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As Energias de Helmholtz e de Gibbs Quando há mudança de estado e troca de Q entre o sistema e suas vizinhanças, a desigualdade de Clausius diz:

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Academic year: 2021

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Texto

(1)

Profa. Alessandra Lopes de Oliveira ¡ 

Simplificam as discussões a respeito de ΔS nas

vizinhanças do sistema;

¡ 

As Energias de Helmholtz e de Gibbs

§

Quando há mudança de estado e troca de Q entre o

sistema e suas vizinhanças, a desigualdade de

Clausius diz:

0

T

q

dS

T

q

dS

Conforme as condições do sistema esta desigualdade pode se transformar de duas maneiras

¡ 

1

o

Caso (a V cte.): Q trocado a V cte. não há W

exp

e nem

um outro W:

§ 

Se U for cte. (dU = 0) ou se S for cte. (dS = 0):

§ 

dS

U,V

≥ 0

§ 

dU

S,V

≤ 0

dU

TdS

0

T

dU

dS

dU = ∂Q +∂W

∂Q = dU

(2)

¡

dS

U,V

≥ 0 ⇒ Em um sistema a U e V ctes., a S

aumenta em qualquer mudança espontânea;

¡

dU

S,V

≤ 0 ⇒ Se S e V forem ctes., então U deve

diminuir numa transformação espontânea (se a

S do sistema é cte., então tem que haver um

aumento da S

viz

que só ocorre se a U do sistema

diminuir na medida que o sistema sede energia

para fora).

¡ 

2

o

Caso (a p cte.): Q trocado a p cte. e não há outro tipo de

trabalho além do W

exp

, pode-se considerar:

§ dQp = dH § Se H for cte. (dH = 0) ou se S for cte. (dS = 0): § dSH,p ≥ 0 § dHS,p ≤ 0

dS −

dq

T

≥ 0 ⇒ dS −

dH

T

≥ 0

TdS ≥ dH

¡

dS

H,P

≥ 0 ⇒ A S do sistema, a p cte. deve

aumentar se a H do sistema se mantém cte.

(não pode haver mudança da S

viz

);

¡

dH

S,P

≤ 0 ⇒ Se a S do sistema se mantém cte.

a H deve diminuir, pois em qualquer processo

espontâneo é essencial haver aumento da

S

viz

.

(3)

¡

Energia de Helmholtz (A):

¡

Energia de Gibbs (G):

0

TdS

dH

dH

TdS

0

TdS

dU

dU

TdS

Estas equações podem ser expressas pela introdução de duas funções termodinâmicas.

TS

U

A

=

TS

H

G

=

¡ 

Quando o estado do sistema se altera a T cte. as duas

funções se alteram como:

TdS

dU

dA

=

dG

=

dH

TdS

0

dA

TdS

dU

dA

dU

TdS

V T

=

,

0

dG

TdS

dH

dG

dH

TdS

p T

=

, Importante conclusão ¡ 

Uma transformação de um sistema a T e V ctes., é

espontânea se dA

T,V

≤ 0 (é espontânea se A diminuir);

¡ 

O critério de equilíbrio quando um processo vai

ocorrer é: dA

T,V

= 0;

¡ 

Não é porque dA diminui que se deve ter a impressão

de o sistema ter energia (U) mais baixa, pois a

tendência de dA diminuir é simplesmente o reflexo da

tendência do sistema evoluir para estados de S

total

mais elevada.

(4)

¡

Trabalho máximo

§

A variação da energia de Helmholtz (dA), além de ser

característica de transformação espontâneas é igual

ao trabalho máximo (W

max

) associado a um processo:

§

dW

max

= dA

§

W de um sistema é máximo num processo reversível;

A (Arbeit = Trabalho), é conhecida também como função trabalho

¡

Trabalho máximo

§ 

Combinando a

desigualdade de

Clausius com a 1

a

Lei da

Termodinâmica:

§ 

O valor mais negativo de

W, e consequentemente

a energia máxima que

pode ser obtida do

sistema na forma de W é

dada por:

TdS ≥ dQ

dU = ∂Q +∂W

dU ≤ TdS +∂W ⇒ dU − TdS ≤ ∂W

∂W ≥ dU − TdS

dW

max

= dU − TdS

Este W só se obtém em um processo reversível (onde vale o sinal de = na desigualdade)

¡  Como a T cte. dA = dU - TdS, então dWmax = dA

§ Quando ocorre uma variação no sistema a T cte.:

§ dWmax = dA ⇒ Wmax = ΔA

§ ΔA = ΔU - TΔS ¡  Se TΔS faz a diminuição da S do sistema: §  Wmax < ΔU ⇒ para que a transformação seja espontânea, parte da energia deve escapar do sistema na forma de Q a fim de gerar suficiente S nas vizinhanças para superar a diminuição de S do sistema; § No processo natural, parte da energia não se transforma em W, então ΔA é a parte da energia interna que podemos aproveitar como W (Energia livre de Helmholtz). Esta expressão mostra que nem toda ΔU está disponível para ser transformada em w

(5)

¡ 

Se TΔS faz aumentar a S do sistema:

§ 

W

max

> ΔU ⇒ se o sistema não está isolado, é possível que

receba Q enquanto faz W, como a S do sistema aumenta, é

possível haver redução da S das vizinhanças e o processo

ser espontâneo, pois a S total pode aumentar;

§ 

Uma certa quantidade de calor (não maior do que o valor

de TΔS) pode abandonar as vizinhanças, entrar no sistema

e contribuir para o W. O processo natural se faz a custa de

parte da energia captada das vizinhanças.

¡ 

O estudo da Energia livre de Gibbs é mais comum,

pois são muitos os processos que ocorrem a P cte.

§ 

dG

T,P

≤ 0 ⇒ a T e P ctes. os processos ou as reações

químicas são espontâneas no sentido da diminuição da

Energia de Gibbs, para saber se uma reação é espontânea

verifica-se dG

T,P

.

¡ 

Nas reações endotérmicas espontâneas:

§ 

dH > 0 ⇒ nestas reações a H aumenta e o sistema tende

espontaneamente para um estado de H mais elevado;

§ 

dG < 0 ⇒ a S do sistema aumenta o suficiente para que

TdS (muito grande e positiva) supere em módulo a dH na

expressão dG = dH - TdS.

¡ 

Trabalho máximo diferente do de expansão

¡ 

A interpretação da Energia livre de Gibbs é análoga à

Energia livre de Helmholtz.

¡ 

A T e P ctes. o trabalho máximo diferente do de

expansão, W

e

(e = extra) é dado pela variação da

energia de Gibbs:

§ 

dW

e,max

= dG

§ 

W

e,max

= ΔG

¡ 

Como H =U+PV, então:

¡ 

dH = ∂Q + ∂W +d(PV)

(6)

¡

Quando o processo for reversível:

∂W = ∂W

rev

∂Q = ∂Q

rev

= TdS

dG = dH − TdS

dG = ∂Q

rev

+ ∂W

rev

+ d PV

(

)

− TdS

dG = TdS + ∂W

rev

+ d PV

(

)

− TdS

dG = dW

rev

+ d PV

(

)

dS =∂Qrev T ∂Qrev= TdS

O Wrev tem uma parte de expansão, que num

processo reversível é -PdV e outros tipos de W (ex. trabalho elétrico de circulação de elétrons através de um circuito) este W ≠ Wexp é simbolizado por We.

H = U + PV dH = ∂Q +∂W + d(PV )

dG = ∂W

rev

+ d PV

(

)

W

rev,total

= W

exp,rev

+ W

e,rev

d PV

(

)

= PdV +VdP

dG = −PdV + ∂W

(

e,rev

)

+ PdV +VdP

dG = dW

e,rev

dG = dW

e,max Processo a p e T ctes. Como o processo é reversível o W realizado tem seu valor máximo, logo:

¡

A Energia de Gibbs na prática é determinada:

§ 

Pela calorimetria (diretamente para H e

indiretamente para S através de C

p

);

§ 

A partir de constantes de equilíbrio

§ 

A partir de medições eletroquímicas

(7)

¡

Processo Reversível, sistema fechado que só

executa trabalho de expansão:

PdV

TdS

dU

W

Q

dU

TdS

Q

PdV

W

rev rev

=

+

=

=

=

Equação fundamental que combina a 1ª e a 2ª Leis. Diferencial exata que independe se o processo é reversível ou não ¡ 

Se U é função de S e V, então dU pode ser expressa em

termos de dS e dV

PdV

TdS

dU

=

P

V

U

T

S

U

dV

V

U

dS

S

U

dU

S V S V

=

=

=

¡

Relações entre diferenciais exatas diz:

¡

Se e somente se:

¡

Baseado nesta consideração, Maxwell definiu

várias relações entre grandezas que

aparentemente não eram esperadas

hdy

gdx

df

=

+

y x

x

h

y

g

=

⎟⎟

⎜⎜

(8)

V S

S

P

V

T

PdV

TdS

dU

=

=

P S

S

V

P

T

VdP

TdS

dH

=

+

=

T V

V

S

T

P

SdT

PdV

dA

=

=

T P

P

S

T

V

SdT

VdP

dG

=

=

Relações válidas para todas as diferenciais exatas ou funções de estado: dU dH dA dG

SdT

-VdP

dG

:

do

Substituin

VdP

TdS

dH

SdT

TdS

dH

dG

TS

H

G

=

+

=

=

=

Energia Livre de Gibbs pode ser expressa em termos de P e T que são variáveis comuns de controle e por isso G é apropriada para análise da maioria dos processos .

S

T

G

V

P

G

P T

=

=

Se V é positivo e G é função crescente de P a T cte. Isso indica que, como V dos gases são grandes, então G é mais sensível a P na fase gasosa que na fase líquida. S é negativa, então G diminui quando T aumenta a P cte.

¡

Dependência de G com T

§ 

A composição de um

sistema em equilíbrio

depende de G e para

conhecer a variação da

composição do sistema com

T é necessário saber como G

varia com T

T

H

G

T

G

assim,

S

T

H

G

TS

H

G

S

T

G

P P

=

=

=

=

(9)

¡

A cte. de equilíbrio de uma reação química está

relacionada com G/T não só com G. E, é mais

simples verificar a variação G/T, então:

2 P

T

H

T

G

T

⎟⎟

=

⎜⎜

Equação de Gibbs-Helmholtz mostra que se H de um sistema for conhecida, a dependência entre G/T e T também será.

¡

Dedução:

2 P 2 P 2 P P 2 P P P P P T H T G T T H T G T H G T 1 T G T T G T H G T 1 T G T T 1 G T G T 1 T 1 T G T G T 1 T G T T G derivada da Cálculo T H T G T G T H G T G − = ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ ∂ ∂ − = ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ − = ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ ∂ ∂ − ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ − = ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ ∂ ∂ ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ + ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ ∂ ∂ = ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ ∂ ∂ + ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ ∂ ∂ = ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ ∂ ∂ − = − ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ ∂ ∂ ⇒ − = ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ ∂ ∂

¡

Dependência entre G e P

a T cte.

( ) ( )

+

=

=

=

=

Pf Pi Pi Pf Pf Pi Pf Pi

dP

V

G

G

dP

V

dG

VdP

dG

SdT

-VdP

dG

Para líquidos e sólidos V varia pouco com P, então pode ser considerada constante: ( )

=

( )

+

Pf Pi m Pi m Pf m

G

V

dP

G

(10)

¡

µ está relacionado com

G e por isso é

importante em

qualquer discussão

sobre equilíbrio;

¡

µ mostra como G se

altera com n em

condições de P e T

ctes.

P

,

T

n

G

=

µ

¡

Para uma substância

pura:

m P , T m P , T m

G

n

nG

n

G

nG

G

=

µ

=

µ

=

µ

=

¡

Para um gás perfeito:

+

µ

=

µ

+

=

+

=

θ θ θ θ

P

P

ln

RT

P

P

ln

RT

G

G

dP

V

G

G

P P Pf Pi Pi Pf Gmθ do gás puro em Pθ=1bar

(11)

¡

Gases reais: a

fugacidade

¡ 

P = pressão;

¡ 

f = fugacidade (mede a

tendência de um gás

fugir de uma fase).

+

µ

=

µ

+

µ

=

µ

θ θ θ θ

P

f

ln

RT

P

P

ln

RT

Gás ideal Gás real ¡  Estado Padrão de um gás ocorre quando Pθ=1bar (não há forças intermoleculares, a P provém somente da energia cinética das moléculas) ¡  Estado Padrão de um gás real é quando o gás apresenta comportamento de gás ideal ¡  As diferenças entre os µθ dos gases provém das características das moléculas e não da forma como interagem ¡  Relação entre f e P

§ 

f=φP

§ 

φ depende:

natureza do gás;

P

T

¡

Incluindo φ na equação

do potencial químico:

φ

+

+

µ

=

µ

⎛ φ

+

µ

=

µ

+

µ

=

µ

θ θ θ θ θ θ

ln

RT

P

P

ln

RT

P

P

ln

RT

P

f

ln

RT

Se refere a um gás que só tem energia cinética Mesmo de um gás ideal Termo que reúne todos os efeitos das forças intermoleculares ¡ 

Quando P→0, todos os

gases se comporta como

gás ideal.

§ f→P quando P →0 § f=φP § φ→1 quando P →0

(12)

¡

Para qualquer valor de

P, o φ de um gás é dado

por:

¡

Demonstração:

dP

P

1

Z

ln

P 0

⎛ −

=

φ

f

f

ln

RT

VdP

G

G

VdP

VdP

G

G

P

f

ln

RT

P

f

P P Pi Pf Pf Pi Pf Pi Pi Pf

ʹ

=

µʹ

µ

=

=

+

=

+

µ

=

µ

φ

=

ʹ θ θ f = fugacidade na pressão P f’ = fugacidade na pressão P’

¡

Demonstração

§ 

Se o gás fosse perfeito:

§ 

A diferença fica sendo:

P

P

ln

RT

dP

V

f

f

ln

RT

VdP

perf perf P P m , perf P P

ʹ

=

µʹ

µ

=

ʹ

=

µʹ

µ

=

ʹ ʹ

(

)

(

V V

)

dP RT 1 f P P f ln P P ln f f ln RT dP V V P P m , perf m P P m , perf m

ʹ ʹ − = ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ ʹ ʹ ⎥ ⎦ ⎤ ⎢ ⎣ ⎡ ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ ʹ − ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ ʹ = −

¡

Considerações:

§ 

Quando P’→0 o gás

tende à idealidade,

então f’→ P’;

§ 

Assim, →1 quando

P’→0

§ 

Isso corresponde à:

§ 

= 1 no 1

º

termo

¡

Têm-se:

f

P

ʹ

ʹ

f

P

ʹ

ʹ

(

)

(

)

P RTZ V : real gás um Para P RT V : perfeito gás um Para dP V V RT 1 ln P f Como dP V V RT 1 P f ln m m P 0 m , perf m P 0 m , perf m = = − = φ = φ − = ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛

(13)

(

)

dP

P

1

Z

ln

dP

P

RT

P

RTZ

RT

1

ln

dP

V

V

RT

1

ln

P 0 P 0 P 0 m , perf m

=

φ

=

φ

=

φ

Para estimar o valor de φ necessita-se conhecer dados experimentais de Z, desde muito baixas P até a P do cálculo. Z pode ser calculada por uma equação de estado.

Referências

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