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(1)

ISCTEM

Análise Matemática II

Curso de Engenharia Informática

_____________________________________________________________________

Integrais múltiplos.

O conceito de integral duplo ou triplo é uma extensão para funções de duas ou de três variáveis, do conceito de integral definido já visto anteriormente.

1.

VOLUME DE UMA REGIÃO SÓLIDA

Seja

f

uma função contínua tal que

( )

x,y 0

f ≥ para todo o

( )

x,y pertencente a

um domínio plano R , e considere-se o sólido limitado pela superfície z= f

( )

x,y e pelo plano XOY .

Intuitivamente pensamos em calcular o volume de um sólido multiplicado a área da base pela altura. Não será exactamente assim, mas, se pudéssemos cobrir toda a sua região interior com paralelepípedos, calcular a soma dos volumes de cada um, obteríamos realmente o volume do sólido.

Podemos começar por construir uma grelha fina no plano XOY , dividindo o plano em rectângulos por meio de rectas horizontais e verticais. Uma partição interior de R é constituída pela totalidade dos rectângulos fechados inteiramente contidos no domínio plano, R .

(2)

Na figura, só os rectângulos sombreados constituem uma partição interior de R .

Designando por P esta partição, chama-se norma da partição,

P , ao comprimento da maior

diagonal destes rectângulos,

Sendo

(

xi,yi

)

um ponto arbitrário na i-ésima sub-região da partição interior de R e i

i i x y

A ∆ ∆

∆ = a área dessa sub-região, o volume do i-ésimo prisma será então dado

pelo produto da área da base pela altura, isto é, f

(

xi,yi

)

Ai.

Define-se soma de Riemann de

f

como

(

)

i

n 1 i i i,y A x f

=

, o que representa o volume de n paralelepípedos ocupando aproximadamente o interior do sólido. Este valor é também uma estimativa para o volume do sólido considerado.

2.

INTEGRAL DUPLO EM COORDENADAS CARTESIANAS. Definição.

Se f está definida numa região R , fechada e limitada do plano XOY , então o

integral duplo de f sobre R é dado por

( )

(

)

∫∫

= → i i i i 0 P R A y , x f lim dA y , x f

desde que o limite exista.

Diz-se então que f é integrável sobre R .

Salvo para alguns casos muito elementares, não é possível utilizar a definição para calcular integrais duplos. Tal como nos integrais definidos utiliza-se a primitivação para o cálculo destes integrais.

(3)

Cálculo de integrais duplos.

Seja f uma função de duas variáveis, contínua numa região rectangular fechada,

( )

[ ] [ ]

{

x,y a,b c,d

}

R= ∈ × . O integral duplo f

( )

x,y dydx d c b a

é calculado com duas

iterações:

Calcula-se primeiro o integral “de dentro”, definido em ordem à variável y , considerando x uma constante. Note que depois desta primeira iteração a função integranda é uma função de x

( )

x,y dy dx A

( )dx

x f b a b a d c

∫ ∫

⎟ = ⎠ ⎞ ⎜ ⎜ ⎝ ⎛

e seguidamente, o integral “de fora”, definido em ordem a x .

Neste caso simples se trocarmos dxdy e a ordem dos integrais, f

( )

x,y dxdy b

a d

c

,

calcula-se primeiro o integral definido em ordem à variável x , considerando y uma constante

( )

x,y dx dy B

( )dy

y f d c d c b a

∫ ∫

⎟ = ⎠ ⎞ ⎜ ⎜ ⎝ ⎛

e seguidamente, o integral definido em ordem a y .

Exemplo: Calcule

(

2x 6x y

)

dydx 2 1 2 4 1

− + . Solução:

Considerando x constante, calcule-se em primeiro lugar

(

)

− + 2 1 2 dy y x 6 x 2 donde irá

resultar uma função A

( )

x .

(

2x 6x y

)

dy dx

[

2xy 3x y

]

dx

(

6x 9x

)

dx 4 1 2 2 1 4 1 2 2 2 1 2 4 1

= + = + ⎥ ⎥ ⎦ ⎤ ⎢ ⎢ ⎣ ⎡ + − − .

Segue-se o cálculo do integral resultante definido em x .

(

6x 9x

)

dx

[

3x 3x

]

41 234. 3 2 4 2 = + = +

(4)

Neste exemplo, e como introdução, foi apresentado o caso mais simples em que a região de integração era uma região rectangular

Naturalmente estas não são as regiões que aparecem mais frequentemente. Considere agora as duas regiões planas apresentadas nas figuras abaixo.

onde as funções g1,g2,h1,h2, são contínuas nos intervalos

[ ]

a,b e

[ ]

c,d

respectivamente, e onde g1

( )

xg2

( )

x para todo o x em

[ ]

a,b e h1

( )

yh2

( )

y para todo o y em

[ ]

c,d . Em

( )

i a região será chamada região do tipo 1 ou vertical simples e, em

( )

ii , região do tipo 2 ou horizontal simples.

A região do tipo 1 define-se como R1 =

{

( )

x,yIR2 :axb e g1

( )

xyg2

( )

x

}

e a região do tipo 2, como R2 =

{

( )

x,yIR2 : h1

( )

yxh2

( )

y e cyd

}

.

Assim para uma dada função f

( )

x,y contínua em R , 1

( )

( )

( ) ( ) dx dy y , x f dx dy y , x f b a x g x g R 2 1 1

∫ ∫

∫∫

=

e, para uma dada função f

( )

x,y contínua em R , 2

( )

( )

( ) ( ) dy dx y , x f dy dx y , x f d c y h y h R 2 1 2

∫ ∫

∫∫

= .

(5)

Exemplo:

Calcule

(

x 4y

)

dA

R 3

∫∫

+ , onde R é a

região do plano XOY limitada pelos gráficos das equações y=x2 e y=2x.

Solução:

(

x 4y

)

dA R 3

∫∫

+ =

(

x 4y

)

dy dx 2 0 x 2 x 3 2

∫ ∫

⎥ ⎦ ⎤ ⎢ ⎢ ⎣ ⎡ + =

[

x y+2y

]

dx= x 2 x 2 0 2 3 2 =

[

(

+

) (

− +

)

]

= 2 0 4 5 2 4 3 32 dx x 2 x x 8 x 2

3.

PROPRIEDADES DOS INTEGRAIS DUPLOS.

Sejam f e g numa região plana fechada e limitada, R , do plano XOY e seja c uma constante. 1.

∫∫

( )

=

∫∫

( )

R R dA y , x f c dA y , x f c . 2.

∫∫

[

( ) ( )

±

]

=

∫∫

( )

±

∫∫

( )

R R R dA y , x g dA y , x f dA y , x g y , x f . 3. f

( )

x,y dA 0 se f

( )

x,y 0 R ≥ ≥

∫∫

. 4. f

( )

x,y dA g

( )

x,y dA 0 se f

( ) ( )

x,y g x,y R R ≥ ≥ ≥

∫∫

∫∫

. 5.

∫∫

( )

=

∫∫

( )

+

∫∫

( )

2 1 R R R dA y , x f dA y , x f dA y , x f onde R=R1R2.

(6)

Exemplo de aplicação da propriedade 5:

Calcule

(

2x y

)

dA

R

2

∫∫

, onde R é a

região do plano XOY representada na figura ao lado.

Solução:

A região de integração, R , pode ser considerada do tipo 2, no entanto, uma outra maneira de a visualizar é como união das duas regiões R e1 R . 2

Assim,

(

2x y

)

dA R 2

∫∫

− =

(

2x y

)

dA 1 R 2

∫∫

− +

(

2x y

)

dA 2 R 2

∫∫

− =

(

2x y

)

dydx

(

2x y

)

dydx 2 0 3 1 x 2 0 2 3 1 x 2

∫ ∫

∫ ∫

+ − − + − + − = 3 68

Sugestão de trabalho: calcular o mesmo integral, considerando a região do tipo 2.

4.

INTEGRAIS DUPLOS EM COORDENADAS POLARES.

Para certo tipo de regiões R do plano sobre as quais pretendemos calcular um integral duplo, torna-se conveniente descrever R usando coordenadas polares.

Exemplos:

( )

⎭ ⎬ ⎫ ⎩ ⎨ ⎧ = 2 0 , 2 r 0 : , r R θ θ π

( )

{

r,θ :1 r 3,0 θ 2π

}

R= ≤ ≤ ≤ ≤

(7)

Lembramos que as de coordenadas polares num ponto

( )

r,θ estão relacionadas com as coordenadas cartesianas

( )

x,y desse ponto por

θ cos r x= y=rsenθ 2 2 2 y x r = + x y tgθ=

Em analogia com o que se faz nos integrais duplos sobre regiões expressas em coordenadas cartesianas, também se distinguem dois tipos de regiões polares:

( )

( )

( )

{

θ θ ≤ ≤ θ α ≤θ≤β

}

= r, :g r g ,

R1 1 2

com g1eg2 funções contínuas em

[ ]

α,β

( )

( )

( )

{

r, :a r b, g r g r

}

R1 = θ ≤ ≤ 1 ≤θ≤ 2

com g1eg2 funções contínuas em

[ ]

a,b Teorema.

Seja f é uma função contínua numa região polar R ,

a)

Se R é do tipo R , então 1

( )

(

)

( ) ( ) θ θ θ β α θ θ d dr r sen r , cos r f dy dx y , x f 2 1 1 g g R

∫ ∫

∫∫

=

b)

Se R é do tipo R , então 2

( )

(

)

( ) ( ) dr d r sen r , cos r f dy dx y , x f b a r g r g R 2 1 2 θ θ θ

∫ ∫

∫∫

=

(8)

Exemplo: Calcule

(

x y

)

dxdy R 2 2

∫∫

+ , sendo R=

{

( ) (

x,y : x1

)

2 +y21

}

. Solução

Para calcular este integral é conveniente usar coordenadas polares. Utilizando a mudança de coordenadas x=rcosθ, y=r senθ a região de integração ( círculo de raio

1 centrado no ponto

( ) ( )

x,y = 1,0 ), é dada por

( )

⎭ ⎬ ⎫ ⎩ ⎨ ⎧ = θ π θ π ,0 r 2cosθ 2 2 : , r R .

Atendendo a que r2 =x2 + y2, o integral pode escrever-se

∫ ∫

2 2 cos 2 0 2 d dr r r π π θ θ. e

∫ ∫

2 2 cos 2 0 2 d dr r r π π θ θ=

2 2 4 d cos 4 π π θ θ =

− ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ + 2 2 2 d 2 2 cos 1 4 π π θ θ = 2 3π .

5.

APLICAÇÕES GEOMÉTRICAS DO INTEGRAL DUPLO 5.1. Cálculo do volume de um sólido.

Sejam f e 1 f duas funções contínuas definidas numa região R fechada e 2

limitada do plano tais que f2

( )

x,yf1

( )

x,y ≥ para todo o 0

( )

x,y ∈ . R

O volume do sólido limitado superiormente pela superfície z= f2

( )

x,y e

inferiormente pela superfície z= f1

( )

x,y é dado por

( )

( )

(

f x,y f x,y

)

dxdy V R 1 2

∫∫

− = Exemplo:

Calcular o volume do sólido limitado pelos parabolóides de equação,

2 2 y 5 x 5 z= + e 2 2 y x 7 6 z= − − .

A figura mostra o sólido e a sua projecção no plano XOY .

(9)

Solução:

Encontra-se a projecção R do sólido no plano XOY , intersectando os dois parabolóides, isto é, 5x2 +5y2 =67x2y22x2 + y2 =1, o que nos diz que os sólidos se intersectam segundo uma curva cuja projecção no plano XOY é a elipse 2x2 + y2 =1. Aplicando a definição,

( )

( )

(

f x,y f x,y

)

dxdy V R 1 2

∫∫

− = =

(

6 12x 6y

)

dydx 2 1 2 1 x 2 1 x 2 1 2 2 2 2

∫ ∫

− − − − − − =

[

6

(

1 2x

)

y 2y

]

dx 2 2 x 2 1 y x 2 1 y 2 1 2 1 3 2 − = − − = −

− − =8

(

1 2x

)

dx 2 3 2 1 2 1 2

− − =

2 2 4 d cos 2 8 π π θ θ = 2 3π .

Nota: foi utilizada a substituição senθ

2 1

x= .

5.2. Cálculo da área de uma região plana limitada.

Seja R uma região fechada e limitada no plano XOY . A área A de R é dada por

∫∫

= R dy dx A .

Sem perda de generalidade, podemos demonstrar esta afirmação, considerando no plano XOY uma região horizontal simples, isto é,

( )

( )

( )

{

x,y IR :a x b e g x y g x

}

R 1 2 2 1 = ∈ ≤ ≤ ≤ ≤ . Assim, =

∫∫

R dy dx A = ( ) ( )

∫ ∫

b a x g x g 2 1 dydx =

(

g

( )

x g

( )

x

)

dx b a 1 2

− que, como se sabe da

integração de funções reais de uma só variável real representa a área A da região

(10)

Exemplos: 1.

Utilize os integrais duplos para

determinar a área

A

da região

limitada pelos gráficos de

2

y

=

16

x

2

e

x

+ y

2

+

4

=

0

.

Solução:

A região está abaixo da parábola

2

8

2

x

y

=

e acima da recta

2

2

x

y

=

, como

ilustrado na figura. Utilizando o integral duplo, temos

12 343 4 6 6 2 2 2 8 4 3 2 3 4 3 2 4 3 2 8 2 2 2 = ⎥ ⎦ ⎤ ⎢ ⎣ ⎡ + − = ⎥ ⎦ ⎤ ⎢ ⎣ ⎡ ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ − − ⎟⎟ ⎠ ⎞ ⎜⎜ ⎝ ⎛ − = = − − − − −

∫ ∫

dydx x x dx x x x A x x

2. Utilize integrais duplos para calcular a área de uma região plana limitada por uma

circunferência de raio a .

Solução:

Seja R a região do plano XOY limitada pela circunferência de centro na origem e

de raio a . Sabendo que esta área é dada por =

∫∫

R dy dx

A e que R é definida em

coordenadas polares por 0ra, 0≤θ≤2π, tem-se

∫∫

= R dy dx A =

∫∫

π θ 2 0 a 0 d dr r = θ π d 2 a 2 0 2

a2.

(11)

5.3. Cálculo da área de uma superfície.

Se f tem derivadas parciais de 1ª ordem contínuas numa região R fechada e limitada do plano XOY , então a área S da porção da superfície z= f

( )

x,y que se projecta em R , é dada por

dA 1 y z x z S R 2 2

∫∫

⎟⎟ + ⎠ ⎞ ⎜⎜ ⎝ ⎛ ∂ ∂ + ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ ∂ ∂ = Exemplo:

Calcular a área da parte do cilindro de

equação x2 +z2 =4 que se situa

acima do plano XOY .

Solução:

A parte do cilindro de equação x2 +z2 =4 que se situa acima do plano XOY , tem por equação z= 4x2 . Assim, de 1 dA y z x z S R 2 2

∫∫

⎟⎟ + ⎠ ⎞ ⎜⎜ ⎝ ⎛ ∂ ∂ + ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ ∂ ∂ = vem 0 1 dA x 4 x S R 2 2

∫∫

⎟ + + ⎠ ⎞ ⎜ ⎜ ⎝ ⎛ − − = = dxdy x 4 2 4 0 1 0 2

∫∫

=

=

= ⎦ ⎤ ⎢ ⎣ ⎡ ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ = = 4 0 1 x 0 x 4 0 3 4 dy 6 2 dy 2 x arcsen π π . Exemplo:

Calcular a área da porção do

parabolóide de equação 2 2

y x z= +

(12)

Solução:

A partir das equações z= e 1 z=x2 +y2 vê-se que o plano e o parabolóide se intersectam segundo uma circunferência cuja projecção no plano XOY tem por

equação x2 + y2 =1. Consequentemente a superfície cuja área se pretende

calcular projecta-se no círculo limitado por esta circunferência.

Assim, S 4x 4y 1 dA R 2 2

∫∫

+ + = .

É conveniente calcular este integral em coordenadas polares. Fazendo x2 +y2

igual a r e dA igual a2 rdrdθ, obtém-se

(

)

(

)

(

5 5 1

)

6 1 d 1 5 5 12 1 d 1 r 4 12 1 d dr r 1 r 4 S 2 0 1 r 0 r 2 0 2 3 2 2 0 1 0 2 = = ⎥ ⎦ ⎤ ⎢ ⎣ ⎡ + = + =

∫∫

= = π θ θ θ π π π .

6.

APLICAÇÕES DO INTEGRAL DUPLO À FÍSICA

O integral duplo utiliza-se na Física em situações de grande importância, como por exemplo, no cálculo da massa, dos momentos e do centro de massa de uma lâmina fina.

Consideremos uma lâmina fina, isto é de espessura desprezável, ocupando uma

região

R

do plano e cuja densidade (massa por unidade de massa) é dada pela

função

ρ

( )

x,y , contínua em

R

.

Efectuando uma partição de

R

por pequenos rectângulos

R

ij, e sendo

(

x ,

ij

y

ij

)

um ponto de

R

ij, a massa

m

ij da porção de lâmina que ocupa o rectângulo

R

ij é

dada aproximadamente por

(

ij ij

)

ij

ij

x

y

A

m

=

ρ

,

sendo

A

ij a área de

R

ij. Assim, atendendo à definição de integral duplo sobre

R

, podemos concluir que a massa total m da lâmina considerada é dada por

( )

∫∫

= R dy dx y x m

ρ

,

(13)

Exemplo:

Encontre a massa total de uma lâmina triangular com vértices

( )

0,0 ,

( )

0,1 e

( )

1,0 com função densidade

( )

x,y = xy

δ

.

Solução:

Observando a figura, temos que a massa

M

da lámina é

( )

= = = =

∫∫

∫∫

∫ ∫

1 − + 0 1 0 , x R R dx dy xy dA xy dA y x M

δ

24

1

2

1

2

1

2

1

1 0 1 0 2 3 2

=

⎥⎦

⎢⎣

+

=

⎥⎦

⎢⎣

=

xy

dx

x

x

x

dx

(unidades de massa)

Chama-se momento de uma partícula relativamente a um eixo, ao produto da sua massa pela distância da partícula ao eixo. Intuitivamente, somos conduzidos a afirmar que os momentos

M

xij e Mijy da porção da lâmina que ocupa o rectângulo

ij

R

, relativamente aos eixos Ox e

Oy

têm valores aproximados dados,

respectivamente, por Mxijyij

ρ

(

xij,yij

)

Aij e Myijxij

ρ

(

xij,yij

)

Aij. Mais uma vez tendo em conta a definição de integral duplo sobre a região

R

,

podemos concluir que os momentos

M

x e

M

y em relação, respectivamente, ao

eixo Ox e ao eixo

Oy

, de uma lâmina ocupando uma região

R

do plano e de

densidade

ρ

( )

x,y , são dados por

( )

∫∫

= R x y x y dxdy M

ρ

, e =

∫∫

( )

R y x x y dxdy M

ρ

,

Ao ponto de coordenadas

( )

x,

y

dadas por

m

M

x

=

y e m M y= x

(14)

Chamamos centro de massa da lâmina que ocupa uma região

R

do plano e de densidade

ρ

( )

x,y .

A designação de centro de massa advém da interpretação física que se lhe pode atribuir, pois trata-se de um ponto onde se poderia supor concentrada a massa da lâmina, sem que os momentos da lâmina em relação aos eixos coordenados fossem alterados. No caso em que a densidade da lâmina é constante, o centro de massa coincide com o “centro geométrico” da região plana que a lâmina ocupa.

Exemplo:

Encontre o centro de massa da lámina correspondente à região parabólica

2

4

0

y

x

. Onde a densidade do

ponto

( )

x,y é proporcional à distância entre

( )

x,y e o eixo das abcissas, como se ilustra na figura.

Solução:

Uma vez que a lâmina é simétrica em relação ao eixo

Oy

e

ρ

( )

x,y =ky, o centro

de massa está situado no eixo das ordenadas. Então x=0. Para encontrar

y

comecemos por calcular a massa da lâmina.

[ ]

∫ ∫

− − − −

=

=

=

2 2 4 0 2 2 2 4 0 2 2

2

y

dx

k

dx

dy

ky

m

x x

(

+

)

=

=

− 2 2 4 2

8

16

2

x

x

dx

k

=

+

=

− 2 2 5 3

5

3

8

16

2

x

x

x

k

15

256k

=

(15)

De seguida calculemos o momento relativamente ao eixo Ox.

[ ]

∫ ∫

− − − −

=

=

2 2 4 0 3 2 2 4 0 2 2

3

y

dx

k

dx

dy

ky

y

M

x x x

(

+

)

=

=

− 2 2 6 4 2

12

48

64

3

x

x

x

dx

k

=

+

=

− 2 2 7 5 3

7

5

12

16

64

3

x

x

x

x

k

105

4096k

=

Então, 7 16 15 256 105 4096 = = = k k m M y x

e o centro de massa é o ponto

7

16

,

0

.

Referências

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