a
p
ág
in
a
da
e
du
ca
çã
o
IN
VE
R
N
O
2
01
0
9
7
7
1
6
4
7
3
2
4
0
7
1
I
S
S
N
1
6
4
7
-3
2
4
8
S ér ie II | n º 19 1 | IN V E R N O 2 01 0 | w w w .a p ag in a. p t | 4 eS
ér
ie
II
|
n
º
19
1
graça morais
É fundamental que a Escola
sensibilize para a Arte e para
a Liberdade de pensamento
ouvimos
os professores
Investimento na educação
é arma para combater
a pobreza e a exclusão
PÁGINA
promoveu
colóquio
O próximo século de República
está nas nossas mãos
Manuel Loff
A política educativa da República era profundamente democrática na sua concepção. Outra
coisa foi a sua aplicação
| Hernández Díaz
Los profesores son el eje decisivo de cambio. Sin buenos
profesores no es posible lograr éxito educativo
|
Portugueses mantêm ideia tradicionalista face à pobreza
Nestas democracias industriais e materialistas,
furiosamente empenhadas na luta pelo pão egoísta,
as almas cada dia se tornam mais secas e menos
capazes de piedade.
A Correspondência de Fradique Mendes,
Eça de Queiroz
Boas Festas!
E que, de mãos dadas, saibamos construir um 2011
mais justo e solidário, numa democracia renascida!
A Página da Educação
Profedições
rubricas
Adalberto Dias de Carvalho – Universidade do Porto, Faculdade de Letras
Adelina Silva – Universidade Aberta, Centro de Estudos das Migrações e das Relações Interculturais, Laboratório de Antropologia Visual
Almerindo Janela Afonso – Universidade do Minho, Instituto de Educação e Psicologia, Departamento Sociologia da Educação e Administração Educacional
Américo Nunes Peres – Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Departamento de Educação e Psicologia Ana Efe – Artista plástica
André Escórcio – Escola Básica/Secundária Gonçalves Zarco (Funchal)
Angelina Carvalho – Universidade do Porto, Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação, Centro de Investigação e Intervenção Educativa
António Magalhães – Universidade do Porto, Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação
António Mendes Lopes – Instituto Politécnico de Setúbal, Escola Superior de Educação
António Teodoro – Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, Instituto de Ciências da Educação Ariana Cosme – Universidade do Porto, Faculdade de
Psicologia e de Ciências da Educação
Arsélio de Almeida Martins – Escola Secundária de José Estêvão (Aveiro)
Betina Astride– Escola Básica 1 de Ciborro
Carlos Cardoso – Instituto Politécnico de Lisboa, Escola Superior de Educação
Carlos Mota – Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Departamento de Educação e Psicologia
Casimiro Pinto – Universidade Aberta, Centro de Estudos das Migrações e das Relações Interculturais, Laboratório de Antropologia Visual
David Rodrigues – Universidade Técnica de Lisboa, Fórum de Estudos de Educação Inclusiva
Débora Cláudio – Nutricionista, Administração Regional de Saúde/Norte (Porto)
Domingos Fernandes – Universidade de Lisboa, Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação
Fátima Antunes – Universidade do Minho, Instituto de Educação e Psicologia, Departamento de Sociologia da Educação e Administração Educacional
Felisbela Lopes – Universidade do Minho, Instituto de Ciências Sociais, Departamento de Ciências da Comunicação Fernanda Rodrigues – Universidade Católica Portuguesa Fernando Faria Paulino – Universidade Aberta, Centro de
Estudos das Migrações e das Relações Interculturais, Laboratório de Antropologia Visual
Fernando Santos – Escola Secundária de Valongo Filipe Reis – Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da
Empresa, Departamento de Antropologia
Francisco Marano – Universidade Aberta, Laboratório de Antropologia Visual
Francisco Silva – Engenheiro
Gustavo E. Fischman – Arizona State University, Mary Lou Fulton College of Education (EUA)
Gustavo Pires – Universidade Técnica de Lisboa, Faculdade de Motricidade Humana
Henrique Vaz – Universidade do Porto, Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação
Isabel Baptista – Universidade Católica Portuguesa, Faculdade de Educação e Psicologia
Isabel Menezes – Universidade do Porto, Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação
Ivonaldo Leite – Universidade Federal de Pernambuco (Brasil) Jaime Carvalho e Silva – Universidade de Coimbra, Faculdade
de Ciências
João Barroso – Universidade de Lisboa, Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação
João Paraskeva – Universidade do Minho, Instituto de Educação e Psicologia, Departamento de Currículo e Tecnologia Educativa
João Teixeira Lopes – Universidade do Porto, Faculdade de Letras
Joaquim Marques – Instituto das Comunidades Educativas Jorge Humberto – Mestre em Educação Especial
José António Caride Gómez – Universidade de Santiago de Compostela, Faculdade de Ciências da Educação José Catarino – Instituto Politécnico de Setúbal, Escola
Superior de Educação
José Maria dos Santos Trindade – Instituto Politécnico de Leiria, Escola Superior de Educação
José María Hernández Díaz – Universidade de Salamanca, Faculdade de Educação
José Miguel Lopes – Universidade Estadual de Minas Gerais (Brasil)
José Pacheco – Professor
José Rafael Tormenta – Escola Secundária de Oliveira do Douro (V.N. Gaia)
José Silva Ribeiro – Universidade Aberta, Centro de Estudos das Migrações e das Relações Interculturais, Laboratório de Antropologia Visual
Júlio Conrado – Escritor Júlio Roldão – Jornalista
Jurjo Torres Santomé – Universidade da Corunha, Depar -tamento de Pedagogia e Didáctica
Leonel Cosme – Escritor, investigador
Licínio Lima – Universidade do Minho, Instituto de Educação e Psicologia, Departamento Sociologia da Educação e Administração Educacional
Luís Souta – Instituto Politécnico de Setúbal, Escola Superior de Educação
Manuel António Ferreira da Silva – Universidade do Minho, Instituto de Educação e Psicologia, Departamento Sociologia da Educação e Administração Educacional Manuel Matos – Universidade do Porto, Faculdade de
Psicologia e de Ciências da Educação
Manuel Pinto – Universidade do Minho, Instituto de Ciências Sociais, Departamento de Ciências da Comunicação Manuel Sérgio – Professor jubilado, Universidade Técnica de
Lisboa, Faculdade de Motricidade Humana
Margarida Gama Carvalho – Universidade de Lisboa, Faculdade de Medicina, Instituto de Medicina Molecular Maria Antónia Lopes – Universidade Mondlane (Moçambique) Maria Fátima Nunes – Universidade Aberta, Centro de Estudos das Migrações e das Relações Interculturais, Laboratório de Antropologia Visual
Maria Gabriel Cruz – Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Departamento de Educação e Psicologia Maria João Couto – Universidade do Porto, Faculdade de
Letras
Maria Paula Justiça – Universidade Aberta, Centro de Estudos das Migrações e das Relações Interculturais, Laboratório de Antropologia Visual
Mario Novelli – University of Sussex (Inglaterra) Marisa Vorraber Costa – Universidade Federal do Rio Grande
do Sul e Universidade Luterana do Brasil
Miguel Ángel Santos Guerra – Universidade de Málaga, Departamento de Didáctica e Organização Escolar Nilda Alves – Universidade do Estado do Rio de Janeiro,
Laboratório de Educação e Imagem
Nuno Pereira de Sousa – Médico de Saúde Pública Otília Monteiro Fernandes – Universidade de Trás-os-Montes
e Alto Douro, Departamento de Educação e Psicologia Paula Cristina Pereira – Universidade do Porto, Faculdade de
Letras
Pascal Paulus – Escola Básica Amélia Vieira Luís (Outurela) Paulo Raposo – Instituto Superior de Ciências do Trabalho e
da Empresa, Departamento de Antropologia
Paulo Sgarbi – Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Brasil)
Paulo Teixeira de Sousa – Conservatório de Música do Porto Pedro Silva – Instituto Politécnico de Leiria, Escola Superior de
Educação
Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva – Universidade de São Carlos (Brasil)
Raúl Iturra – Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa
Raquel Goulart Barreto – Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Brasil)
Regina Leite Garcia – Universidade Federal Fluminense, Grupo de Investigação em Alfabetização das Classes Populares
Ricardo Campos – Universidade Aberta, Centro de Estudos das Migrações e das Relações Interculturais, Laboratório de Antropologia Visual
Ricardo Vieira – Instituto Politécnico de Leiria, Escola Superior de Educação
Roberto da Silva – Universidade de São Paulo, Faculdade de Educação (Brasil)
Roger Dale – Universidade de Bristol, Grã-Bretanha Rui Namorado Rosa – Universidade de Évora, Departamento
de Física
Rui Pedro Silva – Universidade do Minho, Centro de Investi -gação em Ciências Sociais
Rui Tinoco – Psicólogo clínico, Administração Regional de Saúde/Norte, Agrupamento de Centros de Saúde do Porto Rui Trindade – Universidade do Porto, Faculdade de Psicologia
e de Ciências da Educação
Sara Pereira – Universidade do Minho, Instituto de Estudos da Criança, Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade Sérgio Bairon – Universidade Aberta, Laboratório de
Antropologia Visual
Susan Robertson – Universidade de Bristol, Grã-Bretanha Susana Faria – Instituto Politécnico de Leiria, Escola Superior
de Educação
Virgínio Sá – Universidade do Minho, Instituto de Educação e Psicologia, Departamento de Sociologia da Educação e Administração Educacional
Visionarium – Centro de Ciência do Europarque (Santa Maria da Feira)
Xavier Bonal – Universidade Autónoma de Barcelona (Espanha) Xavier Úcar – Universidade Autónoma de Barcelona, Depar
-tamento de Pedagogia Sistemática e Social (Espanha)
escritas soltas
Agostinho Santos Silva – Engenheiro
Ana Benavente – Universidade de Lisboa, Instituto de Ciências Sociais
António Branco – Universidade do Algarve
António Brotas – Professor jubilado, Universidade Técnica de Lisboa, Instituto Superior Técnico
Cristina Mesquita Pires – Instituto Politécnico de Bragança, Escola Superior de Educação
Jacinto Rodrigues – Universidade do Porto, Faculdade de Arquitectura
João Pedro da Ponte – Universidade de Lisboa, Faculdade de Ciências, Departamento de Educação
José Alberto Correia – Universidade do Porto, Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação
José Guimarães – Universidade Aberta Luís Vendeirinho – Escritor
Luísa Mesquita – Professora
Manuel Pereira dos Santos – Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Ciências e Tecnologia
Manuel Reis – Professor, investigador
Manuel Sarmento – Universidade do Minho, Instituto de Estudos da Criança
Maria de Lurdes Dionísio – Universidade do Minho, Instituto de Educação e Psicologia
Maria Emília Vilarinho – Universidade do Minho
Rui Canário – Universidade de Lisboa, Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação
Rui Santiago – Universidade de Aveiro
Rui Vieira de Castro – Universidade do Minho, Instituto de Educação e Psicologia
Serafim Ferreira – Escritor, crítico literário
Sofia Marques da Silva – Universidade do Porto, Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação
Telmo Caria – Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Victor Oliveira Jorge – Universidade do Porto, Faculdade de
Letras
á ina
da
educação
PROMOÇÃO de LANÇAMENTO
válida em 2010
Assinar a página da educação é cómodo, económico e seguro
Ao assinar a página da educação, em vez dos 4 euros, pague apenas por número
2,50 euros na assinatura por DOIS anos
3,00 euros na assinatura por UM ano
Esta é uma forma cómoda, económica e segura
de receber em casa a sua
e de fazer parte do colectivo de
O futuro é a ora!
Assinatura
Preço por número
Números por assinatura
Valor a pagar por assinatura
1 Ano
3,00 euros
4 números
12 euros
2 Anos
2,50 euros
8 números
20 euros
Recebe 4 paga 3
Recebe 8 paga 5
Contactos para assinaturas:
Telefone:
226 002 790
Correio electrónico:
apagina@apagina.pt
assinar
pensar o ensino e a educação
reinventar o sistema educativo
DIRECTORA: Isabel Baptista | DIRECTORA
ADJUNTA: Ana Brito Jorge | EDITOR: António
Baldaia
CONSELHO EDITORIAL: Américo Nunes
Peres, Ariana Cosme, Fátima Antunes, Fernando
Santos, Henrique Borges, Paulo Teixeira de
Sousa, José Rafael Tormenta, Rui Trindade
REDACÇÃO: Ricardo Jorge Costa, Teresa Couto
(fotografia)
COLABORAM NESTA EDIÇÃO: Gonçalo
Moreira da Silva (capa), Humberto Lopes, José
Paulo Oliveira, Maria João Leite
SECRETARIADO DA REDACÇÃO: Sílvia Enes
CONTACTOS: Telefone (00 351) 22 600 27 90
Fax (00 351) 22 607 05 31 | E-mail: redaccao@apagina.pt
EDIÇÃO IMPRESSA: Trimestral, publica-se no
1.º dia de cada estação do ano | Preço de capa: 4 €
| Tiragem desta edição: 19.000
PRODUÇÃO GRÁFICA: Multiponto, S.A.|
EMBALAGEM: Notícias Direct | DISTRI BUI
ÇÃO: Logista Portugal – Distribuição de Publi
-cações, S.A.
EDIÇÃO DIGITAL: http://www.apagina.pt
Cumprindo o Estatuto Editorial, a PÁGINA
res-peita e publica as variantes do Português,
Mirandês, Galego e Castelhano. São traduzidos
para Português os textos escritos noutras línguas.
Registo na ERC n.º 116.075 | Depósito Legal n.º
51.935/91 | ISSN 1647-3248
PROPRIEDADE: Profedições, Lda. | Con tri
-buinte n.º 502 675 837 | Capital Social: 5.000
euros | Registo na Conservatória Comercial do
Porto: 49.561
SEDE: Rua D. Manuel II, 51/C – 2.º (sala 25)
4050-345 PORTO (Portugal)
COMPOSIÇÃO DO CAPITAL DA
ENTIDADE PROPRIETÁRIA: Sindicato dos Pro fes
-sores do Norte, 90% | Abel Macedo, 5% | João
Baldaia, 5%
CONSELHO DE GERÊNCIA: Carlos Midões |
João Baldaia
SECRETARIADO DA ADMINISTRAÇÃO / PUB
LI CIDADE / ASSINATURAS: Telefone:
22 600 27 90|
Fax: 22 607 05 31| E-mail: apagina@apagina.pt |
Livros: livros@profedicoes.pt
a
á
g
ina
daeducação
Associação Portuguesa de Imprensa, API
editorial
A mudança necessária e desejada é possível
Isabel Baptista . . . .
pág.
4
MANUEL LOFF
“Sublinho que me parece
par-ticularmente paradoxal o
momento específico, a
con-juntura histórica na qual
esta-mos a comemorar os 100
anos da República, em que o
poder político e económico
actua contra os cidadãos, desejando que
não reflictam, que não reajam, que aceitem
passivamente decisões que constituem
ver-dadeiros ataques aos seus direitos enquanto
cidadãos. De um exército de cidadãos falava
a República há um século. Hoje há,
nitida-mente, um ataque feroz, de um despotismo
pseudo-económico, sobre os cidadãos. Isto
é claramente anti-republicano”.
. . . .
pág.
6
república
Mulheres da 1ª República: a (nossa) dívida
No es justo, no es lógico que el trabajo tenga
que realizarse a costa de la familia, de la salud o
del descanso. Hay que decir basta. Alguien tiene
que poner coto a esta insensatez progresiva.
Ana Brito Jorge . . . .
pág.
13
Viagem aos ideais republicanos
O valor do indivíduo, a formação dos cidadãos, o
papel dos professores ao longo dos 100 anos da
República, foram temas centrais do colóquio
“Educação e Res Publica”, promovido pela
PÁGINA.
Maria João Leite . . . .
pág.
16
Professor, profissão de futuro
Ser professor é uma profissão de futuro – ainda
que uma das marcas mais dramáticas do
pre-sente profissional seja, precisamente, uma
enorme falta de confiança no futuro.
Mário Nogueira . . . .
pág.
20
O debate e a acção devem prosseguir
O debate e a acção devem prosseguir em torno
da educação e da res publica, em torno da
edu-cação no espaço público. Por nós, prosseguirão.
Ana Brito Jorge . . . .
pág.
24
formação e trabalho
Ainda a República: o analfabetismo
Fechou-se o ciclo do centenário, mas talvez
venha ainda a propósito invocar algumas
ques-tões em aberto entre Educação e República.
Uma delas é a do analfabetismo.
Manuel Matos . . . .
pág.
25
entrelinhas e rabiscos
Ensino e política de significações
Museus, teatros, jornais, laboratórios, fábricas,
centros de dia, ou simplesmente o jardim ou a
caixa registadora do bar da escola, e enfim, a rua
em que moramos, são potenciais espaços e
tem-pos de aprendizagem.
José Rafael Tormenta . . . .
pág.
26
discurso directo
As palavras, ainda…
Este é um tempo em que teremos de entender,
definitivamente, que o rigor terá de ser assumido
como instrumento estratégico de acção e de
resistência política.
Ariana Cosme e Rui Trindade . . . .
pág.
28
da ciência e da vida
Por que faltam professores de Matemática
em Portugal?
Ninguém pode ser considerado professor pelo
facto de se ter candidatado a um concurso,
mesmo que esporadicamente tenha dado aulas
em substituição de um professor.
Jaime Carvalho e Silva . . . .
pág.
30
reconfigurações
A universidade neoliberal, a crise e a
solida-riedade
No Reino Unido já se acena com a privatização
do Ensino Superior. Na Colômbia, o académico
Miguel Beltrán recusou-se a ficar calado face à
repressão e está detido desde Maio.
Mário Novelli . . . .
pág.
32
sumário
2
I
3
INvERNO 2010 I N.º191JOSÉ HERNÁNDEZ DÍAZ
El acceso a los bienes de la
Educación y de la escuela
obligatoria de millones de
ciu-dadanos ha generado nuevos
problemas de orden
cuantita-tivo, y sobre todo cualitativo.
Ello obliga a un tratamiento
científico de las nuevas circunstancias, con
criterios de firme racionalidad. No es
sufi-ciente lo que entonces se conocía como la
vocación pedagógica, la pedagogía del amor,
de la paciencia, aunque todas estas formas
de educar sean instrumentos
imprescindi-bles en un proceso educativo. Hay que
saber añadir el valor especial que
repre-senta la actuación pedagógica planteada
con la necesaria racionalidad, formación,
espíritu científico, crítico en definitiva.
. . . .
pág.
34
pedagogia social
Conocer, aprender, cambiar
Los três se constituyen como la base o el caldo
de cultivo, a partir del cual los procesos de toma
de conciencia y de empoderamiento van a
cons-tituir a los sujetos individuales y comunitarios.
Xavier Úcar . . . .
pág.
40
a escola que aprende
Comaprender
A Escola restringe oportunidades de aprender
através de modelos de interacção. Talvez fosse de
perguntar se a avidez pelas TIC não será
com-pensatória da pobreza relacional que a Escola
oferece.
David Rodrigues . . . .
pág.
42
observatório
Para além do discurso do mérito
A igualdade depende da criação de condições
diferentes que permitam o acesso de crianças e
jovens diferentes às mesmas oportunidades de
sucesso.
Isabel Menezes . . . .
pág.
44
impasses e desafios
Produtividade: quando o trabalho é esforço…
Se o desemprego dos mais qualificados sobe, é
a formação nas universidades não é de
quali-dade; se o emprego dos menos qualificados
sobe, é por causa do abandono e do insucesso
escolar...
Henrique Vaz . . . .
pág.
46
transformações
A patologização da diferença em territórios
escolares
Se o aluno diferente for enviado
sistematica-mente para o psicólogo da escola, a intenção de
mediar tensões e diversidades pode resultar
numa visão dos territórios mais próxima de um
hospital do que de uma escola para todos.
Ana Vieira e Ricardo Vieira . . . .
pág.
48
afinal onde está a escola?
Gênero, sexualidade e seus desafios aos
cur-rículos
Os currículos não são neutros e não acontecem
em vazios culturais, políticos, ideológicos e
eco-nômicos.
Marcio Caetano . . . .
pág.
50
olhares de fora
Diversidade e identidades nas escolas
Precisamos aprender a reconhecer e acolher
dis-tintos modos de ser, variadas experiências de
vida, particularmente daqueles que forjam sua
existência em sociedade que os desqualifica,
mar-ginaliza, explora.
Petronilha Gonçalves e Silva . . . .
pág.
52
Filmes de infância ou filmes sobre a infância?
Frequentemente, os filmes de infância revelam
processos figurativos, narrativos, lineares. Mas
existe uma outra categoria, que busca uma
ima-gem diferente ou mais justa da infância.
José Miguel Lopes . . . .
pág.
54
comunicação e escola
Literacia, media e cidadania
Ou fazemos de conta, ou nem nos apercebemos
que o défice de informação pública constitui uma
permanente ameaça à vida das pessoas e à vida
democrática.
Manuel Pinto . . . .
pág.
56
Olhares e funções
Literacia, media e cidadania
A discussão do que se vê não é simples. Implica
uma multiplicidade de questões como o
fan-tasma do olhar cultural, nas suas relações com
lugares sociais e posições assumidas.
Raquel Goulart Barreto . . . .
pág.
58
educação desportiva
Literacia, media e cidadania
O Movimento Olímpico foi um espaço onde, em
alternativa à guerra dura e pura, os homens
colo-caram nos terrenos desportivos a sua
necessi-dade inata de confrontação.
Gustavo Pires . . . .
pág.
59
coisas do tempo
CHISAE
Children’s Songs Across Europe é um projecto
eTwinning, fruto de um momento de inspiração
portuguesa e de um grupo de professores e
alu-nos de cinco países europeus.
Betina Astride . . . .
pág.
60
em foco
Portugueses mantêm ideia tradicionalista
face à pobreza
O Ano Europeu de Combate à Pobreza e à
Exclusão Social chega ao fim. Um ano de
iniciati-vas através das quais se procurou chamar a
aten-ção da opinião pública e mobilizar o poder
polí-tico e a sociedade civil.
Ricardo Jorge Costa . . . .
pág.
62
Investimento na educação é a arma para
combater a pobreza e a exclusão
Procurámos saber a opinião dos docentes sobre
a pertinência do Ano Europeu. Questionámos o
que pensam, quais as respostas possíveis e até
que ponto as escolas estão sensibilizadas para
estas questões.
Ricardo Jorge Costa . . . .
pág.
68
protecção de menores
O direito a viver em família
O sistema de protecção de menores está
cen-trado no acolhimento em instituição, numa
ten-dência que se tem acentuado e que não tem
paralelo na União Europeia.
Paulo Delgado . . . .
pág.
72
quotidianos
Os tortos adquiridos
Só tem direitos adquiridos quem já tem muito.
Os banqueiros, por exemplo, que reclamam por
menos Estado, querem que o Estado lhes dê
dinheiro. E o Estado dá!
Carlos Mota . . . .
pág.
75
saúde escolar
E os encarregados de educação?
Com planeamento e atenção especial aos
recur-sos disponíveis e aos contextos de aplicação, é
possível integrar os encarregados de educação
em programas de promoção de saúde.
Nuno Pereira de Sousa . . . .
pág.
76
Netiquete:
uma proposta de intervenção em
grupo
O mais importante na utilização da internet não
é a tecnologia ou o suporte informático, mas a
reinvenção de valores educacionais, morais e
éti-cos nos mundos virtuais.
visionarium
Biodiesel
O problema energético assenta em três vertentes:
escassez de recursos; dependência dos povos
rela-tivamente aos países detentores de reservas de
combustíveis fósseis; agravamento da poluição
ambiental.
Visionarium, Departamento
de Conteúdos Científicos . . . .
pág.
80
GRAÇA MORAIS
“Eu sempre gostei muito de
dar aulas, e tive, nesse
aspecto, uma relação muito
especial com a Escola Básica
de Guimarães. Foi onde tive
os alunos mais criativos e o
meio ambiente mais
dor – toda a cidade era, aliás, muito
inspira-dora. E como dei aulas logo após o 25 de
Abril, tive a sorte de usufruir de uma
grande liberdade de trabalho. Penso que
foram anos muito ricos para mim, porque
aprendi com os alunos e também sinto que
lhes dei muito. Hoje em dia, ainda encontro
muitos deles, já adultos e com filhos, e o
reencontro é sempre muito gratificante.
E sinto o mesmo da parte deles. Acho que
foi o lugar onde fui melhor professora”.
. . . .
pág.
82
cinema
“Metropolis” renascido
Depois de uma produção atribulada e de cortes
indiscriminados dos produtores, está disponível a
director´s cut, embora ainda não a definitiva.
Paulo Teixeira de Sousa . . . .
pág.
90
textos bissextos
In memoriam
Arthur Penn
Para o autor de Vício de Matar, um filme só fazia
sentido se reflectisse as preocupações e as
ten-sões sociais, embora pudessem não estar
directa-mente representados factos ou situações
Salvato Teles de Menezes . . . .
pág.
92
Desesperadamente procurando um crítico
literário
Acredito que o tenha feito por ingenuidade, por
imaginar que basta pôr cá fora um livro “à José
Rodrigues dos Santos” para que todas as portas
se abram.
Júlio Conrado . . . .
pág.
94
escritas soltas
A literacia como expressão de progresso
Todos os dias surgem novos veículos que
con-vidam a uma nova relação com os objectos de
comunicação. Nisto, estamos numa idade das
trevas, para a maioria dos cidadãos.
Luís Vendeirinho . . . .
pág.
96
divulgação
Um património precioso
Reduzir José Afonso ao cantor de intervenção é
induzir no grande contingente de distraídos a
ideia de menoridade artística, (mal) associada à
canção política.
Guilhermino Monteiro, João Lóio,
José Mário Branco e Octávio Fonseca .
pág.
98
Porto sentido
Quem quiser entender o Porto e a sua
identi-dade, terá de perceber o significado das glórias
do futebol para uma cidade que não desistem
de condenar a uma modorra e a uma vida
vege-tativa.
Miguel Carvalho . . . .
pág.
100
viajar
O neo-realismo na ilustração
A Casa-Museu Manuel Ribeiro de Pavia tem um
pequeno, mas significativo, acervo de um dos
mais notáveis ilustradores do século XX
portu-guês.
Humberto Lopes . . . .
pág.
102
em português
Tempo de balanço
Em tempo de balanço apuram-se os resultados,
para saber se se deve continuar, se se deve
declarar a insolvência ou a falência.
Leonel Cosme . . . .
pág.
106
opinião
Por uma “revolução integrada”
O presidente do Governo da Madeira não quer
pessoas educadas, confiantes e de livre
pensa-mento. A manutenção de uma certa ignorância
faz parte do sistema e do seu projecto.
André Escórcio . . . .
pág.
108
Charme de Basie contagiou o “Charmoso”
e Sinatra aplaudiu
Quem canta bem, canta bem qualquer coisa. E
cantar bem não é exibir oitavas graves e agudas,
é respeitar as palavras e atribuir-lhes o tempo
em que o compositor se inspirou.
António Ferro . . . .
pág.
110
dizeres
Messenger: Stooooooooora!
Marisa tinha as defesas sempre erguidas, com
tendência para partir para o ataque mesmo
antes de perceber o que se queria dela...
Angelina Carvalho . . . .
pág.
112
breves
Alunos portugueses com evolução
“impres-sionante”
. . . .
pág.
29
12 mulheres pelo direito a cantar
. . . .
pág.
51
Prémio Carlos de Oliveira distinguiu
O Novíssimo Testamento
de Mário Lúcio
. . . .
pág.
55
“O Rapaz do Espelho” regressa à Vilarinha
. . . .
pág.
61
Na edição anterior não foi indicada
a autoria da ilustração da página
70/71. Trata-se de uma foto grafia
sem título, da série Encontros 2007,
de Rosana Sobreiro.
4
I
5
INvERNO 2010 I N.º191Quando regresso à aldeia, por exemplo, peço sempre que me guardem batatas
greladas. Isto, porque estabeleço uma relação entre a velhice das batatas – que
quando começam a grelar já não servem para comer – e a velhice das pessoas...
De certa forma, acho que a batata continua viva, porque continua a desenvolver
tubérculos, a crescer e a ganhar outras formas. As pessoas, na sua velhice, também
podem deixar de ser úteis num determinado trabalho – naquilo que
habitual-mente se considera produtividade –, mas continuam a ganhar uma beleza e um
desenvolvimento no seu aspecto.
[Graça Morais, na pág. 84 desta edição]
Por vocação editorial, e tal como desejou o seu fundador, José Paulo Serralheiro, a
PÁGINA cumpre a meta de periodicidade trimestral em acerto com as mudanças
de estação previstas no calendário. Um modo simbólico de reafirmar a
perseve-rança de um compromisso com a dimensão mais fecunda, dinâmica e esperançosa
do tempo. Desta vez, a revista chega aos leitores na entrada de uma nova estação
e de um novo ano civil e num período histórico ensombrado pela recessão
eco-nómica, pelo aumento da pobreza, pela alarmante perda de salários e postos de
trabalho e, de um modo geral, pela tendencial privação de direitos humanos
fun-damentais, conquistados ao longo de processos de luta admiráveis e muito
sofri-dos. Sendo ainda certo que a “factura” mais pesada continua a cair sobre os mais
indefesos e vulneráveis, ferindo assim de morte o ideal que faz pulsar a
constru-ção solidária da cidadania. Desde logo, e como lembra recorrentemente o
soció-logo Robert Castel, a privação de condições básicas de subsistência e
autonomi-zação representa uma “amputação da cidadania social” e, por consequência, da
cidadania política. O pleno exercício de direitos e deveres de cidadania é
incom-patível com situações de carência e dependência.
Este é, pois, um momento de “balanço crítico”. Um momento que reclama, talvez
mais do que nunca, sensibilidade relacional, lucidez e ousadia reflexiva. O desafio em
causa obriga a repensar modos de ser, viver e conviver, passando mesmo pelo que
“habitualmente se considera produtividade”, como sugere a pintora Graça Morais,
remetendo-nos para a lição essencial sobre as pessoas e a sua capacidade de
meta-morfose. Afinal de contas, o que significa “envelhecer” numa sociedade como a nossa?
Em que medida está a nossa sociedade preparada para acolher os ganhos
civilizacio-nais resultantes do aumento de esperança de vida? Em nosso entender, esta
interpe-lação constitui um desafio incontornável da racionalidade educacional
contemporâ-nea, tanto numa perspectiva de pedagogia escolar como social.
Em 2010, Portugal celebrou o centenário da sua primeira república, considerada
uma “época de ouro” no que se refere ao desenvolvimento cultural e sociopolítico
do país e à emergência de processos de emancipação cívica, com destaque para a
educação que, em rigor, constituiu um dos eixos estruturantes do projecto
repu-blicano. Coroando uma dinâmica de partilha e reflexão iniciada no primeiro
número de 2010, com testemunho do saudoso Rogério Fernandes, a edição de
Inverno oferece mais um conjunto de textos sobre Educação e Res Publica, alguns
ed
itorial
A mudança necessária
e desejada é possível
deles gerados a partir do Colóquio promovido pela PÁGINA e pelo Sindicato dos
Professores do Norte (SPN), a 2 de Outubro, e prestigiado com o contributo de
nomes como Hernández Diáz, Manuel Loff, António Teodoro, Paulo Sucena e
Mário Nogueira. Sem esquecer o texto de Ana Brito Jorge, pela pertinência da
cha-mada de atenção em relação ao papel qualificado e distintivo das mulheres.
Em 2010, Portugal associou-se às iniciativas do Ano Europeu de Combate à Pobreza
e à Exclusão Social que, em termos gerais, visavam mobilizar o poder político e toda
a sociedade civil para este combate urgente. Apresentamos nesta edição uma
pri-meira apreciação sobre este Ano Europeu. Como podemos constatar, a par de uma
visão global positiva, verbalizada designadamente pelo coordenador nacional,
eviden-ciam-se algumas frustrações. As organizações não governamentais alertam para o
facto de as representações sociais dos portugueses sobre a pobreza e as suas
cau-sas continuarem a ser bastante conservadoras, indicando necessidade de formação
a este nível. Na verdade, vivemos tempos muito difíceis que pedem mais
democra-cia, mais justiça e solidariedade. Mais e melhor educação, portanto.
Com estas preocupações em referência, em 2011, a PÁGINA procurará estar
especialmente atenta às questões que se prendem com o lugar da educação na
promoção de condições de coesão e justiça social, seguindo assim uma linha de
aprofundamento do tema Educação e Res Publica. Continuaremos nesse sentido a
desenvolver contacto com as escolas e com outros espaços educacionais e cívicos,
num apelo reforçado ao contributo de investigadores, educadores e, em geral, de
cidadãos interessados.
Por último, dirigimos um pedido muito especial a todos os amigos, leitores e
colabo-radores. Em 2011, a PÁGINA, mais uma vez em parceria com o SPN, propõe-se
pro-mover uma homenagem a José Paulo Serralheiro que deverá culminar com uma
ini-ciativa pública no mês de Outubro. Ao longo destes dois anos foram muitos os que
nos digiram mensagens de saudade e apreço pelo modo ímpar de ser e fazer do Zé
Paulo. Pedimos agora que nos façam chegar sugestões, indicação de disponibilidade,
textos ou outros registos que nos ajudem a concretizar, com afecto, alegria e muita
esperança, este projecto.
Num contexto de depressão colectiva, favorável a derivas totalitárias e ao
predo-mínio de respostas sociais de carácter assistencialista, este tipo de memória –
res-ponsável, solidária e prospectiva – constitui, certamente, um dos melhores
antído-tos contra a descrença e o conformismo. Como se diz num dos texantído-tos em
evidên-cia nesta edição, afinal, “os sonhos também ganham taças”. Sonhos que, neste caso,
se querem democrática e prodigamente coloridos, à medida da igualdade que
deve brilhar no rosto de casa ser humano.
Porque a mudança necessária e desejada é possível, façamos juntos um 2011
mais lúcido, solidário e justo!
Isabel Baptista
a
p
ág
in
a
da
e
du
ca
çã
o
IN
VE
R
N
O
2
01
0
9
7
7
1
6
4
7
3
2
4
0
7
1
I
S
S
N
1
6
4
7
-3
2
4
8
S ér ie II | n º 19 1 | IN V E R N O 2 01 0 | w w w .a p ag in a. p t | 4 eS
ér
ie
II
|
n
º
19
1
graça morais
É fundamental que a Escola
sensibilize para a Arte e para
a Liberdade de pensamento
ouvimos
os professores
Investimento na educação
é arma para combater
a pobreza e a exclusão
PÁGINA
promoveu
colóquio
O próximo século de República
está nas nossas mãos
Manuel Loff
A política educativa da República era profundamente democrática na sua concepção. Outra
coisa foi a sua aplicação
| Hernández Díaz
Los profesores son el eje decisivo de cambio. Sin buenos
profesores no es posible lograr éxito educativo
|
Portugueses mantêm ideia tradicionalista face à pobreza
Nestas democracias industriais e materialistas,
furiosamente empenhadas na luta pelo pão egoísta,
as almas cada dia se tornam mais secas e menos
capazes de piedade.
A Correspondência de Fradique Mendes,
Eça de Queiroz
Boas Festas!
E que, de mãos dadas, saibamos construir um 2011
mais justo e solidário, numa democracia renascida!
A Página da Educação
Profedições
rubricas
Adalberto Dias de Carvalho – Universidade do Porto, Faculdade de Letras
Adelina Silva – Universidade Aberta, Centro de Estudos das Migrações e das Relações Interculturais, Laboratório de Antropologia Visual
Almerindo Janela Afonso – Universidade do Minho, Instituto de Educação e Psicologia, Departamento Sociologia da Educação e Administração Educacional
Américo Nunes Peres – Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Departamento de Educação e Psicologia Ana Efe – Artista plástica
André Escórcio – Escola Básica/Secundária Gonçalves Zarco (Funchal)
Angelina Carvalho – Universidade do Porto, Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação, Centro de Investigação e Intervenção Educativa
António Magalhães – Universidade do Porto, Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação
António Mendes Lopes – Instituto Politécnico de Setúbal, Escola Superior de Educação
António Teodoro – Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, Instituto de Ciências da Educação Ariana Cosme – Universidade do Porto, Faculdade de
Psicologia e de Ciências da Educação
Arsélio de Almeida Martins – Escola Secundária de José Estêvão (Aveiro)
Betina Astride– Escola Básica 1 de Ciborro
Carlos Cardoso – Instituto Politécnico de Lisboa, Escola Superior de Educação
Carlos Mota – Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Departamento de Educação e Psicologia
Casimiro Pinto – Universidade Aberta, Centro de Estudos das Migrações e das Relações Interculturais, Laboratório de Antropologia Visual
David Rodrigues – Universidade Técnica de Lisboa, Fórum de Estudos de Educação Inclusiva
Débora Cláudio – Nutricionista, Administração Regional de Saúde/Norte (Porto)
Domingos Fernandes – Universidade de Lisboa, Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação
Fátima Antunes – Universidade do Minho, Instituto de Educação e Psicologia, Departamento de Sociologia da Educação e Administração Educacional
Felisbela Lopes – Universidade do Minho, Instituto de Ciências Sociais, Departamento de Ciências da Comunicação Fernanda Rodrigues – Universidade Católica Portuguesa Fernando Faria Paulino – Universidade Aberta, Centro de
Estudos das Migrações e das Relações Interculturais, Laboratório de Antropologia Visual
Fernando Santos – Escola Secundária de Valongo Filipe Reis – Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da
Empresa, Departamento de Antropologia
Francisco Marano – Universidade Aberta, Laboratório de Antropologia Visual
Francisco Silva – Engenheiro
Gustavo E. Fischman – Arizona State University, Mary Lou Fulton College of Education (EUA)
Gustavo Pires – Universidade Técnica de Lisboa, Faculdade de Motricidade Humana
Henrique Vaz – Universidade do Porto, Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação
Isabel Baptista – Universidade Católica Portuguesa, Faculdade de Educação e Psicologia
Isabel Menezes – Universidade do Porto, Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação
Ivonaldo Leite – Universidade Federal de Pernambuco (Brasil) Jaime Carvalho e Silva – Universidade de Coimbra, Faculdade
de Ciências
João Barroso – Universidade de Lisboa, Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação
João Paraskeva – Universidade do Minho, Instituto de Educação e Psicologia, Departamento de Currículo e Tecnologia Educativa
João Teixeira Lopes – Universidade do Porto, Faculdade de Letras
Joaquim Marques – Instituto das Comunidades Educativas Jorge Humberto – Mestre em Educação Especial
José António Caride Gómez – Universidade de Santiago de Compostela, Faculdade de Ciências da Educação José Catarino – Instituto Politécnico de Setúbal, Escola
Superior de Educação
José Maria dos Santos Trindade – Instituto Politécnico de Leiria, Escola Superior de Educação
José María Hernández Díaz – Universidade de Salamanca, Faculdade de Educação
José Miguel Lopes – Universidade Estadual de Minas Gerais (Brasil)
José Pacheco – Professor
José Rafael Tormenta – Escola Secundária de Oliveira do Douro (V.N. Gaia)
José Silva Ribeiro – Universidade Aberta, Centro de Estudos das Migrações e das Relações Interculturais, Laboratório de Antropologia Visual
Júlio Conrado – Escritor Júlio Roldão – Jornalista
Jurjo Torres Santomé – Universidade da Corunha, Depar -tamento de Pedagogia e Didáctica
Leonel Cosme – Escritor, investigador
Licínio Lima – Universidade do Minho, Instituto de Educação e Psicologia, Departamento Sociologia da Educação e Administração Educacional
Luís Souta – Instituto Politécnico de Setúbal, Escola Superior de Educação
Manuel António Ferreira da Silva – Universidade do Minho, Instituto de Educação e Psicologia, Departamento Sociologia da Educação e Administração Educacional Manuel Matos – Universidade do Porto, Faculdade de
Psicologia e de Ciências da Educação
Manuel Pinto – Universidade do Minho, Instituto de Ciências Sociais, Departamento de Ciências da Comunicação Manuel Sérgio – Professor jubilado, Universidade Técnica de
Lisboa, Faculdade de Motricidade Humana
Margarida Gama Carvalho – Universidade de Lisboa, Faculdade de Medicina, Instituto de Medicina Molecular Maria Antónia Lopes – Universidade Mondlane (Moçambique) Maria Fátima Nunes – Universidade Aberta, Centro de Estudos das Migrações e das Relações Interculturais, Laboratório de Antropologia Visual
Maria Gabriel Cruz – Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Departamento de Educação e Psicologia Maria João Couto – Universidade do Porto, Faculdade de
Letras
Maria Paula Justiça – Universidade Aberta, Centro de Estudos das Migrações e das Relações Interculturais, Laboratório de Antropologia Visual
Mario Novelli – University of Sussex (Inglaterra) Marisa Vorraber Costa – Universidade Federal do Rio Grande
do Sul e Universidade Luterana do Brasil
Miguel Ángel Santos Guerra – Universidade de Málaga, Departamento de Didáctica e Organização Escolar Nilda Alves – Universidade do Estado do Rio de Janeiro,
Laboratório de Educação e Imagem
Nuno Pereira de Sousa – Médico de Saúde Pública Otília Monteiro Fernandes – Universidade de Trás-os-Montes
e Alto Douro, Departamento de Educação e Psicologia Paula Cristina Pereira – Universidade do Porto, Faculdade de
Letras
Pascal Paulus – Escola Básica Amélia Vieira Luís (Outurela) Paulo Raposo – Instituto Superior de Ciências do Trabalho e
da Empresa, Departamento de Antropologia
Paulo Sgarbi – Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Brasil)
Paulo Teixeira de Sousa – Conservatório de Música do Porto Pedro Silva – Instituto Politécnico de Leiria, Escola Superior de
Educação
Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva – Universidade de São Carlos (Brasil)
Raúl Iturra – Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa
Raquel Goulart Barreto – Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Brasil)
Regina Leite Garcia – Universidade Federal Fluminense, Grupo de Investigação em Alfabetização das Classes Populares
Ricardo Campos – Universidade Aberta, Centro de Estudos das Migrações e das Relações Interculturais, Laboratório de Antropologia Visual
Ricardo Vieira – Instituto Politécnico de Leiria, Escola Superior de Educação
Roberto da Silva – Universidade de São Paulo, Faculdade de Educação (Brasil)
Roger Dale – Universidade de Bristol, Grã-Bretanha Rui Namorado Rosa – Universidade de Évora, Departamento
de Física
Rui Pedro Silva – Universidade do Minho, Centro de Investi -gação em Ciências Sociais
Rui Tinoco – Psicólogo clínico, Administração Regional de Saúde/Norte, Agrupamento de Centros de Saúde do Porto Rui Trindade – Universidade do Porto, Faculdade de Psicologia
e de Ciências da Educação
Sara Pereira – Universidade do Minho, Instituto de Estudos da Criança, Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade Sérgio Bairon – Universidade Aberta, Laboratório de
Antropologia Visual
Susan Robertson – Universidade de Bristol, Grã-Bretanha Susana Faria – Instituto Politécnico de Leiria, Escola Superior
de Educação
Virgínio Sá – Universidade do Minho, Instituto de Educação e Psicologia, Departamento de Sociologia da Educação e Administração Educacional
Visionarium – Centro de Ciência do Europarque (Santa Maria da Feira)
Xavier Bonal – Universidade Autónoma de Barcelona (Espanha) Xavier Úcar – Universidade Autónoma de Barcelona, Depar
-tamento de Pedagogia Sistemática e Social (Espanha)
escritas soltas
Agostinho Santos Silva – Engenheiro
Ana Benavente – Universidade de Lisboa, Instituto de Ciências Sociais
António Branco – Universidade do Algarve
António Brotas – Professor jubilado, Universidade Técnica de Lisboa, Instituto Superior Técnico
Cristina Mesquita Pires – Instituto Politécnico de Bragança, Escola Superior de Educação
Jacinto Rodrigues – Universidade do Porto, Faculdade de Arquitectura
João Pedro da Ponte – Universidade de Lisboa, Faculdade de Ciências, Departamento de Educação
José Alberto Correia – Universidade do Porto, Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação
José Guimarães – Universidade Aberta Luís Vendeirinho – Escritor
Luísa Mesquita – Professora
Manuel Pereira dos Santos – Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Ciências e Tecnologia
Manuel Reis – Professor, investigador
Manuel Sarmento – Universidade do Minho, Instituto de Estudos da Criança
Maria de Lurdes Dionísio – Universidade do Minho, Instituto de Educação e Psicologia
Maria Emília Vilarinho – Universidade do Minho
Rui Canário – Universidade de Lisboa, Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação
Rui Santiago – Universidade de Aveiro
Rui Vieira de Castro – Universidade do Minho, Instituto de Educação e Psicologia
Serafim Ferreira – Escritor, crítico literário
Sofia Marques da Silva – Universidade do Porto, Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação
Telmo Caria – Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Victor Oliveira Jorge – Universidade do Porto, Faculdade de
Letras