2008 – Sessenta anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos”
ATO REGULAMENTAR CONJUNTO Nº 01/2008-GPGJ/CGMP.
Dispõe sobre as regras e procedimentos a serem adotados pelos órgãos da Procuradoria-Geral de Justiça para a concessão, a suspensão, a interrupção e a alteração da escala de férias dos membros do Ministério Público do Estado do Maranhão.
A PROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA e a CORREGEDORA-GERAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO MARANHÃO, no uso de suas atribuições legais, e com fundamento no disposto nos arts. 8º, VI, e 16, X, da Lei Complementar Estadual nº 13/91;
CONSIDERANDO minuta proposta pela Comissão designada pela Portaria nº 3688/2007-GPGJ, nos autos do Processo nº 7909AD/2007;
CONSIDERANDO a necessidade de disciplinar a concessão, a suspensão, a interrupção e a alteração da escala de férias dos membros do Ministério Público, a fim de evitar que acúmulos desregrados de férias possam vir a prejudicar o bom andamento da Administração e a boa prestação de serviços aos jurisdicionados,
RESOLVEM: DISPOSIÇÃO GERAL
Art. 1°. A concessão, a suspensão, a interrupção e a alteração da escala de férias dos membros do Ministério Público do Estado do Maranhão devem obedecer às regras e aos procedimentos estabelecidos neste ATO REGULAMENTAR.
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DO DIREITO E DA CONCESSÃO
Art. 2º. O membro do Ministério Público gozará anualmente 60 (sessenta) dias de férias, contínuos ou divididos em 2 (dois) períodos iguais.
§ 1°. O direito às férias só será adquirido após de corrido o primeiro ano de exercício.
§ 2°. Após a aquisição do primeiro período de féria s, considerar-se-á o dia 1º de janeiro como termo inicial para os outros períodos.
§ 3º. Os pedidos de férias inferiores a 30 (trinta) dias, serão apreciados pelo Procurador-Geral, ouvida a Corregedoria-Geral.
§ 4º. É vedada a acumulação de férias por mais de dois exercícios.
Art. 3º. As férias correspondentes a cada exercício devem ter início até o primeiro dia útil do mês de novembro, salvo na hipótese apontada no § 1º do artigo 2º.
Art. 4º. As portarias de férias obedecerão à escala de férias elaborada pela Corregedoria-Geral e aprovada pelo Procurador-Geral, conciliando-se a pretensão do membro do Ministério Público, em manifestação enviada até o dia 15 de outubro, com a necessidade do serviço, prevalecendo esta em caso de conflito.
§ 1º. O membro do Ministério Público, ao usar da faculdade de solicitar a inclusão de seu nome na escala de férias elaborada pela Corregedoria-Geral, deverá indicar dia e mês em que pretende iniciar a sua fruição.
§ 2º. O membro do Ministério Público que não fizer uso da faculdade de solicitar a inclusão de seu nome na escala de férias, terá suas férias fixadas pelo Procurador-Geral de Justiça, após manifestação da Corregedoria-Geral, exclusivamente com base no interesse do serviço.
§ 3°. Publicada a escala de férias, contendo o mês e o dia do início da fruição, e encaminhada a todos os Promotores e Procuradores de Justiça, poderá o
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membro do Ministério Público, até 30 (trinta) dias antes do início das férias, requerer sua alteração.
§ 4°. O Procurador-Geral de Justiça poderá, por nec essidade do serviço, sempre em caráter excepcional, em decisão motivada, depois de ouvir a Corregedoria-Geral, alterar a escala, suspender ou interromper as férias.
§ 5°. As férias interrompidas deverão ser gozadas a té o primeiro dia útil do mês de novembro do ano seguinte, quando não for possível sua fruição no mesmo exercício.
Art. 5º. Havendo convocação de Júri, na forma e nos prazos do art. 427 do Código de Processo Penal e do art. 51 da Lei Complementar Estadual nº 14/91, as férias do Promotor de Justiça ficam automaticamente adiadas para depois da última sessão, quando já ultimados os prazos para razões e contra-razões de eventual recurso.
§ 1º. Para propiciar a tomada de providências administrativas de adiamento do gozo de férias, deve o Promotor de Justiça fazer comunicação imediata à Corregedoria-Geral sobre a convocação de Júri, pelos meios cabíveis.
§ 2º. Na hipótese do caput, poderá ser concedida autorização excepcional e motivada de gozo de férias pelo Procurador-Geral de Justiça, ouvida a Corregedoria-Geral.
Art 6º. As férias, cujo período aquisitivo ocorrer durante o período de afastamento para freqüentar cursos de aperfeiçoamento e estudo, serão inclusas na escala de férias e concedidas por ato do Procurador-Geral de Justiça nos meses de janeiro e fevereiro, independentemente de solicitação, como se no exercício de suas funções o afastado estivesse, cabendo à Corregedoria-Geral as providências pertinentes.
Art. 7º. O membro do Ministério Público, 5 (cinco) dias antes de entrar em gozo de férias, e ao reassumir as funções, oficiará à Corregedoria-Geral.
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I – o endereço onde poderá ser encontrado, com indicação de telefone e correio eletrônico, caso existentes;
II – a pauta de audiências, a relação de autos com vista e expressa referência aos prazos abertos para ajuizamento de ações e de manejo de recursos, bem como para emissão de pareceres e oferecimento de razões e contra-razões; III – declaração ou comprovação documental de que encaminhou ao seu substituto a pauta de audiências, a relação de autos com vista e informação sobre os prazos abertos para ajuizamento de ações, para manejo de recursos e para emissão de pareceres e oferecimento de razões e contra-razões;
§ 2°. A comunicação de reassunção das funções será instruída, no que couber, com informações sobre as atividades judiciais e extrajudiciais da Promotoria ou Procuradoria de Justiça que integrar.
§ 3°. O membro do Ministério Público designado para responder por Promotoria de Justiça ou convocado para substituição em Procuradoria de Justiça, ao assumir as funções, oficiará à Corregedoria-Geral informando a situação em que encontrou a unidade, sem prejuízo de que, até o dia 5 (cinco) do mês seguinte, envie à Corregedoria-Geral o mapa estatístico, que será instruído, quando ultimada a substituição, com relatório circunstanciado sobre a situação em que tiver deixado a Promotoria ou Procuradoria de Justiça.
§ 4º. Diante de notícia encaminhada pelo Corregedor-Geral sobre os membros que não atenderem ao comando deste artigo, bem como dos que não tiverem remetido, no prazo legal, os formulários mensais devidos à Corregedoria-Geral, o Procurador-Geral poderá suspender o início de fruição de férias destes membros.
Art. 8º. O membro do Ministério Público que, na data da publicação deste ATO REGULAMENTAR, tiver férias não fruídas referentes a exercícios anteriores, deverá gozá-las antes de requerer as férias do exercício.
§ 1°. A cada ano, o membro do Ministério Público qu e se enquadrar na situação prevista no caput, deverá gozar, no mínimo, 90 (noventa) dias de férias.
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§ 2°. Caso o membro do Ministério Público, por ocas ião da solicitação referida no art. 111, caput, da Lei Complementar nº 13/91, não manifeste interesse de atender ao comando do caput, deverá a Corregedoria-Geral, quando da elaboração da escala, observar o disposto no §1° de ste artigo.
Art. 9º. Os casos omissos serão disciplinados pelo Procurador-Geral de Justiça, ouvida a Corregedoria-Geral.
Art. 10. Este ATO REGULAMENTAR CONJUNTO entra em vigor na data de sua publicação oficial.
São Luís, 23 de outubro de 2008.
PUBLIQUE-SE. REGISTRE-SE. COMUNIQUE-SE.
MARIA DE FÁTIMA RODRIGUES TRAVASSOS CORDEIRO Procuradora-Geral de Justiça
REGINA LÚCIA DE ALMEIDA ROCHA Corregedora-Geral