Ciências da Natureza – Física
Prof.: Luiz Felipe
Forças centrípetas
Considere um ponto material de massa m sob a ação de três forças e descrevendo uma trajetória curva situado num certo plano.
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A resultante das forças tangentes à trajetória é denominada resultante
tangencial e a resultante das forças normais à trajetória constitui a resultante centrípeta.
A resultante tangencial é que produz a variação do módulo da velocidade vetorial do ponto material.
Já a resultante centrípeta produz a aceleração centrípeta e é responsável pela variação da direção da velocidade vetorial do ponto material.
t t
F
ma
2 cp cp cpv
F
ma
F
m
R
• quando a componente tangencial da força e a velocidade têm o mesmo sentido, então o movimento será acelerado;
• quando a componente tangencial da força e a velocidade têm sentidos contrários, então o movimento será retardado.
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obs.: imponderabilidadeConsidere um satélite artificial, depois de desligados todos os motores, orbitando em órbita circular em torno da Terra. Abandonando um objeto, dentro do satélite, observa-se que ele fica “flutuando”.
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O objeto e o satélite são atraídos pela Terra e ambos possuem a mesma aceleração, que é a aceleração da gravidade g. Para o objeto temos:
0
N cp N N
P
F
ma
mg
F
mg
F
A força com que a Terra atrai o corpo (a força peso) está sendo usada como resultante centrípeta, cuja única finalidade é manter o objeto em movimento circular.
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obs.: carro em curva num plano horizontalCiências da Natureza – Física
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Como a tendência do carro é a de derrapar para fora da curva, a força atrito, opondo-se ao escorregamento, tem sentido para o centro da trajetória. Logo:
a força normal e o peso se equilibram atrito estático 2 2 ate atemáx N
v
v
f
f
m
F
m
mg
v
gR
R
R
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obs.: curva em uma pista sobrelevadaCiências da Natureza – Física
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a componente horizontal da força normal será a resultante centrípeta
Temos que:
.cos
cos
Ny N Nmg
F
P
F
mg
F
Logo: 2 2.
.
.
cos
Nx Rcp Nv
mg
v
F
F
F sen
m
sen
m
v
Rg tg
R
R
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De acordo com a 2 Lei de Newton temos:
2 N Rcp N
v
P
F
F
mg
F
m
R
Na situação limite, em que a moto faz a curva com a menor velocidade possível no ponto mais alto, temos:
0
mín Nv
F
Assim temos: 2 mín mínv
mg
m
v
Rg
R
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Para não haver escorregamento na vertical temos:
2
.
.
ate ate atemáx N
g
f
P
f
f
P
F
mg
m
R
R
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obs.: motos inclinadasÉ comum vermos na Moto GP os pilotos “tombando” suas motos nas curvas para obter a maior velocidade possível.
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Considere um conjunto moto-piloto de massa m percorrendo uma curva circular de raio R, contida em um plano horizontal, com velocidade de intensidade v. Sejam θ o ângulo de inclinação do eixo do corpo do piloto em relação à pista e g o módulo da aceleração da gravidade local.
2 N at
F
mg
Rg
tg
tg
v
v
F
tg
m
R
para maiores velocidades menor deverá ser o ângulo
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obs.: pêndulo simples
Nesse caso, a resultante centrípeta será: centro da trajetória 2
.cos
v
T
P
m
R
A resultante tangencial será:
.
.
.
X Rt t t
P
F
mg sen
m a
a
g sen
no ponto mais alto temos v = 0, logo
.cos
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obs.: pêndulo cônico
Na direção “y” temos:
centro da trajetória
.cos
cos
Ymg
T
P
T
mg
T
A componente “x” da tração será a resultante centrípeta, logo:
2 2
2
.cos
.
.
.
2
cos
X Rcpmg
T
F
T sen
m
R
sen
m
sen
t
t
g
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Força centrífuga
Considere uma plataforma horizontal que pode girar em torno de um eixo vertical r. Uma mola tem uma de suas extremidades presa ao eixo e a outra ao bloco. Desprezando o atrito, quando a plataforma entra em rotação com velocidade angular constante, a mola se distende o bloco passa a realizar um MCU em relação à Terra.
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Em relação a um referencial fixo na Terra (referencial inercial), três são as forças que atuam no bloco: peso, força normal e força elástica. Temos que:
2 2 el cp el
v
F
F
F
m
m
R
R
peso e normal se equilibram
Em relação a um referencial fixo na plataforma, que é um referencial acelerado em relação à Terra (referencial não inercial), o bloco está em repouso. Para que isso seja possível, deve existir outra força para anular a força elástica. Essa força tem sentido para fora da curva e é chamada de força centrífuga.
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Logo, para que haja o repouso, seu valor deve ser o mesmo da força centrípeta:
2 2 cf cp cf
v
F
F
F
m
m
R
R
obs.: a força centrífuga não é a reação à centrípeta e não existe quando o
referencial é inercial
força elástica e força centrifuga devem se equilibrar
Força de Coriolis
Quando um corpo está em movimento em relação a um referencial que gira, além da força centrífuga há uma outra força fictícia sobre o corpo: é a força de Coriolis. Num referencial que gira, a força centrífuga existe tanto no caso em que o corpo está em repouso como no caso em que está em movimento, mas a força de Coriolis só aparece quando o corpo está em movimento.
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Na figura 1 representamos uma situação em que dois indivíduos, A e B, estão sobre uma plataforma que gira em relação ao solo, onde está o indivíduo C. Para simplificar, vamos supor que o indivíduo A esteja no centro da plataforma.
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O indivíduo A joga uma bola para B (fig. 1a). Porém, devido à rotação da plataforma, a bola não chega a B; quem a recebe é o indivíduo C. Nas figuras 1a e 1b, temos a trajetória da bola em relação ao observador C que está fixo no solo. Nas figuras 1c e 1d, representamos a trajetória da bola para os indivíduos A e B; para eles, é o indivíduo C que está girando, e a trajetória da bola é uma curva. A diferença básica está no seguinte: a força centrífuga empurra a bola para fora, afastando-a radialmente do centro, enquanto a força de Coriolis torce sua trajetória lateralmente, provocando desvios na direção de sua velocidade vetorial (fig. 2).
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O garoto A vê a bola desenhar uma trajetória curva, entortada para a direita, e atribui o fato à existência de uma força fictícia, que é a força de Coriolis. Para o garoto A, o seu referencial está na plataforma girando e, portanto, não é um referencial inercial. Lembremo-nos de que o referencial inercial deverá estar em repouso ou em MRU. No caso, a plataforma está em MCU.