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Art. 1º O art. 19 da Lei nº 1.364, de 19 de dezembro de 1988, passa a vigorar com a seguinte redação: II 3% (três por cento), nas demais transações;

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PROJETO DE LEI Nº 268/2017

ALTERA A ALÍQUOTA PADRÃO DO ITBI, PROMOVE ALTERAÇÕES E INSERÇÕES DE DISPOSITIVOS RELATIVOS A IPTU E TCL, INCLUSIVE NA PLANTA GENÉRICA DE VALORES PGV DE IMÓVEIS, E OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

Autor(es): PODER EXECUTIVO

A CÂMARA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO D E C R E T A :

Art. 1º O art. 19 da Lei nº 1.364, de 19 de dezembro de 1988, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 19 (...) (...)

II – 3% (três por cento), nas demais transações; (...) (NR)”

Art. 2º A Lei nº 691, de 24 de dezembro de 1984, passa a vigorar com os seguintes acréscimos e alterações em sua redação:

“Art. 64 – O valor venal da unidade imobiliária edificada, observado o § 2º do art. 63, será determinado pela multiplicação da área do imóvel pelos fatores de correção e pelo fator de Valor Unitário associado a sua tipologia construtiva conforme Tabela XVI-A, dentre os fatores Valor Unitário Padrão Apartamento -Vap;

Valor Unitário Padrão Casa -Vca; Valor Unitário Padrão Sala Comercial -Vsc; e Valor

Unitário Padrão Loja - Vlj; este último devendo ser aplicado em todos os imóveis de

características construtivas que não se enquadrem nas outras três tipologias, observado o disposto no § 11.

(...)

§ 3º O Valor Unitário Padrão Apartamento, na forma da Tabela XVI-A, é o valor do metro quadrado de apartamento novo posicionado de frente para o logradouro, apurado para o exercício fiscal a que se referir o lançamento para cada um dos logradouros ou trechos de logradouros no Município.

§ 3º-A O Valor Unitário Padrão Casa, na forma da Tabela XVI-A, é o valor do metro quadrado de casa nova posicionada de frente para o logradouro, apurado para o exercício fiscal a que se referir o lançamento para cada um dos logradouros ou trechos de logradouros no Município.

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§ 4º O Valor Unitário Padrão Loja, na forma da Tabela XVI-A, é o valor do metro quadrado de loja térrea nova com uma frente para o logradouro, apurado para o exercício fiscal a que se referir o lançamento para cada um dos logradouros ou trechos de logradouros no Município.

§ 4º-A O Valor Unitário Padrão Sala Comercial, na forma da Tabela XVI-A, é o valor do metro quadrado de sala comercial nova, apurado para o exercício fiscal a que se referir o lançamento para cada um dos logradouros ou trechos de logradouros no Município.

§ 5º São fatores de correção para o valor dos imóveis edificados:

1 – Fator T - Tipologia, aplicável de acordo com as características construtivas dos imóveis, dentre as previstas na Tabela III, ou de suas partes que sejam telheiros anexos a outras edificações não residenciais e quadras de esportes, conforme Tabela V-A, consideradas as suas reformas, acréscimos e modificações;

2 – Fator de idade, aplicável em razão da idade do imóvel contada a partir do exercício seguinte ao da concessão do habite-se, da reconstrução ou do exercício seguinte à ocupação do imóvel nos casos previstos no Parágrafo único do art. 56, de acordo com os critérios abaixo:

a) para imóveis enquadrados no fator-tipologia da alínea “a” da Tabela III, será aplicado o Fator Idade Casa/Apartamento - ICA, conforme Tabela IV-A, se a utilização for residencial, ou o Fator Idade Sala - ISA, conforme Tabela IV-B, se a utilização não for residencial;

b) para imóveis enquadrados no fator-tipologia das alíneas “c” ou “z” da Tabela III, será aplicado o Fator Idade Casa/Apartamento - ICA, conforme Tabela IV-A;

c) para imóveis enquadrados no fator-tipologia da alínea “b” da Tabela III, será aplicado o Fator Idade Casa/Apartamento - ICA, conforme Tabela IV-A, se a utilização for residencial, ou o Fator Idade Loja - ILJ, conforme Tabela IV-C, se a utilização não for residencial;

d) para imóveis enquadrados no fator-tipologia da alínea “l” da Tabela III, será aplicado o Fator Idade Sala - ISA, conforme Tabela IV-B;

e) para os demais imóveis, será aplicado o Fator Idade Loja - ILJ, conforme Tabela IV-C.

3 – Fator P – Posição, conforme Tabela II, aplicável somente a imóveis enquadrados no fator-tipologia das alíneas “a”, “b”, “c” ou “z”, da Tabela III, segundo a localização do imóvel em relação ao logradouro, distinguindo-o como de frente, de fundos, de vila ou encravado, este último considerado como aquele cuja edificação não se comunica com a via pública, exceto por servidão de passagem por outro imóvel.

(3)

§ 7º No cálculo do valor venal de imóveis onde existam quadras de esporte no nível do solo, cobertas ou descobertas, ou telheiros anexos a edificações não residenciais, as áreas das quadras de esportes e as desses telheiros serão corrigidas pelos respectivos fatores constantes da Tabela V-A.

(...)

§ 11. No caso de unidade pertencente a edificação apart-hotel e similares que possua utilização residencial, bem como no caso de imóvel enquadrado na tipologia da alínea “z” da Tabela III, o fator de Valor Unitário a ser aplicado será o de Padrão Apartamento - Vap.

§ 12. Os Valores Unitários Padrão citados no caput têm por referência o dia 1º de janeiro de 2017 e serão atualizados monetariamente a cada dia 1º de janeiro de exercícios subsequentes, com base no índice utilizado para atualização dos impostos municipais, contado desde então.

(NR)

Art. 65 – (...)

§ 1º Quando se tratar de imóveis construídos com destinação comercial e que sejam utilizados exclusivamente como residência, aplicar-se-ão os dispositivos desta Lei relativos aos imóveis residenciais.

§ 2º O disposto no § 1º não se aplica à apuração da base de cálculo. (NR)

Art. 66 – (...) (...)

§ 8º O Valor Unitário Padrão citado no § 1º tem por referência o dia 1º de janeiro de 2017 e será atualizado monetariamente a cada dia 1º de janeiro de exercícios subsequentes, com base no índice utilizado para atualização dos impostos municipais, contado desde então.

(NR)

Art. 67 – O imposto será calculado aplicando-se sobre a base de cálculo as seguintes alíquotas, de acordo com a utilização dada ao imóvel:

I – Imóveis edificados: Alíquota (%)

1 – Unidades Residenciais ... 1,0 2 – Unidades Não Residenciais... 2,5 II – Imóveis Não Edificados ... 3,0

III – no caso de imóveis edificados com área excedente de terreno na forma do § 2º do art. 59, a alíquota a ser aplicada será obtida pela média ponderada entre

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a alíquota prevista para unidades imobiliárias edificadas residenciais ou não residenciais, conforme o caso, e a alíquota prevista para unidades imobiliárias não edificadas, tendo como peso, respectivamente, o valor venal da área edificada e o valor venal da área excedente de terreno, conforme a seguinte expressão:

a = [(ae x Ve) + (an x Vn)] / (Ve + Vn) Onde:

a) a = alíquota aplicável à unidade imobiliária edificada com área excedente

de terreno;

b) ae = alíquota aplicável a unidades imobiliárias edificadas - residenciais ou não residenciais;

c) Ve = valor venal da parte edificada;

d) an = alíquota aplicável a unidades imobiliárias não edificadas; e) Vn = valor venal da área excedente de terreno.

§ 1º Quando não ultrapassar os valores fixados na tabela abaixo, o imposto sofrerá os seguintes descontos, de acordo com a utilização dada ao imóvel:

I – Imóveis Edificados: 1 – Unidades Residenciais:

Valor do imposto até (R$) Desconto (%) 800,00 60 1.200,00 40

1.600,00 20

2 – Unidades Não Residenciais:

Valor do imposto até (R$) Desconto (R$) 5.000,00 600,00

II – Imóveis Não Edificados:

Valor do imposto até (R$) Desconto (R$) 3.000,00 1.000,00

III – No caso de imóveis edificados com área excedente de terreno na forma do § 2º do art. 59, o desconto a ser aplicado será o previsto no item do inciso I deste parágrafo a que corresponder a modalidade de utilização da área edificada

do imóvel.

§ 2º Os valores monetários expressos no § 1º serão atualizados a partir de 1º de janeiro de 2018 pelo mesmo índice utilizado para atualização dos impostos municipais.

(NR)” (...)

(5)

TABELA III – TIPOLOGIA

TIPOLOGIA FATOR

a) Apartamento 1,00

b) Casa 1,00

c) Unidade pertencente a edificação apart-hotel e similares com utilização

residencial 1,20

d) Shopping center 1,25

e) Loja em shopping center 1,50

f) Loja com mais de duas frentes 1,20

g) Loja com duas frentes 1,10

h) Loja com uma frente 1,00

i) Loja interna de galeria - térreo 0,75

j) Loja localizada em sobreloja 0,65

k) Loja localizada em subsolo ou em pavimento distinto de térreo ou

sobreloja 0,60

l) Sala 1,00

m) Prédio próprio para cinemas e teatros 0,40

n) Prédio próprio para hotéis, motéis e similares, com utilização não

residencial 0,60

o) Unidade pertencente a edificações apart-hotel e similares que

participem do pool hoteleiro 0,80

p) Unidade hoteleira autônoma 0,80

q) Prédio próprio para clubes esportivos e sociais 0,50 r) Prédio próprio para hospitais e clínicas com internação 0,60

s) Prédio próprio para colégios e creches 0,50

t) Prédio próprio para garagem/estacionamento de utilização não

residencial 0,50

u) Box-garagem, assim entendido o espaço de até 50 m

2 destinado a

estacionamento seja qual for a utilização 0,40

v) Prédio próprio para indústrias 0,70

w) Galpão e armazém rústicos e telheiro de uso não residencial 0,50 x) Prédio próprio para uso exclusivo, distinto daqueles mencionados

nesta tabela. 0,80

y) Demais casos, não enquadrados em outras alíneas, desde que com

utilização não residencial 0,80

(6)

utilização residencial (NR) ”

(...)

TABELA IV-A

IDADE DE CASA/APARTAMENTO - FATOR ICA 1 ano 1,00 2 anos 0,99 3 anos 0,98 4 anos 0,97 5 anos 0,96 6 anos 0,95 7 anos 0,94 8 anos 0,93 9 anos 0,92 10 anos 0,91 11 anos 0,90 12 anos 0,89 13 anos 0,88 14 anos 0,87 15 anos 0,86 16 anos 0,85 17 anos 0,84 18 anos 0,83

(7)

19 anos 0,82 20 anos 0,81 21 anos 0,80 22 anos 0,79 23 anos 0,78 24 anos 0,77 25 anos 0,76 26 anos 0,75 27 anos 0,74 28 anos 0,73 29 anos 0,72 30 anos 0,71 31 anos 0,70 32 anos 0,69 33 anos 0,68 34 anos 0,67 35 anos 0,66 36 anos 0,65 37 anos 0,64 38 anos 0,63 39 anos 0,62 40 anos 0,61 41 anos 0,60 42 anos 0,59

(8)

43 anos 0,58 44 anos 0,57 45 anos 0,56 46 anos 0,55 47 anos 0,54 48 anos 0,53 49 anos 0,52 50 anos 0,51 mais de 50 anos 0,50 (NR)

TABELA IV-B - IDADE DA SALA

IDADE FATOR ISA a) até 12 anos 1,00 b) de 13 a 20 anos 0,95 c) de 21 a 28 anos 0,90 d) de 29 a 36 anos 0,85 e) de 37 a 44 anos 0,80 f) de 45 a 52 anos 0,75 g) de 53 a 60 anos 0,70 h) acima de 60 anos 0,65 (NR) TABELA IV-C IDADE DA LOJA

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IDADE FATOR ILJ a) até 12 anos 1,00 b) de 13 a 20 anos 0,96 c) de 21 a 28 anos 0,92 d) de 29 a 36 anos 0,88 e) de 37 a 44 anos 0,84 f) de 45 anos em diante 0,80 (NR) TABELA V-A FATOR Quadra de esporte ... 0,20 Telheiro anexo a outras edificações não residenciais ... 0,30 (NR)”

(...)

Art. 3º A Tabela XVI-A - PLANTA GENÉRICA DE VALORES - PGV da Lei nº 691, de 1984, passa a vigorar com a redação constante do Anexo desta Lei.

Art. 4º Para as inscrições imobiliárias fiscais ativas no cadastro do IPTU em 31 de dezembro anterior ao início da vigência dos arts. 2º e 3º, o valor do lançamento ordinário do imposto relativo ao primeiro ano da mencionada vigência será beneficiado com redução da metade do incremento diretamente decorrente dos referidos artigos.

§ 1º O incremento de que trata o caput será calculado de acordo com a seguinte fórmula: Inc = Vimp1 - Vimp0, onde:

a) Inc = incremento por decorrência direta dos arts. 2º e 3º desta Lei;

b) Vimp1 = valor que seria apurado para o IPTU no lançamento ordinário do primeiro ano de vigência dos arts. 2º e 3º desta Lei, sem a redução de que trata o caput; e

c) Vimp0 = valor do IPTU no lançamento ordinário do ano imediatamente anterior ao início da vigência dos arts. 2º e 3º desta Lei, observado o disposto nos §§ 2º e 3º.

(10)

§ 2º O fator Vimp0 referido na fórmula do § 1º será apurado como se, no lançamento ordinário do ano anterior ao início da vigência dos arts. 2º e 3º desta Lei:

I – fosse aplicável a atualização monetária decorrente da inflação acumulada no referido ano, conforme o índice utilizado para correção dos impostos municipais;

II – não fossem aplicáveis a imunidade, isenção, incentivo ou benefício aplicados, devidamente ou não, no referido lançamento, desde que incabíveis no exercício seguinte; e

III – fossem aplicáveis as alterações de dados cadastrais implantadas ao longo do referido ano, independente de terem ou não eficácia retroativa a 1º de janeiro daquele exercício.

§ 3º Na hipótese de a inscrição ativa no primeiro ano de vigência dos arts. 2º e 3º não ter sofrido lançamento ordinário no exercício anterior, o fator Vimp0 será calculado como se tal lançamento houvesse ocorrido , observado o disposto nos incisos do § 2º.

Art. 5º A remissão de créditos tributários do IPTU prevista no art. 2º da Lei nº 5.965, de 22 de setembro de 2015, deve ser aplicada à razão de vinte por cento sobre a íntegra do valor lançado do imposto, independente de ter sido paga alguma cota.

§ 1º Será restituído ao sujeito passivo o valor das cotas que, pagas após o início da eficácia do art. 2º da Lei nº 5.965, de 2015, tenham levado o total de IPTU pago a ultrapassar oitenta por cento do imposto lançado, vedada qualquer restituição de pagamentos efetuados antes da referida eficácia, em cota única ou em cotas separadas.

§ 2º O disposto neste artigo:

I – tem caráter expressamente interpretativo; e

II – não dispensa o atendimento aos requisitos e condições estabelecidos no dispositivo legal citado no caput para que haja direito à remissão.

Art. 6º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

§ 1º O art. 1º entrará em vigor apenas a partir do primeiro dia do exercício subsequente ao da publicação de que trata o caput, salvo se o intervalo entre tal data e a da referida publicação for inferior a noventa dias, hipótese em que entrará em vigor apenas a partir do nonagésimo dia subsequente ao da publicação.

§ 2º O art. 2º, o art. 3º e os incisos II, III, IV, V e VI do art. 7º entrarão em vigor apenas a partir do primeiro dia do exercício subsequente ao da publicação de que trata o caput, salvo se o intervalo entre tal data e a da referida publicação for inferior a noventa dias, hipótese em que entrarão em vigor apenas a partir do primeiro dia do segundo exercício subsequente ao da publicação.

Art. 7º Ficam revogados:

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II – o § 8º do art. 63 da Lei nº 691, de 1984;

III – os §§ 6º e 8º do art. 64 da Lei nº 691, de 1984; IV – as Tabelas I, III-A e III-B, da Lei nº 691, de 1984; V – o art. 6º da Lei nº 2.687, de 26 de novembro de 1998; e VI – a Lei nº 2.727, de 11 de dezembro de 1998.

ANEXO

TABELA XVI-A

PLANTA GENÉRICA DE VALORES - PGV Mens_19_17_PGV 2018.pdf

JUSTIFICATIVA

MENSAGEM Nº 19 DE 19 DE JUNHO DE 2017.

Excelentíssimo Senhor Vereador Presidente,

Excelentíssimos Senhores Vereadores da Câmara Municipal do Rio de Janeiro,

Dirijo-me a Vossas Excelências, com o seguinte pronunciamento, para encaminhar o presente Projeto de Lei, que “Altera a alíquota padrão do ITBI, promove alterações e inserções de dispositivos relativos a IPTU e TCL, inclusive na Planta Genérica de Valores - PGV de imóveis, e dá outras providências”.

Em face da difícil situação econômica atravessada pelo País, com reflexos no planejamento econômico-financeiro de todas as entidades federativas, é dever da Prefeitura promover, por um lado, um ajuste na alíquota padrão do Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis e de Direitos a Eles Relativos, Realizada Inter Vivos, por Ato Oneroso – ITBI, de modo a torná-la compatível com a praticada em outras grandes capitais, e por outro, uma revisão em parte dos parâmetros legais aplicados na arrecadação do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana – IPTU, de modo a atualizá-los com o objetivo de ampliar a base de contribuintes sujeitos

ao Imposto.

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próprias, já que estas constituem fontes primordiais para o custeio de despesas e de investimentos necessários ao atendimento das demandas públicas no âmbito municipal.

No que tange ao ITBI, o Município do Rio de Janeiro pratica atualmente a mesma alíquota padrão de dois por cento desde a edição da Lei nº 1.364, de 19 de dezembro de 1988, que instituiu este Imposto em nossa Cidade. Enquanto que São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Distrito Federal, Salvador e Recife, entre outras capitais, já praticam a alíquota ordinária de três por cento. No que tange especificamente ao IPTU, uma significativa parte dos titulares de imóveis cariocas atualmente não se submete a sua incidência, devido à grande antiguidade dos parâmetros legais e disciplina normativa. Busco, no presente Projeto de Lei, adequar os referidos pontos, a fim de que se atinja uma maior racionalização e otimização da arrecadação e, com isso, maior justiça fiscal.

Tendo em vista esses objetivos, estou propondo, entre outras medidas, a adoção de uma nova planta de valores unitários de metro quadrado e metro linear - Planta Genérica de Valores – PGV - aplicados na aferição da base de cálculo do IPTU - valor venal dos imóveis. Os valores legais vigentes são os mesmos de vinte anos atrás, atualizados monetariamente. No entanto, como é de amplo conhecimento, o mercado imobiliário carioca, nesse período, teve evolução bem distinta daquela representada pela inflação. O fato é que o Rio de Janeiro é uma das poucas grandes metrópoles brasileiras que ainda não revisaram sua Planta de Valores no Século XXI. São Paulo, Belo Horizonte, Salvador, Fortaleza e Florianópolis, entre outras, já o fizeram.

Na mesma linha, proponho alterações na aplicação do fator-tipologia e em outros elementos utilizados na apuração da base de cálculo do IPTU, bem como na apuração do desconto legal aplicável ao Imposto em determinados casos. Relativamente aos imóveis residenciais, o desconto assumirá a forma de percentual do Imposto. Nos demais casos, a forma de valores fixos em reais. Igualmente considerando o supracitado cenário econômico, alguns benefícios e tratamentos favorecidos relativos ao IPTU e à Taxa de Coleta Domiciliar de Lixo – TCL não mais se justificam, razão pela qual também estou propondo sua revisão. Sem embargo dessa revisão, também com vistas à dificuldade que o atual momento traz para a população em geral, foi incluído no presente Projeto de Lei cláusula que limita o valor do lançamento ordinário do imposto relativo ao primeiro ano da vigência dos artigos 2º e 3º à metade do incremento diretamente decorrente dos referidos artigos.

Aproveito o ensejo para propor, neste Projeto de Lei, esclarecimento sobre o alcance da remissão prevista no art. 2º da Lei nº 5.965, de 22 de setembro de 2015, a qual teve por escopo alcançar o valor lançado do Imposto, não se limitando ao valor eventualmente em aberto do crédito.

Proponho, ainda, revogar o art. 85 da Lei nº 691, de 24 de dezembro de 1984, que estabelece determinadas multas aos devedores do IPTU. Tais penalidades possuem pouca utilidade no que tange a inibir as condutas ali descritas, dado o ônus significativo do próprio Imposto. E alterá-las de modo a agravá-las implicaria investimento em sistemas cuja relação custo x benefício não se justifica no atual cenário econômico. Também, se propõe revogar o art. 58 e o art. 59, § 1º, da Lei nº 691, de 1984, que ensejam sobrecarga tributária a meu ver injustificável.

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mais adequada sua compreensão ou posição dentro do conjunto da Lei nº 691, de 1984, e demais leis municipais sobre o tributo.

Ressalte-se que, em seu conjunto, o teor do presente Projeto de Lei não resulta em renúncia fiscal, mas sim em incremento da arrecadação.

Os dispositivos que tornam a tributação mais gravosa terão sua eficácia diferida em respeito ao princípio da anterioridade tributária, tanto em sua vertente de anterioridade do exercício como na de anterioridade nonagesimal - alíneas “b” e “c” do inciso III do art. 150 da Constituição Federal. Sei que a alteração da Planta Genérica de Valores do IPTU, acima referida, não precisaria se submeter à anterioridade nonagesimal, pois se trata de fixação da base de cálculo, prevista como exceção à referida anterioridade no § 1º do citado art. 150 da Carta Magna. Todavia, preferi submetê-la à noventena para assegurar que ela só entrará em vigor junto com as demais alterações gravosas, preservando o efeito temporal conjunto desejado com as mudanças na estrutura do IPTU.

Pelos motivos expostos, creio que a iniciativa será bem recebida por essa emérita Casa e conto com sua aprovação.

MARCELO CRIVELLA *DOCUMENTO COMPILADO PELO SINDUSCON-RIO

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