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Projecto de Decreto-Lei. Regulamento do Subsistema de Saúde dos Serviços Sociais do Ministério da Justiça

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Academic year: 2021

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Projecto de Decreto-Lei

Regulamento do Subsistema de Saúde dos

Serviços Sociais do Ministério da Justiça

Os Serviços Sociais do Ministério da Justiça (SSMJ) foram criados pelo Decreto-Lei n.º 47210, de 22 de Setembro de 1966 e visavam desenvolver os laços de solidariedade entre os funcionários do Ministério e os seus familiares, auxiliando a satisfação das suas necessidades de ordem económica, social e cultural.

No âmbito dos cuidados de saúde, encontravam-se abrangidos todos os funcionários do Ministério da Justiça, incluindo aqueles cujos vencimentos eram pagos pelo Orçamento do Estado e portanto beneficiários da ADSE, passando a usufruir da protecção social simultânea da ADSE e dos SSMJ.

A actual situação económico-social do país impõe que não se permita aos beneficiários a possibilidade de acumulação de benefícios de idêntica natureza entre os vários subsistemas de saúde e critérios de justiça social impõem o estabelecimento de uma política de equidade ao nível dos benefícios auferidos pelos funcionários e agentes da Administração Pública que regularize a actual situação de discrepância entre os diversos subsistemas de saúde existentes na Administração Pública.

Por outro lado, a especificidade funcional do corpo da Guarda Prisional e da carreira de investigação criminal da Polícia Judiciária, com paralelo apenas nas Forças Armadas e nas Forças de Segurança impõe a persistência de um subsistema de saúde próprio para aquelas categorias profissionais e respectivas famílias.

Igualmente o pessoal da carreira técnico-profissional de reinserção social e auxiliar técnico de educação afecto a Centros Educativos e o pessoal técnico afecto a Unidades Operativas de Vigilância Electrónica, do Instituto de Reinserção Social, exerce funções

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de guarda e vigilância cujo risco se aproxima do das carreiras já referidas, pelo que também para estas se justifica a persistência de um subsistema de saúde próprio.

Foram ouvidos…

Assim:

Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198º da Constituição, o Governo decreta o seguinte:

Capitulo I DISPOSIÇÕES GERAIS

Artigo 1° Objecto

O presente diploma destina-se a regulamentar o subsistema de saúde dos Serviços Sociais do Ministério da Justiça (SSMJ).

Artigo 2º Âmbito e fins

O subsistema de saúde dos Serviços Sociais do Ministério da Justiça tem por objectivo o apoio nos cuidados de saúde do pessoal do corpo da Guarda Prisional, da carreira de investigação criminal da Polícia Judiciária, da carreira técnico-profissional de reinserção social e auxiliar técnico de educação afecto a Centros Educativos, e ao pessoal técnico afecto a Unidades Operativas de Vigilância Electrónica do Instituto de Reinserção Social, e aos seus familiares.

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Capitulo II DOS BENEFICIÁRIOS

Artigo 3º Beneficiários

Os beneficiários do subsistema de saúde dos SSMJ integram os seguintes tipos: a) Beneficiários titulares;

b) Beneficiários familiares ou equiparados.

Artigo 4º Beneficiários titulares 1. Considera-se beneficiário titular:

a) O pessoal do corpo da Guarda Prisional, no activo, na situação de pré-aposentação, a aguardar aposentação ou aposentado;

b) O pessoal da carreira de investigação criminal da Polícia Judiciária, no activo, na situação de disponibilidade, a aguardar aposentação ou aposentado;

c) O pessoal da carreira técnico-profissional de reinserção social e auxiliar técnico de educação afecto a Centros Educativos e o pessoal técnico afecto a Unidades Operativas de Vigilância Electrónica, do Instituto de Reinserção Social no activo, a aguardar aposentação ou aposentado;

d) O pessoal em formação para ingresso nas carreiras referidas nas alíneas a) e b). 2. São requisitos cumulativos para se ser beneficiário titular:

a) A não inscrição, por direito próprio ou derivado, num outro qualquer subsistema de saúde de inscrição obrigatória;

b) Efectuar mensalmente, excepto na situação de aposentação, desconto de 1% do vencimento base para os SSMJ, não se aplicando nestes casos o disposto na alínea

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c) do n.º 1 do artigo 14º do Decreto-Lei n.º 353-A/89, de 16 de Outubro nem o disposto no artigo 1º do Decreto-Lei n.º 125/81, de 27 de Maio.

Artigo 5º

Beneficiários familiares ou equiparados

1 - Podem inscrever-se como beneficiários familiares ou equiparados o cônjuge, os descendentes ou equiparados e os ascendentes ou equiparados a cargo do beneficiário titular, nos termos estabelecidos no regime da ADSE.

2 - Pode igualmente inscrever-se como beneficiário familiar a pessoa que vive com o beneficiário titular em união de facto, reconhecida nos termos da Lei 7/2001, de 11 de Maio, ou que com ele vivia, à data da sua morte, nas mesmas condições, enquanto não contrair casamento ou constituir nova união de facto.

Artigo 6º

Aquisição da condição de beneficiário 1. A inscrição dos beneficiários titulares tem carácter obrigatório.

2. A aquisição da condição de beneficiário dos SSMJ, reporta-se à data de entrada do pedido de inscrição do beneficiário titular ou familiar ou equiparado, devidamente acompanhada dos documentos comprovativos necessários para a inscrição.

Artigo 7º

Deveres dos beneficiários

1. Os beneficiários titulares ficam sempre obrigados à apresentação de quaisquer meios de prova solicitados pelos SSMJ para efeitos de apuramento dos requisitos de acesso e manutenção da condição de beneficiário titular, familiar ou equiparado.

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2. Sempre que no agregado familiar ocorram alterações que possam modificar ou extinguir os pressupostos da concessão da condição de beneficiário devem os beneficiários titulares, ou os beneficiários familiares ou equiparados em caso de manifesta impossibilidade do beneficiário titular, comunicá-las por escrito aos SSMJ no prazo máximo de 30 dias após a sua verificação.

3. Os beneficiários não podem retirar quaisquer benefícios ilegítimos para si ou para terceiros usando o cartão de beneficiário por qualquer forma que viole o disposto neste diploma ou regulamentação conexa.

4. No caso de recém-nascidos, pode ser exercido o direito à assistência na doença, através do uso do cartão de qualquer um dos seus progenitores, durante os primeiros 60 dias de vida, mediante comunicação prévia aos SSMJ.

5. Os beneficiários devem cumprir o disposto neste diploma e regulamentos com ele conexos.

Artigo 8º

Manutenção e perda da condição de beneficiário

São aplicáveis as regras sobre manutenção, suspensão e perda da qualidade de beneficiário vigentes na ADSE.

Artigo 9º

Responsabilidades do beneficiário

1. É da responsabilidade do beneficiário titular o uso indevido por parte do próprio ou de familiares ou equiparados de cartão caducado ou válido mas com direitos suspensos, bem como o pagamento da totalidade das despesas efectuadas nessa situação.

2. Os beneficiários que usarem o cartão dos SSMJ, ou permitirem o seu uso por terceiros, para obtenção de benefícios, através de procedimento irregular, por acção

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ou omissão, ficarão sujeitos à responsabilidade disciplinar, civil ou criminal que lhes couber.

Artigo 10º Delegados dos SSMJ

1. Os Delegados dos SSMJ são os interlocutores privilegiados entre os serviços e os beneficiários titulares.

2. O cargo de Delegado dos SSMJ é exercido:

a) Nos estabelecimentos prisionais pelo respectivo Director; b) Na Polícia Judiciária, pelo respectivo Director Nacional;

c) Nos Centros Educativos do Instituto de Reinserção Social, pelo respectivo Director;

d) Nas Unidades Operativas de Vigilância Electrónica, pelo respectivo Coordenador;

e) No Centro de Formação Penitenciária, pelo respectivo Director;

f) No Instituto Superior de Polícia Judiciária e Ciências Criminais, pelo respectivo Director.

3. As funções dos Delegados dos SSMJ são as definidas pelo Conselho de Direcção.

Capitulo III

DOS CUIDADOS DE SAÚDE

Artigo 11º Objecto

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pelos SSMJ aos beneficiários do seu subsistema de saúde.

Artigo 12º

Identificação do beneficiário

1. Para acesso ao apoio nos cuidados de saúde a que se refere o presente diploma os beneficiários devem ser identificados mediante a apresentação de cartão personalizado, pessoal e intransmissível, com a indicação expressa do tipo Plenos Direitos, de modelo em vigor e dentro do prazo de validade;

2. O cartão de beneficiário, cuja apresentação é obrigatória em todos os casos de utilização de serviços convencionados ou obtidos na rede do SNS e farmácias, só é válido com a apresentação simultânea de documento oficial com fotografia.

Artigo 13º Âmbito material

1. O âmbito material do apoio nos cuidados de saúde é idêntico ao vigente na ADSE. 2. Os cuidados de saúde em território nacional podem ser prestados:

a) Em estabelecimentos do Serviço Nacional de Saúde e Hospitais Militares; b) Em regime convencionado;

c) Em regime livre.

Artigo 14°

Condições e montantes de comparticipação dos cuidados de saúde

1. Os benefícios a conceder relativos à prestação de cuidados de saúde nos estabelecimentos do Serviço Nacional de Saúde, no regime livre, no estrangeiro e na assistência medicamentosa, bem como o modo e a forma como são atribuídos, são os

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vigentes na ADSE.

2. Os benefícios a conceder relativos à prestação de cuidados de saúde no regime convencionado, bem como o modo e a forma como são atribuídos são determinados por portaria conjunta dos Ministros responsáveis pelas áreas da Justiça, das Finanças e da Administração Pública, tendo em atenção os vigentes na ADSE.

3. O pagamento pela prestação de cuidados de saúde concretiza-se por reembolso ou pagamento directo às entidades prestadoras.

4. Quando exista pagamento directo à entidade prestadora, por força das convenções estabelecidas, haverá lugar ao reembolso pelo beneficiário pela parte que eventualmente lhe for atribuível.

5. A certidão de dívida emitida pelos SSMJ, no âmbito do número anterior, tem valor de título executivo se necessário o recurso a cobrança coerciva.

CAPITULO IV

DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Artigo 15º Beneficiários

1. Os beneficiários titulares dos SSMJ actualmente inscritos no respectivo subsistema de saúde, e não abrangidos pelo artigo 4º do presente diploma, bem como os respectivos familiares ou equiparados, são inscritos na ADSE a 30 de Setembro de 2005.

2. O disposto no presente diploma não prejudica a qualidade de beneficiários dos SSMJ aos familiares ou equiparados dos beneficiários tipificados no artigo 4º que, perdendo direito por efeito do artigo 5º, reúnam, à data da sua entrada em vigor, umas das seguintes condições:

a) Tenham mais de 65 anos;

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3. Os beneficiários referidos no n.º 1 mantém o direito ao apoio nos cuidados de saúde no quadro dos SSMJ até 30 de Setembro de 2005.

4. A eventual inscrição na ADSE dos beneficiários tipificados no artigo 4º é cancelada automaticamente a 30 de Setembro de 2005.

Artigo 16.º

Regime convencionado transitório

As convenções celebradas até 1 de Outubro de 2005 mantêm-se em vigor até à publicação da portaria referido no n.º 2 do artigo 14.º

Artigo 17º Protocolos em vigor

Os Protocolos entre os SSMJ e diversas entidades da Administração Pública, em termos de acesso ao apoio nos cuidados de saúde, actualmente em vigor, cessam efeitos a 30 de Setembro de 2005.

Artigo 18º Regulamentação

A regulamentação necessária à boa execução da presente lei é feita, consoante a matéria, por portaria do Ministro da Justiça, ou por portaria conjunta deste com o Ministro das Finanças e Administração Pública.

Artigo 19º Avaliação da gestão

O Ministério das Finanças e Administração Pública procede à avaliação anual dos resultados de gestão dos SSMJ e à sua comparação com os resultados da ADSE.

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Artigo 20° Norma revogatória

1. O presente diploma revoga o regulamento da assistência na doença dos SSMJ aprovado por despacho ministerial de 6 de Novembro de 1968.

2. São revogados o artigo 3º e a alínea b) do n.º 1 do atigo 20º do Decreto-Lei n.º 129/2001, de 18 de Abril.

Artigo 21° Entrada em vigor

1. O presente diploma legal entra em vigor em 1 de Outubro de 2005, sem prejuízo do disposto no número seguinte.

2. Entram em vigor no dia seguinte ao da publicação da presente lei as normas habilitantes para a emissão de normas regulamentares.

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Referências

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