Acreditação e o cenário da
assistência hospitalar no Brasil:
Amostra aleatória
Composta de 30.000 altas hospitalares de 51 hospitais
“Os eventos adversos iatrogênicos da assistência ocorriam em cerca de 3,7% do total das internações nos EUA e determinaram:
• Óbitos em 13,6%;
• Incapacidades com duração menor que 6 meses em 70,5%; • Seqüelas irreversíveis em 2,6%”
TA Brennan, LL Leape, NM Laird, L Hebert, AR Localio, AG Lawthers, JP Newhouse, PC Weiler, and HH Hiatt –1991 Results of the Harvard Medical Practice Study I
“No Canadá, em 12,7% das internações de adultos em hospitais-escola ocorrem eventos adversos. Estes eventos foram classificados como:
• Relacionados a medicamentos (50%); • Complicação operatória (31%);
• Infecção relacionada à assistência (19%); • Erro de diagnóstico (9%);
• Problema sistêmico (8%);
• Dano por procedimentos (8%); • Dano anestésico (2%);
• Dano obstétrico (2%)”.
Ottawa hospital patient safety study: incidence and timing of adverse events in patients admitted to a Canadian teaching hospital
“Na Grã-Bretanha, os eventos adversos iatrogênicos da assistência ocorrem em cerca de 10% do total das internações hospitalares, correspondendo a 850.000 eventos ao ano”.
“Na Austrália, os eventos adversos iatrogênicos da assistência ocorrem em cerca de em 16,6% do total das internações hospitalares”.
Defining and measuring patient safety
Critical Care Clinics
Volume 21 • Number 1 • January 2005 Peter J. Pronovost, MD, PhD a, b, *David A. Thompson, DNSc, MS, RN a Christine G. Holzmueller, BLA a Lisa H. Lubomski, PhD c•
180.000 óbitos iatrogênicos;
• 34.000 com seqüelas definitivas;
• 926.000 com seqüelas transitórias.
Bar coding for patient safety
Wright,A.A et all NEJM 2005,july,353-4.
Patients safety in american hospitals,
HealthGrades,july,2004,www.healthgrades.com
IROSHIMA E NAGASAKI: 221.893 MORTOS OFICIAIS
Consolidação de 11 pesquisas sobre o setor,
realizadas entre 2003 e 2007. Estudo de eficiência baseado na comparação, entre si, de 488 hospitais.
Serviços hospitalares absorvem 70%
do gasto com saúde.
Mas o hospital brasileiro típico é de pequeno porte, de baixa complexidade e
tem apenas 34% da eficiência se comparado aos melhores
hospitais do País.
Hospitais brasileiros segundo o Banco Mundial
• Modelos de gestão e governança inadequados • Ausência de responsabilização dos gestores pela
qualidade/pelo resultado
• Pagamento baseado apenas na produção
• 60% dos hospitais têm até 50 leitos, contra um porte mínimo recomendado de 200 leitos
• A taxa média de ocupação é de 37% (SUS)
• 30% dos pacientes internados poderiam ser atendidos em outro perfil de serviço
• As internações desnecessárias geram custo de R$ 10 bilhões por ano
Consolidação de 11 pesquisas sobre o setor, realizadas entre 2003 e 2007. Estudo de eficiência baseado na comparação, entre si, de 488 hospitais.
Avaliação e dimensionamento de rede de prestadores de
serviço
MG-HOSP
Segurança, qualidade, conforto e sustentabilidadeQUALI-SIS Avaliação e dimensionamento da rede de prestadores de serviços: qualidade, segurança, conforto
MG HOSP: Variáveis estudadas no diagnóstico
Perspectiva Variáveis do estudo
Segurança: estrutura e processos 203
Segurança: dimensionamento de pessoal 23
Segurança: atendimento do requisito legal 21
Qualidade: certificação 4
Conforto 3
Serviços e recursos assistenciais disponíveis 80
Identificação 13
Total de variáveis por hospital 347
QUALI-SIS Avaliação e dimensionamento da rede de prestadores de serviços: qualidade, segurança, conforto
MG HOSP: Segurança Total
Média Máximo possível
Geral 83,46 (39,36%) 212
Mínimo observado 11
QUALI-SIS Avaliação e dimensionamento da rede de prestadores de serviços: qualidade, segurança, conforto MG HOSP: Conclusões
1. A maioria dos hospitais é de pequeno porte < 100 leitos
2. O nível de insegurança é elevado (39% do ideal): se relaciona com o número reduzido de leitos e se localiza em todas as perspectivas avaliadas
3. O não-atendimento ao requisito legal é preponderante (58% do ideal)
4. O quadro de pessoal de enfermagem é subdimensionado para as
necessidades assistenciais (40% do ideal)
5. Infra estrutura e processos são inseguros (37% do ideal)
6. O conforto é pequeno (40,3% do ideal)
7. Há grande compartilhamento de rede com o estado (76,3 % da rede é compartilhada)
IMPACTO ECONÔMICO DO RISCO
ASSITENCIAL
Nova Zelândia 2002
BROWN e colaboradores
• 30% dos custos totais dos hospitais públicos neozelandeses são determinados por eventos adversos;
• Pacientes idosos, neonatos e aqueles com co-morbidades mais importantes apresentavam eventos adversos de maior custo.
BROWN, P.; McARTHUR, C.; NEWBY, L. et alli. Cost of medical injury in New Zealand: a retrospective cohort study. J Health Serv Res Policy (Suppl). n. 1, p. S29-S34, jul. 2002.
Instituto Juran in Redefening healht care system,Porter,M,E;Teisberg,E,O;2006,Harvard Business School Press,pg 87 Center for Medicare and Medicaid services.www.cms.hhs.gov/statistics/nhe/historical/2.asp
EUA
Instituto Juran, 2003
• 30% dos custos totais dos hospitais americanos são determinados por eventos adversos assistenciais
National Institute for Healthcare Management ,2005
• 32% dos custos totais dos hospitais americanos são determinados
poreventos adversos assistenciais
Custos da Iatrogenia: 165,08 a 165,11 bilhões
Erros relacionados ao uso de fármacos
The cost of adverse drug eventes in hospitalized patients Bates,D.W; et all,JAMA:277,307-311,1997
“...entre os pacientes ambulatoriais, há um custo estimado
de 77 bilhões de dólares oriundo de doenças evitáveis
relacionadas ao uso de medicamentos em decorrência de
consultas
extras,
atendimentos
de
emergência,
internações e necessidade de tratamento a longo prazo...”
Hospitais Brasileiros
1-Consomem a maior parte do recurso do setor
saúde
2-São ineficientes
3-São inseguros
QUALI-SIS Quanto você pode diminuir das suas contas hospitalares pelo aumento da qualidade?
Determinantes de eventos adversos em CTI Adulto
Dissertação de mestrado UFMG – 2011
Variáveis Estudadas:
• Sexo • Idade
• Tempo de permanência no CTI • Uso e tempo de uso de VM • Uso e tempo de uso de CVC • Uso e tempo de uso de SVD • Estrutura de equipamentos • Dimensionamento de pessoas
• Qualidade de processos pelo nível de certificação
Eventos Adversos em CTI Adulto
Assad, E. Dissertação de Mestrado Curso de Pós Graduação de
QUALI-SIS Quanto você pode diminuir das suas contas hospitalares pelo aumento da qualidade?
Densidade de Incidência de Eventos Adversos Não
Infecciosos e Infecciosos por 1000 pacientes-dia em
Terapia Intensiva de Adultos
Evento A B C D TOTAL
Não Infeccioso 259,7 26,3 84,2 95,8 114,0
Infeccioso 26,2 21,8 23,6 27,8 25,2
Infeccioso e
não infeccioso 285,9 48,1 107,8 123,6 139,2
Eventos Adversos em CTI Adulto
Assad, E. Dissertação de Mestrado – Curso de Pós Graduação de Ciências da Saúde e Medicina Tropical, UFMG.
QUALI-SIS Quanto você pode diminuir das suas contas hospitalares pelo aumento da qualidade?
Determinantes de eventos adversos em CTI Adulto
Eventos Adversos em CTI Adulto
Assad, E. Dissertação de Mestrado
Curso de Pós Graduação de Ciências da Saúde e Medicina Tropical, UFMG.
CARACTERÍSTICAS UTI1 UTI2 UTI3 UTI4
Número de leitos de UTI 20 10 10 18
Número de leitos do hospital 104 110 96 120 Relação técnico de
enfermagem-dia/leito-dia 1:1,6 1:1,6 1:2 1:2
Relação enfermeiro-dia/leito-dia 1:10 01:05 (dia); 01:10
(noite) 1:10 1:10 Relação fisioterapeuta-dia/leito-dia 1:10 1:10 1:10 1:10 Relação médico-dia/leito-dia 1:10 1:10 1:10 1:10 Relato regular e análise crítica de
eventos adversos infecciosos e não infecciosos
Mensal Mensal Bimensal Bimensal Sistema de gestão: normas
certificadas (mensurado pela pontuação obtida das normas certificadas)
QUALI-SIS Quanto você pode diminuir das suas contas hospitalares pelo aumento da qualidade?
Ocorrência de erros/eventos adversos não infecciosos e infecciosos, modelo final de regressão logística múltipla, 2009
Eventos Adversos em CTI Adulto
Assad, E. Dissertação de Mestrado Curso de Pós Graduação de Ciências da Saúde e Medicina Tropical, UFMG.
Variáveis OR
ajustado
IC95%
Valor-p
Tempo de permanência (por dia) 1,17 1,14-1,19 0,000
Uso de VM 1,36 1,08-172 0,010
Uso de CVC 2,77 2,20-3,47 0,000
Sistema de Gestão - UTI1 10,32 6,49-16,42 0,000
Sistema de Gestão - UTI3 2,81 1,72-4,60 0,000
Sistema de Gestão - UTI4 4,09 2,58-6,47 0,000
QUALI-SIS Quanto você pode melhorar o resultado econômico de seu hospital ou operadora com a gestão baseada em processos e resultados?
Impacto da Acreditação no Desempenho Hospitalar Dissertação de Mestrado UFMG - 2008
Objetivo geral
Caracterizar e comparar, ao longo do processo de implementação, o desempenho de uma amostra de hospitais brasileiros acreditados com excelência NIVEL 3 pelo Sistema Brasileiro de Acreditação – ONA, considerando a data em que o processo foi iniciado no
hospital (momento 1), a data em que o hospital foi acreditado pela ONA (momento 2) e o ano de 2006 (momento 3).
Impacto da Acreditação no Desempenho Hospitalar Campos, L. Dissertação de Mestrado
QUALI-SIS Quanto você pode melhorar o resultado econômico de seu hospital ou operadora com a gestão baseada em processos e resultados?
Impacto da Acreditação no Desempenho Hospitalar Campos, L. Dissertação de Mestrado
Curso de Pós Graduação de Ciências da Saúde e Medicina Tropical, UFMG.
RESOLUÇÃO NORMATIVA número 277, DE 04 DE NOVEMBRO DE 2011 Institui o programa de acreditação de Operadoras de Planos Privados de Assistência à Saúde.
RESOLUÇÃO NORMATIVA 267 – 27 de agosto de 2011
Institui o programa de incentivo à qualificação de prestadores de serviços na saúde suplementar com acreditação de serviços de saúde
Institui a política de divulgação da qualificação dos prestadores de serviços na saúde suplementar será regida pelos seguintes princípios:
Institui a valorização das operadoras segundo a qualificação de sua rede
de prestadores de serviços
UNIMED BH – PROGRAMA DE QUALIFICAÇÃO DA REDE PRESTADORA
Programa instituído em 2006 com o objetivo de qualificar a rede
prestadora de serviços hospitalares
Incentivo às melhores práticas de gestão, com reconhecimento
por auditoria externa independente.
Para prestador:
•Acreditado ONA nível 1: aumento de 7% no valor das diárias
•Acreditado ONA nível 2 ou ISO 9001: aumento de 10% no valor
das diárias
•Acreditado ONA nível 3: aumento de 15% no valor das diárias
Iniciativas brasileiras para recuperação e melhoria da
qualidade dos serviços de saúde hospitalares
UNIMED BH – PROGRAMA DE GESTÃO DE RISCOS
Programa instituído em 2010 com o objetivo de incentivar a rede
prestadora de serviços hospitalares já acreditada/certificada, a
estender seu programa na gestão de riscos.
Incentivo às melhores práticas de gestão, com reconhecimento
por auditoria externa independente, com atestado de
conformidade com as diretrizes da ISO 31.000
.
Indicadores de desempenho assistencial
•Aumento de mais 5% no valor das diárias, além do aumento
recebido com o programa de qualificação
Iniciativas brasileiras para recuperação e melhoria da
qualidade dos serviços de saúde hospitalares
FEDERAÇÃO UNiMED MINAS
MG- HOSP II
A Singular indica os potenciais parceiros
A Federação Minas completa o diagnostico com foco estrutural
A Federação Minas avalia o montante final de investimento
A Singular estabelece com o parceiro um cronograma duplo com
responsabilidades definidas e compartilhamento de investimentos
A Fundação Unimed operacionaliza o processo
A Federação Minas valida o cumprimento de etapas e sinaliza à Singular
o andamento com vistas à manutenção dos investimentos
Organização de processos com base na Acreditação
Iniciativas brasileiras para recuperação e melhoria da
qualidade dos serviços de saúde hospitalares
QUALI-SIS
QUALI-SIS Produtos e Serviços
SERVIÇOS PRÓPRIOS ASSISTENCIAIS E OPERADORAS DO SISTEMA UNIMED
1. 8 Passos para acreditação
2. Avaliação e dimensionamento da rede de prestadores de serviços: qualidade, segurança, conforto