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N Ú M E R O D O D I A
US$ 957 mi
faturou o COI com patrocínios
durante o último ciclo olímpico,
entre os anos de 2009 e 2012
O F E R E C I M E N T O
Overdose de Corinthians e
São Paulo aumenta vendas de lojas
POR DUDA LOPESO momento vivido em cam-po, invariavelmente, influi na venda de artigos de um deter-minado time. A conquista de um grande título ou a contra-tação de um jogador relevan-te, naturalmenrelevan-te, aumenta o interesse do torcedor por uma camisa oficial. Quase sempre.
Corinthians e São Paulo não passam por nenhum desses momentos descritos, mas, mesmo assim, têm ajudado a aumentar as vendas do varejo.
A questão é que a rivalidade entre os dois clubes ficou em destaque no último mês. Pela primeira vez na história, am-bos se enfrentaram pela Copa Libertadores. Poucas semanas depois, houve um novo duelo pelo Paulistão. Em maio, mais uma vez os times entram em campo, dessa vez para decidir a vaga no torneio sul-americano.
Na maior loja de varejo espor-tivo online do Brasil, a Netsho-es, o crescimento de venda de camisa dos dois clubes foi alto.
Com o uniforme do São Paulo, o crescimento foi de 34,2% em janeiro e fevereiro, comparado ao mesmo período de 2014. Já o Corinthians teve aumento de vendas de 14,7%.
Além do momento vivido, a Netshoes tem feito promoções com ambas as equipes. Com o São Paulo, foram vendidos kits que incluíam a camisa oficial com a camisa de Rogério Ceni. Com o Corinthians, foram da-dos alguns descontos.
À Máquina do Esporte, a
em-presa fez questão de salientar que foram “ações normais”.
Não foi só o grande varejo que conseguiu êxito com Corin-thians e São Paulo. A Liga Retrô, que produz camisas históricas de diversos times e seleções, também marcou um significati-vo aumento nas vendas: 21%.
Para atender uma demanda crescente, a rede subiu o esto-que desses times em 55% para se preparar para uma tempora-da acirratempora-da entre os dois clubes.
3
POR ERICH BETING
“Costumo brincar que temos aqui uma solução e um problema. O problema é que todo atleta que vem aqui pede para ser pa-trocinado pela Under Armour”. A frase foi dita, num certo tom de brincadeira, por Irineu Loturco, diretor técnico do NAR, o Núcleo de Alto Rendimento, local usado pelos principais atletas do país para trabalho de análise física.
Apoiado pela Under Armour, o espaço foi inaugurado de forma oficial há duas semanas, em São Paulo. Mas, desde o ano passado, recebe a elite do esporte no país.
O espaço é um dos principais patrocínios da Under Armour des-de sua entrada no país, em 2014. E, a considerar a frase dita por
Loturco, tem servido para que a marca se aproxime dos principais atletas no período pré-Rio 2016.
O apoio da Under Armour ao projeto teve como motivação o posicionamento da marca quan-do decidiu entrar no país. A meta era trabalhar apenas a imagem com atletas de alta performance.
Como o NAR recebia os princi-pais nomes do esporte, a marca optou por patrocinar o espaço, dando material esportivo para as pessoas que trabalham no local.
Com isso, parte do objetivo da Under Armour com o patrocínio foi cumprida. Além de o NAR servir para divulgar a marca, ele gera no atleta o desejo de consu-mo. Até agora, porém, nenhum grande negócio foi fechado por
conta desse apoio ao local.
O espaço também é usado para a Under Armour promover patro-cínios e lançamentos. Na última semana, em duas ocasiões a mar-ca usou o espaço para ativações. Michael Phelps foi ao núcleo, que também abrigou lançamento do novo tênis para corridas longas.
Patrocínio a NAR gera aproximação
da Under Armour a atletas de elite
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POR REDAÇÃO
O COI (Comitê Olímpico Inter-nacional) anunciou acerto com a Toyota, que será patrocinadora do Movimento Olímpico a par-tir de 2017 até 2024. O valor do acordo é de quase US$ 1 bilhão pelos oito anos em que a monta-dora japonesa irá integrar o pro-grama TOP de patrocínio do COI. A empresa também terá o direito de explorar comercialmente, desde já, os símbolos olímpicos no Japão. A parceria só não tem efeitos imediatos porque outra fábrica japonesa, a Nissan, já é patrocinadora, local, dos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016.
O anúncio foi feito na última sexta-feira, durante evento com a presença de Thomas Bach, presi-dente do COI, e de Akio Toyoda, presidente da Toyota. “Este é um dia simbólico para nós, já que é a primeira vez na história do programa TOP de patrocínio que temos uma empresa da categoria de mobilidade”, afirmou Bach.
Seguindo preceitos da Agenda Olímpica de 2020, a empresa irá trabalhar com os comitês orga-nizadores até 2024 para imple-mentar opções de mobilidade sustentáveis, incluindo sistemas de transporte inteligente, moni-toramento de tráfego urbano e sistemas de comunicação entre os carros. A ideia é que a parceria também ajude a entregar um
le-gado de mobilidade nas cidades e países-sedes dos eventos.
“É esse o espírito da Agenda Olímpica de 2020 não apenas em termos de inovação, mas também de sustentabilidade em mobilida-de”, disse o presidente do COI.
Pelo acordo, a montadora japo-nesa também vai apoiar o esporte de maneira global, com ajuda aos Comitês Olímpicos Nacionais e comitês organizadores. Segundo o COI, a entidade distribui mais de 90% de seu faturamento para o financiamento do esporte, o que equivale a um gasto de US$ 3,25 milhões diários.
“A entrada da categoria mo-bilidade para o programa de parceiros olímpicos é um reco-nhecimento importante para toda nossa indústria. Vamos nos dedicar a criar um mundo melhor
através da promoção do espírito olímpico de amizade, solidarieda-de e fair play”, afirmou Toyoda.
Com o acordo com a fábrica japonesa, a Toyota se tornou a 12ª patrocinadora do COI e é a terceira empresa a já assinar um compromisso válido até 2024.
“As parcerias a longo prazo são a espinha dorsal dos nossos pro-gramas comerciais e permitem assegurar segurança financeira ao Movimento Olímpico”, comentou Tsunekazu Takeda, presidente da comissão de marketing do COI e vice do Comitê Organizador dos Jogos de Tóquio-2020.
O acordo firmado não faz parte dos planos de patrocínio especí-fico para 2020. Os organizadores querem 15 novos parceiros este ano. As cotas vão de US$ 8 mi-lhões até US$ 125 mimi-lhões.
COI anuncia acordo inédito com
Toyota para seu principal patrocínio
POR REDAÇÃO
O piloto brasileiro Lucas di Grassi, vice-líder da Fórmula E, competição entre carros elétricos, fez uma ação diferente para se promover durante a prova realizada no último sábado pela categoria, na cidade de Miami (EUA). Di Grassi usou um ca-pacete desenhado pelo brasileiro Romero Britto. O artista plástico reside em Miami e se tornou um sucesso mundial a partir de exposições na cidade. As linhas tradicionais do capacete de Lucas, de fundo branco e faixas transversais em azul, verde e amarelo, foram mantidas. Britto, porém usou os espaços entre as faixas para dar o seu estilo.
“O mais bacana foi que o Romero manteve as linhas originais e abusou da criatividade dele nas cores e nos desenhos. Achei muito legal, e com
certeza, depois da corrida, ele vai para um lugar especial na minha estante”, afirmou Di Grassi.
O capacete não deu muita sorte ao piloto. Com problemas no carro, ele precisou abandonar e perdeu a liderança da competição para o francês Nicolas Prost, que venceu a prova em Miami. Ain-da restam cinco etapas até o fim do campeonato.
Por corrida em Miami, Lucas di Grassi
usa capacete feito por Romero Britto
Adalberto Leister Filho é diretor de conteúdo da Máquina do Esporte