Compostos de
Coordenação
Unidade II
SUMÁRIO
1. Histórico
2. Tipos de ligantes e nomenclatura dos compostos de coordenação
3. Geometria e Isomeria 4. Efeito Jahn-Teller
4. Ligações nos compostos de coordenação (TLV e TCC) 6. Magnetismo
7. Um pouco sobre TOM
Compostos de Coordenação
São compostos formados através da interação ácido- base de Lewis
Co2+
Compostos de Adição
KCl + MgCl2 + 6H2O → KCl.MgCl2 .6H2O
K2SO4 + Al2(SO4)3 + 24H2O → K2SO4.Al2(SO4)3 . 24H2O
CuSO4 + 4NH3 + 2H2O → CuSO4.4NH3 .2H2O
Fig 2.O íon MnO4-em
água
Os compostos de adição pertencem a dois tipos:
1)
Aqueles que perdem sua identidade em solução
(sais duplos)
2)
Aqueles que mantêm sua identidade (complexos
ou compostos de coordenação).
A química de compostos de coordenação ou química de
complexos como a conhecemos hoje começou com os trabalhos de Alfred Werner, prêmio Nobel de Química de 1913.
Histórico: O trabalho de Werner
Alfred Werner, através de estudos envolvendo reações químicas, explicou a natureza das ligações nos compostos de coordenação e concluiu que, nestes compostos, existem dois tipos de valência: as primárias e as secundárias
Histórico: O trabalho de Werner
Werner verificou que:
a) CoCl3.6NH3 + AgNO3 3AgCl
b) CoCl3.5NH3 + AgNO3 2AgCl
c) CoCl3.4NH3 + AgNO3 1AgCl
Experimento de Werner (1893)
Valências primárias e secundárias:
Representação moderna dos Compostos de Coordenação
Representação Antiga Representação Moderna
CoCl
3.6NH
3[Co(NH
3)
6]
3+3Cl
-CoCl
3.5NH
3[Co(NH
3)
5Cl]
2+2Cl
-CoCl
3.4NH
3[Co(NH
3)
4Cl]
+Cl
Número máximo de ligantes: NAE
A regra do número atômico efetivo (NAE) diz que quando se forma um complexo (composto de coordenação) há a adição de ligantes até que o número de elétrons do átomo metálico central fique igual a quantidade de elétrons do próximo gás nobre.
Exemplo:
O Fe (II) possui 24 elétrons, o próximo gás nobre é o Criptônio com 36 elétrons. Desta forma, o Fe2+ pode acomadar mais 12 elétrons na sua esfera de coordenação, ou seja, 6 ligantes.
Número máximo de ligantes: NAE
Tipos de Ligantes
Ligantes monodentados:
Tipos de Ligantes
Ligantes polidentados:
Compostos de coordenação com ligantes polidentados e
bidentados, são chamados de complexos quelatos.
Albaneide Fernandes WanderleyTipos de Ligantes
Ligantes ambidentados:
Natureza dos compostos de coordenação
Neutros, catiônicos e aniônicos:
Nomenclatura dos Compostos de Coordenação
O nome de um composto de coordenação deve
responder aos seguintes questionamentos:
Qual o metal no complexo ?
O átomo do metal está no cátion ou no ânion ?
Qual o estados de oxidação do metal ?
É
preciso entender a fórmula do composto de
coordenação antes de nomeá-lo:
- Primeiro o símbolo do átomo central, seguido das fórmulas
ou abreviações dos ligantes iônicos e depois neutros;
- Dentro de cada classe de ligante, as espécies são colocadas em ordem alfabética em relação ao símbolo do átomo ligante.
- Os sinais, parênteses, chave e colchetes, devem ser empregados nesta ordem, ou seja, [ { ( ) } ], para englobar um conjunto de grupos idênticos e para evitar confusões nas fórmulas.
Exemplos: [PtCl3(C2H4)]+ [CoCl2(NH3)4]+
Nome do ânion + nome do cátion
Nomenclatura dos Compostos de Coordenação
Nomenclatura dos Ligantes - Ligantes aniônicos terminam em -o
Nomenclatura dos Compostos de Coordenação
Outro ligantes aniônicos comuns:
Hidreto
H
-Amideto
H
2N
-Imideto
HN
2-Azoteto
N
3--
Os ligantes são identificados por um nome precedido por
prefixo grego que dá o número de unidades do ligante
ligadas ao átomo
.
Nomenclatura dos ligantes neutros
Os ligantes neutros têm em geral o nome da molécula. Existe exceções
Nomenclatura dos ligantes
Os prefixos que indicam o número de ligantes são:
mono (1 ligante - geralmente omitido)
di (2 ligantes)
tri (3 ligantes)
Tetra (4 ligantes)...
Quando o nome do ligante também tem prefixo numérico, o número dos ligantes é identificado por:
Bis (2 ligantes) Tris (3 ligantes) Tetraquis (4 ligantes) Pentaquis (5 ligantes) hexaquis (6 ligantes)...
Nomenclatura dos Compostos de Coordenação
Uso de parênteses, chaves e colchetes nos nomes dos complexos:
A justaposição de nomes pode prejudicar a clareza ou conduzir a formas incorretas do ponto de vista ortográfico. Por exemplo:
[CoCl3(NH3)2(H2NCH3)] Diamintriclorometilaminacobalto(III) Ambiguidade
Diamintricloro(metilamina)cobalto(III)
Nomenclatura dos Compostos de Coordenação
[Ru(HPO4)2(OH)2(NH3)2]
3-Íon Diamindihidrogenofosfatodihidroxirutenato(III)
Íon diaminbis(hidrogenofosfato)di(hidroxi) rutenato(III)
Abreviações mais comuns:
Quando o complexo é neutro ou catiônico: Nome do átomo.
Quando o complexo á aniônico: Nome do átomo de metal com a terminação -ato, algumas exceções são:
Nomenclatura do metal central nos Compostos de Coordenação
Ligantes que funcionam como conectivos ou pontes entre dois ou mais átomos centrais são indicados pela letra grega μ, como um prefixo do nome do ligante, separado por hífen. Dois ou mais ligantes de conexão são indicados por di-μ, tri-μ...
Outros casos
Geometria e Isomeria dos
Compostos de Coordenação
Geometria
Favorecem a formação de complexos:
a) íons pequenos de carga elevada e orbitais
vazios de energia adequada;
b) atendimento à regra do NAE;
Geometria dos Compostos de Coordenação
Número de coordenação 2:
Poucos complexos com NC = 2 são conhecidos, eles são, geralmente, limitados aos íons +1 do Grupo 11 e para o Hg(II), todos com configuração d10. Estes complexos são lineares.
Geometria dos Compostos de Coordenação
Número de coordenação 3:
O poliedro de coordenação é um triângulo equilátero com o íon metálico no centro do plano. São reros e podem apresentar distorções no ângulo regular de 120o
NC igual a 4 origina a geometria quadrado-planar ou tetraédrica. Para átomo ou íon central pequeno ou ligantes grandes há favorecimento de complexos tetraédricos.
Exemplos:
[BF
4]
-, [Ni(CO)
4], [Zn(NH
3)
4]
2+ Configurações eletrônicas
d
8e s
1d
7induzem a
geometria
quadrada planar.
Exemplos: [Pt(NH
3)
4]
2+, [PdCl
4]
2-.
Número de coordenação 5:
Geometria possíveis:
. a bipirâmide trigonal e a pirâmide
quadrada (pirâmide de base quadrada). Complexos com esta
geometria são raros.
Número de coordenação 6:
A Grande maioria dos complexos são octaédricos:
Geometria sem distorções arranjo octaédrico regular •Podem apresentar algumas distorções:
a) Distorção Tetragonal (D4h): 2 ligantes trans ao longo de um eixo ( Efeito Jahn-Teller)
a)
Número de coordenação 6:
b) Distorção Rômbica: 2 Pares de ligantes trans, um mais afastado um mais próximo.
c) Distorção Trigonal: Faces opostas do octaédrico se afastam.
Algumas Considerações
1) Se o átomo ou íon central tem a configuração de gás nobre ou tem orbitais d completos (d10) a previsão da geometria pode
ser feita baseada apenas na consideração dos efeitos estéricos.
2) Os números de coordenação encontrados nos complexos do bloco d estão entre 2-8, sendo os mais frequentes 4 e 6. Têm sido encontrados números maiores como 9, 10 e 12. Exemplo: ReH92-.
3) Nos lantanídeos e actinídeos ocorrem números de coordenação variando de 6 a 12, sendo os mais frequentes entre 7 e 9. Números de coordenação maiores como 10 e 12 ocorre com íons pequenos e bidentados como o nitrato.
4) Os metais para apresentarem números de coordenação maiores devem ter uma razão carga/raio que possibilite fortes ligações metal-ligante e ao mesmo tempo minimize as repulsões ligante-ligante.
Isomeria
Os tipos mais comuns de isomeria que acontecem em compostos de coordenação são:
a) de ligação b) de ionização c) de hidratação d) de coordenação
e) geométrica (Cis e trans) f) ótica
Isomeria de Ligação
Isomeria de ligação ocorre quando ligantes ambidentados estão presentes em compostos de coordenação:
Isomeria de Ionização
A isomeria de ionização ocorre quando ligantes e contraíons trocam de posição.
Isomeria de Hidratação
A isomeria de hidratação ocorre quando um ou mais
ligantes aquo são substituídos pelos contraíons:
Isomeria de Coordenação
A isomeria de coordenação ocorre quando:
Íons complexos diferentes a partir de uma mesma
fórmula molecular. Exemplo: A fórmula molecular
Cr(CN)
3.Co(CN)
3.6NH
3pode
representar
os
complexos:
Isomeria Geométrica (NC=4)
Número de coordenação 4 gera geometria tetraédrica e
quadrado planar
. Para geometria quadrado planar, com
fórmula geral
MA
2B
2,dois arranjos são possíveis:
Isomeria Geométrica (NC=4)
Para geometria quadrado planar, com fórmula geral
Isomeria Geométrica (NC=4)
Para geometria quadrado planar, com fórmula geral
MABCD
,deve haver mais informações na fórmula:
Isomeria Geométrica (NC=6)
- Complexos com fórmula geral
[MA
6] e [MA
5B]
,não
há isômeros.
- Fórmula geral (
MA
4B
2]: dois tipos de isômeros são
possíveis.
Isomeria Geométrica (NC=6)
Isomeria Geométrica (NC=6)
- Fórmula geral (
MA
3B
3]:
Coordenação meridional e
coordenação facial
Isomeria Geométrica (NC=6)
- Quando o complexo quadradro planar IrCl(PMe
3)
3(onde PMe
3, é trimetilfosfina) reage com Cl
2, dis
produtos hexacoordenados de fómula [IrCl
3(PMe
3)
3] são
obtidos. O espectro de RMN-P
31indica um ambiente em
torno do P em um destes isômeros e dois ambientes em
torno do outro isômero. Quais isômeros são possíveis?
Exercício
Isomeria Geométrica (NC=6)
- Fórmula geral [
MA
2B
2C
2]:
Várias possibilidades de
isomeria
Isomeria ótica
Assimetria induz a presença de enantiômeros
Número de coordenação 4
Isomeria ótica
Isomeria ótica
Número de coordenação 4
O critério para quiralidade é a ausência de um eixo de rotação impróprio, Sn (eixo de rotação seguido de refexão em um espelho horizontal), ou de um centro de inversão, i.Albaneide Fernandes Wanderley
Isomeria ótica
Exercício:
-Quais dos complexos são quirais [Cr(edta)]- , [Ru(bipy)3]2+ [PtCl(dien)]+
Teorias de Ligação para
Compostos de Coordenação
A Teoria de Ligação de Valência (TLV)
A abordagem da TLV para os compostos de coordenação:
1) Se dá através da hibridação de orbitais atômicos do átomo central; 2) Depende da simetria, geometria do complexo e propriedades magnéticas.
3) A ligação metal-ligante é descrita considerando que os elétrons dados pelo ligante ocupam orbitais híbridos no centro metálico.
A Teoria de Ligação de Valência (TLV)
Exemplo 1:
[Ag(CN)
2]
-Diamagnético
Exemplo 2:
[Co(NH
3)
6]
3+Diamagnético
-
Complexo de esfera interna
Exemplo 3:
[CoF
6]
3-Paramagnético
-
Complexo de esfera externa (alta energia)
Pratique!
Não explica satisfatoriamente as propriedades magnéticas, principalmente com a variação da temperatura.
Não explica porque alguns compostos de Ni2+ são octaédricos,
quadrado planar e tetraédricos.
Não explica a cor dos compostos de coordenação
Teoria do Campo Cristalino (TCC)
Na TCC, as interações entre os ligantes e o metal central são puramente eletrostáticas.
Teoria do Campo Cristalino (TCC)
Teoria do Campo Cristalino (TCC)
-Aproximação dos ligantes
Teoria do Campo Cristalino (TCC)
Para calcular o valor de ∆ é conveniente usar a
técnica de espectroscopia eletrônica
Espectrosopia
A maioria dos compostos de coordenação são
coloridos, este fato está associado a emissão de
radiação eletromagnética na região do UV-vis.
Espectrosopia
Para este complexo, a promoção do elétron correrá
quando a energia incidida sobre ele for de 20.300 cm
-1ou 493 nm. Como calcular este valor?
Espectrosopia
Entenda...
O elétron absorve parte da radiação, ficando em um
estado excitado e emite o que “sobrou” na forma de
luz visível .
Espectrosopia
Espectrosopia
Espectro de absorção
Número de onda (ῦ / cm-1) e comprimento de onda (λ / nm)
Número de onda se refere a energia da radiação,
sendo o número de oscilações de uma radiação no
intervalo de 1 cm
Número de onda (ῦ / cm-1) e comprimento de onda (λ / nm)
Interconversão entre número de onda x comprimento de onda
Exemplo:
Converter 298 nm em número de onda
(energia)
Teste seu conhecimento:
Converter 28100 cm
-1em nm
Energia de Estabilização do Campo Cristalino (EECC)
Configuração d
1:
Energia de Estabilização do Campo Cristalino (EECC)
Configuração d
2:
A EECC é de 2x (-2/5) de ∆o
Configuração d
3:
A EECC é de 3x (-2/5) de ∆o
Energia de Estabilização do Campo Cristalino (EECC)
Energia de Estabilização do Campo Cristalino (EECC)
Campo fraco
Campo forte
Energia de Estabilização do Campo Cristalino (EECC)
Energia de Estabilização do Campo Cristalino (EECC)
Baixo spin (Campo Forte)
Alguns fatores influenciam na magnitude de ∆
o:
a)
A geometria da coordenação e o número de ligantes:
quanto maior o número de ligantes, mas forte vai ser o
campo.
b)
O estado de oxidação do metal e sua natureza:
Mn
2+<Ni
2+<Fe
2+<V
2+<Fe
3+<Co
3+<Mn
+4<Mo
3+<Rh
3+<Ru
3+<Pd
4+<Ir
3+<Pt
4+Alguns fatores influenciam na magnitude de ∆
o:
c)
A natureza do centro metálico:
o valor de ∆
Fatores que influenciam a magnitude de ∆
a) A natureza do ligante: a TCC não explica a influência dos ligantes no valor de ∆, mas uma série experimental foi estabelecida. Esta série é conhecida como série espectroquímica
I
-1<
Br
-1<
Cl
-1<
SCN
<
F
-1<
H
2N-C-NH
2<
OH
-1<
CH
3COO
<
C
2O
4<
H
2O
<
NCS
<
piridina
NH
3
en
<
dipiridina
<
NO
2-1<
CN
CO
PR
3Teoria do Campo Cristalino – Complexos Tetraédricos
A TCC em compostos tetraédricos está relacionada com a geometria de coordenação cúbica.
Nesta orientação, os ligantes não interagem com os orbitais “e” (dz2 e dx2-y2 ), que
estão sobre eixos cartesianos (na face do cubo), e interagem fracamente com os orbitais “t2” d xy, dxz e dyz que estão entre os eixos cartesianos.
Teoria do Campo Cristalino – Complexos Tetraédricos
Teoria do Campo Cristalino – Complexos Tetraédricos
Interação fraca
Teoria do Campo Cristalino – Complexos Tetraédricos
O resultado é que o
diagrama de energia de
um sistema tetraédrico
é exatamente o inverso
Teoria do Campo Cristalino – Complexos Tetraédricos
No caso de um sistema tetraédrico (4 ligantes)
o desdobramento do campo cristalino é menor:
Δ
t= 4/9 do Δ
o(~ 56% menor).
Complexos
de
geometria tetraédrica são majoritariamente de
campo
cristalino fraco (Δ
t< P).
Fatores que influenciam a magnitude de ∆
Exercício: Determine a configuração, o número de elétrons emparelhados e a EECC como múltiplo de ∆o ou ∆t. Use a série espectroquímica para decidir, onde for relevante, quais são de campo forte e quais são de campo fraco.
a) [Co(NH3)6]3+ b) [Fe(OH 2)6]2+ c) [Fe(CN)6]3- d) [Fe(OH 2)6]2+ e) [Cr(NH3)6]3+ f) [Fe(Cl) 4] g) [Ni(CO)4] I-1 < Br-1< Cl-1 < SCN < F-1< H 2N-C-NH2 < OH-1< CH3COO < C2O4< H2O < NCS < piridina NH3 en < dipiridina < NO2-1 < CN CO PR 3
Distorções tetragonais (Efeito Janh-Teller)– Sistemas octaédricos
Enunciado: “Para uma molécula não-linear que está em um estado eletronicamente degenerado, distorções geométricas podem ocorrer para que ocorra uma redução em sua simetria e consequente quebra de degenerescência para que a energia do sistema seja minimizada.”
Distorções tetragonais (Efeito Janh-Teller)– Sistemas octaédricos
Ao comprimir o orbital dz2 a repulsão eletrônica aumenta e sua energia é aumentada.
Distorções tetragonais (Efeito Janh-Teller)– Sistemas octaédricos
Ao alongarmos o orbital dz2 a repulsão eletrônica diminui e sua energia é diminuída.
Distorções tetragonais (Efeito Janh-Teller)– Sistemas octaédricos
Ao comprimirmos o orbital dz2 a repulsão eletrônica aumenta e sua energia é aumentada.
Distorções tetragonais (Efeito Janh-Teller)– Sistemas octaédricos
Exemplo: configuração d
1[Ti(OH
2)
6]
3+Distorções tetragonais (Efeito Janh-Teller)– Sistemas octaédricos
Exemplo: configuração d
9[Cu(OH
2)
6]
2+A distorção tetragonal leva a uma maior estabilidade.
Albaneide Fernandes WanderleyDistorções tetragonais (Efeito Janh-Teller)– Sistemas octaédricos
Exemplo: configuração d
6K
3[CoF
6]
Distorções tetragonais (Efeito Janh-Teller)– Sistemas octaédricos
Evidências Experimentais
K
3[CoF
6]
É possível visualizar duas transições
TCC- Complexo quadrado planar
Um complexo octaédrico onde através do efeito de “alongamento” (distorção tetragonal) os ligantes ao longo do eixo “z” são removidos para o infinito. A estrutura molecular remanescente possui geometria quadrado-planar.
TCC- Complexo quadrado planar
É possível obter a geometria quadrado planar quando íons metálicos d8 interagem com ligantes de campo forte (mais a direita da série
espectroquímica).
TCC- Complexo quadrado planar
1) Elementos da série 3d necessitam obrigatoriamente de ligantes de campo forte para que a geometria quadrado-planar seja favorecida. Caso contrário, serão tetraédricos.
Observações importantes:
2) Elementos das séries 4d e 5d o papel do ligante é menos importante uma vez que estes metais já apresentam por natureza grandes valores de ∆. Seus complexos serão, em sua maioria, quadrado-planares.
Medidas Magnéticas
Onde H é o campo magnético externo ou aplicado
M é o campo magnético induzido
χ é a constante de proporcionalidade ou susceptibilidade magnética
Medidas Magnéticas
Materiais Diamagnéticos (χ ≤ 0 ): São materiais em que os elétrons estão emparelhados.
Materiais Paramagnéticos (0< χ ≤ 1 ): Estes materiais contêm um ou mais elétrons desemparelhados. Este é o caso de muitas configurações dos metais nos complexos.
Materiais Ferromagnéticos (χ > 1 ): Nesses materiais, a magnitude do campo magnético gerado é maior que o campo aplicado. Este é comportamento típico do ferro metálico (por isso ferromagnético), níquel e alguns outros metais.
Medidas Magnéticas
Balança Magnética de Gouy
Como cada elétron desemparelhado tem S=1/2, então S=(1/2)N, onde N é o número de elétrons desemparelhados. Assim: µ = {N(N+2)}1/2µB