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Física II para a Escola Politécnica ( ) - P2 (26/06/2015) [0000]

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(1)

NUSP:

⓪ ⓪ ⓪ ⓪ ⓪ ⓪ ⓪

① ① ① ① ① ① ①

② ② ② ② ② ② ②

③ ③ ③ ③ ③ ③ ③

④ ④ ④ ④ ④ ④ ④

⑤ ⑤ ⑤ ⑤ ⑤ ⑤ ⑤

⑥ ⑥ ⑥ ⑥ ⑥ ⑥ ⑥

⑦ ⑦ ⑦ ⑦ ⑦ ⑦ ⑦

⑧ ⑧ ⑧ ⑧ ⑧ ⑧ ⑧

⑨ ⑨ ⑨ ⑨ ⑨ ⑨ ⑨

Instruções: preena completamente os círculos com os dígitos do seu número USP (um em cada coluna); na parte de baixo dessa folha, preena completamente os círculos com as respostas cor-retas correspondentes a cada questão. Use ca-neta esferográfica preta ou azul. Escreva apenas nas áreas designadas.

Nome: . . . .

Assinatura: . . . .

Turma: . . . .

Professor:. . . .

ESTE ESPAÇO É DE USO EXCLUSIVO DA BANCA DE CORREÇÃO

1a Avaliação Revisão Múltipla-escolha

Parte discursiva Total

• Esta prova é formada de uma parte objetiva contendo 8 questões de múltipla-escolha (1-8) e uma parte discur-siva contendo uma questão (9).

• A parte objetiva corresponde a um total de 6 pontos e a parte discursiva a 4 pontos.

Marque as respostas das questões de múltipla-escolha

(1)

Ⓐ Ⓑ Ⓒ Ⓓ Ⓔ

(2)

Ⓐ Ⓑ Ⓒ Ⓓ Ⓔ

(3)

Ⓐ Ⓑ Ⓒ Ⓓ Ⓔ

(4)

Ⓐ Ⓑ Ⓒ Ⓓ Ⓔ

(5)

Ⓐ Ⓑ Ⓒ Ⓓ Ⓔ

(6)

Ⓐ Ⓑ Ⓒ Ⓓ Ⓔ

(7)

Ⓐ Ⓑ Ⓒ Ⓓ Ⓔ

(8)

Ⓐ Ⓑ Ⓒ Ⓓ Ⓔ

(2)
(3)

QUESTÕES DE MÚLTIPLA-ESCOLHA (1-8) - GABARITO As respostas (a) são as corretas

ando necessário, useπ=3, 14 e g=10 m/s2

(1) (0,75 pt) A figura abaixo mostra as curvas x(t)obtidas em três experimentos fazendo um certo sistema bloco-mola oscilar em um movimento harmônico simples. Pode-se dizer que:

(a) Em t= 0, a velocidade do bloco no experimento 1 é maior que no experimento 2 e maior que no experi-mento 3, sendo a velocidade do bloco nula no experiexperi-mento 3.

(b) A freqüência angular do sistema nos três experimentos é diferente.

(c) Em t=0, a energia potencial da mola no experimento 3 é maior que a energia potencial nos experimentos 1 e 2, sendo a energia potencial no experimento 1 menor que no experimento 2.

(d) A energia cinética máxima do bloco no experimento 1 é maior que no experimento 3, mas é menor que no

experimento 2.

(4)

(2) (0,75 pt) A figura a seguir mostra os gráficos da energia cinética K em função da posição x para três osciladores

harmônicos que têm a mesma massa. Pode-se dizer que:

(a) O oscilador A completa uma oscilação em um tempo menor que os outros dois.

(b) Os três osciladores tem o mesmo período de oscilação.

(c) A freqüência de oscilação associada à curva B é menor que aquela da curva C.

(d) A constante elástica do oscilador A é maior que a dos osciladores B e C, sendo a constante elástica do

oscilador B menor que a do oscilador C.

(5)

(3) (0,75 pt) Cada um dos dois pêndulos mostrados na figura abaixo consiste em uma esfera sólida uniforme de

massa M sustentado por uma corda de massa desprezível, porém a esfera do pêndulo A é muito pequena, enquanto a esfera do pêndulo B é bem maior. SejamτAeτBos tempos que cada pêndulo demora em completar uma oscilação. Para deslocamentos pequenos, pode-se dizer que:

(a) O pêndulo B demora mais tempo que o pêndulo A em completar uma oscilação, comτB/τA=

11/10.

(b) Os dois pêndulos levam o mesmo tempo para completar uma oscilação, comτA =τB =2π

L/g.

(c) O pêndulo B demora menos tempo que o pêndulo A em completar uma oscilação, comτB/τA=1/

2.

(d) O pêndulo B demora mais tempo que o pêndulo A em completar uma oscilação, comτB/τA =

2.

(e) O pêndulo B demora menos tempo que o pêndulo A em completar uma oscilação, comτB/τA =1/

10.

(4) (0,75 pt) Um disco é ligado à massa m e megulhado em um fluido que exerce uma força dissipativa, tal e como

mostra a figura. A força restauradora elástica é−kx e a força dissipativa é−ρ ˙x, com x o deslocamento da massa m

(6)

molas, massas e fluidos. Experimento k ρ m 1 k0 ρ0 m0 2 3k0 2ρ0 m0 3 4k0 ρ0 2m0 4 k0 ρ0 10m0 5 k0/2 6ρ0 2m0

Em que experimento o tempo no qual a energia mecânica diminui até um quarto do seu valor inicial é maior?

(a) Experimento 4.

(b) Experimento 1.

(c) Experimento 2.

(d) Experimento 3.

(e) Experimento 5.

(5) (0,75) A figura de Lissajous abaixo descreve o movimento de uma massa sujeita a duas forças restauradoras

perpendiculares, independentes, Fx=−kxx e Fy=−kyy. al é a razão entre as constantes kx/kydestas forças restauradoras? X" Y"  (a) 1/16(b) 4(c) 2(d) 1/4(e) 16

(7)

(6) (0,75) Um pêndulo simples, como mostrado na figura, é lançado de uma posição⃗r= A ˆx, com uma velocidade

⃗v=V0ˆy. al é a trajetória do pêndulo, vista de cima, dados A e V0positivos? x"

y"  (a) X" Y" sentido anti-horário  (b) X" Y" sentido horário  (c) X" Y"  (d) X" Y" sentido horário  (e) X" Y" sentido anti-horário

(7) (0,75) Um corpo de massa m está sujeito a um potencial do tipo

U(x) = a

x2 2b

(8)

Para pequenas oscilações em torno de sua posição de equilíbrio, a frequência angular de oscilação é igual a  (a) ω= √ 2b4 a3m(b) ω= √ b3 a4m(c) ω= √ 2b3 3a4m(d) ω= √ 2a4 b3m(e) ω= √ b4 a3m

(8) (0,75) A suspensão de um carro de 700 kg (vazio) foi otimizada para amortecimento crítico quando está com

lotação máxima (4 passageiros de 75 kg cada). ando as pessoas saem do carro, ele se eleva em 6 cm. al é o coeficiente de amortecimento do conjunto de amortecedores ligados à suspensão do carro?

(a) 2·104kg/s

(b) 235·103kg/s

(c) 25/7·104kg/s

(d) 22·104kg/s

(9)

QUESTÃO DISCURSIVA

ATENÇÃO: A solução dessa questão deve ser feita no caderno de provas devidamente identificado com nome, NUSP e turma.

(9) [4,0 pt] Um pêndulo simples, em seu laboratório de física, é

com-posto por um fio de comprimento L e uma bolinha (pontual) de massa

m presa à sua ponta. Para iniciar o balanço da bolinha, você coloca

um ventilador próximo à ela, soprando uma corrente horizontal de ar de velocidade escalar u, resultando em uma força⃗FV(como mostrado ao lado).

Enquanto o ventilador está ligado, o sistema fica em equilíbrio, com um ânguloθ0com a vertical, com 00<π/2.

(a) (0,75) Obtenha o módulo do vetorFVpara valores gerais de|θ| <π/2, em termos do ângulo θ0, de m e de g. (b) (1,0) Você desliga o ventilador e deixa que o pêndulo oscile. Supondo que a força de arrasto do ar seja da forma

FA =ρv, sendoρ >0 uma constante ev a velocidade da bolinha, deduza a equação diferencial exata que descreve o deslocamento angularθ(t)do pêndulo para|θ| < π/2, justificando de forma sucinta os termos

usados na equação.

(c) (1,0) Considere o regime de pequenas oscilações, onde|θ| ≪ π/2. Dadas as condições iniciais do problema,

obtenha a função exata paraθ(t).

(d) (0,5) Determine a constante de decaimentoτ deste pêndulo.

(e) (0,75) anto tempo levará para a amplitude de oscilação do pêndulo chegar a um valorθ0/5? Nota: dê suas respostas em termos dos parâmetros do problema: L, m, g,ρ, θ0, u.

FORMULÁRIO

Momento de inércia de uma esfera (a partir de um eixo de simetria): ICM= 25MR2 Momento de inércia de uma esfera oca (a partir de um eixo de simetria): ICM = 23MR2 Teorema dos eixos paralelos: I=Md2+ICM

Expansão em série de Taylor:

f(x0+∆x) = f(x0) + d f (x) dx x=x0 ∆x+1 2 d2f(x) dx2 x=x0 (∆x)2+...+ 1 n! dn(x) dxn x=x0 (∆x)n+... com∆x=x−x0.

(10)

(a) Quando o ventilador est´a ligado, o pˆendulo est´a em equil´ıbrio formando um ˆangulo θ0 com a

vertical. Nessa situa¸c˜ao, o ventilador produz uma corrente horizontal de ar, representada pela

for¸ca ~FV. Como o pˆendulo est´a em repouso, ~FA= 0. As for¸cas que agem no pˆendulo aparecem

representadas na Fig. 1. Desta figura, a for¸ca ~FV pode ser escrita em termos das componentes

Figure 1: pˆendulo no instante inicial, antes de desligar o ventilador.

ao longo das dire¸c˜oes ˆr e ˆθ

~

FV = FV[senθ0r + cosθˆ 0θ],ˆ (1)

com FV = | ~FV|. Do item (a), no instante inicial θ(t) = θ0, ~T = ~T0 = −T0r [Tˆ 0 = | ~T0|] e

~

P = mg[cosθ0r − senθˆ 0θ].ˆ (2)

A segunda lei de Newton estabelece nesta situa¸c˜ao

~

T0+ ~P + ~FV = 0, (3)

obtendo assim

componente ˆr : −T0+ mg cosθ0 + FV senθ0 = 0, (4)

componente ˆθ : −mg senθ0+ FV cosθ0 = 0. (5)

Da Eq. (5), obtemos

FV = mg tgθ0. (6)

(11)

FV ' mg θ0. (7)

(b)

• M´ETODO 1: Segunda Lei de Newton

Seja o pˆendulo da Fig. 2, formado por uma corda de comprimento L (de massa

de-sprez´ıvel) e uma bolinha de massa m. Quando o ventilador ´e desligado, a for¸ca ~FV deixa

de agir no pˆendulo, e o pˆendulo come¸ca o seu movimento. Assim, o pˆendulo ´e largado

do repouso formando um ˆangulo θ0 com a vertical. Considere um instante de tempo t

onde o pˆendulo forma um ˆangulo θ com a vertical (sendo 0 < θ < π/2) como mostrado

na Fig. 2. Nesse instante de tempo, as for¸cas que agem no pˆendulo s˜ao a tens˜ao ~T , o

peso ~P = m~g e a for¸ca de arrasto do ar ~FA = −ρ~v, com ~v a velocidade do pˆendulo e ρ

uma constante positiva (ρ > 0). Usando os vetores ˆr e ˆθ, podemos expressar os vetores

Figure 2: pˆendulo liberado da posi¸c˜ao θ0.

posi¸c˜ao, velocidade e acelera¸c˜ao para o pˆendulo quando este forma um ˆangulo θ com a

vertical. Considerando o sistema de coordenadas xy da Fig. 2 temos

~r = L[senθ ˆi − cosθ ˆj] = Lˆr, (8)

~v = d~r

dt = L ˙θ[cosθ ˆi + senθ ˆj] = L ˙θ ˆθ, (9)

~a = d~v dt = L¨θ ˆθ + L ˙θ dˆθ dt = −L ˙θ 2ˆr + L¨θ ˆθ, (10) 2

(12)

dˆθ

dt = − ˙θ[senθ ˆi − cosθ ˆj] = − ˙θˆr. (11)

Da Fig. 2 vemos que o ˆangulo θ diminui com o tempo at´e que o pˆendulo chega `a posi¸c˜ao

vertical, portanto, ˙θ < 0. Assim, o vetor velocidade ~v tem sentido −ˆθ enquanto a for¸ca

de arrasto ~FA = −ρ~v tem sentido ˆθ, como indicado na Fig. 2.

As for¸cas podem ser escritas como ~ T = −T ˆr, (12) ~ P = mg[cosθˆr − senθ ˆθ], (13) ~ FA = −ρ~v = −Lρ ˙θ ˆθ, (14)

com T = | ~T | e g = |~g|. Da segunda Lei de Newton

~

T + ~P + ~FA = m~a, (15)

obtendo assim

componente ˆr : −T + mgcosθ = −mL ˙θ2, (16)

componente ˆθ : −mgsenθ − ρL ˙θ = mL¨θ. (17)

A segunda equa¸c˜ao pode ser reescrita como

¨

θ + γ ˙θ + ω02senθ = 0, (18)

com γ = ρ/m e ω02 = g/L.

• M´ETODO 2: Lei da rota¸c˜ao

Podemos considerar o pˆendulo como um s´olido r´ıgido que gira em torno de um eixo

que passa pelo ponto O (eixo z da Fig. 2). Neste caso, a tors˜ao resultante em rela¸c˜ao a

O, ~τO, est´a relacionada com a acelera¸c˜ao angular do pˆendulo, ~α, atrav´es de

~

τO= IO~α, (19)

com IO o momento de in´ercia em rela¸c˜ao ao eixo que passa por O. Como a bolinha do

pˆendulo ´e considerada como uma massa pontual m situada a uma distˆancia L do ponto

O, temos que IO = mL2.

(13)

bolinha em rela¸c˜ao ao ponto O. Assim, as tors˜oes da for¸ca peso, ~τP,O, e for¸ca de arrasto,

~τA,O, em rela¸c˜ao a O, s˜ao

~

τP,O= ~r × [m~g] = [Lˆr] × [mg cosθ ˆr − mg senθ ˆθ]

= −mLg senθˆk, (20)

~τA,O = ~r × ~FA= [Lˆr] × [−Lρ ˙θ ˆθ] = −L2ρ ˙θˆk, (21)

onde ˆr × ˆθ = ˆk. Assim, o torque resultante em rela¸c˜ao a O ´e

~

τO = ~τP,O+ ~τA,O= [−mLg senθ − L2ρ ˙θ]ˆk. (22)

Da Fig. 2, o pˆendulo gira no sentido hor´ario, portanto, o vetor velocidade angular ~ω tem

que estar dirigido na dire¸c˜ao −ˆk. Como ˙θ ´e negativo para 0 < θ < π/2, temos que

~

ω = ˙θˆk. (23)

Assim, a acelera¸c˜ao angular ~α ´e

~

α = d~ω

dt = ¨θˆk. (24)

Substituindo as Eqs. (22) e (24) na Eq. (19) obtemos

−mLg senθ − L2ρ ˙θ = mL2θ,¨ (25)

ou, equivalentemente

¨

θ + γ ˙θ + ω02senθ = 0, (26)

com γ = ρ/m e ω2

0 = g/L. Obtemos assim a mesma equa¸c˜ao que no M´etodo 1.

• M´ETODO 3: Teorema Trabalho-Energia

Consideremos como sistema todos os elementos que aparecem na Fig. 2 mais a Terra.

Nesse sistema, n˜ao temos nenhuma for¸ca externa ao sistema, portanto, o trabalho feito

por for¸cas externas ´e igual a Wext = 0. A tens˜ao ~T n˜ao realiza trabalho, pois a cada

instante a for¸ca ´e sempre perpendicular `a trajet´oria da part´ıcula. A for¸ca de arrasto do

ar ´e uma for¸ca n˜ao-conservativa e faz um trabalho WA. Pelo teorema trabalho-energia no

sistema considerado, temos que

Wext = ∆Emec− WA, (27)

(14)

∆Emec = WA. (28)

Derivando a Eq. (28) com rela¸c˜ao ao tempo, temos

d(∆Emec)

dt =

dWA

dt = PA, (29)

onde PA ´e a potˆencia associada `a for¸ca de arrasto. Como dWA = ~FA· d~r,

PA= dWA dt = ~FA·  d~r dt  = ~FA· ~v = −L2ρ ˙θ2, (30)

onde usamos as Eq. (9) e (14).

Consideremos dois instantes de tempo. No primeiro, o instante inicial, o pˆendulo forma

um ˆangulo θ0 com a vertical e tem velocidade nula, portanto, toda a energia mecˆanica do

sistema nesse instante inicial, Emec,i, ´e energia potencial gravitacional. Usando o sistema

de coordenadas xy da Fig. 2 e chamando de y0 a posi¸c˜ao do pˆendulo no eixo y nesse

instante, a energia mecˆanica ´e dada por

Emec,i = mgy0 = −mgLcosθ0. (31)

No instante em que o pˆendulo forma um ˆangulo θ com a vertical (instante f ) o pˆendulo

tem energia cin´etica rotacional, Tf, e energia potencial gravitacional, Uf. Assim, a energia

mecˆanica nesse instante, Emec,f, ´e dada pela soma Tf + Uf,

Emec,f = 1 2IO~ω 2− mgLcosθ = 1 2mL 2θ˙2− mgLcosθ. (32) Dessa forma,

∆Emec = Emec,f− Emec,i =

1 2mL 2θ˙2− mgL[cosθ − cosθ 0]. (33) Pelas Eqs. (33), (30) e (29) mL2θ ¨˙θ + mgL ˙θsenθ = −L2ρ ˙θ2, (34)

que tamb´em pode ser escrita como

¨

θ + γ ˙θ + ω02senθ = 0, (35)

com γ = ρ/m e ω2

0 = g/L. Obtemos assim a mesma equa¸c˜ao que no M´etodo 1.

(15)

¨

θ + γ ˙θ + ω0θ = 0, (36)

que descreve um movimento harmˆonico amortecido. Quando o ventilador ´e desligado, o pˆendulo

come¸ca um movimento oscilat´orio cuja amplitude diminui pouco a pouco com o tempo. Temos

assim um movimento fracamente amortecido em regime subcr´ıtico. A solu¸c˜ao da Eq. (36) ´e

portanto da forma

θ(t) = Ae−γt/2cos(ωt + ϕ), (37)

onde A e ϕ s˜ao constantes a determinar e ω =pω2

0 − (γ/2)2´e a freq¨uˆencia angular da oscila¸c˜ao

[n˜ao confundir com o vetor ~ω do item (a)]. Sabemos que o pˆendulo parte do repouso formando

um ˆangulo inicial θ0. Assim, a solu¸c˜ao da Eq. (37) deve satisfazer as condi¸c˜oes iniciais:

θ(0) = θ0, (38)

˙

θ(0) = 0. (39)

Derivando em rela¸c˜ao ao tempo a Eq. (37),

˙

θ = −Aγ

2 e

−γt/2cos(ωt + ϕ) − Aωe−γt/2sen(ωt + ϕ). (40)

Assim,

θ(0) = 0 → Acosϕ = θ0 (41)

˙

θ(0) = 0 → −Aγ

2 cosϕ − Aω senϕ = 0. (42)

Ou

Acosϕ = θ0 (43)

γ

2cosϕ = −ω senϕ. (44)

Da Eq. (43), como A e θ0 s˜ao n´umeros positivos, o cosϕ > 0. Portanto, pela Eq. (44), como

γ e ω s˜ao n´umeros positivos, senϕ < 0. Substituindo o valor de ω na Eq. (44) e elevando ao

quadrado, temos γ2 4 cos 2ϕ =  ω02− γ 2 4  sen2ϕ → γ 2 4 = ω 2 0sen 2ϕ. (45) O que implica senϕ = ± γ 2ω0 . (46) 6

(16)

senϕ = − γ

2ω0

. (47)

Tamb´em, sabendo que cosϕ deve ser positivo, ent˜ao temos

cosϕ = +p1 − sen2ϕ = s 1 − γ 2 4ω2 0 = ω ω0 . (48)

Assim, pela Eq. (43), A = θ0ω0/ω. Portanto, a solu¸c˜ao da equa¸c˜ao diferencial ´e

θ(t) = ω0

ω θ0e

−γt/2

cos(ωt + ϕ), (49)

com senϕ = −γ/(2ω0) e cosϕ = ω/ω0. Tamb´em, usando a rela¸c˜ao trigonom´etrica cos(a + b) =

cosa cosb − sena senb, podemos escrever a solu¸c˜ao como

θ(t) = θ0e−γt/2 h cos ωt + γ 2ωsen ωt i . (50)

Observe que o amortecimento produzido pela for¸ca de arrasto do ar ´e suficientemente pequeno

para considerarmos γ << ω0. Nessa aproxima¸c˜ao ω ' ω0, cosϕ ' 1 e senϕ ' 0 e a solu¸c˜ao

ficaria como

θ(t) ' θ0e−γt/2cos ωt. (51)

(d) O ventilador ligado produz uma corrente de ar horizontal de velocidade ~u = uˆi [u = |~u|],

que ´e dada pela for¸ca ~FV. Esta for¸ca faz que o pˆendulo, que estava em repouso, comece a se

movimentar at´e formar um ˆangulo θ0com a vertical. Nesse instante, o pˆendulo est´a em repouso,

~v = 0. Para que o pˆendulo fique em repouso formando um ˆangulo θ0, a for¸ca de arrasto do ar

[gerada como conseq¨uˆencia do vento produzido pelo ventilador] tem que ter o mesmo m´odulo

e sentido oposto que a for¸ca exercida pelo ventilador. Assim ~

Far = − ~FV = −mg tgθ0ˆi. (52)

Como o vento produzido pelo ventilador tem velocidade ~u,

~

Far = −ρ~u = −ρuˆi. (53)

Das Eq. (52) e (53) temos que

ρ = mg

utgθ0. (54)

(17)

γ =

m = utgθ0. (55)

A constante de decaimento τ = 1/γ ´e portanto

τ = u g tgθ0 . (56) Para valores de θ0 << π/2 , τ ' u g θ0 . (57)

(e) A amplitude da oscila¸c˜ao ´e

a(t) = Ae−γt/2 = ω0

ω θ0e

−γt/2

. (58)

Seja t o instante em que a(t) = θ0/5. Ent˜ao

θ0 5 = ω0 ω θ0e −γt/2 e−γt/2 = ω 5ω0 . (59)

Aplicando o logaritmo neperiano, obtemos

t = −2 γln  ω 5ω0  . (60)

Como ω/ω0 < 1, podemos escrever

t = 2 γln  5ω0 ω  , (61)

que ´e um n´umero positivo. Se aproximarmos ω ' ω0, chegamos a

t ' 2

γln(5). (62)

Referências

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