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Stara S.A. Indústria de Implementos Agrícolas

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(1)

Stara S.A.

Indústria de

Implementos

Agrícolas

Conjunto completo das

Demonstrações

(2)

Conjunto completo das

Demonstrações Financeiras 2016

O conjunto de demonstrações apresentado a seguir é composto pelas

seguintes informações:

Relatório da administração;

Relatório do auditor independente;

Demonstrações Financeiras;

Orçamento de capital;

Declaração dos diretores sobre a opinião expressa no relatório dos

auditores independentes;

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RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO

Submetemos à apreciação dos acionistas, mercado e sociedade em geral, o Relatório da Administração e as Demonstrações Financeiras da Stara S/A Indústria de Implementos Agrícolas em 31 de dezembro de 2016, acompanhado do Relatório dos Auditores Independentes.

1. VISÃO GERAL /DESEMPENHO ECONÔMICO DA COMPANHIA CONJUNTURA ECONÔMICA

Dados da Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) demonstram que no final do primeiro semestre de 2016 as vendas de tratores acumulavam queda de 31%, já em dezembro a retração era de 3,8%. No caso das colheitadeiras, saiu de uma retração de 14% para alta de 14%. Assim, no ano de 2016 houve queda de 4,8% na comercialização de máquina agrícolas em relação ao ano de 2015 e a produção ficou 4,1% abaixo no mesmo período.

A expectativa da Anfavea para o ano de 2017 referente ao setor de máquinas agrícolas é aumento na produção de 10,7%, puxando o crescimento em 13% nas vendas internas e 6% nas exportações. Este otimismo se deve em função do bom preço das commodities agrícolas, da previsão de um grande volume na safra e da abertura gradual da concessão de crédito.

Neste contexto, a Companhia possui a convicção que 2016 marcou o ponto de inflexão da curva de vendas e 2017 tende a ser melhor, embora ainda longe de recuperar o volume de negócios observado em 2012 e 2013. Em um cenário em que fatores como preço dos grãos, volume de safra e crédito não parecem ser problemas para 2017, a principal dúvida permanece no cenário político.

A diretoria está segura de que a Companhia apresenta condições financeiras e patrimoniais suficientes para executar seu plano de negócio e cumprir suas obrigações de curto e médio prazo, bem como suportar o crescimento planejado para os próximos anos.

O capital de giro é suficiente para as suas atuais exigências e os seus recursos de caixa, inclusive os empréstimos de terceiros, são suficientes para atender o financiamento de suas atividades e cobrir sua necessidade de recursos de curto e médio prazo.

ATIVIDADE DE COMERCIALIZAÇÃO

A Stara é uma empresa inovadora, com um forte portfolio de máquinas e implementos agrícolas com tecnologia de ponta, composta por autopropelidos, tratores, pulverizadores, plantadoras, semeadoras, distribuidores, softwares e equipamentos de tecnologia relacionados à agricultura de precisão. No período findo em 31/12/2016, apresentou receita líquida 16,3% maior com relação a 2015.

(4)

Valores consolidado das vendas brutas do período:

ANÁLISE DO RESULTADO DO PERÍODO

A Companhia apresentou lucro líquido de R$ 24.684 mil no exercício findo em 31/12/2016, frente ao prejuízo de R$ 15.011 mil apresentado em 31/12/2015 e lucro líquido de R$ 32.964 mil no exercício findo 31/12/2014:

Síntese dez/14 dez/15 dez/16

R$ mil % R$ mil % R$ mil %

Receita Líquida 638.738 100,0% 469.315 100,0% 562.531 100,0%

Resultado Bruto 161.400 25,3% 125.814 26,8% 155.931 27,7%

Despesa/Receitas Operacionais (134.120) -21,0% (148.133) -31,6% (122.624) -21,8%

Receita/Despesas Financeiras Líquidas 4.993 0,8% 7.158 1,5% (4.452) -0,8%

Resultado Líquido 32.964 5,2% (15.011) -3,2% 24.684 4,4%

EBITDA

A administração da Companhia acredita que a análise do EBITDA é relevante para a empresa, pois demonstra o quanto a empresa gera de recursos apenas em suas atividades operacionais, sem considerar os efeitos financeiros, de impostos e efeitos não recorrentes. Conforme orientação da instrução da CVM 527/2012, o cálculo do EBITDA (LAJIDA) é o resultado líquido do período, acrescido dos tributos sobre o lucro, das despesas financeiras líquidas e das receitas financeiras, das depreciações, amortizações e exaustões, assim o EBITDA apresentado a seguir, parte do lucro bruto, descontado as despesas com vendas e administrativas, somando outras receitas, depreciação e amortização, conforme a seguir:

Composição EBITDA Consolidado - R$ mil 2014 2015 2016

Lucro Bruto 161.400 125.814 155.931

(-) Despesas Administrativas + Vendas (134.859) (148.637) (139.616)

(+) Outras receitas 1.798 504 18.081 28.339 (22.319) 34.396 Depreciação e Amortização 20.923 15.741 21.274 20.923 15.741 21.274 EBITDA 49.262 (6.578) 55.670 752.307 560.283 651.879 2014 2015 2016 R$ mil ∆ % -27,1% -25,5% 16,3%

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RECURSOS HUMANOS

A seguir demonstramos a evolução consolidada do quadro de colaboradores da Companhia:

Síntese dez/14 ∆ % dez/15 ∆ % dez/16 ∆ %

Total de Colaboradores 2.525 -9,7% 2.451 -2,9% 2.142 -12,6%

2. MERCADO DE CAPITAIS E GOVERNANÇA CORPORATIVA

No ano de 2016, a Companhia iniciou o processo de adequação de suas normas para as melhores práticas de governança corporativa. Realizou-se a adaptação do Estatuto Social para o padrão exigido pela CVM, instituiu a área de Relacionamento com o Investidor, constituiu o Código Conduta e aprovou o manual da política de divulgação de ato ou fato relevante de negociação de valores mobiliários.

A BOVESPA MAIS, da BM&BOSVEPA S.A. – Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros (“BM&BOSVEPA”) admitiu a Companhia no segmento especial de listagem, na data de 02/02/2017, contudo a Companhia ainda encontra-se em tramitação com o processo junto à Comissão de Valores Mobiliários (“CVM”) para o registro inicial de Companhia aberta, na categoria “A”, sem emissão. Salientamos que somente após a obtenção do registro junto à CVM a Companhia poderá dar início ao processo de listagem na BM&BOSVEPA.

3. PERSPECTIVAS

A Stara vem trabalhando em duas frentes que considera de grande importância: internacionalização da Companhia e consolidação da sua rede de concessionárias no país e exterior.

De forma geral, a Companhia pretende efetuar investimentos no montante aproximado de R$ 50 milhões até final de 2019, os quais serão destinados: (i) à aquisição de equipamentos e melhorias nas unidades produtivas atuais; (ii) ao desenvolvimento de novos produtos; e (iii) a novos módulos e funcionalidades do sistema de gestão SAP.

A Companhia projeta um crescimento do faturamento para o ano de 2017, com o mercado reagindo principalmente a partir do segundo semestre.

4. RELACIONAMENTO COM AUDITORES INDEPENDENTE

Em conformidade a Instrução N° 381/03 da Comissão de Valores Mobiliários, informamos que a Companhia e suas controladas adotam como procedimento formal consultar os auditores independentes, PricewaterhouseCoopers (PwC), no sentido de assegurar-se de que a realização da prestação de outros serviços não venha afetar sua independência e objetividade necessária ao desempenho dos serviços de auditoria independente.

Para o exercício social de 2016, a PwC prestou, além do serviço de auditoria externa das demonstrações financeiras, serviços relacionados à revisão de créditos tributários e diagnóstico

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técnico na ECF e Reintegra, conforme detalhado a seguir:

Exercício Social 2016 R$ mil ∆ %

Auditoria das Demonstrações Financeiras 576,5 73,4%

Outros serviços 208,8 26,6%

Total Geral 785,3 100,0%

5. AGRADECIMENTOS

Agradecemos a todos os clientes, fornecedores, acionistas e colaboradores pelo apoio, dedicação e confiança depositados na Companhia.

(7)

Stara S.A. Indústria de

Implementos Agrícolas

Demonstrações financeiras

individuais e consolidadas em

31 de dezembro de 2016

(8)

PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes, Rua Mostardeiro, 800 – 9º andar, Porto Alegre-RS, Brasil 90430-000

T: (51) 3378-1700, F: (51) 3328-1609, www.pwc.com/br

Relatório do auditor independente

sobre as demonstrações financeiras

individuais e consolidadas

Aos Administradores e Acionistas

Stara S.A. Indústria de Implementos Agrícolas

Opinião

Examinamos as demonstrações financeiras individuais da Stara S.A. Indústria de Implementos Agrícolas (a "Companhia"), que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2016 e as respectivas demonstrações do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, assim como as demonstrações financeiras consolidadas da Stara S.A. Indústria de Implementos Agrícolas e sua controlada ("Consolidado"), que compreendem o balanço patrimonial consolidado em 31 de dezembro de 2016 e as respectivas demonstrações consolidadas do resultado, resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, bem como as correspondentes notas explicativas, incluindo o resumo das principais políticas contábeis.

Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Companhia e da Companhia e sua controlada em 31 de dezembro de 2016, o desempenho de suas operações e os seus respectivos fluxos de caixa, bem como o desempenho consolidado de suas operações e os seus fluxos de caixa consolidados para o exercício findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB).

Base para opinião

Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Nossas responsabilidades, em conformidade com tais normas, estão descritas na seção intitulada

"Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações financeiras". Somos independentes em relação à Companhia, de acordo com os princípios éticos relevantes previstos no Código de Ética

Profissional do Contador e nas normas profissionais emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, e cumprimos com as demais responsabilidades éticas conforme essas normas. Acreditamos que a evidênci de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião.

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3 Principais Assuntos de Auditoria

Principais Assuntos de Auditoria (PAA) são aqueles que, em nosso julgamento profissional, foram os mais significativos em nossa auditoria dos

exercícios apresentados. Esses assuntos foram tratados no contexto de nossa auditoria das demonstrações financeiras individuais e consolidadas como um todo e na formação de nossa opinião sobre essas demonstrações financeiras individuais e consolidadas e, portanto, não expressamos uma opinião separada sobre esses assuntos. Determinamos que os assuntos descritos abaixo são os principais assuntos de auditoria a serem comunicados em nosso relatório.

Porque é um PAA

Como o assunto foi conduzido em nossa auditoria

Provisão para garantias (Notas explicativas 3(d) e 15(b))

A Companhia fornece garantias de até um ano para os equipamentos agrícolas autopropulsados, e de até seis meses para os demais produtos.

A determinação da provisão para as garantias concedidas aos clientes é calculada com base no percentual histórico de desembolsos e sua estimativa pode mudar em função dos desenvolvimentos dos produtos e peças aplicadas.

Portanto, em função dos julgamentos envolvidos e a possibilidade ocorrer variações entre os valores históricos e os desembolsos efetivos, consideramos essa área como foco de nossa auditoria.

Nossa resposta de auditoria incluiu o entendimento e a avaliação do ambiente de controles internos considerados relevantes no processo de garantias. Avaliamos também o processo adotado pela administração para a determinação da provisão, incluindo as premissas adotadas quando da apuração do percentual histórico de ocorrências (garantias concedidas), a verificação da base de informações que foram utilizadas na constituição dessa provisão, bem como executamos o recálculo da provisão contabilizada pela Companhia.

Nossos procedimentos de auditoria demonstraram que os julgamentos e premissas utilizados pela administração em relação a esse tema são razoáveis, e as divulgações são consistentes com dados e informações obtidos Assuntos Por que é um PAA? Como o assunto foi conduzido

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Stara S.A. Indústria de Implementos Agrícolas

Porque é um PAA Como o assunto foi conduzido em nossa auditoria

Intangíveis – desenvolvimento de produtos (Notas explicativas 2.8, 3(d) e 11)

A Companhia registra no ativo intangível os desembolsos incorridos em conexão com o desenvolvimento de novos produtos.

A determinação da natureza dos gastos que podem ser capitalizados envolve julgamentos significativos por parte da administração, incluindo a

determinação de que é provável que os projetos têm viabilidade comercial e tecnológica e que, portanto, gerarão benefícios futuros para a Companhia, recuperando os valores capitalizados, de acordo com as requerimento das normas contábeis aplicáveis. Em função dos julgamentos significativos, como acima descrito, determinamos esta área como de foco em nossa auditoria.

Nossa resposta de auditoria incluiu,

principalmente, o entendimento dos controles e dos processos existentes para o acompanhamento dos projetos, bem como a execução de testes documentais sobre os gastos incorridos nos projetos e a validação da análise da administração que suporta a viabilidade comercial e tecnológica dos projetos capitalizados.

Nossos procedimentos de auditoria demonstraram que os julgamentos e premissas utilizados pela administração em relação a esse tema são razoáveis, e as divulgações são consistentes com dados e informações obtidos.

Provisão para crédito de liquidação duvidosa (Notas explicativas 2.6, 3(a) e 7).

A Companhia está potencialmente sujeita ao risco de crédito principalmente relacionado ao contas a receber de clientes. Uma provisão para crédito de liquidação duvidosa é constituída quando existem dúvidas quanto à capacidade da Companhia em receber os valores em aberto, considerando a situação financeira dos mesmos, bem como as respectivas garantias recebidas.

Por se tratar de uma estimativa contábil elaborada pela administração e sujeita a julgamentos críticos e considerando sua relevância e deterioração do cenário econômico, consideramos o tema como área de foco de nossos trabalhos de auditoria.

Nossos procedimentos de auditoria incluíram, dentre outros, o entendimento dos controles internos relevantes associados a análise de crédito, bem como testes dos controles sobre o ambiente de tecnologia da informação que suporta a estrutura de controles da Companhia. Realizamos também o entendimento e a revisão das premissas e dados utilizados na estimativa adotada pela administração da Companhia para determinação da provisão para crédito de liquidação duvidosa sobre contas a receber. Também, realizamos uma análise retrospectiva da estimativa registrada no exercício anterior, comparando-a com os resultados reais incorridos no exercício corrente, bem como,

(11)

5

testamos os cálculos, com ênfase nas premissas e modelo que suporta a estimativa da

administração.

Como resultado desses procedimentos,

consideramos que os julgamentos utilizados na estimativa da provisão para crédito de liquidação duvidosa registrada pela Companhia são

razoáveis e as divulgações são consistentes com dados e informações obtidos.

Outros assuntos

Demonstrações do Valor Adicionado

As demonstrações individual e consolidada do valor adicionado (DVA) referente ao exercício findo em 31 de dezembro de 2016, elaboradas sob a responsabilidade da administração da Companhia e

apresentadas como informação suplementar para fins de IFRS, foram submetidas a procedimentos de auditoria executados em conjunto com a auditoria das demonstrações financeiras da Companhia. Para a formação de nossa opinião, avaliamos se essas demonstrações estão conciliadas com as demonstrações financeiras e registros contábeis, conforme aplicável, e se a sua forma e conteúdo estão de acordo com os critérios definidos no Pronunciamento Técnico CPC 09 - "Demonstração do Valor Adicionado". Em nossa opinião, as demonstrações do valor adicionado foram adequadamente elaboradas, em todos os aspectos relevantes, segundo os critérios definidos nesse Pronunciamento Técnico e são consistentes em relação às demonstrações financeiras individuais e consolidadas tomadas em conjunto.

Outras informações que acompanham as demonstrações financeiras individuais e consolidadas e o relatório do auditor

A administração da Companhia é responsável por essas outras informações que compreendem o Relatório da Administração.

Nossa opinião sobre as demonstrações financeiras individuais e consolidadas não abrange o Relatório da Administração e não expressamos qualquer forma de conclusão de auditoria sobre esse relatório. Em conexão com a auditoria das demonstrações financeiras individuais e consolidadas, nossa

responsabilidade é a de ler o Relatório da Administração e, ao fazê-lo, considerar se esse relatório está, de forma relevante, inconsistente com as demonstrações financeiras ou com nosso conhecimento obtido na auditoria ou, de outra forma, aparenta estar distorcido de forma relevante. Se, com base no trabalho realizado, concluirmos que há distorção relevante no Relatório da Administração, somos requeridos a comunicar esse fato. Não temos nada a relatar a este respeito.

(12)

Stara S.A. Indústria de Implementos Agrícolas

Responsabilidades da administração e da governança pelas demonstrações financeiras individuais e consolidadas

A administração da Companhia é responsável pela elaboração e adequada apresentação das

demonstrações financeiras individuais e consolidadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS), emitidas pelo International

Accounting Standards Board (IASB), e pelos controles internos que ela determinou como necessários

para permitir a elaboração de demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro.

Na elaboração das demonstrações financeiras individuais e consolidadas, a administração é responsável pela avaliação da capacidade de a Companhia continuar operando, divulgando, quando aplicável, os assuntos relacionados com a sua continuidade operacional e o uso dessa base contábil na elaboração das demonstrações financeiras, a não ser que a administração pretenda liquidar a Companhia ou cessar suas operações, ou não tenha nenhuma alternativa realista para evitar o encerramento das operações.

Os responsáveis pela governança da Companhia e sua controlada são aqueles com responsabilidade pela supervisão do processo de elaboração das demonstrações financeiras.

Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações financeiras individuais e consolidadas

Nossos objetivos são obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras individuais e consolidadas, tomadas em conjunto, estão livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro, e emitir relatório de auditoria contendo nossa opinião. Segurança razoável é um alto nível de segurança, mas não uma garantia de que a auditoria realizada de acordo com as normas

brasileiras e internacionais de auditoria sempre detectam as eventuais distorções relevantes existentes. As distorções podem ser decorrentes de fraude ou erro e são consideradas relevantes quando,

individualmente ou em conjunto, possam influenciar, dentro de uma perspectiva razoável, as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas referidas demonstrações financeiras.

Como parte de uma auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria, exercemos julgamento profissional e mantemos ceticismo profissional ao longo da auditoria. Além disso: • Identificamos e avaliamos os riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras individuais e

consolidadas, independentemente se causada por fraude ou erro, planejamos e executamos procedimentos de auditoria em resposta a tais riscos, bem como obtemos evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar nossa opinião. O risco de não detecção de distorção relevante resultante de fraude é maior do que o proveniente de erro, já que a fraude pode envolver o ato de burlar os controles internos, conluio, falsificação, omissão ou representações falsas intencionais.

(13)

7 • Obtemos entendimento dos controles internos relevantes para a auditoria para planejarmos

procedimentos de auditoria apropriados às circunstâncias, mas não com o objetivo de expressarmos opinião sobre a eficácia dos controles internos da Companhia e sua controlada.

• Avaliamos a adequação das políticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis e respectivas divulgações feitas pela administração.

• Concluímos sobre a adequação do uso, pela administração, da base contábil de continuidade

operacional e, com base nas evidências de auditoria obtidas, se existe incerteza relevante em relação a eventos ou condições que possam levantar dúvida significativa em relação à capacidade de

continuidade operacional da Companhia. Se concluirmos que existe incerteza relevante, devemos chamar atenção em nosso relatório de auditoria para as respectivas divulgações nas demonstrações financeiras individuais e consolidadas ou incluir modificação em nossa opinião, se as divulgações forem inadequadas. Nossas conclusões estão fundamentadas nas evidências de auditoria obtidas até a data de nosso relatório. Todavia, eventos ou condições futuras podem levar a Companhia a não mais se manter em continuidade operacional.

• Avaliamos a apresentação geral, a estrutura e o conteúdo das demonstrações financeiras individuais e consolidadas, inclusive as divulgações e se essas demonstrações financeiras representam as

correspondentes transações e os eventos de maneira compatível com o objetivo de apresentação adequada. • Obtemos evidência de auditoria apropriada e suficiente referente às informações financeiras das

entidades ou atividades de negócio do grupo para expressar uma opinião sobre as demonstrações financeiras consolidadas. Somos responsáveis pela direção, supervisão e desempenho da auditoria do grupo e, consequentemente, pela opinião de auditoria.

Comunicamo-nos com os responsáveis pela governança a respeito, entre outros aspectos, do alcance planejado, da época da auditoria e das constatações significativas de auditoria, inclusive as eventuais deficiências significativas nos controles internos que identificamos durante nossos trabalhos.

Fornecemos também aos responsáveis pela governança declaração de que cumprimos com as exigências éticas relevantes, incluindo os requisitos aplicáveis de independência, e comunicamos todos os eventuais relacionamentos ou assuntos que poderiam afetar, consideravelmente, nossa independência, incluindo, quando aplicável, as respectivas salvaguardas.

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Stara S.A. Indústria de Implementos Agrícolas

Dos assuntos que foram objeto de comunicação com os responsáveis pela governança, determinamos aqueles que foram considerados como mais significativos na auditoria das demonstrações financeiras dos exercícios apresentados e que, dessa maneira, constituem os principais assuntos de auditoria.

Descrevemos esses assuntos em nosso relatório de auditoria, a menos que lei ou regulamento tenha proibido divulgação pública do assunto, ou quando, em circunstâncias extremamente raras,

determinarmos que o assunto não deve ser comunicado em nosso relatório porque as consequências adversas de tal comunicação podem, dentro de uma perspectiva razoável, superar os benefícios da comunicação para o interesse público.

Porto Alegre, 27 de junho de 2017

PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5 "F" RS

Maurício Colombari

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Balanço patrimonial em 31 de dezembro Em milhares de reais

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

1 de 42

Controladora Consolidado Controladora Consolidado

Ativo 31/12/2016 31/12/2015 31/12/2016 31/12/2015 Passivo e patrimônio líquido 31/12/2016 31/12/2015 31/12/2016 31/12/2015

Circulante Circulante

Caixa e equivalentes de caixa (Nota 6) 39.512 24.589 39.541 24.664 Fornecedores 22.540 17.642 23.130 18.008

Contas a receber de clientes (Nota 7) 123.958 102.541 124.006 102.557 Adiantamento de clientes (Nota 7) 15.312 11.646 15.266 11.646

Adiantamento a fornecedores 10.509 18.266 4.164 9.074 Salarios e encargos sociais 9.143 5.900 9.605 6.458

Estoques (Nota 8) 138.699 177.763 139.411 178.569 Empréstimos e financiamentos (Nota 13) 41.933 62.452 42.480 63.315

Impostos a recuperar (Nota 9) 15.603 12.933 17.182 14.226 Impostos e contribuições sociais a recolher (Nota 14) 7.686 4.403 7.696 4.423

Imposto de renda e contribuição social a recuperar 15.399 17.072 15.464 17.072 Provisões Diversas (Nota 15) 9.969 7.672 9.969 7.672

Dividendos e juros sobre capital próprio a pagar

(Nota 17 ( c)) 5.957 5.957

Outras contas a pagar 48 18 72

343.680 353.164 339.768 346.162 112.540 109.763 114.121 111.594

Não circulante Não circulante

Realizável a longo prazo Empréstimos e financiamentos (Nota 13) 120.089 131.125 120.098 131.384

Depósitos judiciais (Nota 16) 12 14 51 63

Impostos e contribuições sociais a recolher (Nota 14) 2.310 4.444 2.310 4.444

Impostos a recuperar (Nota 9) 16.772 16.804 32 Provisão para perdas em investimentos (Nota 10) 2.524 5.052

Imposto de renda e contribuição social diferidos

(Nota 22 (a)) 5.802 3.381 5.802 3.381

Passivos contingentes (Nota 16) 6.797 3.187 6.982 4.362

Outros ativos 2.833 2.714 2.868 2.746 131.720 143.808 129.390 140.190 25.419 6.109 25.525 6.222 Total do passivo 244.260 253.571 243.511 251.784 Intangível (Nota 11) 27.118 21.015 27.140 21.045

Imobilizado (Nota 12) 181.157 190.122 183.878 193.028 Patrimônio líquido (Nota 17)

Capital social 304.233 304.233 304.233 304.233

233.694 217.246 236.543 220.295 Ajuste de avaliação patrimonial (2.252) (2.252)

Reservas de lucros 31.133 12.606 31.133 12.606 Ações em tesouraria 333.114 316.839 333.114 316.839

Participação dos não controladores (314) (2.166)

Total do patrimônio líquido 333.114 316.839 332.800 314.673

Total do ativo 577.374 570.410 576.311 566.457 Total do passivo e patrimônio líquido 577.374 570.410 576.311 566.457

(16)

Stara S.A. Indústria de Implementos Agrícolas

Demonstração do resultado

Exercícios findos em 31 de dezembro

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras. 2 de 42

Controladora Consolidado

2016 2015 2016 2015

Receita líquida (Nota 18) 562.282 469.020 562.531 469.315

Custo das vendas (Nota 19) (403.953) (342.694) (406.600) (343.501)

Lucro bruto 158.329 126.326 155.931 125.814

Despesas com vendas (Nota 19) (99.863) (96.260) (99.863) (96.260)

Despesas administrativas (Nota 19) (38.619) (49.254) (39.753) (52.377)

Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas (Nota 20) 16.999 496 16.992 504

Participação nos lucros de controladas (Nota 10) (3.221) (2.705)

Lucro (prejuízo) operacional 33.625 (21.397) 33.307 (22.319)

Receitas financeiras (Nota 21) 21.244 34.141 21.276 34.148

Despesas financeiras (Nota 21) (25.614) (26.745) (25.728) (26.990)

Receitas (despesas) financeiras, líquidas (Nota 21) (4.370) 7.396 (4.452) 7.158

Lucro (prejuízo) antes do imposto de renda e da

contribuição social 29.255 (14.001) 28.855 (15.161)

Imposto de renda e contribuição social (Nota 22(b)) (4.171) 150 (4.171) 150

Lucro líquido (prejuízo) do exercício 25.084 (13.851) 24.684 (15.011)

Atribuível a

Acionistas da Companhia 25.084 (13.851)

Participação dos não controladores (400) (1.160)

24.684 (15.011)

Lucro (prejuízo) por ação atribuível aos acionistas da Companhia durante o período (expresso em R$ por

ação) (nota 17)

Lucro (prejuízo) básico por ação 0,08 (0,05)

(17)

Demonstração do resultado abrangente Exercícios findos em 31 de dezembro

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras. 3 de 42 Controladora Consolidado 2016 2015 2016 2015

Lucro líquido do exercício 25.084 (13.851) 24.684 (15.011)

Outros componentes do resultado abrangente (2.252) (2.252)

Itens que não serão reclassificados para o resultado

Perda por aquisição de participação adicional

(2.252) (2.252)

de acionistas não controladores (Nota 10 (c))

Total do resultado abrangente do exercício 22.832 (13.851) 22.432 (15.011)

Atribuível a

Acionistas da Companhia 22.832 (13.851)

Participação dos não controladores (400) (1.160)

(18)

Stara S.A. Indústria de Implementos Agrícolas

Demonstração das mutações no patrimônio líquido Em milhares de reais

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

4 de 42

Atribuível aos acionistas da Controladora

Reservas de lucros

Ajustes de Participação Total do

Capital avaliação Retenção Lucros dos não patrimônio

social patrimonial Legal de lucros acumulados Total controladores líquido

Em 1º janeiro de 2015 184.233 3.444 25.203 212.880 (1.006) 211.874

Prejuízo líquido do exercício (13.851) (13.851) (1.160) (15.011)

Dividendos adicionais propostos e pagos (2.190) (2.190) (2.190)

Aporte de capital 120.000 120.000 120.000

Destinação do lucro líquido do exercício

Transferência entre reservas (13.851) 13.851

Em 31 de dezembro de 2015 304.233 3.444 9.162 316.839 (2.166) 314.673

Resultado abrangente do exercício

Lucro líquido do período 25.084 25.084 (400) 24.684

Perda por aquisição de participação adicional

de acionistas não controladores (Nota 10 (c)) (2.252) (2.252) 2.252

Total do do resultado abrangente (2.252) 25.084 22.832 (314) 22.518

Destinação do lucro líquido do exercício

Dividendos e juros sobre capital próprio a pagar (Nota 17 (c)) (6.557) (6.557) (6.557)

Transferência entre reservas (Nota 17 (c)) 1.254 17.273 (18.527)

(19)

Demonstração dos fluxos de caixa Exercícios findos em 31 de dezembro Em milhares de reais

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras. 5 de 42

Controladora Consolidado

2016 2015 2016 2015

Fluxos de caixa das atividades operacionais

Lucro (prejuízo) antes do imposto de renda e da contribuição social 29.255 (14.001) 28.855 (15.161)

Ajustes

Depreciação e amortização 20.842 15.299 21.274 15.741

Perda (ganho) na venda de ativo imobilizado (465) 1.637 (466) 1.636

Baixa de ativo intangível 1.196 1.196

Resultado de equivalência patrimonial 3.221 2.705

Provisão (reversão) para impairment de contas a receber de clientes (662) 524 (662) 524

Provisão de juros 12.520 8.642 12.520 8.642

Provisão para perdas em estoques (420) (1.968) (420) (1.968)

Provisão para passivos contingentes 3.610 1.221 2.620 2.127

Variações nos ativos e passivos

Contas a receber de clientes (17.089) (154) (17.167) (60)

Estoques 39.484 (37.380) 39.578 (37.952)

Impostos a recuperar (20.190) (9.960) (20.541) (10.616)

Outros ativos (119) 2.147 12 2.205

Fornecedores e outras obrigações 15.898 (14.263) 13.057 (9.785)

Impostos e contribuições sociais a recolher (3.622) (3.664) (3.632) (3.671)

Outros passivos 2.251 (2.506) 2.243 (2.489)

Caixa (aplicado nas) gerado pelas operações 85.710 (51.721) 78.467 (50.827)

Juros pagos (12.174) (5.590) (12.190) (5.658)

Caixa líquido (aplicado nas) gerado pelas atividades operacionais 73.536 (57.311) 66.277 (56.485)

Fluxos de caixa das atividades de investimento

Caixa entregue na aquisição de investimento (8.001)

Aquisições de ativo imobilizado¹ (6.558) (18.926) (6.792) (19.371)

Aquisições de ativo intangível (13.050) (15.324) (13.054) (15.346)

Recebimento pela venda de ativo imobilizado 897 897

Caixa líquido aplicado nas atividades de investimento (26.712) (34.250) (18.949) (34.717)

Fluxos de caixa das atividades de financiamento

Aumento de capital¹ 120.000 120.000

Captação de empréstimos e financiamentos 14.870 50.400 14.870 50.400

Amortização de empréstimos e financiamentos (46.771) (68.996) (47.321) (69.433)

Dividendos e juros sobre o capital próprio pagos (20.264) (20.264)

Caixa líquido (aplicado nas) gerado pelas atividades de financiamento (31.901) 81.140 (32.451) 80.703

Aumento (redução) de caixa e equivalentes de caixa, líquidos 14.923 (10.421) 14.877 (10.499)

Caixa e equivalentes de caixa no início do período 24.589 35.010 24.664 35.163

Caixa e equivalentes de caixa no final do período 39.512 24.589 39.541 24.664

¹Movimentação sem influência de caixa: No imobilizado houve a transferência, em 2016, de R$ 3.632 de Prédios e Construções para o Programa de Integração Social (PIS) e para a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) a recuperar, que não influenciaram caixa, para controladora e consolidado.

(20)

Stara S.A. Indústria de Implementos Agrícolas

Demonstração do valor adicionado Exercícios findos em 31 de dezembro Em milhares de reais

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras. 6 de 42 Controladora Consolidado 2016 2015 2016 2015 Receitas

Vendas brutas de produtos e serviços 632.559 528.853 632.843 529.178

Outras receitas 18.520 614 18.520 622

651.079 529.467 651.363 529.800

Insumos adquiridos de terceiros

Custo dos produtos vendidos, das mercadorias e dos serviços

prestados (464.034) (417.479) (460.122) (411.881)

(464.034) (417.479) (460.122) (411.881)

Valor adicionado bruto 187.045 111.988 191.241 117.919

Depreciação, amortização e impairment (20.842) (15.299) (21.274) (15.741)

Valor adicionado líquido produzido pela companhia 166.203 96.689 169.967 102.178

Valor adicionado recebido em transferência

Resultado de equivalência patrimonial (3.221) (2.705)

Receitas financeiras 21.244 34.141 21.276 34.148

Valor adicionado total a distribuir 184.226 128.125 191.243 136.326

Distribuição do valor adicionado

Pessoal - remuneração direta (81.673) (84.677) (86.783) (91.158)

Pessoal - benefícios (9.405) (10.007) (9.758) (10.705)

Pessoal - FGTS (8.795) (5.266) (9.360) (5.754)

Impostos, taxas e contribuições

Federais (31.707) (13.475) (32.914) (14.902)

Estaduais (2.303) (2.054) (2.372) (2.077)

Municipais (48) (53) (48) (53)

Juros e variações cambiais (25.211) (26.444) (25.324) (26.688)

Dividendos e juros sobre capital próprio a pagar (6.557) (6.557)

Lucros retidos/prejuízo do exercício (18.527) 13.851 (18.527) 13.851

Participação dos não-controladores nos lucros retidos 400 1.160

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Stara S.A. Indústria de Implementos Agrícolas

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1 Informações gerais

A Stara S.A. Indústria de Implementos Agrícolas ("Stara", “Companhia” ou “Controladora”) é uma sociedade anônima com sede em Não-Me-Toque, Estado do Rio Grande do Sul, e conjuntamente com sua controlada Industria Metalúrgica Inovação Ltda. (“Inovação” ou “Controlada”), têm por objeto social a indústria, o comércio, a importação e a exportação de autopropelidos, tratores, colheitadeiras,

pulverizadores, plantadoras, semeadoras, distribuidores, softwares e equipamentos de tecnologia relacionados à agricultura, implementos e máquinas agrícolas em geral, prestação de serviços e representação comercial.

A Companhia destaca-se pelo portfolio de produtos inovadores para a agricultura de precisão. Atua em todo o território nacional e está presente nos cinco continentes, exportando para mais de 35 países. A emissão dessas demonstrações financeiras foi autorizada pelo Conselho de Administração, em 29 de março de 2017.

2 Resumo das principais políticas contábeis 2.1 Base de preparação

As demonstrações financeiras foram preparadas conforme as práticas contábeis adotadas no Brasil incluindo os pronunciamentos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e as normas internacionais de relatório financeiro (International Financial Reporting Standards (IFRS), emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB)), e evidenciam todas as informações relevantes próprias das demonstrações financeiras, e somente elas, as quais estão consistentes com as utilizadas pela administração na sua gestão.

As principais políticas contábeis aplicadas na preparação destas demonstrações financeiras estão definidas abaixo. Essas políticas foram aplicadas de modo consistente em todos os exercícios apresentados, salvo disposição em contrário.

As demonstrações financeiras foram preparadas considerando o custo histórico como base de valor. A preparação de demonstrações financeiras requer o uso de certas estimativas contábeis críticas e também o exercício de julgamento por parte da administração da Companhia no processo de aplicação das políticas contábeis da Companhia. Aquelas áreas que requerem maior nível de julgamento e possuem maior complexidade, bem como as áreas nas quais premissas e estimativas são significativas para as demonstrações financeiras, estão divulgadas na Nota 3.

(a) Demonstrações financeiras consolidadas

As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas e estão sendo apresentadas conforme as práticas contábeis adotadas no Brasil, incluindo os pronunciamentos emitidos pelo Comitê de

Pronunciamentos Contábeis (CPC) e conforme as normas internacionais de relatório financeiro

(International Financial Reporting Standards (IFRS), emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB)).

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A apresentação da Demonstração do Valor Adicionado (DVA), individual e consolidada, é requerida pela legislação societária brasileira e pelas práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis a companhias abertas. As IFRS não requerem a apresentação dessa demonstração. Como consequência, pelas IFRS, essa demonstração está apresentada como informação suplementar, sem prejuízo do conjunto das demonstrações contábeis.

(b) Demonstrações financeiras individuais

As demonstrações financeiras individuais da Controladora foram preparadas conforme as práticas contábeis adotadas no Brasil emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). Pelo fato de que as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicadas nas demonstrações financeiras individuais, a partir de 2014, não diferem do IFRS aplicável às demonstrações financeiras separadas, uma vez que ele passou a permitir a aplicação do método de equivalência patrimonial em controladas, coligadas e joint

ventures nas demonstrações separadas, elas também estão em conformidade com as normas

internacionais de relatório financeiro (International Financial Reporting Standards (IFRS), emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB)) . Essas demonstrações individuais são divulgadas em conjunto com as demonstrações financeiras consolidadas.

Nas demonstrações financeiras individuais as controladas são contabilizadas pelo método de

equivalência patrimonial. Os mesmos ajustes são feitos tanto nas demonstrações financeiras individuais quanto nas demonstrações financeiras consolidadas para chegar ao mesmo resultado e patrimônio líquido atribuível aos acionistas da Controladora.

(c) Mudanças nas políticas contábeis

Não há novos pronunciamentos ou interpretações de CPC ou IFRS, vigendo a partir de 2016 que poderiam ter um impacto significativo nas demonstrações financeiras da Companhia e de suas controladas.

2.2 Consolidação

As seguintes políticas contábeis são aplicadas na elaboração das demonstrações financeiras consolidadas:

(a) Controladas

Controladas são todas as entidades nas quais a Companhia tem o poder de determinar as políticas financeiras e operacionais, geralmente acompanhada de uma participação de mais do que metade dos direitos a voto (capital votante).

Transações entre companhias, saldos e ganhos não realizados em transações entre empresas relacionadas são eliminados. Os prejuízos não realizados também são eliminados a menos que a

operação forneça evidências de uma perda (impairment) do ativo transferido. As políticas contábeis das controladas são alteradas quando necessário para assegurar a consistência com as políticas adotadas pela Companhia.

(b) Processo de consolidação

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elaboradas para o mesmo exercício de divulgação da controladora empregando práticas contábeis uniformes.

Os ganhos não realizados em transações com controladas são eliminados. Os prejuízos não realizados são eliminados da mesma forma que os ganhos não realizados, porém somente na medida que não haja indícios de redução ao valor de recuperação (impairment).

2.3 Conversão de moeda estrangeira (a) Moeda de apresentação

Os itens incluídos nas demonstrações financeiras de cada uma das empresas relacionadas são mensurados usando a moeda do principal ambiente econômico, no qual a empresa atua (a "moeda funcional"). As demonstrações financeiras consolidadas estão apresentadas em reais, que é a moeda funcional da Companhia.

(b) Transações e saldos

As operações com moedas estrangeiras são convertidas para a moeda funcional utilizando as taxas de câmbio vigentes nas datas das transações ou da avaliação, na qual os itens são remensurados. Os ganhos e as perdas cambiais resultantes da liquidação dessas transações e da conversão pelas taxas de câmbio do final do exercício, referentes a ativos e passivos monetários em moedas estrangeiras, são

reconhecidos na demonstração do resultado.

Os ganhos e as perdas cambiais relacionados com empréstimos, caixa e equivalentes de caixa são apresentados na demonstração do resultado como receita ou despesa financeira.

2.4 Caixa e equivalentes de caixa

Caixa e equivalentes de caixa incluem o caixa, depósitos bancários à vista e outros investimentos de curto prazo e alta liquidez, com vencimentos originais de até três meses, e com risco insignificante de mudança de valor, sendo o saldo apresentado líquido de saldos de contas garantidas na demonstração dos fluxos de caixa. As contas garantidas são demonstradas no balanço patrimonial como "Empréstimos e financiamentos", no passivo circulante.

2.5 Ativos financeiros 2.5.1 Classificação

Os ativos financeiros são classificados sob a categoria de empréstimos e recebíveis. A classificação depende da finalidade para a qual os ativos financeiros foram adquiridos. A administração determina a classificação de seus ativos financeiros no reconhecimento inicial.

Empréstimos e recebíveis

Os empréstimos e recebíveis são ativos financeiros não derivativos com pagamentos fixos ou

determináveis, que não são cotados em um mercado ativo. São incluídos como ativo circulante, exceto aqueles com prazo de vencimento superior a 12 meses após a data de emissão do balanço (estes são classificados como ativos não circulantes). Os empréstimos e recebíveis compreendem "Contas a receber de clientes e demais contas a receber" e "Caixa e equivalentes de caixa".

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2.5.2 Reconhecimento e mensuração

As compras e as vendas regulares de ativos financeiros são reconhecidas na data de negociação - data na qual a Companhia se compromete a comprar ou vender o ativo. Os investimentos são, inicialmente, reconhecidos pelo valor justo, acrescidos dos custos da transação para todos os ativos financeiros não classificados como ao valor justo por meio do resultado. Os ativos financeiros são baixados quando os direitos de receber fluxos de caixa dos investimentos tenham vencido ou tenham sido transferidos; neste último caso, desde que tenham sido transferidos, significativamente, todos os riscos e os benefícios da propriedade. Os empréstimos e recebíveis são contabilizados pelo custo amortizado, usando o método da taxa efetiva de juros.

Ativos e passivos financeiros são compensados e o valor líquido é reportado no balanço patrimonial quando há um direito legalmente aplicável de compensar os valores reconhecidos e há uma intenção de liquidá-los numa base líquida, ou realizar o ativo e liquidar o passivo simultaneamente.

2.5.3 Impairment de ativos financeiros Ativos mensurados ao custo amortizado

Ao final de cada período do relatório é avaliado se há evidência objetiva de que o ativo financeiro ou o grupo de ativos financeiros está deteriorado. Um ativo ou grupo de ativos financeiros está deteriorado e os prejuízos de impairment são incorridos somente se há evidência objetiva de impairment como resultado de um ou mais eventos ocorridos após o reconhecimento inicial dos ativos (um "evento de perda") e aquele evento (ou eventos) de perda tem um impacto nos fluxos de caixa futuros estimados do ativo financeiro ou grupo de ativos financeiros que pode ser estimado de maneira confiável.

Os critérios usados para determinar se há evidência objetiva de uma perda por impairment incluem: (i) dificuldade financeira relevante do emissor ou devedor;

(ii) uma quebra de contrato, como inadimplência ou mora no pagamento dos juros ou principal; (iii) a Companhia, por razões econômicas ou jurídicas relativas à dificuldade financeira do tomador de

empréstimo, garante ao tomador uma concessão que o credor não consideraria; (iv) torna-se provável que o tomador declare falência ou outra reorganização financeira;

É avaliado em primeiro lugar se existe evidência objetiva de impairment.

O montante do prejuízo é mensurado como a diferença entre o valor contábil dos ativos e o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados (excluindo os prejuízos de crédito futuro que não foram incorridos) descontados à taxa de juros em vigor original dos ativos financeiros. O valor contábil do ativo é reduzido e o valor do prejuízo é reconhecido na demonstração consolidada do resultado. Se um

empréstimo ou investimento mantido até o vencimento tiver uma taxa de juros variável, a taxa de desconto para medir uma perda por impairment é a atual taxa efetiva de juros determinada de acordo com o contrato. Como um expediente prático, o impairment pode ser mensurado com base no valor justo de um instrumento utilizando um preço de mercado observável. Se, num período subsequente, o valor da perda por impairment diminuir e a diminuição puder ser relacionada objetivamente com um evento que ocorreu após o impairment ser reconhecido (como uma melhoria na classificação de crédito do devedor), a reversão da perda por impairment reconhecida anteriormente será reconhecida na demonstração do resultado consolidado.

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2.5.4 Compensação de instrumentos financeiros

Ativos e passivos financeiros são compensados e o valor líquido é apresentado no balanço patrimonial quando há um direito legal de compensar os valores reconhecidos e há a intenção de liquidá-los em uma base líquida, ou realizar o ativo e liquidar o passivo simultaneamente. O direito legal não deve ser contingente em eventos futuros e deve ser aplicável no curso normal dos negócios e no caso de inadimplência, insolvência ou falência da empresa ou da contraparte.

2.6 Contas a receber de clientes

As contas a receber de clientes correspondem aos valores a receber de clientes pela venda de mercadorias ou prestação de serviços de industrialização no decurso normal das atividades da Companhia. Se o prazo de recebimento é equivalente a um ano ou menos, as contas a receber são classificadas no ativo circulante. Caso contrário, são apresentadas no ativo não circulante.

As contas a receber de clientes são, inicialmente, reconhecidas pelo valor justo e, subsequentemente, mensuradas pelo custo amortizado com o uso do método da taxa efetiva de juros menos a Provisão para Créditos de liquidação duvidosa ("PDD" ou impairment).

2.7 Estoques

Os estoques são demonstrados ao custo ou ao valor líquido de realização, dos dois o menor. O método e avaliação dos estoques é o da média ponderada móvel. O custo dos produtos acabados e dos produtos em elaboração compreende os custos de projeto, matérias-primas, mão de obra direta, outros custos diretos e as respectivas despesas diretas de produção (com base na capacidade operacional normal), excluindo os custos de empréstimos. O valor líquido de realização é o preço de venda estimado no curso normal dos negócios, menos os custos estimados de conclusão e os custos estimados necessários para efetuar a venda.

2.8 Intangível

(a) Desenvolvimento de produtos

Os gastos com pesquisa são reconhecidos como despesas quando incorridos. Os gastos incorridos no desenvolvimento de projetos (relacionados à fase de projeto e testes de produtos novos ou

aperfeiçoados) são reconhecidos como ativos intangíveis quando for provável que os projetos serão bem- -sucedidos, considerando-se sua viabilidade comercial e tecnológica, e somente se o custo puder ser medido de modo confiável. Outros gastos de desenvolvimento são reconhecidos como despesas na medida em que são incorridos. Os gastos de desenvolvimento capitalizados são amortizados desde o início da produção comercial do produto, pelo método linear considerando uma vida útil estimada de 5 anos.

(b) Softwares

Licenças adquiridas de programas de computador são capitalizadas e amortizadas considerando uma vida útil de 5 anos.

(c) Marcas registradas e licenças

Os custos com o registro de patentes, marcas comerciais e licenças são capitalizados e não sofrem amortização. Os ativos intangíveis não são reavaliados. Anualmente, as marcas registradas e licenças são avaliadas pela administração por impairment ou sempre que houverem indícios.

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2.9 Imobilizado

O imobilizado compreende, principalmente, terrenos, fábricas, instalações e máquinas e equipamentos. O imobilizado é mensurado pelo seu custo histórico, menos depreciação acumulada. O custo histórico inclui os gastos diretamente atribuíveis à aquisição dos itens.

Os custos subsequentes são incluídos no valor contábil do ativo ou reconhecidos como um ativo

separado, conforme apropriado, somente quando for provável que fluam benefícios econômicos futuros associados ao item e que o custo do item possa ser mensurado com segurança. O valor contábil de itens ou peças substituídos é baixado. Todos os outros reparos e manutenções são lançados em contrapartida ao resultado do exercício, quando incorridos.

Os terrenos não são depreciados. A depreciação de outros ativos é calculada usando o método linear considerando os seus custos e seus valores residuais durante a vida útil estimada, como segue:

Anos Prédios e construções 25 Máquinas e equipamentos 15 Veículos 5 - 10 Móveis e utensílios 4 - 12

Os ganhos e as perdas de alienações são determinados pela comparação dos resultados com o valor contábil e são reconhecidos em "Outros ganhos (perdas), líquidos" na demonstração do resultado.

2.10 Fornecedores

As contas a pagar aos fornecedores são obrigações a pagar por bens ou serviços que foram adquiridos de fornecedores no curso normal dos negócios, sendo classificadas como passivos circulantes se o

pagamento for devido no período de até um ano (ou no ciclo operacional normal dos negócios, ainda que mais longo). Caso contrário, as contas a pagar são apresentadas como passivo não circulante.

Elas são, inicialmente, reconhecidas pelo valor justo e, subsequentemente, mensuradas pelo custo amortizado com o uso do método de taxa efetiva de juros. Na prática, são normalmente reconhecidas ao valor da fatura correspondente, ajustado a valor presente.

2.11 Empréstimos e financiamentos

Os empréstimos e financiamentos são reconhecidos, inicialmente, pelo valor justo, líquido dos custos incorridos na transação e são, subsequentemente, demonstrados pelo custo amortizado. Qualquer diferença entre os valores captados (líquidos dos custos da transação) e o valor de liquidação é reconhecido na demonstração do resultado durante o período em que os empréstimos estejam em aberto, utilizando o método da taxa efetiva de juros.

As taxas pagas no estabelecimento do empréstimo e financiamento são reconhecidas como custos da transação do empréstimo, uma vez que seja provável que uma parte ou todo o empréstimo seja sacado. Nesse caso, a taxa é diferida até que o saque ocorra. Quando não houver evidências da probabilidade de saque de parte ou da totalidade do empréstimo, a taxa é capitalizada como um pagamento antecipado de serviços de liquidez e amortizada durante o período do empréstimo ou financiamento ao qual se

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Os empréstimos e financiamentos são classificados como passivo circulante, a menos que haja um direito incondicional de diferir a liquidação do passivo por, pelo menos, 12 meses após a data do balanço.

2.12 Provisões

As provisões para ações judiciais (trabalhistas, cíveis e tributárias), comissões e garantias são reconhecidas quando:

(a) há uma obrigação presente ou não formalizada (constructive obligation) como resultado de eventos passados;

(b) é provável que uma saída de recursos seja necessária para liquidar a obrigação; (c) e o valor tiver sido estimado com segurança.

Quando houver uma série de obrigações similares, a probabilidade de liquidá-las é determinada, levando-se em consideração a classe de obrigações como um todo. Uma provisão é reconhecida mesmo que a probabilidade de liquidação relacionada com qualquer item individual incluído na mesma classe de obrigações seja pequena.

As provisões são mensuradas pelo valor presente dos gastos que devem ser necessários para liquidar a obrigação, usando uma taxa antes de impostos, a qual reflita as avaliações atuais de mercado do valor temporal do dinheiro e dos riscos específicos da obrigação. O aumento da obrigação em decorrência da passagem do tempo é reconhecido como despesa financeira.

2.13 Benefícios a empregados - participação nos lucros

São reconhecidos um passivo e uma despesa de participação nos resultados com base em uma fórmula que leva em conta o lucro atribuível aos acionistas da Companhia após certos ajustes. Uma provisão é reconhecida quando está contratualmente obrigado ou quando há uma prática passada que criou uma obrigação não formalizada (constructive obligation). Não há benefícios pós-emprego concedidos.

2.14 Reconhecimento da receita

A receita compreende o valor justo da contraprestação recebida ou a receber pela comercialização de produtos e serviços de industrialização no curso normal das atividades da Companhia. A receita é apresentada líquida dos impostos, das devoluções, dos abatimentos e dos descontos, bem como das eliminações das vendas entre empresas relacionadas.

A receita é reconhecida quando o valor da receita pode ser mensurado com segurança, é provável que benefícios econômicos futuros fluirão para a entidade e quando critérios específicos tiverem sido atendidos para cada uma das atividades, conforme descrição a seguir.

(a) Venda de produtos e serviços

O reconhecimento da receita não ocorre até que: (i) os produtos tenham sido enviados para o local especificado ou serviços prestados; (ii) os riscos de obsolescência e perda tenham sido transferidos;

(28)

Stara S.A. Indústria de Implementos Agrícolas

Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2016

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

14 de 42

(iii) o comprador tenha aceitado os produtos de acordo com o pedido de venda; e (iv) as disposições de aceitação tenham sido acordadas, ou haja evidências objetivas de que todos os critérios para aceitação foram atendidos.

(b) Receita financeira

A receita financeira é reconhecida conforme o prazo decorrido, usando o método da taxa efetiva de juros. Quando uma perda (impairment) é identificada em relação a contas a receber, o valor contábil é

reduzido para seu valor recuperável, que corresponde ao fluxo de caixa futuro estimado, descontado à taxa efetiva de juros original do instrumento. Subsequentemente, à medida que o tempo passa, os juros são incorporados às contas a receber, em contrapartida de receita financeira. Essa receita financeira é calculada pela mesma taxa efetiva de juros utilizada para apurar o valor recuperável, ou seja, a taxa original das contas a receber.

2.15 Distribuição de dividendos e juros sobre capital próprio

A distribuição de dividendos e juros sobre capital próprio para os acionistas da Companhia é

reconhecida como um passivo nas demonstrações financeiras da Companhia ao final do exercício, com base em seu estatuto social. Qualquer valor acima do mínimo obrigatório somente é provisionado na data em que são aprovados pelos acionistas, em assembleia geral. O benefício fiscal dos juros sobre capital próprio é reconhecido na Demonstração do Resultado.

2.16 Imposto de renda e contribuição social corrente e diferido

As despesas de imposto de renda e contribuição social do período compreendem os impostos corrente e diferido. Os impostos sobre a renda são reconhecidos na demonstração do resultado, exceto na

proporção em que estiverem relacionados com itens reconhecidos diretamente no patrimônio líquido ou no resultado abrangente. Nesse caso, o imposto também é reconhecido no patrimônio líquido ou no resultado abrangente.

O encargo de imposto de renda e a contribuição social corrente e diferido é calculado com base nas leis tributárias promulgadas, ou substancialmente promulgadas, na data do balanço dos países em que as entidades do Companhia atuam e geram lucro tributável. A administração avalia, periodicamente, as posições assumidas pela Companhia nas apurações de impostos sobre a renda com relação às situações em que a regulamentação fiscal aplicável dá margem a interpretações; e estabelece provisões, quando apropriado, com base nos valores estimados de pagamento às autoridades fiscais.O imposto de renda e a contribuição social corrente são apresentados líquidos, por entidade contribuinte, no passivo quando houver montantes a pagar, ou no ativo quando os montantes antecipadamente pagos excedem o total devido na data do relatório.

O imposto de renda e a contribuição social diferidos são reconhecidos usando-se o método do passivo sobre as diferenças temporárias decorrentes de diferenças entre as bases fiscais dos ativos e passivos e seus valores contábeis nas demonstrações financeiras. Entretanto, o imposto de renda e a contribuição social diferidos não são contabilizados se resultar do reconhecimento inicial de um ativo ou passivo em uma operação que não seja uma combinação de negócios, a qual, na época da transação, não afeta o resultado contábil, nem o lucro tributável (prejuízo fiscal).

Referências

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