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REFERÊNCIAS: SACHS & LARRAIN, CAP 3.

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Academic year: 2021

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REFERÊNCIAS: SACHS & LARRAIN, CAP 3.

Obs.: Estas notas de aula não foram submetidas a revisão definitiva, tendo como única finalidade a orientação da apresentação em classe. Comentários são bem vindos e podem ser enviados a rsaldanha@actiomercatoria.com.br. Reprodução sob quaisquer meios ou distribuição proibida sem autorização prévia do autor.

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I. Conceitos Preliminares:

• Produto de Pleno Emprego (potencial)

• Taxa de desemprego

• Lei de Okun

• Flutuações (longas e curtas)

• Modelo Clássico e Keynesiano (curto e longo prazos, o papel das fricções)

II. Oferta Agregada (OA)

• def. OA é a quantidade total de bens e serviços que a totalidade das firmas de uma economia está disposta a ofertar em determinado período de tempo, a um dado nível de preços (e salários).

• def. Curva de OA é dada pelas quantidades totais de bens e serviços que a totalidade das firmas de uma economia está disposta a ofertar em determinado período de tempo, aos diferentes níveis de preços (e salários).

• Modelo: Economia Fechada, um único bem (cesta de bens), tecnologia sujeita a rendimentos marginais decrescentes, estoque de capital fixo, mão-de-obra homogênea.

• Lógica do Modelo: Analisam-se as decisões de oferta de mão-de-obra e demanda por mão-de-obra para agentes representativos (médios). Associando o equilíbrio no mercado de trabalho com a função de produção, determina-se a oferta agregada para um determinado nível de preços. Fazendo variar os preços, determina-se a curva de oferta agregada.

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• Função de Produção da Firma Representativa:

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0 "Lei" dos Rendimentos Marginais Decrescentes

K L L Q Q K L Q Q Q PMg PMg K L PMg L τ τ = ∂ = >= >> ∂ ∂ ∂ ∂ <

III. Mercado de Trabalho

a) Demanda (quem demanda trabalho, LD, são as firmas):

• Objetivo das firmas: maximizar os Lucros escolhendo quanto produzir (para K fixo, a decisão corresponde a escolher quanto de L usar), sujeita à tecnologia disponível (no caso com rendimentos marginais decrescentes), aos preços de mercado e aos salários nominais.

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• Regra de escolha ótima de utilização de insumos: P x PMgL = W, ou seja,

cada hora de trabalho adicional gera uma determinada qtde. de produto (PMgL),

que significa um acréscimo de receitas de P x PMgL, onde P é o preço do bem

produzido. Se P x PMgL < W (o valor nominal de uma hora de trabalho), não vale

a pena contratar esta hora adicional, se P x PMgL > W, vale a pena contratar a

hora adicional, o que gera uma nova e menor PMgL e exige nova comparação. O

processo só termina quando PMgL = W/P e os lucros são máximos.

• Como a PMgL é decrescente (pela Lei dos Rendimentos Marginais

decrescentes, a Curva de Demanda de Trabalho (LD) será negativamente inclinada

no plano (L, W/P). (ver figs. 3.2 a 3.4)

• Efeitos de ganhos tecnológicos sobre a LD.

b) Oferta (quem oferta trabalho, LS, são os trabalhadores):

• Objetivo: maximizar a Utilidade que depende do Consumo e do Trabalho. Supõe-se que a utilidade aumenta quando C aumenta e diminui quando L aumenta. Para poder consumir, contudo, os agentes precisam obter renda, vale dizer, ofertar trabalho.

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0; 0 U U C L U U C L = ∂ >< ∂ ∂

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• Regra de escolha ótima de oferta de trabalho: P UMg W UMgL = C − . O

trabalho gera desutilidade, mas também traz renda, que permite o consumo, fonte de utilidade. Quanto poderá ser consumido depende do salário real recebido (W/P) e do número de horas trabalhadas. Para ofertar mais horas de trabalho, os trabalhadores exigem salários reais maiores, por este motivo, a LS é

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c) O equilíbrio no mercado de trabalho:

• Sobre a LS os trabalhadores maximizam sua utilidade (estão ofertando a

quantidade de L que desejam ao salário real associado) e sobre a LD as firmas

maximizam os lucros (estão demandando a quantidade de L que desejam aos salários reais associados). Assim, o salário real que satisfaça, simultaneamente, ofertantes e demandantes é o salário real de equilíbrio. Este salário real é definido na intersecção da LS com a LD.

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• Obs. Supõe-se que o mercado de trabalho seja competitivo (nenhum agente consegue afetar os preços de equilíbrio, são todos tomadores de preços). Nesta situação diz-se que há Pleno Emprego.

d) A Curva de Oferta Agregada Clássica

• O modelo clássico é aquele em que se desconsideram as fricções nos mercados que estarão, portanto, sempre equilibrados. Para K fixo, portanto, todos os recursos estarão sendo empregados eficientemente, não havendo interesse por alterar as decisões ótimas dos agentes. Normalmente isto significa supor ausência de problemas informacionais, inexistência de custos de transação, perfeita mobilidade de fatores, entre outros motivos que possam levar a erros ou demora concretização das escolhas individuais. Por esta razão, a situação considerada no modelo clássico tende a ser identificada com horizontes de planejamento mais longos: dê tempo aos mercados e eles resolverão eventuais desequilíbrios, chegando à solução ótima.

• A partir do equilíbrio no mercado de trabalho determina-se a quantidade ótima de L utilizada que, posta na função de produção, gera a quantidade de bens que serão produzidos àquele salário real. No mercado ideal, os agentes conseguem alterar instantaneamente os salários nominais em razão de uma eventual alteração nos preços, mantendo os salários reais intactos. Assim, os preços não interferem na oferta agregada, vale dizer, a curva de oferta agregada é vertical.

• Para contemplar a possibilidade de desemprego no modelo clássico, inexoravelmente, é necessário incorporar algum tipo de imperfeição de mercado. A imperfeição tipicamente admitida nesta classe de modelos é a existência de custos para encontrar empregos quando de uma demissão ou ao ingressar no mercado de trabalho. Este tipo de custos faz com que, em determinado instante de tempo, existam pessoas querendo trabalhar ou empresários querendo contratar mais mão da obra, sem sucesso. Este é o desemprego friccional.

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• Ganhos tecnológicos no modelo clássico.

e) A Curva de Oferta Agregada Keynesiana

• No modelo keynesiano têm-se como grande inovação a incorporação explícita de fricções, de algum tipo de rigidez, que impede o equilíbrio instantâneo no mercado de trabalho. Neste caso, o salário real poderá estar sendo praticado em pontos acima do equilíbrio de mercado (desemprego involuntário) ou abaixo dele. A situação de desemprego é a mais explorada na literatura, e normalmente é incorporada pela suposição de que os salários nominais (W) são rígidos. Se isto ocorre, à medida que haja excesso de oferta de trabalho, o caminho para a

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solução dos desequilíbrios é uma elevação nos preços das mercadorias. Com preços maiores o salário real é menor e a oferta agregada é maior. Assim, a curva de oferta agregada keynesiana tradicional têm inclinação positiva (sem chegar a ser vertical) no plano (Q, P).

A curva de oferta keynesiana sugere a existência de um trade-off entre

inflação e desemprego. Quanto menor o desemprego, maior a inflação.

• Num caso keynesiano extremo, a curva de oferta agregada é horizontal. Nesta situação, os preços não mostram relação com a produção agregada, vale dizer, é possível expandir a produção sem causar inflação.

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f) Comparação entre as três curvas de oferta agregada

• Aparentemente, as três curvas de oferta representam visões de mundo completamente diferentes e, portanto, excluem-se mutuamente. Esta percepção é falsa. Na verdade, os três modelos são pertinentes e operam concomitantemente. O que distingue as três situações é a diferença no intervalo de tempo considerado para que a economia retorne ao equilíbrio. A curva keynesiana extrema pode ser identificada com uma situação de curtíssimo prazo, em que não há tempo suficiente para identificar e repassar aumentos de custos pela expansão na produção aos preços, a curva keynesiana tradicional representa situação intermediária, em que há reajustes de preços mais rápidos do que de salários nominais, eventualmente em função da existência de contratos de

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trabalho (fixados por intervalos de tempo amplos e em termos nominais) que impedem a renegociação instantânea dos salários reais, o que, contudo, tende a ocorrer com o decorrer do tempo. Finalmente, a curva clássica representa uma situação em que decorreu tempo suficiente para que todos os ajustes para re-equilibrar os mercados passou. Jocosamente, Keynes dizia que “no Longo-Prazo”, identificando tal horizonte com o compatível ao modelo clássico, “todos estaremos mortos”.

3) Demanda Agregada (DA)

• def. DA é a quantidade de bens e serviços demandada pela totalidade dos agentes de uma economia em determinado período de tempo, a um dado nível de preços (e salários).

• def. Curva de DA é dada pelas quantidades de bens e serviços demandadas pela totalidade dos agentes de uma economia em determinado período de tempo aos diferentes níveis de preços (e salários).

• A Curva de DA é dada pelas quantidades de bens e serviços demandadas pela totalidade dos agentes de uma economia em determinado período de tempo aos diferentes níveis de preços (e salários).

• A Curva de DA será derivada com pormenor na apresentação do modelo IS/LM. Para os fins da apresentação preliminar deste capítulo, basta uma representação simplificada. Desta forma, a demanda agregada será representada por:

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com a suposição de que I e G são determinados exogenamente e que o consumo cai à medida em que os preços sobem pelo “efeito balanços monetários reais”.

• Intuitivamente, o efeito balanços monetários reais decorre da redução do poder de compra dos agentes (dados por seus recursos financeiros não protegidos contra a inflação – moeda e depósitos à vista). A elevação dos preços faz com que o consumo agregado diminua, razão pela qual pode-se intuir que a Curva de Demanda Agregada seja negativamente inclinada no plano Q x P.

• Note que aumentos (reduções) nos componentes autônomos I e G, fazem com que a CDA se desloque para a direita (esquerda) no mesmo plano. Um aumento (redução) em G representa uma política fiscal expansionista (contracionista).

4) Equilíbrio entre Oferta e Demanda Agregadas

• O modelo de determinação dos preços e quantidades para a economia como um todo “fecha” com a introdução do equilíbrio no mercado de bens finais. De fato, na construção da Curva de AO, os preços “caiam de céu”, o mesmo acontecendo com a Curva de DA. O expediente foi meramente didático, na macroeconomia é importante avaliar todos os mercados simultaneamente e de forma consistente.

• Com este instrumental e nos diferentes cenários colocados (casos clássico, Keynesiano tradicional e keynesiano extremo), já é possível avaliar o impacto de políticas governamentais para a redução das flutuações macroeconômicas. Para tanto, uma política expansionista (contracionista) será representada por um deslocamento para a direita (esquerda) da curva de demanda agregada. Isto pode ser operacionalizado de diversas maneiras: política fiscal, monetária e cambial. Como o arcabouço teórico ainda é limitado, imaginar-se-á que o governo interfere na posição da Curva de DA alterando Cg, Ig ou os tributos sobre o setor privado, variáveis “já conhecidas”.

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• Um aumento em Cg, Ig ou uma redução nos impostos desloca a Curva de DA para a direita (política expansionista), o contrário para uma política contracionista.

• Note que no caso clássico, o efeito de políticas expansionistas ou contracionistas sobre o Produto (ou nível de emprego) é nulo. Ao tentar expandir a DA tudo que o governo obtém é inflação.

• No caso Keynesiano extremo ocorre o oposto: políticas de demanda do governo são plenamente eficazes e com pouco impacto sobre os preços.

• Finalmente, no caso intermediário, se o governo pretende aumentar o emprego terá que ponderar os custos disto em termos de aumento dos preços domésticos: inflação.

IV. Exercícios:

L3

Cap 3 S&L: Exercícios 1, 2, 3, 4, 6, 8

1. Suponha que, em virtude de melhor treinamento, os operários tornem-se mais produtivos. (Mostrar graficamente)

a. O que aconteceria com a demanda de mão-de-obra?

b. O que aconteceria com o salário real de equilíbrio?

c. Quais os resultados sobre o emprego total da economia?

d. O desemprego involuntário muda? Como essa resposta depende da flexibilidade ou não do salário real?

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2. Na República de Atlântida, o salário real foi fixado acima do nível de equilíbrio.

a. Existe desemprego involuntário?

b. Suponha que os trabalhadores de um país vizinho emigrem para a Atlântida. O que aconteceria com o emprego total, a produção e o desemprego involuntário em Atlântida? c. Qual seria a sua resposta para (b) se o salário real de Atlântida fosse flexível?

3. Discuta o que acontece à curva da oferta agregada no caso clássico keynesiano e no caso keynesiano extremo quando:

a. Há um avanço tecnológico.

b. Um terremoto destrói metade do estoque de capital da nação.

c. As preferências dos trabalhadores mudam e eles querem trabalhar mais, por qualquer salário.

d. Novas máquinas mais produtivas são inventadas, mas só um terço da força de trabalho sabe como trabalhar com elas.

4. Ache a curva da oferta agregada:

a. A função de produção é Q = 3LK, a demanda de mão-de-obra é dada por LD =

10 - 2w/P, a oferta de mão-de-obra é dada por LS = 4w/P e o estoque de capital

da economia está fixo em K = 4.

b. A curva da oferta agregada que você derivou em (a) é representativa do caso clássico, keynesiano básico ou keynesiano extremo?

Como você responderia (a) e (b) se o salário nominal fosse fixo e igual a 3?

5. Calcule o nível de preços e o produto de equilíbrio para uma economia fechada com as seguintes características:

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a. O consumo é C = 10 - 5P, o investimento é I = 20, os gastos governamentais são G = 15, e a oferta agregada é QS = 5 + P.

b. O que acontece com a produção e os preços se os gastos governamentais aumentarem para G = 25?

c. Como você responderia (a) e (b) se a oferta agregada fosse QS = 10?

6. Nas últimas décadas, a Argentina passou por longos períodos de inflação alta. Os argentinos estão acostumados a substanciais variações de preços e salários. Os contratos abrangem curtos períodos de tempo. A Suíça, entretanto, tem um nível de preços estável há muito tempo, e os contratos geralmente são feitos para vários anos. Em qual das duas nações um aumento de gastos governamentais seria mais eficaz para aumentar o nível de produção? (Pista: pense na forma da curva da oferta agregada em cada um dos países.)

Referências

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