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DA APLICABILIDADE DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR AOS USUÁRIOS DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - SUS

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DA APLICABILIDADE DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

AOS USUÁRIOS DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - SUS

Nome da aluna: Alessandra Lemos Melo Hickmann Orientadora: Carla Holtz Vieira

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INTRODUÇÃO

O presente estudo é inspirado na carência de mecanismos e instrumentos práticos, capazes de assegurar com agilidade, eficácia e resolutividade o acesso aos Serviços de Saúde Pública de responsabilidade e monopólio Estatal, dos quais é dependente a maioria da população brasileira.

A saúde está insculpida na Constituição Federal como um direito de todos, tutelando à cura e a prevenção através de quaisquer medidas assecuratórias da integridade física e psíquica do indivíduo; corolário do fundamento da dignidade da pessoa humana, sobretudo, as pessoas políticas são responsáveis solidariamente pela eficácia do Sistema Único de Saúde (SUS), de acordo com os artigos 196 a 200 da Carta. O art. 30, VII, firma a co-responsabilidade da União e do Estado pelos serviços de atendimento à saúde, cuja execução é de competência dos Municípios, que devem prestar, com a cooperação técnica e financeira da daquelas pessoas, serviços de atendimento à saúde da população.

Notadamente, a falta de resolutividade dos serviços públicos de saúde, aliada à carência de instrumentos e mecanismos capazes de assegurar, com eficácia jurídica, a integralidade de atendimento dos usuários do SUS, têm contribuído de forma decisiva para que a Sociedade assimile e reproduza a concepção equivocada e distorcida da

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existência de dois sistemas de saúde distintos no Brasil: o SUS para os pobres e a rede privada para aqueles que podem pagar.

Por outro lado, a Administração Pública, direta e indireta, está obrigada a nortear sua atuação, dentre outros, ao princípio da eficiência., ou seja, a prestação de serviços públicos de saúde deve ser realizada com adequação às necessidades do cidadão que deles necessitar.

Em que pese a existência de órgãos de controle social – de caráter deliberativo, como as Conferências e os Conselhos de Saúde, estes são desprovidos de personalidade jurídica, de estrutura administrativa e de recursos humanos próprios para assegurar, ao devido tempo, o acesso e a integralidade do atendimento da população usuária do Sistema Único de Saúde – SUS, revelando de forma cristalina a vulnerabilidade fática da população usuária do SUS ante o Poder Estatal.

Verifica-se que apesar da existência de previsão legal, destinada à tutela jurisdicional dos usuários dos serviços de saúde, a população dependente do Sistema Único de Saúde – SUS, encontra-se desamparada exatamente pela carência de iniciativas práticas, capazes de assegurar a prestação dos serviços ao tempo em que deles necessita.

Decorre daí a abordagem e finalidade desta pesquisa, qual seja, demonstrar a aplicabilidade do Código de Defesa do Consumidor aos usuários do Sistema único de Saúde. Através da análise histórica e ponderação entre a doutrina e legislação pertinentes, investigamos o paralelo entre o Direito Consumerista e o SUS, demonstrando a compatibilidade de conceitos e princípios e preceitos legais aplicáveis a ambos.

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JUSTIFICATIVA

O estudo proposto é inspirado na carência de mecanismos e instrumentos práticos, capazes de assegurar com agilidade, eficácia e resolutividade o acesso aos Serviços de Saúde Pública de responsabilidade e monopólio Estatal, dos quais a população é dependente .

Observa-se que embora a Constituição Federal vigente estabeleça que a saúde é direito de todos e dever do estado, na prático isso não é assegurado, revelando de forma cristalina a vulnerabilidade fática da população usuária do SUS ante o Poder Estatal.

Em que pese a existência de órgãos de controle social – de caráter deliberativo, como as Conferências e os Conselhos de Saúde, estes são desprovidos de personalidade jurídica, de estrutura administrativa e de recursos humanos próprios para assegurar, ao devido tempo, o acesso e a integralidade do atendimento da população usuária do Sistema Único de Saúde – SUS, revelando de forma cristalina a vulnerabilidade fática da população usuária do SUS ante o Poder Estatal.

Verifica-se que apesar da existência de previsão legal, destinada à tutela jurisdicional dos usuários dos serviços de saúde, a população dependente do Sistema Único de Saúde – SUS, encontra-se desamparada exatamente pela carência de iniciativas práticas, capazes de assegurar a prestação dos serviços ao tempo em que deles necessita.

Decorre daí a abordagem e finalidade desta pesquisa, qual seja, demonstrar a aplicabilidade do Código de Defesa do Consumidor aos usuários do Sistema único de

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Saúde. Através da análise histórica e ponderação entre a doutrina e legislação pertinentes, investigamos o paralelo entre o Direito Consumerista e o SUS, demonstrando a compatibilidade de conceitos e princípios e preceitos legais aplicáveis a ambos.

OBJETIVOS

OBJETIVO GERAL

O objetivo geral da pesquisa é analisar a viabilidade de aplicação da legislação consumerista para a defesa dos interesses dos usuários do Sistema Único de Saúde - SUS.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

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 Analisar as formas de remuneração dos serviços prestados aos usuários do SUS;

 Definir conceitualmente a relação existente entre usuários e prestadores de serviços públicos;

 Definir a natureza dos serviços públicos de saúde;

 Analisar os mecanismos de gestão do SUS em cada nível de governo;

 Levantar os instrumentos jurídicos e operacionais aplicáveis à relação entre usuário e prestadores de serviços do SUS.

 Analisar a resolutividade dos serviços públicos de saúde

 demonstrar a aplicabilidade do Código de Defesa do Consumidor aos usuários do Sistema único de Saúde

 demonstrar a compatibilidade de conceitos e princípios e preceitos legais do direito consumerista aos usuários do SUS.

 contribuir para o aperfeiçoamento da interpretação das normas jurídicas que permeiam a questão

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METODOLOGIA

MÉTODO DE ABORDAGEM

Forma de abordagem teórica da pesquisa utilizará o método dedutivo.

TÉCNICAS DE PESQUISA

As técnicas a serem utilizadas para a coleta de dados e para a análise dos mesmos terá enfoque na revisão bibliográfica.

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CAPÍTULOS A SEREM DESENVOLVIDOS

 DOS SERVIÇOS PÚBLICOS

 CLASSIFICAÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS (PRINCIPIOS, DIREITOS E GARANTIAS CONSTITUCIONAIS)

 SERVIÇOS PÚBLICOS ESSENCIAIS  DA SAÚDE PÚBLICA

 SAÚDE COMO DIREITO FUNDAMENTAL

 O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE NA CONSTITUIÇÃO DE 1988  TRATAMENTO CONSTITUCIONAL EINFRACONSTITUCIONAL  PRINCÍPIOS E DIRETRIZES DO SUS

 CONCEITO DE USUÁRIO DO SUS  AS COMPETÊNCIAS NO SUS  O FINANCIAMENTO

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CONSIDERAÇÕES

A Constituição Federal vigente estabelece que a saúde é direito de todos e dever do Estado, na prática as dificuldades e a morosidade de acesso aos Serviços de Saúde Pública constituem flagrante desrespeito à dignidade humana e atentam contra o próprio direito à vida daqueles que dele dependem. Com o advento da Lei 8078 de 11 de setembro de 1990, denominada Código de Defesa do Consumidor, os serviços de interesse público, ditos essenciais, tiveram sua importância firmada no ordenamento jurídico pátrio, com garantia de continuidade no sentido de torná-los ininterruptos dada sua natureza de serviço essencial.

Observe-se que, embora a Constituição Federal vigente estabeleça que a saúde é direito de todos e dever do Estado, na prática as dificuldades e a morosidade de acesso aos Serviços de Saúde Pública constituem flagrante desrespeito à dignidade humana e atentam contra o próprio direito à vida daqueles que dele dependem.

O Estado Democrático de Direito mitigou o poder soberano do Estado dando ao particular o enfoque de destinatário final dos serviços públicos com direitos amplamente positivados. Sob esta ótica, o sistema jurídico brasileiro foi inovador com o advento do Código de Defesa do Consumidor, conferindo aos usuários direitos reclamados pelo cidadão e não contemplados em nosso ordenamento.

Sendo o usuário a parte mais fraca tanto na relação de consumo quanto na relação com o ente estatal, a Lei 8078/1990 reconheceu essa hipossuficiência, capacitando o consumidor a sensíveis conquistas e protegendo-o em face de fornecedores, produtores, comerciantes e prestadores de serviços públicos.

A conceituação de usuário do SUS não se afasta da noção e do sentido que se dá habitualmente àquele que adquire ou utiliza produto ou

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serviço como destinatário final. Relaciona-se diretamente àquele que se serve de alguma coisa para uso próprio ou ainda àquele que, por direito, possui ou usufrui alguma coisa.

Tanto o Sistema Único de Saúde – SUS quanto o Código de Proteção e Defesa do Consumidor – CDC, foram erigidos em leis principiológicas, todas extraídas e construídas a partir do espírito basilar de cidadania assumido e incorporado pela Constituição Federal de 1988.

O presente estudo é inspirado na carência de mecanismos e instrumentos capazes de assegurar com agilidade, eficácia e resolutividade o acesso aos Serviços de Saúde Pública de responsabilidade e monopólio Estatal, dos quais é dependente a maioria da população brasileira.

O conceito de serviços públicos não é apresentado de forma uniforme pela doutrina. Com efeito, a consideração de características determinantes diversas para que uma atividade seja elevada ao patamar de “serviço público”, gera inúmeros conceitos trazidos pela doutrina, notadamente pela doutrina administrativista. E essa dificuldade mais se acentua na medida em que os serviços variam segundo as necessidades e contingências políticas, sociais e culturais de cada comunidade, em cada época.

A prestação de serviço público, seja de forma direta, seja de forma indireta, envolve a relação Estado X cidadão, em uma manifesta relação regida pelo direito administrativo. Sendo assim, essa atividade possui características que lhes são próprias, não existentes na prestação de serviço comum. Por isso, a necessidade de serem levadas em consideração quando da aplicabilidade de diplomas normativos diversos.

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REFERÊNCIAS

ARAGÃO, Alexandre Santos de. Serviços Públicos e Direito do Consumidor:

Possibilidades e Limites da Aplicação do CDC. Revista Eletrônica de Direito

Administrativo Econômico (REDAE), Salvador, Instituto Brasileiro de Direito Público, nº 15, agosto/setembro e outubro, 2008. Disponível na Internet: http://www.direitodoestado.com.br/redae.asp. Acesso em 03 de novembro de 2015. BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado, 1988.

CANOTILHO, J.J. Gomes. Direito constitucional. 7 Ed, Coimbra: Almedina, 2012. CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 28. ed. rev., ampl. e atual. São Paulo: Atlas, 2015.

CONASEMS – Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde -

http://www.conasems.org.br/index.php/comunicacao/revistas - Acesso em 26/8/2015 CONCEIÇÃO, Rodrigo. Dos direitos e garantias fundamentais e a continuidade

do serviço público essencial . Disponível em: <http://www1.jus.com.br/doutrina/texto.asp?id=4520>. Acesso em: 20/07/2015.

DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 28ª ed. São Paulo: Atlas, 2015.

DI PIETRO, M. Parcerias na Administração Pública: concessão, permissão,

franquia, terceirização e outras formas. 9ª ed. São Paulo: Atlas, 2011.

FILOMENO, José Geraldo Brito. Manual de teoria geral do Estado e ciência política. 4 Ed, Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2013.

FILOMENO, José Geraldo Brito. Manual de Direitos do Consumidor. 12 ed. São Paulo: Atlas, 2014.

FUNASA – Em revista – 100 anos de saúde pública – janeiro/2004 – Nº 1 – Fundação Nacional de Saúde - Ministério da Saúde – Brasília/DF.

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MANCUSO, Rodolfo de Camargo. Manual do Consumidor Em Juízo. 5 ed. São Paulo: Saraiva, 2013.

MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 31ª ed. São Paulo: Malheiros Editores, 2014.

MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 41 ed. São Paulo: Malheiros, 2015.

Referências

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