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Biblioteca Digital do IPG: Relatório de Estágio Curricular – Jardim de Infância do Bairro do Pinheiro (Guarda)

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RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Licenciatura em Animação Sociocultural

Joana Raquel Teixeira da Costa dezembro j 2017

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RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Licenciatura em Animação Sociocultural

Joana Raquel Teixeira da Costa

dezembro | 2017

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Jardim de Infância Bairro do Pinheiro ii

Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto

Instituto Politécnico da Guarda

Relatório de Estágio

Licenciatura de Animação Sociocultural

Joana Raquel Teixeira da Costa

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Jardim de Infância Bairro do Pinheiro iii

Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto

Instituto Politécnico da Guarda

Relatório de Estágio

Joana Raquel Teixeira da Costa

Relatório para obtenção do grau de licenciatura em Animação

Sociocultural

Jardim de Infância do Bairro do Pinheiro

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Jardim de Infância Bairro do Pinheiro iv

Ficha de Identificação

Nome do Discente: Joana Raquel Teixeira da Costa Número de aluno: 5007616

E-mail: ctrj_29@hotmail.com Curso: Animação Sociocultural

Estabelecimento de Ensino: Instituto Politécnico da Guarda Escola: Superior de Educação, Comunicação e Desporto (ESECD) Docente Orientadora: Florbela Lages Antunes Rodrigues

Instituição de Estágio: Jardim de Infância do Bairro do Pinheiro Morada: Rua Dr. Antero Marques 6300-828

Telefone: 271238766

Supervisor na Instituição: Dª Maria José dos Santos Marques Grau Académico: Licenciatura

E-mail: tomimarques@live.com.pt

Duração do Estágio: 400 horas

Data de Início do Estágio: 16 de março de 2017 Data da Conclusão do Estágio: 31 de julho de 2017 Ano Letivo: 2016/2017

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Ser criança é acreditar que tudo é possível. É ser inesquecivelmente feliz com muito pouco. É tornar-se gigante diante de gigantescos pequenos obstáculos. Ser criança é fazer amigos antes de saber o nome deles. É conseguir perdoar muito mais fácil do que brigar. Ser criança é ter o dia mais feliz da vida, todos os dias. Ser criança é o que a gente nunca deveria deixar de ser.

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Agradecimentos

É com grande orgulho que após três anos de dedicação e formação no curso de Animação Sociocultural posso dizer que concretizei um dos meus objetivos de vida.

Agradeço ao Instituto Politécnico da Guarda (IPG), um grande e especial obrigada à Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto (ESECD).

À professora Florbela Antunes,minha orientadora de estágio, um grande bem-haja por todo o carinho, apoio, disponibilidade e principalmente por toda a dedicação que teve para comigo, não só ao longo destes três anos de licenciatura, mas especialmente no meu percurso de estágio e na elaboração do presente relatório, é maravilhoso encontrarmos pessoas como a senhora na nossa vida, um grande bem-haja por tudo.

Agradeço a todos os docentes que me ajudaram e apoiaram ao longo de todo o meu percurso académico, obrigado pelos ensinamentos que me transmitiram, por todos os conselhos que me deram e por toda a força, graças a todo o apoio que me foi cedido tudo se tornou mais fácil de enfrentar, um muito obrigada!

À Educadora Maria José, supervisora de estágio, à Dª Paula e à Dª Céu, assistentes operacionais, o meu grande bem-haja pelo acolhimento, pelos conselhos, pela ajuda, pela imensidão de carinho e amor que me foi cedido e por tudo o que me proporcionaram ao longo de todo o meu estágio.

Aos meus meninos de estágio, obrigada por todos aqueles abraços, por todos os beijos, por todos os ensinamentos, principalmente por todos os vossos sorrisos, obrigado por fazerem dos meus dias de estágio uma imensa alegria, foi um enorme privilégio estar na vossa companhia, acompanhar cada dia da vossa evolução.

À Ana Marques, uma verdadeira amiga, na verdade à minha irmã, irmã esta que nunca tive, nem tenho palavras, só tenho de agradecer tudo o que fez por mim, um gigantesco obrigada por toda a amizade, todo o carinho, todo o amor, por todos os momentos que passámos, por toda a força que me deu, obrigada por não me deixar desistir, foi, é e será, sem dúvida, essencial na minha vida.

Muito obrigada também aos meus colegas de turma, pela paciência, pelo apoio, carinho, amizade e por todos os momentos ao longo dos três anos, crescemos juntos e aprendemos juntos.

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Aos meus pais e avós um agradecimento especial, são o maior pilar da minha vida, obrigada por tudo, por não me deixarem cair em nenhum momento, por não me deixarem desistir, por todo o amor que sempre me deram, todo o carinho e toda a força, pela confiança e pela paciência, são a minha vida, o meu porto de abrigo, devo-lhes tudo, se tudo isto é possível é graças a eles, a todo o seu esforço e dedicação.

Não posso deixar de agradecer também a todos os meus colegas de trabalho por todo o apoio que me deram, muito obrigada.

A todos aqueles que contribuíram de alguma forma para terminar esta etapa da minha vida com sucesso, o meu obrigada.

Agradeço toda a disponibilidade, o tempo, o amor, alegria, atenção, carinho e subretudo todos os sorrisos, obrigado a todos por não me fazerem desistir.

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Resumo

O presente relatório surge no âmbito do estágio curricular integrado na Licenciatura em Animação Sociocultural, da Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto, do Instituto Politécnico da Guarda. Tem como objetivo apresentar e descrever pormenorizadamente cada detalhe relativamente à minha experiência em contexto de estágio curricular que me enriqueceu imenso a nível profissional e pessoal.

O estágio decorreu no Jardim de Infância do Bairro do Pinheiro, instituição que me permitiu realizar todas as atividades socioculturais propostas por mim, fui auxiliando os outros professores, que a instituição já acolhia e em simultâneo renovei toda a decoração vitral presente na sala de Atividades de Animação de Apoio à Familía.

O público-alvo pela qual tive o maior prazer de trabalhar são crianças entre os 3 e os 5 anos.

Os objetivos principais do estágio tinham o desafio de melhorar o dia-a-dia de cada crinça que se encontrava no jardim, modificando assim o seu comportamento, elevar a autoestima e autonomia, promover atitudes de respeito ajuda e cooperação, fomentar dinâmicas de grupo, desenvolver o raciocínio-lógico, a expressão oral e corporal, a coordenação motora e a perceção auditiva e visual de cada criança e principalmente promover uma participação ativa em todas as atividades propostas.

Palavras-chave: Jardim de Infância; Animação Sociocultural; Animador

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Índice Geral

Ficha de Identificação ... iv Agradecimentos ... vi Resumo ... viii Introdução ... 1

Capítulo I – Contextualização do Jardim de Infância do Bairro do Pinheiro 1 - Enquadramento Geográfico da Cidade da Guarda ... 4

1.1 - Jardim de Infância do Bairro do Pinheiro ... 5

Capítulo II – Enquadramento Teórico 2 - A Animação Sociocultural... 11

2.1 - Âmbitos da Animação Socioculrural ... 13

2.2 - Animação Socioculrural e conceitos afins... 14

2.3 - Modelos de formação de Animadores ... 16

2.4 - Perfil do Animador Sociocultural ... 18

2.5 - Funções do Animador Sociocultural ... 18

2.6 - Perfil de competências do Animador Sociocultural ... 19

Capítulo III – Estágio Curricular 3 - Estágio ... 22

3.1 - Objetivos ... 24

3.2 - Metodologias de intervenção ... 25

3.2.1 - Expressão Plástica ... 25

3.2.2 - Expressão Físico Motora... 27

3.3 - Atividades Desenvolvidas ... 28

3.4 -Atividades desenvolvidas onde não houve participação das crianças ... 55

3.5 - Atividades em que prestei auxílio ... 59

Reflexão Final ... 65

Bibliografia ... 67

Webgrafia ... 69 Anexos

Índice de Anexos

Anexo I – Tabela das atividades desenvolvidas por professores do exterior da

instituição

Anexo II – Fotografias do Jardim do Bairro do Pinheiro Anexo III – Fotografias da AAAF

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Anexo IV – Fotografias com as crianças Anexo V – Visitas de estudo

Anexo VI – Fotografias das várias atividades Anexo VII – Fotografias da festa de finalistas Anexo VIII – Diploma

Anexo IX– Diploma Peddy Paper

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Jardim de Infância Bairro do Pinheiro xi

Índice de Figuras

Figura 1 - A Cidade da Guarda no mapa de Portugal ...4

Figura 2 - Portão de entrada do Jardim de Infância do Bairro do Pinheiro ...6

Figura 3 - Edifício do Jardim de Infância do Bairro do Pinheiro ...7

Figura 4 - Edifício da sala de AAAF ...9

Figura 5 - Jogo da “Cabra Cega” ... 31

Figura 6 - Jogo do “Terra, Mar e Barco” ... 35

Figura 7 - Jogo das “Cadeiras”... 40

Figura 8 - Pintura do ovo de grande dimensão... 44

Figura 9 - Resultado final da cesta da Páscoa ... 45

Figura 10 - Equipa das meninas ... 46

Figura 11 - Construção do corpo humano ... 47

Figura 12 - Auxiliar as crianças na atividade da Dª Cegonha ... 48

Figura 13 - Pintar o Guarda Jóias para a mãe ... 49

Figura 14 - Raspagem da escova de dentes no píncel ... 50

Figura 15 - Convite para a festa de finalistas ... 51

Figura 16 - À procura do ovos de chocolate ... 52

Figura 17 - Conto de Hitórias... 53

Figura 18 - Criação do placard da Primavera ... 54

Figura 19 - Resultado final da decoração ... 56

Figura 20 e Figura 21 - Resultado final da decoração ... 56

Figura 22 - Microfone ... 57

Figura 23 e Figura 24 - Capa em goma eva ... 58

Figura 25 - Criação da Hota ... 59

Figura 26 - Dança do Rancho Folclórico ... 60

Figura 27 - Rega da árvore plantada ... 61

Figura 28 - Espetáculo sobre a Natureza ... 62

Figura 29 - Peddy Paper ... 63

Figura 30 - Passeio pelo parque geológico... 64

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Glossário de Siglas

AAAF - Atividades de Animação de Apoio à Familía ASC - Animação Sociocultural

CAF - Componente de Apoio à Família

ESECD - Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto IPG - Instituto Politécnico da Guarda

JI - Jardim de Infância

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Jardim de Infância Bairro do Pinheiro 1

Introdução

O presente relatório surge no âmbito da unidade curricular de estágio, inserida no 3º Ano da Licenciatura de Animação Sociocultural do Instituto Politécnico da Guarda (IPG), na Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto (ESECD). Este tem como objetivo primordial apresentar e descrever pormenorizadamente todas as atividades realizadas no meu estágio curricular, que decorreu no período compreendido entre o dia 16 de março de 2017 e o dia 31 de julho de 2017, num total de 400 horas presenciais. Sempre que me foi possível ir para o estágio realizei 7 horas de serviço, na qual me foi atríbuído um horário de trabalho das 9h00 às 12h00 e das 14h00 às 18h00. Não foi nada fácil conseguir conciliar o trabalho com o estágio, estando com as duas coisas em simultâneo, tive de me organizar e orientar conforme os horários que tinha.

O estágio é, sem dúvida, um desafio, algo que é muito gratificante tanto a nível profissional como a nível pessoal, é uma preparação prévia para o mundo do trabalho. O meu estágio desenvolveu-se no Jardim de Infância do Bairro do Pinheiro e na sala de Atividades de Animação de Apoio à Familía na cidade da Guarda. Foi orientado pela docente Florbela Antunes e supervisionado na instituição pela Educadora Maria José.

A escolha do local de estágio foi relativamente fácil, primeiramente porque é dentro da minha área de residência, o que me facilitava em relação à deslocação e à proximidade do trabalho e, depois também, por desejar trabalhar com um público-alvo diferente daquele com o qual já tinha tido contacto. A minha opção não poderia ter sido melhor, tanto no que se refere ao público-alvo como à melhor instituição, pois os profissionais que encontrei ao longo do meu estágio foram e são excelentes.

Numa primeira fase, o estágio passou por um pequeno período de observação para ajudar na adaptação à instituição. E, numa segunda fase, centrou-se em todas as atividades que permitiam conhecer melhor cada uma das crianças da instituição.

A supervisora de estágio deu-me previamente indicações de como funcionava a instituição, de maneira a pôr-me logo à vontade para apresentar, promover e fomentar qualquer tipo de atividade.

Quanto à organização do presente relatório, encontra-se estruturado em três capítulos, o primeiro trata da contextualização da instituição onde é apresentada a

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Jardim de Infância Bairro do Pinheiro 2

localização geográfica da instituição, uma breve caracterização do Jardim de Infância do Bairro do Pinheiro e também a sua história. No segundo capítulo, abordei o tema da Animação Sociocultural, o próprio conceito como também os âmbitos da animação sociocultural, os modelos de formação de animadores, o perfil do animador, as suas funções e competências. O terceiro capítulo destina-se ao estágio curricular, especificamente na caracterização do público-alvo, identificação dos objetivos gerais e específicos, e a descrição das atividades desenvolvidas durante o período de estágio. Para terminar, será apresentada uma reflexão final destes meses de trabalho desenvolvidos no Jardim e na sala de Atividades, seguindo-se a bibliografia, webgrafia e os anexos.

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Capítulo I – Contextualização do

Jardim de Infância do Bairro do

Pinheiro

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1 - Enquadramento Geográfico da Cidade da Guarda

A Guarda é uma cidade portuguesa (Figura 1), capital do Distrito da Guarda que tem uma população residente de 173 831 habitantes. Situada a 1056 metros de altitude, é a cidade mais alta de Portugal. Situa-se na região centro de Portugal, pertence à sub-região estatística da Beira Interior Norte. O núcleo urbano da cidade da Guarda tem 26 565 habitantes.

O concelho da Guarda tem 712,11 km² de área e 42 541 habitantes (Censos de 2011), subdividido desde a reorganização administrativa de 2012/2013 em 43 freguesias. O município é limitado a nordeste pelo município de Pinhel, a leste por Almeida, a sueste pelo Sabugal, a sul por Belmonte e pela Covilhã, a oeste por Manteigas e por Gouveia e a noroeste por Celorico da Beira.1

Figura 1 - A Cidade da Guarda no mapa de Portugal

Fonte -Mapas do Mundo in https://pt.mapsofworld.com/maps/portugal-mapa.jpg

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Possui acessos rodoviários importantes como a A25 (considerada a segunda via mais importante de Portugal) que liga Aveiro à fronteira, dando ligação direta a Madrid; a A23 que liga a Guarda a Torres Novas, bem como o IP2 que liga a Guarda a Bragança. A nível ferroviário, a Cidade da Guarda possui a linha da Beira Baixa e a linha da Beira alta, que se encontra completamente eletrificada permitindo a circulação de comboios regionais, nacionais e internacionais.

É conhecida como a cidade dos 5 F’s. São eles os de Forte, Farta, Fria, Fiel e Formosa. A explicação destes F’s:

- Forte: a torre do castelo, as muralhas e a posição geográfica demonstram a sua força;

- Farta: devido à riqueza do vale do Mondego;

- Fria: a proximidade à Serra da Estrela explica este F;

- Fiel: porque Álvaro Gil Cabral – que foi Alcaide-Mor do Castelo da Guarda e trisavô de Pedro Álvares Cabral – recusou entregar as chaves da cidade ao Rei de Castela durante a crise de 1383-85. Teve ainda fôlego para combater na batalha de Aljubarrota e tomar assento nas Cortes de 1385 onde elegeu o Mestre de Avis (D. João I) como Rei;

- Formosa: pela sua natural beleza.

Relativamente ao F de Fiel da Cidade, é sintomática a gárgula voltada em direção a nascente (ao encontro de Espanha): um traseiro, em claro tom de desafio e desprezo.

O ar, historicamente reconhecido pela salubridade e pureza, foi distinguido pela Federação Europeia de Bioclimatismo em 2002, que atribuiu à Guarda o título de primeira "Cidade Bioclimática Ibérica".2

1.1 - Jardim de Infância do Bairro do Pinheiro

O Jardim de Infância (JI) situa-se no Bairro do Pinheiro (área urbana da Cidade da Guarda) na Rua Dr. Antero Marques (Figura 2), é constituído por uma sala (Anexo II) e uma componente de apoio à família (Anexo III). A sala foi constituída em 1988/1989, funcionando apenas com uma educadora. Enquadra-se num terreno que está abrangido pelos quintais das habitações envolventes, não se consegue avistar

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a rua principal pois o acesso é feito através de um portão de segurança com continuação por um caminho estreito.

Figura 2 - Portão de entrada do Jardim de Infância do Bairro do Pinheiro Fonte - Própria

Mais tarde foi criada uma pequena arrecadação que servia para guardar a lenha, tendo sido alterado o aquecimento para termoacumuladores e a arrecadação serve atualmente para arrumos do próprio jardim.3

Em 1998/1999 foi colocado no espaço exterior um baloiço, um escorrega e cadeiras rotativas embora que estas com o tempo se tenham deteriorado, e como não foram substituídas, tiveram de ser retiradas para segurança das crianças porque não respeitavam as normas de segurança em vigor. O arranjo e manutenção do espaço exterior é feito pela Junta de Freguesia da Guarda.

O edifício (Figura 3) é constituído por um hall de entrada, uma sala de atividades, instalações sanitárias e uma arrecadação. A entrada é feita como já referi, pelo hall de entrada onde se pode avistar um placar que contém os números particulares dos pais das crianças, os avisos entre outras informações importantes. É também no hall, que encontramos os cabides onde se colocam os casacos e as

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mochilas, cada cabide está destinado a cada uma das crianças de maneira a que esteja tudo muito organizado e dinamizar também o sentido de organização das crianças, serve ainda de acesso à sala de atividades e às casas de banho.4

Figura 3 - Edifício do Jardim de Infância do Bairro do Pinheiro Fonte -Própria

O aquecimento do edifício é feito por termoacumuladores elétricos uma maneia muito rentável de calor no inverno que se avizinha, as condições físicas são ótimas, as janelas do edifício foram todas remodeladas de forma a que seja ainda mais acolhedor todo o ambiente que se encontra na sala.

As instalações sanitárias são adequadas às necessidades das crianças assim como os lavatórios que se encontram nessa parte do edíficio, encontramos uma casa de banho para os adultos na qual as crianças não têm acesso, também por ser lá que se encontram os detergentes usados diariamente para a higienização do espaço.

A sala de atividades tem uma pequena despensa onde se encontra todo o material de trabalho necessário para as atividades, é um espaço muito acolhedor, alegre, iluminado e rico em espaços para as brincadeiras dos mais pequenos, mas como a vida não é só brincadeira, tem seis mesas de trabalho também adequado ao

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tamanho das crianças para que estas possam realizar uma variadade indeterminavél de desenhos ou até mesmo fichas de trabalho. A sala tem um computador com acesso à internet para facilitar muitas vezes uma pesquisa aprofundada de moldes para realizar trabalhos manuais ou eventuais ideias para convites de festas, desenhos para as crianças e claro, como um auxílio para a educadora e para a assistente operancional que trabalham naquele espaço.

No ano letivo de 1997/1998, foi aberta uma sala de Ocupação de Tempos Livres (OTL) que, inicialmente, era frequentada pelas crianças do jardim de infância e pelas crianças da escola do 1º Ciclo do ensino básico. A abertura desta OTL veio dar resposta aos pais de maneira a facilitar e conciliar os seus horários uma vez que já tinham onde poder deixar as crianças até mais tarde, deste modo as crianças do bairro deixaram de ir para os jardins-de-infância particulares da cidade.

Com o surgir de uma nova lesgislação à especificidade etária dos grupos de crianças destes níveis de ensino (Jardim de Infância e 1º Ciclo do ensino básico), no ano letivo de 1999/2000, procedeu-se à separação dos mesmos. Assim foi criada a Componente de Apoio à Família (CAF) dando assim uma maior resposta às necessidades dos pais e um atendimento mais personalizado às crianças. Com a abertura deste novo espaço provocou-se um número elevado de inscrições no Jardim de Infância, quer de crianças residentes no bairro quer de outras zonas e localidades da cidade, até passando mesmo a existir uma lista de espera. 5

Devido ao elevado fluxo de crianças no ano letivo de 2002/2003 foi criada uma segunda sala do Jardim de Infância, esta sala funcionava num rés-do-chão de um bloco habitacional, o espaço era constituído por um pequeno hall de entrada, uma sala de atividades, uma casa de banho para adultos e uma casa de banho para crianças (com sanitas e lavatórios também adequados), a sala não tinha luminosidade natural suficiente tendo apenas uma janela grande na frente e umas pequenas janelas retangulares na parte posterior.

O aquecimento era feito com dois aquecedores a óleo e um termo ventilador, o chão era de mosaico tornando-se mais frio e escorregadio.

Na atualidade essa sala é inexistente devido ao menor número de crianças, sendo hoje uma loja de material de caça e o espaço que antes era chamado de CAF mudou de nome, sendo hoje chamado de Atividades de Animação de Apoio à Familía

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(AAAF) tem funcionamento numa sala de um rés-do-chão de um bloco habitacional (Figura 4) situada à frente da antiga segunda sala cujo horário de funcionamento é das 7h45 às 9h00 e do 12h00 às 18h30, nas interrupções letivas das 7h45 às 18h30.6

Figura 4- Edifício da sala de AAAF Fonte -Própria

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2 - A Animação Sociocultural

Por antecedentes de Animação, entendemos qualquer ação com dimensão social, cultural e educativa que tenha por objetivo dinamizar programas junto das populações.

Encontramos, a existência de inúmeros prenúncios de Animação em muitas ações dos âmbitos cultural, social e educativo, durante a vigência da primeira república portuguesa, nomeadamente através das universidades livres e universidades populares que visavam promover, essencialmente, uma ação educativa, enquadrada por uma metodologia com laivos de animação. Destacamos também como antecedentes de animação a ação meritória do movimento associativo, as sociedades de cultura e recreio, o cooperativismo, o sindicalismo, o catolicismo social e o laicismo educativo que através de ações no campo social, cultural, educativo e político promoveram um conjunto de iniciativas destinadas a levar o Homem a interagir com o outro Homem.

O entendimento de Animação Sociocultural coincide com uma coceção definida pela UNESCO (1977) que a toma por um conjunto de práticas sociais que visam estimular a iniciativa e a participação das populações no processo do seu próprio desenvolvimento, e na dinâmica global da vida sócio-política em que estão integradas.

Uma Animação, assim entendida, remete para uma noção de participação comprometida com o processo de transformação da sociedade, com implicações de ordem económica, política, cultural e educativa, estes princípios definem o conceito e o âmbito contemporâneo de Animação Sociocultural.

Encontramos programas, ações, atividades e motivações nos campos social, cultural e educativo, que visaram consciencializar, alfabetizar, educar e levar o ser humano a uma participação comprometida com o seu desenvolvimento social e pessoal.7

Alguns autores definem a Animação Sociocultural, como:

Ander-Egg (1991) afirma que a ASC interrelaciona os indivíduos e os grupos de todas as idades, num processo contínuo de crescimento. Assim, pretende

7De acordo com o artigo científico do Prof. Dr. Marcelino de Sousa Lopes “A Animação Sociocultural em

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desenvolver as competências e aptidões do indivíduo no grupo, a fim de participar no seu ambiente social e de o transformar;

Bernet (2004, 26) entende que o conceito de ASC é um conjunto de ações realizadas por indivíduos, grupos ou instituições numa comunidade e dentro do âmbito de um território concreto, com o objetivo principal de promover nos seus membros uma atitude de participação ativa no processo do seu próprio desenvolvimento quer social quer cultural; 8

Ytarte (2007) refere as seguintes caraterísticas que definem um significado da ASC: desenvolver o contacto com os seus destinatários; estimular a participação ativa no meio em que está inserido; fomentar a expressão criativa e a diversidade cultural dos indivíduos; e favorecer a comunicação e as relações entre as pessoas.

Silva e Moinhos (2010) expõem que a ASC aborda as várias dimensões e desenvolve todos os aspetos do relacionamento, dos quais se podem destacar: a dimensão pessoal, expressa na sua própria autonomia; a dimensão da comunidade e cívica, que passa pela participação em grupo; a dimensão social e política, como a participação na organização e nas estruturas sociais; a dimensão ideológica, como a relação com o meio ambiente; e, por fim, a dimensão transcendente, enquanto experiência que ultrapassa o imediato;

A Animação Sociocultural emerge a partir do 25 de Abril de 1974 e estende-se até aos nossos dias através de estende-seis faestende-ses:

- De 1974 a 1976, assistiu-se, em Portugal, à fase revolucionária da Animação Sociocultural. Nesse período histórico, os governos provisórios e o Movimento das Forças Armadas assumem a Animação Sociocultural como método eficaz para a intervenção na comunidade, constituindo exemplos de referência a criação da Comissão Interministerial para a Animação Sociocultural (CIASC) e as sucessivas campanhas de dinamização cultural e Animação Cultural levadas a cabo.

- De 1977 a 1980, existiu uma nova fase da Animação Sociocultural, como a fase Constitucionalista da Animação Sociocultural, onde toda a sua ação foi determinada por instituições que, a partir de uma lógica concentracionista, assumiram a centralidade da mesma.

8De acordo com Animação sociocultural: teorias, programas e âmbitos (pp. 123- 130). Lisboa: Editorial

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- De 1981 a 1985, emergiu, em Portugal, uma fase designada como Patrimonialista, caracterizada por uma intervenção centrada na preservação e recuperação do património cultural.

- De 1986 a 1990, assumiu alguma relevância uma etapa caracterizada pela passagem da Animação Sociocultural do poder central para o poder local.

- De 1991 a 1995, um novo período histórico surgiu, identificado como a fase Multicultural e Intercultural, em consonância com o quarto pilar da educação, aprender a viver juntos, que projectou a intenção de valorizar a ação educadora do multiculturalismo.

- A última fase identificámo-la com o período que se inicia, em 1996, e nos acompanha até hoje, caracterizando-a como a fase da Globalização que conduz a Animação Sociocultural a intervir num quadro que integre e eleve o ser humano a participar nos desafios que se lhe deparam, tornando-o protagonista e promotor da sua própria autonomia.9

2.1 - Âmbitos da Animação Socioculrural

Falar em âmbitos de Animação Sociocultural significa ter presente a perspetiva tridimensional respeitante às suas estratégias de intervenção:

- Dimensão Etária: infantil, juvenil, adultos e terceira idade; - Espaço de Intervenção: animação urbana, animação rural;

- Pluralidades de âmbitos ligados a setores de áreas temáticas, como sejam: a educação, o teatro, os tempos livres, a saúde, o ambiente, o turismo, a comunidade, o comércio, o trabalho...

Todos estes âmbitos implicam o recurso a um vasto conjunto de termos compostos, para designar as suas múltiplas atualizações e formas concretas de atuação: Animação socioeducativa, Animação cultural, Animação teatral, Animação dos tempos livres, Animação sociolaboral, Animação comunitária, Animação rural, Animação turística, Animação terapêutica, Animação infantil, Animação juvenil, Animação na terceira idade, Animação de adultos, Animação de grupos em situações de risco, Animação em hospitais, Animação em prisões, Animação económica,

9De acordo com o artigo científico do Prof. Dr. Marcelino de Sousa Lopes “A Animação Sociocultural em

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Animação comercial, Animação termal, Animação desportiva, Animação musical, Animação cinematográfica, Animação de bibliotecas, Animação de museus, Animação escolar, entre outros.

Para além destes, continuamente, outros termos poderão ser formados, relacionados com potenciais novos âmbitos de Animação, cuja emergência é, por sua vez, determinada por uma dinâmica social em constante mudança, que origina a permanente promoção de relações interpessoais, comunicativas, humanas, solidárias, educativas e comprometidas com o desenvolvimento e a autonomia.

Defendemos que estes âmbitos de intervenção, reflexos da ação humana, não podem ser considerados estáticos nem autónomos uns em relação aos outros, estando já consagrados a Animação Teatral, a Animação Turística, a Animação Socioeducativa, a Animação na infância, na juventude, nos adultos, na terceira idade. Todavia há que mencionar outras modalidades, como a Animação termal, a Animação comercial, a Animação de prisões, a Animação de hospitais, a Animação comunitária, a Animação de museus, a Animação de bibliotecas, a Animação terapêutica, a Animação de rua, a Animação ambiental, na certeza que, no futuro, emergirão outros âmbitos configurados por novas realidades e necessidades sociais.

A Animação Sociocultural, através dos diferentes âmbitos e com a realização de programas que respondam a diagnósticos previamente elaborados e participados, constitui um método para levar as pessoas a autodesenvolverem-se e, consequentemente, reforçarem os laços grupais e comunitários.

2.2 - Animação Socioculrural e conceitos afins

É importante referir e analisar as relações da Animação Sociocultural com as áreas que a complementam, com as quais tem uma afinidade concetual ou ainda com as áreas nas quais a Animação Sociocultural ocupa uma função central.

Estas relações constituem um fator vital, na hora de intervir, e compreendem a tríade educacional formada a partir da educação formal, educação não formal e educação informal, convém referir que este conceito foi originariamente advogado por Faure no início da década de setenta.

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Na educação formal, a estratégia da Animação Sociocultural é operar como um meio para motivar, complementar, articular saberes e potenciar aprendizagens envolventes.

A educação não formal corresponde à esfera de actuação da Animação Sociocultural, entendida como um conjunto de práticas que se realizam fora do espaço escolar, portanto, associada à ideia de uma educação em sentido permanente e atinente com o ciclo da vida da pessoa.

A educação informal considera a família e a comunidade como agentes educativos. Há também que ter igualmente presente a estreita ligação fundada numa relação de filiação entre a Animação Sociocultural e a Educação Popular. Dada a importância para a história da Animação Sociocultural em Portugal, um conjunto de ações promovidas em diferentes âmbitos, em que, através dos métodos ativos da Animação, foi possível promover a educação comunitária, educação para a saúde, educação intercultural e educação para o ócio e tempo livre.

Contemplamos ainda áreas ligadas ao código genético da Animação Sociocultural sem as quais não é possível falar em programas de Animação, como sejam, a democracia, a participação e o voluntariado.

A Animação Sociocultural liga-se a áreas nucleares e complementares que se afiguram essenciais para a sua intervenção, como é o exemplo da educação, entendida numa conceção que ultrapassa o espaço escola e se estende à vida, ao seu pulsar e onde a articulação da educação com programas de Animação procura um mundo de homens livres, solidários, conscientes, participantes e comprometidos com o seu/nosso mundo, voluntários de causas nobres e lutadores de ideias e por ideais assentes nas convicções de uma democracia que cumpra e realize os desideratos sociais, económicos, culturais, políticos e educativos. Homens educados e formados de uma forma dialógica com as pessoas e o mundo, numa valorização permanente da vida vivida em comunhão.

Uma educação que projete, pela via da Animação, homens portadores da boa esperança, seres que possam e devam assumir a sua voz, a sua opinião, a sua vontade e que vivam no respeito pelas suas diferenças e semelhanças, sem temerem olhar para o lado, homens que sejam cidadãos com cidadania e que se exprimam sem temerem os poderes instituídos. Ser livre é assumir a liberdade de poder dizer o que se pensa de forma responsável. Uma Animação que, através dos postulados das diferentes áreas afins da Animação, leve o homem a partilhar saberes, vivências, a interagir e

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estabelecer relações interpessoais profícuas, lutando contra a incomunicabilidade, o medo e a mordaça. 10

2.3 - Modelos de formação de Animadores

Ao refletirmos sobre a evolução do Animador em Portugal e dos seus níveis formativos salientámos algumas questões que nos parecem pertinentes e que explicam o percurso de um conjunto de profissionais e voluntários que, ao longo da história da Animação Sociocultural em Portugal, tiveram reconhecimento social pela ação realizada junto das populações. Contudo, é também de realçar o cíclico adiamento do reconhecimento institucional da profissão de Animador.

As notas que importam ainda acentuar prendem-se com o seguinte:

- A mudança qualitativa da formação: de uma formação eminentemente prática, situada nas décadas de 70/80 evoluiu-se para uma formação teórico-prática de nível secundário (Animador técnico-profissional) e de nível superior (Animador técnico superior), a partir dos anos 90;

- Os anos 70 e 80 para a função de Animador era exigido possuir experiência no campo prático da Animação, nos anos 90 chega-se a Animador a partir de uma formação teórica auferida pelo espaço educativo formal e na maior parte das vezes sem contemplar a prática da Animação;

- Os anos 70/80 é marcado por um modelo de formação de inspiração francófona de onde assume relevar os seguintes formadores: Gelpi. Limbos, Imhof, Simpson, Moulinier, Moechli, Hurstel e Besnard. A partir dos anos 90 opta-se por um modelo acentuadamente Ibérico de onde despontam nomes como: Ander-Egg, Ucar, Ventosa, Quintana, Puig, etc.

- A alteração operada em termos de sexo: de uma profissão esmagadoramente masculina nas décadas de 70/80, opera-se uma acentuada mudança a partir dos anos 90 em que se assiste a um domínio feminino da profissão;

- Mudança no campo da intervenção: de um Animador militante e polivalente, evoluiu-se para um perfil técnico de Animador centrada num âmbito específico;

10De acordo com o artigo científico do Prof. Dr. Marcelino de Sousa Lopes “A Animação Sociocultural em

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- Alteração de rumo ao nível formativo: de uma formação de curta e media duração evoluiu-se para uma formação centrada num percurso formativo de nível universitário.

Os Animadores terão, no futuro, um crucial papel como agentes de desenvolvimento, porque não existem, sistemas sociais e políticos que possam dispensar a função do Animador. Mesmo que se caminhe para “sociedades perfeitas”, elas não podem dispensar a ação dos Animadores.

A formação de Animadores deve ter presente um conjunto de princípios, de conhecimentos e de práticas de que se destacam: ser animador tem obrigatoriamente de ter presente a ética e a deontologia profissional; o seu perfil profissional, deve possuir um quadro teórico sólido, isto é, formar para o saber.

Importa que esta formação tenha como referência, igualmente, a especificidade da função, não um saber pelo saber, mas um saber que se liga a todos os problemas que afetam o ser, a nossa condição de vida em grupo, as relações interpessoais, em suma, um saber que eleve a dimensão humana do Animador.

Quando se ministra formação na área das técnicas e recursos para a Animação, isto é, para o saber fazer, é necessário ter presente, por exemplo, que o teatro na formação de um Animador não tem como preocupação central o produto espectáculo teatral, mas sim o processo da criação, vivido a nível grupal, constituindo o teatro um processo dinâmico que promove nas pessoas o encontro, a interação, a partilha de afetos, a criatividade, a expressividade humana, a superação de medos, inibições, bloqueios, que conduz as pessoas a viverem de forma livre e responsável.

É percetível que esta dimensão do teatro não pode ser dada pelo convencional encenador, que apenas se centra na estética e no produto; o mesmo se passa com a função da música, da expressão plástica, expressão motora, etc. Quando se ministra formação nas áreas metodológicas, em Animação Sociocultural, é necessário contemplar uma metodologia plural, holística e ligada à investigação/ acção/ participação.

A Animação como método ativo e vivo tem como princípio fundamental animar as aprendizagens através de fóruns de discussão, tornar os espaços vivos, transformando os livros armazenados em prateleiras, em histórias vivas com muitas vidas cheias de expressividade, transformando museus, sem vida, em espaços de cultura viva. Uma formação para a Animação requer um currículo centrado em

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conteúdos, técnicas e recursos para a ação da Animação e destina-se à obtenção de graus académicos ao nível de pós-graduações, mestrados e doutoramentos.11

2.4 - Perfil do Animador Sociocultural

A figura do animador desempenha um papel central no método da animação. É ele quem assume a responsabilidade de promover a vida do grupo através do uso dos instrumentos que dinamizam as pessoas envolvidas por este método. Para que desempenhe de maneira eficaz as suas funções, existem três áreas fundamentais que o animador deve ter em conta: o ser, o saber e o saber-fazer. O ser, é constituído pela sua identidade pessoal, o saber, refere-se aos conhecimentos que deve possuir para desempenhar convenientemente a sua tarefa formativa. Além disso, um animador, conforme a área específica do seu desempenho, terá uma formação consoante o seu sector, o contexto e o conteúdo respectivos.

O saber-fazer, reporta-se à metodologia que usa para dar vida ao grupo que anima, a qual é sempre o reflexo do seu ser e do seu saber.

2.5 - Funções do Animador Sociocultural

O Animador Sociocultural tem como funções: ➢ Promover a integração social;

➢ Organizar, coordenar e/ou desenvolver atividades de animação; ➢ Promover o desenvolvimento sociocultural de grupos ou comunidades; ➢ Desenvolver atividades de carácter desportivo, cultural e educativo; ➢ Elaborar relatórios das atividades;

➢ Incentivar e estimular grupos ou comunidades para participarem no desenvolvimento do seu próprio meio;

➢ Transmitir conhecimentos educativos e culturais; ➢ Dinamizar a população;

➢ Contribuir para o desenvolvimento da cultura;

11De acordo com o artigo científico do Prof. Dr. Marcelino de Sousa Lopes “A Animação Sociocultural em

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➢ Contribuir para o desenvolvimento da capacidade de autonomia, criatividade e iniciativa de grupos ou comunidades;

➢ Facilitar processos de comunicação individual e em grupo;

➢ Intervir, juntamente com outros profissionais, em grupos de risco, com comportamentos desviantes e junto de reclusos.

➢ Conhecer, valorizar e sensibilizar a comunidade para o matrimónio natural e cultural.

2.6 - Perfil de competências do Animador Sociocultural

O Animador Sociocultural deve conseguir:

➢ Observar a realidade da Comunidade/Instituição utilizando técnicas e instrumentos variados e identifica os seus recursos e carências, ao nível individual, social, institucional e comunitário;

➢ Analisar e interpretar os dados recolhidos;

➢ Planificar e implementar os projetos de intervenção, em colaboração interdisciplinar com outros profissionais que trabalham com a mesma população;

➢ Participar em programas de integração social;

➢ Dominar conhecimentos científicos e socioculturais que lhe permite trabalhar com grupos de pessoas, promovendo a integração social através de diversos projetos. 12

Animar é um ato comunicativo e, portanto, bilateral. O animado não pode ser mero objeto. É e deve ser tornado sujeito. Deve ganhar consciência do seu próprio saber. Com a ajuda do animador surgirá uma consciência crítica, um desejo de crescer, de criar, de produzir e não apenas reproduzir.

Ander. Egg refere: sensibilizar, organizar e mobilizar as pessoas para se tornarem agentes ativos da sua própria promoção e na medida do possível, torná-los conscientes do seu papel histórico.

12De acordo com o artigo científico do Prof. Dr. Marcelino de Sousa Lopes “A Animação Sociocultural em

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A promoção da participação dos indivíduos tem que respeitar e ter em conta as diferenças de cada um, quer sejam pessoais ou culturais. Impor uma forma única de participação é, basicamente, a negação da participação. Assim, não há “fórmulas mágicas” nem receitas de participação que se apliquem a todas as situações, indivíduos ou contextos. Por isso a Animação Sociocultural não se pode reger por uma única ética para todos, o Animador Sociocultural é necessariamente, também um investigador dos outros, das outras culturas, de si próprio.

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3 - Estágio

O terceiro e último capítulo é referente a todo o trabalho desenvolvido ao longo destes meses de estágio, onde é possível verificar e analisar todas as atividades realizadas no Jardim de Infância do Bairro do Pinheiro.

O OTL é um local com muita importância pois, cada vez mais, os pais têm pouco tempo para educar os filhos, delegando essa função diretamente nas instituições educacionais. Assim, o nível que atingiu a nossa cultura, não pode de forma alguma a mesma ser transmitida unicamente no quadro restrito da família. É na infância que a criança se prepara para o futuro, tendo de assimilar corretamente hábitos, normas e valores sociais indispensáveis para o seu desenvolvimento e aceitação social.

A instituição escolar tem uma enorme responsabilidade no desenvolvimento da criança. Não só a criança passa grande parte do seu tempo, da sua vida, na escola, como também esta se tornou o factor de garantia de grande parte das aprendizagens fundamentais para a vida em sociedade.

O ensino deve ser realizado de uma forma cada vez mais motivadora e que estimule a criança no seu interesse. Uma das formas de motivar as crianças a alcançar um objectivo é através do jogo.

O jogo implica que haja esforço, trabalho, disciplina, originalidade e respeito entre as crianças. Através do jogo, a criança encontra uma forma de alcançar os objetivos traçados de forma motivadora que a eleva. O jogo permite, igualmente, que a criança tenha uma vontade de se superar a si própria, para alcançar o objetivo proposto.13

Para que a criança aceda a um lugar participativo, como é desejo de todos os que se preocupam com a elevação da cultura da futura geração, ela precisa de ser formada para interiorizar conceitos tão importantes como, cooperação, entreajuda, respeito, lealdade, criatividade, entre outros.

Deve-se realçar o papel preponderante dos jogos no desenvolvimento da criança. Os jogos estimulam os processos cognitivos, promovem a socialização e, em função do jogo que se realize, poderão, inclusivamente desenvolver as capacidades

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De acordo com os dados fornecidos in, https://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/2296/1/JoséDuarte.pdf consultado a: 10/10/2017

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físicas e percetivas, enriquecendo o imaginário da criança e sendo, simultaneamente, uma fonte de prazer e motivação para a criança, condição para que se realize um trabalho eficaz.

O jogo é uma forma inteligente de criar nas crianças uma auto-disciplina e sentido de cumprimento pelas regras propostas. As crianças têm uma perfeita noção de que se infringirem as regras, poderão ser penalizadas no jogo. Têm a liberdade de o fazer, mas, se o fizerem, terão de se responsabilizar pelos seus atos. O respeito e empenho na atividade de jogo é inclusivamente, um exercício de cidadania porque também na sociedade em que vivemos, temos regras de conduta e leis que se não as cumprirmos, teremos de ser responsabilizados pelos nossos atos.14

Quanto à minha intervenção na instituição, primeiramente o meu estágio passou por um pequeno período de observação e conhecimento tanto das crianças como das normas de trabalho, assim como também à minha adaptação na própria instituição.

Numa segunda fase, tive a oportunidade de desenvolver atividades/ jogos dentro das temáticas abordadas propostas por mim, participar e auxiliar as atividades (Anexo I) que já faziam parte dos planos de atividades da instituição, assim como remodelar toda a decoração vitral da sala de atividades. Além disso tive o privilégio de poder acompanhar as crianças a todas as visitas de estudos da instituição.

Por fim posso confirmar que todos os ensinamentos ao longo destes três anos da licenciatura de Animação Sociocultural têm de ser ajustados conforme o público-alvo com quem estamos a trabalhar, assim que nos deparamos com a realidade verificamos que tudo tem de ser moldado e ajustado, acabou por ser um desafio bastante enriquecedor e gratificante na medida que pude aplicar técnicas aprendidas ao longo do curso, tais como jogos e atividades que contribuíram para um melhor deselvolvimento de cada criança.

14 De acordo com os dados fornecidos in, https://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/2296/1/JoséDuarte.pdf

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3.1 - Objetivos

Todas as intervenções que são feitas têm de ser realizadas em prol de pelo menos um objetivo principal, a intervenção sociocultural pretende atinguir um grande objetivo:

➢ Contribuir para a formação e realização integral dos indivíduos, promovendo o desenvolvimento das suas capacidades, estimulando a sua autonomia e criatividade, incentivando a formação de cidadãos civicamente responsáveis e democraticamente intervenientes na vida da comunidade.

Como uma boa animadora e uma boa profissional é fundamental/essencial conhecermos o público-alvo com quem vamos trabalhar, para podermos delinear e definir os nossos objetivos. Só através deste modo e que se pode planificar atividades da forma mais correta, pois todos os objetivos têm uma meta a ser alcançada, pensei em atividades que pudessem ser desenvolvidades de acordo com os objetivos que já tinha em mente. Para que estes objetivos sejam alcançados com sucesso temos de saber aplicar os nossos conhecimentos de forma a que não haja grandes discrepâncias do que se pretendia.

No decorrer de todo o meu estágio delineei quais os objetivos gerais e os objetivos específicos.

Os objetivos gerais são:

➢ Promover a atividade em grupo de forma a desenvolver uma melhor qualidade de vida através das expressões;

➢ Estimular o deselvolvimento global da criança, sempre respeitando as suas características individuais;

➢ Sensibilizar a partilha;

➢ Promover a autoestima de cada criança;

➢ Desenvolver o corpo e a mente para novas realidades. Os objetivos específicos são:

➢ Promover a autonomia;

➢ Desenvolver a imaginação e criatividade; ➢ Promover uma maior concentração; ➢ Promover a atenção;

➢ Dinamizar atividades para aprendizagem, reflexão, crescimento pessoal e social.

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➢ Proporcionar interação, alegria e dinamismo.

3.2 - Metodologias de intervenção

As metodologias de intervenção são sem mais nem menos todos os métodos usados para colocarmos em prática as atividades, para que estas possam ser desenvolvidas têm de ser pensadas e também avaliadas para saber se nos é possível aplicá-las e se vão ao encontro dos objetivos que tínhamos delineado.

Ao longo do meu estágio fui acompanhada por uma educadora e por uma assistente ocupacional na valência de jardim de infância e, na AAAF, por outra assistente ocupacional. No jardim de infância a educadora estava responsável pelo meu desenvolvimento e todo o desempenho na instituição, assim como também na minha integração nos trabalhos que se realizavam.

Já estava integrado um programa de aulas letivas na qual viriam docentes de fora da instituição para lecionar as mesmas, eu teria de me integrar para poder ajudar na realização dessas aulas, só em horas que não se realizassem quaisquer aula é que poderia realizar as atividades propostas por mim.

Com o passar do tempo e após conhecer cada criança e as suas caraterísticas com quem desenvolvia as atividades foi cada vez mais fácil desenvolver as mesmas, muitas vezes já eram elas que me pediam se poderíamos repetir.

3.2.1 - Expressão Plástica

O termo Expressão Plástica foi adotado pela educação pela arte portuguesa, para designar o modo de expressão-criação através do manuseamento e modificação de materiais plásticos.

A expressão plástica é essencialmente uma atitude pedagógica diferente, não centrada na produção de obras de arte, mas na criança, no desenvolvimento das suas capacidades e na satisfação das suas necessidades. As artes plásticas ao serviço da criança e não esta ao serviço das artes plásticas. Esta posição e atitude educacional tanto poderá estar presente nas aulas e ateliers de artes plásticas como poderá

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constituir uma terceira área de intervenção educacional sob a forma, por exemplo, de jogos de criação e expressão plástica.15

A expressão plástica é essencialmente uma atividade natural, livre e espontânea da criança. O seu principal objetivo é a expressão das emoções e sentimentos através da criação com materiais plásticos. Não se pretende a produção de obras de arte nem a formação de artistas, mas apenas a satisfação das necessidades de expressão e de criação da criança. Desenha-se, pinta-se e modela-se apenas pelo prazer que esses atos proporcionam e não com a intenção de produzir algo que seja “arte”. É a ação que interessa, é o ato de criar que é expressivo e não a obra criada. As crianças em idade pré-escolar têm uma grande capacidade de representar o seu conhecimento do mundo por modalidades e meios muito diversos, sendo que, muitos destes não dependem de todo da língua, ou estão apenas em parte relacionados com ela: desenhar, fazer modelos de três dimensões, ações de imitação ou de “simulação” (cantar, dançar, etc. …). “Utilizar diferentes formas de linguagem, quer ela seja verbal ou gráfica, para representar um mesmo tema ou conceito, permite à criança desenvolver e aprofundar os seus conhecimentos acerca do mesmo” (Formosinho et al., 1996, p. 102).

Giovanni refere como, arte “significa ter mais linguagens e mais linguagens significa diferentes formas de ver e representar o Mundo” (cit. em Formosinho et al., 1996, p. 102), deste modo, a expressão artística, permite à criança desenvolver o seu espírito crítico, ao mesmo tempo que lhe permite integrar e expressar os seus sentimentos e emoções relativamente aos novos acontecimentos com que se depara no dia-a-dia.

“As artes comunicam o que há de humano em cada um de nós. Elas despertam a aprendizagem porque tocam o verdadeiro ser interior, a perspetiva do eu não-corporal, a parte que permanece fora do domínio da ciência – o espírito, o reino dos sonhos, do afeto, da ousadia e da dedicação. As artes, como as ciências, são sistemas simbólicos que comunicam significados a respeito do mundo” (Spodek & Saracho, 1998, p. 352).

A educação artística, e deste modo também a expressão plástica, é, então, uma educação voltada para o desenvolvimento harmonioso da personalidade, isto é, uma educação que atua por igual em todas as dimensões da personalidade do ser

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humano (biológicas, afetivas, cognitivas, sociais e motoras), proporcionando desse modo, um crescimento harmonioso da criança.

Dorance (2004) refere, as atividades de expressão plástica baseiam-se no prazer sentido pela criança ao tocar, manipular, olhar, fazer. Permitem-lhe comunicar, manifestar as suas emoções, a sua personalidade. Ao criar objetos plásticos, a criança desenvolve o poder da imaginação e da invenção, descobre o prazer de se exprimir.

A criatividade e a expressão infantis implicam amadurecimento, capacidade de comunicação, nível percetivo e motor, grau de motivação, bem como conhecimentos da aplicabilidade de certas técnicas no seu trabalho criativo.

A expressão plástica favorece ainda a aquisição da autonomia: progressivamente, a criança aprende a ultrapassar as dificuldades; aprende a escolher os utensílios e os materiais necessários ao seu projeto, a ter iniciativa. Torna-se capaz de fazer escolhas; aprende a justificá-las, desenvolvendo as capacidades de descoberta e de aprender por si própria.

O contato com a pintura constitui ainda momentos privilegiados de acesso à arte que se traduz por um enriquecimento da criança, ampliando o seu conhecimento do mundo e desenvolvendo o sentido estético (Silva et al, 1997).

A expressão plástica uma das áreas que possibilita à criança exprimir o seu eu, satisfazendo a sua necessidade e desejo de criar e representar tudo aquilo que vê/sente/pensa, é natural que esta assuma uma posição de destaque nas atividades proporcionadas à criança.

É importante para mim realçar a definição de Expressão Plástica e qual a sua importância para a vida das crianças porque muitas das atividades desenvolvidas no meu estágio realizadas por mim apliquei a expressão plástica, como por exemplo a confeção do jogo do galo para a celebração do dia da criança, dos ovos da páscoa, das cestas em forma de pintainho, da capa do DVD do filme de final de ano entre outros.

3.2.2 - Expressão Físico Motora

O corpo que a criança vai progressivamente dominando desde o nascimento e de cujas potencialidades vai tomando consciência, constitui o instrumento de relação com o mundo e o fundamento de todo o processo de desenvolvimento e aprendizagem.

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Ao entrar para a educação pré-escolar a criança já possui algumas aquisições motoras básicas, tais como andar, transpor obstáculos, manipulação de objetos de forma mais ou menos precisa.

Tendo em conta o desenvolvimento motor de cada criança, a educação pré-escolar deve proporcionar ocasiões de exercício da motricidade global e também da motricidade fina, de modo a permitir que todas e cada uma aprendam a utilizar e a dominar melhor o seu próprio corpo.

Sendo assim a educação pré-escolar deve contribuir um desenvolvimento multilateral, eclético, inclusivo e harmonioso das crianças. Neste contexto são definidos alguns objetivos gerais que passamos agora a enunciar:

➢ Fortalecimento da saúde da criança;

➢ Desenvolvimento de uma postura corporal correcta; ➢ Desenvolvimento físico harmonioso;

➢ Desenvolvimento de movimentos fundamentais; ➢ Desenvolvimento da auto-confiança e auto-estima; ➢ Desenvolvimento de capacidades físicas;

➢ Desenvolvimento de qualidades morais e volitivas; ➢ Incutir o gosto pela actividade física;

➢ Desenvolvimento do espírito cooperativo de grupo e o fortalecimento das relações humanas.

3.3 - Atividades Desenvolvidas

Quando se envolve numa atividade, a criança começa a compreender e a assimilar a realidade, testa novas experiências e adquire novos conhecimentos ao mesmo tempo que desenvolve e afirma a sua personalidade.

É importante que os jogos/atividades sejam adequados à idade e fase de desenvolvimento da criança pois só assim consegue sentir-se motivada para a atividade.

No início, as atividades eram sempre orientadas por mim, para dar um propósito e ensinar as regras, mas é importante que a criança se liberte e use a imaginação para reinventar novas formas de se divertir.

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Quando joga e brinca, a criança diverte-se, interage com os outros, aprende as regras sociais e explora o mundo que a rodeia de uma forma compreensível para as competências próprias esperadas em cada uma das fases de desenvolvimento.

As atividades permitem praticar a vida, desenvolver as competências emocionais e sociais ao mesmo tempo que interiorizam comportamentos, atitudes e conhecimentos específicos.

1 -

Jogo do “Oh Senhor Barqueiro”

Objetivos:

➢ Ajudar a criança a desinibir-se; ➢ Estimular a concentração; ➢ Promover a criatividade; ➢ Estimular o sentido de decisão; ➢ Criar um momento de pura diversão; ➢ Desenvolver o espírito de equipa;

Duração: 35 minutos.

Materiais: Não foram necessários materiais.

Descrição: Colocam-se as crianças em fila, neste caso os oito elementos da

instituição. Dispõem-se de forma a apoiar os braços na cintura da criança da frente de forma a facilitar o apoio das crianças mais baixas. A primeira criança da coluna é a mãe.

Fora da fila, estão duas crianças que são os barqueiros, colocam-se um em frente ao outro, com os braços levantados e as mãos dadas, formando uma ponte ou arco. Atribuem a cada uma um nome, combinado entre si e sem os outros escutarem: um nome de fruta.

As outras crianças passam em fila, por baixo da ponte dos barqueiros, enquanto cantam:

“Oh Senhor Barqueiro deixai-me lá passar, tenho filhos pequeninos não os posso sustentar. Passará, não passará algum deles ficará,

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se não for à mãe à frente, é o filho lá de trás.”

Quando passa a última criança da fila, fica presa entre os braços dos barqueiros, que os baixam e prendem esta criança por cima dos ombros. Os barqueiros perguntam à criança presa, em voz baixa, qual dos nomes (anteriormente combinados por eles) é que ela escolhe, não mencionando, qual o barqueiro correspondente a cada nome. Consoante a escolha, a criança vai para trás do barqueiro, correspondente ao nome que ele escolheu.

O jogo continua, até que todas as crianças da fila se coloquem atrás dos barqueiros, formando dois grupos. Então, desenha-se um risco no chão, entre os dois barqueiros. Estes agarram-se pelos pulsos e as crianças que estão atrás deles, agarram-se umas às outras pela cintura. Cada barqueiro e seus companheiros puxam o outro grupo a fim de que este atravesse o risco. Ganha o jogo, o grupo do barqueiro que não transpôs o risco.

Resutados obtidos: Este jogo era um dos preferidos das crianças, tínha sempre de

fazer uma repetição do jogo 8 vezes de forma a que todos os elementos pudessem fazer de “mãe”.

2 - Jogo da “Cabra Cega”

Objetivos:

➢ Ajudar a criança a desinibir-se; ➢ Estimular a concentração; ➢ Promover a atenção; ➢ Estimular a memória; ➢ Fomentar a agilidade; ➢ Estimular a audição; ➢ Estimular o tato;

➢ Criar um momento de pura diversão.

Duração: 20 minutos. Materiais: Um lenço opaco.

Descrição: Colocam-se as crianças em forma de círculo, e uma delas é escolhida

aleatoriamente para ser a “cabra cega” seguindo-se para o centro do círculo, os seus olhos são vendados com o lenço. Posteriormente, as restantes crianças têm de se soltar

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do círculo espalhando-se de forma o mais silenciosa possível e assim que recebam ordens ficarem estáticas.

São dadas três voltas à criança que foi escolhida aleatoriamente para que esta fique o mais baralhada possível, dificultando a descoberta dos colegas, assim que as voltas terminem a criança vai tentar apanhar um dos elementos que está em jogo tentando descobrir qual é o nome do colega que apanhou, o colega que foi apanhado é a próxima “cabra cega”.

Resutados obtidos: Este jogo para além dos objetivos delineados serviu para as

crianças darem umas valentes risadas uns com os outros, assim que a “cabra cega” apanhava algum colega (Figura 5), este por sua vez começava logo a rir de maneira a que fosse mais fácil adivinhar quem teria apanhado, tínha sempre de fazer uma repetição do jogo 8 vezes de forma a que todos os elementos pudessem fazer de “cabra cega”, se alguma criança fosse em direção de algum colega que já tivesse sido eu rapidamente colocaria uma criança que ainda não tivesse sido à sua frente. Para terminar o jogo e a criança que fez de “cabra cega” teve que adivinhar quem estava à sua frente, era eu com algumas modificações, cabelo apanhado, estava de joelhos e pus óculos (características diferentes).

Figura 5 - Jogo da “Cabra Cega” Fonte -Própria

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3 - Jogo da “Barra do lenço”

Objetivos:

➢ Ajudar a criança a desinibir-se; ➢ Desenvolver a capacidade de reação; ➢ Desenvolver o raciocínio e o pensamento; ➢ Promover a intereção grupal;

➢ Estimular a concentração; ➢ Promover a atenção; ➢ Estimular a memória; ➢ Fomentar a agilidade; ➢ Estimular a audição;

➢ Criar um momento de pura diversão.

Duração: 25 minutos. Materiais: Um lenço.

Descrição: Fazem-se duas equipas com o mesmo número de jogadores aos quais

serão atribuídos cores iguais (por exemplo: amarelo, laranja, azul, verde) para ambas, decididos secretamente por cada equipa. As equipas ficam frente a frente separadas pela mesma distância. No meio do terreno, num dos lados, fica o juiz com um lenço pendurado na mão, que vai chamando, um de cada jogada, as várias cores que estão em jogo. Os jogadores das duas equipas, que tenham a cor que foi chamada, correm e tentam ficar com o lenço sem serem tocados pelo adversário, e, seguidamente, fugir para uma das barras (zona das equipas), para assim somar pontos.

Resutados obtidos: No ínício do jogo, confesso que foram aparecendo algumas

dificuldades na realização do mesmo, algumas crianças esqueciam-se das cores que lhe eram atribuídas, de maneira que para a realização do jogo com sucesso resolvi pedir auxílio à Dª Paula (Assistente Operacional). Modifiquei os números pelas cores para de certa forma facilitar o jogo às crianças com 3 anos, até atribuindo-lhe as suas cores preferidas sem que os seus colegas se apercebessem.

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4 - Jogo da “Macaca”

Objetivos:

➢ Ajudar a criança a desinibir-se; ➢ Promover a intereção grupal; ➢ Promover o equilíbrio; ➢ Estimular a concentração;

➢ Promover o espírito de interajuda; ➢ Promover a atenção;

➢ Estimular a memória; ➢ Fomentar a agilidade;

➢ Criar um momento de pura diversão.

Duração: 30 minutos.

Materiais: Um giz e uma pedra

Descrição: Desenha-se o percurso no solo. O espaço exterior em frente da casa número 1 é a "Terra" e o semicírculo superior é o “Céu”. O primeiro jogador lança uma pedra do espaço designado por “Terra”, procurando acertar na primeira casa. Se a pedra tocar na linha ou sair para fora, joga o jogador seguinte. Se acertar, o jogador fará o percurso para a apanhar, para isso o jogador deve sair ao pé-coxinho de casa em casa, exceto sobre a que possuiu a pedra. Nas casas 4/5 e 7/8 deve pisar com um pé em cada uma, simultaneamente. Ao chegar ao “Céu”, pode descansar. A partida da casa anterior à da pedra, o jogador apanha-a, ao pé-coxinho, e termina o circuito. Se conseguir realizar todo o percurso, volta a lançar a pedra para a casa seguinte. Se falhar, passa a vez ao jogador seguinte e na próxima ronda prosseguirá a partir dessa casa.

Resutados obtidos: As crianças também adoram jogar este jogo, aqui resolvi fazer

totalmente o contrário dos outros jogos/atividades, não fui eu a mentora do jogo, foram as próprias crianças. Como é um jogo que elas já estavam acostumadas a realizar, e era fácil para elas explicarem os procedimentos e as regras do jogo abordei-as dizendo que não conhecia o jogo mesmo tendo eu conhecimento do mesmo.

Referências

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