Stara S.A.
Indústria de
Implementos
Agrícolas
Conjunto completo das
Demonstrações
Conjunto completo das
Demonstrações Financeiras 2018
O conjunto de demonstrações apresentado a seguir é composto pelas
seguintes informações:
Relatório da administração;
Relatório do auditor independente;
Demonstrações Financeiras;
Orçamento de capital;
Declaração dos diretores sobre a opinião expressa no relatório dos
auditores independentes;
RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO
Submetemos à apreciação dos acionistas, mercado e sociedade em geral, o Relatório da Administração e as Demonstrações Financeiras da Stara S/A Indústria de Implementos Agrícolas em 31 de dezembro de 2018, acompanhado do Relatório dos Auditores Independentes.
1. VISÃO GERAL / DESEMPENHO ECONÔMICO DA COMPANHIA CONJUNTURA ECONÔMICA
As vendas no mercado interno de máquinas agrícolas e rodoviárias no ano de 2018 superaram em 12,7% às vendas realizadas no ano 2017, já as exportações de máquinas agrícolas apresentaram queda de 9,1% entre 2017 e 2018, conforme dados apresentados pela Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA). A entidade projeta para o ano de 2019 aumento de 10,9% nas vendas do mercado interno, já para as exportações estima que seguirá no mesmo patamar apresentando em 2018.
No ano de 2018 a Stara foi uma das premiadas pelo ranking Grande & Líderes – 500 maiores do sul, realizado pela Revista Amanhã. A premiação é o maior encontro de líderes dos três estados do Sul do Brasil. A Stara também foi reconhecida como a 9ª melhor empresa de grande porte para trabalhar no Rio Grande do Sul pelo Great Place to Work (GPTW). O GPTW reconheceu o esforço da Stara em oferecer melhores condições de trabalho aos seus colaboradores, proporcionando bem-estar e valorização aos seus colaboradores.
Seguindo a tradição da “Evolução Constante” o ano de 2018 foi marcado pela inovação e lançamentos de novos produtos. Para o próximo ano a Companhia irá manter a concentração dos recursos em investimentos para o desenvolvimento de novos produtos, rumo a Agricultura 4.0. A diretoria se mantém convicta que a Companhia apresenta uma estrutura patrimonial equilibrada para executar seu plano de negócios e cumprir suas obrigações de curto e médio prazo, atrelado a disponibilidade de novas linhas de créditos para suportar o crescimento planejado para os próximos anos.
ATIVIDADE DE COMERCIALIZAÇÃO
A Stara é uma empresa inovadora, com um forte portfólio de máquinas e implementos agrícolas com tecnologia agregada, composta por autopropelidos, tratores, pulverizadores, plantadoras, semeadoras, distribuidores, softwares e equipamentos de tecnologia relacionados à agricultura de precisão.
No período findo em 31/12/2018, apresentou receita bruta 21,3% acima da receita bruta do período findo em 31/12/2017.
Valores consolidados das vendas brutas dos períodos:
ANÁLISE DO RESULTADO DO PERÍODO
A Companhia obteve crescimento do seu lucro líquido, atingindo o resultado de R$ 88.352 mil no período findo em 31/12/2018, superando o resultado positivo do mesmo período de 2017 que foi de R$ 56.266 mil:
Síntese dez/17 dez/18
R$ mil % R$ mil %
Receita Líquida 691.368 100,0% 845.335 100,0% Resultado Bruto 225.715 32,6% 289.174 34,2% Despesa/Receitas Operacionais (160.416) (23,2%) (186.684) (22,1%) Receita/Despesas Financeiras Líquidas 7.360 1,1% 8.006 0,9% Resultado Líquido 56.266 8,1% 88.352 10,5%
EBITDA
A administração da Companhia acredita que a análise do EBITDA é relevante para a empresa, pois demonstra o quanto a empresa gera de recursos apenas em suas atividades operacionais, sem
827.770
1.004.202
dez-17 dez-18
R$ mil ∆ %
depreciações, amortizações e exaustões, assim o EBITDA apresentado a seguir, parte do lucro bruto, descontado as despesas com vendas e administrativas, somando outras receitas, depreciação e amortização, conforme a seguir:
Composição EBTIDA Consolidado - R$ mil dez/17 dez/18
Lucro Bruto 225.715 289.174
(-) Despesas Administrativas + Vendas (156.244) (180.335)
(+) Outras receitas 2.726 6.308
72.197 115.147 Depreciação e Amortização 24.480 24.671 24.480 24.671
EBITDA 96.677 139.818
O EBITDA acumulado apresentado no ano de 2018 foi 44,6% maior que o EBITDA no ano de 2017:
RECURSOS HUMANOS
A seguir é demonstrada a evolução consolidada do quadro de colaboradores da Companhia:
Síntese dez/17 dez/18 ∆ %
Total de Colaboradores 2.154 2.327 8,0% 96.677 139.818 dez/17 dez/18 R$ mil ∆ % 44,6%
2. MERCADO DE CAPITAIS E GOVERNANÇA CORPORATIVA
Em 18/09/2017 foi deferido o registro inicial de Companhia aberta, na categoria “A”, sem emissão, junto à Comissão de Valores Mobiliários (“CVM”), para a qual lhe foi atribuído o código 2420-1. Na data de 29/09/2017, concluiu-se o processo de listagem no BOVESPA MAIS, seguimento especial da [B]3 S/A – Brasil, Bolsa, Balcão.
3. PERSPECTIVAS
Alinhado ao cenário político mais definido e com a expectativa de uma grande safra, o ano de 2019 demonstra uma conjuntura de crescimento do país e consequentemente da Companhia. A Stara está preparada para atender as demandas dos clientes com ainda mais excelência.
A companhia está dedicada a avançar com seu planejamento estratégico e crescer no mercado, consolidando ainda mais o portfólio de produtos com um foco especial na linha de pulverização, apresentando ao mercado o melhor pacote tecnológico em termos de qualidade e eficiência de aplicação. A nova geração de Imperadores trará 11 novidades.
Com a inauguração da fábrica da Stara Argentina, a Companhia continuará empenhada em 2019 na busca da internacionalização da sua marca e consolidação da rede de concessionárias no país e exterior.
A Stara segue buscando as perspectivas apresentadas, projetando crescimento no faturamento para o ano de 2019.
4. RELACIONAMENTO COM AUDITORES INDEPENDENTE
Em conformidade a Instrução N° 381/03 da Comissão de Valores Mobiliários, informamos que a Companhia e suas controladas adotam como procedimento formal consultar os auditores independentes, PricewaterhouseCoopers (PwC), no sentido de assegurar-se de que a realização da prestação de outros serviços não venha afetar sua independência e objetividade necessária ao desempenho dos serviços de auditoria independente.
Para o exercício social de 2018, a PwC prestou, além do serviço de auditoria externa das demonstrações financeiras, serviços relacionados à revisão de créditos tributários, diagnóstico técnico na ECF e Reintegra, conforme detalhado a seguir:
5. AGRADECIMENTOS
Agradecemos a todos os clientes, fornecedores, acionistas e colaboradores pelo apoio, dedicação e confiança depositados na Companhia.
Stara S.A. Indústria de
Implementos Agrícolas
Demonstrações financeiras
individuais e consolidadas em
31 de dezembro de 2018
Balanço patrimonial em 31 de dezembro Em milhares de reais Controladora Consolidado Controladora Consolidado
Ativo 2018 2017 2018 2017 Passivo e patrimônio líquido 2018 2017 2018 2017
Circulante Circulante
Caixa e equivalentes de caixa (Nota 6) 103.326 35.762 106.271 36.211 Fornecedores 37.168 19.709 40.218 20.272
Contas a receber de clientes (Nota 7) 130.282 168.417 129.761 167.973 Adiantamentos de clientes (Nota 7) 12.844 11.008 13.251 11.231
Adiantamentos a fornecedores 13.688 16.366 9.433 5.958 Salarios e encargos sociais 24.066 16.002 25.216 16.919
Estoques (Nota 8) 180.323 148.812 185.275 150.463 Empréstimos e financiamentos (Nota 13) 34.256 51.310 34.256 51.310
Impostos a recuperar (Nota 9) 31.054 33.361 34.679 36.095 Impostos e contribuições sociais a recolher (Nota 14) 7.222 9.092 8.378 9.187
Imposto de renda e contribuição social a recuperar 7.825 4.333 7.861 4.373 Provisões diversas (Nota 15) 13.676 12.367 13.676 12.367
Dividendos e juros sobre capital próprio a pagar (Nota 17 (c)) 21.165 13.430 21.165 13.430
466.498 407.051 473.280 401.073 Outras contas a pagar 922 - 922 18
151.319 132.918 157.082 134.734
Não circulante Não circulante
Realizável a longo prazo Empréstimos e financiamentos (Nota 13) 109.280 107.446 109.280 107.446
Depósitos judiciais (Nota 16) 224 128 1.014 199
Impostos e contribuições sociais a recolher (Nota 14) - - - 30
Impostos a recuperar (Nota 9) - - 32 32
Provisão para perdas em investimentos (Nota 10) - 4.800 - -
Imposto de renda e contribuição social diferidos (Nota
22(a)) 5.077 6.413 5.077 6.413
Provisões para contingências (Nota 16) 5.665 7.381 6.496 8.116
Outros ativos 5.639 2.951 3.062 2.983 Outros passivos - - 62 - 10.940 9.492 9.185 9.627 114.945 119.627 115.838 115.592 Total do passivo 266.264 252.545 272.920 250.326 Investimento (Nota 10) 2.705 - - - Intangível (Nota 11) 51.019 31.907 52.114 31.923
Imobilizado (Nota 12) 172.070 178.378 175.608 181.390 Patrimônio líquido (Nota 17)
Capital social 304.233 304.233 304.233 304.233 236.734 219.777 236.907 222.940
Ajuste de avaliação patrimonial (2.287) (2.252) (2.287) (2.252)
Reservas de lucros 135.022 72.302 135.022 72.302 436.968 374.283 436.968 374.283
Participação dos não controladores - - 299 (596)
Total do patrimônio líquido 436.968 374.283 437.267 373.687
Demonstração do resultado
Exercícios findos em 31 de dezembro
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
Controladora Consolidado
2018 2017 2018 2017
Receita líquida (Nota 18) 846.326 689.900 845.335 691.368
Custo das vendas (Nota 19) (569.863) (463.765) (556.161) (465.653)
Lucro bruto 276.463 226.135 289.174 225.715
Despesas com vendas (Nota 19) (139.208) (115.619) (140.362) (115.619) Despesas administrativas (Nota 19) (37.389) (38.744) (39.973) (40.625) Outras despesas operacionais, líquidas (Nota 20) (5.921) (3.926) (6.349) (4.172) Resultado de equivalência patrimonial (Nota 10) 4.412 (2.275) - -
Lucro operacional 98.357 65.571 102.490 65.299
Receitas financeiras (Nota 21) 30.722 29.403 32.176 29.491
Despesas financeiras (Nota 21) (21.637) (22.032) (24.170) (22.131)
Receitas financeiras, líquidas (Nota 21) 9.085 7.371 8.006 7.360
Lucro antes do imposto de renda e da contribuição social
107.442 72.942 110.496 72.659
Imposto de renda e contribuição social (Nota 22 (b)) (19.822) (16.393) (22.144) (16.393)
Lucro líquido do exercício 87.620 56.549 88.352 56.266
Atribuível a
Acionistas da Companhia 87.620 56.549
Participação dos não controladores 732 (283)
88.352 56.266
Lucro por ação atribuível aos acionistas da Companhia
durante o exercício (expresso em R$ por ação) (Nota 25)
Lucro básico por ação 0,30 0,19
Lucro diluído por ação 0,30 0,19
Demonstração do resultado abrangente Exercícios findos em 31 de dezembro
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras.
Controladora Consolidado
2018 2017 2018 2017
Lucro líquido do exercício 87.620 56.549 88.352 56.266
Outros componentes do resultado abrangente (35) - 128 -
Diferenças cambiais de conversão de operações no exterior (35) - 128 -
Total do resultado abrangente do exercício 87.585 56.549 88.480 56.266
Atribuível a
Acionistas da Companhia 87.585 56.549
Participação dos não controladores 895 (283)
Demonstração das mutações no patrimônio líquido
Em milhares de reais
Atribuível aos acionistas da Controladora
Reservas de lucros
Ajustes de Participação Total do
Capital avaliação Retenção Lucros dos não patrimônio
social patrimonial Legal de lucros acumulados Total controladores líquido
Em 1° de janeiro de 2017 304.233 (2.252) 4.698 26.435 - 333.114 (313) 332.801
Lucro líquido do exercício - - - - 56.549 56.549 (283) 56.266
Destinação do lucro líquido do exercício - - - - -
Dividendos e juros sobre capital próprio a pagar (Nota 17 (c)) - - - - (15.380) (15.380) - (15.380)
Transferência entre reservas (Nota 17 (c)) - - 2.827 38.342 (41.169) - - -
Em 31 de dezembro de 2017 304.233 (2.252) 7.525 64.777 - 374.283 (596) 373.687
Em 1° de janeiro de 2018 304.233 (2.252) 7.525 64.777 - 374.283 (596) 373.687
Lucro líquido do exercício - - - - 87.620 87.620 732 88.352
Variação cambial de investimento no exterior - (35) - - - (35) 163 128
Destinação do lucro líquido do exercício - - - - -
Dividendos e juros sobre capital próprio a pagar (Nota 17 (c)) - - - - (24.900) (24.900) - (24.900)
Transferência entre reservas (Nota 17(c)) - - 4.381 58.339 (62.720) - - -
Demonstração dos fluxos de caixa Exercícios findos em 31 de dezembro
Em milhares de reais
Controladora Consolidado
2018 2017 2018 2017
Fluxos de caixa das atividades operacionais
Lucro antes do imposto de renda e da contribuição social 107.442 72.942 110.496 72.659
Ajustes
Depreciação e amortização (Notas 11 e 12) Perda na venda de ativo imobilizado (Notas 12 e 20) 24.409 (620) 24.004 (430) 24.671 24.480 (305) (430)
Resultado de equivalência patrimonial (4.412) 2.275 - -
Provisão (reversão) para impairment de contas a receber de clientes (Nota 7) (50) 49 (50) 49
Provisão de juros (Nota 13) 7.566 9.858 7.566 9.858
Ajustes de avaliação patrimonial Provisão para perdas em estoques (Nota 8) (254) (35) (36) - (254) 128 (36) - Provisão (reversão) para contingências (Nota 16 (a)) (1.716) 584 (1.620) 1.134
Variações nos ativos e passivos
Contas a receber de clientes 38.185 (44.508) 38.262 (44.016)
Adiantamentos a fornecedores 2.678 (5.857) (3.475) (1.794)
Estoques (31.257) (10.077) (34.558) (11.016)
Impostos a recuperar 151 9.469 (736) 8.339
Outros ativos (207) (233) (894) (263)
Fornecedores e outras obrigações 25.523 4.028 28.243 4.456
Adiantamentos de clientes 1.836 (4.304) 2.020 (4.035)
Impostos e contribuições sociais a recolher (25.427) (19.247) (26.718) (19.132)
Outros passivos 2.231 2.398 2.275 2.399
Caixa gerado pelas operações 146.043 40.915 145.051 42.652
Juros pagos (Nota 13) (7.316) (9.495) (7.316) (9.524)
Caixa líquido gerado pelas atividades operacionais 138.727 31.420 137.735 33.128
Fluxos de caixa das atividades de investimento
Partes relacionadas Aquisições de ativo imobilizado (Nota 12) (3.093) (12.148) (15.222) - (13.289) - (15.981) -
Aquisições de ativo intangível (Nota 11) (25.282) (11.510) (26.370) (11.512) Recebimento pela venda de ativo imobilizado (Nota 20) 837 1.148 884 1.148
Caixa líquido aplicado nas atividades de investimento (39.686) (25.584) (38.775) (26.345)
Fluxos de caixa das atividades de financiamento
Partes relacionadas Captação de empréstimos e financiamentos (Nota 13) 39.709 (2.577) 37.300 - 39.709 - 37.300 -
Amortização de empréstimos e financiamentos (Nota 13) (55.179) (40.929) (55.179) (41.456) Dividendos e juros sobre o capital próprio pagos (Nota 17) (13.430) (5.957) (13.430) (5.957)
Caixa líquido aplicado nas atividades de financiamento (31.477) (9.586) (28.900) (10.113)
Aumento (redução) de caixa e equivalentes de caixa, líquidos 67.564 (3.750) 70.060 (3.330)
Caixa e equivalentes de caixa no início do período 35.762 39.512 36.211 39.541
Demonstração do valor adicionado Exercícios findos em 31 de dezembro
Em milhares de reais Controladora Consolidado 2018 2017 2018 2017 Receitas
Vendas brutas de produtos e serviços (Nota 18) 947.559 774.664 947.138 776.595
Outras receitas (Nota 20) 6.507 3.333 6.569 3.333
954.066 777.997 953.707 779.928
Insumos adquiridos de terceiros
Custo dos produtos vendidos, das mercadorias e dos serviços prestados (682.149) (547.031) (656.836) (537.821)
(682.149) (547.031) (656.836) (537.821)
Valor adicionado bruto (Notas 11 e 12) 271.917 230.966 296.871 242.107 Depreciação e amortização (24.409) (24.004) (24.671) (24.480)
Valor adicionado líquido produzido pela Companhia 247.508 206.962 272.200 217.627
Valor adicionado recebido em transferência
Resultado de equivalência patrimonial 4.412 (2.275) - -
Receitas financeiras 30.722 29.403 32.176 29.491
Valor adicionado total a distribuir 282.642 234.090 304.376 247.118
Distribuição do valor adicionado
Pessoal - remuneração direta (102.368) (90.184) (109.791) (96.820)
Pessoal - benefícios (11.890) (10.933) (12.940) (11.529)
Pessoal - FGTS (8.536) (8.013) (9.206) (8.585)
Impostos, taxas e contribuições
Federais (48.155) (44.122) (56.897) (49.637)
Estaduais (2.887) (2.691) (3.573) (2.582)
Municipais (106) (65) (106) (67)
Juros e variações cambiais (21.080) (21.533) (23.511) (21.632) Dividendos e juros sobre capital próprio (24.900) (15.380) (24.900) (15.380) Lucros retidos/prejuízo do exercício (62.720) (41.169) (62.720) (41.169) Participação dos não-controladores nos lucros retidos - - (732) 283
Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2018
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
1 Informações gerais
A Stara S.A. Indústria de Implementos Agrícolas ("Stara", “Companhia” ou “Controladora”) é uma sociedade anônima de capital aberto, Categoria “A”, sem emissão pública, com sede em Não-Me-Toque, Estado do Rio Grande do Sul.
A Companhia e suas controladas (“Grupo”), Indústria Metalúrgica Inovação Ltda. (“Inovação” ou “Controlada”) e Stara Argentina S.A. (“Stara Argentina” ou “Controlada”), cujas participações acionárias são majoritárias, têm por objeto social a indústria, o comércio, a importação e a exportação de
autopropelidos, tratores, colheitadeiras, pulverizadores, plantadoras, semeadoras, distribuidores,
softwares e equipamentos de tecnologia relacionados à agricultura, implementos e máquinas agrícolas
em geral, prestação de serviços e representação comercial.
A Companhia destaca-se pelo portfólio de produtos inovadores para a agricultura de precisão. Atua em todo o território nacional e está presente nos cinco continentes, exportando para mais de 35 países. A emissão dessas demonstrações financeiras foi autorizada pelo Conselho de Administração, em 19 de março de 2019.
2 Resumo das principais práticas contábeis
2.1 Base de preparação
As demonstrações financeiras foram preparadas conforme as práticas contábeis adotadas no Brasil incluindo os pronunciamentos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e as normas internacionais de relatório financeiro (International Financial Reporting Standards (IFRS), emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB)), e evidenciam todas as informações relevantes próprias das demonstrações financeiras, e somente elas, as quais estão consistentes com as utilizadas pela Administração na sua gestão.
As principais práticas contábeis aplicadas na preparação destas demonstrações financeiras estão definidas abaixo. Essas práticas foram aplicadas de modo consistente em todos os exercícios apresentados, salvo disposição em contrário.
As demonstrações financeiras foram preparadas considerando o custo histórico como base de valor. A preparação de demonstrações financeiras requer o uso de certas estimativas contábeis críticas e também o exercício de julgamento por parte da Administração da Companhia no processo de aplicação das práticas contábeis da Companhia. Aquelas áreas que requerem maior nível de julgamento e possuem maior complexidade, bem como as áreas nas quais premissas e estimativas são significativas para as demonstrações financeiras, estão divulgadas na Nota 3.
(a) Demonstrações financeiras individuais
As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas e estão sendo apresentadas conforme as práticas contábeis adotadas no Brasil, incluindo os pronunciamentos emitidos pelo Comitê de
Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2018
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
(International Financial Reporting Standards (IFRS), emitidas pelo International Accounting
Standards Board (IASB)).
(b) Demonstrações financeiras consolidadas
As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas e estão sendo apresentadas conforme as práticas contábeis adotadas no Brasil, incluindo os pronunciamentos emitidos pelo Comitê de
Pronunciamentos Contábeis (CPC) e conforme as normas internacionais de relatório financeiro (International Financial Reporting Standards (IFRS), emitidas pelo International Accounting
Standards Board (IASB)).
(c) Demonstração do valor adicionado
A apresentação da demonstração do valor adicionado (DVA), individual e consolidada, é requerida pela legislação societária brasileira e pelas práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis a companhias abertas. A DVA foi preparada de acordo com os critérios definidos no Pronunciamento Técnico CPC 09 - "Demonstração do Valor Adicionado". As IFRS não requerem a apresentação dessa demonstração. Como consequência, pelas IFRS, essa demonstração está apresentada como informação suplementar, sem prejuízo do conjunto das demonstrações contábeis.
(d) Mudanças nas práticas contábeis e divulgações
As seguintes normas foram adotadas pela primeira vez para o exercício iniciado em 1º de janeiro de 2018 e não tiveram impactos materiais para a Companhia e suas controladas:
. IFRS 9/CPC 48 - "Instrumentos Financeiros", aborda a classificação, a mensuração e o reconhecimento de ativos e passivos financeiros e substitui a orientação no IAS 39/CPC 38, que diz respeito à classificação e à mensuração de instrumentos financeiros. As principais alterações que o IFRS 9 traz são: (i) novos critérios de classificação de ativos financeiros; (ii) novo modelo de impairment para ativos financeiros, híbrido de perdas esperadas e incorridas (doravante denominado modelo de perdas esperadas), em substituição ao modelo atual de perdas incorridas; e (iii) flexibilização das exigências para adoção da contabilidade de hedge.
. IFRS 15/CPC 47 - "Receita de Contratos com Clientes", essa nova norma traz os princípios que uma entidade aplicará para determinar a mensuração da receita e quando ela é reconhecida. Essa norma baseia-se no princípio de que a receita é reconhecida quando o controle de um bem ou serviço é
transferido a um cliente, assim, o princípio de controle substituirá o princípio de riscos e benefícios. Ela substitui o IAS 11/CPC 17 - "Contratos de Construção", IAS 18/CPC 30 - "Receitas" e correspondentes interpretações.
No que se refere à interpretação IFRIC 22/ICPC 21 - "Transações em moeda estrangeira", que também entrou em vigor em 1o de janeiro de 2018 e provê esclarecimentos sobre a data da transação a ser usada para conversão de adiantamentos feitos ou recebidos em transações em moeda estrangeira, a
Companhia optou por fazer a transição de forma prospectiva, isto é, os saldos de adiantamentos,
incluindo o valor do principal e sua respectiva variação cambial acumulada, em 31 de dezembro de 2017, foram considerados como sendo os saldos iniciais dos adiantamentos e a data de 31 de dezembro de
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2.2 Consolidação
As seguintes práticas contábeis são aplicadas na elaboração das demonstrações financeiras consolidadas:
(a) Controladas
Controladas são todas as entidades nas quais a Companhia detém o poder de determinar as práticas financeiras e operacionais, geralmente acompanhada de uma participação de mais do que metade dos direitos a voto (capital votante).
Transações, saldos e ganhos não realizados em transações entre empresas do Grupo são eliminados. Os prejuízos não realizados também são eliminados a menos que a operação forneça evidências de uma perda (impairment) do ativo transferido. As práticas contábeis das controladas são alteradas quando necessário para assegurar a consistência com as práticas adotadas pela Companhia.
(b) Processo de consolidação
As demonstrações financeiras de nossas controladas utilizadas nas demonstrações consolidadas são elaboradas para o mesmo exercício de divulgação da controladora empregando práticas contábeis uniformes.
Os ganhos não realizados em transações com controladas são eliminados. Os prejuízos não realizados são eliminados da mesma forma que os ganhos não realizados, porém somente na medida que não haja indícios de redução ao valor de recuperação (impairment).
2.3 Conversão de moeda estrangeira
(a) Moeda funcional e moeda de apresentação
Os itens incluídos nas demonstrações financeiras de cada uma das empresas relacionadas são mensurados usando a moeda do principal ambiente econômico, no qual a empresa atua (a "moeda funcional").
As demonstrações financeiras individuais e consolidadas estão apresentadas em reais (R$), que é a moeda funcional da Companhia.
(b) Transações e saldos
As operações com moedas estrangeiras são convertidas para a moeda funcional utilizando as taxas de câmbio vigentes nas datas das transações ou da avaliação, na qual os itens são remensurados. Os ganhos e as perdas cambiais relacionados com empréstimos, caixa e equivalentes de caixa são apresentados na demonstração do resultado como receita ou despesa financeira.
As variações cambiais resultantes da liquidação dessas transações e da conversão pelas taxas de câmbio do final do exercício, referentes a ativos e passivos monetários em moedas estrangeiras, são
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2.4 Caixa e equivalentes de caixa
Caixa e equivalentes de caixa incluem o caixa, depósitos bancários e outros investimentos de curto prazo e alta liquidez, com vencimentos originais de até três meses, e com risco insignificante de mudança de valor, sendo o saldo apresentado líquido de saldos de contas garantidas na demonstração dos fluxos de caixa. As contas garantidas são demonstradas no balanço patrimonial como "Empréstimos e
financiamentos", no passivo circulante.
2.5 Ativos financeiros
2.5.1 Classificação
Os ativos financeiros são classificados sob as seguintes categorias de mensuração:
Mensurados ao valor justo (seja por meio de outros resultados abrangentes ou por meio do resultado).
Mensurados ao custo amortizado.
A classificação depende da finalidade para a qual os ativos financeiros foram adquiridos. A Administração determina a classificação de seus ativos financeiros no reconhecimento inicial.
2.5.3 Reconhecimento e mensuração
As compras e as vendas regulares de ativos financeiros são reconhecidas na data de negociação - data na qual a Companhia se compromete a comprar ou vender o ativo. Os investimentos são, inicialmente, reconhecidos pelo valor justo, acrescidos dos custos da transação para todos os ativos financeiros não classificados como ao valor justo por meio do resultado. Os ativos financeiros são baixados quando os direitos de receber fluxos de caixa dos investimentos tenham vencido ou tenham sido transferidos; neste último caso, desde que tenham sido transferidos, significativamente, todos os riscos e os benefícios da propriedade. Os empréstimos e recebíveis são contabilizados pelo custo amortizado, usando o método da taxa efetiva de juros.
Ativos e passivos financeiros são compensados e o valor líquido é reportado no balanço patrimonial quando há um direito legalmente aplicável de compensar os valores reconhecidos e há uma intenção de liquidá-los numa base líquida, ou realizar o ativo e liquidar o passivo simultaneamente.
2.5.4 Impairment
Ativos mensurados ao custo amortizado
Ao final de cada período do relatório é avaliado se há evidência objetiva de que o ativo financeiro ou o grupo de ativos financeiros está deteriorado. Um ativo ou grupo de ativos financeiros está deteriorado e os prejuízos de impairment são incorridos somente se há evidência objetiva de impairment como resultado de um ou mais eventos ocorridos após o reconhecimento inicial dos ativos (um "evento de perda") e aquele evento (ou eventos) de perda tem um impacto nos fluxos de caixa futuros estimados do ativo financeiro ou grupo de ativos financeiros que pode ser estimado de maneira confiável.
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(iii) a Companhia, por razões econômicas ou jurídicas relativas à dificuldade financeira do tomador de empréstimo, garante ao tomador uma concessão que o credor não consideraria;
(iv) torna-se provável que o tomador declare falência ou outra reorganização financeira; É avaliado em primeiro lugar se existe evidência objetiva de impairment.
O montante do prejuízo é mensurado como a diferença entre o valor contábil dos ativos e o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados (excluindo os prejuízos de crédito futuro que não foram incorridos) descontados à taxa de juros em vigor original dos ativos financeiros. O valor contábil do ativo é reduzido e o valor do prejuízo é reconhecido na demonstração consolidada do resultado. Se um
empréstimo ou investimento mantido até o vencimento tiver uma taxa de juros variável, a taxa de desconto para medir uma perda por impairment é a atual taxa efetiva de juros determinada de acordo com o contrato. Como um expediente prático, o impairment pode ser mensurado com base no valor justo de um instrumento utilizando um preço de mercado observável. Se, num período subsequente, o valor da perda por impairment diminuir e a diminuição puder ser relacionada objetivamente com um evento que ocorreu após o impairment ser reconhecido (como uma melhoria na classificação de crédito do devedor), a reversão da perda por impairment reconhecida anteriormente será reconhecida na demonstração do resultado consolidado.
2.5.5 Compensação de instrumentos financeiros
Ativos e passivos financeiros são compensados e o valor líquido é apresentado no balanço patrimonial quando há um direito legal de compensar os valores reconhecidos e há a intenção de liquidá-los em uma base líquida, ou realizar o ativo e liquidar o passivo simultaneamente. O direito legal não deve ser contingente em eventos futuros e deve ser aplicável no curso normal dos negócios e no caso de inadimplência, insolvência ou falência da empresa ou da contraparte.
2.6 Contas a receber de clientes
As contas a receber de clientes correspondem aos valores a receber de clientes pela venda de
mercadorias ou prestação de serviços no decurso normal das atividades da Companhia. Se o prazo de recebimento é equivalente a um ano ou menos, as contas a receber são classificadas no ativo circulante. Caso contrário, são apresentadas no ativo não circulante.
As contas a receber de clientes são, inicialmente, reconhecidas pelo valor justo e, subsequentemente, mensuradas pelo custo amortizado com o uso do método da taxa efetiva de juros menos a Provisão para Créditos de liquidação duvidosa ("PDD" ou impairment).
2.7 Estoques
Os estoques são demonstrados ao custo ou ao valor líquido de realização, dos dois o menor. O método e avaliação dos estoques é o da média ponderada móvel. O custo dos produtos acabados e dos produtos em elaboração compreende os custos de projeto, matérias-primas, mão de obra direta, outros custos diretos e as respectivas despesas diretas de produção (com base na capacidade operacional normal), excluindo os custos de empréstimos. O valor líquido de realização é o preço de venda estimado no curso normal dos negócios, menos os custos estimados de conclusão e os custos estimados necessários para efetuar a venda.
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2.8 Intangível
(a) Desenvolvimento de produtos
Os gastos com pesquisa são reconhecidos como despesas quando incorridos. Os gastos incorridos no desenvolvimento de projetos (relacionados à fase de projeto e testes de produtos novos ou
aperfeiçoados) são reconhecidos como ativos intangíveis quando for provável que os projetos serão bem- -sucedidos, considerando-se sua viabilidade comercial e tecnológica, e somente se o custo puder ser medido de modo confiável. Outros gastos de desenvolvimento são reconhecidos como despesas na medida em que são incorridos. Os gastos de desenvolvimento capitalizados são amortizados desde o início da produção comercial do produto, pelo método linear considerando uma vida útil estimada de 5 anos.
(b) Softwares
Licenças adquiridas de programas de computador são capitalizadas e amortizadas considerando uma vida útil de 5 anos.
(c) Marcas registradas e licenças
Os custos com o registro de patentes, marcas comerciais e licenças são capitalizados e não sofrem amortização. Os ativos intangíveis não são reavaliados. Anualmente, as marcas registradas e licenças são avaliadas pela Administração por impairment ou sempre que houverem indícios.
2.9 Imobilizado
O imobilizado compreende, principalmente, terrenos, prédios, máquinas e equipamentos, veículos e móveis e utensílios.
O imobilizado é mensurado pelo seu custo histórico, menos depreciação acumulada correspondente. O custo histórico inclui os gastos diretamente atribuíveis à aquisição dos itens.
Os custos subsequentes são incluídos no valor contábil do ativo ou reconhecidos como um ativo
separado, conforme apropriado, somente quando for provável que fluam benefícios econômicos futuros associados ao item e que o custo do item possa ser mensurado com segurança. O valor contábil de itens ou peças substituídos é baixado. Todos os outros reparos e manutenções são lançados em contrapartida ao resultado do exercício, quando incorridos.
Os terrenos não são depreciados. A depreciação de outros ativos é calculada usando o método linear considerando os seus custos e seus valores residuais durante a vida útil estimada, como segue:
Anos Prédios e construções 25 Máquinas e equipamentos 10 -15 Veículos 5 - 10 Móveis e utensílios 4 - 12
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2.10 Fornecedores
As contas a pagar aos fornecedores são obrigações a pagar por bens ou serviços que foram adquiridos no curso normal dos negócios, sendo classificadas como passivos circulantes se o pagamento for devido no período de até um ano (ou no ciclo operacional normal dos negócios, ainda que mais longo). Caso contrário, as contas a pagar são apresentadas como passivo não circulante.
Elas são, inicialmente, reconhecidas pelo valor justo e, subsequentemente, mensuradas pelo custo amortizado com o uso do método de taxa efetiva de juros. Na prática, são normalmente reconhecidas ao valor da fatura correspondente, ajustado a valor presente.
2.11 Empréstimos e financiamentos
Os empréstimos e financiamentos são reconhecidos, inicialmente, pelo valor justo, líquido dos custos incorridos na transação e são, subsequentemente, demonstrados pelo custo amortizado. Qualquer diferença entre os valores captados (líquidos dos custos da transação) e o valor de liquidação é reconhecido na demonstração do resultado durante o período em que os empréstimos estejam em aberto, utilizando o método da taxa efetiva de juros.
As taxas pagas no estabelecimento do empréstimo e financiamento são reconhecidas como custos da transação do empréstimo, uma vez que seja provável que uma parte ou todo o empréstimo seja sacado. Nesse caso, a taxa é diferida até que o saque ocorra. Quando não houver evidências da probabilidade de saque de parte ou da totalidade do empréstimo, a taxa é capitalizada como um pagamento antecipado de serviços de liquidez e amortizada durante o período do empréstimo ou financiamento ao qual se
relaciona.
Os empréstimos e financiamentos são classificados como passivo circulante, a menos que haja um direito incondicional de diferir a liquidação do passivo por, pelo menos, 12 meses após a data do balanço.
2.12 Provisões
As provisões para ações judiciais (trabalhistas, cíveis e tributárias), comissões e garantias são reconhecidas quando:
(a) há uma obrigação presente ou não formalizada (constructive obligation) como resultado de eventos passados;
(b) é provável que uma saída de recursos seja necessária para liquidar a obrigação e; (c) e o valor tiver sido estimado com segurança.
Quando houver uma série de obrigações similares, a probabilidade de liquidá-las é determinada, levando-se em consideração a classe de obrigações como um todo. Uma provisão é reconhecida mesmo que a probabilidade de liquidação relacionada com qualquer item individual incluído na mesma classe de obrigações seja pequena.
As provisões são mensuradas pelo valor presente dos gastos que devem ser necessários para liquidar a obrigação, usando uma taxa antes de impostos, a qual reflita as avaliações atuais de mercado do valor temporal do dinheiro e dos riscos específicos da obrigação. O aumento da obrigação em decorrência da passagem do tempo é reconhecido como despesa financeira.
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2.13 Benefícios a empregados -
participação nos lucros
São reconhecidos um passivo e uma despesa de participação nos resultados com base em uma fórmula que leva em conta o lucro atribuível aos acionistas da Companhia após certos ajustes. Uma provisão é reconhecida quando está contratualmente obrigado ou quando há uma prática passada que criou uma obrigação não formalizada. Não há benefícios pós-emprego concedidos.
2.14 Reconhecimento da receita
A receita compreende o valor justo da contraprestação recebida ou a receber pela comercialização de produtos e serviços no curso normal das atividades do Grupo. A receita é apresentada líquida dos impostos, das devoluções, dos abatimentos e dos descontos, bem como das eliminações das vendas entre empresas do Grupo.
O Grupo reconhece a receita quando o valor da receita pode ser mensurado com segurança, é provável que benefícios econômicos futuros fluirão para a entidade e quando critérios específicos tiverem sido atendidos para cada uma das atividades do Grupo, conforme descrição a seguir. O Grupo baseia suas estimativas em resultados históricos, levando em consideração o tipo de cliente, o tipo de transação e as especificações de cada venda.
(a) Venda de produtos e serviços
O reconhecimento da receita não ocorre até que: (i) o controle sobre os produtos é transferido, ou seja, os produtos tenham sido enviados para o local especificado ou serviços prestados; e desde que não haja nenhuma obrigação não satisfeita que possa afetar a aceitação dos produtos pelo cliente (ii) os riscos de obsolescência e perda tenham sido transferidos; (iii) o comprador tenha aceitado os produtos de acordo com o pedido de venda; e (iv) as disposições de aceitação tenham sido acordadas, ou haja evidências objetivas de que todos os critérios para aceitação foram atendidos.
(b) Receita financeira
A receita financeira é reconhecida conforme o prazo decorrido pelo regime de competência, usando o método da taxa efetiva de juros.
A receita de juros de ativos financeiros ao valor justo por meio do resultado é incluída nos
ganhos/(perdas) líquidos de valor justo com esses ativos. A receita de juros de ativos financeiros ao custo amortizado e ativos financeiros ao valor justo por meio de outros resultados abrangentes (em 31 de dezembro de 2017 - títulos disponíveis para venda, investimentos mantidos até o vencimento e empréstimos e recebíveis) calculada utilizando o método da taxa de juros efetiva é reconhecida na demonstração do resultado como parte da receita financeira de juros.
A receita financeira é calculada por meio da aplicação da taxa de juros efetiva ao valor contábil bruto de um ativo financeiro exceto para ativos financeiros que, posteriormente, estejam sujeitos à perda de
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A receita financeira total decorrente de ativos financeiros mensurados ao custo amortizado no exercício foi de R$ 30.722 (R$ 29.403 em 31 de dezembro de 2017) na controladora e R$ 32.176 (R$ 29.491 em 31 de dezembro de 2017) no consolidado.
2.15 Distribuição de dividendos e juros
sobre capital próprio
A distribuição de dividendos e juros sobre capital próprio para os acionistas da Companhia é
reconhecida como um passivo nas demonstrações financeiras da Companhia ao final do exercício, com base em seu estatuto social. Qualquer valor acima do mínimo obrigatório somente é provisionado na data em que são aprovados pelos acionistas, em assembleia geral.
O benefício fiscal dos juros sobre capital próprio é reconhecido na demonstração do resultado.
2.16 Imposto de renda e contribuição
social corrente e diferido
As despesas de imposto de renda e contribuição social do exercício compreendem os impostos corrente e diferido. Os impostos sobre a renda são reconhecidos na demonstração do resultado, exceto na
proporção em que estiverem relacionados com itens reconhecidos diretamente no patrimônio líquido ou no resultado abrangente. Nesse caso, o imposto também é reconhecido no patrimônio líquido ou no resultado abrangente.
O encargo de imposto de renda e a contribuição social correntes e diferidos é calculado com base nas leis tributárias promulgadas, ou substancialmente promulgadasna data do balanço em que as entidades da Companhia geram lucro tributável. A Administração avalia, periodicamente, as posições assumidas pela Companhia nas apurações de impostos sobre a renda com relação às situações em que a regulamentação fiscal aplicável dá margem a interpretações; e estabelece provisões, quando apropriado, com base nos valores estimados de pagamento às autoridades fiscais.
O imposto de renda e a contribuição social corrente são apresentados líquidos, por entidade contribuinte, no passivo quando houver montantes a pagar, ou no ativo quando os montantes antecipadamente pagos excedem o total devido na data do relatório.
O imposto de renda e a contribuição social diferidos são reconhecidos usando-se o método do passivo sobre as diferenças temporárias decorrentes de diferenças entre as bases fiscais dos ativos e passivos e seus valores contábeis nas demonstrações financeiras. Entretanto, o imposto de renda e a contribuição social diferidos não são contabilizados se resultar do reconhecimento inicial de um ativo ou passivo em uma operação que não seja uma combinação de negócios, a qual, na época da transação, não afeta o resultado contábil, nem o lucro tributável (prejuízo fiscal).
O imposto de renda e a contribuição social diferidos ativo são reconhecidos somente na proporção da probabilidade de que lucro tributável futuro esteja disponível e contra o qual as diferenças temporárias possam ser usadas.
Os impostos de renda diferidos são reconhecidos sobre as diferenças temporárias decorrentes dos investimentos em controladas, exceto quando o momento da reversão das diferenças temporárias seja controlado pela Companhia, e desde que seja provável que a diferença temporária não será revertida em um futuro previsível.
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Os impostos de renda diferidos ativos e passivos são apresentados pelo líquido no balanço quando há o direito legal e a intenção de compensá-los quando da apuração dos tributos correntes, em geral
relacionado com a mesma entidade legal e mesma autoridade fiscal. Dessa forma, impostos diferidos ativo e passivo em diferentes entidades ou em diferentes países, em geral são apresentados em separado, e não pelo líquido.
2.17 Apresentação de informação por segmentos
As informações por segmentos operacionais são apresentadas de modo consistente com o relatório interno fornecido para o principal tomador de decisões operacionais. O principal tomador de decisões operacionais, responsável pela alocação de recursos e pela avaliação de desempenho dos segmentos operacionais, é o Conselho de Administração, responsável inclusive pela tomada das decisões estratégicas da Companhia.
2.18 Pronunciamentos novos ou revisados
(a) Normas, alterações e interpretações de normas existentes que ainda não estão em vigor:
A seguinte nova norma foi emitida pelo IASB mas não está em vigor para o exercício de 2018. A adoção antecipada de normas, embora encorajada pelo IASB, não é permitida, no Brasil, pelo Comitê de Pronunciamento Contábeis (CPC).
IFRS 16- "Operações de Arrendamento Mercantil": com essa nova norma, os arrendatários
passam a ter que reconhecer o passivo dos pagamentos futuros e o direito de uso do ativo arrendado para praticamente todos os contratos de arrendamento mercantil, incluindo os operacionais, podendo ficar fora do escopo dessa nova norma determinados contratos de curto prazo ou de pequenos montantes.Os critérios de reconhecimento e mensuração dos arrendamentos nas
demonstrações financeiras dos arrendadores ficam substancialmente mantidos. O IFRS 16 entra em vigor para exercícios iniciados em ou após 1º de janeiro de 2019 e substitui o IAS 17/CPC 06 - "Operações de Arrendamento Mercantil" e correspondentes interpretações.
A Companhia detém operações de arrendamento mercantil, contudo não significativas. Desta maneira não terá impacto nas demonstrações financeiras e informações financeiras trimestrais referente aos efeitos da IFRS 16.
Não existem outras normas e interpretações emitidas e ainda não adotadas que possam, na opinião da Administração, ter impacto significativo no resultado ou no patrimônio divulgado pela Companhia.
3 Estimativas e julgamentos contábeis críticos
As estimativas e os julgamentos contábeis são continuamente avaliados e baseiam-se na experiência histórica e em outros fatores, incluindo expectativas de eventos futuros, consideradas razoáveis para as circunstâncias. Com base em premissas, estimativas contábeis são realizadas com relação ao futuro. Por definição, as estimativas contábeis resultantes raramente serão iguais aos respectivos resultados reais. As estimativas e premissas que apresentam um risco significativo, com probabilidade de causar um
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(a) Depreciação
Anualmente, a vida útil dos ativos imobilizados é revisada. Após a primeira análise periódica da vida útil-econômica, a Administração continua revisando essa vida útil no mínimo a cada exercício, tomando-se por batomando-se análitomando-se documentada do trabalho efetuado, com o objetivo de solicitar ou não novas
avaliações, com regularidade tal que as estimativas de vida útil e valor residual permaneçam válidos em todos os exercícios.
(b) Garantia
O reconhecimento da provisão de garantia é realizada através de estimativas históricas, embasadas em garantias reias concedidas a clientes. O prazo de garantia fornecido pela Companhia é de um ano para produtos autopropulsados e seis meses para outros produtos.
(c) Intangível – desenvolvimento de produtos
Os gastos incorridos no desenvolvimento de projetos (relacionados à fase de projeto e testes de produtos novos ou aperfeiçoados) são reconhecidos como ativos intangíveis quando for provável que os projetos serão bem-sucedidos, considerando-se sua viabilidade comercial e tecnológica, e somente se o custo puder ser medido de modo confiável. A determinação da natureza dos gastos que podem ser
capitalizados envolve julgamentos significativos de acordo com os requerimento das normas contábeis aplicáveis.
4 Gestão de risco financeiro
4.1 Fatores de risco financeiro
As atividades da Companhia a expõe a diversos riscos financeiros: risco de mercado (incluindo risco cambial e risco de taxa de juros), risco de crédito e risco de liquidez. A Companhia possui uma sistemática de gerenciamento de risco, que foi estabelecida pela Administração. Com esta pratica gerencial, os riscos de mercado são protegidos quando é considerado necessário suportar a estratégia corporativa ou quando é necessário manter o nível de flexibilidade financeira.
(a) Risco de mercado
(i) Risco cambial
A Companhia atua internacionalmente e está exposta ao risco cambial decorrente de variação de algumas moedas. O risco cambial decorre de operações comerciais futuras, ativos e passivos reconhecidos e investimentos líquidos em operações no exterior.
A Administração estabeleceu como estratégia para prevenir a redução dos efeitos da flutuação da taxa de câmbio a prática de manter o hedge natural com a manutenção de ativos e passivos vinculados
suscetíveis também a variação cambial.
A Companhia tem compromissos de compras, bem como parte da receita de vendas em moeda estrangeira.
Em 31 de dezembro, a Companhia possuía ativos e passivos denominados em moeda estrangeira nos montantes descritos a seguir:
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Consolidado
2018 2017
Moeda Moeda
estrangeira Reais estrangeira Reais
Ativo
Disponibilidade em US$ 331 1.310 1.600 5.292
Disponibilidade em Euro Contas a receber em US$ 1 3 1 2 9.158 35.477 14.917 49.346
Adiantamentos a fornecedores US$ 349 1.351 532 1.761
Adiantamentos a fornecedores Euro 67 295 57 225
Adiantamentos a fornecedores em Libras 7 37 3 13
Passivo
Fornecedores em US$ (2.134) (8.364) (827) (2.737)
Fornecedores em Euro (324) (1.437) (120) (478)
Adiantamentos de câmbio em US$ (343) (1.328) (1.676) (5.543)
Exposição líquida 7.112 27.344 14.487 47.881
Dólar 7.361 28.446 14.546 48.119
Euro (256) (1.139) (62) (251)
Libras 7 37 3 13
Com a finalidade de verificar a sensibilidade dos ativos e passivos em moeda estrangeira que a Companhia possuía exposição na data base de 31 de dezembro de 2018, foram definidos três cenários diferentes, e preparada uma análise de sensibilidade às oscilações da taxa de câmbio.
No quadro a seguir são considerados três cenários com base na expectativa da Administração para as variações da taxa de câmbio, sendo o cenário provável adotado pela Companhia e, conforme orientação da CVM por meio da Instrução nº 475 de 17 de dezembro de 2008, determina-se a apresentação de mais dois cenários com uma apreciação, bem como desvalorização, de 25% e 50% da variável do risco
considerado.
Consolidado
31/12/2018
Moeda provável Cenário Cenário A Cenário B Cenário C Cenário D
Ativo
Disponibilidade em US$ R$ 1.310 983 655 1.638 1.965
Disponibilidade em Euro R$ 3 2 2 4 5
Contas a receber em US$ Adiantamentos a fornecedores R$ 35.477 26.608 17.739 44.346 53.216
US$ R$ 1.351 1.013 676 1.689 2.027
Adiantamentos a fornecedores Euro R$ 295 221 148 369 443 Adiantamentos a fornecedores em
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Passivo
Fornecedores em US$ R$ (8.364) (6.273) (4.182) (10.455) (12.546) Fornecedores em Euro R$ (1.437) (1.078) (719) (1.796) (2.156) Adiantamentos de câmbio em US$ R$ (1.328) (996) (664) (1.660) (1.992)
Exposição líquida 27.344 20.508 13.674 34.181 41.018 Dólar 28.446 21.335 14.224 35.558 42.670 Euro (1.139) (855) (569) (1.423) (1.708) Libras 37 28 19 46 56 Depreciação/Apreciação da taxa em 31/12/2018 -25% -50% 25% 50%
Referência para taxa de câmbio
Dólar 3,87 2,90 1,94 4,84 5,81
Euro 4,44 3,33 2,22 5,55 6,66
Libras 4,96 3,72 2,48 6,20 4,96
Efeito no lucro antes da tributação
Dólar (7.111) (14.222) 7.112 14.224
Euro 284 570 (284) (569)
Libras (9) (18) 9 19
(ii) Risco do fluxo de caixa ou valor justo
associado com taxa de juros
Considerando que não há ativos significativos sobre os quais incidam juros, o resultado e os fluxos de caixa operacionais gerados por esses ativos são, substancialmente, independentes das mudanças nas taxas de juros do mercado.
Quanto aos passivos, a Companhia detém empréstimos de curto e longo prazo com taxas de juros pré-definidas em contrato, desta forma não está exposta ao risco de volatividade das taxas de juros de mercado.
(b) Risco de crédito
O risco de crédito é administrado corporativamente. O risco de crédito decorre de caixa e equivalentes de caixa, depósitos em bancos e instituições financeiras, bem como de exposições de crédito a clientes. A área de análise de crédito avalia a qualidade do crédito do cliente, levando em consideração sua posição financeira, experiência passada e outros fatores. Os limites de riscos individuais são determinados com base em classificações internas ou externas de acordo com os limites determinados pela Administração. A utilização de limites de crédito é monitorada regularmente.
(c) Risco de liquidez
É o risco de se não dispor de recursos líquidos suficientes para honrar seus compromissos financeiros, em decorrência de descasamento de prazo ou de volume entre os recebimentos e pagamentos previstos. Para administrar a liquidez do caixa, são estabelecidas premissas de desembolsos e recebimentos futuros, sendo monitoradas diariamente pela área de finanças.
As projeções de fluxos de caixa sustentam que a Companhia terá os recursos necessários para fazer frente aos desembolsos futuros de caixa.
Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2018
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
4.2 Gestão de capital
Os objetivos da Companhia ao administrar seu capital são os de salvaguardara sua capacidade de continuidade para oferecer retorno aos acionistas e benefícios às outras partes interessadas, além de manter uma estrutura de capital ideal para reduzir esse custo.
O capital é monitorado com base no índice de alavancagem financeira. Esse índice corresponde à dívida líquida dividida pelo capital total. A dívida líquida, por sua vez, corresponde ao total de empréstimos (incluindo empréstimos de curto e longo prazos, conforme demonstrado no balanço patrimonial consolidado), subtraído do montante de caixa e equivalentes de caixa. O capital total é apurado através da soma do patrimônio líquido, conforme demonstrado no balanço patrimonial consolidado, com a dívida líquida. Os índices de alavancagem financeira em 31 de dezembro de 2018 e 2017 podem ser assim sumariados:
Controladora Consolidado
2018 2017 2018 2017
Total dos empréstimos (Nota 13) 143.536 158.756 143.536 158.756 Menos - caixa e equivalentes de caixa (Nota 6) (103.326) (35.762) (106.271) (36.211)
Dívida líquida 40.210 122.994 37.265 122.545
Total do patrimônio líquido (Nota 17) 436.968 374.283 437.267 373.687
Total do capital 477.178 497.277 474.532 496.232
Índice de alavancagem financeira - % 8,43 24,73 7,85 24,70
5 Instrumentos financeiros por categoria
(a) Ativos financeiros mensurados ao custo amortizado
Controladora Consolidado
2018 2017 2018 2017
Caixa e equivalente de caixa (Nota 6) 103.326 35.762 106.271 36.211 Contas a receber de clientes (Nota 7) 130.282 168.417 129.761 167.973
233.608 204.179 236.032 204.184
(b) Passivos financeiros mensurados ao custo amortizado
Controladora Consolidado
2018 2017 2018 2017