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RELATÓRIO VOTO. 4. É o que há de relevante para relatar.

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Academic year: 2021

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RELATÓRIO

1. Trata-se de Apelação interposta por Rosangela Silva dos Santos, em face da CEF - CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, contra decisão do douto Juiz Federal da 12ª Vara da SJ/PE que, nos autos da Ação de busca e apreensão em alienação fiduciária de origem, julgou procedente a demanda determinando a conversão em título extrajudicial nos termos do art. 5º do Decreto-lei nº 911/69.

2. Alega a apelante, em resumo, que: a) o processo deve ser extinto sem resolução do mérito pela ausência da devolução dos valores pagos; b) o contrato encontra-se no âmbito de incidência do Código de Defesa do Consumidor, o que lhe confere o direito de rever as cláusulas contratuais para recompor o equilíbrio econômico-financeiro do pacto; c) abusividade dos juros cobrados e da comissão de permanência.

3. Contrarrazões pela apelada, através da qual aduz que: a) a apelante encontra-se em mora no Contrato de Abertura de Crédito - Veículos; b) impossibilidade de extinção sem resolução de mérito, pois somente após a venda do bem e a efetiva apuração do saldo do contrato será possível aferir a existência de um possível crédito em favor da apelante; c) o contrato está em plena conformidade com o Código de Defesa do Consumidor; d) a

capitalização dos juros está de acordo com a Súmula 576 do STF; e) a cobrança da comissão de permanência possui autorização legal.

4. É o que há de relevante para relatar.

VOTO

PROCESSO Nº: 0802291-36.2013.4.05.8300 - APELAÇÃO APELANTE: ROSANGELA SILVA DOS ANJOS

REPRESENTANTE: DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO APELADO: CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF

RELATOR(A): DESEMBARGADOR(A) FEDERAL MANOEL DE OLIVEIRA ERHARDT - 1º TURMA

PROCESSO Nº: 0802291-36.2013.4.05.8300 - APELAÇÃO APELANTE: ROSANGELA SILVA DOS ANJOS

REPRESENTANTE: DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO APELADO: CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF

RELATOR(A): DESEMBARGADOR(A) FEDERAL MANOEL DE OLIVEIRA ERHARDT - 1º TURMA

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1. Trata-se de Apelação interposta por Rosangela Silva dos Santos, em face da CEF - CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, contra decisão do douto Juiz Federal da 12ª Vara da SJ/PE que, nos autos da Ação de busca e apreensão em alienação fiduciária de origem, julgou procedente a demanda determinando a conversão em título extrajudicial nos termos do art. 5º do Decreto-lei nº 911/69.

2. Preliminarmente, esclarece-se que nos contratos de abertura de crédito, de cartão de crédito, de financiamento, de leasing, de alienação fiduciária, de mútuo e outros estão incluídos no conceito legal de serviços previstos no Código de Defesa do Consumidor. Por este motivo, deve a legislação consumerista ser aplicada, já que as partes se enquadram no conceito de consumidor e fornecedor perante os artigos 2º e 3º do CDC. Também, tem-se como inafastável a atuação do Judiciário em localizar cláusulas abusivas ou ilegais, afastando-as a fim de tornar justa a relação entre as partes.

3. A presente demanda objetiva reaver o bem dado em garantia por ocasião de financiamento bancário, diante da mora da apelante. Desse modo, encontrando-se "em

aberto" montante considerável da dívida financiada, há de ser reconhecer o direito de obtenção do veículo para possibilitar sua venda e, assim, liquidar o débito. Somente após a efetiva

apuração do saldo do contrato e posterior venda do bem, será possível aferir se existe crédito em favor da apelante, sendo certo que, em caso positivo, deverá ser devolvido à apelante.

4. No que tange à capitalização de juros, tem-se que, em face da decisão do REsp 973.827/RS, submetido ao rito dos recursos repetitivos, o Superior Tribunal de Justiça, revendo posicionamento anterior, consolidou o entendimento no sentido de ser válida a previsão contratual que estabelecer uma taxa de juros anual pelo menos 12 vezes superior à taxa mensal, admitindo-se, assim, a cobrança da taxa de juros de forma capitalizada.

AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE REVISÃO DE CONTRATO DE FINANCIAMENTO. JUROS REMUNERATÓRIOS. ABUSIVIDADE NÃO CONSTATADA NA ORIGEM. CAPITALIZAÇÃO MENSAL DE JUROS. PACTUAÇÃO EXPRESSA. REEXAME DE MATÉRIA FÁTICO-PROBATÓRIA. SÚMULA Nº 7/STJ. COMISSÃO DE

PERMANÊNCIA. COBRANÇA CUMULADA. ENCARGOS. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA Nº 83/STJ.1. As instituições financeiras não se sujeitam à limitação dos juros remuneratórios que foi estipulada pela Lei de Usura (Decreto nº 22.626/1933), em consonância com a Súmula nº 596/STF, sendo também inaplicável o disposto no art. 591, c/c o art. 406, do Código Civil para esse fim, salvo nas hipóteses previstas em legislação específica. A redução dos juros dependerá de comprovação da onerosidade excessiva - capaz de colocar o consumidor em desvantagem exagerada - em cada caso concreto, tendo como parâmetro a taxa média de mercado para as operações equivalentes, de modo que a simples estipulação de juros remuneratórios superiores a 12% (doze por cento) ao ano, por si só, não indica abusividade, nos termos da Súmula nº 382/STJ (REsp nº 1.061.530/RS). 2. No julgamento do REsp nº 973.827/RS, submetido à sistemática dos recursos repetitivos, restou decidido que

nos contratos firmados após 31/3/2000, data da publicação da Medida Provisória nº 1.963-17, admite-se a capitalização dos juros em periodicidade inferior a um ano desde que pactuada de forma clara e expressa, assim considerada quando prevista a taxa de juros anual em percentual pelo menos doze vezes maior do que a mensal. 3. A cobrança da comissão de permanência é admitida

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apenas no período de inadimplência, desde que pactuada e não cumulada com os encargos da normalidade (juros remuneratórios e correção monetária) e/ou com os encargos moratórios (juros moratórios e multa contratual), de acordo com as Súmulas nºs 30 e 296/STJ. Entendimento

consolidado no julgamento do REsp nº 1.058.114/RS, submetido ao regime dos recursos repetitivos. 4. Agravo regimental não provido. (AgRg no AREsp 544154/MS, Rel.: Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, DJe 15/06/2015) (grifos nossos)

5. No presente caso, da análise do contrato, verifica-se que a taxa de juros mensal foi prevista no percentual de 2,46% e a anual em 34,38%, o que acaba por se tornar, segundo a nova orientação, a contratação dos juros de forma capitalizada, pois a anual ultrapassa o duodécuplo da taxa mensal.

6. Nesse passo, diante da orientação da Corte Superior, a decisão sobre a capitalização dos juros deve ser mantida, nos termos da sentença impugnada.

7. Noutro ponto, alega a apelante que os juros cobrados (2,46%) estão acima da taxa média de mercado (2,10%) para a linha de título de crédito, razão pela qual pede redução.

8. Inicialmente, é certo que a limitação dos juros em 12% ao ano já se encontra mais do que superada, diante da súmula 596 do STF. Destaca-se, ainda, a Súmula 382 do STJ, que dispõe: "A estipulação de juros remuneratórios superiores a 12% ao ano, por si só,

não indica abusividade".

9. Insta salientar que inúmeros fatores interferem na fixação do percentual dos juros remuneratórios, tais como, o valor do financiamento, as condições de

pagamento, as garantias oferecidas pelo mutuário; as que podem aumentar ou reduzir o risco da operação. Ou seja, em face de tais questões, mostra-se plausível a existência de diferenças entre a taxa de juros aplicada em um determinado financiamento e a média apurada pelo BACEN.

10. Ora, a Colenda Segunda Seção do E. Superior Tribunal de Justiça, ao julgar o REsp 271.214, em 12/03/2003, entendeu que, mesmo em casos afetos ao Código de Defesa do Consumidor, os juros bancários, cobrados na vigência do contrato, somente poderão ser considerados abusivos quando forem excessivos em relação à taxa média de mercado. Note-se que de acordo com o entendimento firmado pelo STJ, são consideradas abusivas as taxas superiores a uma vez e meia, ao dobro ou ao triplo da média de mercado, conforme se extrai do corpo do texto do REsp nº 1.061.530/RS:

"A taxa média apresenta vantagens porque é calculada segundo as informações prestadas por diversas instituições financeiras e, por isso, representa as forças do mercado. Ademais, traz

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embutida em si o custo médio das instituições financeiras e seu lucro médio, ou seja, um 'spread' médio. É certo, ainda, que o cálculo da taxa média não é completo, na medida em que não abrange todas as modalidades de concessão de crédito, mas, sem dúvida, presta-se como parâmetro de tendência das taxas de juros. Assim, dentro do universo regulatório atual, a taxa média constitui o melhor parâmetro para a elaboração de um juízo sobre abusividade. Como

média, não se pode exigir que todos os empréstimos sejam feitos segundo essa taxa. Se isto ocorresse, a taxa média deixaria de ser o que é, para ser um valor fixo. Há, portanto, que se admitir uma faixa razoável para a variação dos juros. A jurisprudência, conforme registrado anteriormente, tem considerado abusivas taxas superiores a uma vez e meia

(voto proferido pelo Min. Ari Pargendler no REsp 271.214/RS, Rel. p. Acórdão Min. Menezes Direito, DJ de 04.08.2003), ao dobro (Resp 1.036.818, Terceira Turma, minha relatoria, DJe de 20.06.2008) ou ao triplo (REsp 971.853/RS, Quarta Turma, Min. Pádua Ribeiro, DJ de

24.09.2007) da média." (grifos nossos)

11. Vê-se, assim, que a circunstância de a taxa de juros remuneratórios praticada pela instituição financeira exceder a taxa média do mercado não induz, por si só, a conclusão de abusividade, consistindo a referida taxa em um referencial a ser considerado, e não em um limite que deva ser necessariamente observado pelas instituições financeiras.

12. Portanto, neste tocante, há de ser mantida a sentença, diante da inexistência de abusividade na taxa de juros fixada no contrato em análise, conforme

fundamentação supra.

13. Alega a apelante que o percentual de comissão de permanência está em desconformidade com o item I da Resolução nº 1.129/86 do BACEN e do teor da Súmula 472 do STJ.

14. No tocante à comissão de permanência, o Contrato estabelece que:

Cláusula 15 - O não cumprimento de qualquer das obrigações contratadas pelo CREDITADO, acarretará ao mesmo, as seguintes penalidades: a.) comissão de permanência de 0,6% ao dia, por dia de atraso, sobre o valor da parcela;

b.) despesas efetivadas com procedimento de cobrança, ou sejam, aquelas efetivamente havidas com tal procedimento, especialmente honorários de advogados à razão de 10% (dez por cento) sobre o valor devido na cobrança extrajudicial, e, se na esfera judicial, 20% (vinte por cento) sobre o saldo devedor total.

15. Da leitura da cláusula contratual, não vislumbro elementos que

demonstrem a exorbitância apontada pela apelante. Aliás, suas alegações foram genéricas, sem apontar especificamente a abusividade, razão pela qual não merece guarida.

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16. Sobre esse ponto, trago à colação julgado do STJ (AgRg no AgRg no AREsp 613726 / RS, Rel.: Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, DJe 14/05/2015):

AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO CO PACTO DE ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA. JUROS REMUNERATÓRIOS PACTUADOS. CAPITALIZAÇÃO DE JUROS. COMISSÃO DE PERMANÊNCIA. TARIFAS BANCÁRIAS. MORA CONFIGURADA. AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO. 1. O Tribunal de origem consignou que a taxa de juros praticada pela Instituição bancária deveria observar a taxa média de mercado apurada pelo Banco central para o período de contratação, não sendo abusiva a taxa de juros pactuada. Rever este entendimento implicaria no reexame do acervo fático-probatório da demanda, o que é vedado pelo teor da Súmula 7 do STJ. 2. "É permitida a capitalização de juros com periodicidade inferior a um ano em contratos

celebrados após 31.3.2000, data da publicação da Medida Provisória n. 1.963-17/2000 (em vigor como MP 2.170-36/2001), desde que expressamente pactuada." (REsp 973.827/RS, Rel. p/ Acórdão Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 08/08/2012, DJe 24/09/2012) 3.

Admite-se a comissão de permanência durante o período de inadimplemento contratual, à taxa média dos juros de mercado, limitada ao percentual fixado no contrato (Súmula nº 294/STJ), desde que não cumulada com a correção monetária (Súmula nº 30/STJ), com os juros remuneratórios (Súmula nº 296/STJ) e moratórios, nem com a multa contratual. 4. Agravo regimental não provido.

17. Pelos fundamentos expostos, nego provimento à apelação.

18. É como voto.

EMENTA

CIVIL. AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO EM ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA. VEÍCULO. CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. APLICAÇÃO. CAPITALIZAÇÃO DE JUROS. POSSIBILIDADE. TAXA DE JUROS ACIMA DA TAXA MÉDIA DE MERCADO. PERMITIDA. COMISSÃO DE PERMANÊNCIA. INADIMPLÊNCIA. NÃO CUMULADA COM CORREÇÃO MONETÁRIA, JUROS MORATÓRIOS, JUROS REMUNERATÓRIOS E MULTA MORATÓRIA. APELAÇÃO IMPROVIDA.

PROCESSO Nº: 0802291-36.2013.4.05.8300 - APELAÇÃO APELANTE: ROSANGELA SILVA DOS ANJOS

REPRESENTANTE: DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO APELADO: CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF

RELATOR(A): DESEMBARGADOR(A) FEDERAL MANOEL DE OLIVEIRA ERHARDT - 1º TURMA

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1. Trata-se de Apelação interposta por Rosangela Silva dos Santos, em face da CEF - CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, contra decisão do douto Juiz Federal da 12ª Vara da SJ/PE que, nos autos da Ação de busca e apreensão em alienação fiduciária de origem, julgou procedente a demanda determinando a conversão em título extrajudicial nos termos do art. 5º do Decreto-lei nº 911/69.

2. Aplica-se o Código de Defesa do Consumidor aos contratos de abertura de crédito, de cartão de crédito, de financiamento, de leasing, de alienação fiduciária, de mútuo e outros, já que as partes se enquadram no conceito de consumidor e fornecedor perante os artigos 2º e 3º do CDC. Portanto, inafastável a atuação do Judiciário em localizar cláusulas abusivas ou ilegais, afastando-as a fim de tornar justa a relação entre as partes.

3. A presente demanda objetiva reaver o veículo dado em garantia por ocasião de financiamento bancário, diante da mora da apelante, possibilitando a venda do bem para, assim, liquidar o débito e aferir se existe um possível crédito em favor da apelante.

4. No que tange à alegação de ilegalidade na capitalização de juros, em face da decisão do REsp 973.827/RS, submetido ao rito dos recursos repetitivos, o Superior Tribunal de Justiça, revendo posicionamento anterior, consolidou o entendimento de que "nos

contratos firmados após 31/3/2000, data da publicação da Medida Provisória nº 1.963-17, admite-se a capitalização dos juros em periodicidade inferior a um ano desde que pactuada de forma clara e expressa, assim considerada quando prevista a taxa de juros anual em percentual pelo menos doze vezes maior do que a mensal.". (AgRg no AREsp 544154/MS, Rel.: Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, DJe 15/06/2015)

5. No presente caso, verifica-se que a taxa de juros mensal foi prevista no percentual de 2,46% e a anual em 34,38%, ou seja, juros capitalizados cuja taxa anual ultrapassa o duodécuplo da taxa mensal, hipótese permitido segunda a nova orientação do STJ.

6. Sobre a alegação de que a taxa de juros fixada no contrato deve ser limitada em conformidade com a taxa média de mercado, o entendimento predominante é de que a referida taxa média deve ser considerada como um referencial, e não um limite que deva ser necessariamente observado pelas instituições financeiras. Portanto, o fato de a taxa de juros remuneratórios praticada pela instituição financeira exceder a taxa média do mercado não induz, por si só, a conclusão de abusividade.

7. Deve-se considerar que as variáveis que interferem na fixação do percentual dos juros remuneratórios, tais como, o valor do financiamento, as condições de pagamento, as garantias oferecidas pelo mutuário, podem aumentar ou reduzir o risco da

operação. Por essa razão, plausível a existência de diferenças entre a taxa de juros aplicada em um determinado financiamento e a média apurada pelo BACEN.

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8. No caso em questão, os juros cobrados (2,46%) estão acima da taxa média de mercado (2,10%) para a linha de título de crédito, mas dentro dos limites permitidos pela Corte Superior.

9. De acordo com o entendimento firmado pelo STJ, são consideradas abusivas as taxas superiores a uma vez e meia, ao dobro ou ao triplo da média de mercado (Precedentes: REsp 271.214/RS, Rel. p. Acórdão Min. Menezes Direito, DJ de 04.08.2003; Resp

1.036.818, Terceira Turma, minha relatoria, DJe de 20.06.2008; REsp 971.853/RS, Quarta Turma, Min. Pádua Ribeiro, DJ de 24.09.2007).

10. No que tante à alegação de que o percentual de comissão de

permanência está em desconformidade com o item I da Resolução nº 1.129/86 do BACEN e do teor da Súmula 472 do STJ, há de se ressaltar que o entendimento do Superior Tribunal de Justiça é pela admissibilidade da comissão de permanência "...durante o período de

inadimplemento contratual, à taxa média dos juros de mercado, limitada ao percentual fixado no contrato (Súmula nº 294/STJ), desde que não cumulada com a correção monetária (Súmula nº 30/STJ), com os juros remuneratórios (Súmula nº 296/STJ) e moratórios, nem com a multa contratual" (AgRg no AgRg no AREsp 613726 / RS, Rel.:

Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, DJe 14/05/2015).

11. Na situação sob análise, a cláusula contratual não manifesta elementos que demonstrem a exorbitância apontada pela apelante. Alegação genérica e inespecífica, razão pela qual não merece guarida.

12. Apelação improvida.

Vistos, relatados e discutidos estes autos de 0802291-36.4.05.8300, em que são partes as acima mencionadas, ACORDAM os Desembargadores Federais da Primeira Turma do TRF da 5a. Região, por unanimidade, em negar provimento à apelação, nos termos do relatório, voto e notas taquigráficas constantes dos autos, que ficam fazendo parte do presente julgado.

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