NOME
EPIDEMIOLOGIA
MECANISMO DE INFECÇÃOCICLO
PATOLOGIA
DIAGNÓSTICO
PREVENÇÃO
PROTOZOOSES INTESTINAIS E UROGENITAIS
Entamoeba
histolytica
(amebíose)
- distribuição mundial - 1% da população infectada - reservatório – homem, macacos - anaeróbios - não possuem mitocôndrias - infecção crónica – meses a anos - extracelular - reprodução assexuada por fissão binária - alimentam-se de bactérias, leucócitos e hemácias por fagocitose - período de incubação – variável – de 1 a 14 semanas- portadores excretam milhares de quistos nas fezes (até 45 milhões)
- ingestão de quistos em água e alimentos contaminados, via sexual, moscas e baratas - quistos resistentes à passagem pelo estômago mas promove o desenquistamento - trofozoítos invadem o cólon - trofozoítos enquistam no cólon
- quistos nas fezes
- assintomática
- amebíose intestinal luminal – diarreia - amebíose intestinal invasiva: - disenteria amebiana
- colite fulminante com perfuração intestinal - peritonite
- amebomas
- amebíose extra-intestinal – febre e leucitose - amebíose hepática – aguda não supurativa, abcesso hepático (pode levar a ruptura, sepsis e propagação para outros órgãos)
- amebíose cutânea
- amebíose em outros órgãos – pulmão, cérebro, baço e rim
- exame parasitológico de fezes – fezes sólidas (quistos) e líquidas (trofozoítos) - educação sanitária - tratamento de águas - controlo e cuidados com alimentos (lavar frutas e verduras) - higiene pessoal (lavar as mãos)
Giardia lamblia
(giardiose)
- distribuição mundial (escolas, hospitais) - reservatório – cães, gatos, animais selvagens, aves, répteis)- transmissão fecal-oral
- quisto viável em água durante meses - período de incubação de 1 a 4 semanas - multiplicação por divisão binária longitudinal - ingestão de quistos em alimentos e água contaminados - trofozoítos emergem no duodeno (localizados nas criptas)
- trofozoítos enquistam no duodeno
- quistos expulsos nas fezes
- assintomático (50%)
- diarreia gordurosa, aquosa e com odor fétido (esteatorreia); dor epigástrica; enterite; irritação; náuseas e vómitos; flatulência auto-limitada - 10 a 14 dias
- síndroma da má-absorção (obstrução mecânica) – vitamina B12, A, D, E, K; Ferro; Ácido fólico; gorduras - perda de peso
- exame parasitológico de fezes – fezes sólidas (quistos) e líquidas (trofozoítos) - aspiração duodenal - ELISA (antigenos de Giardia) - PCR - imunofluorescência (anticorpos monoclonais) - saneamento - higiene individual - filtração e/ou fervura da água
Cryptosporidium
parvum
(criptosporidiose)
- distribuição mundial (prevalência 10%) - reservatório – gado bovino, ovino e caprino - transmissão fecal-oral- ocisto é ubiquitário em meios aquáticos - ocisto muito resistente (meses)
- ingestão de água e alimentos contaminados
- desenquistamento do ocisto - trofozoítos aderem à mucosa intestinal
- reprodução sexuada (fertilização)
- ocisto enquistado nas fezes
- assintomático
- enterocolite com diarreia aquosa auto-limitada (10 a 14 dias)
- imunocomprometidos – potencialmente fatal (+ 50 defecções por dia)
- exame das fezes – os ocistos flutuam numa solução de ZnSO4 - microscópio – ziehl-neelsen modificada (ácido resistentes) - imunofluorescência indirecta - ELISA - saneamento - higiene individual - filtração e/ou fervura da água
Isospora belli
(isosporose)
- distribuição mundial - transmissão fecal-oral - intracelular – células epiteliais do intestino delgado - reprodução assexuada e sexuada no mesmo organismoEsporoblasto nas fezes Esporocisto
Esporozoítas ingeridos (alimentos)
- assintomática
- doença gastrointestinal – moderada a severa (diarreia, fezes aquosas, febres baixa, dores abdominais)
- síndroma de má-absorção
- imunocomprometidos – diarreia crónica, perda de peso e anorexia
- observação
microscópica (soluto de lugol ou ziehl-neelsen modificada) do sedimento das fezes - biópsia do duodeno - saneamento - higiene individual
Balantidium coli
(balantidíose)
- distribuição mundial - reservatório – suínos e macacos (intestino grosso) - transmissão fecal-oral- protozoário ciliado - quistos e trofozoítos nas fezes de suínos
- quistos ingeridos por suínos
- assintomática
- doença intestinal – náusea, anorexia, dor abdominal, tenesmo, fezes aquosas com sangue e pus
- ulceração intestinal
- exame directo das fezes (observação de
NOME
EPIDEMIOLOGIA
MECANISMO DE INFECÇÃOCICLO
PATOLOGIA
DIAGNÓSTICO
PREVENÇÃO
PROTOZOOSES UROGENITAIS
Trichomonas
vaginalis
(tricomoniose)
- anaeróbio – sem mitocôndrias - distribuição cosmopolita - homem é hospedeiro natural - transmissão por via sexual, fomites ou durante o parto
- divisão binária longitudinal - extracelular – adere ao epitélio - hidrogenossomas – metabolismo de HC - possui flagelos anteriores
- não forma quistos
- é uma DST considerada uma uretrite não gonocócica - provoca inflamação e erosão das células escamosas do epitélio do tracto genital
- homens quando sintomáticos – uretrite, prostatite - mulheres - forma assintomática - forma aguda - forma crónica - observação microscópica a fresco ou corada (giemsa) de esfregaços do corrimento vaginal ou uretral - cultura de parasitas - detecção de antigénios por imunofluorescência e ELISA
- hibridização com sonda todas com alta sensibilidade
PROTOZOOSES DO SANGUE E TECIDOS
Toxoplasma
gondii
(toxoplasmose)- distribuição mundial
- hospedeiro definitivo – gatos e outros felinos
- hospedeiro intermediário – homem, outros mamíferos e aves - transmissão – ingestão de ocistos (fezes de gatos); ingestão de quistos de carne crua ou mal cozida; transplante de órgãos e transfusão sanguínea; infecção transplacentária - três estágios principais - ocisto - taquizoítos (rápido) - bradizoítos (lentos) - quistos - protozário intracelular obrigatário - período de incubação - 5 a 23 dias - hospedeiros intermediários passam ocistos para os gatos - ocistos não esporulados nas fezes dos gatos
- passam para os hospedeiros intermediários e para mulheres (alimentos e água contaminados)
- passam para a placenta e contaminam o feto
- forma assintomática e benigna
- indivíduos imunocomprometidos (10 a 20%) – infecção aguda – arrepios, febre, cefaleias, mialgias, linfadenites e fadiga
- toxoplasmose em imunocomprometidos - transplantados e doentes com SIDA - reactivação de uma toxoplasmose latente - neurotoxoplasmose – meningoencefalite, encefalopatia; toxoplasmose visceral; febre; cefaleias - toxoplasmose congénita
- primo-infecção materna durante a gravidez e ocorre por passagem transplacentária dos taquizoítos para o feto
- manifestações mais graves quanto mais precoce for a contaminação fetal
- infecção no 1º trimestre – morte in utero, parto prematuro ou toxoplasmose polivisceral
- diagnóstico directo - exame directo de diversos componentes orgânicos por coloração (giemsa, leishman, hematoxilina-eosina e coloração argêntica) - PCR - diagnóstico indirecto - pesquisa de anticorpos IgM e IgG específicos - evitar carne mal cozinhada - não ingerir ou legumes mal lavados - evitar gatos de rua, especialmente gatinhos
Plasmodium
(malária ou
paludismos)
- aeróbio obrigatório, muito activo
- transmissão
- picada da fêmea do mosquito Anopheles
- via sanguínea (malária transfuncional,
toxicodependentes) - via vertical (malária congénita)
- mais frequentes em países quentes
- grupos de risco aumentado – crianças, bebés, grávidas, idosos, doentes, não-imunes
- muito móveis, sem flagelos ou cílios - período de incubação - P. falciparum – 7 a 10d - P. malariae – 18 a 40 d - P. vivax – 10 a 17 d - P. ovale – mais de 8 d - eritrócitos infectados - P. falciparum – todos - P. vivax – jovens e imaturos - P. ovale – jovens e imaturos - P. malariae – maduros
- ciclos alternados entre um hospedeiro artrópode e um vertebrado - mosquito passa os esporozoítos - no fígado formam-se hipnozoítos
- os ovos viajam no sangue e podem ser capturados por outros mosquitos
MALÁRIA - infecção aguda
- síndrome gripal, náuseas e vómitos, febre intermitente (39 a 41º C), arrepios, suores e tremores - esplenomegália, anemia, icterícia
- febre
- P. vivax /P. ovale – dia sim/2 dias não - malária terçã benigna
- P. malariae – dia sim/3 dias não – malária quartã - P. falciparum – dia sim/ 2 dias não – malária terçã maligna
- Malária perniciosa (P. falciparum) - obstrução por capilares
- malária cerebral – apatia, encefalite, epilepsia, coma e morte
- forma intestinal – biliosa, vómitos, diarreia, icterícia
- forma hemoglobinúrica
MALÁRIA
- pesquisa do parasita em esfregaços de sangue corados com Giemsa - pesquisa serológica para estudos epidemiológicos - PCR MALÁRIA - medidas de controlo e erradicação do mosquito - uso de repelentes e insecticidas - roupa apropriada - quimioprofilaxia
NOME
EPIDEMIOLOGIA
MECANISMO DE INFECÇÃOCICLO
PATOLOGIA
DIAGNÓSTICO
PREVENÇÃO
PROTOZOOSES DO SANGUE E TECIDOS (cont.)
Leishmania
(leishmaniose)- reservatório – cão, raposa, roedores
- vector – mosquito dos géneros Phlebotomus e Lutzomia - transmissão – picada de mosquito fêmea - 600 000 novos casos/ano L. donovani e L. infantum - período de incubação – 1 a 3 meses - crianças e idosos (Portugal 85% são crianças) L. tropica, L. mexicana e L. aethiopica - período de incubação – 2 semanas a 2 meses L. braziliensis - P.I. – 2 semanas a 2 m. - forma promastigota - móvel - extracelular - mosquito - forma amastigota - imóvel - intracelular - mamíferos L. donovani e L. infantum
- leishmaniose visceral ou Kala-Azar – febre, arrepios, suores, diarreia, anemia, hepato-esplenomegália, hiperpigmentação e aparecimento de granulomas e perda de peso
L. tropica, L. mexicana e L. aethiopica
- leishmaniose cutânea – local da picada – pápula que evolui para úlcera
L. braziliensis
- leishmaniose mucocutânea – local da picada – pápula que evolui para úlcera com destruição das membranas mucosas e tecidos adjacentes
- observação da forma amastigota em esfregaços corados com Giemsa de material biológico infectado
- cultura em meio NNN ou meio líquido (SICM) - serologia - PCR Trypanosoma T. brucei gambiense /rhodesiense - África subsariana T. cruzi
- América central e do sul
T. brucei gambiense /rhodesiense - P.I. – dias a semanas
T. brucei gambiense /rhodesiense (mosca tsé-tsé) - doença do sono – ulceração no local da picada, febre, mialgias, artralgias, adenopatias, envolvimento do SNC (letargia, tremores, meningoencefalite, atraso mental, coma e morte)
T. cruzi - doença do chagas - assintomática
- infecção aguda – lesão eritmatosa e endurecida (chagoma), rash e edema em redor dos olhos e face, febre, calafrios, mialgias e fadiga
- infecção crónica – hepatoesplenomegalia, miocardite, aumento de esófago e cólon,
envolvimento do SNC (granulomas, meningoencefalite)
- observação do parasita em esfregaços de sangue, de LCR e biopsias - serologia - PCR
NEMÁTODES –
corpo cilíndrico, não segmentado, de forma alongada e de simetria bilateral, com extremidade anterior arredondada e posterior afilada; tubo digestivo completo; sexos separadosAscaris lumbricoides
(ascaridiose)
- helmita mais comum em humanos (1 bilião infectados) - adultos com cor leitosa – macho (20 a 30 cm); fêmea (30 a 40 cm) - transmissão – ingestão de água ou alimentos contaminados com ovos contendo a larva infectante (L3)
- uma fêmea pode pôr 200 mil ovos por dia - os adultos vivem entre 12 a 18 meses
- adultos vivem no ID
- o ovo fértil é ingerido - desenvolve-se no intestino - invade a circulação e vai povoar os pulmões - através das fezes são libertados ovos férteis e inférteis
- assintomática - sintomática
- as larvas passam pelo pulmão – pneumonite - dor abdominal
- obstrução, oclusão e perfuração - peritonite
- parasitose acentuada – febre, vómitos, dor abdominal e distensão abdominal
- pesquisa e detecção dos ovos nas fezes e/ou observação dos vermes eliminados - eosinofilia - saneamento - higiene individual
Trichuris
trichiuria
(trichuríose)
- regiões tropicais e subtropicais - adultos com 3 a 5 cm
- parasita tecidular – toda a região esofagiana do parasita penetra na mucosa intestinal - as fêmeas têm uma postura de 3000/10000 ovos por dia
- o ovo é libertado pelas fezes - 3 semanas depois inicia-se a embriogénese no solo - as larvas eclodem no intestino, penetram e desenvolvem-se na mucosa - habitam no cego - frequentemente assintomática
- sintomas inespecíficos – alteração do trânsito intestinal, dores abdominais, quadros diarreicos autolimitados
- parasitose elevada – dor e distensão abdominal, diarreia sanguinolenta e prolapso rectal
- pesquisa e detecção de ovos nas fezes
- eosinofilia - saneamento - higiene individual
Entero
vermicularis
(oxiurose)
- distribuição mundial (climas frios e temperados)
- frequentes em escolas, famílias - transmissão fecal-oral (ingestão dos ovos)
- adultos de cor branca (macho com 2 a 5 mm e fêmea 8 a 13 mm) - ~20000 ovos já embrionados
- forma adulta vive no cólon - autoinfecção e retroinfecção
- frequentemente assintomática - prurido anal
- perda de sono e fadiga
- observação de vermes e/ou ovos na região perianal (recolhidos com adesivos e observados ao microscópio) - higiene pessoal - higiene alimentar
NOME
EPIDEMIOLOGIA
MECANISMO DE INFECÇÃOCICLO
PATOLOGIA
DIAGNÓSTICO
NEMÁTODES (cont.)
Ancylostoma
(ancilostomose)- climas quentes e húmidos (tropicais e subtropicais) - transmissão – penetração das larvas filarióides (L3 ou infectantes por via transcutânea ou oral
- parasitas hematófagos - cápsula bucal profunda, com 2 pares de dentes e 1 par de lâminas cortantes - cor róseo-avermelhada - macho com 5-11 mm e fêmea com 9-13 mm - macho apresenta bolsa copuladora
- vermes adulto vivem na mucosa do intestino delgado - ovos nas fezes
- vivem cerca de 6 meses em solo arenoargiloso, com matéria orgânica, bastante húmido, temperatura entre os 20 e 30ºC e ausência de luz solar directa
- forma larva rabdiforme
- larva filariforme que penetra na pele
- reacção alérgica e rash no local de entrada - pneumonite
- quadros dispépticos – náuseas, vómitos e diarreias por vezes sanguinolentas - anemia microcítica hipocrómica
A. braziliensis e A. Caninum – larva migrans cutânea
- a L3 penetra activamente na pele do homem e migram através do tecido subcutâneo durante semanas ou meses criando túneis serpenteados
- pesquisa e detecção de ovos nas fezes
Strongyloides stercoralis (estrongiloidíose)
- climas quentes e húmidos - transmissão – penetração das larvas filarióides (L3 ou infectantes) por via transcutânea ou oral
- auto-infestação (+30 anos)
- habita a mucosa das vilosidades intestinais (duodeno e jejuno)
- ciclo de vida livre fora do corpo do hospedeiro
- erupção cutânea pruginosa no local de entrada - pneumonite
- quadros dispépticos – dores gástricas, náuseas, vómitos e diarreias
- hiperinfestação – lesões tecidulares graves – fígado, peritonite, lesão cerebral, baço, coração
- pesquisa de larvas rabditoides nas fezes – cultura de fezes
Toxocara
(larva migrans intestinal)
- ascaris (lombrigas) dos cães e gatos
- homem é hospedeiro acudental e inadequado - transmissão – ingestão de ovos embrionados
- semelhante ao Ascaris lumbricoides
- larvas são transportadas pelo sangue até ao fígado, pulmão, mas não completam o processo de maturação
- assintomática - eosinofilia
- febre, hepatomegália, infiltrados pulmonares e tosse, alterações neurológicas, endoftalmite, destruição tecidular - clínico - serologia - biópsia
Trichiella
spiralis
- reservatório – homem e outros animais (porco, rato, cão, gato)- transmissão – ingestão de carne mal cozida
- um único hospedeiro alberga sucessivamente os vermes adultos no intestinos e as larvas nos músculos
- as larvas desenquistam por acção dos sucos gástricos; 48h depois há vermes adultos no intestino; após cópula o macho morre; os ovos eclodem no útero e a fêmea vivípara elimina as larvas; estas atingem a circulação e espalham-se por todo o corpo; só atingem maturidade nos músculos estriados esqueléticos; forma-se um quisto fibroso em volta da larva
- assintomática - síndroma gripal - edema peri-orbital - vasculite - SNC, miocardite, pneumonia - eosinofilia - biópsia muscular - pesquisa de anticorpos específicos
Filárias
- nemátodos vivíparos com dismorfismo sexual
- necessitam de um artrópode como hospedeiro intermediário - filárias cutâneas – Loa-Loa (africana); Onchocerca volvulus (africana; humano);
Dracunculus medinensis; Dipetalomena streptocerca -filárias linfáticas – Wuchereria bancrofti; Brugia malayi (especificamente humano) - filárias peritoniais – Dipetalonema perstans; Mansonella ozzardi - vermes adultos (macrofilárias) parasitam o sistema circulatório, linfático, músculos e cavidades serosas - as larvas (microfilárias) estão no sangue e pele - Wuchereria bancrofti; Brugia malayi – P.I. – 6 a 12 meses
- Onchocerca volvulus – P.I. – meses a 1 ano
- Loa-Loa – mais de 1 ano
- nos hospedeiros intermediários
- as microfilárias passam a parede do estômago; nos músculos torácicos passam a larvas infectantes; chegam às peças bucais e são depositadas na pele do novo hospedeiro
- nos hospedeiros definitivos
- as larvas penetram a pele lesada; chegam aos vasos sanguíneos e gânglios linfáticos; transformam-se em adultos; as fêmeas desenvolvem as larvas que vão para a corrente sanguínea
- Wuchereria bancrofti; Brugia malayi – vivem no sistema linfático e têm periodicidade nocturna no sangue
- Onchocerca volvulus – não apresentam periodicidade; podem ser encontradas no tecido conjuntivo
- Loa-Loa – periodicidade diurna no sangue; formas adultas no tecido subcutâneo e globo ocular
Wuchereria bancrofti; Brugia malayi - assintomático
- reacção inflamatória com granuloma em redor do parasita
- linfagectasia – dilatação dos vasos linfáticos - aumento dos membros superiores, inferiores e escroto – elefantíase
Onchocerca volvulus
- os vermes adultos provocam a formação de nódulos fibrosos na pele
- lesões degenerativas e cegueira Loa-Loa
-nódulos dolorosos e pruriginosos
Wuchereria bancrofti; Brugia malayi; Loa-Loa - eosinofilia - esfregaços de sangue (Giemsa) - pesquisa de Ag filarianos (ELISA) Onchocerca volvulus - biopsia da pele -pesquisa de anticorpos - imagem - ultrasonografia, ecografia
NOME
EPIDEMIOLOGIA
MECANISMO DE
INFECÇÃO
CICLO
PATOLOGIAS
DIAGNÓSTICO
PREVENÇÃO
TREMÁTODES – parasitas obrigatórios; corpo achatado e oval; hermafrodita (excepto schistosomas); ciclo de vida em vários hospedeiros (1º hospedeiro intermediário é um molusco)
Fasciola
hepática
(fascíolose)
- regiões temperadas (endémica em países com criação de carneiros) - hospedeiro definitivo – herbívoros - transmissão – ingestão de metacercárias enquistadas em vegetais crus
- habita as vias biliares
- ovo nas fezes de herbívoros - no solo passam a metacercárias e são ingeridos pelos mesmos herbívoros e pelos humanos - as larvas atravessam a parede do duodeno, em direcção ao ducto biliar onde se transformam em vermes adultos
- cólica hepática - hepatomegália - febre, calafrios - elevada eosinofilia
- hepatite e hiperplasia do epitélio - obstrução biliar
- pesquisa e detecção dos ovos operculados nas fezes - serologia
Schistosoma
(schistosomose) - climas tropicais (200 milhões de infectados) - vermes dioicos - habitam os plexos venosos S. mansoni e S. japonicum- nos plexos venosos mesentéricos S. haematobium - nos plexos venosos vesicais e pélvicos
- ingestão de moluscos infectados - entram em circulação
- migram para o fígado e transformam-se em adultos - são eliminados pela urina e pelas fezes
S. mansoni e S. japonicum
- dermatite com reacção alérgica, prurido e edema - febre, mal-estar, tosse, hepatite, dor abdominal, diarreia, fezes sanguinolentas, hepatoesplenomegália e acumulação de líquido ascítico na cavidade peritoneal S. haematobium
- dermatite com reacção alérgica, prurido e edema - febre, mal-estar
- pulmão – tosse, dispneia e hemoptise
- disúria, hematúria, polaquiúria e oclusão da uretra - carcinoma da bexiga
- pesquisa de ovos na urina e nas fezes com concentração da amostra
- biopsia vesical/ rectal - serologia
CÉSTODOS
– vermes hermafroditas; corpo comprido e achatado; não têm aparelho digestivo diferenciado; alimentos são absorvidos através do tegumento; podem ter de poucos milímetros a vários metrosTaenia
solium/
Taenia
saginata
- climas quentes - transmissão - ingestão de carne do hospedeiro intermediário, crua ou mal cozinhada, contendo cisticercos (forma larvar)- cisticercose – fecal-oral, auto-infecção entre humanos por ovos - hospedeiro intermediário – suínos e bovinos - hospedeiro definitivo - homem - corpo dividido em escolex e estróbilo (conjunto de proglotes) - cisticerco – escólex + colo + vesícula membranosa - escólex
- órgão adaptado para a fixação
- apresenta 4 ventosas formadas de tecido muscular
- a Taenia solium possui uma dupla coroa de ganchos (25 a 5º ganchos)
- os ovos são ingeridos através de carne
- desenvolvem-se nos intestino - os ovos são eliminados pelas fezes (podem voltar a infectar hospedeiros intermediários) - cisticerco da T. solium - no tecido subcutâneo, muscular, cardíaco, cerebral e ocular dos suínos e acidentalmente no homem; oncosfera penetra na parede intestinal; migra pela circulação originando os cisticercos
T. solium / T. saginata - teníase - assintomática
- desconforto abdominal, indigestão, diarreia, perda de peso
T. solium – cisticercose
- calcificação – músculos, cérebro, pulmões, olhos - cérebro – meningite, convulsões, epilepsia, defeitos visuais
- olhos – perda das capacidades visuais
Teníase
- detecção de proglotes e ovos nas fezes
Cisticercose - imunológico - radiológico – raio-X, ultrasonografia, ressonância magnética, tomografia computadorizada
Echinococcu
sgranulosis
- hospedeiro intermediário – ovinos, herbívoros e homem - hospedeiro definitivo – cão, raposa, lobo, coiote, chacal- mede de 3 a 6 mm - escolex periforme com 4 ventosas e uma coroa de ganchos (30 a 36) - estróbilo – 3 proglotes
- vivem no intestino do cão - os ovos são expulsos pelas fezes - os herbívoros ingerem-nos - forma-se quisto hidático (fase larvar) que permanece nas vísceras
- as vísceras são consumidas pelo cão
- fígado – pressão sobre os canais biliares, dor, ruptura biliar
- pulmão – tosse, dor torácica, dificuldade respiratória - SNC
- ossos
- ruptura – choque anafilático, morte e disseminação da infecção
- clínico - serológico - radiológico