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Ordem e Progresso - james hunt.pdf

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 

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UM 

ORDEM E HISTÓRIA

EM BUSCA DA ORDM

  z T  z  é   õ y

(8)

T í tulo origna:

Ord er  and Hist v  . V- T he c ollec ted wrk s f Er ic Vegelin ,v   18

©20 by The Cura tors o f the University o f Missouri

Unversity of Mssour Press, Columba, MO 65201

ISBN0-82621261-1

Al rghts reseed.

Preparação:Carlos Albeo Bárbaro

Capa: Mauro C Naxara

Diagramação:So Wa Tam

Revisão:Mauríco Balthazar Leal

Edições Loyola Rua1822, 341-pranga 04216-São Paulo, SP T 55 11 3385 85 F 55 11 2063 4275 @loyacom.br @loyola.com.br wloyola.comb

Todos os direitos reseados. Nenhuma pae desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e /ou quaisquer meio s (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem permisso escrita da Editora

ISBN978-85-15-03740-7

(9)

  

RDEM E HISTÓRIA

I   ã     ó  ã  ó IV   ê V    

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Sumário

Introdução do edior

Sumário analítico 

Prefácio 

Introdução 3

Capítulo   princípio do princípio 35

Capítulo Distância reflexiva v idenidade reflexiva 

Epíogo 3

(11)

Introdução o editor

E

ste breve volme não reqer ma introdção prolixa do editor A in trodção qe redgi há doze anos para a edção original persiste válida ainda hoe, e o precioso epílogo de Jürgen Gebhardt está também dis ponível para conslta Contdo, cabe enfatizar ma o das qestões e apon tar a viosa iteratra inspirada pelo presente livro como a clminação de

Ordem e hstóra (19561987)

Em primeiro lgar, este últmo livro completa a rptra teórca dentiva de Voegelin com o racionalismo ilminista como a forma da losoa moder na e sa sbstitição pela racionalidade meditatva o noess, revivescendo

assim m modo de investigação qe remonta às Conssões de Santo Agosti nho e aos diálogos de Platão O livro é em si ma análise persasiva da análise medtativa como a forma sbstancia do reqisito losofante, caso se pretenda qe a exporação das atras e prondezas da realidade sea condzida em abetra perante a verdade e não estea viciada por deformações redcionistas de ma espécie o de otra. Essa análise meditativa, por sa vez, constiti o cerne da ciência renovada das qestões hmanas qe Voegeln se empenho po estabeecer e ecda em sa obra drante toda a sa vida. Por m lado, é m ato de resistência contra as concepções trncadas e enganosas eqentes em nossa época ideoógica, com conseqências desastrosas para a ordem pes soa e poítica Po otro, é uma tarefa na qal o ator se envolveu de modo atoconsciente e explícito, pelo menos desde a época da inédita Herrschas lehre (c. 1930) em dante, e de maneira mais vigorosa nas útmas obras. Longe

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de se algo novo neste pequeno lvo, a estutuação da nvestgação com base no modelodes quaerens ntellectum é assumda como emblemátca da loso a em s desde suas ogens pésocátcas  o amo à sabedoa de uma ala nqudoa sensível ao apelo dvno que ascende em admação umo a uma patcpação mas lumnosa na ealdade emente A oba de Voegeln co-ge um desvo da osoa que ele constatou ocoe já na co-geação subsequente a Astóteles, que nclu a desnatuação cstã do Nous como azão natual

[ve p 65

Em segundo luga, a foma de nvestgação assm caactezada  seguda po uma pssoa passível da desgnação "lósofo místco compeende a atvi-dad e a vda que dsdoba como consstntes com o senso comum e como epesentatvas daqulo que petende qualca como se humano Voegeln sustntou memente que toda boa osoa se ndamenta no senso comum  que a dmensão pmáa na azão noétca (nous) é a tensão em elação ao ndamento dvno do se Deste modo, tão logo econhecemos que este vo pode e deve se stuado lado a ado com os gandes clásscos medtatvos da hstóa, econhecemos em seguda que a humandade comum de todos os homens enconta seu cento vtal e suas mas pondas satsfações na vda esptual à qual todos são chamados, po mas mpfeta que possa se de fat a spota d cada pssoa ao aplo dvn Os maanhados a mdtao an ts  nós dssolvemse todos na compeensão eexva da ntelgênca od náa e da expênca comum Apenas não pae de pensa  Vogeln às ve zes sugee Ou, elemando outa de suas exotações favotas, um lvo qu no esteja acma da compeensão que você possu não vale se ldo  ee ad mava o sentmento de T S Elot de que o únco método m questões losó cas é se muto ntelgente Pesumvelmente, mesmo se ntelgene não s tua a losoa místca além da esfea da fatendad dos homens sob Deus O equemento de Elot pode com efeto suge que alguns daqueles que anun cam com o máxmo alade sua peplexdade e sua ncompeensão dante dos textos de Voegeln fonecem evdêncas dos avanços da coupção, da ncapa cdade e da desculuação em letoes supostamente nstuídos, pncpalmen-te um elexo de suas decêncas

Paa a consdeável lteatua sobe os aspectos centas do pensamento de Voegen, devese consulta a gande bbloaa complada po Geoey L Pce, Ec Voegln Classed Bblogaphy, Bulletn of the John Rylands Un versty Lbrary of anchester 76, n 2 (veão 199) esta fo atualzada po Ste phen A McKnght e Geoey L Pce (eds), Internatonal and nterdscplna

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perspectves on E r c Voegeln, Coluia, U nivesity o f Missoui Pess, 997, 8924, que também contém divesos ensaios valiosos De impotância paa temas deste lvo, enciono: Michel P Moissey, Conscousness and transcendencethe theology ofEc Voelin, Note Dame, Univesiy ofNote ae Pess, 994, especialmente os cítulos 4 e 6 Glenn Hughes (ed), The poltcs of soul Eic Voegelin on elius expeience, Lanhanm, Rowman & Littleeld, 999 Glenn Hughes, ystery and myth n the phlosophy of Erc Voegeln, Columbia, Univesiy of Mssoui Pess, 99 Kenneth Keulman,

The balance of conscousness Eic Voelin s poltical theoy, Univesiy Pa, Pennsylvania State Univesity Pess, 990 Bay Coope, Erc Voegeln and the foundatons of modern polítca scence, Columbia, Univsity of Missui Pess, 999 Bendan M Pucell, The drama of humanty towads a philoso-phy of humanity n histoy, Fant am Main, Pete Lang, 996 Robet cMahon, Eic Voegelins paadoxes f consciousness and paticpation, Re vew of Poltcs 6, n  (inveno 999) 738 Ellis Sandoz, The poltcs of truth ond other untmely essays the cisis of cvic consciousness, Columba, Univesity f Missoui Pess, 999, esecialmente o capítulo 0 David Walsh,

Guarded by mystery meaning in a ostmoden age, Washington [DC],

Catholic Univesity of Ameica Pess, 999 Michael Fanz, Erc Voegeln and the poltcs of sprtual revolt the ts of mode idelo, Batn Rouge, Lousiana State Univesi Pess, 992 e Paul Caingella, Voegelin: phlosophe of divine pesence, em Ellis Sandoz (ed), Erc Voegeln 's sgcance for the modern mnd, Baton Rouge, Louisiana State Univesi Pess, 99, 74205

E S

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In consdertone creaturatum non est vana et pertura curostas exer cenda sed gradus ad mmortala et semper manen ta facendus

[No studo da catua, não s dv xc uma cuosdad vã  p-cdoua, mas ascnd umo àquo qu é mota  pmannt]

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Sumáro analítco

 O pncípo do pncípo

§ Onde pncpa o pncípo?

Pncípo e m  O todo e a palava  A lnguagem comum e a lnguagem do lósofo

§2 O paado da conscênca

Intenconaldade e lumnosdade  Realdadecosa e ealdade Isso

§3 O complexo conscêncaealdadelnguagem

Lnguagem convenconal e lnguagem natual  Conceto e símbolo

§4 O pncípo de Gêness 

A tensão no Isso  Palava e desolaão

Dgessão sobe alguns malentenddos convenconas () Pscologas de pojeão

(2) Relgão compaada (3 ) Exegese doutna §5 A vedadea estóa

O campo socal da vedade  O campo hstóco da vedade  A autodade da estóa  A estóa como naatva e acontecmento §6 A estóa pncpa no meo

A metaxy platônca

§ 7 A plualdade dos meos

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A ssoestória única e a pluralidade de episódios  O Princípio, o Fim e o Além  A parusia do aém, o uxo da presença, 

pre-sente indelével  A verdadeira imortalidade e a imortalidade in termediária dos deuses

§8 Coisidade denida e diversicação indenida §9 Parusia formativa e deformação

A correlação entre a estória da formaço e a estória da deformação §0 Resistência estencial

Os motivos da resistência  A separação da "realidade e do "além As alternativas máicas

§ mainação

Sua estrutura paradoxal maginação armativa e autoarma-tiva  A imaem do mundo cria o mundo  O otivo comum da resistência à verdade e da resistência à falsidade

§ 2 Os símbolos reevos

Distâncialembrançaesquecimento

 Sua validade no contexto da meditação

2 Su a validade no contexto das equivaências históricas 3 Distância reexiva

Dirssão sobre o reate dos ímbolos 2 Distância reexiva versus identidade reexiva

§ A revolução aemã da consciência

O propósito formativo e a tradição deformadora  As ambiui-dades da consciência  A imainação especulativa  A cons ciência revoucionária  A autointerpretação  As ambi uidads da resistência

§2 Heel 

 Sistema versus tensão existencia

2 A ambiuidade da dialética 3 A deformação daperagoge

4 A inversão da formação e da deformação 5 A linuaem pronomina

6 Ospronomna de Heel e os nomna de Platão

7 A consciência invertida como inconsciência 8 O inconsciente público (JunKerényi)

9 O ato de esquecimento imaginativo

(19)

0 A autoanálise da consciência ativista  O trauma do ambiente ortodoxo 2 Deus: o som sem sentido

3 Ambiguidade e validade paradoxal 4 Deus: a experiência de sua morte

5 A mortalidade e a imortalidade do s deuses

6 A linguagem dos deuses: MorteParusiaLembrança §3 A nemosne de Hesíodo

As três invocações das Musas da Teogona

 A Parusia das Musas  a mediação da verdade divina 2 As Musas lembram aos deuses sua divindade

3 O conto das coisas (ta eonta) divinas

4 A visão hesiódica da reaidade §4 Lembrança da realidade

1. Do vidente ao cantor (HomeroHesíodo)  ta eonta

2 O homem que sabe (Parmênides)  to eon

3 O lósofo (Platão)  to pan

§5 O Tmeu de Platão

 Os símbolos tensionais 2 As tensões e seus polos

3 Os níveis da inguagem paradoxal  a constante e a superconstante

4 O Cosmos uno

5 Monosis e monogênese 6 O Além e sua Parusia

7 A unicidade da realidade divina e o Deus Único

8. O Deus Único e os muitos deuses

9 A desordem das coisas  Espaço 0 O procedimento meditativo

 A iluminação mútua dos símbolos  coisas e nãocoisas 2 [Sem título]

[2]

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Prefácio

o ongo de nossos cnquenta e três anos de atrmôno, tente ser ua parcera da vda de eu ardo o áxo que pude A prncí-po sso fo dfíc, pos não tve ensno acadêmco forma e tve de e faarzar co o seu mundo de estudo e reexão Co sua orentação pro-cure absorver  às vezes apenas por deferênca, as co crescente nteres-se  o que o mundo do estudo e da cênca tnha a oferecer Mas, ua vez que os taentos que possuo são as os da resposta afetva, eu prncpal e maor nteresse na vda esteve em eu ardo e sua obra Co frequênca  qua-cada como sua parcera sencosa, um título que me é aproprado e que eu gostara de anter

Fo apenas por nsstênca de agos que concorde em redgr estas l-nhas, expondo aguns fatos que pode ter nteresse gera a respeto da orge deste voume Meu mardo coeçou a redgr estas págnas no verão de 980, após quatro anos de pesqusas, com a dedcada assstênca de Pau Carngea, e prosseguu e suas extensas leturas e em sua redação ao ongo dos três anos seguntes No na de 983 sua saúde começou a decar, e a estrênua concen-tração necessára para escrever tornouse cada vez mas dfíc Por vota da-quea época ee já hava envado boa parte do manuscrto para a Lousana State Unvers Press, sepre na esperança de que algu da estvesse e condções de escrever novaente Mas, uma vez que sua enfermdade avança-va, ee por  copreendeu que não he estava destnado contnuar vvendo E seus últmos eses de vda eu o v, quase todos os das, endo e reendo o

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manuscrito, fazendo pequenas correções ocasionalmente e sempre enfatizan do para mim: "Este será o volume V. Ele gostava de seu trabalho e falava so-bre ele com equência, fazendome entender que sabia muito bem que estas páginas são a chave para todas as suas demais obras e que nelas ele foi o mais longe que pôde na análise, dizendo o que queria dizer tão claramente quanto possível Ele não nos deou nenhuma instrução concernente à pubicação sabia que sua obra estaria sob os maiores cuidados da experiente Beverly Jarrett, a quem tinha como amiga

Espero que estas observações sejam úteis para uma compreensão deste aparentemente pequeno volume

22 Odm  istó  I Em bsa da ordem

(22)

Introução

U

ma introdução a st volume nal d Ordem e hstóra fita por

ou-tras mãos qu não as d Eric oin ao requrido m razão da mort d olin m 9 d janiro d 985, não pod ser ua x-posição tórica d peso como o foram as introduçõs aos volums anteriores O litor trá d s contntar com muito mnos qu isso Admais, o livro e si nos cha às mãos como um framnto, como a stória inconclusa da busca da ordm Sob tais circunstâncias, nossa introdução só pod sr uma rmmo-ração do caminho trilado por olin ao invstiar a ordm   a desor-dm na história  sua rearticulação rexiva m su ivro, com a indicação prtinente do novo trrno aqui explorado

O caráter framntário da obra diante de nós não dv contudo induzir a uma suspita d qu tenha sido ponderada de modo imprfito ou de que ca-rça d uma rvisão como projeto nal Pelo contrário O livro só é framn-tário por não stndr a anális a outros assuntos qu o autor claramnte con-sidrava e por não ilustrar a aprsntação tórica m dtalhs maiors do que ele foi capaz d fazr ants que o tempo s esotasse Mas a apresentação teó-rica m si está ssencialmente completa, e o fato d qu a busca da ord sja uma stória inacabada conform rlatada por oeelin é inteiramente apro-priado, pois, como l insistia, nm a ralidade nem a losoa podem ser re-duzidas a um sistma Dst modo, pods dizer qu a forma da present obra simboliza a visão osóca de olin acrca da história e da realidade abranente como uma estória inacabada, narrada por Deus na linuam re

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exiva dos homens e mulheres espiritualmente dotados abertos ao mistério da verdade emergente por meio do encontro do divino e do humano no nterme-diário da existência participativa, a realidade humana por excelência. A forma e o cnteúdo, deste modo, interpenetramse.

A evocação da realidade participativa do ntermediári (ou metaxy, como designado por Platão) é um pont crucial a ser rememrado, já que encontra sua expressão no início de Ordem e hstóra e permanece no centro da busca da verdade de Voegelin como símbolo e experiência diferenciadores na presente obra. Logo, o primeiro parágrafo da introdução ao volume  diz o seguinte:

Deus e homem, mundo e sociedade formam uma comunidade primordial do ser A comnidade, com sua esrutura quaernária, é e não é um dado da experiência hu mana É um dado da experiência na medida em que é conhecida pelo homem em  virude da paricipação dese no misério de seu ser Não é um dado da experiência

na medida em que não se apresena maneira de um objeto do mundo exterior, mas

só é cognoscível pela perspeciva da paricipação nela

A exploração esclarecedora prossegue nos parágrafos subsequentes. "A participação no ser [    ] não é uma participação parcial do homem; ele se acha engajado com o todo de sua existência, pois a participação é a própria existência.

Há uma experiência de parcipação, uma ensão reexiva na exstência, que irradia sentido na proposição: O homem, em sua exisência, paricipa do ser Esse senido, ereano, orna-se absurdo se esquecemos que o sujeio e o predicado da proposi ção são ermos que explicam a ensão da exisência e não conceios que denoam objeos Não há um "homem que paricipa do "ser como se ese fosse um empreen dimeno de qe ele poderia muio bem não paricipar; há anes um "algo, uma pare do ser, capaz de expermenarse como al, e capaz, além disso, de usar a linguagem e de chamar essa consciência que em a experiência pelo nome de "homem [   ] No cenro de sa exsência o homem é desconhecido para si mesmo, e deve permanecer assim, pois a pare do ser qe chama a si mesma de homem só poderia ser inera mene conhecida se a comunidade do ser e seu drama no empo foss integralmene conhecidos A parceria do homem no ser é a essência de sua exsência, e essa essên cia depende do odo de que a exisência é uma pare O conhecimeno do todo, en reano, é impossibiliado pela idenidade enre o conhecedor e o parceiro, e a igno rância do odo impossibilia o conhecimeno essencial da parte Essa siuação de ignorância com relação ao núcleo decisivo da exisência é mais do que desconceran e: é prondamene perrbadora, porque das prondezas dessa ignorância básica

 jorra a ansiedade da exsêcia (Ordm  história, v I, 45-46)

Centenas de páginas e dezoito anos depis, no volume V de Ordem e hstóra, onde deixamos a estória inacabada em 974, V oegelin escreveu so

(24)

bre a análise experiencial da participação e a verdade que ela desvela na lo-soa A ocasião é aquilo que ele chama de "simbolização da tensão erótica na existência do homem como uma realidade ntermediária transmitida por Platão no Banquete

A verdade da exisência na ensão eróica é comunicada pela profeisa Dioima a Sócra es O diáogo da alma enre Sócraes e Dioima, reaado por Sócraes como sua conri buição a um diáogo sobre Eros que é u diáogo na aa de Plaão, reconado a am gos pr um cero Apoodoro, que, anos anes, o ouvira de Arisodemo, que, anos arás, esivera presene no Banquee, é o cenário engenosamene cicunvaado para a verda de da meaxia De fao, essa verdade não é uma informação a respeio da reaidade, mas o eveno em que o processo da realidade ornase luminoso a si mesmo Não é uma informação recebida, mas um discerneno que surge do diálogo da alma quando invesiga "dialeicamene sua própria incereza "enre conhecimeno e ignorância Quando surge o discernimeno, ee possui o caráer da "verdade, porque é a exegese da ensão eróica experimenada; mas ele surge somene quando a ensão é experimenada de al maneira que irrompe em sua própria exegese dialógica Não há neuma ensão eróica siuada ao redor em alguma pare a ser invesigada por aguém que com ea opa A dicoomia sujeioobjeo, que é moldada conforme a reação cogniiva enre ser humano e coisas no mundo exerior, não se apica ao eveno de uma "experiência-ari

cuandoa si mesma Por conseguine, o Sócraes do Banqut recusase cuidadosa

mene a fazer um "discurso sobre Eros Em lugar disso, faz a verdade revelarse por

meio de seu diálogo com Dioa, medida que o relaa Ademais, ele insise em fazer

seu relao iniciar com a própria quesão que aparecera por imo no diáogo preceden

e comAgathonO diálogo socráico da alma dá coninuidade ao diálogo enre os com

paeiros no Banquee e, inversamene, essa coninuidade assegura ao diálogo prece dene o mesmo caráer do "eveno em que a ensão eróica na alma de um ser humano ua para aingir a uminosidade ariculada de sua própria realidade Daí o diálogo da alma não ser fechado como um veno em uma pessoa que, após er ele aconecido, informa o reso do gênero humano sobre seus resulados como uma nova dourina Embora o diálogo ocora na aa de um ser humano, não é "ideia de um ser humano acerca da realidade, mas um eveno na meaxia em que o ser humano enreém "con  versção com o ndameno divino do processo que é comum a odos os seres huma

nos Devidopresença divina no diálogo dodaimonios anr,o eveno em uma dimen

são socia e hisórica A alma socráica arrasa para se diálogo os companheiros e, além dos companheiros ediaos, odos aqueles que esão ansiosos para er esses diáogos a

eles relaados OBanqutse apresena como o reao de um relao ao longo de inea

los de anos; e o reporar prossegue aé hoje (Ordm  história, v V 251252)

O poder arrebatador da linguagem meditativa de Voegelin ao expor as dimensõeschave da realidade participativa do Intermediário nos prepara para o volume aqui apresentado e também nos lembra de outras duas questões re-levantes neste contexto A primeira delas é que a resstênca à falsidade é a

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origem especca da busca da verdade reetida na osoa de V oegelin e em sua exploração das alturas e prondezas da realidade experienciadasimboli zada. O tema arcano e a apresentação tecnicamente abstrusa que, como vimos no volume precedente, forçam os limites da inguagem e da compreensão não devem obscurecer o ípeto exstencial da empreitada de Ordem e hstóra

como um todo e dos esforços heroicos de seu autor a servço da verdade. "As motivações de minha obra são simples; elas provêm da situação política, de clarou Voegelin em 1973 A elaboração da resistência à falsidade na osoa de Platão oferecida por Voegelin em vários locais (por exemplo, a luta contra a sociedade sofística no Górgas analisada em Ordem e hstóra, , 8589) é feita nos moldes do empenho do próprio autor para encontrar a verdade em meio à corrupção da linguagem escarnecedora e da política ideológica que ti-veram início durante as décadas de 1 920 e 1930 na Europa. A "situação políti-ca da qual se fala seria, resumidamente, aquela representada por Stalin, i tler, Mussoini e os meios sociais e intelectuais cua emergência histórica lhes permitiu predominar como guras representativas. Antes de tudo, a saída de cena dessas guras "epigoais , porém, não erradica os fatores de longo prazo que favoreceram sua ascendência. Por conseguinte, o esforço de recuperar o ndamento espiritual da exstência como um movimento contra a degrada ção da existência forçada de modo esmagador pelas atmosferas de opiião deformadas pela ideologia e inclinadas à erradicação da oposição era uma ta refa de compreensão histórca e de urgência teórica presente. Essa urgêcia foi memoravelmente expressa no prefácio a Ordem e hstóra, em que Voegelin não apenas fala da "amnésia com relação às realizações passadas na busca da ordem, mas também aponta duramente "a fé metastática [como] uma das grades fontes de desordem, se não a principal, no mundo contemporâeo, e declara que "é uma questão de vida ou morte para todos nós compreender o fenômeno e encontrar remédios para combatêo antes que ele nos destrua. Ele aponta a investigação losóca como um dos mais modestos remédios contra as desordens da época, e escreve:

A ideologia é a existência em rebelião contra Deus e o homem. É a violação do pi meiro e do décimo mandamentos, se quisermos empregar a linguagem da ordem

israelita; é a  a doença do espírito, empregando a lingagem de Ésquio e Pla

tão A losoa é o amor ao ser por meio do amor ao Ser divino como a fonte e sua ordem O Logos do se é o objeto próprio da investigação osóca, e a busca da

 verdade concenente odem não pode ser conduzida sem um diagnóstico dos mo

dos de existência na inverdade A verdade da ordem tem de ser reconquistada na uta

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perpétua contra a queda em reação  mesma, e o movimento rumo  verdade tem

seu início na consciência que um homem tem de sua existência na inverdade A nção diagnóstica e a nção terapêutica são inseparáveis na osoa como uma

forma de estência (Ordem e história, I, 32).

Ordem e hstóra foi portanto concebida como um diagnóstico dos tempos de conturbação e como uma terapia para eles, com o propósito de ajudar a estabelecer uma ilha "de ordem na desordem da época.

Uma segunda questão trazida à mente pelas passagens que reetem sobre a realidade participativa do ntermediário é a primazia do símbolo Deus. É a primeira palavra no corpo do livro, e aparece de modo sinonímico como o "ndamento divino e o "homem espiritual na análise do Banquete previa mente citada. A losoa em si, como acabamos de ver, é "o amor ao ser por meio do amor ao Ser divino como sua fonte de ordem. Na reviravolta do homem como um todo, para Eric V oegelin, longe das sombras da burla losó-ca e rumo à luz da verdade que de algum modo o atraía, a exigência da resis tência pessoal diante da falsidade nacionalsocialista com suas alegações gene-ralizadas sobre a existência humana forçou um resgate da ciência clássica e cristã do homem como a maneira de conduzir sua crítica da modernidade e reorientarse na realidade Conforme implicado pela Parábola da Caverna, de Platão, o interesse em Deus foi primorialmente losóco e existencial, mais que "religioso, no sentido de doutrinas, dogmas e credos. O apelo acima das reivindicações abrangentes de verdade política reside nas "Leis da Natureza e do Deus da Natureza, como Voegelin descobriu em sua primeira viagem aos Estados Unidos em 192; e ele vinculou a losoa do senso comum do ilumi-nismo escocês prenunciado no pensamento americano com as noções da ra-cionalidade helênica como contidas nos escritos de Platão e Aristóteles, que evocam o Fundamento, a Beleza, o Bem e o Primeiro Motor divinos transcen dentes como a fonte do ser e da ordem. Voegelin começou a estudar grego em Viena no início da década de 1930 a m de ler as fontes mais importantes; epois de escapar aos nazistas e se mudar permanentemente para os Estados Unidos, ele começou a estudar hebraico com um rabino em uscaloosa, no Alabama, por volta de 190, a m de ler o Antigo estamento.

Muito antes que as primeiras linhas deOrdem e hstóra fossem redigidas, Voegelin salientou energicamente, na correspondência com seu grande amigo Alfred Schütz, em 193, que (em contraste com o imanentismo de Edmund usserl) os "problemas osócos da transcendência [eram] os problemas de-cisivos da osoa (Anamness [ 1 966] , 36). Voegelin reiterou esta visão uma

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década mais tarde, quando, em outra carta para o mesmo correspondente, respondendo a questões sobre seu novo livro, The new scence ofpoltcs [9 52] , escreveu o seguinte:

E agora respondendo  sua pergunta decisiva: a teoria só é possível no interior da

estrutura da cristandade? É óbvo que não A osoa grega é pré-cristã; logo pode se losofar perfeitamente bem como um platônico ou um aristotélico Fiosofar me parece ser essencialmente interpretar experiências de transcendência; essas expe riências como fato histórico existiram independentemente da cristandade e não há dúvida de que também hoje é igualmente possível losofar sem a cristandade Mas a resposta básica e inequívoca tem de ser ressalvada nu ponto essencial Há graus de diferenciação das experiências Eu assumiria como um princípio do losofar que o lósofo tem de incluir em sua interpretação as experiências diferenciadas ao máxi

mo [  ] Ora com a cristandade uma diferenciação decisiva ocorreu (apud Peter 

Opitz e Gregor Sebba [eds] The philoso phy oforder, 1981, 50)

sso, então, nos traz ao livro que temos diante de nós  pois o volue -nal de Ordem e hstóra é dedicado à elucidação das experiências de trascen dência que Voegelin discutiu amplamente em volumes anteriores e e en-saio e livros que não estão inclusos na presente obra. Não pode haver dúvidas de que

V

oegelin tenha se mantido el à sua visão, conforme expressa a Schütz décadas antes: "o losofar me parece ser, em essência, a interpretação das ex periências de transcendência. De que modo, preciamente, isso completa a obra e a ciência noética incluindo uma nova losoa da consciência, da polí tica e da história é um assunto vasto, que é preferível deixar para comentado res e para outras ocasiões. Em suma, uma vez que as experiências de trascen-dêcia constituem a essência tanto da losoa como da ordem da exstência huana e da história, resta demonstrar, de maneira teoricamente contuden-te, o que são exatamente essas experiências. Essa é ua tarefa crucial do pre sente livro. Algumas palavras de esclarecimento sobre o contexto do notável esforço de Voegelin para cumprir essa tarefa podem concluir esta introduçã ao arremate da ciência noética das questões humanas, que, em aspectos signi-cativos, sutilmente revisa e suplanta, de modo crítico, a ontologia tradicional e a epistemologia da losoa.

Uma página particularmente alarmante dos perturbadores prolegôenos a Ordem e hstóra, publicados sob o título The new scence of poltcs, anuncia a preocupação da última década da obra do autor, especialente no que diz respeito à fruição em Em busca da ordem Ao discutir o mpeto rumo à certeza exstencial, que explica parcialente os simbolismos religiosos de caráter fala ciosamente imanentista da escatologia cristã dos gnósticos modernos, Voegelin

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reete sobre a ânsia por uma certeza substancial e sua relativa ausência na delicada textura da relação entre a fé e a graça Ele escreve:

A incerteza é a própria essência do cristiaismo. O sentimento de segurança em um "mundo ceio de deuses [proporcionado peas antigas reigiões cosmoógicas mti cas é perdido junto com os próprios deuses; quando o mudo é desdivinizado, a comunicação com o Deus que transcende o mundo é reduzida ao tênue laço da fé, no

sentido encontrado em Hebreus 11,1, como a substância das coisas esperadas e a

prova das coisas não vistas. Ontoogicamente, a substância das coisas a que se aspira não se encontra senão na fé, e, epistemoogicamente, não á proa das coisas não  vistas a não ser, novamente, essa mesma fé. O aço é, de fato, tênue e pode facmente se romper. A vida da ama em abertura para Deus, a espera, os perodos de aridez e embotamento, cpa e desalento, contrição e arrependmento, desistência e esperan

ças sobre esperanças, os avoroços silenciosos do amor e da graça, estremecendo 

beira de uma certeza que, se conquistada, é perdida  a própria eveza desse tecido pode se revelar um fardo demasiadamente pesado para os omens que anseiam por

uma experiência possessia intensa (The new science of politics 122)

O que uma nota de rodapé de caráter primordialmente defensivo identi ca como "uma psicologia da experiência  não a teologia ou a dogmática da fé  é o assunto de Voegelin nessas linhas e, mais amplamente, também na presente obra O fato de que há algo de duvidoso acerca de sua fé veio porém cmo uma notícia mprtuna para os cristã dgmáticos, que reagiram com exasperação à sugestão, tanto em 1952 como em ocasiões similares posterio res, como a análise da fé de Paulo em A era ecumênca (Ordem e hstóra, V,

cap 5, A visão paulina do Ressuscitado, 309 ss) Não apenas os ideólo gosgnósticos, mas também os éis contribuem para a "dogmatomaquia da época, e o propósito de Voegelin de procurar resgatar os ndamentos expe renciais da civização por meio da análise imparcial e investigativa certamen-te zeram dee, em diversos graus, o adversário de tods os grupos empenha-dos no êto na uta de poder e o avo de sua vituperação incompreensiva e depreciativa quando ele não se dispunha a ser recrutado para suas causas

Com base nestas últimas reexões, as dimensões pessoal, social e histórica da vocação do lósofo aparecem de maneira pertinente Focado nas experiên ciassimbolismos formativas cruciais, de qualquer ambiência, ocorridas no tempoeternidade da realidade humanodivina do ntermediário chamada história, o homem que é o lugar da experiênciaquesearticua (agora ou no passado) é e não é atado por sua identidade individua, peo pertencimento étnico e nacional e pelas circunstâncias históricas de sua vida Os paradoxos da busca, apenas sugeridos nos termos ifenizados, constituem um importan

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te assunto das páginas seguintes O ponto arquimediano d ver a realidade "objetivamente, que não está em nenhum lugar onde possa ser econtado, é equiparado pela experiênciasímbolo que é igualmente inacessível na realida de inevitavelmente participativa e particular dos mais sensíveis e argutos ex-ploradores da verdade noética e pneumática

O vasto empenho em elaborar uma teoria da ordem e da história não é abandonado por Voegelin ao concluir a obra com este delgado volume Entre tanto, aquela teoria se forma de tal modo que o pensamento de Voegelin sur-preenderia alguns leitores Nos dezessete anos que separam a publicação dos três primeiros volumes e a publicação do quarto volume de Ordem e hstóra

( 195657 a 1974, a subjacente osoa da consciência pressuposta nas primei ras obras (e referente a todo o percurso desde o primeiro livro do autor em 1928 apareceu plenamente desabrochada em 1966 em Anamness Nos trinta

anos após a publicação do quarto volume, e também antes e no decurso de sua publicação, outros escritos e publicações desenvolveram linhas vitais de inves tigação completadas aqui por Voegelin Entre os mai s essenciais destes ensaios estão "he beginning and the beyond (escrito entre 1975 e 1978, um texto datilografado de setenta páginas deixado inacabado e inédito) e alguns ensaios publicados que incluem "mmortality: experience and symbol ( 1967, "Equi-valences of experience and symbolization in histo ( 1970, "he Gspel and culture (1971, "On egel: a study in sorcery (1971, "Reason: the classic experience ( 1974, "Remembrance of things past ( 1978, "Wisdom and the magic of the extreme: a meditation (1981, e a despedida "Quod Deus Dici-tur (1985, ditado em seu leito de morte Esses ensaios, entre outros, foram

 Uma bibliograa dos escritos de Voegelin desde 98  pode ser encontrada em llis S z Te egeinin reuin a biographical introduction 98; 2• ed.: New Brunswick Transaction Publishers 2000  artigo Quod Deus Dicitur foi publicado em Jurn f e Ame ricn Acdemy f Reigin 53 3 (985) 569584 e incorpora cerca de dez páginas do inédito The beginning and the beyond As referências dos artigos de Voegelin mencionadas no texto são as seguintes: mmotality: experience and symbol Hrd Tegic Reiew 60 ( 967) 235 27 9; quivalences of experience an d symbolization in history in Eerni  sri i valori per manenti nel divenire storico Firenze Valecchi 970 25-234 (reeditado em Pispic Sudies 28 [sd] 88- 03; The Gospel and Culture em Donald G MER e Diran Y. H (eds) Jesus nd mns pe, Pitsburgh Pitsburgh Theological Seminary Press 97  / 59 0 ; n Hegel: a study in sorcery Sudium Genere 24 ( 97 ) 335-368 (reed J. T. FRER et a. eds] Te sudy f ime, Heidelberg 972 48-5); eason: the classic experience Suern Reie 0 (974) 237264; emembrance ofthings past in Anmnesis, ed. e trad. Gerhart Nie meyer N otre Dame U niversiy o f N otre Dame Press 978 3-3; Wisdom and the magic o f the extreme: a meditation Suern Reiew 7 ( 98  ) 235287 Além disto esponse to professor

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reeditados nos volumes 12 e 28 e The Collected Works of Erc Voegeln A

guns desses ensaios, junto com outros não mencionados aqui, tiveram, num momento ou noutro, sua possível inclusão neste volume cogitada, mas tal in tenção modicouse à medida que a concepção do livro em si modicouse no pensamento do autor, e não há como saber ao certo como o ivro teria apare-cido se o próprio Voegelin houvesse vivido para vêo impresso. É evidente, no entanto, que "he beginning and the beyond e "Wisdom and the magic o f the extreme, junto com "Quod Deus Dicitur, pertencem ao mesmo horizonte meditativo do manuscrito aqui publicado.

Quando se lançou em ua investigação, mais de trinta anos antes, a teoria da ordem e da história que Voegelin esperava encontrar mediante o estudo da história da ordem foi assumida, como rememoramos, segundo a convicção de que a interpretação das experiências da transcendência constitui o âmago do losofar. Com a devida ressalva da riqueza e da sutileza da análise que exami-na cuidadosamente a realidade multifacetada da política, da historiograa e das irrupções espirituais como grandes estruturas inextricavelmente vincula-das entre si no processo da realidade e requerendo um tratamento equilibrado numa losoa da consciência e da história, conforme enfatizado no volume V, o âmago do assunto permanece nas experiências de transcendência. E uma teoria plenamente elaborada emergiu numa vigorosa apresentação que trans-forma os termos deste debate assim como foram transtrans-formados pelo abando no da concepção original do próprio livro. O campo pluralista da história da humanidade universal forçou o abandono da obra originalmente plaejada em seis volumes, reetindo uma concepção não linear da história e da cons-ciência em desdobramento. Os estágios de diferenciação teórica anunciados em The new scence of poltcs em 1 952, que passam do cosmológico ao

antro-pológico e ao soteriológico, já estavam no pano de ndo quando do apareci mento de Israel e a revelaçãoem 1956 A nítida distinção entre as experiências de revelação e as experiências pneumáticas reetidas no Antigo estamento e na cristandade como Deus em busca do homem  em contraste com as da losoa ou com as experiências noéticas, quando a ênfase recai no homem em busca de Deus  tornouse menos marcada. Descobriuse que a revelação e a

Altizer's "A new history ad a new but ancient God? Jurn f e Americn Acdemy fRe igin 43 (  975) 765-772. Todos estes ensaios foram reeditados em Pubised essys 966-98 ed llis Sandoz v.  2 de e ceced wrs fEric Vegein Columbia University ofMissouri Press 999. A série será daqui em diante abreviada como W.

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razão não podiam ser tão separadas, pois, com efeito, a razão era ela mesma uma revelação na psique dos ósofos gregos, especialmente em Platão, e aquela análise noética era comum ao Novo estamento e à losoa Ademais, embora tenha sido advertido no primeiro parágrafo do livro, como obsea-mos, a lingagem da coisidade e dos sujeitos cognitivos apreendendo objetos, ainda que entendida metaforicamente, persiste muito presente numa análise que habitualmente identica a realidade imanente e a readade transcendente como entidades, talvez como o homem em busca de Deus, ou Deus em busca do homem A "falácia intencionalista ainda espreita nos bastidores, defor mando a experiência Para superála, é preciso desenvolver a losoa da cons-ciência, e, em seu interior, as densões ôntica e cognitiva das próprias expe-riências têm de ser analisadas

Mas onde e como? Somente na consciência concreta das pessoas concre

tas nas quais as experiências alcançam articulação Voegelin salienta repeti damente, como nos comentários sobre o Banquete previamente citados, que "a tensão erótica não se encontra em algum lugar esperando para ser investi-gada por alguém que tropece nela Podese consultar o restante da passa gem Nisto reside a única e preciosa ndamentação na evidência empírica da ciência noética, da compreensão reexiva crítica da realidade, obtenível no tipo de vião meditativa e imainativa chamada loa, de acrdo com o signicado que o termo tem em Platão Em "he beginning and the beyond, após considerar os casos concretos de uma variedade de horizontes contemplativos, incluindo o védico, o losóco, o profético e o apostólio, Voegelin sintetiza:

Eu rastreei a consciência da linguagem por meio de numerosos casos representativos no período das grandes diferenciações As variantes da consciência vão da irrupção  védica da realidade abrangente no discurso autoiluminador até a emergência da pa

lavra a partir da Metaxy da psique, depois  sua emergência a par do encontro

pessoal do profeta com eus e sua transformação imaginativa na palavra ambígua

das escrituras e, por m,  epifania de Cristo com sua noção do homem como o

parceiro atuante, sofredor e, nalmente, vitorioso, num processo em que a realidade se torna luminosa por seu mistério divino por meio da verdade da linguagem Em bora as variantes abarquem um leque amplo na escala da compacidade e da diferen ciação, todos os espiritualistas que passam pela experiência concordam quanto ao caráter sagrado de uma linguagem na qual a verdade da realidade divina torna-se articulada A experiência e a linguagem da verdade estão juntas como partes de um processo que deriva seu caráter sagrado do uxo da presença divia no teror dele mesmo Agora será possível conferir precisão a algumas das noções implcadas no processo conforme este se apresenta empiricamente

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O mais grave obstácuo a uma compreensão apropriada da experiência  .  ] é a pro

pensão a hipostasiar. O objeto no mundo da percepção sensoria tornouse tão for çosamente o modeo das "coisas que ee se introduz inadvertidamente na com preensão das experiências que não concernem a objetos, mas ao mistério de uma reaidade na qua os objetos do mundo exterior serão encontrados entre outras "coi sas. A experiência da reaidade divina, é verdade, ocorre na psique de um homem que está soidamente enraizado por seu corpo no mundo exterior, mas a psique em

si existe naMetaxy,na tensão rumo ao ndamento divino do ser. É o sensório para

a reaidade divina e o ugar de sua presença uminosa Mais ainda, é o ugar no qua a reaidade abrangente se torna uminosa para si mesma e gera a inguagem na qua faamos sobre uma reaidade que abrange um mundo exterior e o mistério de seu Princípio e de seu ém, assim como a psique metaéptica na qua a experiência ocorre e gera sua inguagem. Na experiência, não só a verdade da reaidade divina se torna uminosa, mas, ao mesmo tempo, a verdade do mundo na qua a experiência ocorre. Não há um mundo "exterior ou "imanente a menos que seja reconhecido como ta por sua reação com ago que é "interior ou "transcendente Termos tais como imanente e transcendente, exterior e interior, ou expressões como este mundo eo outro mundo,e ass por diante, não denotam objetos ou suas propriedades, mas

são os índices da inguagem provenientes daMetaxyquando ocorre o evento em que

ea se torna uminosa para a reaidade abrangente, sua estrutura e sua dinâmica s termos são exegéticos, não descritivos Ees indicam os movimentos da ama quando

ea, naMetaxy da consciência, expora a experiência da reaidade divina e tenta en

contrar a inguagem que articuará seus mmentos exegéticos Por conseguinte, a inguagem e sua verdade gerada peo evento não se referem a um objeto externo, mas são a inguagem e a verdade da reaidade quando se torna uminosa na consciência do homem Em o�tra ocasião concentrei esse probema na seguinte assero o fato

da reveação é o seu conteúdo Cf. NSP 78]

Uma vez que a experiência não possui conteúdo a não ser ea mesa, o miagre da reaidade irrompendo na inguagem de sua verdade passará ao centro de atenção quando a consciência se diferenciar sucientemente para se tornar uminosa por seus próprios movimentos A inguagem da verdade sobre a reaidade tende a ser istoricamente reconhecida como a verdade da inguagem na reaidade Uma fase importante nesse processo é representada pea cosmogonia do Gênesis. Na estória da criação, o cosmos  com sua hierarquia do ser que vai desde o universo inorgâ nico, passando pea vida vegeta e anima e chegando até o homem  é pronunciado na existência por Deus A reaidade é uma estória proferida na inguagem criadora

de Deus; e, em uma de suas guras, no homem que é criado  imagem de Deus, a

reaidade responde ao mistério da paavra criadora com a verdade da estória da cria ção. Ou, inversamente, peo ado humano, a reaidade divina tem de ser simboizada de maneira anáoga como a paavra criadora de Deus porque a experiência gera para sua expressão a paavra imaginativa do mito cosmogônico. A reaidade é um ato de mitopoese divina que se torna uinosa por sua verdade quando evoca o mito res ponsivo a partir da experiência do homem. Essa correação perfeita entre a ingua

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gem da verdade e a verdade da lngagem na realdade

gem da verdade e a verdade da lngagem na realdade. . .. . . é a marca dstntva da é a marca dstntva da

estóra da cração2• estóra da cração2•

alvez esta citação proporcione ao eitor uma perspectiva que mehore a alvez esta citação proporcione ao eitor uma perspectiva que mehore a acessibilidade do lio a seguir, mesmo que se trate de um primeiro contato acessibilidade do lio a seguir, mesmo que se trate de um primeiro contato com V

com V oegelin. A oegelin. A primeirprimeira a meditação do livro, "meditação do livro, " O O princípprincípio io do do princípio,princípio, vo

votastase para uma exporaçãe para uma exporação do o do Gênesis e Gênesis e se desdobra numa análise do parase desdobra numa análise do para--doxo da consciência e

doxo da consciência e do complexo consciênciareaidadeinguado complexo consciênciareaidadeinguagem como agem como a estrutura da experiência simboiza

estrutura da experiência simboizada imaginativamente, atentando para a ver-da imaginativamente, atentando para a ver-dade e sua deformação. Depois, em "Distância reexiva

dade e sua deformação. Depois, em "Distância reexiva versusversus identidadidentidade re re- e-exiva

exiva, investigam, investigamse as se as fforças deformadoras e forças deformadoras e formadoraormadoras em vigor na los em vigor na lo--soa moderna, com particuar atenção a Hegel e à revolução aemã da soa moderna, com particuar atenção a Hegel e à revolução aemã da consciência.

consciência. Em seguida, o ivro trata de Hesíodo e Em seguida, o ivro trata de Hesíodo e do esfdo esforço de Platão pororço de Platão por uma linguagem da consciência existencial, especialmente como apresentada uma linguagem da consciência existencial, especialmente como apresentada no

no TmeuTmeu

A descoberta e o renamento que Voegelin faz do conteúdo da verdade A descoberta e o renamento que Voegelin faz do conteúdo da verdade articulado por milênios, numa atividade cujos termos podem ser aplicados de articulado por milênios, numa atividade cujos termos podem ser aplicados de modo reexivo a si mesma como realidade que se torna luminosa em nosso modo reexivo a si mesma como realidade que se torna luminosa em nosso próp

próprio presente, rio presente, fforam certa vez caractoram certa vez caracterizados para mim erizados para mim nas seguintes pnas seguintes pala- ala-vras: "

vras: "Desde meu primeiro contaDesde meu primeiro contato com obras comoto com obras como CloClouud od of f ununknknowng,owng, atéaté mih

miha recete ca recete compreeompreensão do prolema nsão do prolema místicmístico o .. .. .. ]] , , a grande qua grande questestãoãofoi]:foi]: não parar naqui

não parar naquilo que pode slo que pode ser chamado de misticismo clássico, er chamado de misticismo clássico, mas restabemas restabe lecer o problema da

lecer o problema daetaxyetaxy para a sociedade e a história• Esta introdução aopara a sociedade e a história• Esta introdução ao volume V terá servido a este propósito se algo da forma nal do trabaho de volume V terá servido a este propósito se algo da forma nal do trabaho de restabelecimento de Voegelin houver sido exposto nestas páginas cuja restabelecimento de Voegelin houver sido exposto nestas páginas cuja ade-quaç

quação dependão depende de minha colaboração com o aue de minha colaboração com o autor em tentar reemtor em tentar reembrar o qubrar o quee não deve ser esquecido

não deve ser esquecido

E S E S

22 "The beginning and the beyond in"The beginning and the beyond in  is is? is is? And other late unpublished writingsAnd other late unpublished writings ed. Thomas A.

ed. Thomas A. HLLWEKHLLWEKaaARINGELLAARINGELLA vv 2828 dede W 184186.W 184186.  ric Voegelin a llis Sandoz

 ric Voegelin a llis Sandoz 3030 de dezembro dede dezembro de 19711971,, inin Eric Vegein PpersEric Vegein Ppers,, HooverHoover nstitu

nstitution Library Stanfortion Library Stanford University boxd University box 27.10.27.10.

3

(34)

Cíl  Cíl 

O

O

princípo do princípio

princípo do princípio

§

§

nn de prde prii ncipia o principia o pri ncípncípioio

' '

A

A

medida que registro estmedida que registro estas as palpalavravras as numnuma página vazia principio a página vazia principio a esa es cre

crever uma sentença ver uma sentença que, que, quando terminquando terminada, serada, será o priá o princípio de umncípio de um capítu

capítul sl sre determinads pre determinads prlrlemas refemas refeentes a eentes a Princípio.Princípio. A sentença está terminada. M

A sentença está terminada. Mas é verdadeira?as é verdadeira? O leitor não s

O leitor não sae se é ae se é verdadeverdadeira até que tenha ira até que tenha terminaterminado de ler o capítulodo de ler o capítulo e possa julgar se é de fato um sermão sore a senença cnfrme seu texto. e possa julgar se é de fato um sermão sore a senença cnfrme seu texto. Nem eu mesmo sei até agora, pois o capítulo ainda não está escrito; e, emora Nem eu mesmo sei até agora, pois o capítulo ainda não está escrito; e, emora eu tenha uma ideia geral acerca de sua construção, sei

eu tenha uma ideia geral acerca de sua construção, sei também, por experiên-também, por experiên-cia, que novas ideias têm o háito de emergir durante o curso da escrita, cia, que novas ideias têm o háito de emergir durante o curso da escrita, for-çando a modicações na construção e tornando o princí

çando a modicações na construção e tornando o princípio inapropriado. pio inapropriado. AA menos que queiramos nos deleitar com um ux de consciência ao modo de menos que queiramos nos deleitar com um ux de consciência ao modo de Stern, o texto não tem princípio até que tenha chegado ao m. Então, o que Stern, o texto não tem princípio até que tenha chegado ao m. Então, o que viria primeiro: o princípio ou o m?

viria primeiro: o princípio ou o m? O que vem

O que vem primeiro não é o princípio primeiro não é o princípio nem o m. Antnem o m. Antes, a questão apontaes, a questão aponta para um todo, algo denominado "capítulo, com uma variedade de para um todo, algo denominado "capítulo, com uma variedade de dimen-sões.

sões. Esse todo pEsse todo possui uma extensão ossui uma extensão no espno espaço como um corpo de letras escri-aço como um corpo de letras escri-tas ou impressa

tas ou impressas na fs na forma de páginas. orma de páginas. em ainda uma dimensão tempem ainda uma dimensão temporal nooral no processo

processo de ser escrito ou de ser lido. Ede ser escrito ou de ser lido. E, por m, tem uma dimensão de senti-, por m, tem uma dimensão de senti-do, nem

do, nem espacial nem temporal, no espacial nem temporal, no processo existencial da busca da verdadprocesso existencial da busca da verdadee na qual tanto o leitor como o escritor estão envolvidos. Seria então o todo, na qual tanto o leitor como o escritor estão envolvidos. Seria então o todo,

 

(35)

com suas dimensões espaciotemporal e existencial, a resposta à questão "O com suas dimensões espaciotemporal e existencial, a resposta à questão "O que

que vem vem primeiro?primeiro???

O todo como unidade literária ch

O todo como unidade literária chamada "capítulo tampouco é a resposta.amada "capítulo tampouco é a resposta. Com seu caráter de capítulo num

Com seu caráter de capítulo num livro, o todo alivro, o todo aponta para além de si mesmo,ponta para além de si mesmo, aos intricad

aos intricads problemas da comunicação entre leitor e escritor. s problemas da comunicação entre leitor e escritor. O propósitoO propósito do livro é ser lido;

do livro é ser lido; é um evento num é um evento num vasto campo vasto campo social de pensamento e lsocial de pensamento e ln- n-guagem, de escrita e leitura sobre questões que o membro

guagem, de escrita e leitura sobre questões que o membros do campo creems do campo creem ser de interesse para sua exstên

ser de interesse para sua exstência na vcia na verdade. O erdade. O todo não é o todo não é o princípio numprincípio num sentido absoluto; não é princípio de nada a menos que tenha uma nção sentido absoluto; não é princípio de nada a menos que tenha uma nção numa comunhão de preocupação exstencial; e a comunhão de interesse como numa comunhão de preocupação exstencial; e a comunhão de interesse como um campo social depende, para

um campo social depende, para sua existência, da comunicabilidsua existência, da comunicabilidade do inte-ade do inte-resse por meio da linguagem. Novamente somos remetidos, o leitor e eu, às resse por meio da linguagem. Novamente somos remetidos, o leitor e eu, às palav

palavras, pois elas começaram antes que eu começasse a pôras, pois elas começaram antes que eu começasse a pôlas no plas no papel. Esta-apel. Esta-va a palavra no princípio, anal?

va a palavra no princípio, anal? Ora,

Ora, a m de transmitir seu signicado, a m de transmitir seu signicado, o capítulo tem de o capítulo tem de ser inteliser inteligívelgível.. Ele te

Ele tem de ser redigido numa linm de ser redigido numa linguagem comuguagem comum ao leitor e ao escritor m ao leitor e ao escritor  nes- nes-te

te casocaso, o inglês, o inglês  ,, e essa line essa linguagem guagem tem de ser escrtem de ser escrita de acita de acordo com os pa-ordo com os pa-drõe

drões contemporâneos de emprego das palavrass contemporâneos de emprego das palavras, , da gramátda gramática, da construçãoica, da construção frasal, da pontuação, dos parágrafos, de modo que o leitor não encontre frasal, da pontuação, dos parágrafos, de modo que o leitor não encontre obs-táculos impróprios ao seu esforço de compreensão do sentido do capítulo. táculos impróprios ao seu esforço de compreensão do sentido do capítulo. Mas isso não é suciente, pois o capítulo não é uma informação sobre objetos Mas isso não é suciente, pois o capítulo não é uma informação sobre objetos familiares do mundo exterior; antes, procura comunicar um ato de familiares do mundo exterior; antes, procura comunicar um ato de participa-ção na busca da verdade. Além de satisfazer a padrões de inteligibilidade no ção na busca da verdade. Além de satisfazer a padrões de inteligibilidade no sentido cotidiano de referência a objetos, a linguagem tem de ser comum sentido cotidiano de referência a objetos, a linguagem tem de ser comum no sentido de comunicar os

no sentido de comunicar os signicados na área da busca existencisignicados na área da busca existencial; ela temal; ela tem de ser capaz de transmitir os

de ser capaz de transmitir os signicados da exsignicados da experiência de um periência de um lósoflósofo, o, de suade sua meditação e de

meditação e de sua análise exegétisua análise exegética. Esca. Essa linguasa linguagem do lósgem do lósofofo, o, poém, tam-poém, tam-bém não começa

bém não começa com o presente capítulo, mas foi estruturada pocom o presente capítulo, mas foi estruturada por uma histr uma histó- ó-ria milenar da busca da verd

ria milenar da busca da verdade por parte dos ade por parte dos lósofolósofos, uma históris, uma história que nãoa que não parou em algum ponto do passado, mas que prossegue no esforço presente parou em algum ponto do passado, mas que prossegue no esforço presente entre leitor e escritor. O campo social constituído pela linguagem do lósofo entre leitor e escritor. O campo social constituído pela linguagem do lósofo não se limita portanto à comunicação por meio da palavra falada e escrita não se limita portanto à comunicação por meio da palavra falada e escrita entre contemporâneos, mas se estende historicamente a partir de um passado entre contemporâneos, mas se estende historicamente a partir de um passado distante, passando pelo presente e encaminhandose

distante, passando pelo presente e encaminhandose ao turo.ao turo.

  n no caso especial desta edição caso especial desta edição tem de ser traduzido tem de ser traduzido o numa linguanuma linguagem comugem comum ao leitor dom ao leitor do país em que

país em que se edise edita o lta o livro ivro que ora que ora se lêse lê neste casneste caso o portuguêso o português  (N do  bras.(N do  bras.))

36

(36)

§2 O aradoxo da consciência

Até agora, o Prinípio vagueou desde o iníio do apítuo até o seu m, do m do apítuo até o seu todo, do todo ao idioma omo meio de omuniação entre eitor e esritor, e do proesso de omuniação em ingês [ e português] até uma inguagem dos ósofos que possibiita a omuniação entre os parti ipantes no proesso mienar de busa da verdade Contudo, o aminho do prinípio ainda não aançou o m que seria inteigíve omo seu verdadeiro prinípio, pois o apareimento de uma "inguagem dos ósoos susita no-vas questões onernentes a um probema que omeça a se agurar mais omo um ompexo de probemas Há ago peuiar a respeito da "inguagem dos ósofos: para ser inteigíve ea tem de ser faada numa das várias inguagens étnias, imperiais e naionais que se desenvoveram desde a Antiguidade, em-bora não pareça ser idêntia a nenhuma deas; e todavia, emem-bora não seja idêntia a nenhuma das numerosas inguagens antigas e modernas nas quais oi faada, todas eas deixaram, e ontinuam a deixar, seus traços espeíos de signiado na inguagem usaa no presente apítuo, inguagem esta que pre tende ser ompreendida Mas então, mais uma vez, a busa da verdade, em seu urso mienar, desenvoveu, e ontinua a desenvover, uma inguagem pró-pria Qua é a estrutura a reaiae que inuzirá, quano experimentaa, a esse uso equívoo do termo "inguagem?

O equívoo é induzido pea estrutura paradoxa da onsiênia e de sua reação om a reaidade Por um ado, faamos da onsiênia omo ago situa-do nos seres humanos em sua existênia orpórea Com reação a essa ons-iênia onretamente orporiada, a reaidade assume a posição e um ob-jeto tenionado Ademais, por sua posição omo obob-jeto tenionad por uma onsiênia que está orporamente situada, a própria reaiade adquire um toque metafório de oisidade externa Usamos essa metáfora em expressões tais omo "ter onsiênia de aguma oisa, "reembrar ou "imaginar aguma oisa, "pensar sobre aguma oisa, "estudar ou "exporar aguma oisa Por onseguinte, denominarei essa estrutura da onsiênia sua intenionaidade, e a orrespondente estrutura da reaidade, sua oisidade Por outro ado, sabe-mos que a onsiênia orporamente situada é também rea; e essa onsiên ia onretamente situada não pertene a outro gênero de reaidade, mas az parte da mesma reaidade que passou, em sua reação om a onsiênia do homem, para a posição de uma readadeoisa Nesse segundo sentido, por tanto, a reaidade não é um objeto da onsiênia, mas o ago no qua a ons

(37)

iênia ooe omo um evento de partiipação ente paeios na omunida-de do se

Na expeiênia ompexa, que está agoa em poesso de atiuação, a eaidade passa da posição de um objeto tenionado paa a posição de um su -jeito, enquanto a onsiênia do sujeito humano tenionando objetos passa paa a posição de um evento pediativo na "eaidade do sujeito quando ea se tona uminosa paa sua vedade A onsiênia tem poanto o aspeto estutua não só da intenionaidade, mas também da uminosidade Aém disso, quando a onsiênia é expeimentada omo um evento da iuminação patiipativa na eaidade que abange os paeios no evento, ea tem de se situada ão num dos paeios, mas na eaidade abangente; a onsiênia tem uma dimensão estutua em vitude da qua petene não ao homem em sua existênia opóea, mas à eaidade na qua o homem, os outos paeios na omunidade do se e as eações patiipativas ente ees ooem Se a me-táfoa espaia ainda fo pemitida, a uminosidade da onsiênia está situada em agum uga "ente a onsiênia humana na existênia opóea e a ea idade tenionada em seu modo de oisidade

O disuso osóo ontempoâneo não possui uma inguagem onven ionamente aeita paa as estutuas que aabamos de anaisa Po onse-guinte, paa enota o status intemediáio da onsiênia, usaei a paava

gega metaxy, desenvovida po Patão omo o temo ténio em sua anáise a estutua Até onde sei, paa denota a eaidade que abange os paeios no se, isto é, Deus e o mundo, o homem e a soiedade, ninguém desenvoveu nenhum temo ténio Obsevei, no entanto, que os ósofos, ao intoduzi-se inidentamente nessa estutua em sua expoação de outos assuntos, têm o hábito de se efei a ea po um neuto "isso O sso a que se efee aqui é o misteioso "isso que também ooe na inguagem otidiana em fases do tipo "hove• Assim, usaei a denominação "eaidadesso, enquanto distin ta da eaiadeoisa

O uso equívoo da paava "inguagem apontou paa uma expeiênia da eaidade que teia de se expessa po esse uso, e em seguida a busa passou à estutua da onsiênia omo a expeiênia que gea a equivoação Mas seia essa esposta um passo na dieção do Pinípio?

À

pimeia vista, mais paee uma expansão das equivoações Há uma onsiênia om dois sentidos estu

2 m inglês no orginal i ins m português este sujeito é inestente (N. do  bras)

Referências

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