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Semestre
2015.2
desafia,
não
te
transforma
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Materiais da aula
Critérios AV I: “Redação”
Serão descontados pontos da redação ou até pode ser zerada ou anulada:
1) Erros de português;
2) Fuga total ao tema;
3) Não obediência à estrutura dissertativo-argumentativa (Introdução,
desenvolvimento e conclusão em parágrafos separados);
4) Texto com apenas até 12 linhas;
5) Impropérios, desenhos e outras formas propositais de anulação ou parte do
texto deliberadamente desconectada do tema proposto;
6) Desrespeito aos direitos humanos;
7) Redação em branco, mesmo com texto apenas em rascunho;
8) Cópia do texto motivador sem as devidas citações e referências;
9) Falta de Coesão e Coerência textual
Leia o artigo na UNIDADE I:
"O direito brasileiro: raízes
históricas”.
E o
artigo
que trata sobre princípios do Direito de Família da
UNIDADE III
Textos complementares:
NOÇÕES DE DIREITO
Noções Gerais de Direito
Por EDUARDO GANYMEDES COSTA
https://goo.gl/XKAb7W
Noções introdutórias à ciência do direito
Por Jarbas Luiz dos Santos
CONCEITO BÁSICO DIREITO
• “
Direito é um conjunto de
regras
de
caráter
permanente
,
obrigatório
, geral e impessoal que
destina a
regulamentar
a vida em
sociedade com vistas ao
bem
comum
.”De um modo muito amplo, pode-se dizer que a
palavra “direito” tem três sentidos:
1º. Regra de Conduta obrigatória (direito
objetivo);
2º. Sistema de Conhecimentos Jurídicos
(Ciência do Direito);
3º. Faculdade ou poderes que tem ou pode ter
uma pessoa, ou seja, o que pode uma pessoa
exigir da outra (direito subjetivo).
DIREITO
Conceito básico de direito:
•A palavra “direito” vem do latim directum,
que supõe a idéia de regra, direção.
•Juridicamente se considera direito como
norma de conduta social, garantida pelo
poder político e organizadora da sociedade
em suas partes fundamentais, de modo a serem
atingidas determinadas finalidades.
A sociedade é um grande grupo social no
qual as pessoas interagem, formando
inúmeras relações interpessoais e
intergrupais, que se desenvolvem em
razão de interesses próprios. A estas
relações sociais dá-se o nome de
Da interação social surge a cooperação,
quando se unem os esforços; a
competição, quando uma das partes
procura atingir seu objetivo excluindo a
outra, sem que haja o combate direto; e
o conflito, em que um interesse se opõe
Podemos afirmar de uma forma bem
simplificada, que o Direito existe para
regulamentar as relações sociais,
buscando resolver os conflitos que se
originam desta interação social.
“Sua
finalidade é de favorecer o amplo
relacionamento entre as pessoas e os
grupos sociais, que é uma das bases
É no conflito que o Direito atua de forma
mais marcante, em dois momentos:
* Antes da existência do conflito
(preventivamente), quando busca informar a
cada um o limite do direito que julga ter, e
* Para resolver o conflito de interesses já
existente, quando o Direito fornecerá as
regras aplicáveis para a resolução do
Gagliano e Pamplona Filho (2003, p.3)
bem ressaltam que o Direito tem uma
“característica essencialmente humana,
instrumento necessário ao convívio
social [...]. Isso significa que não há
como falar em direito sem falar em
A vida em sociedade é regulamentada
por normas. Estas normas valem para
todos, sendo seu conhecimento e
cumprimento obrigatórios, como se lê do
artigo 3º da Lei de Introdução do Código
Civil: “ninguém se escusa de cumprir a
lei alegando que não a conhece”.
Onde há a Sociedade, há o Direito.
• O direito não existe sem sociedade.
• Como norma de conduta, o direito atribui faculdade ou poderes a uma parte e impõem a outra, obrigações.
• Portanto, o Direito se expressa por meio de normas que enlaçam o direito de uma parte, com o dever de outra.
• O direito é parte integrante da vida diária.
• As regras de conduta ou normas obrigatórias são necessárias para extinguir conflitos e criar uma certa ordem entre as diversas pessoas de uma mesma sociedade.
O Direito não constitui um
fim, mas um meio (direitos e
deveres) para tornar possível
a convivência e o progresso
social.
Sua
característica
é
essencialmente
humana,
instrumento para o convívio
social
“A vida social só é possível uma vez presentes regras
determinadas para o procedimento dos homens. Essas
regras, de cunho ético, emanam da Moral e do Direito –
repositórios de normas de conduta, evidentemente
apresentam um campo comum”.
DIREITO
DIREITO
OBJETIVO
X
direito
SUBJETIVO
São dois
aspectos
do Direito
Direito
Subjetivo
Cumprimento
obrigatório
Direito
Objetivo
Exercido
quando quiser
•Ordenamento Jurídico (Conjunto de normas em
sua totalidade);
•“Norma Agendi” (Norma de Agir)
•O Direito examinado sob o prisma da Lei.
Ex.:
A CLT regulamenta as normas trabalhistas.
O Código Penal define crimes e estabelece
•Direito enquanto atributo pessoal.
•A faculdade da forma de agir;
•“Facultas agendi”. (Faculdade de agir)
•Ex.:
Os trabalhadores têm direito ao
13º salário e a férias.
• Os pobres tem direito a assistência
judiciária gratuita.
DIREITO POSITIVO
DIREITO NATURAL
Idéia abstrata do direito - inspiração Ordenamento jurídico em vigor
O homem sempre teve consciência de direitos fundamentais decorrentes de sua natureza, que não viessem de pactos, contratos, convenções ou tratados. De uma certa forma existem tendências gerais, comuns a todos os homens, de iguais emoções, impulsionando-os. Atos humanos seriam acolhidos ou repudiados por uma consciência coletiva, capaz, naturalmente de separar o bem, do mal. O certo do errado, o direito do torto, o justo do injusto.
O direito natural é a idéia abstrata de direito, ou seja, aquilo que corresponde ao sentimento de justiça da comunidade.
Os gregos criticavam as leis e mostravam-se céticos ao direito, porque diziam eles que as leis eram feitas exclusivamente com motivações políticas, e ditadas por elas.
É famosa a passagem, que afirmavam que aquilo que é natural é em todos os lugares. O mesmo fogo, diziam, que arde na Grécia arde na Pérsia, porém as leis vigentes na Grécia divergem daquelas vigentes na Pérsia. Logo o fogo é natural; o direito, simplesmente artificial.
e vigentes num determinado país em determinada época. São as normas, as leis, todo o sistema normativo posto, ou seja, vigente no país.
Exemplo: Código Civil, Código Penal, Código Comercial, Código de Defesa do Consumidor, Leis esparsas...
DIREITO POSITIVO & DIREITO NATURAL
O direito positivo, por exemplo, uma lei, não obriga ao pagamento de duplicata prescrita, ao passo que para o direito natural esse pagamento seria devido e correto.
As fontes de Direito nada mais são do
que os “meios pelos quais se formam
ou se estabelecem as normas jurídicas”
(GAGLIANO; PAMPLONA FILHO, 2003,
p. 9-10).
A Lei é a principal fonte do Direito,
como se vê do art. 4º da Lei de
Introdução ao Código Civil:
Quando a lei for omissa, o juiz decidirá
o caso de acordo com a analogia, os
costumes e os princípios gerais do
Direito.
Direito comporta cinco realidades diferentes:
Norma: a regra social obrigatória.
Faculdade: a prerrogativa que o Estado tem de criar leis. Justo: o que é devido por justiça.
Ciência: a sistematização teórica e racional do Direito.
Fato Social: o está ligado aos fatos sociais – econômicos, artísticos, culturais, esportivos, etc.
LEI
Leis são as regras que se estabelecem para
disciplinar o comportamento do homem na
sociedade,
realizando
o
ideal
de
justiça,
solucionando
equilibradamente
os
interesses
individuais em conflito.
A lei se caracteriza pela bilateralidade, ou seja,
por enlaçar o direito de uma parte com o dever de
outra, por disciplinar uma relação social entre
duas ou mais pessoas (físicas ou jurídicas), na
qual uma parte tem a faculdade de exigir a
observância do dever jurídico imposto pela
norma à outra parte.
A norma jurídica exerce pressão social sobre seus destinatários,
obrigando-os a observá-la. A ameaça de aplicação de uma sanção,
coloca o destinatário da norma no seguinte dilema: observar
espontaneamente a regra de direito ou sofrer uma sanção aplicada pelo
Estado.
As normas jurídicas são diferentes das normas morais ou religiosas,
pois as últimas você aceita por sua vontade, sem coerção.
LEI
São características das Leis:
• a) Estabelecer justiça – a lei tem por finalidade principal estabelecer justiça entre os homens, seu fundamento é dar a cada um o que é seu.
• b) Impor deveres a uma parte – a lei impõe o cumprimento de um dever ou obrigação a uma das partes. Aquele que assumiu um compromisso terá de cumpri-lo da forma e dentro do prazo estabelecido.
c) Atribuir direitos à outra parte – à parte lesada poderá exigir o cumprimento da obrigação imposta à outra parte. Diante do descumprimento, o que foi lesado pode exigir o cumprimento da obrigação na forma e no prazo estabelecido.
d) Poder ser imposta pelo uso da força – se a norma jurídica não for obedecida, o Estado poderá impô-la pelo uso da força, visto que à parte prejudicada tem o direito de pedir a aplicação das sanções previstas. Exemplos: Condenação por perdas e danos ou medida de busca e apreensão.
• e) São de conhecimento geral – Há presunção absoluta de que toda população conhece as normas.
Art. 3º da LICC – “Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece”.
FONTES DO DIREITO
Fonte material: é o motivo pelo qual se cria uma
norma jurídica.
O Direito não é um produto arbitrário da vontade
do legislador, mas uma criação que se lastreia no
querer social. É a sociedade como centro de
relações de vida, como sede de acontecimentos
que envolvem o homem, quem fornece ao
legislador os elementos necessários à formação
dos estatutos jurídicos.
Como causa produtora do Direito, as fontes materiais
são constituídas pelos fatos sociais, pelos problemas que
emergem na sociedade e são condicionados pelos
chamados
fatores do
Direito,
como
a Moral,
a
Economia, a Geografia, etc.
As normas sempre nascem após os fatos.
As regras ou normas do Direito não nascem ao acaso,
mas sim da própria realidade de uma sociedade,
refletindo o seu sistema de valores e tendo por
finalidade estabelecer, para as pessoas que formam a
sociedade, ordem, equilíbrio e harmonia.
FONTES DE DIREITO
Fontes formais: são meios pelos quais o
Direito se manifesta, são os meios pelos quais
o Direito pode ser conhecido.
Fontes formais são os meios de expressão do
direito, as formas pelas quais as normas
jurídicas se exteriorizam.
As principais fontes formais do Direito são:
a
lei,
o
costume,
a
doutrina
e
a
jurisprudência
Vejamos:
a) Lei – é a norma jurídica escrita, obrigatória e executória, elaborada pelo
legislador, ou seja, por órgãos do Estado, dotados de poder legislativo (assembléias legislativas, chefe de Estado). É, portanto, fruto de elaboração consciente e refletida.
b) Costume – é o comportamento das pessoas de uma sociedade. O costume
nasce de uma prática geral, espontaneamente, sem leis escritas, e que as pessoas respeitam como uma regra natural e não prevista em lei.
FONTES DO DIREITO
Jurisprudência – todo processo tem uma sentença final, que poderá ser alvo de recurso à uma instância superior, ou seja, ao tribunal, que é composto por um colegiado de juízes superiores àqueles que julgou, chamados desembargadores. A decisão dos desembargadores, se por várias vezes entendem a mesma decisão, passam a ser respeitadas como normas jurídicas.
d) Doutrina – é o conjunto de estudos sobre o direito. Consiste nas lições e estudos originados dos pareceres dos juristas ou jurisconsultos de notório saber jurídico, que servem de base ao sistema do direito.
Esse trabalho consiste em livros, comentários, aulas, pareceres, monografias, etc., que abordem o estudo de determinado assunto de direito.
PRINCIPAIS RAMOS DO DIREITO
A divisão fundamental do direito é:
Direito Público e Direito Privado
O interesse protegido pelo direito determina a
sua natureza.
Direito
público
é
o
direito
composto,
inteiro
ou
predominantemente, por normas de
ordem pública.
Direito privado é o composto,
inteiro ou predominantemente, por
normas de ordem privada.
DIREITO PÚBLICO E PRIVADO
Normas de ordem pública são normas
imperativas,
de
obrigatoriedade
inafastável.
Normas
de
ordem
privada
são
normas de caráter supletivo, que
vigoram apenas enquanto à vontade
dos interessados não dispuser de
modo diferente do previsto pelo
legislador.
DIREITO PÚBLICO E PRIVADO
A punição por tentativa de homicídio, por
exemplo, é inafastável, mesmo havendo
concordância da vítima, por se tratar de
norma de ordem pública, prevista no
Código Penal.
Já a divisão das despesas com a construção
de um muro divisório pode ser dispensada,
por acordo ou omissão dos interessados por
se tratar de norma de ordem privada.
DIREITO PÚBLICO E PRIVADO
DIREITO PÚBLICO (exemplos)
Interno = Direito Constitucional
Direito Administrativo
Direito Penal
Direito Tributário
Direito Ambiental
Externo =
Direito Internacional
DIREITO PRIVADO (exemplos)