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CONCURSO PÚBLICO TRT 2ª REGIÃO 2008 ANALISTA JUDICIÁRIO ÁREA JUDICIÁRIA PARTE I

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CONCURSO PÚBLICO – TRT 2ª REGIÃO – 2008 – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA – PARTE I

No dia 16 de novembro de 2008, 94.808 candidatos prestaram o concorrido concurso público para os cargos de analista judiciário e técnico judiciário do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região. Com efeito, analisarei as provas de Direito do Trabalho e Direito Processual do Trabalho do cargo de Analista Judiciário – Área Judiciária, que teve 17.661 inscritos.

DIREITO DO TRABALHO (PROVA TIPO 001)

46. (FCC – TRT 2ª Região – Analista Judiciário – Área Judiciária – 2008) Quanto ao empregado doméstico, considere:

I. É permitido ao empregador doméstico efetuar descontos no salário do empregado doméstico por fornecimento de vestuário.

II. Em nenhuma hipótese poderá o empregador doméstico efetuar desconto no salário do empregado doméstico por fornecimento de moradia.

III. As despesas pelo fornecimento de alimentação e higiene não têm natureza salarial nem se incorporam à remuneração do empregado para quaisquer efeitos.

IV. É vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa da empregada doméstica gestante, desde a confirmação da gravidez até 5 meses após o parto.

Está correto o que consta APENAS em

(A) II e III. (B) I, II e III. (C) III e IV. (D) I e IV. (E) II, III e IV.

FUNDAMENTAÇÃO:

I. O item está incorreto, pois é vedado ao empregador doméstico

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alimentação, vestuário, higiene ou moradia (art. 2º-A, caput, da Lei n. 5.859/72).

II. O item está incorreto. Poderão ser descontadas as despesas com

moradia quando essa se referir a local diverso da residência em que ocorrer a prestação de serviço, e desde que essa possibilidade tenha sido expressamente acordada entre as partes (art. 2º-A, § 1º, da Lei n. 5.859/72).

III. O item está correto (art. 2º-A, § 2º, da Lei n. 5.859/72).

IV. O item está correto, conforme vaticina o novel art. 4º-A da Lei

n. 5.859/72.

Impende destacar que a questão trata das alterações introduzidas na Lei do Empregado Doméstico pela Lei n. 11.324, de 19 de julho de 2006.

47. (FCC – TRT 2ª Região – Analista Judiciário – Área Judiciária – 2008) Hipoteticamente, considere que a Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Prefeitura de São Paulo, a Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) contrataram de forma irregular, por meio de empresa interposta, trabalhador terceirizado. Neste caso, tal contratação

(A) gerará vínculo de emprego apenas com o IBGE.

(B) gerará vínculo de emprego com o IBGE, a Prefeitura de São Paulo, a ECT e o CNPq.

(C) gerará vínculo de emprego apenas com o IBGE e o CNPq. (D) gerará vínculo de emprego apenas com o ECT e o CNPq.

(E) não gerará vínculo de emprego com o IBGE, a Prefeitura de São Paulo, a ECT e o CNPq.

FUNDAMENTAÇÃO: Consoante a famigerada Súmula 331 do TST

(que trata da terceirização lícita e ilícita), em seu item II, a contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não gera vínculo de emprego com os órgãos da administração pública direta, indireta ou fundacional, sob pena de inexorável violação à consagrada regra do concurso público plasmada no art. 37, II, da CF/88.

48. (FCC – TRT 2ª Região – Analista Judiciário – Área Judiciária – 2008) No que concerne ao trabalho temporário,

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I. Empresas do mesmo grupo econômico não podem manter empresa de trabalho temporário para atender às demandas de suas co-irmãs.

II. O prazo máximo de duração do contrato celebrado entre a tomadora e fornecedora de mão-de-obra, em relação a um mesmo empregado é, em regra, de noventa dias.

III. É permitida a contratação de estrangeiro sob a modalidade de contrato de trabalho temporário quando portador de visto provisório no País.

IV. Em regra, ao trabalhador temporário é assegurado, dentre outros direitos, adicional noturno, aviso prévio e o salário-maternidade.

Está correto o que consta APENAS em

(A) I, II e III. (B) I e II. (C) II, III e IV. (D) I e IV. (E) II e IV.

FUNDAMENTAÇÃO:

I. Esse item está correto, porque, segundo dispõe o art. 2º da Lei n.

6.019/74, somente é admitido o contrato de trabalho temporário em

2 hipóteses: para atender a necessidade transitória de substituição

regular e permanente da empresa tomadora dos serviços ou em caso de acréscimo extraordinário de serviços.

II. O item está incorreto. A prestação de serviços pelo trabalhador

temporário pode ocorrer pelo prazo máximo de três meses (e NÃO

90 dias), salvo autorização conferida pelo órgão local do Ministério

do Trabalho e Emprego (art. 10 da Lei n. 6.019/74 e art. 27 do Decreto 73.841/74).

III. O item está incorreto – art. 17 da Lei n. 6.019/74. IV. O item está incorreto – art. 12 da Lei n. 6.019/74.

Portanto, a questão deve ser ANULADA.

49. (FCC – TRT 2ª Região – Analista Judiciário – Área Judiciária – 2008) A empresa privada Amarílis cessou suas

atividades pagando indenização simples para seus

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atividades pagando indenização em dobro para seus funcionários. Nestes casos, o pagamento da indenização

(A) não exclui, por si só, apenas aos empregados da empresa Amarílis, o direito ao aviso prévio.

(B) não exclui, por si só, apenas aos empregados da empresa Violeta, o direito ao aviso prévio.

(C) exclui, por si só, o direito dos empregados de ambas as empresas ao aviso prévio.

(D) não exclui, por si só, o direito dos empregados de ambas as empresas ao aviso prévio.

(E) só excluirá o direito dos empregados de ambas as empresas ao aviso prévio se o pagamento da indenização ocorrer até o quinto dia útil do mês seguinte à cessação das atividades.

FUNDAMENTAÇÃO: A Súmula 44 do TST aduz que a cessação da

atividade da empresa, com o pagamento da indenização, simples ou em dobro, não exclui, por si só, o direito do empregado do aviso prévio. O supedâneo dessa assertiva é o princípio da alteridade, delineado no art. 2º da CLT, no qual é o empregador que assume os riscos de sua atividade econômica.

50. (FCC – TRT 2ª Região – Analista Judiciário – Área Judiciária – 2008) Com relação às Convenções Coletivas de Trabalho e aos Acordos Coletivos de Trabalho, é INCORRETO afirmar:

(A) Não prorrogada a Convenção Coletiva de Trabalho, os seus efeitos não se estenderão aos contratos individuais firmados após seu termo.

(B) As Convenções Coletivas de Trabalho e os Acordos Coletivos de Trabalho são instrumentos formais e solenes, devendo ser necessariamente lançados por escrito e submetidos à divulgação pública.

(C) Não é permitida a estipulação de Convenções Coletivas de Trabalho e Acordos Coletivos de Trabalho com duração superior a dois anos.

(D) Os reajustes salariais previstos em norma coletiva de trabalho não prevalecem frente à legislação superveniente de política salarial. (E) No acordo coletivo de trabalho é necessária a presença do sindicato no pólo empresarial de contratação, obedecendo-se o princípio da legalidade e da isonomia.

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FUNDAMENTAÇÃO: No acordo coletivo de trabalho encontra-se, de

um lado, o sindicato representativo da categoria profissional (dos empregados), e de outro lado, uma ou mais empresas. A empresa, por já consubstanciar um ser coletivo, pode figurar sozinha em uma negociação coletiva, o mesmo não ocorrendo com o empregado, que é hipossuficiente e subordinado juridicamente por natureza.

51. (FCC – TRT 2ª Região – Analista Judiciário – Área Judiciária – 2008) No que se refere à estabilidade, analise: I. A estabilidade provisória do cipeiro constitui, além de uma vantagem pessoal, uma garantia para as atividades dos membros da CIPA.

II. O empregado de categoria diferenciada eleito dirigente sindical só goza de estabilidade se exercer na empresa atividade pertinente à categoria profissional do sindicato para o qual foi eleito dirigente.

III. Havendo extinção da atividade empresarial no âmbito da base territorial do sindicato, não subsiste a estabilidade do dirigente sindical.

IV. O registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical durante o período de aviso prévio, ainda que indenizado, não lhe assegura a estabilidade.

De acordo com o entendimento Sumulado do Tribunal Superior do Trabalho, está correto o que consta APENAS em

(A) II, III e IV. (B) I, II e III. (C) II e IV. (D) I, II e IV. (E) III e IV.

FUNDAMENTAÇÃO:

I. O item está incorreto. A estabilidade provisória do cipeiro não

constitui vantagem pessoal, mas garantia para as atividades dos membros da CIPA, que somente tem razão de ser quando em atividade a empresa. Extinto o estabelecimento, não se verifica a despedida arbitrária, sendo impossível a reintegração e indevida a indenização do período estabilitário (Súmula 339, II, do TST).

II. O item está correto, conforme dispõe a Súmula 369, III, do TST. III. O item está correto, segundo estabelece a Súmula 369, IV, do

TST.

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52. (FCC – TRT 2ª Região – Analista Judiciário – Área Judiciária – 2008) Raimunda é garçonete no restaurante do TIO TITO e recebe, além do seu salário mensal, gorjetas fornecidas espontaneamente pelos clientes. Neste caso, as gorjetas

(A) integram a remuneração de Raimunda, não servindo de base de cálculo apenas para as parcelas de aviso-prévio.

(B) não integram a remuneração de Raimunda, uma vez que não são cobradas pelo empregador na nota de serviço, mas fornecidas espontaneamente pelos clientes.

(C) integram a remuneração da Raimunda e servem de base de cálculo para as parcelas de aviso-prévio, adicional noturno, horas-extras e repouso semanal remunerado.

(D) integram a remuneração de Raimunda, não servindo de base de cálculo apenas para o repouso semanal remunerado.

(E) integram a remuneração de Raimunda, mas não servem de base de cálculo para as parcelas de aviso-prévio, adicional noturno, horas-extras e repouso semanal remunerado.

FUNDAMENTAÇÃO: As gorjetas, cobradas pelo empregador na nota

de serviço ou oferecidas espontaneamente pelos clientes, integram a remuneração do empregado, não servindo de base de cálculo para as parcelas de aviso prévio, adicional noturno, horas extras e repouso semanal remunerado (Súmula 354 do TST e art. 457, caput e § 3º, da CLT).

Referências

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