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CARTOGRAFIA ESCOLAR, GEOTECNOLOGIAS E A TEORIA DAS INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS: CONTRIBUIÇÕES PARA O ENSINO DE GEOGRAFIA NO ENSINO FUNDAMENTAL

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Academic year: 2021

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CARTOGRAFIA ESCOLAR, GEOTECNOLOGIAS E A TEORIA DAS

INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS: CONTRIBUIÇÕES PARA O ENSINO DE

GEOGRAFIA NO ENSINO FUNDAMENTAL

MAURÍCIO RIZZATTI1

NATÁLIA LAMPERT BATISTA2

ROBERTO CASSOL 3

Resumo: O presente artigo objetiva estudar/identificar a contribuição da Teoria das Inteligências Múltiplas na construção de conhecimentos geográficos e cartográficos, utilizando recursos analógicos e digitais. A atividade foi aplicada em uma escola municipal de Santa Maria, RS, Brasil. Concluiu-se que a Teoria das Inteligências Múltiplas pode contribuir com o Ensino de Geografia e dinamizar o ensino de Cartografia no Ensino Fundamental.

Palavras-chave: Cartografia Escolar; Educação Básica; Inteligências Múltiplas

Abstract: The present article aims to study/identify a contribution of Theory of Multiple Intelligences in the construction of geographic and cartographic knowledge, using analog and digital resources. The activity was applied in a municipal school in Santa Maria, RS, Brazil. It was concluded that the Theory of Multiple Intelligences can contribute with the Teaching of Geography and dynamize the teaching of Cartography in Elementary Education.

Key-words: School Cartography; Elementary Education; Multiple Intelligences.

1 – Introdução

A Geografia é uma área do conhecimento de extrema relevância, pois permite compreender o espaço onde vivemos, ou seja, a relação da natureza com a sociedade. Por isso, o espaço na Geografia sempre esteve ligado à linguagem dos mapas, que atuam como um sistema de representação simbólica de fatores físicos e humanos da realidade.

A Cartografia é a ciência responsável por representar a Terra por meio de mapas ou cartas. O trabalho com mapas dentro do ambiente escolar é notório, embora, muitas vezes, o professor disponibilize apenas “mapas prontos” aos alunos, fato que não colabora para desenvolver habilidades de mapeador. Assim, emerge a

1 - Aluno do Programa de Pós-graduação em Geografia (mestrado) da Universidade Federal de Santa

Maria. E-mail de contato: geo.mauricio.rizzatti@gmail.com

2 - Aluna do Programa de Pós-graduação em Geografia (doutorado) da Universidade Federal de Santa

Maria. E-mail de contato: natil3batista@gmail.com

3 - Docente do programa de Pós-graduação da Universidade Federal de Santa Maria. E-mail de contato:

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necessidade de fornecer aos discentes um ambiente propício à leitura, interpretação e relações a partir de documentos cartográficos, sendo de extrema importância para uma compreensão espacial.

Grande parte dos mapas utilizados no ensino de Geografia são de caráter temático. Esse tipo de mapa representa o que existe em determinada região, como por exemplo, o solo, a geomorfologia e a aptidão agrícola. Um mapa de uso e ocupação da terra permite desenvolver conhecimentos acerca de paisagem, pois são representados elementos de caráter natural e artificial, podendo ser contextualizada por meio de recursos sonoros. Nesse sentido, esse trabalho possui como objetivo estudar/identificar a contribuição da teoria das inteligências múltiplas na construção de conhecimentos geográficos e cartográficos, utilizando recursos analógicos e digitais.

2 – A Teoria das Inteligências Múltiplas

Etimologicamente, a palavra “inteligência” se origina do latim intelligentia, que significa entendimento e conhecimento (HOUAISS; VILLAR, 2008), e do latim

intelligare, relativo ao que sabe juntar, unir e enlaçar. (NUNES; SILVEIRA, 2011).

Deste modo, é possível propor uma definição genérica que seria a capacidade de entendimento para enfrentar novas situações, utilizando conceitos concretos e abstratos.

Uma possibilidade para se desenvolver uma didática afim de se trabalhar conhecimentos cartográficos e geográficos seria através da teoria das inteligências múltiplas, desenvolvida por Howard Garner, que é um psicólogo cognitivo. Apresentou a teoria em sua obra “Estruturas da Mente”, em 1983, por não concordar que o ser humano possua somente uma inteligência, e assim vinculada a capacidade de dar respostas sucintas, e de modo rápido (GARDNER, 1995).

Gardner observa que os seres humanos possuem talentos diferentes, isto é, algumas pessoas possuem habilidades musicais, outras de expressão corporal (dança), além de facilidades e dificuldades em determinadas situações. Assim, propõe em um primeiro momento, baseadas em seus testes (critérios) que o ser humano possui sete tipos de inteligências. São elas: 1) inteligência linguística, 2) inteligência

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inteligência musical, 6) inteligências pessoais - interpessoal e intrapessoal (GARDNER, 1994) e 7) inteligência pictórica (ANTUNES, 2012). Vale destacar que a inteligência naturalista foi proposta por Gardner nos anos de 1990 (GARDNER, 2000). As mencionadas inteligências são caracterizadas na figura 1.

Figura 1 – Teoria das inteligências múltiplas propostas por Gardner e as descrições, relações com as demais inteligências e agentes motivadores.

Fonte: ANTUNES, 2012 (adaptado).

Percebe-se que todas as inteligências descritas podem ser motivadas por atividades realizadas no ambiente escolar. Assim, o professor é um agente ativo para tal fato, isto é, muito importante no sentido de desenvolver competências que abordem ou contextualizem os diversos tipos de inteligências, através de atividades lúdicas, que trabalhem o espaço vivido do aluno. O docente é responsável por apresentar e desenvolver os conteúdos para os alunos, além do mais pelas inteligências dialogarem entre si.

O uso de recursos como mapas, imagens áreas, músicas, charges e poesias pode despertar a curiosidade dos alunos e aumentar o interesse pela temática

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contextualizada, pois são elementos que deixam a aula menos monótona, principalmente por utilizar as múltiplas linguagens (abordada pelas diversas inteligências) para os estudantes interpretarem os mapas.

3 – A Cartografia Escolar e as Geotecnologias

Após a metade do século XX, presenciamos uma revolução científico-tecnológica, na qual o mundo se tornou globalizado, interconectado por redes digitais em escala global, fazendo com que hoje sejam geradas muitas informações que invadem a nossa realidade. Essas relações sociais mundializadas são caracterizadas por Milton Santos (2002) como integrantes de um período técnico-científico-informacional, em que são vivenciadas diversas inovações e tecnologias que trazem o conforto, comodidade e bem-estar social, ainda de forma desigual.

A tecnologia vem ganhando mais destaque a partir de então por estar cada vez mais inserida no dia a dia da população. Pode-se destacar o elevado número de pessoas com smartphones e computadores portáteis. No momento atual, em que as transformações ocorrem com muita rapidez por meio dos incrementos tecnológicos, a escola, no papel de formadora de cidadãos, precisa rever suas práticas para que possa acompanhar o desenvolvimento avançado das tecnologias, introduzindo-as no processo do ensino-aprendizagem para não se distanciar da realidade dos alunos.

Os currículos escolares devem desenvolver competências de obtenção e utilização de informações por meio do computador, e sensibilizar os alunos para a presença de novas tecnologias no cotidiano (BRASIL, 2001). O uso e aceitação das geotecnologias crescem cada vez mais e a população inteiramente tem entrado em contato com essas ferramentas por meio, principalmente, do Sistema de Posicionamento Global (GPS) automotivo e do Google Earth.

O professor necessita vincular as aulas tradicionais a outros recursos que despertem a imaginação dos alunos (BRASIL, 1998), passando a utilizar recursos didáticos como: trabalhos práticos com mapas virtuais, fotografias aéreas, imagens de satélite, entre outros recursos para obter maior eficácia no processo de ensino-aprendizagem e despertar a criatividade dos educandos.

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4 – Procedimentos metodológicos

A atividade foi desenvolvida na E.M.E.F. J/AO CAIC Luizinho de Grandi, situada no bairro Lorenzi, de Santa Maria – RS. Adotou-se como sujeitos da pesquisa o 6° ano laranja4, cuja turma é composta de 14 alunos, sendo 5 do gênero masculino e 9

do feminino.

No primeiro contato com a turma, explicou-se a tarefa que os mesmos desenvolveriam e na sequência ocorreu a aplicação de um questionário para avaliar o conhecimento prévio por parte dos estudantes, bem como de sua motivação. No próximo encontro foram realizadas oficinas pedagógicas com o uso de recursos geotecnológicos, como: o uso do Google Earth e do Sistema de Informações Geográficas (SIG), evidenciando os tipos de visão (horizontal, oblíqua e vertical), a imagem bidimensional e tridimensional, o alfabeto cartográfico, a estruturação da legenda, a proporção, a escala e a lateralidade (SIMIELLI, 2007).

Após a atividade pedagógica, os estudantes realizaram a confecção do mapa de uso e ocupação da terra (analogicamente), com uso de uma imagem do Google

Earth do bairro Lorenzi e papel vegetal, onde delimitaram os diferentes usos:

vegetação, campo, lavouras e área urbana. Na próxima aula, houve a produção do mesmo mapa em ambiente digital, com a utilização do QGIS.

O terceiro e último mapa elaborado se utilizou receptores GNSS, que com trabalho de campo na escola, coletaram-se pontos em locais estratégicos, como por exemplo: início/final de ruas; arestas de áreas verdes, edificadas ou com predominância de vegetação rasteira. Com uso do complemento Points2one do QGIS que permite criar linhas, linhas fechadas e polígonos, através de camadas de ponto, elaborou-se o mapa de uso e ocupação da terra da escola.

Com os três mapas confeccionados (um manual e outros dois digitais), a última etapa da sequência didática é novamente a aplicação de um questionário para poder avaliar/comparar a aprendizagem dos educandos, e, também, responder o objetivo proposto. Posteriormente, no segundo questionário, deveriam interpretar os mapas, identificando elementos e características presentes no local onde residem, além de

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fazer sínteses do espaço vivido, demostrando conhecimento dos signos presentes nos mesmos (aluno leitor crítico).

5 – Mapas elaborados pelos estudantes

Com a sequência didática, observou-se que os alunos participaram ativamente da produção dos mapas (aluno mapeador ativo), logo, desenvolveram uma série de habilidades, dentre as quais estão à compreensão do processo de mapeamento e criação e a utilização de dados geográficos. Após a apresentação teórica do projeto, deu-se a elaboração do mapa analógico tendo como base uma imagem do Google

Earth do bairro Lorenzi, os alunos identificaram os diferentes usos da terra e os

estruturaram em uma legenda. Na figura 2 tem-se alguns exemplos do mencionado mapa.

Figura 2 – Mapas de uso e ocupação da terra do bairro Lorenzi (manual) elaborados por estudantes do 6° ano. Fonte: Atividade realizada na escola, 2016.

Observando os mapas, é possível perceber uma diferença nas áreas mapeadas, isto é, alguns mapas apresentam uma generalização maior que outros. Vale lembrar que essa atividade ocorreu individualmente, motivando, assim, a inteligência intrapessoal e pictórica, pois fora usado traço (desenho) para a sua realização.

O outro mapa elaborado é bastante semelhante ao apresentado anteriormente (figura 2), visto que a área representada é a mesma, mas seu método de confecção foi diferente, isto é, contou com uso do QGIS. Esse procedimento foi realizado em dupla ou trio, o que colabora para o desenvolvimento da inteligência interpessoal, visto

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que as tomadas de decisões devem ser adotadas de maneira coletiva. A figura 3 ilustra o os resultados desse procedimento.

Figura 3 – Mapa de uso e ocupação da terra elaborado por um estudante do 6° no QGIS. Fonte: Atividade realizada na escola, 2016.

A realização do mapeamento de duas formas distintas estimula diferentes inteligenias e faz perceber que alguns podem possuir uma inteligência pictórica mais desenvolvida (ou espacial, cinestésica-corporal e interpessoal, atuando simultaneamente) e terem capacidade de expressão por traço, enquanto outros podem possuir facilidade em computação gráfica, optando, assim, pelo segundo mapa (digital).

Por fim, para a elaboração do último mapa, fez-se uso de um receptor GNSS. Por meio desse equipamento foi possível a coleta dos pontos de interesse, o qual com uso do complemento Points2one do QGIS, permitiu que esses pontos fossem transformados em uma representação linear (no caso de ruas e caminhos) e poligonal (para vegetação, edificações, ginásio da escola, entre outros). Na figura 4, tem-se o mapa confeccionado com esse procedimento.

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Figura 4 – Mapa de uso e ocupação da terra do CAIC elaborado com auxílio do receptor GNSS. Fonte: Atividade realizada na escola, 2016.

6 – Análise dos questionários

No questionário aplicado anteriormente ao desenvolvimento do projeto, indagou-se questões referentes à motivação dos alunos sobre o uso de geotecnologias nas aulas de Geografia e também sobre o interesse de aprender a elaborar um mapa. Tratando-se da utilização de geotecnologias, 79% responderam que acham interessante o emprego de imagens de satélite e GPS dentro do ambiente escolar; 14% não sabem e 7% afirmaram que poderia ser uma boa atividade, porém, entediante.

Já no questionário disponibilizado após a aplicação da atividade, o mesmo fora interrogado para quantificar a mudança ou não de opinião por parte dos alunos. Neste, 93% da turma respondeu que gostou do uso de imagens de satélite e do QGIS em sala de aula, conforme verificamos nas palavras de R. M. S.: “eu gostei muito e também é muito interessante, eu descobri bastante coisas que tinha dúvidas e que as imagens são usadas para fazer mapas”. Um aluno (7% da turma) respondeu que não compareceu à aula e assim não pode opinar a respeito.

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eram convidados a responder como as rodovias e a área urbana estavam representadas.

Figura 5 – Mapa base do município de Santa Maria (A) e imagem da porção norte do bairro Lorenzi (B).

Analisando os questionários, percebeu-se que 15% dos alunos possui um conceito assimilado no que tange a leitura da legenda, visto que respondeu que as rodovias são representadas no mapa através de linhas, enquanto o perímetro urbano é pela cor cinza, enquanto 14% possui um conceito assimilado em partes, pois afirmou somente como as rodovias se apresentam nos mapas. Outros 14% não respondeu à questão e 57% disse não saber sobre a representação de ambas variáveis questionadas, conforme apresentada na figura 25.

No questionário posterior, a interpretação da representação dos elementos deu-se no mapa elaborado com uso do receptor GNSS (figura 4), na qual deveriam informar quais os elementos que estavam ilustradas em forma de ponto, de linha e área ou polígono. Todos os alunos apresentaram uma assimilação do conceito, visto que disseram que árvores e postes são elementos pontuais, caminhos e rua, lineares e o restantes, poligonais.

Na sequência, ainda sobre a figura 4, era afirmado que as paisagens naturais estavam representadas na forma de área e os alunos deveriam concordar ou não e justificar a escolha. No total de 14 discentes, 78% apresentou um entendimento do conceito, pois relatou que as árvores são pontos no mapa e, assim como campo e vegetação, são elementos naturais. Já 17% respondeu que não, visto que também

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continha pontos e linhas, apresentando assim uma compreensão em partes do conceito, porque a rua e os caminhos são elementos artificiais da paisagem. Um aluno (5%) não compreendeu o que era questionado e respondeu “vegetação e campo”, remetendo-se assim a paisagem naturais de representação poligonal.

Outra interrogação do questionário prévio dizia respeito a identificação de paisagens naturais e artificiais em uma imagem do Google Earth (figura 5B), no bairro onde se localiza a escola. Analisando as opiniões presentes nos questionários, verificou-se que um discente (7%) possui um conhecimento assimilado, visto que localizou e identificou os elementos artificiais (cidade e ruas), e naturais (campo e vegetação). Já 14% dos alunos somente conceituou a diferença entre os tipos de paisagens, mas não identificou na imagem. Outros 36% inverteu paisagens naturais e artificiais, 22% não sabe e 21% não respondeu à questão.

A identificação dos tipos paisagísticos no questionário posterior à aplicação do projeto foi realizada com a motivação das IM, pois foram utilizados conhecimentos musicais, pictóricos e espaciais. Em um primeiro momento, os alunos escutaram duas melodias: a primeira (desenho 1) remetia a uma paisagem natural, que apresentava sons de água corrente e de animais, enquanto a segunda (desenho 2), barulho de carros, buzinas, sirenes e edificações, trazendo ideia de cidade, isto é, paisagem artificial. Alguns exemplos dos desenhos realizados pelos estudantes estão na figura 6.

Figura 6 – Desenhos realizados através da percepção do som de um aluno do 6° ano. Fonte: Atividade realizada na escola, 2016.

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alunos afirmou que o primeiro desenho se refere a um ambiente natural e o segundo a um ambiente citadino (artificial). Já um aluno (7%) disse que em ambos os desenhos tratavam-se de paisagem artificial, pois, segundo ele, quando estudou animais, “geralmente eles viviam em fazenda ou algo do tipo”, enquanto o segundo possui carros e congestionamento.

O terceiro momento referiu-se à localização dos desenhos criados, no qual os alunos deveriam propor um local, baseado na legenda do mapa de uso e ocupação da terra (confeccionado por eles), exposto na figura 3. Baseado nisso, todos os alunos responderam que o desenho número 1 teria uma provável localização em áreas de campo e vegetação (natural), enquanto o segundo, seria nas ruas e na área urbana (artificial). Percebe-se então que 100% da turma assimilou o conceito, pois aplicou o a teoria corretamente (segundo momento) e conseguiu interpretar o mapa através de sua legenda. O aluno que antes afirmou que ambos os desenhos demonstravam ser criados pelo homem mudou de opinião, exemplificando, assim, que com os procedimentos realizados nessa atividade, contribuiu-se para uma melhor assimilação das temáticas desenvolvidas.

Quando questionados sobre qual mapa mais gostaram de elaborar, 44% dos alunos afirmou ser o com uso do GPS, 28% o mapa no computador e 28% que fez uso do papel vegetal, conforme exposto na figura 32. Como justificativa para a resposta de ter preferido o mapa com o uso do receptor, a aluna K. G. B. afirmou “gostei dos três mapas que aprendemos. Achei mais interessante o 3° mapa porque passeamos e coletamos pontos que foram usados para fazer o mapa”. A estudante ainda reforçou a transformação para linhas e polígonos que foram feitos, possibilitando entender a representações no documento cartográfico.

7 – Considerações Finais

A teoria das IMs foi utilizada principalmente para auxiliar a interpretação dos mapas, possibilitando os discentes a realizarem uma leitura síntese do espaço local, desenvolvendo noções de leitores críticos. A confecção de mapas utilizando diferentes técnicas colaborou para o desenvolvimento de habilidades associadas a cada uma das diferentes IMs dos alunos.

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O estudante é capaz de criar soluções para a resolução de problemas, mas baseado em seu subjetivo. Nesse sentido, ressalta-se a importância da contextualização de todos os tipos de inteligências, visto que facilita analisar uma totalidade que vai desde uma melhor compreensão espacial (ligado diretamente à Cartografia) além de permitir relações com outras áreas, como a naturalista, a pictórica e a musical, pois possuem uma relação direta entre si.

Referências

ANTUNES, C. As inteligências múltiplas e seus estímulos. 17ª ed. – Campinas, SP: Papirus, 2012.

BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Parâmetros Curriculares

Nacionais. Brasília: MEC/SEF, 1998.

BRASIL, Ministério da Educação. Secretária da Educação Média e Tecnológica.

Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio. Brasília, São José dos Campos:

MEC/Univap. 2001.

CASTROGIOVANNI, A. C. (Org). Ensino de geografia: Práticas e textualizações no cotidiano. Porto Alegre: Mediação, 2000.

GARDNER, H. Estruturas da mente: a teoria das inteligências múltiplas (trad. Sandra Costa). Porto Alegre: Artmed. (Obra original publicada em 1983), 1994.

GARDNER, H. Inteligência. Um conceito reformulado. Objetiva, Rio de Janeiro: 2000.

HOUAISS, A.; VILLAR, M. S. Grande Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008.

NUNES, A. I. B. L.; SILVEIRA, R. N.. Inteligência. In: Psicologia da Aprendizagem: processos, teorias e contextos. 3. ed. Brasília: Líber Livro, 2011, p. 149-161.

SANTOS, M. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. Vol. 1. Edusp, 2002.

SIMIELLI, M. E. R. O mapa como meio de comunicação e a alfabetização cartográfica. In: ALMEIDA, R. D. de. Cartografia Escolar. São Paulo: Contexto, 2007.

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