações necessárias ao andamento do processo de concessão do alvará e/ou processo fiscal.

SEÇÃO I

DA CONSULTA PRÉVIA

Art. 7º A consulta prévia de local é condição indispensável para qualquer empreendimento que pretenda se estabelecer no território do município.

Art. 8º A consulta prévia de local tem natureza consultiva e não autoriza o início das atividades do estabelecimento, ficando este condicionado a obtenção da Licença de Funcionamento e Localização.

Art. 9º O Município disponibilizará consulta prévia quanto à viabilidade do exercício da atividade pretendida no local escolhido previamente à elaboração do ato constitutivo ou de sua alteração por meio do Estudo de Viabilidade de Local e Estudo de Viabilidade Sanitária.

Art. 10 O Estudo de Viabilidade de Local para os microempreendedores individuais deverá ser formalizado mediante protocolização de requerimento às secretarias responsáveis.

§ 1º As consultas previstas no caput serão obrigatórias, também, nos casos de: I - alteração de endereço do estabelecimento;

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III - modificação das características do imóvel utilizado como sede do estabelecimento requerente;

Art. 11 Os microempreendedores individuais não estabelecidos ficam dispensados do Estudo de Viabilidade de Local, devendo anexar o Termo de Ciência e Responsabilidade, Anexo IV, desde que a atividade econômica seja exercida fora do domicilio, não havendo aglomeração de pessoas, armazenamento e movimentação de materiais, constituindo apenas endereço de referência;

Art. 12 Para as atividades de alto risco sanitário, definidas no Anexo VI do Decreto 5.730/2015, o empreendedor deverá encaminhar Estudo de Viabilidade Sanitária para tomar ciência, de forma prévia, das exigências sanitárias necessárias para instalação do empreendimento.

Art. 13 O pedido de Estudo de Viabilidade Sanitária deverá ser formalizado mediante protocolização de requerimento à Secretaria Municipal de Saúde – Vigilância Sanitária com a apresentação e da anexação dos seguintes documentos:

I - Requerimento padrão de Viabilidade Sanitária - Anexo V; II - Cópia da Certidão de Zoneamento;

III - Cópia da Planta ou croqui do imóvel.

Art. 14 O contribuinte assume a responsabilidade pela autenticidade dos documentos que apresentar e pelas declarações que fizer e compromete-se a promover a regularização do estabelecimento perante os órgãos competentes.

SEÇÃO II DA INSCRIÇÃO

Art. 15 A inscrição no Cadastro de Atividades Econômicas do Município-CAM é obrigatória e deverá ser formalizado mediante protocolização na Secretaria Municipal da Fazenda, com a apresentação e da anexação dos seguintes documentos:

a) Formulário padrão para Cadastro de Atividades Econômicas no Município CAM -Anexo VI;

b) Cópia dos documentos de identificação do empreendedor: CPF, Carteira de Identidade ou equivalente;

c) Comprovante de inscrição no Cadastro Nacional das Pessoas Jurídicas do Ministério da Fazenda – CNPJ;

d) Condição de Microempreendedor Individual - MEI, devidamente registrado;

e) Comprovante de endereço do empreendimento: cópia do contrato de locação, termo de cedência do local, matrícula do imóvel no Registro de Imóveis;

f) Alvará de Prevenção e Proteção Contra Incêndio – APPCI ou Comprovante do Protocolo do PPCI (quando se tratar de atividade a ser exercida em edificações de baixa carga de incêndio, conforme Lei Complementar nº 14.376, de 26 de dezembro de 2013) ou Termo de Ciência e Responsabilidade, Anexo IV, quando atividade econômica será exercida fora do domicilio, não havendo aglomeração de pessoas, armazenamento e movimentação de materiais, constituindo apenas endereço de referência;

g) Certidão de Regularidade Cadastral do Conselho Regional de Contabilidade – CRC do responsável contábil quando indicado;

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h) Certidão de Zoneamento fornecida pela Secretaria Municipal de Planejamento de Venâncio Aires quando se tratar de Microempreendedores Individuais – MEI com atividade exercida em estabelecimento fixo;

i) Termo de Ciência e Responsabilidade, Anexo IV, firmado sob as penas da Lei, pelo titular da pessoa jurídica, informando a inexistência de local próprio ou especifico para o exercício da atividade, para fins de dispensa do APPCI e Carta de Habite-se;

j) Estudo de Viabilidade Sanitária para as atividades determinadas no Decreto 5.730/2015;

k) Certidão de Habite-se (exceto quando se tratar de atividade exercida exclusivamente na residência e que ocupe até 70m² ou quando a atividade a ser exercida não exigir local fixo);

l) outros documentos complementares exigíveis para os casos de licenciamento de atividades reconhecidamente técnicas, ou de alto risco para a saúde pública ou para o meio ambiente, que necessitem de licenças especiais para a sua exploração, por força de legislação específica, federal, estadual ou municipal.

Parágrafo único: As atividades permitidas ao Microempreendedor Individual – MEI, quando exercidas em áreas e/ou logradouros públicos dependerão da prévia licença e/ou autorização específica expedida pela autoridade competente, de acordo com a legislação municipal, não isento de pagamento das taxas pertinentes à ocupação do espaço público.

Art. 16 Constatado nova inscrição do CNPJ, enquadrado como MEI junto a Receita Federal, sem licenciamento Municipal, far-se-á a notificação do contribuinte relativa a necessidade de obter a licença de funcionamento no prazo de 20 (vinte) dias.

§ 1º O interessado que não atender ao disposto no “caput” deste artigo ficará sujeito à aplicação das penalidades previstas no CTM - Código Tributário Municipal – Lei Complementar 064/2013.

§ 2º Terminado o trâmite do Processo Fiscal previsto no “caput” deste artigo sem que tenha sido obtida a licença de funcionamento, a Prefeitura, por seus órgãos competentes, deverá:

I - Emitir o Termo de Exclusão do Simples Nacional, dando o prazo de 30 dias para regularização.

a) Caso não atendido o disposto no inciso anterior, o contribuinte será desenquadrado do Sistema de Recolhimento em Valores Fixos Mensais do Tributos do Simples Nacional -SIMEI e excluído do Simples Nacional, com a devida fundamentação.

Art. 17 A Secretaria Municipal da Fazenda poderá estabelecer, mediante portaria, regras complementares necessárias ao cumprimento do disposto nesta Instrução e procedimentos visando à agilização da análise dos pedidos de licença de funcionamento para as atividades permitidas ao Microempreendedor Individual – MEI, bem como à sua fiscalização.

CAPÍTULO III

DA CESSÃO OU LOCAÇÃO DE MÃO-DE-OBRA

Art. 18 O Microempreendedor Individual – MEI não poderá realizar cessão ou locação de mão de obra, sob pena de exclusão do Simples Nacional.

§ 1º Cessão ou locação de mão de obra é a colocação à disposição da empresa contratante, em suas dependências ou nas de terceiros, de trabalhadores, inclusive o Microempreendedor

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Individual – MEI, que realizem serviços contínuos relacionados ou não com sua atividade fim, quaisquer que sejam a natureza e a forma de contratação.

§ 2º Dependências de terceiros são aquelas indicadas pela empresa contratante, que não sejam as suas próprias e que não pertençam à empresa prestadora dos serviços.

§ 3º Serviços contínuos são aqueles que constituem necessidade permanente da contratante, que se repetem periódica ou sistematicamente, ligados ou não a sua atividade fim, ainda que sua execução seja realizada de forma intermitente ou por diferentes trabalhadores.

§ 4º Entende-se por colocação à disposição da empresa contratante a cessão do trabalhador, em caráter não eventual, respeitados os limites do contrato.

Art. 19 A empresa contratante de serviços de hidráulica, eletricidade, pintura, alvenaria, carpintaria e de manutenção ou reparo de veículos, executados por intermédio do Microempreendedor Individual – MEI mantém, em relação a essa contratação, a obrigatoriedade de recolhimento da Contribuição Patronal Previdenciária - CPP nos termos do inciso III do caput e do § 1º do art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991, e de cumprimento das obrigações acessórias relativas à contratação de contribuinte individual, na forma disciplinada pela Receita Federal do Brasil.

Art. 20 Na hipótese de prestar serviços e forem identificados os elementos da relação de emprego ou de emprego doméstico, o Microempreendedor Individual – MEI:

I - será considerado empregado ou empregado doméstico, ficando a contratante sujeita a todas as obrigações dessa relação, inclusive trabalhistas, tributárias e previdenciárias; e

II - ficará sujeito à exclusão do Simples Nacional.

CAPÍTULO IV

DO DESENQUADRAMENTO DO SIMEI E EXCLUSÃO DO SIMPLES NACIONAL

Art. 21 O desenquadramento do Sistema de Recolhimento em Valores Fixos Mensais do Tributos do Simples Nacional - SIMEI será realizado de ofício ou mediante comunicação do contribuinte.

§ 1º O desenquadramento do Sistema de Recolhimento em Valores Fixos Mensais do Tributos do Simples Nacional - SIMEI não implica necessariamente exclusão do Simples Nacional. § 2º O desenquadramento mediante comunicação do contribuinte à Receita Federal do Brasil, em aplicativo disponibilizado no Portal do Simples Nacional, dar-se-á:

I - por opção, produzindo efeitos:

a) a partir de 1º de janeiro do ano-calendário, se comunicada no próprio mês de janeiro; b) a partir de 1º de janeiro do ano-calendário subsequente, se comunicada nos demais meses; II - obrigatoriamente, quando:

a) exceder, no ano-calendário, o limite de receita bruta previsto na Lei Complementar nº 123/2006, devendo a comunicação ser efetuada até o último dia útil do mês subsequente àquele em que tenha ocorrido o excesso, produzindo efeitos:

1. a partir de 1º de janeiro do ano-calendário subsequente ao da ocorrência do excesso, na hipótese de não ter ultrapassado o limite previsto em mais de 20% (vinte por cento);

2. retroativamente a 1º de janeiro do ano-calendário da ocorrência do excesso, na hipótese de ter ultrapassado o limite previsto em mais de 20% (vinte por cento);

b) deixar de atender qualquer das condições previstas nos incisos do caput do art. 1º desta Instrução Normativa, devendo a comunicação ser efetuada até o último dia útil do mês subsequente

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àquele em que ocorrida a situação de vedação, produzindo efeitos a partir do mês subsequente ao da ocorrência da situação impeditiva;

III - obrigatoriamente, quando incorrer em alguma das situações previstas para a exclusão do Simples Nacional, ficando o desenquadramento sujeito às regras do art. 73 da Resolução CGSN nº 94/2011.

§ 3º A alteração de dados no CNPJ informada pelo empresário à Receita Federal do Brasil equivalerá à comunicação obrigatória de desenquadramento da condição de Microempreendedor Individual – MEI, nas seguintes hipóteses:

I - houver alteração para natureza jurídica distinta de empresário individual a que se refere o art. 966 da Lei no 10.406, de 2002;

II - incluir atividade não constante do Anexo XIII da Resolução CGSN nº 94/2011; III - abrir filial.

§ 4º O desenquadramento de ofício dar-se-á quando, ressalvado o disposto no § 4º do art. 92 da Resolução CGSN nº 94/2011:

I - verificada a falta da comunicação obrigatória de que trata o § 2º, contando-se seus efeitos a partir da data prevista nas alíneas "a" ou "b" do inciso II, conforme o caso;

II - constatado que, quando do ingresso no Sistema de Recolhimento em Valores Fixos Mensais do Tributos do Simples Nacional - SIMEI, o empresário individual não atendia às condições previstas no art. 91 da Resolução CGSN nº 94/2011 ou prestou declaração inverídica na hipótese do § 2º do art. 93 da mesma Resolução, sendo os efeitos deste desenquadramento contados da data de ingresso no regime.

§ 5º O contribuinte desenquadrado do Sistema de Recolhimento em Valores Fixos Mensais do Tributos do Simples Nacional - SIMEI passará a recolher os tributos devidos pela regra geral do Simples Nacional a partir da data de início dos efeitos do desenquadramento, observado o disposto nos §§ 6º e 7º.

§ 6º Na hipótese de a receita bruta auferida no ano-calendário não exceder em mais de 20% (vinte por cento) os limites previstos, conforme o caso, o contribuinte deverá recolher a diferença, sem acréscimos, no vencimento estipulado para o pagamento dos tributos abrangidos pelo Simples Nacional relativos ao mês de janeiro do ano-calendário subsequente, aplicando-se as alíquotas previstas nas tabelas dos Anexos I a V e V-A da Lei Complementar nº 123/2006, observando-se, com relação à inclusão dos percentuais relativos ao ICMS e ao ISS, a tabela constante do Anexo XIII da Resolução GCSN nº 94/2011.

§ 7º Na hipótese de a receita bruta auferida no ano-calendário exceder em mais de 20% (vinte por cento) os limites previstos, conforme o caso, o contribuinte deverá informar no PGDAS-D as receitas efetivas mensais, devendo ser recolhidas as diferenças relativas aos tributos com os acréscimos legais na forma prevista na legislação do Imposto sobre a Renda, sem prejuízo do disposto no § 6º.

Parágrafo único – No caso de desenquadramento do SIMEI o Fisco Municipal deverá emitir o documento denominado “Termo de Exclusão do Simples Nacional - MEI”, conforme modelo definido no Anexo II da presente instrução normativa.

Art. 22 Será excluída de ofício do Simples Nacional, a empresa que incorrer nas situações previstas no Art. 76 da Resolução CGSN n.º 94/2011:

I - quando verificada a falta de comunicação de exclusão obrigatória, a partir das datas de efeitos previstas no inciso II do art. 73 da Resolução CGSN n.º 94/2011;

II - a partir do próprio mês em que incorridas, impedindo nova opção pelo Simples Nacional pelos 3 (três) anos-calendário subsequentes, nas seguintes hipóteses:

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a) for oferecido embaraço à fiscalização, caracterizado pela negativa não justificada de exibição de livros e documentos a que estiverem obrigadas, bem como pelo não fornecimento de informações sobre bens, movimentação financeira, negócio ou atividade que estiverem intimadas a apresentar, e nas demais hipóteses que autorizam a requisição de auxílio da força pública;

b) for oferecida resistência à fiscalização, caracterizada pela negativa de acesso ao estabelecimento, ao domicílio fiscal ou a qualquer outro local onde desenvolvam suas atividades ou se encontrem bens de sua propriedade;

c) a sua constituição ocorrer por interpostas pessoas;

d) tiver sido constatada prática reiterada de infração ao disposto na Lei Complementar n.º 123, de 2006;

e) comercializar mercadorias objeto de contrabando ou descaminho;

f) houver falta de escrituração do livro-caixa ou não permitir a identificação da movimentação financeira, inclusive bancária;

g) for constatado que durante o ano-calendário o valor das despesas pagas supera em 20% (vinte por cento) o valor de ingressos de recursos no mesmo período, excluído o ano de início de atividade;

h) for constatado que durante o ano-calendário o valor das aquisições de mercadorias para comercialização ou industrialização, ressalvadas hipóteses justificadas de aumento de estoque, foi superior a 80% (oitenta por cento) dos ingressos de recursos no mesmo período, excluído o ano de início de atividade;

i) não emitir documento fiscal de venda ou prestação de serviço, de forma reiterada, observado o disposto nos arts. 57 a 59 e ressalvadas as prerrogativas do Microempreendedor Individual – MEI nos termos da alínea “a” do inciso II do art. 97 da Resolução CGSN n.º 94/2011;

j) omitir da folha de pagamento da empresa ou de documento de informações previsto pela legislação previdenciária, trabalhista ou tributária, segurado empregado, trabalhador avulso ou contribuinte individual que lhe preste serviço, de forma reiterada;

III - a partir do primeiro dia do mês seguinte ao da ocorrência, na hipótese de ausência ou irregularidade no cadastro fiscal federal, municipal ou, quando exigível, estadual, respeitado procedimento previsto no art. 6º desta Instrução;

IV - a partir do ano-calendário subsequente ao da ciência do termo de exclusão, na hipótese de possuir débito com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), ou com as Fazendas Públicas Federal, Estadual ou Municipal, cuja exigibilidade não esteja suspensa.

§ 1º Na hipótese dos incisos III e IV do caput, a comprovação da regularização do débito ou do cadastro fiscal, no prazo concedido pelo Termo de Exclusão do Simples Nacional – MEI, possibilitará a permanência do Microempreendedor Individual – MEI como optante pelo Simples Nacional.

§ 2º O prazo de que trata o inciso II do caput será elevado para 10 (dez) anos caso seja constatada a utilização de artifício, ardil ou qualquer outro meio fraudulento que induza ou mantenha a fiscalização em erro, com o fim de suprimir ou reduzir o pagamento de tributo apurável na forma do Simples Nacional.

§ 3 º Considera-se prática reiterada, para fins do disposto nas alíneas "d" e "j" do inciso II do caput :

I - a ocorrência, em dois ou mais períodos de apuração, consecutivos ou alternados, de idênticas infrações, inclusive de natureza acessória, verificada em relação aos últimos cinco

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anos-calendário, formalizadas por intermédio de auto de infração ou notificação de lançamento, em um ou mais procedimentos fiscais;

II - a segunda ocorrência de idênticas infrações, caso seja constatada a utilização de artifício, ardil ou qualquer outro meio fraudulento que induza ou mantenha a fiscalização em erro, com o fim de suprimir ou reduzir o pagamento de tributo.

§ 4º Para fins do disposto no inciso II do caput, consideram-se despesas pagas as decorrentes de desembolsos financeiros relativos ao curso das atividades da empresa, e inclui custos, salários e demais despesas operacionais e não operacionais.

Parágrafo único - à prática reiterada de fraudes com vistas à sonegação de diversos tipos de tributos, estaduais e federais enseja em responsabilidade criminal por parte do agente.

Art. 23 Após regularmente intimado, conforme disposto no Art. 6º, o não comparecimento do contribuinte à Secretaria da Fazenda para prestar as informações necessárias à concessão do alvará de localização e funcionamento, caracterizará embaraço à fiscalização, implicando na exclusão da empresa do Simples Nacional, conforme definido no Inciso II do Art. 22.

Art. 24 Na hipótese de exclusão do Simples Nacional a autoridade fiscal deverá emitir o documento denominado “Termo de Exclusão do Simples Nacional”, Anexo III, sendo o desenquadramento do Microempreendedor Individual – MEI promovido automaticamente.

Parágrafo único - O contribuinte desenquadrado do SIMEI e excluído do Simples Nacional passará a recolher os tributos devidos de acordo com as respectivas legislações de regência.

CAPÍTULO V

DO CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO EM RELAÇÃO AO DESENQUADRAMENTO DO SIMEI E EXCLUSÃO DO SIMPLES NACIONAL

Art. 25 O processo contencioso nos casos de desenquadramento do SIMEI ou exclusão do Simples Nacional, se inicia com a impugnação apresentada pelo contribuinte no prazo de 30 (trinta) dias, contados da data de ciência do Termo de Exclusão do Simples Nacional - MEI ou do Termo de Exclusão do Simples Nacional.

Art. 26 O contencioso dos processos de exclusão do SIMEI ou do Simples Nacional que decorrerem de ação fiscal com lançamento de tributo, seguirá os trâmites do CTM - Código Tributário Municipal - Lei Complementar 064/2013.

Art. 27 A impugnação deverá ser apresentada por petição escrita, juntamente com cópia dos seguintes documentos:

a) Cópia do Termo de Exclusão do Simples Nacional ou Termo de Exclusão do Simples Nacional - MEI;

b) Cópia do Certificado da Condição de Microempreendedor Individual; c) Cópia do CPF e RG;

d) Procuração com firma reconhecida em cartório, no caso de a reclamação ser assinada por procurador.

Art. 28 Recebida a impugnação, a mesma será encaminhada a autoridade fiscal que emitiu o termo de exclusão do SIMEI ou do Simples Nacional, para manifestar-se sobre as razões

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apresentadas pelo reclamante e juntar os documentos que julgar necessários, no prazo máximo de 10 (dez) dias.

Art. 29 A decisão será proferida no prazo de 30 (trinta) dias, contados da data em foi recebido o processo devidamente instruído.

Parágrafo único - A autoridade julgadora, não fica adstrita às alegações das partes, cabendo lhe julgar de acordo com as suas convicções com base na legislação, na doutrina e na jurisprudência.

Art. 30 Poderá o contribuinte interpor recurso de segunda instância, conforme definido nos artigos 25 e 26, no prazo de 10 (dez) dias, contados da data de recebimento da decisão de primeira instância.

Art. 31 O contribuinte deverá ser notificado das decisões proferidas, da seguinte forma: I - pessoalmente, mediante assinatura do sujeito passivo, de seu representante legal ou de preposto idôneo;

II - por carta, registrada, com aviso de recebimento (AR);

III - por edital de notificação publicada em Jornal de Circulação Local ou Regional, quando for desconhecida ou incerta a localização do contribuinte ou quando este negar-se a recebê-la pessoalmente e ainda, se por qualquer motivo, não lhe for entregue, pelos correios, o aviso mencionado no inciso anterior.

CAPÍTULO VI

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 32 Aplicam-se subsidiariamente ao Microempreendedor Individual – MEI as demais regras previstas para o Simples Nacional.

Art. 33 O Município poderá promover a remissão dos débitos inadimplidos de ISS devidos em valores fixos de que trata o inciso III do caput do art. 92 da Resolução CGSN nº 94/2011.

Art. 34 A baixa do Microempreendedor Individual – MEI via portal eletrônico dispensa a comunicação aos órgãos da administração pública.

Referências

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