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Contabilidade

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(1)

5º / 6º PERÍODO

Profª. Núbia Rodrigues

UBERLÂNDIA

2º SEMESTRE - 2012

(2)

FACULDADE PITÁGORAS CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

CURSO: Ciências Contábeis ANO/SEMESTRE: 2012 / 2

DISCIPLINA: Contabilidade Avançada PERÍODO: 5º / 6º Período

Carga Horária em atividades de aprendizagem teórico/prática: 48 h Carga Horária em atividades de aprendizagem orientada: 12 h

Carga Horária Total: 60 h

Carga Horária Semanal: 3 h

COORDENADOR (A): Simone Reis Brito PROFESSOR (A): Núbia Aparecida Rodrigues

Avaliação de Investimentos Societários; Reavaliação de Ativos; Consolidação das Demonstrações Contábeis; Reorganizações Societárias; Demonstração do valor Adicionado – DVA.

Conduzir o aluno a um contato mais amplo com conceitos contábeis aplicados a grandes corporações e grupos empresariais, mediante estudos e análise dos aspectos mais avançados em Contabilidade.

1. Compreender a diferenciação entre os métodos de avaliação de investimentos e a situação na qual se aplica cada um deles;

2. Discutir o tratamento atual da Reavaliação de Ativos no Brasil;

3. Compreender e efetuar a Consolidação das Demonstrações Contábeis; 4. Discutir as principais formas de Reorganização Societária;

5. Compreender, elaborar e analisar a DVA.

UNIDADE I – MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS

1.1. Valor Justo 1.2. Valor de Custo

1.3. Método de Equivalência Patrimonial

PLANO DE CURSO

EMENTA DA DISCIPLINA

OBJETIVOS DA DISCIPLINA

OBJETIVOS POR UNIDADES DE ENSINO

(3)

UNIDADE III – CONSOLIDAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

5.1. Consolidação Parcial 5.2. Consolidação Integral

UNIDADE IV – REORGANIZAÇÃO SOCIETÁRIA

4.1. Fusão 4.2. Incorporação 4.3. Cisão

UNIDADE V – DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO - DVA

5.1. Definição

5.2. Aspectos Históricos, Legais e Normativos 5.3. Elaboração, Apresentação e Estrutura 5.4. Análise da DVA

Proposta Metodológica:

• Aulas expositivas e dialogadas através da apresentação do conteúdo pelo professor e participação dos alunos, criando um ambiente dinâmico e interativo propicio para construção do conhecimento no processo de ensino-aprendizagem;

• Acompanhamento, por parte dos alunos, do material indicado;

• Debates sobre os temas apresentados em sala de aula; desenvolvimento de exercícios e estudos de casos; trabalhos práticos e de pesquisa em equipe.

Recursos Didáticos:

• Quadro e pincéis; • Data-show;

• Material disponibilizado em copiadora e/ou e-mail (previamente acordado com os alunos) contendo textos para discussão, indicação de material a ser utilizado no decorrer do curso, exercícios e casos práticos.

O processo de avaliação está baseado nas diretrizes da IES, contemplando 2 (duas) avaliações em cada semestre,

METODOLOGIA

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bimestre será aplicada 01 (uma) prova escrita individual e sem consulta no valor de 7,0 pts e mais 3,0 pts a serem distribuídos em trabalhos que serão desenvolvidos extra-sala da seguinte forma:

APROVEITAMENTO: [NF] ≥ 60%

Componentes da NOTA 1 [N1] Forma Valor [10 pts] Data

 Avaliação Parcial 1B – Questão 04 Prática - Individual 3,0 pt 14/09/2012  Avaliação Parcial 1B – Reavaliação

de Ativos

Pesquisa - Em equipe

(4 alunos) 4,0 pt 14/09/2012  Avaliação Parcial 1B – Questão 05 Prática - Individual 3,0 pt 21/09/2012  1ª Avaliação Oficial Individual s/ consulta 10,0 pts 28/09/2012

1. Cálculo da NOTA 1 [N1] (Avaliação Oficial x 0,7) +(Avaliação Parcial x 0,3)

Componentes da NOTA 2 [N2] Forma Valor [10 pts] Data

 Avaliação Parcial 2B – Questões 10

e 13 Prática - Individual 3,0 pt 19/10/2012

 Avaliação Parcial 2B – Reorganização Societária

Pesquisa - Em equipe

(4 alunos) 4,0 pt 09/11/2012  Avaliação Parcial 2B – Questão 15 Prática - Individual 3,0 pt 30/11/2012  2ª Avaliação Oficial Individual s/ consulta 10,0 pts 07/12/2012

2. Cálculo da NOTA 2 [N2] (Avaliação Oficial x 0,7) +(Avaliação Parcial x 0,3)

3. Componentes da NOTA FINAL [NF] [NF] = {([N1] + [N2]) / 2} ≥ 6,0 pts

FREQUÊNCIA ≥ 75%

Total de aulas (Carga Horária) Limite Permitido de Faltas Nº. Faltas Aceitas

 48 aulas 25% 12 Faltas

BIBLIOGRAFIA BÁSICA:

ALMEIDA, M. C. Contabilidade Avançada: textos, exemplos e exercícios resolvidos. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2010. IUDÍCIBUS, Sérgio de et al. Manual de contabilidade societária: aplicável a todas as sociedades (de acordo com as normas internacionais e CPC). São Paulo: Atlas, 2010.

NEVES, Silveiro das, VICECONTI, Paulo E. V. Contabilidade Avançada: análise e demonstrações financeiras. 14.ed. São Paulo: Frase editora, 2005.

BIBLIOGRÁFICA COMPLEMENTAR:

COMITÊ DOS PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS – CPC. Pronunciamento Técnico CPC 09: Demonstração do Valor Adicionado. Ata da 29ª Reunião Ordinária do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, de 30 de outubro

de 2008. Brasília, DF, 30 out 2008. Disponível em: http://www.cpc.org.br/pdf/CPC_09.pdf. Acesso em 06/08/2012. COMITÊ DOS PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS – CPC. Pronunciamento Técnico CPC 18: Investimento em Coligada e em Controlada. Ata da 41ª Reunião Ordinária do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, de 6 de

novembro de 2009. Brasília, DF, 6 nov 2009. Disponível em: http://www.cpc.org.br/pdf/CPC%2018.pdf. Acesso em

06/08/2012.

COMITÊ DOS PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS – CPC. Pronunciamento Técnico CPC 36: Demonstrações Consolidadas. Ata da 60ª Reunião Ordinária do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, de 3 de junho de

2011. Brasília, DF, 30 out 2008. Disponível em: http://www.cpc.org.br/pdf/CPC36_R2_20062011.pdf. Acesso em 06/08/2012.

PEREZ JUNIOR, José Hernandez; OLIVEIRA, Luís Martins. Contabilidade Avançada. 5ª Edição. São Paulo: Atlas, 2007.

VICECONTI, P. V.; NEVES, S. das. Contabilidade Avançada e Análise das Demonstrações Financeiras. 12. ed. São Paulo: Frase, 2003.

(5)

AULA DATA OBJETIVO CONTEÚDO (ATIVIDADE PROGRAMADA) MÉTODO

01 - 03 10 ago

Apresentar e Discutir o Plano de Curso com os alunos; Rever conteúdo.

Abertura do Semestre Letivo: Apresentação e discussão de Plano de Curso;

Exercício de Revisão. Expositiva / Dialogada / Prática 04 - 06 17 ago Compreender a diferenciação entre os métodos de avaliação de investimentos e a situação na qual se aplica cada um deles

Introdução aos métodos de avaliação de investimentos: Valor Justo, Valor de Custo, MEP. Questões 01 e 02

Expositiva / Dialogada /

Prática

07 - 09 24 ago

Compreender e discutir os conceitos de Sociedades Controladas e Coligadas.

Definição de Coligadas e Controladas. Questões 03 e 05

Expositiva / Dialogada /

Prática 10 - 12 14 set Entender a metodologia de aplicação

do MEP Aplicação do MEP. Questão 07

Expositiva / Dialogada /

Prática 13 - 15 21 set Entender a metodologia de aplicação

do MEP Aplicação do MEP. Questão 08

Expositiva / Dialogada /

Prática

16 - 18 28 set

Avaliar o nível de aprendizado e retenção do conteúdo apresentado.

1ª Avaliação Oficial – 10,0 pts Individual s/ consulta

19 - 21 05 out Entender a utilidade da Consolidação das Demonstrações

Consolidação das Demonstrações Contábeis: Integral; Questão 09 Vista de Prova.

Expositiva / Dialogada /

Prática 22 - 24 19 out Entender a utilidade da Consolidação

das Demonstrações

Consolidação das Demonstrações Contábeis: Parcial. Questões 11 e 12

Expositiva / Dialogada /

Prática 25 - 27 26 out Elaborar a DVA DVA – Definição, Aspectos Históricos,

Legais e Normativos. Questão 14

Expositiva / Dialogada /

Prática 28 - 30 09 nov Elaborar a DVA DVA – Estrutura e Elaboração. Questão 16

Expositiva / Dialogada /

Prática 31 - 33 23 nov Elaborar a DVA DVA – Estrutura e Elaboração. Questões 17

e 18

Expositiva / Dialogada /

Prática 34 - 36 30 nov Analisar a DVA DVA – Análise. Questão 19

Expositiva / Dialogada /

Prática 37 - 39 07 dez

Avaliar o nível de aprendizado e retenção do conteúdo apresentado.

2ª Avaliação Oficial – 10,0 pts Individual s/ consulta

40 - 42 14 dez Encerrar o semestre

Vista de Prova;

Encerramento do semestre e entrega de resultados.

Expositiva / Dialogada

PLANEJAMENTO: CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

(6)

FACULDADE PITÁGORAS CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

CALENDÁRIO ACADÊMICO – 2º Semestre 2012

D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S 1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 1 8 9 10 11 12 13 14 5 6 7 8 9 10 11 2 3 4 5 6 7 8 15 16 17 18 19 20 21 12 13 14 15 16 17 18 9 10 11 12 13 14 15 22 23 24 25 26 27 28 19 20 21 22 23 24 25 16 17 18 19 20 21 22 29 30 31 26 27 28 28 30 31 23 24 25 26 27 28 29 30 D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S 1 2 3 4 5 6 1 2 3 1 7 8 9 10 11 12 13 4 5 6 7 8 9 10 2 3 4 5 6 7 8 14 15 16 17 18 19 20 11 12 13 14 15 16 17 9 10 11 12 13 14 15 21 22 23 24 25 26 27 18 19 20 21 22 23 24 16 17 18 19 20 21 22 28 29 30 31 25 26 27 28 29 30 23 24 25 26 27 28 29 30 31 AGOSTO 01 - REUNIÃO PROFESSORES 02 - AULA INAUGURAL PARA CALOUROS 03 - REUNIÃO PEDAGÓGICA PROFESSORES

06 - INÍCIO DAS AULAS

06 A 30 - AJUSTES DE HORÁRIOS

SETEMBRO

17 A 28 - AVALI AÇÃO OFI CIAL 1º BIMESTRE 10 - PRAZO MÁXI MO PARA REMATRÍCULA E MATRÍCULA EM TCC

OUTUBRO

06 - PRAZO MÁXI MO PARA LANÇAMENTO DAS AVALI AÇÕES DO 1º BIMESTRE NO PORTAL 24 - COLAÇÃO OFICI AL

NOVEMBRO

01 - GIRO DAS PROFI SSÕES 26 A 30 - AVALI AÇÃO ONLI NE DO ED

DEZEMBRO

03 A 07 - AVALI AÇÃO OFI CIAL DO 2º BIMESTRE 10 - PRAZO MÁXI MO PARA LANÇAMENTO DAS AVALI AÇÕES DO 2º BIMESTRE NO PORTAL 11 A 14 - AVALI AÇÃO DE 2ª CHAMADA 15 - PRAZO MÁXI MO PARA LANÇAMENTO DAS NOTAS DA AVALI AÇÃO DE 2ª CHAMADA NO PORTAL

15 - ÚLTIMO DIA LETIVO 17 A 19 - EXAME FINAL

20 - PRAZO MÁXI MO PARA LANÇAMENTO DAS NOTAS DO EXAME FI NAL NO PORTAL. 21 - FECHAMENTO DO SEMESTRE (NOTAS E FREQUÊNCIA)

SETEMBRO

OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO

NOVEMBRO

15 - Nos s a Sra . da Aba di a 31 - Ani ve rs á ri o de Ube rl â ndi a

07 - Inde pe ndê nci a do Bra s i l 08 - Re ce s s o a ca dê mi co

12 - Nos s a Sra . Apa re ci da 15 - Di a dos Profe s s ore s

15 - Procl a ma çã o da Re públ i ca 16 - Re ce s s o a ca dê mi co

OUTUBRO

Feriados, Recessos e Férias

AGOSTO

SETEMBRO

(7)

1. MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS

A Lei 6.404/76 prevê no seu art. 2º, § 3º que uma empresa (companhia ou sociedade anônima) pode ter como objeto social “participar de outras sociedades; ainda que não prevista no estatuto, a participação é facultada como meio de realizar o objeto social, ou beneficiar-se de incentivos fiscais”, assim, uma empresa de qualquer ramo de atividade pode, também, investir em outras sociedades (comprar ações de outras empresas) a fim de alcançar seu objetivo, ou seja, obter e maximizar o seu lucro.

Quando uma empresa compra ações de outras companhias ela registra esse fato em sua contabilidade no Ativo, representando um direito de participação no capital e nos lucros gerados pela empresa que vendeu as ações. Como qualquer ativo pertencente à companhia, as Ações também obedecem alguns critérios de registro e atualização do seu valor pela contabilidade.

Dessa forma a Avaliação de Investimentos corresponde à forma (método e valores) com que estas Participações Societárias (compra de ações de outras) serão registradas na contabilidade da sociedade adquirente.

As Participações Societárias são aplicações de recursos em investimentos por uma sociedade (denominada investidora) na aquisição de ações ou quotas de capital de outra sociedade (denominada investida).

A classificação contábil dessas participações no ativo da investidora depende, em primeiro lugar, a finalidade para a qual essas ações foram adquiridas: com a intenção exclusiva de revenda ou de continuidade.

Assim, participações societárias adquiridas com a intenção de revenda são classificadas no Ativo Circulante ou Ativo Não Circulante – Realizável a longo prazo, de acordo com a expectativa de realização.

Já as participações societárias adquiridas com a finalidade de serem mantidas, ou seja, em caráter \de continuidade, são classificadas no Ativo Não Circulante – Investimentos.

Quanto ao método de avaliação de investimentos adotados no reconhecimento de tais participações a Lei 6.404/76 diz que:

Art. 183 - No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os

seguintes critérios:

I - as aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em

direitos e títulos de créditos, classificados no ativo circulante ou no realizável a longo prazo:

a) pelo seu valor justo, quando se tratar de aplicações destinadas à negociação ou disponíveis para venda;

III – os investimentos em participação no capital social de outras

sociedades, exceto o disposto no art. 248 a 250, devem ser avaliados pelo seu custo de aquisição deduzido de provisão para perdas prováveis na realização do seu valor, quando essa perda estiver comprovada como permanente, e que não será modificado em razão do recebimento, sem custo para a companhia, de ações ou quotas bonificadas;

Art. 248 – No balanço patrimonial da companhia, os investimentos em

coligadas ou em controladas e em outras sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou estejam sob controle comum serão avaliados pelo método da equivalência patrimonial (...).

Assim, as participações societárias adquiridas com a intenção de revenda e classificadas no Ativo Circulante ou Realizável a Longo Prazo devem ser avaliadas pelo valor justo. Já aquelas participações permanentes classificadas no sub-grupo investimentos

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do ativo deverão ser avaliadas pelo custo de aquisição ou método de equivalência patrimonial.

1.1. Valor Justo

Os investimentos avaliados a valor justo tem seu valor ajustado de acordo com a o seu valor de mercado no momento da avaliação. De acordo com Almeida (2010) este método se aplica às:

a) Aplicações financeiras mantidas para negociação (classificadas no Ativo Circulante) – são de fácil liquidez e o objetivo da companhia é obter benefícios de curto prazo.

b) Aplicações financeiras disponíveis para venda (classificadas no Realizável a Longo Prazo) – o restante das aplicações financeiras em renda variável não alocadas no item anterior.

As aplicações financeiras mantidas para negociação são contabilizadas pelo valor de custo e ajustadas ao seu valor justo. Os dividendos (e JSCP) e o ajuste a valor justo são computados no resultado do exercício (ALMEIDA, 2010).

Sobre as disponíveis para venda o autor diz que elas também são registradas pelo custo e ajustadas a valor justo e os dividendos (e JSCP) são reconhecidos no resultado do exercício, porém o ajuste a valor justo é registrado diretamente no patrimônio líquido, em conta própria chamada de Ajuste de Avaliação Patrimonial (AAP). Os valores registrados na conta AAP são transferidos para o resultado do exercício quando da alienação das correspondentes participações societárias para terceiros.

Nos casos em que o valor justo de um investimento não puder ser determinado, o mesmo permanecerá registrado pelo seu custo de aquisição (ALMEIDA, 2010).

Exemplo [ALMEIDA, 2010, adaptado]: A Cia Alfa adquiriu ações da Cia Beta e pagou $ 2.000. No final do período a Cia Alfa recebeu $ 100 de dividendos e o valor de mercado das ações na data do balanço era de $ 2.140. Demonstre os lançamentos contábeis decorrente da aquisição, do recebimento de dividendos e do ajuste a valor de mercado. Considere os dois casos: ativo mantido para negociação e disponível para revenda.

1º Caso - Ativo mantido para negociação:

Na Cia Alfa

Contabilização da aquisição das ações DÉBITO CRÉDITO

ATIVO CIRCULANTE (BP)

Ativos Financeiros

Ações da Cia Alfa ... 2.000

ATIVO CIRCULANTE (BP)

2.000 Disponível...

Na Cia Alfa

Pelo recebimento dos dividendos DÉBITO CRÉDITO

ATIVO CIRCULANTE (BP)

Disponível... 100

RECEITA FINANCEIRA (DRE)

100 Receita de dividendos...

(9)

Na Cia Alfa

Pelo ajuste a valor justo DÉBITO CRÉDITO

ATIVO CIRCULANTE (BP)

Ativos Financeiros

Ações da Cia Alfa ... 140

OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS (DRE)

140 Receita de valorização de ações...

2º Caso - Ativo disponível para venda:

Na Cia Alfa

Contabilização da aquisição das ações DÉBITO CRÉDITO

ATIVO NÃO CIRCULANTE (BP) Ativo Realizável a Longo Prazo

Ativos Financeiros

Ações da Cia Alfa ... 2.000

ATIVO CIRCULANTE (BP)

2.000 Disponível...

Na Cia Alfa

Pelo recebimento dos dividendos DÉBITO CRÉDITO

ATIVO CIRCULANTE (BP)

Disponível... 100

RECEITA FINANCEIRA (DRE)

100 Receita de dividendos...

Na Cia Alfa

Pelo ajuste a Valor Justo DÉBITO CRÉDITO

ATIVO NÃO CIRCULANTE (BP) Ativo Realizável a Longo Prazo

Ativos Financeiros

Ações da Cia Alfa ... 140

PATRIMÔNIO LÍQUIDO (BP)

140 Ajuste de Avaliação Patrimonial *...

* é necessário registrar também os impostos, porém para fins didáticos os mesmos foram desconsiderados.

1.2. CUSTO DE AQUISIÇÃO

O Método de Custo consiste no registro do valor dos investimentos pelo seu custo de aquisição e, ao longo do tempo, esse registro é mantido pelo seu valor histórico (custo de aquisição: valor efetivamente pago), ou seja, por quanto à empresa pagou para adquiri-las, de forma que os lucros ou prejuízos apurados pela sociedade investida não refletem na sociedade investidora, exceto os dividendos distribuídos pelas sociedades investidas.

No Método de Custo os investimentos são avaliados ao seu preço de custo, ou seja, esse método baseia-se no fato de que a empresa investidora registra somente as operações ou transações baseadas em atos formais, pois, de fato, os dividendos são registrados como receita no momento em que são declarados e distribuídos, ou provisionados pela empresa investida.

Dessa forma, no Método de Custo não importa a geração efetiva dos lucros ou reservas, mas as datas e os atos formais de sua distribuição. Assim, deixa de reconhecer, na empresa investidora, os lucros e as reservas gerados e não distribuídos pela sociedade investida.

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a) Investimentos permanentes que não estão previstos no art. 248 da Lei 6.404/76, ou seja, que não se enquadram no MEP;

b) Investimentos temporários que não puderem ter seu valor justo determinado.

Caso o exemplo anterior fosse uma participação societária permanente que não se enquadrasse no MEP, a mesma deveria ser avaliada pelo método de custo. Os lançamentos contábeis decorrentes da transação seriam os seguintes:

Na Cia Alfa

Contabilização da aquisição das ações DÉBITO CRÉDITO

ATIVO NÃO CIRCULANTE (BP) Investimentos

Participações Societárias

Ações da Cia Beta... 2.000

ATIVO CIRCULANTE (BP)

2.000 Disponível...

Na Cia Alfa

Pelo recebimento dos dividendos DÉBITO CRÉDITO

ATIVO CIRCULANTE (BP)

Disponível... 100

OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS (DRE)

100 Receita de dividendos...

Observe que o valor do investimento (Ações da Cia Beta) registrado na Cia Alfa não sofreria nenhuma alteração em decorrência da variação do valor de mercado (valorização de $ 140).

1.3. MÉTODO DE EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL -MEP

No Método de Equivalência Patrimonial as participações societárias, têm seu valor histórico ajustado, na sociedade investidora, de modo a refletir os lucros ou prejuízos apurados pela sociedade investida, ou seja, os resultados e quaisquer variações patrimoniais de uma sociedade investida devem ser reconhecidos (contabilizados) pela investidora no momento de sua geração, independente de serem ou não distribuídos.

Dessa forma o método de equivalência patrimonial acompanha o fato econômico, que é a geração dos resultados e não a formalidade da distribuição de dividendos.

Esse método concentra as maiores complexidade e dificuldade de aplicação prática, mas apresenta resultados significativamente mais adequados, trazendo reflexos relevantes nas demonstrações financeiras de muitas empresas, com repercussões positivas, particularmente no mercado de capitais.

1.3.1. Aplicação e Obrigatoriedade do MEP

Os investimentos que devem ser avaliados MEP são somente aqueles previstos no art. 248 da Lei 6.404/76, ou seja, coligadas, controladas e sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou estejam sob controle comum.

Controladas, de acordo com o art. 243 § 2º da Lei 6.404/76, são as sociedades nas quais a investidora (empresa que compra ações de outra) detém, diretamente ou indiretamente (através de outras controladas), direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores.

Essa preponderância de modo permanente nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores são chamados de controle. Almeida (2010, p. 42)

(11)

define o controle como a possibilidade de dirigir as políticas financeiras e operacionais de uma empresa, a fim de obter os benefícios, assumindo os riscos, de suas atividades:

Dirigir – o poder de tomar decisões.

Políticas Financeiras – políticas estratégicas que direcionam políticas de dividendos, aprovações de orçamentos, condições de crédito, emissão de dívida, gestão de caixa, dispêndios de capital e políticas de caixa.

Políticas Operacionais – políticas estratégicas que direcionam atividades como vendas, marketing, produção, recursos humanos, aquisições e alienações de investimentos.

Benefícios e riscos – conseqüências econômicas associadas às políticas financeiras e operacionais da empresa.

O controle é caracterizado quando a sociedade investidora (denominada controladora) detiver, direta ou indiretamente, mais de 50% do capital votante da sociedade investida (denominada controlada).

O Percentual de Participação – PP de uma sociedade em outra é definido pela divisão entre quantidade de ações com direito a voto da investida possuídas pela investidora e o total do capital votante da investida:

PERCENTUAL Nº DE AÇÕES COM DIREITO

DE A VOTO DA INVESTIDA

PARTICIPAÇÃO = POSSUÍDAS PELA INVESTIDORA - PP - TOTAL DO CAPITAL VOTANTE

DA INVESTIDA

Se o Percentual de Participação – PP for maior que 50% a sociedade investida será considerada uma controlada da investidora (ou controladora), pois esta possui a

maioria das ações da investida e, portanto, exerce o controle da mesma.

PERCENTUAL

*100 50 % → CONTROLADA DE

PARTICIPAÇÃO > - PP -

Já as sociedades coligadas são definidas no art. 243 da Lei 6.404/76 § 1º como aquelas em que a investidora exerce influência significativa que, de acordo com a Instrução CVM nº 247, de 1996, em seu art. 5º, parágrafo único, exemplifica as evidências de influência na administração da coligada:

• participação nas suas deliberações sociais, inclusive com a existência de administradores comuns;

• poder de eleger ou destituir um ou mais de seus administradores; • volume relevante de transações, inclusive com o fornecimento de assistência técnica ou informações técnicas essenciais para as atividades da investidora;

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FACULDADE PITÁGORAS CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

2º Semestre de 2012 – 5º /6º Período - Disciplina de Contabilidade Empresarial

• recebimento permanente de informações contábeis detalhadas, bem como de planos de investimento; ou uso comum de recursos materiais, tecnológicos ou humanos.

O art. 243 da Lei 6.404/76 diz ainda no seu parágrafo 5º que “é presumida a influência significativa quando a investidora for titular de 20% (vinte por cento) ou mais do capital votante da investida, sem controlá-la”, ou seja,

20% *100 < 50% + 1 →COLIGADA PERCENTUAL

DE PARTICIPAÇÃO

- PP -

Em Nota Explicativa à Instrução CVM Nº 469/2008 a Comissão de Valores Mobiliários diz que figura do “controle comum” das sociedades que fazem parte de um mesmo grupo ou que estão sob controle comum está diretamente relacionada à essência econômica da entidade contábil e, como tal, deve ser entendida. A dimensão econômica da entidade é delimitada como o conjunto de entes, ainda que juridicamente distintos, que estejam em um mesmo grupo ou que seu controle seja exercido por um mesmo ente ou conjunto de entes. Observe a questão por meio de um exemplo:

• a companhia XYZ controla as companhias A, B e C;

• a companhia A é uma companhia aberta e participa com 10% do capital votante das companhias B e C;

• assim, a companhia A avaliará os investimentos em B e C pelo método da equivalência patrimonial, já que todas estão sob o controle comum de XYZ.

Sobre essas sociedades controladas em conjunto Almeida (2010, p.43), diz que devem atender aos dois requisitos a seguir:

1. Dois ou mais empreendedores vinculados por um acordo contratual. A

existência de um acordo contratual distingue interesse que envolvem o controle conjunto de investimentos em coligadas nas quais o investidor possui influência significativa.

2. O acordo contratual deve estabelecer o controle conjunto. Nenhum

empreendedor isolado está em posição de controlar a atividade unilateralmente. Um operador ou gerente deve agir conforme as políticas financeiras e operacionais que foram acordadas pelos empreendedores.

Para o autor o acordo contratual pode ser evidenciado de várias formas, tais como: contrato formal, atas de discussões entre empreendedores, estatuto do empreendimento dentre outros. Quando escrito, o acordo geralmente aborda os seguintes assuntos:

1. A atividade, duração e obrigação de divulgação de prestação de contas

da sociedade controlada em conjunto.

2. A nomeação dos membros da diretoria ou do conselho de administração

ou de órgão equivalente da sociedade controlada em conjunto e direitos de voto de cada empreendedor.

3. As contribuições de capital pelos empreendedores.

4. O compartilhamento pelos empreendedores de produção, receitas,

despesas ou resultados da sociedade controlada em conjunto. (ALMEIDA, 2010, p. 43-44)

(13)

Nota 1:

Capital Votante: Ações ou quotas de capital que conferem ao titular o

direito de voto nas assembléias de acionistas, ou seja, o capital votante é composto por ações ordinárias (ON).

Exemplo: Considere que a Cia Universitária possui participações societárias nas seguintes empresas, veja como se procede a análise para definir as sociedades investidas se enquadram na condição de coligadas ou controladas da Cia Universitária:

Sociedades Composição do Capital Participação da Universitária Controladas/

Investidas ON PN TOTAL ON PN TOTAL Coligadas (?)

Cia Beta 50.000 100.000 150.000 --- 100.000 100.000 -

Cia Gama 400.000 800.000 1.200.000 400.000 --- 400.000 Controlada

Cia Delta 600.000 1.200.000 1.800.000 200.000 180.000 380.000 Coligada

Cia Epilson 1.000.000 2.000.000 3.000.000 510.000 --- 510.000 Controlada

(ON – Ordinárias Nominativas) (PN – Preferenciais Nominativas)

a) A Cia Beta:

• não pode ser controlada e nem coligada porque a Cia Universitária não participa do capital votante (ações do tipo ON) da Cia Beta e, também, não existe informação se ocorre influência significativa na Cia Universitária na Cia Beta.

b) A Cia Gama:

• é controlada porque a Cia Universitária detém 100% do capital votante (ações do tipo ON) da Cia Gama, ou seja, a participação é superior aos 50% exigidos para se enquadrar nessa situação, veja os cálculos:

P.P.(Percentual Participação) da Universitária no Capital Votante de Gama > 50% [(Participação de Universitária em Gama / Capital Votante da Cia Gama)*100] > 50%

[ (400.000 / 400.000)*100 ] > 50% 100% > 50%

c) A Cia Delta:

• não é controlada porque o capital votante que a Cia Universitária detém não ultrapassa os 50% exigidos para que a sociedade se enquadre na condição de coligada, veja:

P.P.(Percentual Participação) da Universitária no Capital Votante de Delta > 50% [ (Participação de Universitária em Delta / Capital Votante da Cia Delta)*100 ] > 50%

[ (200.000 / 600.000)*100 ] > 50% 33% < 50%

• é coligada porque a Cia Universitária detém 33% do capital votante da Cia Beta, ou seja, a participação é maior do que os 20% exigidos para se enquadrar nessa situação.

(14)

2º Semestre de 2012 – 5º /6º P • é controlada (ações do tipo O exigidos para se P.P.(Percentual Par [ (Participação de U O art. 243 § indiretamente através de out

a) Controle Direto: 50% do capital votan com as Cias Gama e E b) Controle Indireto: através de outra cont

Partic A detém 51 A detém 20% B detém 54%

Logo A també

Observe que “A” Apesar de 51% de 54% rep de “B” e se esse percentual capital de “C” resultar num p ser insuficiente para configu controle indireto o import nas assembléias de “C”, o (20%) e dos votos de sua c assembléias de “C”. Analise

FACULDADE PITÁGORAS CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

º Período - Disciplina de Contabilidade Empresarial

lada porque a Cia Universitária detém 51% tipo ON) da Cia Epilson, ou seja, a participação

ra se enquadrar nessa situação, veja os cálculos: al Participação) da Universitária no Capital Votante o de Universitária em Epilson / Capital Total de Ep

[ (510.000 / 1.000.000)*100 ] > 50% 51% > 50%

3 § 2º diz que o controle pode ser exerci de outras controladas:

Quando a controladora possui em seu pró votante da sociedade controladora, como ocorr

a e Epilson;

ireto: quando a investidora exerce o controle controlada.

Participações Societárias Forma de contr

1% do capital votante de B Controle Direto 20% do Capital votante de C Não exerce contro 54% do capital votante de C Controle Direto também controla C Controle Indireto

e “A” controla “C” através de “B”, ou seja, exerce % representar 27,54% das ações de “C” pertence entual for somado aos 20% das ações que “A” po num percentual de 47,54% das ações de “C” perte nfigurar uma situação de controle, vale ressaltar portante é o conceito de controle e não de p C”, o que predomina é a decisão de “A” pela s sua controlada “B” (54%), ou seja, “A” controla nalise o esquema a seguir:

EIS

sarial

51% do capital votante ação é superior aos 50% culos:

otante de Epilson > 50% de Epilson)*100 ] > 50%

exercido diretamente ou

u próprio nome mais de ocorre no exemplo acima

trole de uma sociedade

controle

controle

ireto

xerce o controle indireto. rtencentes a “A” por meio “A” possui diretamente do ” pertencentes a “A” e este ssaltar que nos casos de de propriedade, porque pela soma de seus votos ntrola 74% dos votos nas

(15)

Nota 2:

1) Resumo da classificação das participações societárias:

Quadro resumo dos tipos de investimentos em outras sociedades Tipo de

Investida

PP (Percentual de Participação) da investidora no capital da investida

Controladas PP da investidora > 50% do capital votante da investida

Coligadas Influência Significativa ou 20% ≤ PP da investidora < 50%+ 1 do capital votante da investida

Outras PP da investidora < 20 % do capital total da investida

1.3.2. Cálculo e Contabilização do Ajuste do Método de Equivalência patrimonial - MEP

A Equivalência Patrimonial é a alteração do valor contábil dos investimentos registrados no subgrupo Investimentos (ANC), pela investidora, conforme o aumento ou a diminuição do Patrimônio Líquido (PL) da investida.

O Método de Equivalência Patrimonial (MEP) consiste na aplicação, pela sociedade investidora, do percentual de participação no capital da investida (controlada, coligada ou sociedades que fazem parte de um mesmo grupo ou que estão sob controle comum), sobre o patrimônio líquido dessa investida. O valor encontrado será o valor patrimonial do investimento. A diferença entre o valor patrimonial atual e o valor patrimonial anterior (ou custo de aquisição quando da primeira avaliação pelo MEP), será o resultado da equivalência patrimonial ou o ajuste da equivalência patrimonial.

Analisando o ajuste do MEP através do caso da Cia Aroeira que participa de 30% do capital votante da Cia Ipê, que possuía em 31/12/2010 um Patrimônio Líquido de R$ 1.000.000, conforme balanço demonstrado a seguir:

CIA IPÊ BALANÇO PATRIMONIAL em 01/01/2010 ATIVO PASSIVO ... ... ... ... ... PATRIMÕNIO LÍQUIDO ... Capital Social 1.000.000 ... ... Total do PL 1.000.000 ...

Se a Cia Aroeira detinha, naquela ocasião, 30% do capital votante da Cia Ipê, o investimento seria registrado na sociedade investidora (Cia Aroeira) da seguinte forma:

CIA AROEIRA

BALANÇO PATRIMONIAL em 01/01/2010

ATIVO PASSIVO

... ...

... ...

...NÃO CIRCULANTE PATRIMÕNIO LÍQUIDO

...Investimentos

...Ações Cia Ipê 300.000* ...

(16)

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2º Semestre de 2012 – 5º /6º Período - Disciplina de Contabilidade Empresarial * 30% (Percentual de Participação – PP da Cia Aroeira na Cia Ipê) X R$ 1.000.000 (PL da Cia Ipê)

Suponha que, no exercício de 2010, a Cia Ipê tenha tido um lucro de R$ 200.000 aumentando, portanto, o seu Patrimônio Líquido para R$ 1.200.000:

CIA IPÊ BALANÇO PATRIMONIAL em 31/12/2010 ATIVO PASSIVO ... ... ... ... ... PATRIMÕNIO LÍQUIDO ... Capital Social 1.000.000 ... Reserva de Lucros 200.000 ... Total do PL 1.200.000 ...

Na Cia Aroeira o investimento deverá ser atualizado a fim de refletir a variação ocorrida no Patrimônio Líquido da sociedade investida (Cia Ipê):

CIA AROEIRA

BALANÇO PATRIMONIAL em 31/12/2010

ATIVO PASSIVO

... ...

... ...

...NÃO CIRCULANTE PATRIMÕNIO LÍQUIDO

...Investimentos

...Ações Cia Ipê 360.000* ...

...

* 30% (Percentual de Participação – PP da Cia Aroeira na Cia Ipê) X R$ 1.200.000 (PL da Cia Ipê)

O ajuste do MEP deve ser apurado de acordo com o seguinte cálculo:

CÁLCULO DO AJUSTE DO MEP

I - valor do patrimônio líquido atual da investida - Cia Ipê ... 1.200.000 II - percentual de participação no capital da Cia Ipê ... 30% III - valor patrimonial do investimento atual [( I ) * ( II )] ... 360.000 IV - valor patrimonial do investimento anterior ... (300.000) V - valor do ajuste da equivalência patrimonial [( III ) - ( IV)] ... 60.000

O valor do ajuste do MEP deverá ser contabilizado, na Cia Aroeira, da seguinte forma:

Na Cia Aroeira (investidora)

DÉBITO CRÉDITO

ATIVO NÃO CIRCULANTE (BP) Investimentos

Participações Societárias

Ações Cia Ipê...

60.000

DESPESAS OPERACIONAIS (DRE) Outras RECEITAS Operacionais

Receita com Equivalência Patrimonial... 60.000

Tal lançamento irá elevar o valor do investimento (em ações da Cia Ipê) registrado na contabilidade da Cia Aroeira de R$ 300.000 (valor patrimonial anterior) para R$ 360.000 (valor patrimonial atual), refletindo, assim, o aumento do Patrimônio Líquido da

(17)

sociedade investida (Cia Ipê) em virtude da ocorrência de lucros no valor de R$ 200.000 no período analisado. Se, ao contrário, Cia Ipê tivesse apresentado prejuízo o lançamento de ajuste do MEP seria o seguinte:

Na Cia Aroeira (investidora)

DÉBITO CRÉDITO

ATIVO NÃO CIRCULANTE (BP) Investimentos

Participações Societárias

Ações Cia Ipê...

60.000

DESPESAS OPERACIONAIS (DRE) Outras DESPESAS Operacionais

Despesa com Equivalência Patrimonial... 60.000

Dessa forma, o resultado da equivalência patrimonial, ou seja, o ajuste do MEP será contabilizado, pela investidora, como receita (ou despesa) operacional, quando o aumento ou (a diminuição) do patrimônio líquido da investida corresponder a lucro (ou a prejuízo) apurado na sociedade investida.

(18)

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2º Semestre de 2012 – 5º /6º Período - Disciplina de Contabilidade Empresarial

2. CONSOLIDAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

2.1. NOÇÕES PRELIMINARES:CONCEITO E UTILIDADE

A Consolidação das Demonstrações Contábeis, tradicionalmente conhecida por Consolidação de Balanços, é uma técnica contábil que consiste na unificação das Demonstrações Contábeis da empresa controladora e de suas controladas, visando apresentar a situação econômica e financeira de todo o grupo como se fosse uma única empresa.

A consolidação de balanços já é adotada em muitos países há muitos anos, particularmente naqueles em que o sistema de captação de recursos, por meio da emissão de ações ao público pelas Bolsas de Valores, é importante para as empresas. Somente por meio dessa técnica é que se pode realmente conhecer a posição financeira da empresa controladora e das demais empresas do grupo.

A leitura das demonstrações contábeis não consolidadas de uma empresa que tenha investimentos em outras sociedades perde muito de sua significação, pois essas demonstrações não fornecem elementos completos para o real conhecimento e entendimento da situação financeira em sua totalidade e do volume total das operações.

Nesse sentido, deve prevalecer o conceito de controle ao efetuar-se a consolidação. Esse controle não abrange apenas o acionário, mas também o da decisão em relação a políticas a serem seguidas pelas empresas, mais conhecido como “influência sobre a administração”.

É importante lembrar que as diversas empresas de um mesmo grupo formam um conjunto de atividades econômicas que, muitas vezes, são complementares umas das outras. Assim, é dentro dessa visão e contexto que as demonstrações contábeis devem ser analisadas, ou seja, representam o reflexo de um conjunto de atividades econômicas de um grupo empresarial; e isto só é conseguido se forem demonstrações contábeis consolidadas, apesar da adoção do método de equivalência patrimonial para a avaliação de investimentos já produzir efeitos próximos aos da consolidação quanto ao lucro líquido e ao patrimônio líquido.

Enfim, conforme explica Almeida (2010, p. 56), “a consolidação tem por objetivo apresentar demonstrações financeiras de duas ou mais sociedades como se fossem uma única entidade” e complementa que as sociedades consolidadas continuam existindo juridicamente, sendo a consolidação efetuada apenas extracontabilmente.

Em suma, quando uma investidora possui vários investimentos permanentes em outras sociedades, formando um grupo societário, a análise das demonstrações contábeis individuais dessas sociedades pode tornar-se bastante trabalhosa e, ainda, insuficiente, para se ter uma visão de todo o grupo empresarial. Outro fator importante no tocante a consolidação de balanços, é a questão da transparência na divulgação das informações que deve ser priorizada na administração das empresas contemporâneas, uma vez que, se não fosse obrigatório esse procedimento uma sociedade controladora poderia, por exemplo, “esconder” os balanços controladas deficitárias, ou até mesmo “descarregar” prejuízos nessas empresas.

2.2. FUNDAMENTOS LEGAIS:OBRIGATORIEDADE DE DIVULGAÇÃO

A consolidação de balanços é obrigatória na seguinte situação, conforme previsto na Lei 6.404/76:

Art. 249 – A companhia aberta que tiver mais de 30% (trinta por cento)

do valor do seu patrimônio líquido representado por investimentos em sociedades controladas deverá elaborar e divulgar, juntamente com suas

(19)

demonstrações financeiras, demonstrações consolidadas nos termos do art. 250.

Art. 275 – O grupo de sociedades publicará, além das demonstrações

financeiras referentes a cada uma das companhias que o compõe, demonstrações consolidadas, compreendendo todas as sociedades do grupo, elaboradas em obediência do disposto no art. 250. (ou seja, grupos empresariais que se constituírem formalmente nos critérios da lei, independentemente de serem companhias abertas ou não)

O art. 249 da lei 6.404/76 determina que a Comissão de valores Mobiliários – CVM está autorizada a “expedir normas sobre as sociedades cujas demonstrações devam ser abrangidas na consolidação, podendo também autorizar a inclusão e exclusão de outras sociedades na consolidação.” (texto adaptado).

Assim, através da edição da Instrução Normativa nº 247/96 a CVM determinou, no seu art. 21, as empresas que devem apresentar as demonstrações financeiras consolidadas:

Art. 21 – Ao fim de cada exercício social, demonstrações contábeis

consolidadas devem ser elaboradas por:

I – companhia aberta que possuir investimento em sociedades controladas,

incluindo as sociedades controladas em conjunto (...)

II – sociedade de comando de grupo de sociedades que inclua companhia

aberta.

Portanto, a CVM, alterou o percentual de 30% previsto pela Lei 6.404/76, exigindo a consolidação para todas as companhias abertas, independentemente da representatividade do investimento em relação ao patrimônio líquido da controladora e inovou ao introduzir a consolidação (proporcional) para um número maior de companhias abertas, incluindo as sociedades controladas em conjunto, ou seja, com a I.N. 247/96 a CVM ampliou o leque das sociedades que devem apresentar demonstrações financeiras consolidadas.

Almeida (2010) diz que as demonstrações financeiras que devem ser consolidadas são:

a) Balanço Patrimonial - BP;

b) Demonstração do Resultado do Exercício - DRE;

c) Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido - DMPL. d) Demonstração dos Fluxos de Caixa – DFC;

e) Demonstração do Valor Adicionado – DVA; f) Notas Explicativas.

2.3. ELIMINAÇÕES CONTÁBEIS

Apesar do Método de Equivalência Patrimonial - MEP reconhecer os resultados obtidos pelas sociedades investidas e, de um modo geral, eliminar os resultados não realizados entre as próprias investidas [ ↔ ] e entre as investidas e a investidora [ ↑ ], ele deixa de fora importantes informações sobre fatos que podem ter acontecido em relação ao grupo, tais como: superavaliações de ativos decorrentes de transações de empresas do mesmo grupo e, principalmente, não elimina os resultados não realizados em transações de venda da investidora para as investidas [ ↓ ], conforme visto anteriormente.

Analise o caso da Empresa Alfa, e suponha que antes do final do ano, a empresa perceba a possibilidade de apuração de prejuízo no encerramento do exercício e tenha a previsão de encerrar o exercício com as seguintes demonstrações:

(20)

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2º Semestre de 2012 – 5º /6º Período - Disciplina de Contabilidade Empresarial

EMPRESA ALFA BALANÇO PATRIMONIAL

ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE

Caixa e Bancos 2.000 Fornecedores 13.000 Estoques 15.000 Contas a pagar 7.000

17.000 20.000

IMOBILIZADO

Terreno 15.000 PATRIMÕNIO LÍQUIDO

Edifícios 20.000 Capital Social 39.000 Máquinas 3.000 Prejuízos Acum. (4.000)

38.000 35.000

TOTAL 55.000 TOTAL 55.000

EMPRESA ALFA

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO

Receitas ... 60.000 (-) Custos e Despesas ... (64.000) (=) Prejuízo do Exercício ... (4.000)

Diante dessa situação, os administradores resolvem constituir outra empresa, a Empresa Beta, utilizando os recursos da própria Empresa Alfa subscrevendo e integralizando a totalidade do capital dessa empresa, no valor de R$ 1.000, para cobrir os gastos com a sua implantação. Resolvem ainda “vender” para a Empresa Beta, o terreno, cujo valor contábil é de R$ 15.000, pelo preço de R$ 35.000, a prazo. Veja como ficou o balanço da Empresa Beta:

EMPRESA BETA BALANÇO PATRIMONIAL

ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE

Caixa e Bancos 200 Contas a pagar 35.000 Material Expediente 800

1.000

IMOBILIZADO

Terreno 35.000 PATRIMÕNIO LÍQUIDO

Capital Social 1.000

TOTAL 36.000 TOTAL 36.000

Após essa transação, as demonstrações da Cia Alfa seriam apresentadas com os seguintes resultados:

EMPRESA ALFA BALANÇO PATRIMONIAL

ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE

Caixa e Bancos 1.000 Fornecedores 13.000 Estoques 15.000 Contas a pagar 7.000

Contas a receber 35.000 20.000

51.000

IMOBILIZADO

Terreno --- PATRIMÕNIO LÍQUIDO

Edifícios 20.000 Capital Social 39.000 Máquinas 3.000 Reservas de Lucros 16.000

23.000 55.000

(21)

EMPRESA ALFA

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO

Receitas ... 95.000 (-) Custos e Despesas ... (79.000) (=) Prejuízo do Exercício ... 16.000

Para os investidores e demais usuários externos, ao analisar essas demonstrações concluiriam que a Empresa Alfa está em ótimas condições financeiras e econômicas, pois além de gerar lucro ainda apresenta excelentes indicadores econômico-financeiros, veja o comparativo dos mesmos antes e depois da criação da Empresa Beta:

Indicador Fórmula Antes da criação

de Beta

Depois da criação de Beta

Lucro / (Prejuízo) (4.000) 16.000

Liquidez AC / PC 0,85 2,55

Endividamento Exigível Total/ (Exigível Total + PL) 36% 26%

Dessa forma, o procedimento legal a fim de resolver esse problema e coibir essa prática é a Consolidação das Demonstrações Contábeis.

As demonstrações contábeis consolidadas são aquelas produzidas pela agregação das mesmas, linha por linha, isto é, somando ativos e passivos, receitas e despesas semelhantes. O processo de consolidação não é, todavia, simplesmente a soma dos balanços das empresas, como se supõe a primeira vista. É necessária a eliminação dos saldos das transações realizadas entre empresas do grupo consolidado.

Analisando o caso citado, a primeira transação realizada entre as empresas foi a integralização do capital de Beta pela Empresa Alfa. Logo, essa seria a primeira eliminação a ser feita. A segunda foi a de venda do terreno, a qual no âmbito do grupo é como se não tivesse sido realizada, essa eliminação da transação de venda ocorre no momento da consolidação da DRE. Como o terreno objeto da venda ainda está no ativo da Empresa Beta (compradora), logo, o lucro decorrente da transação também ainda não está realizado, do ponto de vista do grupo. Então, o lucro não realizado deve ser eliminado do valor do terreno constante do balanço da Empresa Beta.

Eliminando-se a transação (e o lucro) deve-se eliminar, por conseqüência, o saldo a receber e a pagar entre as empresas, uma vez que do ponto de vista do grupo ele não tem nada a receber e nem a pagar para ele mesmo.

Pelo fato da Empresas Alfa e Beta serem juridicamente distintas, o processo de consolidação é feito extra-contabilmente, ou seja, a Empresa Alfa deve reunir os balanços de todas as suas controladas e montar um papel de trabalho conforme orientações a seguir:

a) Prepara-se o papel de trabalho, com os balanços das empresas do grupo lado a lado, os saldos das contas devem ser somados, linha a linha;

b) Em seguida, procede-se as eliminações:

• Da participação societária da controladora contra o patrimônio líquido da controlada;

• Dos saldos a receber e a pagar entre as sociedades;

• Dos resultados não realizados decorrentes de negócios entre as sociedades (do PL de quem vendeu e do custo do ativo de quem comprou);

• Da participação de acionistas minoritários;

(22)

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2º Semestre de 2012 – 5º /6º Período - Disciplina de Contabilidade Empresarial

CONSOLIDAÇÃO DO BALANÇO PATRIMONIAL

ALFA BETA ELIMINAÇÕES DE CONSOLIDAÇÃO CONSOLIDADO DÉBITO CRÉDITO ATIVO CIRCULANTE 51.000 1.000 0 35.000 17.000 Caixa e Bancos 1.000 200 1.200 Material Expediente --- 800 800 Estoques 15.000 --- 15.000

Contas a receber - Cia Beta 35.000 --- 35.000 0

ATIVO NÃO CIRCULANTE 24.000 35.000 0 21.000 38.000

Investimentos 1.000 0 0 1.000 0

Ações Cia Beta 1.000 --- 1.000 0

Imobilizado 23.000 35.000 0 20.000 38.000 Terreno --- 35.000 20.000 15.000 Edifícios 20.000 --- 20.000 Máquinas 3.000 --- 3.000 TOTAL ATIVO 75.000 36.000 0 56.000 55.000 PASSIVO CIRCULANTE 20.000 35.000 35.000 0 20.000 Fornecedores 13.000 --- 13.000

Contas a Pagar - Cia Alfa 7.000 35.000 35.000 7.000

PATRIMÔNIO LÍQUIDO 55.000 1.000 21.000 0 35.000

Capital 39.000 1.000 1.000 39.000

Reserva Lucro/(Prejuízos) 16.000 --- 20.000 -4.000

TOTAL PASSIVO +PL 75.000 36.000 56.000 0 55.000

CONSOLIDAÇÃO DA DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO

ALFA BETA ELIMINAÇÕES DE CONSOLIDAÇÃO CONSOLIDADO DÉBITO CRÉDITO Receitas 95.000 35.000 60.000 (-) Custo 79.000 15.000 64.000 (=) Resultado 16.000 20.000 -4.000

É possível observar que foi eliminado o “lucro” na venda do terreno o qual, embora juridicamente satisfeita (afinal fora lavrada a escritura pública e transferida a propriedade do terreno de uma para outra empresa – pessoa jurídica) a mesma não se efetivou “economicamente”. Do ponto de vista econômico, as Empresas Alfa e Beta pertencem a uma mesma entidade econômica, pois os recursos econômicos das duas entidades estão sob um único controle.

As transações entre as sociedades do consolidado representam transferência de bens e/ou direitos entre divisões da unidade econômica. Não geram valores realizáveis ou exigíveis, receitas ou despesas (e por conseguinte não geram lucros) entre as sociedades consolidadas sob o prisma da unidade econômica.

Ao justificar a exigência de relatórios contábeis consolidados em seu país, o governo japonês, apontou a seguinte situação: “observadores financeiros acreditam que a medida ajudará a acabar com a prática japonesa, baseada na tradição de ‘embelezar’ os resultados da matriz, descarregando prejuízos em subsidiarias desafortunadas, cujos relatórios raramente eram anunciados...” (The Business Week, abril, 1977, p. 112)

(23)

Dessa forma, as Demonstrações Contábeis Consolidadas são mais representativas e mais importantes até, do que os balanços individualizados, no sentido de que estas têm por objetivo apresentar a posição financeira de duas ou mais sociedades, como se fossem uma única entidade.

2.4. PARTICIPAÇÃO DE ACIONISTAS NÃO CONTROLADORES

A eliminação do valor do investimento, no exemplo anterior, foi feita contra o capital (patrimônio líquido) da controlada, neste caso a controladora possuía a totalidade (100%) das ações da controlada, procedimento definido por Almeida (2010, p.57) de consolidação de controlada integral.

Todavia, nem sempre isso ocorre, ou seja, uma porcentagem do capital da controlada pode pertencer a outros acionistas, chamados de não controladores ou acionistas minoritários, neste caso ocorre a consolidação de controlada parcial.

A participação dos acionistas não controladores no patrimônio líquido e no lucro líquido (das controladas) será destacada, respectivamente, no patrimônio líquido do balanço patrimonial consolidado e em linha específica da demonstração consolidada do resultado.

Diante de uma situação em que, por exemplo, a Cia Omega detenha 80% do capital da Cia Gama, veja o procedimento de consolidação e como ficaria as demonstrações consolidadas:

CONSOLIDAÇÃO DO BALANÇO PATRIMONIAL

ÔMEGA GAMA ELIMINAÇÕES CONSOLIDADO

DÉBITO CRÉDITO

ATIVO CIRCULANTE 760 300 0 0 1.060

... 760 300 1.060

ATIVO NÃO CIRCULANTE 240 0 0 240 0

Investimentos 240 0 0 240 0

Ações Cia Gama 240 0 240 0

... TOTAL ATIVO 1.000 300 0 240 1.060 PASSIVO ... PL Controladores 1.000 300 300 1.000 PL Não Controladores 60 60 TOTAL PASSIVO +PL 1.000 300 300 60 1.060

CONSOLIDAÇÃO DA DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO

ALFA BETA

ELIMINAÇÕES

CONSOLIDADO

DÉBITO CRÉDITO

Receitas 1.000 500 1.500

(-) Custo das vendas 800 400 1.200

(=) Lucro Bruto 200 100 300

(-) Despesas Operacionais 40 57 97

(+) Resultado Equiv. Patrimonial 24 24 0

(=) Lucro Operacional 184 43 24 203

(-) Imposto de Renda 48 13 61

(=) Lucro Líquido do Exercício 136 30 24 142

LL Controladores 136

(24)

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2º Semestre de 2012 – 5º /6º Período - Disciplina de Contabilidade Empresarial Nota 6:

1) Assim como no Balanço Patrimonial foi eliminado o investimento, na DRE simplesmente

elimina-se o resultado da equivalência patrimonial. Observe-se, ainda, no papel de trabalho de consolidação da DRE, que o total da coluna de eliminações é igual ao lucro líquido da controlada, visto que, 80% deste já está reconhecido no resultado da controladora e os 20% restantes pertencem aos acionistas minoritários.

2) Outra observação é que, regra geral, o patrimônio líquido consolidado e o lucro líquido

consolidado, são sempre iguais ao patrimônio líquido e ao lucro líquido da controladora. Isto só não ocorre quando da existência de resultados não realizados nos ativos das controladas, caso em que as diferenças devem ser evidenciadas em Notas Explicativas às demonstrações consolidadas.

(25)

3. DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO

A Demonstração do Valor Adicionado – DVA é o relatório que apresenta ordenadamente a riqueza gerada pela entidade e a forma que essa riqueza foi distribuída às partes que contribuíram para a geração dessa riqueza. Embora já estivesse sendo elaborada e divulgada por algumas empresas, esta demonstração passou a fazer parte das demonstrações contábeis obrigatórias divulgadas a cada exercício social a partir da alteração implementada na Lei 6.404/76 através da Lei 11.638/2007.

A Lei 6.404/76 obriga no seu artigo art. 176 inc. V somente para as companhias abertas a divulgarem a DVA e no art. 188 inc. II diz que esta demonstração deverá indicar no mínimo “o valor da riqueza gerada pela companhia, a sua distribuição entre os elementos que contribuíram para a geração dessa riqueza, tais como empregados, financiadores, acionistas, governo e outros, bem como a parcela da riqueza não distribuída”. Mas esta lei não discute a forma de sua elaboração, apresentação e estrutura, critérios que são estabelecidos no CPC 09, o qual define a DVA como “um dos elementos do Balanço Social e tem por finalidade evidenciar a riqueza criada pela entidade e sua distribuição, durante determinado período.”

Para Silva (2010, p. 58) a DVA “evidencia o quanto de riqueza uma empresa produziu, ou seja, o quanto ela adicionou aos seus fatores de produção e o quanto dessa riqueza foi distribuída (entre empregados, governo, acionistas, financiadores de capital) ou retida de qualquer forma”.

3.1. OBJETIVOS E UTILIDADE DA DVA

FIPECAFI (2010, p. 581) diz que

A DVA tem por objetivo demonstrar o valor adicionado da riqueza econômica gerada pelas atividades da empresa como resultante de um esforço coletivo e sua distribuição entre os elementos que contribuíram para a sua criação. Desse modo, a DVA acaba por prestar informações a todos os agentes econômicos interessados na empresa, tais como empregados, clientes, fornecedores, financiadores e governo.

Ainda sob a ótica desses autores a utilidade das informações extraídas da DVA estão elencadas a seguir:

• Analisar a capacidade de geração de valor e a forma de distribuição das riquezas de cada empresa;

• Permitir análise do desempenho econômico da empresa; • Auxiliar no cálculo do PIB e de indicadores sociais;

• Fornecer informações sobre os benefícios (remunerações) obtidos por cada um dos fatores de produção (trabalhadores e financiadores – acionistas e credores) e governo;

• Auxiliar a empresa a informar sua contribuição na riqueza à região, Estado, país etc., em se encontra instalada.

É importante discutir os itens 10 e 11 constantes no CPC 09 sobre as características das informações da DVA que, conforme levanta este pronunciamento, estão fundamentadas “em conceitos macroeconômicos, buscando apresentar, eliminando os valores que representam dupla-contagem, a parcela de contribuição que a entidade tem na formação do Produto Interno Bruto (PIB)”, assim “essa demonstração apresenta o quanto a entidade agrega de valor aos insumos adquiridos de terceiros e que são vendidos ou consumidos durante determinado período”.

Mas FIPECAFI (2010, p. 581 - 582) dizem que em princípio, a soma dos valores adicionados por todos os agentes econômicos (empresas, profissionais liberais, governo e

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FACULDADE PITÁGORAS CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

2º Semestre de 2012 – 5º /6º Período - Disciplina de Contabilidade Empresarial

...existem diferenças entre a fórmula de cálculo do valor adicionado entre os modelos contábil e econômico. Sob o ponto de vista econômico, o cálculo do PIB baseia-se na produção, enquanto a contabilidade o conceito contábil da realização da receita, ou seja, baseia-se no regime de competência. Logo há uma diferença temporal entre os dois conceitos.

3.2. ELABORAÇÃO,APRESENTAÇÃO E ESTRUTURA DA DVA

As informações constantes na Demonstração do Valor Adicionado – DVA são extraídas, basicamente, da Demonstração de Resultado do Exercício – DRE, mas na elaboração da DVA, também, é estabelecida uma interface com a Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados – DLPA “na parte em que movimentações nesta conta dizem respeito à distribuição do resultado do exercício apurado na demonstração própria”, conforme exposto no item 23 do CPC 09.

Já FIPECAFI (2010, p. 587) dizem que a maioria dos dados que compõem a estrutura da DVA são oriundos, em sua maioria da DRE, porém os valores relativos a remuneração do capital próprio podem ser obtidos diretamente da Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – DMPL.

Ainda, de acordo com FIPECAFI (2010, p. 582) a DVA deverá ser elaborada e divulgada de maneira a atender aos requisitos estabelecidos no CPC 09 e na legislação societária e para isso deverá:

• Deverá ser elaborada com base no princípio contábil da competência;

• Ser apresentada de forma comparativa (período atual e anterior; • Ser elaborada com base nas demonstrações consolidadas, e não

pelo somatório das Demonstrações do Valor Adicionado individuais, no caso da divulgação da DVA consolidada;

• Incluir participação dos acionistas minoritários no componente relativo à distribuição do valor adicionado, no caso da divulgação da DVA consolidada;

• Ser consistente com a demonstração do resultado e conciliada em registros auxiliares mantidos pela entidade; e

• Ser objeto de revisão ou auditoria se a entidade possuir auditores externos independentes que revisem ou auditem suas Demonstrações Contábeis.

Observe e analise o modelo de DVA para as empresas em geral proposto no Pronunciamento Técnico CPC 09:

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DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO

DESCRIÇÃO $

20X1 20X2

1 - RECEITAS

1.1) Vendas de mercadorias, produtos e serviços 1.2) Outras Receitas

1.3) Receitas relativas à construção de ativos próprios 1.4) Perdas estimadas em créditos de liquidação duvidosa –

Reversão / (Constituição)

2 - INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS (inclui os valores dos

impostos - ICMS e IPI)

2.1) Custo dos produtos, das mercadorias e dos serviços 2.2) Materiais, energia, serviços de terceiros e outros

2.3) Perda/Recuperação de valores ativos

2.4) Outras (especificar)

3 - VALOR ADICIONADO BRUTO [1] – [2]

4 - DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E EXAUSTÃO

5 - VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE [3] – [4]

6 - VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA

6.1) Resultado de equivalência patrimonial

6.2) Receitas financeiras

6.3) Outras

7 - VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR [5] + [6]

8 - DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO (*)

8.1) PESSOAL

8.1.1) Remuneração Direta 8.1.2) Benefícios

8.1.3) FGTS

8.2) IMPOSTOS, TAXAS E CONTRIBUIÇÕES

8.2.1) Federais 8.2.2) Estaduais 8.2.3) Municipais

8.3) REMUNERAÇÃO DE CAPITAIS DE TERCEIROS

8.3.1) Juros 8.3.2) Aluguéis 8.3.3) Outras

8.4) REMUNERAÇÃO DE CAPITAIS PRÓPRIOS

8.4.1) Juros sobre o Capital Próprio 8.4.2) Dividendos

8.4.3) Lucros Retidos / Prejuízos do Exercício

8.4.4) Participação dos não controladores nos lucros retidos

(só para consolidação)

Referências

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