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Implantação de uma empresa aérea regional na Pampulha - Belo Horizonte para demanda do estado e capitais proximas

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA ALEXANDRE LUIZ PELISSARI SAGRILO

IMPLANTAÇÃO DE UMA EMPRESA AÉREA REGIONAL NO

AEROPORTO DA PAMPULHA - BELO HORIZONTE PARA

DEMANDA DO ESTADO E CAPITAIS PROXIMAS

PALHOÇA 2020

(2)

ALEXANDRE LUIZ PELISSARI SAGRILO

IMPLANTAÇÃO DE UMA EMPRESA AÉREA REGIONAL NO

AEROPORTO DA PAMPULHA - BELO HORIZONTE PARA

DEMANDA DO ESTADO E CAPITAIS PROXIMAS

Monografia apresentada ao Curso de graduação em Ciências Aeronáuticas, da Universidade do Sul de Santa Catarina, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel.

Orientador: Prof. MSc. Cleo Marcus Garcia

PALHOÇA 2020

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ALEXANDRE LUIZ PELISSARI SAGRILO

IMPLANTAÇÃO DE UMA EMPRESA AÉREA REGIONAL NO AEROPORTO DA PAMPULHA - BELO HORIZONTE PARA DEMANDA DO ESTADO E CAPITAIS

PROXIMAS

Esta monografia foi julgada adequada à obtenção do título de Bacharel em Ciências Aeronáuticas e aprovada em sua forma final pelo Curso de Ciências Aeronáuticas, da Universidade do Sul de Santa Catarina.

Palhoça, 23 de novembro de 2020.

__________________________________________ Orientador: Prof. MSc. Cleo Marcus Garcia

__________________________________________ Prof. Esp. Orlando Flavio Silva

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AGRADECIMENTOS

Agradeço, primeiramente, a Deus, por ter me dado força em todos os momentos em que necessitei. Aos meus pais, por estarem sempre presentes na minha vida, me apoiando e incentivando a seguir sempre em frente. Minha dedicada esposa, pela paciência e compreensão quando estive ausente do nosso convívio para elaboração deste trabalho de conclusão de curso. Minha amada filha, criança pela qual dedico atualmente toda minha vida. Aos professores do Curso de Ciências Aeronáuticas da UNISUL, em especial, meu orientador Cleo Marcus Garcia por sempre me apoiar e incentivar nas minhas demandas. Agradeço também a senhora Eliane Regina da Silva e ao comandante Marco Antônio de Assis Bedeschi pelo fornecimento de materiais valiosíssimos no processo de elaboração deste trabalho.

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RESUMO

Este trabalho teve como objetivo geral identificar a necessidade de implantação de uma empresa aérea regional com base operacional e de manutenção no aeroporto da Pampulha em Belo Horizonte para atendimento à demanda do estado de Minas Gerais e capitais próximas. Caracteriza-se como uma pesquisa exploratória com procedimento bibliográfico e documental por meio de sites especializados, artigos, reportagens, regulamentos e leis. A abordagem utilizada foi qualitativa. A análise dos dados foi feita por meio de tabelas e quadros, analisados de acordo com a fundamentação teórica. Ao finalizar a pesquisa, conclui-se que a estrutura do aeroporto da Pampulha necessita passar por algumas adequações na infraestrutura, assim como, o atual cenário cambial no qual se passa o país torna os investimentos e gastos de uma empresa aérea regional extremamente onerosos para os investidores.

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ABSTRACT

This work had as main objective to identify the necessity of implantation of a regional airline with operational base and maintenance in the airport of Pampulha in Belo Horizonte to attend the demand of the state of Minas Gerais and nearby capitals. It is characterized as an exploratory research with bibliographic and documentary procedure through specialized websites, articles, reports, regulations and laws. The approach used was qualitative. Data analysis was performed using tables and charts, analyzed according to the theoretical foundation. At the end of the research, it was concluded that the structure of the Pampulha airport needs to undergo some adjustments in the infrastructure, as well as the current exchange rate scenario in which the country is making the investments and expenses of a regional airline extremely costly for the investors.

Keywords: Airline Company. Pampulha. Infrastructure. Foreign Exchange Scenario. Investors.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Logomarca da ALPS Linhas Aéreas ... 26

Figura 2 - ATR-72 500 ... 27

Figura 3 - Configuração Interna ... 28

Figura 4 - Performance de Pouso e Decolagem ... 28

Figura 5 - Imagem da pintura proposta para o ATR-72 500 da ALPS ... 30

Figura 6 - Mapa de Rotas ... 33

Foto 1 - Vista do saguão do terminal da Pampulha ... 17

Foto 2 - Posições de Check-in ... 17

Foto 3 - Área de Embarque... 17

Foto 4 - Área de Desembarque (esteira de restituição de bagagem) ... 18

Foto 5 - Aproximação pela cabeceira 13 ... 19

Foto 6 - Vista de toda extensão da área do aeroporto da Pampulha ... 19

Quadro 1 - Aeronave 1...35

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Movimentação Operacional 2014 ... 13

Tabela 2 - Integralização de Capital ... 35

Tabela 3 - Custos e Impostos Pré-operacionais ... 36

Tabela 4 - Quantidade de Aeronaves Previstas na Frota ... 38

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LISTA DE SIGLAS

ANAC Agência Nacional da Aviação Civil COA Certificado de Operador Aéreo

DECEA Departamento de Controle do Espaço Aéreo DOV Despachante Operacional de Voo

EFB Electronic Flight Bag (Bolsa de Voo Eletrônica)

EO Especificações Operativas

FIEMG

Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IDHM Índice de Desenvolvimento Humano Municipal

IFR Instrument Flight Rules (Regras de Voo por Instrumento)

ILS Instrument Landing System (Sistema de Pouso por Instrumento)

INFRAERO Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária PLU Código IATA para o aeroporto da Pampulha RNAV Required Navigation (Navegação Requerida)

ROTAER Manual de Rotas Aéreas

SBBH Código ICAO para o aeroporto da Pampulha

SID Standard Instrument Departure (Saída Instrumento Padrão)

SNA Sindicato Nacional dos Aeronautas SNEA Sindicato Nacional das Empresas Aéreas

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SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ... 11 1.1 PROBLEMA DA PESQUISA ... 12 1.2 OBJETIVOS ... 12 1.2.1 Objetivo Geral ... 12 1.2.2 Objetivos Específicos ... 12 1.3 JUSTIFICATIVA ... 12 1.4 METODOLOGIA ... 13

1.4.1 Natureza da Pesquisa e Tipo de Pesquisa ... 13

1.4.2 Materiais e Métodos ... 14

1.5 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ... 15

2 REFERENCIAL TEÓRICO ... 16

2.1 INSTALAÇÕES FISICAS DO AEROPORTO DA PAMPULHA PARA INSTALAÇÃO DE UMA EMPRESA AÉREA REGIONAL ... 16

2.1.1 Saguão e Balcões de Check-in ... 16

2.1.2 Área de Embarque ... 17

2.1.3 Área de Desembarque ... 18

2.1.4 Pista de Pousos e Decolagens e Patios de Manobras... 19

2.2 DEMANDA DE TRANSPORTE AÉREO REGIONAL NO ESTADO DE MINAS GERAIS ... 20 2.2.1 Montes Claros ... 20 2.2.2 Uberlândia ... 21 2.2.3 Uberaba ... 22 2.2.4 Ipatinga ... 23 2.2.5 Governador Valadares ... 23 2.2.6 Juiz de Fora ... 24

2.3 PLANO DE NEGÓCIO PARA UMA EMPRESA AÉREA REGIONAL NO AEROPORTO DA PAMPULHA ... 25

2.3.1 Missão da ALPS Linhas Aéreas ... 25

2.3.2 Conceito da Empresa... 26

2.3.3 Especificações da Aeronave Escolhida ... 27

2.3.4 Fontes de Receitas ... 29 2.3.5 Compra de Passagens ... 29 2.3.6 Ações de Marketing ... 30 2.3.7 Canais de Propaganda ... 30 2.3.8 Estrutura Organizacional ... 31 2.3.9 Rotas Previstas ... 33

2.3.10 Constituição de Capital e Investimento Inicial ... 35

2.3.10.1 Constituição de capital ... 35

(11)

2.3.11 Cronograma De Tarefas Previsto ... 37

2.3.11.1 Obtenção da portaria jurídica (1ª fase)... 37

2.3.11.2 Processo de certificação da empresa (2ª fase)... 37

2.3.11.3 Contratação e treinamento (3ª fase) ... 37

2.3.11.4 Aeronave (4ª fase) ... 38

2.3.11.5 Fim do processo (5ª fase) ... 38

2.3.12 Estudo de Viabilidade ... 38

2.3.13 Planejamento Estratégico de Médio Prazo (6 anos) ... 39

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 42

(12)

1. INTRODUÇÃO

A população belo-horizontina anseia desde 2018 pela volta dos voos comerciais no aeroporto da Pampulha. Vale ressaltar que desde o ano de 2015 quando a Azul Linhas Aéreas retirou todos seus voos da Pampulha, o terminal com capacidade para movimentar 2,2 milhões de passageiros ao ano, (INFRAERO, 2020) já vem sendo subutilizado e amargando prejuízos. A Azul naquela ocasião deslocou todos seus voos para o Aeroporto Internacional Tancredo Neves, localizado na cidade de Confins, região metropolitana de Belo Horizonte.

As atividades do aeroporto tiveram início em 1933 e o principal objetivo era atender aos voos do Correio Aéreo Militar, na chamada Linha de São Francisco, que ligava o Rio de Janeiro a Fortaleza. O aeroporto era uma das escalas e sua denominação oficial, na época, era Destacamento de Aviação (INFRAERO, 2020).

No início dos anos 1930, o Aeroporto da Pampulha foi considerado apto para o tráfego da aviação comercial e, em 2 de setembro de 1936, por meio da Lei n.º 76, o Governo Mineiro foi autorizado a conceder à Panair do Brasil o direito de explorar a linha entre Belo Horizonte e Rio de Janeiro (INFRAERO, 2020).

Com localização estratégica e privilegiada, a apenas nove quilômetros do centro de Belo Horizonte, o Aeroporto Carlos Drummond de Andrade está inserido no contexto urbano em uma área de aproximadamente dois milhões de metros quadrados em uma das regiões mais valorizadas da capital mineira, o bairro da Pampulha. Com atuação voltada especialmente para a aviação regional e executiva, o aeroporto vem se tornando também um importante polo de manutenção de helicópteros e aeronaves executivas e comerciais de pequeno porte (INFRAERO, 2020).

Pelo charmoso terminal do aeroporto da Pampulha já figuraram diversas empresas aéreas. Vale destacar as empresas de atuação em âmbito nacional como PANAIR, CRUZEIRO DO SUL, VARIG, VASP, TRANSBRASIL, TAM, WEBJET, GOL, AZUL, dentre outras. Além das empresas listadas anteriormente, destacam-se também empresas regionais como TOTAL, TRIP, PASSAREDO e AIR MINAS.

(13)

1.1 PROBLEMA DA PESQUISA

Qual a necessidade de implantação de uma empresa aérea regional com base operacional e de manutenção no aeroporto da Pampulha em Belo Horizonte para atendimento à demanda do estado e capitais próximas?

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivo Geral

Identificar a necessidade de implantação de uma empresa aérea regional com base operacional e de manutenção no aeroporto da Pampulha em Belo Horizonte para atendimento à demanda do estado de Minas Gerais e capitais próximas.

1.2.2 Objetivos Específicos

a) Avaliar as instalações físicas do aeroporto da Pampulha para instalação da uma empresa aérea regional;

b) Identificar a demanda de transporte aéreo regional para o Estado de Minas Gerais;

c) Estabelecer o Plano de Negócios de uma empresa aérea regional para aeroporto da Pampulha.

1.3 JUSTIFICATIVA

Com capacidade para 2,2 milhões de passageiros por ano, o terminal da Pampulha recebeu menos de 94 mil passageiros entre janeiro e junho de 2019. Só no último semestre, o prejuízo somou R$ 12,31 milhões. Desde 2015, quando a Azul encerrou as operações na Pampulha, até hoje, o déficit acumulado supera a cifra de R$ 114 milhões (HOJE EM DIA, 2019).

“Pampulha tem uma infraestrutura que está subutilizada. Entendemos que o terminal deve ser otimizado, beneficiando empresários e a sociedade como um todo”, afirmou o economista da FIEMG, Guilherme Leão.

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É neste cenário de abandono que o terminal do aeroporto da Pampulha vive atualmente que a ALPS pretende atuar, buscando níveis de ocupação de um passado recente. Analisando os números de 2014, último ano em que a empresa aérea Azul atuou por completo no aeroporto da Pampulha, o terminal de passageiros operou com um movimento de 962.155 passageiros (INRAESTURURA.MG, 2018).

Tabela 1 - Movimentação Operacional, 2014.

Fonte: Infraestrutura.mg (2018)

Atualmente nenhuma empresa aérea atua no aeroporto da Pampulha. Por exemplo, no ano de 2010 operavam na Pampulha voos para as cidades de Montes Claros, Uberaba, Uberlândia, Ipatinga, Governador Valadares, Ribeirão Preto, Campinas, Rio de Janeiro, Guarulhos, Vitoria da Conquista, Araxá, Juiz de Fora, São João Del-Rei e Patos de Minas (ANAC, 2020). Atualmente, nenhuma destas cidades possui ligação direta ou indireta com o aeroporto da Pampulha, tornando a Pampulha um mercado completamente livre de qualquer concorrência das grandes empresas aéreas. Neste contexto, a ALPS atuaria sozinha suprindo a demanda de passageiros nas principais cidades listadas acima além das capitais vizinhas Vitória e Rio de Janeiro.

O plano inicial é atender diariamente Montes Claros, Uberlândia, Uberaba, Ipatinga, Governador Valadares, Juiz de Fora, Vitoria e Rio de Janeiro.

1.4 METODOLOGIA

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A presente pesquisa caracteriza-se como exploratória, com procedimento bibliográfico e documental e com abordagem tanto qualitativa quanto quantitativa.

A pesquisa exploratória, conforme Lakatos e Marconi (2003, p.188), tem uma tríplice finalidade, que é “desenvolver hipóteses, aumentar a familiaridade do pesquisador com um ambiente, fato ou fenômeno, para a realização de uma pesquisa futura mais precisa ou modificar e classificar conceitos”.

O procedimento para coleta de dados caracteriza-se como bibliográfico, definido por Rauen (2002, p. 65) como a “busca de informações bibliográficas relevantes para a tomada de decisão em todas as fases da pesquisa”. Desse modo, a pesquisa em questão visa a uma profunda investigação teórica e prática sobre cada uma das supracitadas abordagens, primordial para a análise proposta inicialmente.

O procedimento documental, conforme Gil (2002), tem o objetivo de descrever e comparar dados, características da realidade presente e do passado.

A abordagem da pesquisa foi qualitativa, por se basear na realidade para fins de compreender uma situação única (RAUEN, 2002) e quantitativa, por buscar conhecimento por meio de raciocínio de causa e efeito, redução de variáveis específicas, hipóteses e questões, mensuração de variáveis, observação e teste de teorias (CRESSWELL, 2007).

1.4.2 Materiais e Métodos

Os materiais que foram analisados:

Bibliográficos: Livros, sites oficiais, manuais de operação, manuais da fabricante do ATR-72 500.

Documentais: Documentos diversos sobre a legislações regendo a Aviação Civil brasileira oferecem requisitos e padrões de procedimentos em relação ao tema proposto.

São eles:

· Regulamentos Brasileiros de Homologação Aeronáutica 119 e 121; · Código Brasileiro de Aeronáutica (CBA);

· Lei 7.183 – Lei do Aeronauta; · Documentos da ANAC; · Documentos do DECEA;

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1.5 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO

O Trabalho de Conclusão de Curso foi dividido em 3 capítulos, compostos da seguinte estrutura:

O Capítulo 1 tem-se a Introdução, que consta o problema de pesquisa, objetivo geral, objetivos específicos, justificativa, metodologia e a organização do trabalho.

No Capítulo 2 consta todo o referencial teórico, divido em três partes. Na primeira parte apresenta-se as instalações físicas do aeroporto da Pampulha para instalação de uma empresa aérea regional. Na segunda parte é abordada a demanda de transporte aéreo regional no estado de Minas Gerais. Na terceira parte é mostrado um plano de negócio para uma empresa aérea regional no aeroporto da Pampulha.

O Capítulo 3 apresenta as considerações finais seguidas pelas referências utilizadas para elaboração do trabalho.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 INSTALAÇÕES FISICAS DO AEROPORTO DA PAMPULHA PARA INSTALAÇÃO DE UMA EMPRESA AÉREA REGIONAL

Foto 1 - Fachada externa do terminal.

Fonte: Hoje em Dia (2018).

Mais conhecido como Aeroporto da Pampulha, o Aeroporto de Belo Horizonte – Carlos Drummond de Andrade – Pampulha (IATA: PLU, ICAO: SBBH) fica localizado na Praça Bagatelle, n° 204, São Luiz, CEP: 31270-705, Belo Horizonte/MG (INFRAERO, 2020) a cerca de 9km do centro de Belo Horizonte. S

Segundo o IBGE (2019), Belo Horizonte tem uma população estimada em 2.512.070 habitantes como um PIB per capta de R$ 32.245,02 e IDHM (2010) de 0,810. Destacam-se também as cidades de Betim com 439.340 habitantes (IBGE, 2020) e Contagem com 663.855 habitantes (IBGE, 2020), ambas na região metropolitana de Belo Horizonte.

Segundo a INFRAERO (2020), o aeroporto da Pampulha (PLU) possui um terminal de passageiros com uma área de 4.629 metros², dois estacionamentos de veículos com 274 vagas somadas e capacidade de movimentar 2,2 milhões de passageiros por ano.

2.1.1 Saguão e Balcões de Check-in

O saguão do aeroporto possui uma área ampla, com guichês para locadoras de veículos e serviços de taxi, caixas eletrônicos, banheiros com acessibilidade, além de vinte e quatro posições para efetuar check-in.

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No ano de 2016 (PAMPULHA JÁ, 2020), o terminal passou por algumas reformas com intuito de melhorar sua acessibilidade e conforto aos passageiros.

Foto 2 - Vista do saguão do terminal da Pampulha.

Fonte: Site Pampulha Já (2020).

Foto 3 - Posições de Check-in.

Fonte: Site Pampulha Já (2020).

2.1.2 Área de Embarque

A área de embarque do terminal de passageiros possui uma área bem dimensionada em dois pisos. Atualmente, devido à inexistência de voos comerciais no terminal, o aeroporto não conta com canal de inspeção de segurança de passageiros. O aeroporto possui espaço para cafeteria e quatro portões de embarque com capacidade de atender 140 passageiros em horários de pico (INRAERO, 2020).

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Foto 4 - Área de Embarque.

Fonte: Site Pampulha Já (2020).

2.1.3 Área de Desembarque

A área destinada ao desembarque e restituição de bagagens possui dimensões que atendem as necessidades do terminal. Segundo consta, a área de desembarque conta com duas esteiras de restituição de bagagens (PAMPULHA JÁ, 2020) e no ano de 2013 passou por readequações visando agilizar o processo de desembarque dos passageiros chegando a capital mineira.

Foto 5 - Área de Desembarque (esteira de restituição de bagagem).

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2.1.4 Pista de Pousos e Decolagens e Patios de Manobras

O ROTAER (2020) informa que a pista de pousos e decolagens do aeroporto da Pampulha opera 24 horas por dia (H24) e possui 2.364 metros de comprimento por 45 metros de largura, asfaltada e com todos auxílios de luzes e navegação necessários para operação noturna e IFR.

O pátio de aeronaves número 01 (Sul) localizado de frente para o terminal de passageiros possui 8 posições de parada para aeronaves comerciais de médio porte e um tamanho de 39.310 metros². Além do pátio 1, ainda existe o pátio 2 (Norte) com capacidade para 43 aeronaves e um tamanho de 53.500 metros² (INRAERO, 2020).

Foto 6 - Aproximação pela cabeceira 13.

Fonte: Site Pampulha Já (2020).

Foto 7 - Vista de toda extensão da área do aeroporto da Pampulha.

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O Aeroporto da Pampulha PLU/SBBH possui Seção de Combate a Incêndio adequada, serviço de abastecimento de querosene (JET A1) e gasolina (AVGAS) de aviação.

Segundo o DECEA (2020), para a realização de pousos sob regras de voo por instrumento (IFR), a Pampulha possui procedimentos de não-precisão Localizador e RNAV para ambas cabeceiras. Para realização de decolagens o aeroporto conta com saídas IFR (SID) para ambas cabeceiras.

Todos estes procedimentos tornam as operações mais seguras e menos susceptíveis a interferências climáticas. Cabe ressaltar que o aeroporto ainda não possui em nenhuma de suas cabeceiras um sistema de pouso de precisão como o ILS.

2.2 DEMANDA DE TRANSPORTE AÉREO REGIONAL NO ESTADO DE MINAS GERAIS

Segundo o IBGE (2019), com 853 municípios, Minas Gerais é o estado com o maior número de municípios do Brasil, população de 21.168.791 habitantes, e um território de 586.521,123 km². “O PIB (Produto Interno Bruto) mineiro para 2019 foi estimado em R$ 632 bilhões, o que equivale a 8,7% do PIB brasileiro, calculado pelo IBGE em R$ 7,256 bilhões” (JORNAL HOJE EM DIA, 2020).

O plano inicial da ALPS Linhas Aéreas é atender diariamente as principais cidades do interior de Minas Gerais. O critério de escolha para as cidades leva em consideração o tamanho da sua população, a distância da capital Belo Horizonte, a infraestrutura aeroportuária existente e o nível econômico da região onde se localiza o município.

Diante dos fatos, Montes Claros, Uberlândia, Uberaba, Ipatinga, Governador Valadares, Juiz de Fora foram escolhidas para serem atendidas pela ALPS Linhas Aéreas.

Cabe destacar que as cidades mineiras de Diamantina, São João Del Rei, Poços de Caldas, Patos de Minas, Araxá e Varginha estão no radar da ALPS para um futuro crescimento do número de rotas.

2.2.1 Montes Claros

A cidade de Montes Claros está localizada no norte de Minas Gerais. Segundo o IBGE (2019), possui uma população de 409.341 habitantes, sendo o sexto município mais

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populoso do estado. A distância de Montes Claros à Belo Horizonte por via terrestre é de 420 km seguindo pela BR 135 (GOOGLE MAPS, 2020).

O aeroporto de Montes Claros – Mário Ribeiro (IATA: MOC, ICAO: SBMK) segundo a INRAERO (2020) possui capacidade para atender 500 mil passageiros por ano. Possui uma pista com dimensões de 2.100 metros de comprimento por 45 metros de largura.

No ano de 2018, o aeroporto de Montes Claros movimentou 227.036 passageiros (AVIAÇÃO BRASIL, 2019). Atualmente, nenhuma empresa aérea opera na rota Montes Claros para o Aeroporto da Pampulha, porém a Azul Linhas aéreas opera diariamente para o aeroporto internacional de Confins, assim como a companhia Aérea GOL opera diariamente para o aeroporto de Guarulhos.

Economicamente, Montes Claros se destaca na sua região. Segundo o IBGE (2017), possui um PIB per capita de R$ 22.302,13 totalizando R$ 9,1 bilhões e um IDHM (2010) de 0,770. Segundo a Prefeitura de Montes Claros (2020), entre as indústrias cabe destacar a maior fábrica de leite condensado do mundo (Nestlé), uma das três fábricas de insulina da América Latina (NOVONORDISK, antiga BIOBRÁS) atualmente, uma das mais modernas fábricas têxtis (COTENOR) e a quinta maior fábrica de cimento do Brasil (LAFARGE, antiga MATSULFUR).

2.2.2 Uberlândia

A cidade de Uberlândia está localizada no sul de Minas Gerais, região conhecida como triângulo mineiro. Segundo o IBGE (2019), possui uma população de 691.305 habitantes, sendo o segundo município mais populoso do estado. A distância de Uberlândia até Belo Horizonte por via terrestre é de 543 km seguindo pela BR 452 e BR 262 (GOOGLE MAPS, 2020).

O aeroporto de Uberlândia – Ten. Cel. Aviador Cezar Bombonato (IATA: UDI, ICAO: SBUL) segundo a INRAERO (2020) possui capacidade para atender 2,4 milhões de passageiros por ano, e possui uma pista com dimensões de 2.100 metros de comprimento por 45 metros de largura.

No ano de 2018, o aeroporto de Uberlândia movimentou 1.104.253 passageiros (AVIAÇÃO BRASIL, 2019). Atualmente, nenhuma empresa aérea opera na rota Uberlândia para o Aeroporto da Pampulha, porém a Azul Linhas aéreas opera diariamente para o aeroporto internacional de Confins, assim como a companhia Aérea GOL, LATAM e

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Passaredo operam diariamente para o aeroporto de Guarulhos, Congonhas, Ribeirão Preto e Brasília.

Economicamente, Uberlândia se destaca na região do triângulo mineiro. Segundo o IBGE (2017), possui um PIB per capita de R$ 50.548,78 totalizando R$ 34,9 bilhões e um IDHM (2010) de 0,789. Segundo o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (2020), entre as indústrias localizadas na cidade, cabe destacar a Cargill Agrícola, Casas Bahia, Algar Telecom (antiga CTBC), Monsanto, Petrobras, Sadia, Souza Cruz e Coca-Cola. Existem também em Uberlândia, um centro de distribuição e uma fábrica da AmBev planejada para ser a maior do mundo.

2.2.3 Uberaba

A cidade de Uberaba está localizada no sul de Minas Gerais, formando junto com suas cidades vizinhas Uberlândia e Araxá, a região conhecida como triângulo mineiro. Segundo o IBGE (2019), possui uma população de 333.783 habitantes sendo o oitavo município mais populoso do estado. A distância de Uberaba até Belo Horizonte por via terrestre é de 483 km seguindo pela BR 262 (GOOGLE MAPS, 2020).

O aeroporto de Uberaba – Mario de Almeida Franco (IATA: UBA, ICAO: SBUR) segundo a INRAERO (2020) possui capacidade para atender 1,7 milhões de passageiros por ano, e possui uma pista com dimensões de 1.759 metros de comprimento por 45 metros de largura. Teve um movimento em 2019 de 76.516 passageiros (HORUS, 2020), porém no ano de 2014, quando ainda recebia voos diretamente da Pampulha, obteve uma movimentação de 141.630 passageiros. Atualmente nenhuma empresa aérea opera na rota Uberaba para o Aeroporto da Pampulha, porém a Azul Linhas aéreas opera diariamente para o aeroporto internacional de Confins.

Economicamente, Uberaba se destaca na região do triângulo mineiro e segundo o IBGE (2017), possui um PIB per capita de R$ 40.066,32 totalizando R$ 13,3 bilhões e um IDHM (2010) de 0,772. Segundo o BDMG - Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (2020), a cidade é o principal polo produtor de fertilizantes fosfatados (adubos) do Brasil. A produção dessa commodity é realizada primordialmente pela empresa estadunidense Mosaic com operações em Uberaba, Tapira, Patrocínio e Araxá. Além de fertilizantes, Uberaba conta com várias plantas fabricantes de agroquímicos, como a da FMC Química do Brasil Ltda. Uberaba também é conhecida como a capital mundial do Zebu, o título foi dado a Uberaba

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por se tornar um local de referência na criação, comercialização e desenvolvimento genético da raça indiana — que foi introduzida na cidade no fim do século XIX.

2.2.4 Ipatinga

A cidade de Ipatinga está localizada no leste de Minas Gerais. Segundo o IBGE (2019), possui uma população de 263.420 habitantes sendo o décimo município mais populoso do estado. A distância de Ipatinga até Belo Horizonte por via terrestre é de 221 km seguindo pela BR 381 (GOOGLE MAPS, 2020).

O aeroporto de Ipatinga (IATA: IPN, ICAO: SBIP) localizado na cidade vizinha de Santana do Paraíso segundo a SOCICAM (2020), concessionária que administra o aeroporto, possui capacidade para atender 150 mil passageiros por ano, e possui uma pista com dimensões de 2.004 metros de comprimento por 45 metros de largura. A ANAC (2020) informa que o aeroporto teve um movimento, em 2019, de 110.400 passageiros. Atualmente, nenhuma empresa aérea opera na rota Ipatinga para o Aeroporto da Pampulha, porém a Azul Linhas Aéreas opera diariamente para o aeroporto internacional de Confins.

Economicamente, Ipatinga se destaca, sendo a principal cidade da região metropolitana do vale do aço, junto com Coronel Fabriciano, Santana do Paraíso e Timóteo. Segundo o IBGE (2017), possui um PIB per capita de R$ 36.993,39 totalizando R$ 9,7 bilhões e um IDHM (2010) de 0,771. A Prefeitura de Ipatinga (2020) destaca que a principal atividade econômica da cidade está diretamente relacionada a empresa siderúrgica USIMINAS, uma das maiores do mundo no seu setor.

2.2.5 Governador Valadares

A cidade de Governador Valadares está localizada no leste de Minas Gerais no vale do Rio Doce. Conhecida como a capital mundial do voo livre (PREFEITURA DE VALADARES, 2020), segundo o IBGE (2019) possui uma população de 279.885 habitantes, sendo o nono município mais populoso do estado. A distância de Ipatinga até Belo Horizonte por via terrestre é de 314 km seguindo pela BR 381 (GOOGLE MAPS, 2020).

O aeroporto de Governador Valadares – Coronel Altino Machado (IATA: GVR, ICAO: SBGV) segundo a Administração do Aeroporto (2020) possui um terminal com capacidade para atender 200 mil passageiros por ano, e possui uma pista com dimensões de 1.700 metros de comprimento por 30 metros de largura. A ANAC (2020) informa que o

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aeroporto teve um movimento, em 2019, de 54.200 passageiros, porém no ano de 2014, quando ainda existiam voos procedentes da Pampulha, o aeroporto atingiu a quantidade de 100.092 (HORUS, 2020) passageiros. Atualmente, nenhuma empresa aérea opera na rota Governador Valadares para o Aeroporto da Pampulha, porém a Azul Linhas aéreas opera diariamente para o aeroporto internacional de Confins.

Economicamente, Governador Valadares se destaca na região do Vale do Rio Doce. Segundo o IBGE (2017), possui um PIB per capita de R$ 20.957,34 totalizando R$ 5,8 bilhões e um IDHM (2010) de 0,727. Com forte presença do setor de comércio e serviços, representando metade do PIB municipal, destacasse também a extração de eucalipto e o turismo devido a rampa de voo livre localizada no pico do Ibituruna, considerada uma das melhores áreas de voo livre do mundo, sediando no passado (2019) etapas do mundial de voo a vela.

Segundo o BDMG - Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (2020), as principais atividades econômicas do município são: beneficiamento de produtos regionais, extração de madeira, mica e pedras semipreciosas.

2.2.6 Juiz de Fora

A cidade de Juiz de Fora está localizada no sudeste de Minas Gerais. Segundo o IBGE (2019), possui uma população de 568.873 habitantes sendo o quarto município mais populoso do estado. A cidade está localizada em uma região estratégica conhecida como Zona da Mata, entre Belo Horizonte e a cidade do Rio de Janeiro. A distância de Juiz de Fora até Belo Horizonte por via terrestre é de 262 km seguindo pela BR 040 (GOOGLE MAPS, 2020). O aeroporto da Zona da Mata – Presidente Itamar Franco (IATA: IZA, ICAO: SBZM) segundo a SOCICAM (2020), concessionária do aeroporto da Zona da Mata, possui capacidade para atender 750 mil passageiros por ano, e possui uma pista com dimensões de 2.525 metros de comprimento por 45 metros de largura. O aeroporto teve um movimento, em 2019, de 151.506 passageiros (HORUS, 2020). Atualmente, nenhuma empresa aérea opera voos regulares ligando Juiz de Fora a Belo Horizonte. A AZUL opera diariamente para a Campinas, e a GOL opera para o aeroporto de Congonhas em São Paulo.

Economicamente, Juiz de Fora se destaca na região da Zona da Mata. Segundo o IBGE (2017), possui um PIB per capita de R$ 28.355,07 totalizando R$ 16,1 bilhões e um IDHM (2010) de 0,778. Segundo o BDMG - Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (2020), as principais atividades econômicas do município estão no setor de comércio e

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serviços, totalizando aproximadamente 45 mil micros e pequenas empresas. Tendo relevância também a indústria têxtil e confecções (quarta colocação no estado de Minas Gerais), e montagem de veículos (com a fábrica da Mercedes Benz).

2.3 PLANO DE NEGÓCIO PARA UMA EMPRESA AÉREA REGIONAL NO AEROPORTO DA PAMPULHA

A ALPS Linhas Aéreas surgirá da necessidade e anseios da população belo-horizontina por ligações conectando o Aeroporto da Pampulha com as principais cidades mineiras e capitais vizinhas,

A ALPS Linhas Aéreas será constituída por uma sociedade de investidores e trabalhará no modelo de gestão LOW COST, buscando um serviço de qualidade e pontualidade somados a uma gestão comprometida em altos padrões de segurança e sustentabilidade do negócio.

A ALPS Linhas Aéreas terá como foco das suas operações o terminal do aeroporto da Pampulha, buscando atender a população de Belo Horizonte que deseja se deslocar para o interior do estado e vice-versa. Estes passageiros se dividirão em turistas e executivos de grandes empresas.

A ideia de investir em uma empresa aérea regional no Aeroporto da Pampulha ocorreu devido a não existência na atualidade de nenhuma empresa aérea prestando este serviço. O terminal de passageiros possui uma capacidade ociosa que possibilitaria a movimentação de 2 milhões de passageiros por ano com total conforto e comodidade aos usuários do serviço.

Vale destacar também que no entorno do aeroporto existem diversas oficinas homologadas pela ANAC a prestar apoio aos serviços complexos de manutenção necessárias para a aeronave escolhida pela ALPS operar em total segurança, facilitando toda a cadeia logística de manutenção da empresa.

2.3.1 Missão da ALPS Linhas Aéreas

Introduzir um serviço de alto desempenho e pontualidade a um preço justo e competitivo buscando fidelizar o mercado de turismo, lazer e negócios. Manter o foco no mercado regional buscando soluções inteligentes aos nossos clientes.

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Figura 1 - Logomarca da ALPS Linhas Aéreas.

Fonte: Autoria própria.

2.3.2 Conceito da Empresa

Empresa Aérea Regional de conceito LOW COST (Baixo Custo) moldada pelas seguintes metas de redução de custos:

· Operação com somente com um modelo de aeronave para baratear custos com manutenção e treinamento de tripulantes;

· Otimização da aeronave e tripulação para voar o máximo possível por dia (tempo de solo de no máximo 20 min entre etapas);

· Aeronaves com baixo consumo médio de combustível;

· Abastecimento econômico onde for possível fora de Belo Horizonte;

· Contratos de abastecimento de longo prazo e baixo preço em todas bases de operação;

· Aeronaves operadas em configuração máxima de passageiros;

· Distribuição somente de água e um lanche simples a bordo dos voos comerciais antes da decolagem (não utilização de troller para comissária, diminuindo o peso a bordo);

· Comissários de voo com função acumulada na limpeza de cabine entre etapas e recepção dos passageiros nos portões de embarque;

· Inexistência de conexões entre os voos, evitando assim atrasos e perdas de voos, ocasionando multas e indenizações;

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· Voos partindo e chegando sempre em Belo Horizonte (Pampulha), evitando o máximo possível despesas com diárias de alimentação, diárias de hotéis e transporte para tripulantes;

· Terceirização de diversos serviços não essenciais como call center, rampa, limpeza, catering e manutenção de componentes das aeronaves.

2.3.3 Especificações da Aeronave Escolhida

A aeronave escolhida para compor a frota da ALPS Linhas Aéreas é o ATR-72 500. Esta aeronave é consagrada mundialmente por altos índices de segurança e baixo custo de operação.

Inicialmente, o plano é de trazer dois ATR-72 500 em bom estado de uso.

Figura 2 - ATR-72 500.

Fonte: ATR (2007).

Os ATR-72 500 da ALPS Linhas Aéreas serão todos em configuração de alta densidade, com capacidade para 74 passageiros e espaço entre as poltronas de 29 polegadas, otimizando ao máximo a capacidade de transporte de passageiros da aeronave.

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Figura 3 - Configuração Interna.

Fonte: ATR (2007).

Segundo a ATR (2020), os ATR-72 500 possuem um baixo consumo de combustivel, aproximadamente 700 kg (850 litros) por hora os dois motores na primeira hora de voo (regime de decolagem e subida), após nivelamento em cruzeiro seu consumo cai para aproximadamente 600 kg (730 litros) por hora ou até menos dependendo do nivel de voo que se encontra voando.

O ATR-72 500 possui uma excelente performance para se efetuar pousos e decolagens em pistas relativamente curtas. A Figura 4 fornecida pela fabricante da aeronave mostra que decolando ao nível do mar, com peso máximo de decolagem, o ATR-72 500 utilizaria 1.290 metros de pista. Durante o pouso o ATR 72 500 necessitaria de 1.067 metros para parar completamente. Estas distancias são totalmente compativeis com as pistas onde se pretende operar.

Figura 4 - Performance de Pouso e Decolagem.

Fonte: ATR (2007).

O custo operacional da hora de voo do ATR-72 500 é estimado, hoje, em U$ 1.842,08 (R$ 10.131,44, dólar a R$ 5,50) incluindo custos fixos e variáveis para uma aeronave voando uma média de 200 horas por mês (AIRCRAT COST CALCULATOR, 2020).

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2.3.4 Fontes de Receitas

A empresa buscará fontes de receitas em diversos meios pautados pela ética e compostura dignas de uma empresa que quer se perpetuar na aviação regional brasileira. As receitas serão oriundas de:

· Venda de passagens em diversos canais de compra; · Fretamento de Aeronaves;

· Contratos com empresas;

· Contratos com os Correios para transporte de cargas da rede postal noturna; · Transporte de cargas de pequeno e médio porte entre as cidades atendidas; · Campanhas publicitarias estampadas nas aeronaves;

· Adesivagem externa da fuselagem;

· Adesivagem interna nos encostos de poltrona e portas dos bagageiros; · Anúncios na revista publicada mensalmente a bordo das aeronaves.

2.3.5 Compra de Passagens

A empresa realizará uma campanha agressiva de venda de passagens nos primeiros meses de operação, realizando promoções e vendas de pacotes. O intuito será o cliente conhecer o serviço da ALPS Linhas Aéreas.

Para que estas vendas ocorram será disponibilizada a venda de passagens em diversos canais como no próprio website da empresa, com opções de pagamento em todas bandeiras de cartões de crédito, cartões de débito e boleto bancário, com possibilidade de pagamento parcelado. Existirá também a opção de vendas pelo telefone 0800 (via call center).

A ALPS contará com agências de turismo parceiras em todas cidades atendidas e cidades vizinhas. Outra ação a ser tomada será a instalação de quiosques de vendas em pontos estratégicos nas cidades atendidas pela empresa, como shoppings centers, centros comerciais e pontos movimentados. Por fim, a empresa também disponibilizará balcões de venda nos terminais dos aeroportos.

Apesar de não haver concorrentes diretos decolando e pousando no aeroporto da Pampulha, os valores de tarifas a serem cobrados pelos trechos operados pela ALPS Linhas Aéreas serão constantemente monitorados da concorrência que opera no aeroporto vizinho de Confins.

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2.3.6 Ações de Marketing

Nos primeiros meses de operação, na tentativa de consolidar a marca junto ao público alvo da ALPS Linhas Aéreas, uma forte campanha publicitaria será executada em diversos meios de comunicação. Para isso, será contratada uma agência de publicidade e propaganda para gerir melhor este recurso. Dentre as ações previstas, vale destacar a identidade visual da empresa, a pintura das aeronaves, ações de patrocínio a eventos esportivos e recreativos, assim com voos promocionais com a comunidade aeronáutica.

Figura 5 - Imagem da pintura proposta para o ATR-72 500 da ALPS.

Fonte: Autoria própria.

2.3.7 Canais de Propaganda

A agência de publicidade responsável pelo marketing da empresa atuará com propagandas da empresa em diversos canais como websites e redes sociais da ALPS, jornais e revistas estaduais, outdoors com promoções e exposição das rotas em todas as cidades atendidas e cidades vizinhas, localizados em pontos estratégicos, panfletagem nas cidades atendidas e vizinhas, comerciais nas principais rádios das cidades atendidas e cidades vizinhas, comerciais em TV exibidos pontualmente em horário nobre em âmbito regional, além de forte companha de vendas em todas agências de turismo parceiras.

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2.3.8 Estrutura Organizacional

A empresa possui como elemento principal de sua estrutura seu Presidente, responsável por toda estrutura da empresa aérea e administração geral, exercendo as funções típicas do cargo, definidas no contrato social, primando por segurança, qualidade, e cumprimento das normas estabelecidas.

A confiabilidade da empresa está intimamente ligada ao desempenho de seu administrador geral e sua diretoria. O presidente será o principal interlocutor entre a direção da empresa e o grupo de investidores.

Direção: Nossa Diretoria seguirá os preceitos estabelecidos na RBAC 119 Emenda 07, IS 119-001 F, para empresas enquadradas no RBAC 121.

119.65 – Pessoal de administração requerido para operações conduzidas segundo o RBAC 121:

· Diretor ou Gerente de Segurança Operacional; · Diretor ou Gerente de Operações;

· Piloto Chefe;

· Diretor ou Gerente de Manutenção; · Inspetor Chefe;

· Gestor responsável da empresa aérea (Presidente).

Além destes cargos, a empresa contará com uma equipe de funcionários especializados que servirão de suporte a nossas operações. Suas experiências tanto no setor administrativo como na indústria do transporte aéreo nos permitirão executar nosso trabalho dentro do planejado.

Manutenção: As empresas que iremos firmar os contratos são devidamente homologadas pela ANAC, selecionadas segundo critérios técnicos adequados aos nossos equipamentos. Os serviços de manutenção preventiva e de rotina seguirão as normas previstas pela ANAC e pelo fabricante, sendo supervisionados e planejados pelo Diretor de Manutenção e sua equipe, selecionados entre profissionais qualificados e experientes.

Despacho operacional: Será montado um CCO (Centro de Controle Operacional) na sede da empresa onde atuarão profissionais com experiência prévia no mercado. No CCO teremos trabalhando em conjunto a Execução de Escala, Manutenção (trouble shuttle), DOV e Logística de tripulantes.

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Handling: Utilização inicialmente de empresas prestadoras de serviços

homologadas enquanto nossa equipe deste setor estiver em formação em todas as bases de operação.

Staff de Terra: Outra importante variante para a boa prestação de serviço é uma

equipe de terra bem treinada e harmoniosa. O staff da ALPS contará com pessoal em lojas nos aeroportos e, principalmente, uma estrutura de Call Center e atendimento online (via web).

Vendas: O foco principal será a venda online, estimulando nossos clientes e parceiros comerciais de viagens a adquirirem assentos em nossos voos diretamente no site da ALPS Linhas Aéreas.

Catering: Optamos por padrão de qualidade no serviço de bordo simples e

reduzido atendendo às necessidades dos passageiros para etapas de curta duração. Será oferecido por empresas terceirizadas e licenciadas.

Tripulação: A tripulação contará com profissionais de longa experiência na área de aviação regional, sendo dada preferência inicialmente a comandantes com habilitação no ATR-72. Será dada oportunidade a Copilotos e Comissários de bordo sem experiência no ATR-72.

Manutenção: O critério utilizado na área operacional será o mesmo em relação à manutenção, utilizando profissionais experientes e qualificados, em conformidade com a legislação. O padrão de manutenção na aeronave seguirá toda a orientação imposta pelo fabricante – ATR, no que diz respeito ao cumprimento de boletins técnicos, trocas de componentes e treinamento de Engenheiros e Mecânicos.

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2.3.9 Rotas Previstas

Figura 6 - Mapa de Rotas.

Fonte: Autoria Própria.

A ALPS Linhas Aéreas pretende inicialmente operar as rotas apresentadas no mapa acima. Fazendo parte do conceito de LOW COST adotado pela empresa, todos os voos começam e terminam no aeroporto da Pampulha diariamente, evitando gastos com hotel, diárias de alimentação e transporte para a tripulação pernoitando fora de Belo Horizonte.

Outras cidades dentro do estado de Minas Gerais, como Diamantina, São João Del Rei, Poços de Caldas, Patos de Minas, Araxá e Varginha serão analisadas em um futuro plano de expansão das rotas existentes.

Com uma frota inicial de dois ATR-72 500 configurados para 74 passageiros, a ALPS pretende operar nos dias e horários dos quadros abaixo, cada quadro representando uma aeronave.

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Quadro 1 - Aeronave 1

SEG TER QUA QUI SEX SAB DOM De Para LT LT F/T Trans

1 2 3 4 5 Pampulha (PLU) Uberaba (UBA) 06:00 07:10 01:10 00:20

1 2 3 4 5 Uberaba (UBA) Uberlândia (UDI) 07:30 08:00 00:30 00:20

1 2 3 4 5 Uberlândia (UDI) Pampulha (PLU) 08:20 09:40 01:20 00:30

1 2 3 4 5 Pampulha (PLU) Montes Claros (MOC) 10:10 11:10 01:00 00:20 1 2 3 4 5 Montes Claros -

MOC Pampulha (PLU) 11:30 12:30 01:00 01:30

1 2 3 4 5 Pampulha (PLU) G. Valadares (GVR) 14:00 14:50 00:50 00:20

1 2 3 4 5 G. Valadares (GVR) Pampulha (PLU) 15:10 16:00 00:50 01:10

1 2 3 4 5 Pampulha (PLU) Montes Claros (MOC) 17:10 18:10 01:00 00:20 1 2 3 4 5 Montes Claros

(MOC) Pampulha (PLU) 18:30 19:30 01:00 00:30

1 2 3 4 5 Pampulha (PLU) Ipatinga (IPN) 20:00 20:40 00:40 00:20

1 2 3 4 5 Ipatinga (IPN) Vitória (VIX) 21:00 21:50 00:50 00:30

1 2 3 4 5 Vitória (VIX) Ipatinga (IPN) 22:20 23:10 00:50 00:20

1 2 3 4 5 Ipatinga (IPN) Pampulha (PLU) 23:30 00:10 00:40 ---

Fonte: Autoria própria.

Quadro 2 - Aeronave 2

Seg Ter Qua Qui Sex Sab Dom De Para LT LT F/T Trans

1 2 3 4 5 Pampulha (PLU) Ipatinga (IPN) 06:20 07:00 00:40 00:20

1 2 3 4 5 Ipatinga (IPN) Vitória (VIX) 07:20 08:10 00:50 00:30

1 2 3 4 5 Vitória (VIX) Ipatinga (IPN) 08:40 09:30 00:50 00:20

1 2 3 4 5 Ipatinga (IPN) Pampulha (PLU) 09:50 10:30 00:40 00:30

1 2 3 4 5 Pampulha (PLU) Juiz de Fora (IZA) 11:00 11:40 00:40 00:20

1 2 3 4 5 Juiz de Fora (IZA) Pampulha (PLU) 12:00 12:40 00:40 01:20

1 2 3 4 5 Pampulha (PLU) Uberaba (UBA) 14:00 15:10 01:10 00:20

1 2 3 4 5 Uberaba (UBA) Uberlândia (UDI) 15:30 16:00 00:30 00:20

1 2 3 4 5 Uberlândia (UDI) Pampulha (PLU) 16:20 17:40 01:20 01:20

1 2 3 4 5 Pampulha (PLU) Juiz de Fora (IZA) 19:00 19:40 00:40 00:20

1 2 3 4 5 Juiz de Fora (IZA) Rio de Janeiro (SDU) 20:00 20:50 00:50 00:30

1 2 3 4 5 Rio de Janeiro (SDU) Juiz de Fora (IZA) 21:20 22:10 00:50 00:20

1 2 3 4 5 Juiz de Fora (IZA) Pampulha (PLU) 22:30 23:10 00:40 ---

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Com uma frota de duas aeronaves, não está prevista a realização de voos regulares nos dias de sábado e domingo. Estes dias serão utilizados para manutenção das aeronaves. Caso alguma aeronave não sofrer nenhuma manutenção programada, a mesma será disponibilizada para realização de fretamentos.

2.3.10 Constituição de Capital e Investimento Inicial

2.3.10.1 Constituição de capital

A empresa será de capital fechado, proveniente de investidores aportando dinheiro próprio, não podendo ser fruto de empréstimos bancários. O capital necessário para investimento inicial é previsto em U$ 5.000.000,00 (cinco milhões de dólares), sendo esta quantia disponibilizada a partir de investidores comprometidos com o planejamento de crescimento da empresa.

A proposta inicial é buscar investidores interessados em adquirir uma cota de participação na empresa. O capital da empresa será dividido em 10 cotas no valor de U$ 500.000,00 (quinhentos mil dólares), cada cota. Uma cota representará 10% do capital da empresa sendo que cada investidor poderá adquirir no máximo duas cotas.

2.3.10.2 Investimento pré-operacional Tabela 2 – Integralização de Capital.

Fonte: ERA Consultoria Aeronáutica (2020).

Com a publicação da Portaria de Autorização de Funcionamento Jurídico, a empresa pretende em até 210 dias (7 meses) integralizar U$ 1.500.000,00 (hum milhão e quinhentos mil dólares), correspondentes 30% do Capital Social.

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Tabela 3 – Custos e Impostos Pré-operacionais.

Fonte: ERA Consultoria Aeronáutica (2020).

Segundo a ERA Consultoria Aeronáutica (2020) os custos e impostos incidentes no período pré-operacional somam uma quantia de aproximadamente U$ 1.414.150,00 (um milhão, quatrocentos e quatorze mil, cento e cinquenta dólares), sendo U$ 1.366.175,00 (um milhão, trezentos e sessenta e seis mil, cento e setenta e cinco dólares) em custos diretos, indiretos e despesas operacionais e mais U$ 47.975,00 (quarenta e sete mil, novecentos e setenta e cinco dólares) em impostos.

Cabe destacar que no quinto mês de desenvolvimento da empresa será necessário o gasto de U$ 180.000,00 (cento e oitenta mil dólares) para realização do leasing (arrendamento) de uma aeronave. Neste valor, está inclusa a antecipação de três meses de

leasing, pedido como garantia pelo lessor. O leasing médio de um ATR-72 500 hoje está em

aproximadamente U$ 60.000,00 (sessenta mil dólares) mensais.

Durante a fase pré-operacional da ALPS, somente uma aeronave será encomendada junto ao lessor para diminuição dos custos. Após autorização do COA, a segunda aeronave chegara a ALPS Linhas Aéreas.

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2.3.11 Cronograma De Tarefas Previsto

2.3.11.1 Obtenção da portaria jurídica (1ª fase)

Após a publicação da Portaria Jurídica, a empresa estará habilitada para solicitar a emissão do CNPJ, e outros documentos. Deverá durante esta fase designar sua sede social e sede operacional, identificar os sócios (cotistas) e integralizar o capital a ser investido.

2.3.11.2 Processo de certificação da empresa (2ª fase)

O processo de certificação de empresa de transporte aéreo para a obtenção do Certificado de Operador Aéreo – COA, adotado pela ANAC (2020), possui cinco fases.

Fase 1 – Solicitação prévia; Fase 2 – Solicitação formal;

Fase 3 – Avaliação de documentos; Fase 4 – Demonstrações e inspeções; e Fase 5 – Certificação.

2.3.11.3 Contratação e treinamento (3ª fase)

Após a aprovação dos manuais de treinamentos junto a ANAC, a empresa poderá iniciar o treinamento dos tripulantes técnicos (pilotos), tripulantes comercias (comissários), mecânicos e pessoal de solo para a fase pré-operacional da empresa.

· Tripulantes Técnicos (Pilotos)

Serão contratados 05 comandantes (salário básico já incluído 20% compensação orgânica - R$ 9.400,00 (SNA, 2020) + 30% periculosidade + Km voado + diárias de alimentação) incluindo o Diretor de Operações e o Piloto Chefe.

05 copilotos (salário básico já incluído 20% compensação orgânica - R$ 4.900,00 (SNA, 2020) + 30% periculosidade + Km voado + diárias de alimentação) incluindo o Gerente de Segurança Operacional (GSO).

O tempo previsto de treinamento para os pilotos em sala de aula (Ground School) e simulador é de 60 dias, simulador será realizado em centro de treinamento fora do Brasil.

· Tripulantes Comerciais (Comissários)

Serão contratados 10 comissários com salário básico já incluído 20% compensação orgânica – R$ 2.277,43 (SNA, 2020) + 30% periculosidade + Km voado +

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diárias de alimentação, neste número de contratados está incluso o chefe dos comissários. O tempo previsto de treinamento em sala de aula é de até 30 dias.

· Mecânicos

Serão contratados 05 mecânicos com salário básico já incluído 20% de compensação Orgânica – R$ 3.416,15 (SNA, 2020) + 30% periculosidade, neste número de contratados está incluso o inspetor chefe. O tempo previsto de treinamento é de até 30 dias.

· Pessoal de solo

Quantidade ainda a ser definida. Período de treinamento de até 30 dias.

2.3.11.4 Aeronave (4ª fase)

Deverá ser solicitado a autorização para a importação da aeronave. Para isso, a empresa deverá constar no RADAR da Receita Federal. A vistoria na aeronave é obrigatória e deverá ser feita onde se encontra a aeronave.

Em caso da aeronave estiver no exterior, além dos emolumentos previstos, a empresa deverá arcar com as passagens, hospedagem do inspetor da ANAC. Deve ser levado em consideração a contratação de Despachante Aduaneiro para o desembaraço da aeronave.

Após as vistorias e aprovação para a importação, a aeronave deverá estar disponível para os treinamentos e as inspeções de solo dos tripulantes. A aeronave deverá estar disponível com antecedência de aproximadamente 50 dias do primeiro voo.

2.3.11.5 Fim do processo (5ª fase)

Emissão do Certificado de Operador Aéreo – COA e das Especificações Operativas – EO, publicados no Diário Oficial da União.

Previsão para se efetuar o primeiro voo em março de 2021.

2.3.12 Estudo de Viabilidade

Tabela 4 - Quantidade de Aeronaves Previstas na Frota.

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Tabela 5 - Quantidade de Assentos Ofertados.

Fonte: Autoria Própria.

A quantidade de assentos ofertados por mês foi encontrada pela multiplicação do número de etapas de cada aeronave por dia (1.332 assentos ofertados por dia) pelo número de dias do mês que as aeronaves voarão, em etapas com escala no meio do caminho somente uma etapa foi computada (74 assentos).

Tabela 6 - Previsão de Assentos Vendidos.

Fonte: Autoria Própria.

Foi levado em consideração uma taxa de ocupação de assentos de 60% no ano de 2021 e de 70% no ano de 2022.

2.3.13 Planejamento Estratégico de Médio Prazo (6 anos)

Conforme mostrado anteriormente, o planejamento inicial do primeiro ano é de fazer leasing de uma aeronave ATR-72-500 usada, configurada para 74 passageiros, com boa quantidade de horas e ciclos disponíveis e homologada para operações RNAV. Com esta primeira aeronave a ALPS deverá efetuar todo o processo de homologação da empresa junto a ANAC e iniciar as operações, 5 tripulações completas serão contratadas. Antes do início das operações regulares, pretende-se contratar a segunda aeronave ATR 72 500 assim como mais 5 tripulações, chegando a um total de 10 tripulações.

Operando com dois ATR 72-500, o foco inicial da ALPS será as cidades de maior demanda do estado, como Montes Claros, Uberlândia, Uberaba, Ipatinga, Governador Valadares e Juiz de Fora, assim como as capitais Rio de Janeiro e Vitória.

O planejamento inicial é encerrar o primeiro (2021) e o segundo ano (2022) de operações com duas aeronaves em operação e com a marca da ALPS consolidada no aeroporto da Pampulha.

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A partir da metade do segundo ano de operações, os tripulantes começarão a entrar de férias. Para isso ocorrer de forma ordenada e planejada, mais 5 tripulações serão contratadas. Pretende-se também investir em estoque de suprimentos de manutenção para as aeronaves (um conjunto de rodas do trem de pouso principal, um conjunto de rodas do trem de pouso do nariz, um conjunto de freio, baterias principal e de emergência, um

starter/gerador, um gerador ACW, garrafa de oxigênio dentre outros), e também montar a

estrutura completa para manutenção no aeroporto da Pampulha com toda ferramentaria de manutenção necessária.

A terceira e quarta aeronaves deverão ser contratadas logo no início do terceiro ano de operações (2023). Estas aeronaves atenderão as cidades de Diamantina, São João Del Rei, Patos de Minas, Poços de Caldas, Varginha e Araxá, que também serão utilizadas para realização de voos de fretamento e ampliação das frequências já realizadas, para isso mais 10 tripulações serão contratadas em 2023.

O planejamento inicial é encerrar o terceiro ano de operações com quatro aeronaves em operação. A previsão é estar atendendo 14 destinos e ter no quadro de funcionários da empresa 25 tripulações.

Para o quarto ano de operações (2024), a empresa pretende trazer mais aeronaves e iniciar novas rotas. Com a chegada da quinta aeronave, cidades como Goiânia, Ribeirão Preto, Vitória da Conquista, Macaé, Campos dos Goytacazes e Resende serão atendidas. Para isso, haverá a necessidade de contratação de mais 5 tripulações. Passados mais seis meses, uma sexta aeronave será contratada no mercado buscando aumentar o número de frequências nas cidades já atendidas e com melhor taxa de ocupação, esta sexta aeronave poderá ser da versão Quick Change (Rápida Mudança) para realização de voos cargueiros junto a rede postal noturna. Com isso, mais 5 tripulações serão contratadas, chegando ao final do segundo ano de operações com um total de 35 tripulações, um total de 20 cidades atendidas e 6 ATR 72-500 na frota.

O quinto ano de operações (2025) da empresa se iniciará com novos desafios, buscando otimizar o máximo possível a escala dos tripulantes. Assim como a frota de aeronaves, uma sétima aeronave deverá ser contratada no início do quinto ano de operações para suprir paradas mais longas de manutenção pesada das primeiras aeronaves a ingressarem na frota. Novos quadros de mecânicos deverão ser contratados, assim como novas tecnologias deverão ser introduzidas nas aeronaves como a instalação de EFB em toda frota. Investimentos em ações de marketing em diversos canais de comunicação serão executadas em todas cidades atendidas com o intuito de aumentar a consolidação da marca da empresa.

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Pretende-se manter o número de cidades atendidas (20 cidades), ampliar o número de frequências diárias e investir em métodos de administração, controle e gerenciamento da empresa, fechando o quinto ano de operações com um número de 35 tripulações no quadro de funcionários e ter 7 ATR 72-500 na frota. Neste ano, pretende-se buscar uma aliança de code

share com uma empresa aérea de atuação em todo mercado doméstico nacional para

fortalecer o número de frequências operadas.

No sexto ano de operações (2026) será necessária a contratação do oitavo ATR 72-500 para introdução de novos destinos e reforço nas rotas já existentes. É prevista a implementação de uma base de tripulantes em Vitória - ES, com voos saindo da capital capixaba para Teixeira de Freitas, Porto Seguro, Ilhéus, Salvador, Campos de Goytacazes, Macaé, Cabo Frio e Rio de Janeiro. Para isso, serão contratadas mais 5 tripulações para baseamento em Vitória. Ao final do sexto ano é previsto um quadro de 40 tripulações, atendimento a 25 cidades e 8 ATR 72-600 na frota.

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3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho de conclusão de curso buscou analisar a viabilidade da implantação de uma empresa aérea regional com base operacional e de manutenção no aeroporto da Pampulha em Belo Horizonte para atendimento à demanda do estado de Minas Gerais e capitais próximas.

Para isso, foram analisadas as instalações físicas do aeroporto da Pampulha para instalação de uma empresa aérea regional. Buscou-se também identificar a demanda de transporte aéreo regional para o Estado de Minas Gerais e por final estabelecer um Plano de Negócios de uma empresa aérea regional para aeroporto da Pampulha.

Durante a análise das instalações físicas do aeroporto da Pampulha, observou-se que o terminal de passageiros, pátios e pista de pouso e decolagem possuem características adequadas e que atendem as necessidades para instalação da ALPS Linhas Aéreas, porém observou-se que o canal de inspeção de raios-X para acesso dos passageiros à sala de embarque necessita ser reativado pela administração do aeroporto, assim como contratação de pessoal com treinamento adequado para funcionamento do canal de inspeção. Observou-se também a falta de lanchonetes instaladas atualmente no terminal, apesar de existirem espaços adequados, mas que devido a inatividade do terminal não estão ocupadas atualmente.

Cabe destacar que a pandemia mundial do Covid-19 acabou delimitanto a confecção deste trabalho de conclusão de curso. Alguns deslocamentos e visitas técnicas previstas ao aeroporto da Pampulha deixaram de serem efetuadas devido muitos funcionários estarem trabalhando em modalidade de home office.

Foi analisada a demanda das cidades de interesse da ALPS dentro do estado de Minas Gerais. As cidades analisadas foram Montes Claros, Uberlândia, Uberaba, Ipatinga, Governador Valadares e Juiz de Fora, sendo que todas se mostraram atrativas para início das operações da ALPS a partir do aeroporto da Pampulha. Foram analisados fatores como tamanho da população, distância para capital Belo Horizonte, capacidades e características dos aeroportos envolvidos, assim como os principais índices e atividades econômicas dos municípios. Cabe ressaltar que excluindo a cidade de Juiz de Fora, todas as outras cidades possuem operações a partir do aeroporto internacional de Confins.

Uma análise criteriosa sobre o valor das tarifas comercializadas pela concorrente a partir do aeroporto de Confins deverá ser feita constantemente para não se praticar um preço fora da realidade de mercado. Outras cidades dentro do Estado de Minas Gerais cabem uma futura análise para expansão da malha inicial proposta. Mediante a chegada de mais

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aeronaves, cidades como Diamantina, São João Del Rei, Poços de Caldas, Patos de Minas, Araxá e Varginha são de interesse da ALPS para um futuro crescimento.

Durante o processo de confecção do plano de negócio para uma empresa aérea regional no aeroporto da Pampulha, foram abordados diversos itens, como a missão da ALPS Linhas Aéreas, conceitos da empresa, especificações da aeronave escolhida, fontes de receitas, compras de passagens, ações de marketing, canais de propaganda, estrutura organizacional, rotas previstas, constituição de capital e investimento previsto, cronograma de tarefas previsto, estudo prévio de viabilidade econômica e um planejamento estratégico de médio prazo (6 anos).

Novos estudos devem ser executados para se encontrar a quantidade necessária de funcionários em todos setores da empresa, e assim se chegar ao valor da folha salarial de todo o quadro de funcionários e seu impacto mensal no caixa da empresa. Um plano de cargos e salários também poderia ser confeccionado a partir destes dados.

Constatou-se que diante do atual cenário cambial vivido pelo país, com o valor médio do dólar atualmente girando em torno de R$ 5,60 (cinco reais e sessenta centavos), os investimentos necessários para investimento na constituição da ALPS Linhas Aéreas se tornaram bastante significativos. Os U$ 5.000.000,00 (cinco milhões de dólares) planejados inicialmente quando convertidos para a moeda local (Real) se transformam em R$ 28.000.000,00 (vinte e oito milhões de reais), tornando o negócio menos atrativo aos olhos dos investidores, lembrando que custos expressivos com manutenção e leasing das aeronaves, dentre outros são todos pagos em dólares e a receita que entra no caixa da empresa sendo toda em Reais (R$), diminuindo, assim, a taxa lucro do plano de negócio proposto.

Observou-se que diante deste cenário cambial, para investidores brasileiros investindo em moeda local, o negócio pode se tornar menos atrativo, criando uma certa dificuldade na obtenção de investidores para aquisição de cotas de participação na empresa. Diante deste cenário cambial desafiador, o início da constituição da empresa poderia aguardar um momento mais favorável.

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REFERÊNCIAS

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<https://www.aircraftcostcalculator.com/AircraftOperatingCosts/476/ATR+72-500 > Acesso em: 30 ago. 2020.

ATR. Depliant ATR_72_500. 06 p. Blagnac. 2007.

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AVIAÇÃO BRASIL. Aeroporto de Uberlândia. Disponível em:

<https://aviacaobrasil.com.br/aeroporto-de-uberlandiatenente-cesar-bombonato/> Acesso em: 24 ago. 2020.

BDMG. Serie Cidades Mineiras Governador Valadares. Disponível em:

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BRASIL, Agência Nacional da Aviação Civil. RBAC 119, de 05 de maio de 2020. Certificação: Operadores de Transporte Aéreo Público. Emenda 07. Disponível em:

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Operações de transporte aéreo público com aviões com configuração máxima certificada de assentos para passageiros de mais 19 assentos ou capacidade máxima de carga paga acima de 3.400 kg. Emenda nº 10. Disponível em:

<https://www.anac.gov.br/assuntos/legislacao/legislacao-1/rbha-e-rbac/rbac/rbac-

121/@@display-file/arquivo_norma/RBAC121EMD10%20-%20em%20vigor%20de%2001.07.20%20a%2025.05.21.pdf> Acesso em: 30 ago. 2020. BRASIL, Agência Nacional da Aviação Civil. Dados estatísticos. Disponível em:

http://anac.gov.br/assuntos/dados-e-estatisticas/dados-estatisticos/dados-estatisticos. Acesso em 06 ago. 2020.

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