A Comunicação como Factor de Desenvolvimento Organizacional A Comunicação como Factor de Desenvolvimento Organizacional
Fernando Nogueira Dias Fernando Nogueira Dias
Mudança para adaptação Mudança para adaptação
Co
Concnceieitotos s cocomo mo mumutataçãção o tetecncnolológógicica, a, ininovovaçaçãoão, , mumudadançnça, a, blbloqoqueueioios s àà mudança, comunicação e cultura organizacional são já preocupações não só mudança, comunicação e cultura organizacional são já preocupações não só dos
dos ciecientintistastas s socsociaiiais, s, intintereeressssadoados s pelpela a empempresresa a e e pelpelo o tratrabalbalho, ho, comcomoo tam
tambébém m de de todtodos os quaquantontos s estestão ão emempenpenhadhados os na na melmelhorhoria ia dodoss clclimimasas dasdas
organizações e no seu
organizações e no seu bom uncionamento!bom uncionamento!
" do conhecimento geral que, de há uns anos a esta parte, as empresas " do conhecimento geral que, de há uns anos a esta parte, as empresas por
portugtuguesuesas as v#m v#m papautautandndo o a a sua sua actactuaçuação ão pelpelo o binbinómiómio o mudmudançança$na$novaovass tecnologias! %ão será de estranhar o sentido desta actuação, se pensarmos tecnologias! %ão será de estranhar o sentido desta actuação, se pensarmos que as nossas empresas se derontam com a necessidade, cada vez maior, de que as nossas empresas se derontam com a necessidade, cada vez maior, de se
se adaadaptaptarem rem às às e&ie&ig#ng#nciacias s do do mermercadcado o e e corcorresresponponderderem em aos aos desdesaiaiosos postos pela revolução dos próprios
postos pela revolução dos próprios meios tecnológicos!meios tecnológicos!
Caberá, contudo, perguntar'se( que mudança querem elas introduzir e como Caberá, contudo, perguntar'se( que mudança querem elas introduzir e como pe
pensnsam am opopererá'á'lala) ) *e*em m d+d+vivida da quque e as as rerespsposostatas s a a esestatas s ququesestõtões es sãsãoo m+ltiplas, mas aquelas que nos tocam mais de perto dizem respeito à nossa m+ltiplas, mas aquelas que nos tocam mais de perto dizem respeito à nossa e&
e&peperiri#n#ncicia, a, dedecocorrrrenente te da da enentrtradada a de de oortrtugugal al na na -.-.! ! oodedemomos s enentãtãoo questionar( será esta é uma razão suicientemente justiicável para a
questionar( será esta é uma razão suicientemente justiicável para a ocorr#nciaocorr#ncia da mudança)
da mudança)
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de adadapaptatar'r'se se às às e&e&igig#n#ncicias as mumundndiaiiais, s, lologogo, , oorturtugagal l nãnão o popode de uugigir r àà ne
nececessssididadade e de de adadapaptatar'sr'se e tatambmbém ém à à -.-.! ! /s/sto to imimplplicica, a, igiguaualmlmenentete, , dadass organizações portuguesas uma adaptação às necessidades do a0s ' o que organizações portuguesas uma adaptação às necessidades do a0s ' o que justiica
justiica que que a a necessidade necessidade de de mudança mudança se se aplica aplica ao ao n0vel n0vel da da gestão gestão dosdos recursos humanos!
recursos humanos! *o
*obrbre e eseste te asassusuntnto, o, rereeeririu'u'se se cecertrta a vevez z o o 1i1ininiststro ro da da /n/nd+d+ststriria a e e dodo 2e
2esesenvnvololvivimementnto o 33ececnonolólógigico co do do 4a4apãpão, o, do do seseguguininte te momododo(( MaMais is qquue e aa ausência de capital e de tecnologias novas, são os recursos humanos que ausência de capital e de tecnologias novas, são os recursos humanos que levam as empresas à falência.
levam as empresas à falência.
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.sta ta aairirmamaçãção o aaz'z'nonos s dedepapararar r cocom m umuma a nonova va vavariáriávevel l no no prprococesesso so dede mudança( os recursos humanos! .les tornam'se indispensáveis, pois não há mudança( os recursos humanos! .les tornam'se indispensáveis, pois não há mudança poss0vel sem recursos humanos capazes de a
mudança poss0vel sem recursos humanos capazes de a gerargerar!!
*eria, porém, ingénuo pensar'se que a mudança nas organizações é poss0vel *eria, porém, ingénuo pensar'se que a mudança nas organizações é poss0vel de
de opeoperar'rar'se se pelpelo o simsimpleples s domdom0ni0nio o das das novnovas as tectecnolnologiogias, as, dodos s recrecursursosos humanos e da intenção de conduzir à mudança! 5á que contar com dois humanos e da intenção de conduzir à mudança! 5á que contar com dois actores muito importantes( os bloqueios à mudança e a vontade dos que actores muito importantes( os bloqueios à mudança e a vontade dos que participam na vida das
Bloqueios à mudança
1uitas das nossas empresas geram e desenvolvem no seu interior bloqueios à mudança, não raras as vezes atribu0dos aos seus próprios recursos humanos! 2estes bloqueios podemos destacar as ormas de gestão centralizadas e a concentração dos processos de trabalho, bem como a organização baseada em estruturas piramidais e monol0ticas!
.stas aberrações organizacionais, que mais não e&pressam muitas vezes a arrog6ncia e o autoritarismo de quem se posiciona nas suas estruturas, conduzem o clima das organizações a um estado endémico de moral bai&o,
provocam o absentismo e, por consequ#ncia, induzem à bai&a qualidade de resultados, geram a agressividade contra a hierarquia e provocam a rigidez ace às mudanças necessárias e, por vezes, urgentes!
ode acrescentar'se, ainda, que parte das empresas unciona por lu&os e&cessivos de inormação, de regulamentações, de procedimentos, de despachos e de circulares! 7utras, pelo contrário, são reractárias a uma pol0tica de inormação, sedimentadas no receio inundamentado de que o conhecimento na mão dos recursos humanos pode voltar-se contra os interesses das próprias empresas!
3em'se, ainda, numa parte substancial das organizações e das empresas, uma concepção mec6nica do seu uncionamento e organização, encarando os recursos humanos não como sistemas sócio'culturais abertos, inteligentes e comple&os, mas como peças de uma máquina, à qual devem servir de orma acr0tica!
8 acrescentar a tudo isto, veriica'se a tend#ncia generalizada de perspectivar o colaborador da organização não como um ser portador de necessidades m+ltiplas e comple&as, mas como homo economicus, esquecendo que as suas
motivações não giram e&clusivamente à volta dos aspectos pecuniários, mas que há actores de carácter simbólico, por vezes tão ou mais importantes que aqueles!
A emergência da comunicação
ois bem, se as organizações pretendem recursos humanos motivados, para se envolverem no processo de mudança, então é necessário considerar'se outro aspecto de ordem mais prounda( os sistemas de comunicação no interior das organizações!
1as que tipo de comunicação) . como poderá ela gerar motivação) %ão estamos, naturalmente, a reerir'nos aos depósitos de inormação, e muito
menos à inormação punitiva, que leva à desaectação psicológica do colaborador!
retendemos, de acto, reerir'nos a uma estratégia global de comunicação, que tenha em conta não somente os canais ormais da empresa, mas também os inormais! %este conte&to, a gestão da comunicação organizacional
pressupõe que os valores psicossociológicos e as oportunidades de diusão das mensagens são tidos em conta, a par dos objectivos da própria organização!
2o universo de mensagens a poder circular no interior da organização azem parte dierentes tipos de inormação( técnica, social, recreativa, cultural e de integração! or inormação de integração entendemos ser aquela pela qual se gera um campo sem6ntico comum de interesses e de aspirações, que permite não só um espaço de diálogo, como também a neutralização do sentido penalizador e punitivo que por vezes caracteriza a inormação institucionalizada nas empresas e nas organizações!
8o contrário da inormação punitiva, penalizadora e normativa, a inormação de integração caracteriza'se por ter subjacente os seguintes objectivos( descodiicação, personalização e clariicação!
2escodiicação, no sentido de possibilitar a todos um entendimento claro e objectivo das normas, das ormas de organização, da missão e dos seus objectivos a atingir a curto, a médio e a longo prazo!
ersonalização, de modo a permitir que cada elemento da organização tenha a possibilidade de identiicar o seu trabalho e o dos outros, numa perspectiva global do processo de produção!
Clariicação, de orma a tornar transparentes os objectivos organizacionais, os meios dispon0veis, os estrangulamentos e as oportunidades, e os resultados da actividade da organização!
7ptar pela implantação de um sistema de comunicação que se caracterize pelos aspectos atrás reerenciados é, por certo, escolher um sistema de comunicação que conduz à participação eectiva e aectiva dos recursos humanos no reerido processo de mudança!
Caso contrário, introduzindo nas organizações mutações e&clusivamente tecnológicas, é criar as condições internas que produzem a desaectação psicológica dos elementos da organização, conseguindo'se desta orma não mais do que algumas bolhas de mudança!
3odavia, pretendendo'se adoptar uma estratégia global de comunicação eiciente e eicaz, é indispensável olhar tanto as organizações como os seus recursos humanos por uma nova perspectiva( a de um sistema aberto!
ma nova visão! o "omem como sistema a#erto
7utrora, as organizações de trabalho eram consideradas como uma engrenagem taylorizada, na qual os recursos humanos eram percepcionados
como peças da sua constituição! orém, a e&peri#ncia vem demonstrando que esta visão está desadequada da realidade económica, social e cultural! *e a organização é um sistema aberto e comple&o, que está inserida num sistema
ainda mais comple&o, o a0s, que dizer da abertura e da comple&idade de cada homem e de cada mulher, como subsistemas da organização)
.ste conjunto de ideias não pode dei&ar de nos remeter para o papel essencial e ulcral que o processo de comunicação e inormação podem desempenhar na coniguração dos sistemas abertos! 7u seja, dada a tend#ncia de os sistemas receberem e processarem inormação, ela aigura'se'nos imprescind0vel como onte geradora de motivação! " que, o ser humano é um sistema auto ' eco ' organizador( organiza'se e desenvolve'se na relação que tem com o meio ambiente! 8ssim, a motivação não é algo que seja nem imanente nem transcendente ao ser humano, mas produto da relação que ele tem com os outros seres humanos no ambiente de trabalho!
elas razões apontadas, é imperativo substituir'se a ideia de homem-pea de
uma máquina que o transcende pela de homem-sistema que, conjuntamente
com outros sistemas, de orma interactiva, contribuem para que a organização, como sistema maior, possa, de orma ajustada, atingir os seus próprios objectivos!
ressupõe isto que, a pessoa não só se deine pela sua estrutura interna, como também pela relação que tem com o meio envolvente, seja ele 0sico ou humano! %este sentido, a introdução de medidas que provoquem alterações nos sistemas organizacionais aectam a coniguração dos subsistemas humanos, e vice'versa! .&plicitando de outra orma, podemos dizer que os comportamentos humanos não são predeterminados, mas derivam da relação que t#m com o meio envolvente!
A motivação pela comunicação
Com eeito, ao pensar'se em mudança numa organização, não podemos descurar que esta só é poss0vel de operar'se mediante comportamentos generalizados de motivação! or outro lado, a alteração de padrões de comportamento, com vista à mudança objectiva, só é poss0vel mediante processos de comunicação e inormação pertinentes e estrategicamente bem delineados!
*e as máquinas do mar9eting e das técnicas de venda absorvem parte substancial dos orçamentos das empresas e das organizações para pesquisar as tend#ncias de mercado, para moldarem os produtos e serviços ao jeito das
necessidades dos clientes e dos potenciais clientes, para promoverem a ideia
do produto e para o distribu0rem, que resultados se obterão ignorando ou desvalorizando as motivações, as atitudes e os comportamentos daqueles que são a chave de todos os processos organizacionais)
:ica assim entendido que, a mudança tecnológica sem uma mudança de mentalidades no interior de uma organização não só não produz eeitos de elevada performance, como corre o risco de induzir no seu interior resist#ncia
" que, os comportamentos na vida de uma organização podem mudar, desde que mudem as interacções no seu próprio meio interno! *abendo'se que a coniguração do meio interno do sistema organizacional não é imutável, os actores sociais com maior n0vel de responsabilidade na organização podem e devem actuar sobre ela, mediante processos de comunicação e de inormação! or comunicação, entendemos ser o processo pelo qual partilhamos uma inormação, uma ideia, uma atitude ou um sentimento! odemos ainda vincular à comunicação a ideia de participaão. articipar é precisamente a
possibilidade de azer parte de um todo, pois quem está isolado não tem qualquer possibilidade de azer parte desse todo, logo não participa! Comunicar é, então, azer participar num projecto global, trazendo para a comunidade de interesses o que dela estava separado, através da inormação pertinente e
objectiva!
2o que oi dito, podemos concluir que, não sendo os problemas de comunicação de ordem económica nem tecnológica, estes podem actuar quer como catalizadores, quer como entraves à mudança! .sta conclusão tem como pressuposto o acto de não sermos nem uma sociedade de máquinas nem uma sociedade e&clusivamente de capitais inanceiros! elo contrário, somos uma sociedade de homens e de mulheres, que pensam, sentem e agem de orma racional, sendo por isso tão importante a construção técnica como a construção social da organização!
Considerando que a mudança é, antes de tudo, um problema de mentalidade, os meios tecnológicos só se tornarão eicazes pela orça da vontade e do desejo dos homens que a utilizam! 1as o desejo e a vontade não podem nascer e desenvolver'se sem que sejam criadas na organização relações de coniança, as quais somente serão poss0vel de alcançar pela via da comunicação! %esta perspectiva, cada unção ou cada papel não se limitará ao uso de um erramenta de trabalho, mas comportará igualmente um homem ou uma mulher, cuja motivação é undamental para o processo de mudança!
A mudança pela Motivação
7 desenvolvimento de um sistema de gestão global de comunicação numa organização pode traduzir'se por um conjunto enorme de vantagens, não só para a organização em si, como também para os seus colaboradores e para o p+blico em geral!
ara os recursos humanos, permitirá um melhor conhecimento da organização e das suas actividades, bem como de todos quantos nela laboram; uma compreensão mais correcta dos problemas que se põem aos dierentes serviços; o sentimento de ser tratado humanamente; a supressão de sentimentos de isolamento e de anonimato; o sentimento de poder e&primir os seus próprios pontos de vista; o sentimento de pertencer a uma equipa e de nela desempenhar um papel +til; mais interesse pelo próprio trabalho; melhor ambiente!
%uma palavra, a melhoria do clima e a construção de uma cultura
organizacional que traduza a realidade concreta da comple&idade humana que é, ao im e ao cabo, a medida de todas as coisas!
ara as cheias, possibilitará um melhor conhecimento dos problemas dos seus recursos humanos; melhores relações com cada colaborador; detecção dos valores individuais e dos sentimentos grupais; conhecimento de esp0ritos criativos e inovadores; pessoal mais estável!
ara as organizações, conduzirá a um maior dinamismo, entusiasmo e vivacidade; menos desperd0cio de tempo e de material; maior satisação de todos os que t#m a responsabilidade de gerir; aumento de produtividade!
ara o p+blico em geral, melhoria quantitativa e qualitativa dos produtos e serviços e, por consequ#ncia, contribuição para o desenvolvimento económico! 8postar, pois, numa pol0tica de comunicação é apostar na valorização dos
recursos humanos e, por consequ#ncia, na própria organização! " contribuir para uma interacção entre a cultura de cada actor social e a cultura da organização, da0 resultando um esp0rito comum! 2a interactividade de todos estes actores resultará um bene0cio para o sistema social! 8 não acontecer assim, não haverá recursos humanos preparados e motivados! *em motivação não haverá mudança! *em mudança não haverá adaptação às e&ig#ncias do meio envolvente!