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CARACTERÍSTICAS DO EXEGETA, MÉTODOS DE EXEGESE E INÍCIO DA APLICAÇÃO DA EXEGESE

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Academic year: 2021

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EXEGESE

BÍBLICA

AULA 2

CARACTERÍSTICAS DO EXEGETA, MÉTODOS DE

EXEGESE E INÍCIO DA APLICAÇÃO DA EXEGESE

PROFESSOR

SINÉZIO ESCOSSIA

HABILIDADE DESEJADA:

QUE O ALUNO CONSIGA IDENTIFICAR AS PRINCIPAIS

CARACTERÍSTICAS DO EXEGETA, ENTENDA OS MÉTODOS DE

EXEGESE E CONSIGA INICIAR A FASE DE APLICAÇÃO DA

EXEGESE

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INTRODUÇÃO

Na aula de hoje daremos continuidade a essa tão importante disciplina de Teologia. Abordaremos as principais características do exegeta, os principais métodos de exegese e daremos início à

aplicabilidade da Exegese. Peço a você para acompanhar a esta aula com uma Bíblia do lado. Se possível e, caso queira, mais de uma versão da Búblia. Caso acho mais simples, acompanhar o texto bíblico pela internet, sugiro o site www.bibliaonline.com.br , mas você pode optar por qualquer versão na internet que julgue mais confiável

Então, sem mais delongas vamos lá.

CARACTERÍSTICAS DO EXEGETA

Antes de iniciarmos falando das referidas características do Exegeta transcrevo uma passagem do mestre Uwe Wagner:

“A primeira tarefa da exegese é aclarar as situações descritas nos textos, ou seja, redescobrir o passado bíblico de tal forma que o que foi narrado nos textos se torne transparente e compreensível para nós que vivemos em outra época e em circunstâncias e cultura diferentes. (...)A segunda tarefa da exegese é permitir que possa ser ouvida a intenção

que o texto teve em sua origem.(...) A terceira tarefa da exegese é

verificar em que sentido opções éticas e doutrinais podem ser

respaldadas e, portanto, reafirmadas, ou devem ser revistas e

relativizadas.”

Esquematizando as palavras de Uwe Wagner sobre as Tarefas da Exegese temos: PRIMEIRA TAREFA SEGUNDA TAREFA TERCEIRA TAREFA

aclarar as situações descritas nos textos

possa ser ouvida a intenção que o texto teve em sua origem

verificar em que sentido opções éticas e doutrinais podem ser respaldadas

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Óbvio que é um desafio muito grande que a exegese se propõe. Na verdade o sermão chamado de Expositivo tem por característica principal essa análise exegética. Às vezes ela será mais completa. As vezes o que é possível ser feito. Mas o objetivo mais claro do Sermão Expositivo é tentar trazer o mais próximo possível o que está no texto bíblico para o ouvinte, caso o sermão seja em áudio e vídeo, ou o leitor caso seja um material escrito. É desafiador se evadir de ideologias e convicções pessoais, evadir do que acha mais correto para si, para trazer o mais próximo possível o que está no texto bíblico. È difícil a uma pessoa, ainda mais na nossa cultura cada vez mais polarizada, que as pessoas não lêem mais para se informar, e sim para ratificar o que já pensam sobre determinado tema, reconhecer que por mais que tenha lido a Bíblia e conheça sobre

determinado assunto, tem de se permitir ser desafiado a aprender mais das Escrituras. O eu já sei tudo o que é falado sobre o assunto, antes mesmo de pesquisar sobre, é o maior desafio. E o para que eu tenho que aprender algo é o segundo desafio. Partir para uma aplicação prática sem antes analisar o texto pode parecer o mais simples, mais prático, e as vezes até mais valorizado se o seu objetivo for ser reconhecido por pessoas. Mas apresentar o que de fato mostra o texto bíblico e não uma opinião pessoal sobre o assunto é o grande desafio do sermão expositivo, que usa métodos exegéticos para isso.

Bom, dando continuidade algumas características são latentes a um exegeta. Obvio que a maioria dos materiais de Exegese, aqui vou utilizar John Grassmich como referência, mas poderiam ser outro diriam que a análise do grego para o Novo Testamento estaria como uma situação mais próxima, digamos do ideal. Conforme palavras dele:

“Toda tradução possui limitações por não existirem duas línguas com expressões idênticas. A língua comum entre o autor e os leitores é a melhor para a transmissão do significado pretendido pelo autor.”

Claro que sabemos que nem sempre é possível compreender o GREGO para o estudo do Novo Testamento e o Hebraico para o Antigo

Testamento. Pelo menos de forma autônoma. Aí fica a cargo de confiar em Comentários Bíblicos exegéticos. Pessoalmente, indico Comentário Bíblico Broadmann e o Comentário Bíblico da Editora Mundo Cristão. John Grassmick sistematiza divide as características do exegeta em

Características Intelectuais (que também poderíamos chamar de técnicas) e características espirituais, vamos a elas:

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1. Ter familiaridade suficiente com a língua grega para perceber nuanças exegéticas por si mesmo;

2. Treinar-se para examinar com cuidado;

3. Praticar a confrontação silenciosa com o texto — meditação;

4. Familiarizar-se com a geografia geral, a história e o ambiente cultural do primeiro século d.C.;

5. Ser persistente — ter coragem para fazer algo modesto, mas essencial; 6. Desenvolver a concentração — pensar de forma disciplinada e

equilibrada — para a avaliação e cuidados da evidência;

7. Ser ensinável e apto para ensinar mediante o estilo claro e simples; e 8. Esperar ser desafiado.

1. Ter nascido do Espírito de Deus por ser o pré-requisito para conhecer e usar plenamente a revelação divina (ICo 2.6— 3.4);

2. Estar pessoalmente convencido de que a Bíblia é um livro sobrenatural e integralmente confiável (2Tm 3.16,17);

3. Ter comunhão viva com o Espírito Santo, dependendo de seu ministério de iluminação e ensino por meio da oração e meditação;

4. Submeter-se à autoridade das Escrituras e ser sensível à verdade espiritual;

5. Ter o desejo real de descobrir, conhecer e aplicar a verdade divina; e 6. Manter o entusiasmo contagiante pela Palavra de Deus.

Grassmick, em seu livro EXEGESE DO NOVO TESTAMENTO – DO TEXTO AO PÚLPITO analisa como essas características são importantes pelos

seguintes motivos:

“A INTERPRETAÇÃO SADIA E CONFIÁVEL DA ESCRITURA [...] É RAIZ E

BASE DE TODA A TEOLOGIA REVELADA”. Aqui mistura um pouco de sociologia para melhor compreensão. Especialmente no tema

AUTORIDADE. As pessoas acreditam que o que está sendo ensinado

pelo pregador de fato tem base bíblica para isso. Aqui

conjuntamente um temor, tendo em vista o risco de a Bíblia deixar de ser a base e passar a ser justificativa para o que se acredita. Creio que você certamente já ouviu “justificativas bíblicas” para as

CARACTERÍSTICAS INTELECTUAIS DO EXEGETA

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mais diversas teorias que estão bem longe de serem de fato bíblicas.

 2 Coríntios 2:17 Ao contrário de muitos, não negociamos a

palavra de Deus visando lucro; antes, em Cristo falamos diante de Deus com sinceridade, como homens enviados por Deus. Aqui o verbo (katelúo) poderia ser utilizado como

“mercadar”. Óbvio, esta palavra não existe em português, mas tem relação direta ao ato de fazer comércio com a Palavra de Deus. Combina duas ideias:

 oferecer dinheiro a palavra concernente a Deus

 e falsificar a palavra mediante acréscimos

 2 Timóteo 2:15 Procure apresentar-se a Deus aprovado, como obreiro que não tem do que se envergonhar, que maneja corretamente a palavra da verdade. Aqui não tem jeito. È

indispensável alguém que queira viver como pregador da Palavra conheça bem a Bíblia. Conhecer a Bíblia e suas doutrinas é mais importante que o pianista entender de piano.

(ortotomunta) que seria o maneja aí traz o sentido de: “dividir corretamente”, “guiar a palavra da verdade

pelo caminho reto”.

A tarefa do exegeta é manejar a Palavra de Deus de tal forma que seus ouvintes não tropecem, como o falso mestre poderia fazer.

MÉTODOS DE EXEGESE

Nesta parte da aula estudaremos os 3 métodos de exegese. Bem verdade que dentre os 3 um é mais usado que os outros. Mas é

extremamente importante vocês conhecerem aos 3 métodos. Sâo eles:  Método Fundamentalista

 Método Estruturalista  Método Histórico-Crítico

Uwe Wagner afirma que “seu objetivo era o de salvaguardar a

herança protestante ortodoxa contra a postura crítica e célica da teologia liberal. Era do seu interesse reafirmar, com renovada convicção,

doutrinas que considerava essenciais para o cristianismo, como a

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inerrância das Escrituras, o nascimento virginal de Jesus, sua

ressurreição corpórea, sua expiação vicária e a historicidade dos seus milagres".

Parte do pressuposto de que cada detalhe da Bíblia é divinamente inspirado, não podendo, em decorrência, apresentar erros ou

incongruências. Seu objetivo último é o de defender a Bíblia como o único referencial confiável e íntegro para a formulação da doutrina e ética cristãs.

Seu aspecto positivo parece-nos residir na seriedade com que encara a revelação de Deus através de sua Palavra, na responsabilidade e no compromisso que exige frente à sua mensagem e na insistência de que um livro de fé dificilmente poderá ser interpretado de maneira correta sem o Espírito que rege esta mesma fé.

Contudo, por insistir unilateralmente na autoridade divina dos textos, o método apresenta pouca sensibilidade para a condição humana de seus autores, com tudo o que isto implica. Esta insensibilidade descaracteriza um pouco nuances bíblicas. Sempre bom lembrar que há textos na Palavra de Deus que demonstram a necessidade de oferecer

holocaustos. Porém, no próprio texto bíblico de Salmos 51:16-17 a seguir transcritos mostram num texto do Antigo Testamento. Importante, não é na graça, não é depois de Cristo, não se trata de Nova Aliança. E sim escrito por Davi. Segue o texto:

Não te deleitas em sacrifícios nem te agradas em holocaustos, se não eu os traria. Os sacrifícios que agradam a Deus são um espírito quebrantado; um coração quebrantado e contrito, ó Deus, não desprezarás.

Importante, não é na graça, não é depois de Cristo, não se trata de Nova Aliança. E sim escrito por Davi. No Antigo Testamento mesmo. Por isso é tão perigoso burocratizar demais a questão bíblica. E o grande perigo do Método Fundamentalista reside justamente aí.

Neste método vemos o texto como estrutura e organização que produz sentido para além da intenção de seu autor. Dedicam-se ao texto em si, levando em conta o fato de que todo texto tem uma identidade própria e uma autonomia, apesar de sua história (investigada pelos passos histórico-críticos).

O método estruturalista não prescinde necessariamente dos resultados da análise histórico-crítica.

Dedica-se, contudo, a responder a outras perguntas, a saber:  "Como funciona o texto?

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 Como produz seu sentido?  Que se passa no texto em si?

 Que operações de lógica, afirmação, negação e oposição existem no texto?"

Positivamente, o seu valor reside no fato de fundamentar a validade de novas releituras e interpretações: cada texto carrega uma "reserva de sentido" a ser infinitamente explorada de forma inovadora por gerações posteriores. Além disso, o método educa para uma leitura

atenta do que realmente está escrito nos textos, evitando uma concentração unicamente em determinadas partes ou aspectos da narrativa. Além disso, o método educa para uma leitura atenta do que realmente está escrito nos textos, evitando uma concentração

unicamente em determinadas partes ou aspectos da narrativa. E, não por último, podem-se destacar ainda duas vantagens importantes:

 A primeira é que este método consegue devolver a várias narrativas uma dinâmica bem mais viva e diversificada entre ações praticadas e agentes envolvidos do que a

interpretação costumeira logra captar.

 A segunda consiste no fato de a análise estruturalista ter

intensificado nossa percepção para a importância das aposições no texto como elementos determinantes dos eixos das narrativas.

No entanto, 4 seriam as principais críticas feitas a este método:

1. o método estruturalista ainda se encontra bastante aberto,

apresentando propostas bastante diversificadas. Isto significa que a opção por este método implica, muitas vezes, ter que escolher entre uma série de propostas diferentes e ainda parcialmente desconhecidas ou estranhas aos/às exegetas.

2. a análise estruturalista pode apresentar um alto grau de

complexidade, exigindo um considerável investimento de tempo. Essa complexidade envolve tanto a terminologia, estranha à

maioria das pessoas, quanto a natureza e o significado dos signos usados

3. seu desinteresse pela génese e evolução histórica dos textos, o

que torna o método "reducionista ao fazer a abstração da 'vida' do texto, sua história, seu contexto cultural, social ou religioso

4. a centralidade que a "oposição" ocupa como categoria

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É o método mais usado em análises diacrônicas da Bíblia. Denomina-se de método "histórico-crítico" pelas seguintes razões:

1. E um método histórico, em primeiro lugar, porque lida com fontes históricas que, no caso da Bíblia, datam de milénios anteriores a nossa era. Em segundo lugar, porque analisa estas mesmas fontes dentro de uma perspectiva de evolução histórica,

procurando determinar os diversos estágios da sua formação e crescimento, até terem adquirido sua forma atual. E, em terceiro lugar, porque se interessa substancialmente pelas condições históricas que geraram essas fontes em seus diversos estágios evolutivos.

2. E um método crítico no sentido de que necessita emitir uma série de juízos sobre as fontes que tem por objeto de estudo. A "crítica" usada neste método foi, em seus inícios, uma crítica dirigida contra a interpretação alegórica da Bíblia na Idade Média, em favor,

sobretudo, de um aprofundamento do seu sentido literal.

Os princípios que regem as análises históricas fundamentam-se nos seguintes pressupostos:

1. Crítica Este pressuposto sustenta que no campo histórico não

existem juízos absolutos, mas somente juízos prováveis, sendo que o grau de probabilidade pode variar de acordo com o assunto. Isto implica que também os resultados a que se pode chegar com a pesquisa histórica não podem reivindicar certeza absoluta.

2. A analogia A verificação de analogias entre acontecimentos

semelhantes do passado dá a possibilidade de atribuir-lhes

probabilidade e de explicar o que é desconhecido num lugar pelo que é conhecido noutro lugar.

3. Correlação Este pressuposto entende que todos os fenómenos

se encontram em relação de dependência mútua.

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APLICABILIDADE DA EXEGESE

Chegou a parte que tanto você queria: a prática. Como fazer isso? Claro que somente dá para iniciarmos nessa aula. Tomo por base , o que John Grassmick chama de Estudo Panorâmico.

Seria familiarizar-se com o conteúdo do livro — algo essencial para a obtenção de noções sobre a forma literária e contexto.

Na verdade seria ler o texto da Bíblia inteiro. De forma sistemática, como um texto mesmo. Obvio também e interessante ler o texto em Hebraico e Grego (no AT e NT respectivamente). Mas, no mínimo, leia o texto de forma sistemática. Segue uma sugestão de Grassmick para leitura:

1.) 260 capítulos do NT (um capítulo por dia) = cerca de nove meses; 2.) 657 páginas do texto Nestle (duas páginas por dia) = cerca de onze meses; (importante que Nestlé aqui não é o leite, e sim a versão grega com Crítica Textual)

Claro, ler o texto em grego não é tão simples. Mas em português é sua obrigação.

É importante reler várias vezes o mesmo corte textual. Cada leitura repetida incutirá o significado das palavras na mente do estudante e proporcionará oportunidade para entender as expressões mais difíceis.

Também diante de um corte textual é interessante olhar várias versões do respectivo texto. Como exemplo temos o texto de João 7:37-38 que analisaremos em diversas versas versões:

NOVA VERSÃO INTERNACIONAL ALMEIDA REVISTA E ATUALIZADA ALMEIDA CORRIGIDA FIEL

No último e mais importante dia da festa, Jesus levantou-se e disse em alta voz: "Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim,

como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva

E no último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé, e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim, e beba. Quem crê em mim,

como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre.

No último dia, o grande dia da festa, levantou-se Jesus e exclamou: Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim, como diz a

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Quanto maior a quantidade de versões, mais variações

perceberemos. Em geral, elas servirão para delimitar um pouco mais o texto para você. Perceba que variará interior de ventre. Também o

grande dia da festa para o dia mais importante da festa. Repara que num

texto que parece com poucas divergências já chamou a atenção esses detalhes. Há textos que possuem um pouco mais de divergência, vide Joel 2:23 ou Gálatas 5:21. Mas para nossa aula aqui, por ser mais intensiva ficaremos neste texto.

6 perguntas devem ser feitas ao texto: Quem ? Personagens do texto

Quando? Época em que um texto é escrito Porque? Todo texto tem uma razão de ser

Destinatários Boa parte dos textos possui um destinatário específico Onde? Local em que o texto é escrito ou local onde acontece a

história

O que? Definições básicas que são necessárias pra melhor compreensão do texto

1) Quem ?

Dividimos esse aqui em 3 partes .  Pessoa do Discurso

 Personagens Extrínsecos  Personagens Intrínsecos a) Pessoa do Discurso

No caso seria Jesus no texto supracitado, mas não deixa de ser

interessante analisarmos um outro texto, na verdade a comparação com 3 outros textos:

 Isaías 6:10  João 12:40  Atos 28:27

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O que precisa ficar claro para você é que é o mesmo texto, o que vai , diferenciar, portanto, será a pessoa do discurso. Vejamos:

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Portanto, são pessoas do discurso nos respectivos textos:

b) Personagens Extrínsecos

São as personagens que aparecem diretamente no texto. No caso temos a pessoa de Jesus no texto de João 7:37-38

c) Personagens Intrínsecos

Personagens que não são citados diretamente no texto, mas estão ali naquele cenário. Temos como exemplo.: multidão (v 40), principais dos sacerdotes(v43), fariseus (v.43), Nicodemos (v.50). Não estão sendo citados no versículo em questão, mas estão ali.

2) Época

No caso é a época que o texto é escrito ou o momento do cenário. No caso, temos de forma básica que o tempo que João escreve é posterior a uma época muito triste e melancólica pra Israel. Sua Diáspora.

Quando um general de guerra malvadão chamado Vespasiano

basicamente matou 2 milhões de pessoas judias ao fio da espada (claro que quem liderou foi seu filhote Tito, e que Flávio deu uma exagerada,

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afinal ele sozinho também não matou, mas é assim que tá no livro conhecido como História dos Hebreus). Não estou aqui pra te dar aula de história. O que importa aqui é. Israel não existe (só voltou a existir em 1948 após a 2 ª Guerra Mundial). Era um povo humilhado e

começou-se a surgir algumas heresias. Então o ponto importante é provar que Jesus é o Messias (cf Joao 20:30-31). No caso a importância estava por óbvio em associar a pessoa de Jesus no texto de João 7:37-38 à agua que estava presente ali na pedra de Refidim (Exodo 17:6-8) . Também temos o momento do texto, que se encontra no oitavo dia da Festa dos tabernáculos .

Segue um quadro sinóptico simplificado para melhor compreensão:

3) Porque

Qual a razão de ser do texto.? Todo texto tem uma razão de ser. No texto o que podemos perceber como sendo sua razão. Aqui você começa a perceber que as 6 perguntas se aproximam, e aqui você tende a repetir informações anteriores, com a associação de Jesus com a água em Refidim.

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4) Destinatários

Os textos bíblicos não foram escritos assim digamos juntinhos. Eles eram separados, e cada um tinha um destinatário. O evangelho de Mateus por exemplo foi escrito a cristãos de origem judaizante, por isso temos várias citações diretas do Velho Testamento aqui. Podemos citar alguns

exemplos.: Mateus 1:23 como citação direta de Isaias 7:14, Mateus 2:6 como citação de Miqueias 5:4. No caso do texto que usamos como base temos os cristãos que estão após a diáspora(que acabamos de ver acima) numa região chamada de Ásia Menor (atual Turquia)

5) Onde

Local onde o texto é escrito, ou onde é direcionado ou onde acontece a História, No texto aqui temos a região próxima ao Templo de Jerusalém, onde realizava-se o cerimonial da agua na botija rememorando o sustento ou provisão do Senhor durante a peregrinação pelo Deserto.

Podemos também ter mais fácil compreensão se você abrir sua Bíblia em Exodo capitulo 14. Duas coisas se você olhar o texto mesmo perderá a visão do senso comum

Êxodo 14:21 Então Moisés estendeu a sua mão sobre o mar, e o Senhor fez retirar o mar por um forte vento oriental toda aquela noite; e o mar tornou-se em seco, e as águas foram partidas.

Exodo 14:22-23 E os filhos de Israel entraram pelo meio do mar em seco; e as águas foram-lhes como muro à sua direita e à sua esquerda.

E os egípcios os seguiram, e entraram atrás deles todos os cavalos de

Faraó, os seus carros e os seus cavaleiros, até ao meio do mar.

No primeiro texto temos que o mar não se abriu de instante. No segundo temos que ele não era pequeno. Afinal, em determinado todos estão no mar, ao mesmo: os filhos de Israel e os egípcios.

6) Definições

Obvio que aí está até o mais comum. Nesse texto mesmo temos algumas informações que são básicas serem apreendidas, e as vezes, se possível até pesquisadas. Temos aqui expressões como.: Festa dos Tabernáculos, água (em especial em alusão ao texto de Exodo 17), ventre (dando alusão

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ao seu espirito – parte que nós entendemos corpo, alma e espírito, para não gerar polêmica desnecessária).

CONCLUSÃO

Bom, foi bastante conteúdo na aula de hoje mas tenho certeza que um conteúdo importante para você. Na próxima aula continuaremos com um pouco mais de aplicação do conteúdo da matéria. E Bons estudos!

Soli deo Gloria

UWE WAGNER . EXEGESE DO NOVO TESTAMENTO. Paulus/ Sinodal John Grassmick. EXEGESE DO NOVO TESTAMENTO – DO TEXTO AO

PÚLPITO. Vida Nova

GORDON FEE. Manual de Exegese Bíblica: Antigo e Novo Testamento. GORDON FEE. Entendes o que Les

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Referências

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