• Nenhum resultado encontrado

Pseudomonas aeruginosa: Mecanismos de resistência e provas fenotípicas

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Pseudomonas aeruginosa: Mecanismos de resistência e provas fenotípicas"

Copied!
42
0
0

Texto

(1)

Pseudomonas aeruginosa:

Mecanismos de resistência e

provas fenotípicas

Prof. Afonso Lu

Prof. Afonso Lu

í

í

s Barth

s Barth

LABRESIS

Hospital de Clínicas de Porto Alegre

Faculdade de Farmácia

(2)

Pseudomonas aeruginosa

Uma bactéria “com mais de 130

anos... “

(3)

Pseudomonas aeruginosa

• Bastonete Gram negativo não-fermentador aeróbio estrito. • Nutricionalmente versátil – ubiqüitário.

• Reservatórios: soluções e equipamentos hospitalares - infecções hospitalares (corrente sanguínea, urinária, pulmonar e relacionadas a cateter).

Pacientes imunocomprometidos e em UTIs.

• Patógeno das vias respiratórias mais comum em pacientes com Fibrose Cística.

• Resistência a múltiplos antibióticos (MDR).

(4)

Pseudomonas aeruginosa

• Bastonete Gram negativo não-fermentador aeróbio estrito. • Nutricionalmente versátil – ubiqüitário.

• Reservatórios: soluções e equipamentos hospitalares - infecções hospitalares (corrente sanguínea, urinária, pulmonar e relacionadas a cateter).

Pacientes imunocomprometidos e em UTIs.

• Patógeno das vias respiratórias mais comum em pacientes com Fibrose Cística.

• Resistência a múltiplos antibióticos (MDR).

(5)

Pseudomonas aeruginosa - morfologia

colonial

P.aeruginosa mucóide (Fibrose Cística)

(6)

Mecanismos de R em P. aeruginosa

• Bombas de efluxo

• Diminuição de permeabilidade • Alteração proteína-alvo

• Produção de enzimas que degradam antibióticos Aminoglicosidases

β-lactamases (Carbapenemases)

MDR ocorre por combinação de mecanismos ou um mecanismo único muito potente

(7)
(8)

Bombas de efluxo

(sistema de 3 componentes)

Membrana externa Membrana citoplasmática Espaço periplasmático Portal de saída

(OprM, OprJ, OprN)

Lipoproteina ligante (MexA, MexC, MexE)

Bomba de efluxo (MexB, MexD, MexF)

(9)

Bombas de efluxo em P. aeruginosa

§ Expressão constitutiva – MDR

(10)

Inibidores de Bombas de efluxo

L-Phenyl-L-Arginine β-Naphthylamide

(PaβN)

Diminuição da CIM do antibiótico

(carbapenêmico) em presença de PaβN

indica presença de bomba de efluxo tipo

“Mex”

(11)

Inibidores de Bombas de efluxo

L-Phenyl-L-Arginine β-Naphthylamide

(PaβN)

Diminuição da CIM do antibiótico

(carbapenêmico) em presença de PaβN

indica presença de bomba de efluxo tipo

“Mex”

Mesaros et al – JAC 2007

Método pouco “específico”

-Concentração do PaβN

-Antibiótico “marcador”

-Variações sutis da CIM

-Outros mecanismos de R

(12)

Pereira et al – to be submitted

(13)

Diminuição de permeabilidade em

P. aeruginosa

• Diminuição de permeabilidade da membrana

externa à compostos hidrofílicos é o principal

fator relacionada a alta resistência intrínseca de

P.aeruginosa (β-lactâmicos)

• “Primeiro” mecanismo de resistência ao

imipenem (perda da OprD) - tratamento com

imipenem seleciona mutantes OprD

-• Maioria dos canais de porina são inespecíficos

(afetam outros antibióticos hidrofílicos =

(14)

Diminuição de permeabilidade em

P. aeruginosa

Zavascki et al – ERAIT - 2010 IMI

(15)

Perda (alteração) de Porina

(16)

Alteração de proteína-alvo em P.

aeruginosa

• Alteração de PBPs (P.aeruginosa 1a, 1b, 2, 3, 4, 6 e 7)

Resistência a β-lactâmicos – controverso

PBP2 – ligação de carbapenêmicos

PBP3 – cefalosporinas anti-Pseudomonas

• gyrA e parC

Resistência a fluoroquinolonas (mutações nas QRDRs)

• Metilação do rRNA 16S

(17)

Produção de enzimas que degradam

antibióticos

• Produção de enzimas modificadoras de aminoglicosídeos

(AMEs): AAC(6

´

)-II – R gentamicina, tobramicina e netilmicina;

ANT(2

´´

)-I – R a gentamicina, tobramicina

β

-lactamases

AmpC

β

-lactamase: induzível; R a

β

-lactâmicos

Outras

β

-lactamses: “ESBL” - PSE, PER, GES e OXA-ESBL

Carbapenemases = VIM,IMP, SPM (NDM)

(18)

ββββ

-lactamases em P. aeruginosa

(19)

AmpC* em P.aeruginosa: Indução in vitro por imipenem

AmpC* em P.aeruginosa: Indução in vitro por clavulanato

*PDC: Pseudomonas-Derived Cefalosporinase

Cefoxitina e Imipenem = fortes indutores

Hiperprodução de AmpC pode causar diminuição de sensibilidade ao imipenem

(20)

ββββ

-lactamases em P. aeruginosa

(não-carbapenemases)

• Classes 2b e 2c (Ambler classe A):

espectro reduzido – R a peniclinas e cefalosporinas de 1ªs gerações (TEM, PSE, CARB) • Classe 2be (Ambler classe A):

espectro ampliado “ESBLs” – R tb a cefalosporinas de 3ª e 4ª gerações (PER, VEB, GES*, TEM, SHV, CTX-M, BEL, LBT802, PME)

*Enzimas tipo GES podem apresentar atividade carbapenemase (GES-2 e GES-5) devido a mutações pontuais

• Classe 2d (Ambler classe D):

espectro reduzido – R a penicilinas e cefalosporinas de 1ªs gerações; grupo com inúmeras variantes que podem apresentar aumento de espectro (oximinocefalosporinas e

carbapenêmicos)

OXA-ESBL (comuns em P.aeruginosa)

OXA-carbapenemases (incomuns em P.aeruginosa)

Zavascki et al – ERAIT 2010 Potron et al – IJAA 2015

(21)
(22)

…IMP, VIM and SPM metallo-carbapenemases (class B) are increasingly scattered in P. aeruginosa and are slowly but steadily increasing in prevalence!

Livermore and Woodford – Trends Microbiol 2006

…metallo-b-lactamases (MBLs), particularly VIM and IMP types, are the most widespread and have been reported globally!

Wright et al – JAC 2015 ...although still rare, MBL of the IMP and VIM families are

increasing sources of resistance to carbapenems in P.

aeruginosa.

Livermore – JAC 2001

(23)

Cornaglia et al – Lancet 2011 Wright et al – JAC 2015

(24)

Cornaglia et al – Lancet 2011 Wright et al – JAC 2015

FIM (Italy)

(25)

Carbapenemases em P. aeruginosa

• GES-carbapenemsases: GES-2, GES-5, GES-18 • OXA-carbapenemases:

Constitutivas – OXA-50

Adquiridas – OXA-24/40 (“CHDLs”)

• Carbapenemases classe 2f: serina-carbapenemases (KPC – casos esporádicos)

• Carbapenemases classe 3: metalo-carbapenemases VIM Distribuição mundial

IMP Distribuição mundial SPM Brasil

GIM Alemanha AIM Australia FIM Itália

(26)

Carbapenemases em P. aeruginosa

• GES-carbapenemsases: GES-2, GES-5, GES-18 • OXA-carbapenemases:

Constitutivas – OXA-50

Adquiridas – OXA-24/40 (“CHDLs”)

• Carbapenemases classe 2f: serina-carbapenemases (KPC – casos esporádicos)

• Carbapenemases classe 3: metalo-carbapenemases VIM Distribuição mundial

IMP Distribuição mundial SPM Brasil

GIM Alemanha AIM Australia FIM Itália

(27)

1)Leitura interpretativa do antibiograma 2)Testes com inibidores

Detecção fenotípica dos mecanismos de

resistência

O que precisa ser pesquisado? - Importância clínica

(28)

P.aeruginosa sensível apenas ao

aztreonam

(29)

P.aeruginosa sensível apenas ao

aztreonam - Indicativo de MBL

(30)

Imipenem

P.aeruginosa resistente apenas ao

imipenem

C AZ

IM

(31)

Imipenem

P.aeruginosa resistente apenas ao

imipenem - Indicativo de perda de OprD

C AZ

IM

(32)

Leitura interpretativa do antibiograma não é confiável para identificação de mecanismos individuais pois é influenciada pela combinação de mecanismos de resistência... (o que é comum em P.aeruginosa)

(33)

Como pesquisar metallo

carbapenemases em P.

aeruginosa??

…concerns remain about whether metallo

carbapenemasas could be used to treat infections

caused by metallo-β-lactamase producers with MICs

within the susceptible range.

(34)

Utilização de quelantes

(EDTA e MPA)

(35)

MBL negativo MBL positivo

(36)

CAZ MPA

(37)

Uso de quelantes

1) Qual o melhor quelante? EDTA

MPA

2) Qual o melhor substrato? CAZ

IMI

3) Qual a melhos técnica?

Aproximação de disco (sinergismo) Adição em disco

(38)

Uso de quelantes

CAZ com MPA por aproximação de disco = melhor teste (aumenta a sensibilidade) para P.aeruginosa (100% E e S)

Picão et al – JCM 2008

CAZ com EDTA por aproximação de disco (1 cm); IMP com EDTA por adição = testes com melhor acurácia

Perez et al – BJM 2014 …all phenotypic detection tests for MBLs in P. aeruginosa either lacked

sensitivity (meropenem/DPA combinations) or specificity

meropenem/EDTA and imipenem/EDTA combinations) when tested on meropenem nonsusceptible isolates in our epidemiological setting. 1) Combination of tests (phenotypic and genotypic)

2) Carba-NP

(39)

Carba-NP para P.aeruginosa

Especificidade

e Sensibilidade 100%

P.aeruginosa IMP, VIM, SPM, NDM, GIM e AIM

(40)

Sob o ponto de vista clínico e epidemiológico,

MDR P.aeruginosa resistente aos

carbapenêmicos representam um dos principais

problema de saúde pública!

Resistência aos carbapenêmicos por produção de

carbapenemases – ainda mais preocupantes!!

(41)

Afonso Lu

Afonso Lu

í

í

s Barth

s Barth

-

-

albarth@hcpa.edu.br

albarth@hcpa.edu.br

(42)

Pseudomonas aeruginosa:

Mecanismos de resistência e

provas fenotípicas

Prof. Afonso Lu

Prof. Afonso Lu

í

í

s Barth

s Barth

LABRESIS

Hospital de Clínicas de Porto Alegre

Faculdade de Farmácia

Referências

Documentos relacionados

ITIL, biblioteca de infraestrutura de tecnologia da informação, é um framework que surgiu na década de mil novecentos e oitenta pela necessidade do governo

Esta realidade exige uma abordagem baseada mais numa engenharia de segu- rança do que na regulamentação prescritiva existente para estes CUA [7], pelo que as medidas de segurança

Por não se tratar de um genérico interesse público (lato sensu), compreendido como respeito ao ordenamento jurídico, mas sim de um interesse determinado, especial e titularizado

[r]

No Estado do Pará as seguintes potencialidades são observadas a partir do processo de descentralização da gestão florestal: i desenvolvimento da política florestal estadual; ii

After the eval- uation of the influence of each modification of the surfaces on the internal air temperatures and energy consumption of the compressor a final test was done with

6º A documentação fiscal referente às operações de comercialização de óleo diesel realizadas pelas Refinarias, Centrais de Matérias-Primas Petroquímicas e Importadores

Além da multiplicidade genotípica de Campylobacter spp., outro fator que pode desencadear resistência à desinfecção é a ineficiência dos processos de limpeza em si,