SOBRE
AUTOR
Geraldo Magela Campos da Silva é pastor da Igreja
Batista Nacional Luz do Evangelho, em Contagem, Minas
Gerais, desde 1990. Casado com Vilma Miranda da Silva
e pai de Israel Campos Miranda da Silva. Bacharel em
Teologia pelo STEB (Seminário Teológico do Brasil) e
Real Faculdade de Brasília (UNIREAL).
Além disso, também é redator de estudos para a
LERBAN, já presidiu Comissão de Exame Teológico e
hoje é o presidente da ORMIBAN Central de Minas Gerais.
Tem realizado seu ministério com ênfase no valor da
Palavra de Deus e a importância do caráter na liderança
cristã.
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PERGUNTAS PRELIMINARES
(D O U TR IN A , T E O LO G IA , R ELIG IÃ O E
REVELAÇÃO)... 11
1. BIBLIOLOGIA ... 17
2. A DOUTRINA DE D E U S... 31
3. A DOUTRINA DE CRISTO ... 47
4. A DOUTRINA DO ESPÍRITO SANTO ... 59
5. A DOUTRINA DA IGREJA... 71
6. A DOUTRINA DO HOM EM ... 87
7. A DOUTRINA DO PECADO...93
8. A DOUTRINA DA SALVAÇÃO... 99
9. A DOUTRINA DOS ANJOS ... 115
10. A DOUTRINA DAS ÚLTIMAS COISAS. 125
BIBLIOGRAFIA ... 139
ROTEIRO DE PERGUNTAS ... 143
“Procura apresentar-te a Deus aprovado, como
obreiro que não tem de que se envergonhar, que
maneja bem a palavra da verdade.”
PERGUNTAS
PRELIMINARES
(DOUTRINA, TEOLOGIA, RELIGIÃO E
REVELAÇÃO)
1 . 0 que significa doutrina?
R: D outrina significa "en sin o ” ou “instrução” (D idachê, grego). D outrina cristã:
“ D o u tr in a c r is t ã p o d e d e f in ir - s e a s s im : as v e r d a d e s fundam entais da B íblia dispostas em form a sistem ática. Este estudo cham a-se com um ente: “teologia”, ou seja, “um tratado ou discurso racional acerca de D eus.” (M yer Pearlm an)
2. O que é teologia?
R: É a ciência que trata sobre Deus e as relações entre D eus e o universo. O utra definição: E o estudo acerca de Deus baseado na experiência do hom em com Ele e na revelação divina.
TH EO S (grego): Deus.
LO G IA (grego): Estudo, tratado.
3. Q ual o objetivo da teologia ou teologia sistem ática?
R: O teólogo Langston reponde esta pergunta da seguinte forma: “Pretendem os, no estudo de teologia sistem ática, selecionar fatos que nos façam conhecer m elhor a pessoa de D eus, as Suas relações com o universo, e organizá-los num sistem a racional. N ão se
encontra na Bíblia uma Teologia Sistem ática já feita e ordenada, mas encontram-se os fatos com os quais podem os organizá-la, dar lhe forma, sistematizá-la. O fim portanto da teologia sistemática não é criar fatos, mas descobri-los num sistem a..."
(Esboço de Teologia Sistem ática. A.B. Langston - pág. 16)
4. Qual a necessidade da teologia?
R: Podemos destacar cinco m otivos que a tornam necessária: a) O instinto organizador do intelecto: “ O intelecto hum ano não
se c o n te n ta c o m u m a s im p le s a c u m u la ç ã o d e fa to s : Invariavelmente busca um a unificação e sistem atização do seu conhecimento” .
h) A natureza difundida da descrença de nossos d ia s: “ Os perigos que ameaçam a Igreja vêm, não da ciência, m as da filosofia. N ossas u n iv ersid ad es, facu ld ad es e sem in ário s e stã o , na maioria, saturados de ateísmo, agnosticism o e panteísm o... O homem que não possui um sistem a organizado de pensam ento está à mercê daquele que o tem .”
c ) A natureza das E scrituras: “A B íblia é p ara o teólogo o que a natureza é para o cientista... Deus não achou necessário escrever a B íblia na form a de Teologia S istem ática; é n o ssa tarefa, portanto, ajuntar os fatos dispersos e colocá-los sob a form a de um sistema lógico”.
d) O desen v o lv im en to de um caráter c ristão in te lig e n te : “A teologia não apenas nos ensina que tipo de vida deveríam os viver, mas nos inspira a viver dessa maneira. Em outras palavras, a teologia não apenas indica as norm as de conduta, mas tam bém nos fornece os m otivos para tentarm os viver de acordo com essas norm as”.
e) A s c o n d iç õ e s p a ra o se rv iç o c ris tã o e f ic a z : "T em sido freqüentem ente dem onstrado que é apenas na m edida em que as pessoas forem com pletam ente instruídas na Palavra de Deus que elas se tornarão cristãos firm es e trabalhadores eficazes por Cristo. Há, assim , um a relação d efinitiva entre a pregação doutrinária e o serviço cristão eficaz” .
(Palestras em Teologia Sistem ática. H. C. Thiessen - pág. 7) R esum indo: ”É necessária para a satisfação do intelecto do hom em a respeito do cristianism o e necessária para definir, defender e propagar o cristianism o” .
5. Q ual o significad o de religião?
R: “A Religião é a vida do hom em nas suas relações sobre hum anas, isto é, a vid a do h o m em em relação ao p o d er que o crio u , à A utoridade suprem a acim a dele e ao Ser invisível com Q uem é capaz de ter com unhão” (Langston). R eligião (religare, latim ) é resultado da busca do hom em para ser religado ao Seu Criador. O cristianism o é a verdadeira religião, pois está fundam entado na revelação divina e prega a verdade acerca de Deus. Som ente através do Filho de D eus, Jesus C risto, o hom em pode chegar a D eus (Jo 14.6; I T m 2.5).
6. Q ual a diferença entre religião e teologia?
R: Religião é vida, teologia é doutrina. A religião precede a teologia. A m bas são distintas em bora estejam intim am ente ligadas.
“A teologia está relacionada com a religião, assim
como a botânica com a vida das plantas.”
7. Qual o significado de revelação?
K: "É a revelação que Deus faz de Si m esm o... Na revelação. Deus faz-se conhecido dos hom ens na sua personalidade e nas suas relações. Revelar é informar, e isto é justam ente o que Deus tem feito".
“ M anifestou os seus cam inhos a M oisés e os seus feitos aos filhos de Israel.” (SI 103.7)
(Esboço de Teologia Sistem ática, A.B. Langston - pág. 15) R evelar: Revelare (latim ) significa “descobrir5', “tirar o véu”, “fazer conhecer”, etc. Ação de Deus em com unicar ao hom em os seus desígnios. Há várias fontes da revelação de Deus.
8. Quais as fontes da revelação de Deus?
R: a) Jesus C risto: A principal fonte de revelação (Jo 1.14, 14.9, 17.6-8; Hb 1.1,2).
“ M as as revelações m ais ricas, e m ais espirituais, e m ais efetivas, e m ais verdadeiras, são as que se realizaram em Cristo Jesus, no que ele era, no que disse e no que fez.” (Langston)
b) A s E scrituras S ag rad as: R evelação escrita da sua Pessoa, caráter, propósitos e ações (Jo 5.39).
c) Q Espírito Santo: Este com unica aos hom ens a sabedoria de Deus e seus desígnios (Jo 16.13,14; I Co 2.6-10; A p 2.11 e 22.17).
d) O hom em : Por sua natureza m oral, sua sem elhança com o C riador e por ser essencialm ente religioso é fonte da teologia. Este encontra sua expressão m aior no contexto da Igreja (E f 3.8-12).
e) A natureza: O salm ista e rei Davi viu na natureza um a revelação de Deus (SI 19.1).
0 H istória: A m archa dos eventos da história universal fornece evidências de um poder e de um a providência dom inantes. "Os princípios do divino governo m oral encontram -se na história das nações tanto quanto na experiência dos hom ens” (D. S. C lark). A h istó ria b íb lica foi escrita para rev elar D eus na história, isto é, p ara ilustrar a obra de D eus nos negócios hum anos (SI 75.7: Dn 2.21 e 5.21).
g) H. C. Thiessem relaciona as fontes da revelação da seguinte forma:
Revelação geral de D eus: N a natureza, história e na consciência do homem.
R evelação especial de D eus: Em m ilagres, profecia e Jesus Cristo. Esta últim a fonte, Cristo, com o o centro da história e da revelação (Palestras em Teologia Sistem ática, H. C. Thiessen páginas 10-18).
1. Q ual o significado do termo B ibliologia?
R: E a ciência que trata das questões prelim inares e críticas das Escrituras, tais com o: seu texto, línguas originais, inspiração, canonicidade. autenticidade, autoridade e conteúdo.
2. Você já leu a B íblia toda de form a sistem ática?
R: Caso sua resposta seja negativa, inicie im ediatam ente. A leitura sistem ática da B íblia é essencial para aqueles que desejam conhecer as doutrinas da Bíblia. Sugestão: Leia 4 capítulos por dia e terá lido toda a B íblia em m enos de um ano. Você pode alternar entre um Livro do A ntigo e um do N ovo Testam ento.
“A leitura sistemática da Bíblia é essencial para
aqueles que desejam conhecer as doutrinas da
Bíblia.”
3. O que é a B íblia?R: E a p alav ra de D eus inspirada. A nossa única regra de fé e prática.
4. Q uem é o seu autor?
R: O Próprio D eus.
5. C erca de quantos hom ens escreveram a Bíblia?
R: A proxim adam ente 40 hom ens.
(». Quantos Livros contém a Bíblia?
R: 66 Livros, sendo 39 no A ntigo T estam ento e 27 no N ovo I estamento.
7. Como podem os fazer uma divisão da Bíblia?
K: a) Antigo Testam ento:
Pentateuco (5 Livros), Históricos (12 Livros), Poéticos (5 Livros), Profetas M aiores (5 Livros) e Profetas M enores (12 Livros). b) Novo Testam ento:
Evangelhos (4 Livros), H istórico (1 Livro), Cartas Paulinas (13 C artas), C artas G erais (8 C artas), P rofético (1 Livro, que é o A pocalipse).
8. De que trata o Antigo Testam ento?
R : A História do povo de Israel e a preparação do m undo para a vinda do Messias.
9. De que trata o N ovo Testam ento?
R: I a manifestação do M essias, o Cristo ao m undo. Seu propósito, ■ i revelação e a consum ação do seu propósito.
10. Em quantos anos a B íblia foi escrita?
R Aproxim adam ente 1500 anos.
1 1 .0 que foi o período interbíblico?
R l lm período de aproxim adam ente 398 anos com preendido entre o prol ela Malaquias até o profeta João Batista. Este período tam bém
é conhecido como a era do silêncio. N enhum escrito foi inspirado neste período.
12. Em quais línguas originais a Bíblia foi escrita?
R: a) A ntigo T estam en to : H ebraica e pequenos acréscim os em A ram aico nos Livros de D aniel (Dn 2.4 a 7.28) e Esdras (4.8 a 6.18; 7.12-26).
b) N ovo T estam ento: N a língua grega.
13. A B íblia é ou contém a Palavra de D eus? E xpliq ue a sua resposta.
R: E a Palavra de D eus. Portanto, toda a B íblia é inspirada pelo Espírito Santo.
14. A Bíblia é a Palavra de Deus. E ntão, com o ela tam bém pode conter as palavras de hom ens ím pios, dem ônios e até satanás?
R: A s palavras destes constituem um registro inspirado, ou seja, o E spírito Santo inspirou os escritores bíblicos a registrarem as suas p alavras (Ex: Jó 4. 13-21).
15. E xistem erros científicos, históricos e geográficos na B íblia?
R: N ão.
16. O que são L ivros canônicos?
R: São os Livros divinam ente inspirados que constituem a B íblia ou E scritu ras Sagradas. A p alav ra cânon é de origem grega e
significa “vara de m edir” . São Livros que estão de acordo com o padrão, a regra, a medida.
17. O que são livros apócrifos?
R: São os livros que não têm inspiração divina. A pócrifo significa "sem autenticidade ou falso” . São os livros cuja inspiração não é autêntica. Podem ter valor histórico, mas não fazem parte do Cânon. Alguns livros apócrifos foram escritos no período interbíblico. I;,x: 1 e II M acabeus que estão na Bíblia católica. Os evangélicos ou protestantes utilizam o Antigo Testam ento que é reconhecido como autêntico pelos ju d eu s que são a m aior autoridade em Antigo I estam ento. Deus confiou-lhes a tarefa de escrever e cuidar do A nligo Testamento (Rm 3.1,2).
18. Quais as provas no Antigo Testam ento de que a Bíblia é inspirada?
R: Ex 24.4, 34.28; Js 3.9; II Sm 23.1,2; II Rs 17.13; Is 34.16, 59.21; 7,c 7.12.
19. Quais as provas no Novo Testam ento de que a B íblia é inspirada?
R: Jo 5.39; Hb 1.1,2; Rm 3.1,2; II Tm 3.16,17; II Pd 1.19-21.
20. Deus teve planos para escrever a B íblia?
R: Sim.
21. Para que serve a B íblia em sua vida?
R: Para revelar-me Deus e ensinar, corrigir, educar e habilitar-m e para a obra (Jo 5.39; II Tm 3.16,17).
22. Dê três m otivos para a B íblia ter sido escrita?
R: 1 - P ara que o hom em de Deus seja aperfeiçoado (II Tm 3.16,17). 2- Para que seja perfeitam ente habilitado p ara toda boa obra. 3- Para que todos creiam que Jesus é o M essias (Jo 20.31).
23. O que significa a palavra B íblia?
R: É a form a atual do vocábulo grego “ B ÍB L IA ” e significa livros. A p alav ra B íblia pode ser aplicada tanto no plural (coleção de livros) quanto no singular (livro).
24. O que significa a palavra inspiração?
R: P rovém de dois vocábulos latinos “IN + SP IR O ” e significa literalm ente “SO P R A R E M ” ou “ SO P R A R D E N T R O ” . É o ato de D eus soprar no hom em , pelo Espírito Santo, a sua Palavra. M étodo sobrenatural de D eus para com unicar seus desígnios ao hom em (II Tm 3.16).
2 5 . 0 que significa a palavra ilum inação?
R: O peração do E spírito Santo que consiste em clarear a m ente h u m an a para a com preensão da verdade revelada (H b 6.4, 10.32).
26. O que significa a palavra revelação?
R: D eriva do latim “R E V E L A R E ” e significa descobrir, tirar o véu, fazer conhecer, etc. A ção de D eus em com unicar ao hom em os seus desígnios. A B íblia é a revelação escrita de Deus.
2 7 . Q u a l o m a t e r ia l de e s c r it a do A n tig o e N o v o Testamentos?
R: Foram escritos com material diferente do que conhecem os hoje. Antigo Testam ento: Peles e provavelm ente em argila. Estilete e cinzel (Jó 19.24; Jr 17.1).
Novo Testam ento: Papiro, vellum (pele fina de antílope ou bezerro), etc.
28. Quais as referências bíblicas para textos clássicos como: Os Dez M andam entos, A Instituição da Páscoa, A Passagem pelo M ar Vermelho, O Serm ão da M ontan ha, A O ração do Pai Nosso, A Instituição da Ceia, A R essurreição de Jesus, O A m or é o Dom Suprem o, Os D ons E sp irituais, A D escida do Espírito Santo (Pentecostes), O Ide de Jesus, Instruções quanto a Celebração da Ceia do Senhor, O A rrebatam ento da Igreja, etc?
R : Iix 20; Ex 12; Ex 14; M t 5,6,7; M t 6; M t 26; M t 28; I Co 13; I Co 12,13,14; A t 2; M t 28.18-20; I Co 11; I Ts 4.13-18.
29. Em quais Livros a Igreja fundam enta as suas doutrinas?
R: Devem ser fundam entadas principalm ente nos E vangelhos e I pistolas. Os outros Livros (históricos, proféticos, etc) podem 11; i/er f undamentos doutrinários, mas devem estar em harm onia com
i»'. Evangelhos e Epístolas.
W. Quais os nomes técnicos da B íblia?
R Técnicos: A Palavra (Tg 1.21-23), A E scritura (Jo 2.22), As l NiTituras (M t 22.29), A Palavra de D eus (M c 7.13), A Lei (I Co M I ), A Lei do Senhor (Is 34.16), A s Escrituras (Jo 5.39), As
Sagradas Letras (II Tm 3.15). Os Oráculos de D eus (Rm Rm 3.2) etc.
31. Q uais os nom es figurativos da B íblia?
R: Figurativos: Luz (SI 119.105), Espelho (Tg 1.23). M artelo (Jr 23.29), E spada (E f 6.17). etc.
32. O A ntigo T estam ento é a Palavra de D eus ou não tem m ais v alid ade para nós que estam os vivend o na G raça?
R: É a Palavra de D eus assim com o o N ovo Testam ento. O A ntigo Testam ento com pleta o N ovo e o N ovo com pleta o A ntigo e um explica o outro.
33. O que você sabe a respeito da versão antiga do A ntigo T estam ento conhecida com o Septuaginta?
R: Tradução do hebraico para o grego destinada ao uso dos ju d eu s h e le n ista s re s id e n te s p rin c ip a lm e n te em A le x a n d ria , G récia. Tradução feita entre 285 e 247 a.C. a pedido do rei Ptolom eu Filadelfo, de A lexandria, e o nom e se dá por te r sido traduzida por 72 sábios judeus.
34. O que você sabe a respeito da V ulgata latina?
R: Tradução fam osa p roduzida por Jerônim o entre 383 a 405 d.C. A princípio baseou-se na Septuaginta, depois p assou a usar o texto original hebraico. C om posta do A.T. e do N.T. Fato curioso é que ele não trad u ziu os livros apócrifos, por não constarem dos textos de origem da versão. Porém , petições de am igos o levaram a traduzir Judite, Tobias, acréscim os a Ester e acréscim os a Daniel.
O que le v o u J e rô n im o a fa z er e sta tra d u ç ã o foi o fato das diversidades e im perfeições das duas versões latinas já existentes. “H E X A PL A ” (O rígenes, 185-254) e “A N T IG A LATINA” . E sta
versão de Jerônim o serviu de base para as dem ais por um espaço de mil anos. Foi declarada "edição o ficial" da Igreja C atólica Romana no Concilio de Trento (1546).
35. A Bíblia procura provar a existência de D eus?
R: Não. Em texto algum encontraremos esta preocupação, ela apenas atesta a existência de Deus.
36. O Antigo Testam ento é a Palavra de Deus ou não tem mais validade para nós que estam os vivendo na graça?
R: li a Palavra de D eus. Este apresenta as profecias e to d a a preparação para o N ovo Testamento. U m com pleta e explica o outro.
37. O que significa a expressão veterotestam entário?
R : Aquilo que é relacionado com o Velho Testam ento ou A ntigo I estamento.
38. O que significa a expressão neotestam entário?
R : Aquilo que é relacionado com o N ovo Testam ento.
39. Q ual a origem da língua hebraica?
R : Segundo se pensa, deriva de HEBER, um descendente de Sem e ancestral deA braão (Gn 10.21,22,25e 11.15-26). A lguns afirm am i|iie Abraão já teria chegado em Canaã com esta língua e outros (li/,em que ele aprendeu lá. Este nom e se deriva do povo que dela se ocupa: Os hebreus. Os textos de II Rs 18.26 e Ne 13.24 dão a entender que esta já era a língua oficial dos judeus (judaico).
40. Q ual a origem da língua grega?
R: Todos os Livros do N ovo Testam ento foram escritos na língua grega, ta m b é m ch am ad a de “ K O IN E", q ue sig n ifica popular, com um , etc. Existiam dois tipos de grego:
O A tico ou clássico: Era falado principalm ente na capital e usado pelos grandes filósofos da terra ou eruditos em geral. K oinê: A lex an d re, o G rande, anexou m u ito s povos ao seu Im p é rio p e la sed e de co n q u ista. E ssas c iv iliz a ç õ e s eram obrigadas a aprender o grego por imposição. Genealogicam ente, essa língua é falada pelos descendentes de Jafé, terceiro filho de N oé (G n 10.1,2).
41. Q ual a origem da língua aram aica?
R: “A ram aica” deriva de Arã, um dos cinco filhos de Sem (G n 10.22). E sta palavra é tam bém traduzida por “ S íria”, levando-nos a conclusão de que o aram aico era a língua prim itiva da Síria. D eduzim os de II Rs 18.26, que a Assíria tam bém falava este idioma. Podem os concluir tam bém , através da luz que nos dá G n 31.47, que a língua falada na M esopotâm ia era o aram aico ou siríaco, e isso no tem po de Labão. N otem que esse era o país de A braão (G n 24.4; 28.2,5).
A B abilônia falava o aram aico, a prova é que partes dos Livros de Daniel e E sdras (D n 2.4 a 7.28 e Ed 4.8 a 6.18; 7.12-26) estão nesse idiom a e vale inform ar que D aniel e E sdras viveram na B abilônia. O aram aico foi adotado obrigatoriam ente pelos ju d eu s por causa do C ativeiro B abilônico que durou setenta anos.
42. N em sem pre as E scrituras foram cham adas de B íblia. Q uem foi o prim eiro a usar este nom e?
R: Foi João C risóstom o (345-407), que pela prim eira vez usou este nom e no IV século. E ra um grande p reg ad o r nascido na
Antioquia. profundo conhecedor da Bíblia e inigualável orador. Foi chamado até de “O Boca de O uro” , e é considerado um dos pais da Igreja.
43. Qual o prim eiro Livro a ser im presso com a invenção da imprensa?
R: A Bíblia. João Gutem berg, natural de M ainz, A lem anha, foi o “Pai da Im prensa'’. Era um servo de Deus e tanto se em penhou na difusão da Palavra de Deus, que o prim eiro Livro a ser im presso, com a invenção da im prensa (1450), foi a B íblia (num a versão latina). Há mais de cinco séculos G utem berg deixou escrita esta mensagem:
“Deus sofre, pois há m ultidões que sua Palavra nunca pode alcançar. A verdade divina está presa em algum as folhas à
mão. Vamos rom per os selos e dar asas à verdade... Para deixá-la voar a toda criatura de todas as nações” . 44. Quem fez a prim eira versão da Bíblia em português?
R: Foi João Ferreira de A lm eida, nascido em 1628 em Lisboa, lilho de pais católicos. Em visita a H olanda, converteu-se a Igreja reform ada através da leitura de um folheto em espanhol que lhe cau so u p ro fu n d a im p ressão . T o rn o u -se M in istro C a lv in ista , pregando e escrevendo em várias línguas. N este período, D eus o u so u com o in stru m e n to p a ra r e a liz a r a fa m o sa “ V E R S Ã O ALM EIDA”. O Novo Testamento com pleto foi publicado em 1681, e o A ntigo T estam ento, estacio n ad o em E zeq u iel 4 8 .2 1 , foi completado por Jacobus Den A kker e publicado em 1748. Som ente em 1819 foram publicados o Antigo e o N ovo Testam entos juntos. Hoje no B rasil, sua versão é u sad a em gran d e e sc a la com o “ LDIÇÃO REVISTA E ATUALIZADA NO BRASIL” .
45. Q ual o significado de Evangelho?
R: A p alav ra Evangelho (EU A N G ELIO N . grego) significa "BOA S N O V A S ” . N a lite r a tu r a c lá s s ic a e ssa p a la v r a d e s ig n a v a a recom pensa dada pela entrega de boas notícias. N a Septuaginta há ocorrência desta palavra neste sentido de boas novas (II Sm 4.10). No N ovo Testam ento passou a referir-se às "B O A S N O V A S” a respeito de Jesus Cristo e deu nom e aos quatro prim eiros Livros. É encontrada m ais de setenta e cinco vezes no N ovo Testam ento.
46. O que significa E vangelhos Sinóticos?
R: O significado da palavra sinótico é “resum ido” . A respeito dos Evangelhos, refere-se aos de M ateus, M arcos e Lucas. U m estudo com parativo entre estes três levou estudiosos a reconhecer que há um considerável corpo de m aterial com um entre eles e que o de M arcos tem a prioridade. Som ente trinta e um versículos de M arcos não encontram paralelo nem em M ateus nem em Lucas. O quarto Evangelho de João foi escrito no final do prim eiro século cristão e tem suas fontes diferentes daquelas dos Sinóticos.
47. Por que quatro E vangelhos e não apenas um ?
R: Os quatro E vangelhos são canônicos, im portantes e necessários, pois revelam Jesus Cristo em seus quatro aspectos conform e a visão de E zequiel 1.10 e A pocalipse 4.7:
M ateu s: C om o Rei, sim bolizado pelo Leão. M arcos: C om o Servo, sim bolizado pelo boi.
Lucas: C om o H om em , apontando para a Sua hum anidade.
Jo ão : C om o D eus, sim bolizado pela águia. O s quatro datam um período entre 60 e 100 d. C.
48. Qual o tema central da Bíblia?
R: A Pessoa de Jesus Cristo e a Redenção do hom em por meio d 'E le.
49. Qual o personagem principal da Bíblia?
íBeuimmi
de
1. É possível definir D eus?
R: De form a plena não. pois o finito jamais poderá definir o infinito. Os te ó lo g o s d e fin e m n a te n ta tiv a de a u x ilia r o h o m em na com preensão de Deus. Vejam os algum as definições:
“Deus é Espírito Pessoal, perfeitam ente bom, que em santo am or cria, sustenta e dirige tu d o .”
(A.B. Langston)
“ O D eus revelad o n as E scritu ras é um Ser P essoal, auto- existente e auto-consciente, Criador do U niverso, fonte de toda vida e bênção. R esum ind o: Deus é E spírito, é Puro, é Pessoal e infinito.”
(J. D. D ouglas)
2. Q ual a natureza de Deus?
R: D e aco rd o com a d e fin iç ão de L an g sto n , Ele é “E sp írito Pessoal” .
3. Q ual o caráter de D eus?
R: Ele é “perfeitam ente b o m ” .
4. Q ual a relação de D eus com o universo?
5. Quais as objeções sobre a existência de Deus?
Is: O ateísm o consiste na negação absoluta da idéia de Deus. Visto que são os ateus que se opõem às convicções mais profundas da ruça humana, a responsabilidade de provar a não existência de Deus recai sobre eles. Suas principais objeções são as seguintes: ;i) O bjeção Intelectual: ‘‘Esta parte daqueles que, observando o universo, acham que é desnecessária a existência de Deus. Tudo se move com regularidade em seus eixos. Acham que não é necessário a lin n ar mais que um a lei natural” . Para eles tudo funciona pelas leis naturais do universo e a lei da evolução basta para explicar o seu desenvolvimento.
I>) ( )bieção M oral: Esta é m ais séria e baseia-se na presença do
mal no universo. O m al é contrário à bondade perfeita de D eus e i irtt > pode ser aprovado por ele. H á um abism o intransponível entre I >eus e o mal. Por isso, dizem “ Se há um Deus, ele não é onipotente,
e se ele é onipotente, logo não é bom. Se ele é bom e onipotente,
p< H que não acaba com todos os padecim entos, injustiças, guerras
e iodas as m isérias da hum anidade?” A existência de tudo isso, dizem e le s , “ d e v e -se ou à im p o tê n c ia de D eu s ou ao seu indilerentism o” .
“ Diz o insensato no seu coração: Não há Deus. Corrom pem -se e praticam abom inação...”
(SI 14.1 e 53.1)
6. Com o provar a existência de D eus? Quais argum entos podem os usar?
K; I lá evidências incontestáveis a respeito da existência de Deus. Podemos relacionar as seguintes:
a) A rgum ento da C ria çã o : A razão argum enta que o universo deve ter tido um princípio. Todo efeito deve ter um a causa suficiente. O universo, sendo o efeito, por conseguinte deve ter uma causa. Principalm ente se considerarm os a extensão do universo. b) A rgum ento do D esíg n io : O desígnio e a form osura evidenciam -
se no universo. O desígnio e a form osura im plicam um Arquiteto dotado de inteligência suficiente para explicar sua obra.
COM ENTÁRIO
“ C ientistas reconhecem que há um desígnio na n atureza”
E m seu livro “The B lind W atchm aK er” (O R eligioso C ego), o Z o ó lo g o R ic h a rd D a w k in s, da U n iv e rsid a d e de O x fo rd , um destacado evolucionista, cham a a biologia de “o estudo de coisas
com plicadas que dão a aparência de terem sido criadas com algum p ro p ó sito ”. U m a célula, a m enor unidade viva, chega a ter
100.000 m oléculas, e 10.000 reações quím icas interrelacionadas sim ultâneas. A s células não podem ter surgido pôr acaso. D arw kins adm ite que “C ada célu la contém , no seu núcleo, um banco de
dados digitalm ente codificado que é m aior do que a som a de todos os 30 volum es da E nciclopédia B ritânica” . E isso eqüivale
apenas a um a célula. H á trilhões de células no corpo hum ano, m ilh a re s de tip o s d ife re n te s, o p e ra n d o em re la c io n a m e n to s incrivelm ente com plexos e delicadam ente equilibrados.
“Toda a beleza, harmonia e perfeição do universo e
a com plexidade do corpo humano seriam
impossíveis sem a presença de uma inteligência por
traz planejando e executando tudo. Somente a
existência de Deus pode explicar estas realidades”.
c) A rgum ento da N atureza do H o m em : O hom em disp õ e de natureza moral, isto é. a sua vida é regulada por conceitos do bem e do mal. Ele reconhece que há um cam inho reto de ação que deve seguir e um caminho errado que deve evitar. O hom em , sendo um ser moral e dotado de livre arbítrio, nos leva a concluir que há um Legislador que idealizou uma norm a de conduta. Se 0 homem fosse sim plesm ente m atéria, seria im possível este dotar de uma consciência, valores m orais, sentim entos, etc. d) A rgum ento da H istó ria: A m archa dos eventos d a h istó ria
universal fornece evidências de um poder e dum a providência dominantes. “Os princípios do divino governo moral encontram- se na história das nações tanto quanto na ex p eriên cia dos hom ens” (D. S. Clark). A história bíblica foi escrita para revelar 1 )eus na história, isto é, para ilustrai- a obra de Deus nos negócios hum anos (SI 75.7; Dn 2.21 e 5.21).
r ) A rgumento da Crença U niversal: A crença na existência de Deus é praticam ente tão difundida quanto a própria raça hum ana. “( 'om o é do conhecim ento de todos os antropólogos, já foi para o limbo das controvérsias m ortas... todos concordam que nao existem raças, por m ais prim itivas que sejam , totalm ente destituídas de concepção religiosa...” (Jevons, autoridade no assunto de raças e religiões com paradas).
COM ENTÁRIO
"Visto que são os ateus que se opõem às convicções m ais pi olundas da raça humana, a responsabilidade de provar a iiAn existência de Deus recai sobre eles”.
< i M n este argumento, transferim os a responsabilidade para os ateus r m ostram os que estes estão em discordância com a raça hum ana.
C erta vez um ateu disse a um rabino: "Te dou um a m oeda se você me m ostrar onde D eus está". O rabino respondeu: "E eu te dou duas m oedas se me m ostrar onde Deus não está".
7. Na relação de D eus com o universo, o que é T ranscendência?
R: T ranscendência: E D eus separado de toda a criação, com o um Ser Independente e auto-existente (Is 40.12-17).
8. N a relação de D eus com o universo, o que é Im anência?
R: Im an ên cia: E a capacidade de D eus em v ir ao encontro da criação, do hom em , é sua presença difundida e seu po d er dentro de sua criação (SI 139.7-10; Is 57.15, 66.1,2 ).
“T ranscendência sem im anência nos daria deísm o, e im anência sem transcen dên cia nos daria panteísm o... as duas coexistem em D eu s.”
(Langston)
9. Q ual o sign ificad o do term o teológico T eofania?
R: A parição ou revelação da divindade.
10. Q ual o sign ificad o do term o teológico E pifania?
R: E a m aneira pela qual D eus se revela tanto no A ntigo quanto no N ovo Testam ento. A epifania através do Filho Jesus C risto é a m ais perfeita de todas as m aneiras de revelação (Tt 2.11, 3.4; Hb
K I ifiira de linguagem utilizada pelos escritores da B íblia em que t aiaelerísticas físicas do ser hum ano são atribuídas a Deus. apesar 1)1 sle sc revelar como Espírito não limitado ao tem po e ao espaço poi niu corpo físico (Is 59.1; 66.1,2).
I 2. Qual o significado do termo teológico A ntropopatia?
K Sentim entos hum anos aplicados a D eus, com o por exem plo:
“ciilfio, se arrependeu o Senhor...”
( ( in 6.6).
13. Q ual o significado da seguinte crença acerca de Deus: Teísmo?
K A c re n ç a em um D eu s P e s so a l, ta n to im a n e n te q u a n to li anseendente que existe nas Três Pessoas distintas da Trindade. É a posição do teísmo cristão. Esta é a posição correta acerca de I tens pois se baseia na Escritura Sagrada.
14. Q ual o significado da seguinte crença acerca de Deus: Alcísm o?
K I eoria que nega a existência de Deus.
15. Q ual o significado da seguinte crença acerca de Deus: Deísmo?
U : Admite que Deus criou e depois da criação se afastou e entregou o m undo para ser governado p elas leis n atu rais (neg ação da imanência).
16. Q ual o significado da seguinte crença acerca de Deus: Panteísm o?
R: E a crença de que D eus está em todas as coisas e todas as coisas são D e u s. C o n fu n d in d o C ria d o r co m c ria ç ã o (n e g a ç ã o da transcendência).
17. Q ual o significad o da seguinte crença acerca de Deus: Politeísm o?
R: C rença na existência de vários deuses.
18. Q ual o sign ificad o da seguinte crença acerca de Deus: Agnosticism o?
R: E xpressão originada de duas palavras gregas que significam “não e sab e r” . O ag n o sticism o n ega a cap acid ad e h u m an a de conhecer a Deus. Segundo este pensam ento, a m ente finita não pode alcançar o infinito.
19. Q ual o significad o da seguinte crença acerca de Deus: M aterialism o?
R: N ega qualquer distinção entre a m ente e a m atéria. A firm a que todas as m anifestações da vida e da m ente e todas as forças são sim plesm ente propriedades da m atéria. “ O pensam ento é secreção do cérebro com o a bílis é secreção do fígado” .
20. Q uais os atributos de D eus , explique-os e prove-os na B íblia.
R: Os A tributos são N aturais e M orais. Os naturais dizem respeito á Sua natureza e m orais dizem respeito ao Seu caráter.
ATRIB UTOS NATURAIS
a) O nisciência: Seu conhecim ento de todas as coisas (SI 147.4.5; Rm 11.33-36; Mt 6.8 e 10.30).
b ) O nipresença: Sua presença em todos os lugares. A onisciência e a onipresença de Deus estão intim am ente ligadas (SI 139.7-12; Jr 23.24; M t 18.20).
c) O nipotência: Significa o poder de D eus ilim itado para fazer Lido quanto é da sua vontade e propósito (G n 17.1, 18.14; Ap
1.8).
11) Im utabilidade: Significa que não há em Deus m udança nenhuma.
Não m uda de propósito, de pensam ento e nem de natureza (M l 3.6; Tg 1.17; Hb 13.8).
c) H ternidade: Sua relação com o tem po. Sua duração é sem princípio e fim (SI 41.13; II Pd 3.8 e A p 1.8).
Kronos: Tempo do m undo natural, físico.
Kairos: Tempo do m undo espiritual, eternidade.
I) U nidade: É um ser que existe e se m anifesta nos diferentes m odos de sua existência (I Tm 2.5; D t 6.4).
A TRIBUTO S M ORAIS
a) S antidade: É a plenitude da excelência m oral de Deus que é reverenciado com o três vezes santo (Is 6.1-3).
b) Justiça ou re tid ã o : O vocábulo retidão aplicado a Deus significa a confirm ação própria de D eus em favor do que é reto e em oposição ao que é errado (D t 32.4).
c) A m o r: E a qualidade da natureza divina de se dar a si m esm o. Faz parte da essên cia de Deus (Jo 3.16; Rm 5.5-8; I Jo 4.7-10 e 4.16).
d) V erdade: Deus não só é a fonte e nem apenas o incentivador da verdade, Ele é a Própria verdade e sua Palavra é a verdade (Jo 1.14-17, 14.6).
“ ...é a fonte e a base de todas as form as de conhecim ento e de todas as m atérias de conhecim ento” (M ullins, pág. 240).
“ ...porquanto o q u e de Deus se pode conhecer é m anifesto entre eles, p orqu e D eus lhes m anifestou. Porque os atributos invisíveis de D eus, assim o seu eterno poder, com o tam bém a sua própria divind ad e, claram ente se reconhecem , desde o princípio do m undo, sendo percebidos por m eio das coisas que
foram criadas...”
(R m 1 .1 9 ,2 0 )
2 1 . 0 que sign ifica Trindade e T riunidade? Prove na Bíblia.
R: - T R IN D A D E : S ig n ifica a tríplice m anifestação de D eus ou a sua m anifestação no Pai, no Filho e no E spírito Santo.
- TR IU N ID A D E: Significa o tríplice m odo da existência de I )eus. que é a existência de três em um.
- A Trindade diz respeito à revelação de Deus ao passo que a I riunidade refere-se à existência de Deus.
- A idéia de Deus no Antigo Testamento é a unidade, por isso observarem os a Trindade de form a explícita som ente no N ovo
Testamento como Pai, Filho e Espírito Santo.
TRINDADE
No Antigo Testam ento: N ão a encontrarem os de form a explícita com o no N ovo Testamento devido à idéia de unidade (D t 6.4). - O Anjo do Senhor identificado com o Jeová sendo cham ado de Senhor, Deus, sendo reverenciado, adorado, recebendo oferta, etc ((in 16.7,13, 22.15, 31.11, Ex 3.2,4; Js 5.14; Jz 6.21-24, 13.20-22; Is 63.9). Esse Anjo do Senhor é a m anifestação de Jesus no Antigo
I estamento.
O Pai com o um a Pessoa distinta (Dt 32.6; Is 63.16 e M l 2.10), O Messias (SI 2.6,7; 45.6,7; Pv 30.4; Is 9.6, 61.1 e Jr 23.5) e o Espírito Santo (G n 1.2; Is 11.2,63.11,14).
“O Antigo Testamento não ensina clara e
diretamente sobre a Trindade. A razão é evidente: O
problema do politeísmo entre as nações. A nação de
Israel não estava preparada para compreender.
Deus primeiramente acentuou a verdade de ser o
Único Deus, para depois no Novo Testamento
tornar explícita a Trindade. Mesmo assim, parte dos
judeus teve conflito com esta verdade”.
No N ovo T estam ento:
- O Filho é Deus (Jo 1.1.18; Tt 2.13: Hb 1.2).
- O Espírito Santo é Deus (A t 5.3.4; Rm 15.30: Hb 9.14).
TRIUNIDADE
No A ntigo T estam ento:
- N a criação (Gn 1.26. ELO H IM no original tem o sentido de pluralidade e significa D eus).
- N a confusão de línguas (G n 11,7). - N a experiência de Isaías (Is 6.3,8). - N o Livro de D aniel (D n 2.47). - N a benção arônica (N m 6.24-26).
N o N o v o T e stam en to : N o batism o de Jesu s (M t 3.13-17); na ordenança do batism o (M t 28.19); na benção apostólica (II Co
13.13); n a oração sacerdotal (Jo 17.21-23) e no ensino de João (I Jo 5.7).
22. O que significa Vestigium D ei?
R: Termo latino que significa “vestígios de D eus” . Trata-se da visão de que h á vestígios ou indícios do D eus Ú nico na ordem da criação, tendo D eus revelado o ser divino n a criação por m eio de analogias (analogia: ponto de sem elhança entre coisas diferentes).
23. O que significa Vestigium Trinitalis?
R: Termo latino que significa “vestígios da T rindade” (oriundo provavelm ente de A gostinho) e representa a b u sca de analogias da Trindade na estrutura tríplice de algum as coisas. Por exem plo: O hom em é form ado de espírito, alm a e corpo. O corpo hum ano é form ado de três partes: cabeça, tronco e m em bros. A m atéria tem três estados: o sólido, líquido e gasoso. O ovo: gem a, clara e casca.
A célula: núcleo, citoplasma e membrana. Agostinho via um vestígio da trindade na pessoa hum ana, no autoconhecim ento e no am or próprio das pessoas.
2 4. Quais os N om es de Deus no A ntigo Testam ento? Identifique-os na Bíblia.
R: - ELOHIM: Está no original no plural e significa Deus (G n 1.1). - EL-SHADAI: O Deus Todo-Poderoso (G n 17.1).
- EL-ELYON: O D eus-A ltíssim o (Gn 14.19). - EL-OLAM : O Deus Eterno (Gn 21.33).
- ADONAI: É também como ELOHIM um a palavra plural. ADONAI significa Senhor (Gn 15.2,8).
- JEO V Á OU IAVE: Este é o N om e m ais pessoal de D eus usado pelos hebreus. Tem origem no verbo ser (hayah, hebraico) que tem-se crido significar o “auto-existente” (Palestras em Teologia Sistemática, pág. 25, H. C. Thiessen) ou “EU SO U ” como se revela a M oisés (Ex 3.14). A versão de A lm eida o traduz com o Senhor. - JEO V Á -SA BA O TH : O Senhor dos Exércitos (SI 84.1; Is 1.9 e 6.3).
-JEO V Á -JIRÉH : O Senhor Proverá (G n 22.14). -JEO V Á -RA FÁ : O Senhor que Cura (Ex 15.26).
-JEOVÁ-NISSI: O Senhor é a M inha B andeira (Ex 17.15). -JEO V Á -T SIK N U : O Senhor Justiça N o ssa (Jr 23.6). -JEO V Á -SHA LO M : O Senhor é Paz (Jz 6.24).
-JEO V Á -RA ’AH: O Senhor M eu Pastor (SI 23.1). -JEO V Á -SH A M M A H : O Senhor está Ali (Ez 48.35).
25. Quais os Nom es de Deus no N ovo Testam ento? Identifique-os na Bíblia.
R: -THEOS: Eqüivale a EL, ELOHIM e ELYON. É o mais aplicado a Deus (M c 5.7; Lc 1.32,35; At 7.48, 16.17; Hb 7.1).
-K Y RIO S: D esigna Deus com o Senhor, o Possuidor, o Poderoso. E em pregado ao Deus Pai com o tam bém ao Filho (Fp 2.11).
-PATER: É em pregado a D eus m esm o nas religiões pagãs. O Nom e PATER já é encontrado na Septuaginta (grego) para designar a relação de Deus com Israel (Dt 32.6; SI 103.13; Is 63.16, 64.8; Jr 3.4,19 e m ais freqüentem ente no N ovo Testam ento (M t 5.48. 6.6. 6.9. 7.11; Jo 1 .1 4 .2 .1 6 .3 .3 5 .4 .2 4 , etc).
1.Q ual o significado de Cristologia?
R: E o estudo da Pessoa e O bra de Cristo ou a doutrina de Cristo. CRISTO (grego): U ngido.
LOGIA (grego): Estudo, tratado.
2. Q uais as n aturezas de C risto? Prove-as na B íblia.
R: Suas naturezas são a divina e a hum ana.
a) N atureza divina de C risto ou deidade de C risto :
Jesus tin h a conhecim ento da sua própria deidade (Jo 3.12,13, 8.58, 14.9,10).
A ssum iu prerrogativas divinas: O nisciência e O nipresença (M t 18.20, capacidade p ara saber que estão reunidos sem N om e e de se fazer presente); Poder para perdoar p ecados (M c 2.5-7); Poder para ressuscitar m ortos (Jo 6.39,40); Proclam ou-se Juiz e Á rb itro do d e stin o d os h o m en s (M t 2 5 .3 1 ,3 2 ; Jo 5 .2 2 ); C onhecim ento do futuro (Jo 18.4); Controle sobre a natureza ou criação (M c 4.39).
A B íblia declara a sua deidade (Is 9.6; Jo 1.1-3,20.28; Fp 2.6; Tt 2.13).
Seu nom e é colocado em igualdade com o Pai e o Espírito Santo (M t 28.19; II Co 13.13).
b) N atureza hum ana de C risto :
Jesus cham ou-se e foi cham ado hom em (Jo 3.14; A t 2.22, 7.56; Rm 5.15 e l T m 2.5).
Jesus po ssuía elem entos essenciais da natureza hum ana, isto é, um corpo natural e u m a alm a racional (M t 26.38; Lc 24.39; Jo
11.33; H b 2.14).
Jesus tin h a características que pertenciam à natureza hum ana. Sentiu fom e (M t 4.2); sentiu cansaço (M t 8.24; Jo 4.6); sede (Jo 19.28); sentia am or (Mc 10.21) e sentia indignação-(M c 3.5).
Jesus estava sujeito às leis de desenvolvimento. Cresceu fisicamente (Lc 2.40,42, 3.23); Foi ten tad o (H b 2 .1 8 ) e p ro cesso de aprendizado (Hb 5.8).
Padeceu e m orreu (Lc 22.44; Jo 19.30,33).
Sua hum anidade foi íntegra ou perfeita. Foi sobrenaturalm ente c o n ce b id a (Lc 1 .3 4 ,3 5 ); sua n a tu re z a se re v e la liv re de depravaçâo (Jo 8.46; II Co 5.21; Hb 4.15; I Pd 1.19).
Sua natureza humana cresceu juntam ente com a natureza divina. Ele é o D eus-H om em . 100% Deus e 100% Hom em . A união destas duas naturezas é indissolúvel (H b 7.24-28).
com respeito a seu Filho, o qual, segundo a carne, veio da descendência de D avi...”
(Rm 1.3)
3. Como o verbo se fez carne?
R : l*or obra do Espírito Santo no ventre de M aria (M t 1.21-25; Lc 1.34,35).
4. Havia possibilidade de Jesus pecar?
R I sta pergunta é bastante delicada e alvo de debates teológicos. I ’< >i lauto, um a resposta superficial deixaria m uito a desejar. Quanto
i 'i “ im pccabilidade de C risto” (o fato de que Ele nunca com eteu
pecado) é ponto pacífico. A B íblia atesta a sua im pecabilidade:
“ Quem dentre vós m e convence de pecado?”
(Jo 8.46)
“ ... foi Ele tentado em todas as coisas, à nossa sem elhança, m as sem pecado”
(H b 4.15, conferir H b 2.18).
Há os que admitem esta possibilidade e argumentam que "Ele era livre para obedecer ou desobedecer' e que “A Bíblia exalta a sua obediência e isto é uma evidência desta possibilidade”. Citam Fp 2.8 e Rm 5.19b com o base bíblica.
O utros não adm item tal possibilidade. E argum entam que “ Cristo n ão p o s s u ía lim ita ç õ e s m o ra is d e v id a s ao p e c a d o o u que envolvessem a possibilidade de pecar” (Teologia Elem entar, E. H. B ancroft, pág. 111).
“As Escrituras não autorizam o ensino de que o nosso Senhor poderia ter pecado... A s E scritu ras cham am -nO de 'o S a n to ’. Em sua qualidade, era a santidade de Deus. Visto que sua qualidade era a santidade de D eus, não podia haver pecado em ‘o S an to ’, nem tendência para pecar. Essa santa natureza hum ana sem pecado estava indissoluvelm ente ligada à Personalidade do Filho. Sua natureza h u m an a não p o d e ria ter pecado sem o c o n sen tim en to de Sua Personalidade ím par; essa Personalidade teria de dizer ‘Q u ero ’ ao pecado. M as, visto que a Personalidade de nosso S enhor Jesus C risto é a P e rs o n a lid a d e de D eus, e ra im p o ssív e l q u e e ssa Personalidade consentisse em pecar. Visto que Sua Personalidade não p o d ia consentir em pecar, era im possível que Ele, em sua n a t u r e z a h u m a n a ( já q u e S u a n a t u r e z a h u m a n a e s ta v a inseparavelm ente ligada à Sua Personalidade), viesse a pecar” - H aldem am (Teologia Elem entar, E. H. B ancroft, pág. 112).
CO M ENTÁRIO
O posicionamento a favor da impossibilidade de Jesus pecar tem maior aceitação no m eio teológico. A natureza divina era a sustentação da sua natureza hum ana. Jesus não possuiu um a natureza pecam inosa. A dm itirm os a possibilidade de Jesus pecar é com o adm itirm os a possibilidade de que o Pai ou o Espírito Santo possam pecar. Ele não
pecou porque sua personalidade não consentiu e jam ais consentiria com o pecado. Este posicionam ento não anula a sua obediência tão exaltada nas Escrituras Sagradas.
5. Q uantas naturezas tinha Cristo na eternidade antes da encarnação?
R: Uma. A divina.
6. Q uantas naturezas tem Cristo após a ressurreição?
R: Duas. D ivina e humana.
7. E agora, depois de ter sido glorifícado?
R: Duas. D ivina e hum ana (hum ana glorificada, At 7.55,56; Hb 1.3,4). Com o já vimos, a união destas duas naturezas é indissolúvel (Hb 7.24-28).
8. Q uais os conceitos errôneos sobre a Pessoa de Jesus C risto que surgiram no decorrer da história,
principalm ente nos prim eiros séculos?
R: a) Os ebionitas (107 d. C.): N egavam a realidade da natureza
11 i vi na de C risto. Segundo seus ensinos, Cristo era somente hom em ,
mas possuía um a relação m uito íntim a com D eus.
!>) Os docetas (70 a 170 d. C): N egavam a hum anidade de Cristo. Para eles o mal residia na m atéria, e visto que Jesus não tinha pecado, logo, não tinha tam bém corpo m aterial. Seu corpo era apenas aparente, e não real (doketes, de dokein, grego, que significa parecer).
c) O arianism o (325 d. C.): Á rio foi o fundador desta teo ria e negava a integridade da natureza divina de Cristo. O Verbo,
que se fez carne, segundo o Evangelho de João. não era Deus. senão um dos seres mais altos do Criador, era apenas uma criatura. Ário negava a integridade, a perfeição da natureza divina de Cristo. d) A teo ria de A polinário (381 d. C): N egou a integridade da
natureza hum ana de Cristo. Segundo Apolinário, Cristo não tinha m ente hum ana, o que Ele tinha de hum ano era o corpo e o espírito. O Verbo que se fez carne tom ou o lugar da m ente, e por isso Cristo não era hom em perfeito.
e) A teo ria de N estó rio (431 d. C.): N estó rio n eg av a a união verdadeira entre as duas naturezas de C risto. Ele atribuía a C risto duas partes ou divisões, um a hum ana e outra divina. Q uando estava dorm indo era a parte hum ana que dorm ia. M as quando acordava e repreendia os ventos, era a parte divina que estava em ação.
í) A teo ria de E utiques (451 d. C.): Segundo E utiques, as duas naturezas de C risto fundiam -se de m aneira que form avam um a terceira natureza, que nem era divina nem hum ana. P ara ele, Jesus não era hum ano e nem tam pouco divino.
CO M EN TÁ R IO
Por séculos ocorreram fortes tensões teológicas a respeito de Jesus- D eus-H om em . U ns acentuaram a divindade e outros a hum anidade. A escola de A lexandria, no Egito enfatizava a divindade enquanto a de A ntioquia a hum anidade. Foi um erro a ênfase unilateral destas duas escolas.
P ara resolver este p ro b lem a teológico foi convocado o Concilio de C alcedônia, cidade perto de C onstantinopla, no ano de 451. Este C oncilio “esco lh eu um cam inho entre os de A lex an d ria e
An! loquia... destacando a completa divindade de Cristo e a com pleta humanidade de Cristo e a unidade da Pessoa de Cristo" (A H istória • Ias I )outrinas, pág. 49 - W illiam S. Smith). Ou seja. em C risto há «.luas naturezas, divina e humana, em uma Pessoa.
M esm o após este im p o rta n te C o n cilio ain d a p e rm a n e c e ra m controvérsias por parte das duas escolas unilaterais. O arianism o sustenta “a dualidade das naturezas a ponto de rom per a unidade i lc pessoa e predom ina a natureza hum ana de Jesus, ficando a divindade extrínseca e paralela” (escola de A ntioquia, pág. 7). No mundo m edieval encontram os a escola to m ista (Tom as de A quino) que p re fe re n c ia lm e n te p e n sa Jesu s a p a rtir de su a divindade e a escola franciscana, a partir de sua hum anidade. N os li mpos m odernos se fala de um a cristologia descendente (D eus que se encarna) e uma ascendente (o hom em Jesus que lentam ente viu revelando sua divindade).
Como vem os, as tensões teológicas a respeito de Jesus C risto sempre existiram e existirão. Som ente nas Escrituras Sagradas encontrarem os o fundam ento seguro p ara co m p reen d erm o s a M aravilhosa Pessoa de Jesus Cristo.
Q uais os ofícios de C risto? Prove-os na B íblia.
Iv Proleta, Sacerdote e Rei.
.1) Profeta: Com o Profeta o Senhor Jesus não apenas predisse o
luluro, mas representou Deus diante dos hom ens, com o é o principal trabalho dos profetas. Interpretar os atos e os planos de Deus e fazer conhecida aos hom ens a sua vontade. M oisés IaIou a respeito de Jesus com um Profeta (Dt 18.15; A t 3.22,23). ( )s profetas no Antigo Testam ento usavam a expressão “A ssim diz o Senhor” e Jesus d izia “Eu porém vos digo” (M t 5.22). h) Sacerdote: O sacerdote representa os hom ens diante de D eus
enquanto o profeta representa Deus diante dos hom ens. Jesus realizou o ofício de Sacerdote com perfeição oferecendo a si
m esm o como C ordeiro imaculado (Hb 4.14. 9.28. 10.11.12; I Pd 1.19; A p 5.6).
c) O Rei: C risto há de reinar sobre todas as coisas, assim no céu com o na terra. Seu reinado é citado tanto no A ntigo quanto no N ovo T estam ento (SI 2.6-8; M t 25.31, 28.18). N enhum rei governou e governará com a autoridade, justiça e perfeição do Rei dos reis (Ap 17.14, 19.16).
10. Q uais os estados de Cristo? Prove-os na B íblia.
R: H um ilhação e exaltação. a) H umilhação:
O Verbo preexistente fez-se hom em (Jo 1.14). D eixou a glória d iv in a (Jo 17.5).
A ssum iu a form a de servo (Fp 2.6-8).
Subm eteu-se ao E spírito Santo (M t4 .1 ; A t 1.2, 10.38; Hb 9.14).
D eixou de usar seu poderes (Lc 23.35). E quando m orreu n a cruz (Fp 2.8). b) Exaltação:
Sua exaltação se deu em duas fases:
1. A ressurreição ao terceiro dia (Lc 24.6,7; I Co 15.3,4). 2. A ascensão (A t 1.9, 7.55; Fp 2.9-11 e H b 1.3,4).
11. Q ual o sign ificad o dos N om es Jesus, C risto, M essias e E m anuel?
R: - Jesus (grego): Salvador (Lc 1.31). Cristo (grego): U ngido (M t 16.16). M essias (heb.): U ngido (Jo 1.41, 4.25).
12. É possível provar a preexistência de Cristo antes da sua encarnação?
R: Sim.
No N ovo Testam ento Ele é apresentado com o o Verbo que estava com Deus antes da encarnação (Jo 1.1,2). E participou da criação do universo (Jo 1.3; Hb 1.2, 11.3 e Cl 1.15-17). No Antigo Testam ento se m anifestava com o o Anjo do Senhor. M anifestou-se a M oisés na sarça ardente (Ex 3.2,4,6,14); a Josué çom o príncipe do exército do S enhor e foi adorado (Js 5.14); a Jacó com o um hom em (G n 32.24,29,30); a Gideão com o Anjo do Senhor (Jz 6.22) e a M anoá pai de Sansão (Jz
13.16-18,22).
13. Quais as profecias no A ntigo T estam ento a respeito da ressurreição de Jesus?
R: No SI 16.8-10; Os 6.2; Jn 1.17. Jesus confirm a Jonas como um a profecia a respeito da sua ressurreição em M t 12.40.
“e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Kscrituras” (I Co 15.4).
14. Q ual o sentido da expressão “O Prim ogênito de toda a criação” em C olossenses 1.15? A B íblia estaria
dizendo que Jesus foi criado?
R: Não. Este texto não quer dizer que Jesus é o prim eiro a ser criado, com o alegam as testem unhas de Jeová, colocando-o com o um a c ria tu ra , negan d o a ssim a su a d iv in d a d e tão c lara nas Escrituras. Prim ogênito aqui tem o sentido de ser o herdeiro de todas as coisas. O contexto coloca a Pessoa de Jesus com o criador e sustentador que são obras divinas e não de um a criatura.
“Ele é antes de todas as coisas. N ele tudo su b siste.”
(Cl 1.17)
15. Q uais os tipos de Cristo no A ntigo Testam ento?
R: - A dão (G n 2.21). “pesado sono” aqui sim boliza a m orte de Jesus na cruz. M elquisedeque (G n 14.18-20). Isaque (G n 22). José (G n 37.28). - M oisés (D t 18.15). Josué (N m 13.8; D t 32.44). - D avi (SI 89.35-37). - Ciro (Is 44.28). E liaquim (Is 22.20-25).
“pois, nele, foram criadas todas as coisas...”
í ) o u t m n a
d& E»pmla Santa
1. Q ual o significado de pneum atologia?
R: É a estudo acerca da Pessoa e obra do E spírito Santo ou a doutrina do E spírito Santo.
PN E U M A (grego): Vento, sopro. Á G IO S (grego): Santo, puro. LOGIA (grego): E studo, tratado.
2. Q ual a definição da Pessoa do E sp írito Santo?
R: É a terceira Pessoa da Trindade. T rabalha conjuntam ente com as o u tra s P e sso a s n a criação o rig in al. In sp iro u h o m e n s p ara escreverem a B íblia, ilum inou e ilum ina outros para entendê-la. Capacita, revestindo de poder, para a realização da obra de Deus. Ele orienta e dirige a Igreja hoje. N o m undo, ele age convencendo os hom ens do pecado da ju stiç a e do juízo.
3. Se o E sp írito Santo é uma Pessoa conform e a defin ição anterior, quais as provas na B íblia?
R: a) O E spírito Santo possui características e realiza tarefas próprias de um a p e sso a :
C onhecim ento (I C o 2.10,11; Rm 8.27). A m o r (R m 15.30).
Investigação (I Co 2.10, perscrutar = investigar m inuciosam ente).
- Fala (A t 1.16; A p 2.7). Intercede (R m 8.26). C lam a (G1 4.6).
Testifica, dá testem unho (Jo 15.26). E nsina (N e 9.20; Jo 14.26).
C om anda (A t 16.6,7, 20.28). - C o n so la (Jo 14.16,17).
“Somente uma pessoa possui estas características e
pode realizar tais tarefas.”
i;) () I .spírito Santo possui sentim entos e reações próprios de nina pessoa:
( 'ontende (G n6.3).
Ressente (Is 63.10; E f 4.30).
Pode ser ultrajado (Hb 10.29, ultrajar = insultar, ofender a dignidade).
Pode ser blasfem ado (Mt 12.31,32).
Pode indignar-se, m entir contra Ele (At 5.3). Pode ser extinto ou apagado (I Ts 5.19). E entristecido (E f 4.30).
“Somente uma pessoa pode demonstrar estes
sentimentos e reações. O Espírito Santo não é
simplesmente uma “força”, “energia” ou “vento”.
Vento é um dos símbolos e não a essência da sua
Pessoa.”
4. Quais as provas na Bíblia a respeito da deidade do Espírito Santo?
R : O Eíspírito Santo é D eus porque possui nom es divinos, atributos divinos e realiza obras divinas,
a) Nomes divinos:
Espírito de Deus (I Jo 4.2).
Espírito Santo (SI 51.11; At 5.3; Lc 11.13). Espírito de Santidade (Rm 1.4)
Espírito da Verdade (Jo 14.17, 15.26, 16.13). Espírito da G lória (I Pd 4.14).
b) Atributos divinos:
O Espírito Santo é eterno (Hb 9.14). O nipresente (SI 139.7-10).
O nipotente (Lc 1.35). O nisciente (I Co 2.10,11).
c) O bras divinas do Espírito Santo: C riação (Jó 33.4).
V ida eterna (Jo 6.63; Rm 8.2, vivifica). Profecia (II Sm 23.2; A t 1.16).
R egeneração (Jo 3.3-8; Tt 3.5).
5. Q uais os sím bolos do Espírito Santo?
R: Á g u a (Jo 7.38,39), Fogo (At 2.3), Vento (Jo 3.8; A t 2.2), Óleo (I Sm 16.13; Lc 4.18; I Jo 2.27), Pom ba (M t 3.16,17; Jo 1.32)) e Selo (E f 1.13).
6. Q ual o m inistério do Espírito Santo no m undo e na Igreja?
R: a) N o m u n d o :
C ontender, reprovar as m ás obras e convencer do pecado, da ju stiça e do ju íz o (G n 6.3; Jo 16.8-11).
C onscientizar e ilum inar quanto aos ensinos de Jesus e sua obra no C alvário (Jo 14.26; Hb 10.32; I Jo 5.8).
O perar a regeneração ou novo nascim ento nos que crêem (Jo 3.3-8).
b) N a Igreja ou nos salv o s:
- E nsinar e lem brar as verdades divinas (Jo 14.26). - G uiar em toda a verdade (Jo 16.13).
- G lorificar a C risto (Jo 16.14).
- E squadrinhar as coisas profundas de D eus (I Co 2.10). - Interceder p o r nós nas orações (Rm 8.26,27).
I est i ficar a respeito da certeza da Salvação (Rm 8.16). I iatizar no Espírito Santo e dar poder para o testem unho de Jesus e para a realização da obra de Deus (A t 1.8).
Conceder dons espirituais e m inisteriais (I Co 12.4-11). - C onsolar (Jo 14.16).
- Habitar (Jo 14.17; ). - Santificar (II Co 3.18).
- Vocacionar e constituir obreiros (At 20.28), Instruindo-os (At 1.2), Capacitando-os (At 1.8), Separando-os (At 13.1-3), Em itindo pareceres d o u trin ário s (A t 15.28,29), O rie n ta n d o -o s n a obra m issionária (At 16.6-10) e preparando-os para o m artírio (At 7.55).
“Conhecer o Espírito Santo é conhecer o grande e
poderoso Executivo Celestial.
E conhecer a Pessoa da Trindade ativa na execução
da Obra de Deus na terra.”
(Passo a Passo com Cristo, n° 4, pág. 18 - João Leão S. X avier - Editora LERBAN)
7. O que é o batism o no E spírito Santo?
R: B atism o no E spírito Santo é “re v e stim en to de p o d e r” ou “ plen itu d e do E sp írito S an to ” . E u m a e x p e riê n c ia d istin ta e subseqüente à Salvação. N a Salvação o crente recebe a habitação do E sp írito Santo e no B atism o no E sp írito S anto receb e o revestim ento de poder ou plenitude do Espírito Santo. Vejamos sua base bíblica:
A prom essa foi feita no A ntigo Testam ento pelo p rofeta Joel (J1 2.28,29).
Seu cum prim ento no N ovo Testam ento ocorreu em Pentecostes (Al 2.16-21).
João Batista repetiu a prom essa e usou a expressão “Batism o i io Espírito” (M t 3.11; M c 1.8).
- O Senhor Jesus usou a m esm a expressão conform e Lucas regisimu (A t 1.5).
- O Próprio Senhor Jesus repetiu a prom essa do Pai (At 1.4; I ,c 24.49).
- Este recebim ento de poder iniciou-se com o Pentecostes e este m esm o poder está à disposição dos que crêem (At 1.4, 14, 2.1-4).
8. Q ual a finalidade do batism o no E spírito Santo?
R: E sta benção é o recebim ento de poder (dinam is, grego) para testem unhar de Jesus e fazer a Obra de D eus (A t 1.8).
9. Q uais os obstáculos para o recebim ento desta bênção?
a) Ignorância: Ignorar a prom essa de Deus e o ensino bíblico sobre este tem a.
b) S ubestim ação da b e n cã o : A char que não p recisa ou que o conhecim ento intelectual e cultura podem substituir esta benção. c) Erro d outrinário: M uitos interpretam m al as Escrituras e acham
que este B atism o existiu som ente para a Igreja Prim itiva. d) C o n d icio n am en to : A tradição relig io sa im pede que m uitos
recebam esta benção. Os novos convertidos recebem com m aior facilidade.
e) Incredulidade: Tudo que recebem os de D eus é pela fé e a dúvida é um grande em pecilho.
f) M ed o : Por falta de esclarecim ento m uitos têm m edo de receber um espírito estranho (Lc 11.11-13).
g) M au te ste m u n h o : M u ito s se dizem b atizad o s no E sp írito , sim ulam dons espirituais e vivem escandalizando os outros.
10. Quais as condições para receber o batism o no Espírito Santo?
R: u) Ter sede do Espírito Santo (Jo 7.37-39). b) Pedir em oração (Lc 11.13).
c) Crer na Palavra (G1 3.2,22).
d) O bedecer ao Senhor Jesus (At 5.32). e) Tom ar posse pela fé (Jo 7.37-39).
11. Todo crente batizado no Espírito Santo fala línguas estranhas?
R : Não. A orientação está em I Co 12.30,31 :
“Tem todos dons de curar? Falam todos em outras línguas? Interpretam -nas todos?
Entretanto, procurai, com zelo, os m elhores don s”. 1 2 .0 que são dons espirituais?
R: São um a dotação espiritual e sobrenatural de D eus através do Espírito Santo, capacitando a Igreja para o desem penho da sua missão. Os dons são conhecidos como “m anifestações do
I spírito Santo” (I Co 12.7). A palavra grega Charism a (Charis (ira ç a ) tem o sen tid o de um “bem co n fe rid o ” ou “ um beneficio” e é usada no N ovo Testam ento para designar dons e la v o re s d iv in o s . Os d o n s e s p ir itu a is são c h a m a d o s de < ’h arism ata(IC o 1 2 e R m 12.3-8)e, P n eu m ática(IC o 12.1). O < ai isma é um dom espiritual, daí a expressão dons carismáticos.
13. Os dons espirituais são para os dias atuais ou foram som ente para os prim eiros dias da Igreja?
R: Os dons espirituais acom panham a vida da Igreja, da m esm a fo rm a q ue a e x p e riê n c ia do b a tism o no E sp írito S anto. A proxim adam ente no ano 59 d.C. o apóstolo Paulo escreveu a I a C arta aos C oríntios e através dela ensinou acerca dos dons espirituais incentivando a Igreja a buscá-los: “Segui o amor, e
procurai com zelo os dons espirituais...” (I Co 14.1). E sta é
um a evidência de que os dons espirituais acom panharam e acom panham a história d a Igreja. Todos os que experim entam estes dons reconhecem que são atuais e um a bênção na vida da Igreja.
14. Q uais os dons espirituais e qual a função de cada um ?
R: P odem ser classificados da seguinte form a (ver I Co 12.7-
11):
14.1. D ons de rev elação : R evelam a sabedoria e o conhecim ento de Deus.
a) Palavra do conhecim ento: O Espírito Santo faz conhecidas ao hom em verdades valiosas para edificação e instrução da Igreja.
b) P alav ra de sabedoria: P alav ra p ru d en te p ara esclarecer questões controvertidas na vida da Igreja e outras situações. c) D iscernim ento de espíritos: R evelação de qual espírito está operando: Se é de D eus, do hom em ou do diabo.
14.2. D ons de p o d er: Para m anifestar o poder de Deus.
a) Fé: C apacita o crente a grandes realizações. N ão é a m esm a fé para a Salvação em Cristo.
b) Operações de milagres: Realizações ou tarefas impossíveis. c) Dons de curar: M inistrar cura a pessoas enfermas.
14.3 . Dons de expressão verbal:
a) Profecia: M ensagem de Deus aos hom ens para edificar, exortar e consolar ( I Co 14.3).
b) Variedade de línguas: Falar com Deus através de língua m isteriosa. Há edificação para o que fala (I Co 14.2,4). c) Interpretação de línguas: C apacidade para interpretar a língua desconhecida. Devem os buscar este dom (I Co
14.12,13).
“Os dons espirituais são uma benção para a Igreja.
Devemos exercitá-los visando sempre à edificação
da Igreja, com decência e ordem”.
(I Co 14.40)
15. Quais os dons m inisteriais?
R: Apóstolo, profeta, evangelista, pastor e m estre. Os dons m inisteriais são capacitações do Espírito Santo para que a Igreja tenha uma liderança saudável, equilibrada e todo o Corpo de Cristo cresça rum o à m aturidade espiritual, seja equipado e realize a tarefa que foi confiada pelo Senhor Jesus (E f 4.7-16).
16. Qual o fruto do Espírito Santo?
U: O apóstolo Paulo usou a palavra fruto (singular), m as usou n ove e x p re ssõ e s p a ra d e sc re v ê -lo : A m o r, a le g r ia , p a z, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, m ansidão e d< >i n ínio próprio (G15.22,23). O fruto do Espírito é essencial para