Osvaldo Angelim
Consultoria & Treinamento
Rio de Janeiro – RJ
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Este material foi elaborado e cedido pelo Professor
Osvaldo Nunes Angelim. Todos os direitos reservados. É
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CRC- RJ CONSELHO DE
CONTABILIDADE DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO
DEPARTAMENTO DE
DESENVOLVIMENTO ROFISSIONAL
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CURSO
DESONERAÇÃO
DA
FOLHA DE PAGAMENTO
APOSTILA ATUALIZADA ATÉ 31 DE
CURRÍCULO RESUMIDO DO PROFESSOR
Pós-graduado em Direito Tributário pela UCAM – Universidade
Cândido Mendes;
Pós-graduado em Gestão Empresarial em Tributação e
Contabilidade pela UFF – Universidade Federal Fluminense;
Pós-graduado em Comercialização em Energia Elétrica pela UPE
– Universidade Estadual de Pernambuco – Departamento de
Engenharia Elétrica;
Graduado em Ciências Contábeis pela UGF – Universidade Gama
Filho;
Curso de Extensão em Direito da Energia pela UCAM;
Especialista em Direito Tributário, com ênfase na legislação do
Mercado de Energia Elétrica em toda cadeia de valor: Geração,
Transmissão, Distribuição e Comercialização;
Ministra seminários, cursos e treinamento In Company na área
tributária e fiscal de tributos diretos e indiretos;
Ministra seminários, cursos e treinamento In Company sobre
temas Tributários do Setor Elétrico Brasileiro.
Profissional com mais de 20 anos de prestação de serviços de
INSTRUTOR
DO
IBEF-RIO
–
INSTITUTO
BRASILEIRO
DE
EXECUTIVO DE FINANÇAS DOS SEGUINTES CURSOS
Tributação sobre Energia Elétrica;
Aspectos Gerais dos Contratos de Comercialização de Energia
Elétrica e Tributários em Empreendimentos do Setor Elétrico
Brasileiro;
Legislação Tributária e Incentivos Fiscais do Setor Elétrico
Brasileiro;
Legislação Estadual do ICMS e Substituição Tributária do Setor
Elétrico Brasileiro;
REIDI – Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento
da Infraestrutura
Aspectos do Planejamento Tributário do Setor de Energia
Elétrica e da Gestão de Tributos
INSTRUTOR DO IBRACON-RIO – INSTITUTO DOS AUDITORES
INDEPENDENTES DO BRASIL
Tributação sobre Energia Elétrica;
REIDI – Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO
1 – Legislação da Desoneração da Folha de Pagamento 1.1 – Constituição Federal de 1988
1.2 – Lei nº 8.212, de 1991- Contribuição Previdenciária –
1.3 – Legislações sobre a Desoneração da Folha de Pagamento 1.3.1 – Lei nº 12.546, de 2011
1.3.1.1 – Retenção do INSS de 2,0% Contratação de Serviços de Construção Civil
1.3.2 – COFINS – Importação – Acréscimo de alíquota
1.3.1.2 – COFINS – Importação – Acréscimo de alíquota (vigência: 01/08/2013) 1.3.1.3 – REINTEGRA – Prorrogação do prazo
1.3.1.4 – IPI – Redução das alíquotas – Prorrogação de prazo 1.3.2 – Lei nº 12.844, de 2013
1.3.2.1 – RET – Regime Especial de Tributação – alteração na alíquota
1.3.2.2 – PIS/COFINS – Concessões de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica – Alterações
1.3.3 – Lei nº 12.715/2012 – Relevantes alterações Tributárias e os principais reflexos no setor produtivo –
1.3.4 – Instrução Normativa RFB nº 1.436, de 2013 1.3.5 - Lei nº 12.794, de 2013
2 – Desoneração da Folha de Pagamento
3 – Obrigatoriedade da Desoneração da Folha de Pagamento
4 – Setores econômicos incluídos na desoneração da folha de pagamento e as alíquotas
4.1 – Base de contribuição sobre a Receita Bruta
4.2 – Atividades beneficiadas pela desoneração que contribuirão com à alíquota de 2%
4.2.1 – As empresas de Call Center, TI e TIC 4.2.2 – As empresas do Setor Hoteleiro
4.3 – Atividades beneficiadas pela desoneração que contribuirão com à alíquota de 1%
5 – Setores econômicos EXCLUÍDOS na Desoneração da Folha de Pagamento 6 – Pessoas Jurídicas – SIMPLES NACIONAL
7 – CONCLA – Comissão Nacional de Classificação 8 – Vigência da Contribuição Substitutiva
8.1 – As empresas do setor de construção civil, enquadradas nos grupos 412, 432, 433 e 439 da CNAE 2.1
8.1.1 – Regras Para Empresas Do Setor De Construção Civil 8.1.2 – Regras Para Matrícula CEI – Cadastro Específico do INSS
8.2 – As empresas de construção de obras de infraestrutura, enquadradas nos grupos 421, 422, 429 e 431 da CNAE 2.1
8.3 – As empresas de Call Center, TI e TIC
8.3.1 – Aspectos relevantes a cerca da Receita Bruta
8.4 – Os demais setores da desoneração da folha de pagamento 8.4.1 – Setor Hoteleiro
8.4.2 – Transporte Rodoviário
8.4.3 – Demais Setores que fabricam 9 – Conceito de Cessão de Mão-de-Obra 10 – Conceito de Empreitada
10.1 – Diferença entre Cessão de Mão-de-Obra e Empreitada 11 – Serviços Sujeitos à Retenção de 11% de INSS
12 – Cessão de Mão-de-Obra – Retenção do INSS de 3,5% 12.1 – As empresas de Call Center, TI e TIC
12.2 – As empresas do Setor Hoteleiro 12.3 – Demais Setores
13 – A desoneração da folha atinge todas as contribuições da folha de pagamento?
14 – Qual alíquota sobre receita bruta que as pessoas jurídicas enquadradas na desoneração devem pagar?
15 – A pessoa jurídica enquadrada que possui apenas parcela da sua receita vinculada aos serviços e produtos o que deve fazer?
16 – O que muda no recolhimento da nova contribuição devido ao enquadramento da desoneração?
17 – Todas as importações terão acréscimos de COFINS?
19 – Como ter certeza de que os impactos fiscais e econômicos esperados vão ocorrer na prática?
20 – A desoneração da folha é de caráter compulsório ou facultativo?
21 – A mudança de base de contribuição é para todas as pessoas jurídicas? 22 – A contribuição previdenciária e a retenção do INSS
DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO –
1 – Legislação da Desoneração da Folha de Pagamento
1.1 – Constituição Federal de 1988
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
§ 12. A lei definirá os setores de atividade econômica para os quais as contribuições incidentes na forma dos incisos I, b; e IV do caput, serão
não-cumulativas.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
§ 13. Aplica-se o disposto no § 12 inclusive na hipótese de substituição gradual, total ou parcial, da contribuição incidente na forma do inciso I, a, pela
incidente sobre a receita ou o faturamento. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
1.2 – Lei nº 8.212, de 1991 – Contribuição Previdenciária –
A substituição das contribuições previstas na Lei nº 8.212/1991, art. 22, Incisos I e III, são:
A contribuição previdenciária a cargo da empresa, destinada à Seguridade Social, é de:
I – 20% (vinte por cento)
sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer
título, durante o mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos que lhe prestem serviços, destinadas a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços, nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa. (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 1999).
III – 20% (vinte por cento)
sobre o total das remunerações pagas ou creditadas a qualquer título,
no decorer do mês, aos segurados contribuintes individuais que lhe prestem serviços. (Incluído pela Lei nº 9.876, de 1999).
1.3 – Legislações sobre a Desoneração da Folha de Pagamento
1.3.1 – Lei nº 12.546, de 2011
Conforme a Lei nº 12.546, de 14/12/2011, Conversão da Medida Provisória nº 540, de 2011, com alterações posteriores.
Conforme os artigos 7º e 8º da Lei nº 12.546/2011, a contribuição previdenciária sobre a receita substitui as seguintes contribuições previstas nos incisos I e III do artigo 22 da Lei nº 8.212/1991:
20% sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a
qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos que lhe prestem serviços; e
20% sobre o total das remunerações pagas ou creditadas a qualquer título, no decorrer do mês, aos segurados contribuintes individuais que lhe prestem serviços.
Assim, as demais contribuições incidentes sobre a folha de pagamento permanecerão inalteradas, inclusive o FGTS e a contribuição dos próprios empregados para o INSS.
Em resumo, se a empresa contratada for abrangida pela mudança, ela
continuará recolhendo a contribuição dos seus empregados (FGTS) e as
outras contribuições sociais incidentes sobre a folha de pagamento (por exemplo:
INSS descontado do empregado;
Seguro Acidente de Trabalho;
Salário Educação, etc.
da mesma forma que hoje, apenas a parcela patronal do INSS de 20% deixará
de ser calculada sobre os salários e passará a ser calculada sobre a receita bruta.
Importante destacar que todas as pessoas jurídicas enquadradas nos artigos 7º, 8º, 9º e anexo através do NCM com exceção das enquadradas no SIMPLES
NACIONAL, aplicam-se as regras da desoneração da folha de pagamento.
Vale lembrar que determinadas empresas de vários setores terão a
contribuição previdenciária patronal previdenciária de 20% calculada sobre o total da folha de pagamento de empregados, trabalhadores avulsos e
contribuintes individuais, substituídas pela aplicação das alíquotas de 1% ou
2%, conforme o caso, até 31 de dezembro de 2014, contribuirão sobre o valor
1.3.1.1 – Retenção do INSS de 2,0% Contratação de Serviços de
Construção Civil
A obrigação inserida no art. 7º da Lei nº 12.546/2011 determina à retenção da
contribuição previdenciária para o INSS na alíquota de 2,0%, de empresas do
setor de construção civil, que prestarem serviços de construção civil,
enquadradas nos grupos 412, 432, 433 e 439 da CNAE 2.1; (Redação dada pela
Lei nº 12.844, de 2013)
Importante observar às alterações promovidas pela Lei 12.844/2013 que define regras de inclusão e exclusão da desoneração para o setor de construção civil, referente às obras matriculadas no Cadastro Específico do INSS – CEI.
As empresas tributadas pelo SIMPLES NACIONAL não foram atingidas pela nova legislação, devendo continuar a fazer seus recolhimentos normalmente. A mudança requer conhecimento da aplicação das medidas, pois serão necessárias informações na DCTF, GFIP e na Declaração EFD-Contribuições. A Receita Federal do Brasil expediu vários Atos e Instruções, orientando sobre como fazer corretamente o recolhimento e as informações previstas na Lei nº 12.546/2011.
1.3.1.2 – COFINS – Importação – Acréscimo de alíquota (vigência:
01/08/2013)
A alíquota da COFINS – Importação, disposta na Lei Federal nº 10.865/2004, fica acrescida de 1%, na hipótese de importação dos bens especificados no Anexo I da Lei nº 12.546/2011.
Outro ponto importante que cabe evidenciar, para as empresas que importam os produtos “desonerados”, haverá aumento da COFINS-Importação a partir de agosto/2013, que passa de 7,6% para 8,6%.
Cabe destacar que as mudanças fazem parte do Plano Brasil Maior, conjunto de várias mudanças onde o governo brasileiro pretende dinamizar e tornar mais competitiva a economia brasileira e estimular as exportações. Alguns setores já fizeram as contas e haverá aumento de suas contribuições, principalmente as que pouco exportam e estão com seus parques industriais mais robotizados, usando pouca mão de obra. Com essas medidas o governo também espera que as empresas contratem mais empregados formais, evitando a terceirização.
O momento é de fazer análises e planejamento tributário. As empresas que se sintam prejudicadas poderão entrar na justiça com pedido de liminar para contribuir à Previdência Social da forma anterior. Mas em abril/2012 a Justiça Federal negou pedido de liminar ao Sindicato das Empresas de Processamento de Dados de São Paulo (Seprosp). No pedido, o Seprosp alegou que 45 mil empresas do setor foram prejudicadas com a nova lei, mas o pedido não foi aceito, porque há previsão legal de que a contribuição previdenciária pode ser cobrada sobre a receita bruta.
1.3.1.3 – REINTEGRA – Prorrogação do prazo (efeitos desde
04.06.2013)
O REINTEGRA, instituído pela Lei Federal nº 12.546/2011, com o intuito de reintegrar valores referentes a custos tributários federais residuais existentes nas suas cadeias de produção, teve sua aplicação prorrogada às exportações realizadas de 04.06.2013 até 31.12.2013. A Lei em comento estabelece que não serão computados na apuração da base de cálculo do PIS e da COFINS os valores ressarcidos no âmbito do REINTEGRA.
1.3.1.4 – IPI – Redução das alíquotas – Prorrogação de
prazo (vigência: 19.07.2013)
Fica prorrogada para até 31/12/2017 o prazo para fruição da redução das alíquotas do IPI, pelas empresas fabricantes, no País, de produtos classificados nas posições 87.01 a 87.06 da TIPI (tratores; veículos; chassis; dentre outros).
1.3.2 – Lei nº 12.844, de 2013
Em 19 de julho de 2013, foi publicada no DOU Extra a Lei Federal nº 12.844, em conversão à MP nº 610/2013, para alterar dispositivos da legislação tributária federal.
Cabe mencionar que foram recepcionados dispositivos das MPs nºs 601, de 28/12/2012 (que teve seu prazo de vigência encerrado no dia 03/06/2013) e 612/2013, que contemplam temas abaixo relacionados, dentre outros assuntos. A desoneração da folha trata da substituição da contribuição previdenciária patronal de 20% (vinte por cento) sobre a folha de pagamento (artigo 22, incisos I e III, da Lei n° 8.212/1991) para 2% (doi s por cento) ou 1% (um por cento), conforme a atividade da empresa sobre a receita bruta terá vigência até 31 de dezembro de 2014, conforme dispõe a Lei n° 12 .456/2011, com as alterações atuais.
A contribuição referente a desoneração da folha, ou seja, de 1% (um por cento) ou 2% (dois por cento), conforme a atividade, é aplicada sobre o valor da receita bruta, excluídos as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos.
Através da publicação da Lei n° 12.844/2013, alguma s atividades que tinham sido desenquadras na desoneração da folha devido a perda da vigência da Medida Provisória 601/2012 voltaram a serem enquadradas novamente.
Neste contexto, volta a desoneração, para as atividades da construção, comércio varejista, entre outros, como algumas atividades que foram excluídas da desoneração.
1.3.2.1 – RET – Regime Especial de Tributação – alteração na
alíquota (efeitos: desde 04.06.2013)
O Regime Especial de Tributação Aplicável às Incorporações Imobiliárias (RET), disposto na Lei nº 10.931/2004, teve sua alíquota alterada pela nova Lei. Para cada incorporação submetida ao RET, a incorporadora ficará sujeita ao pagamento equivalente a 4% da receita mensal recebida, o qual
corresponderá ao pagamento mensal unificado do imposto e
contribuições que especifica.
1.3.2.2 – PIS/COFINS – Concessões de geração, transmissão e
distribuição de energia elétrica – Alterações
Foram alteradas disposições da Lei Federal nº 12.783/2013, que trata das concessões de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, da redução dos encargos setoriais, e da modicidade tarifária. Nos termos da referida Lei, ficam reduzidas a zero as alíquotas do PIS e da COFINS incidentes sobre as indenizações a serem pagas aos concessionários do setor devido à prorrogação das concessões.
1.3.3 – Lei nº 12.715/2012 – Relevantes alterações Tributárias e os
principais reflexos no setor produtivo –
A Medida Provisória 563/2012 foi convertida na Lei 12.715, de 17/09/2012 e
regulamentada pelo Decreto Federal nº 7.828, de 16/09/2012, dando
continuidade ao Programa Federal “Brasil Maior”.
Cabe destacar, de forma resumida, as principais alterações na legislação
tributária e previdenciária. São inovações e readequações das mais variadas,
consolidadas em um único texto legal.
A Lei 12.715/2012, tem como objetivo o estímulo à economia nacional, traz
novidades interessantes no aspecto tributário. Na primeira parte, cria, reedita
1) Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica – PRONON
Visa captar e canalizar recursos para a prevenção e o combate ao câncer (gera estímulos a doações e subvenções privadas, que podem ser objeto de dedução fiscal).
2) Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência
- PRONAS/PCD
Captar e canalizar recursos destinados a estimular e desenvolver a prevenção e a reabilitação da pessoa com deficiência (traz estímulos a doações e subvenções privadas, que podem ser objeto de dedução fiscal).
3) Programa Um Computador por Aluno - PROUCA
Instituído pelo Regime Especial de Incentivo a Computadores para Uso
Educacional – REICOMP, para promover a inclusão digital nas escolas: permite
a venda de equipamentos com isenção de IPI, COFINS e PIS/PASEP.
4) Regime Especial de Tributação do Programa Nacional de Banda Larga para
Implantação de Redes de Telecomunicações - REPNBL-Redes,
Tem como objetivo a implantação, ampliação ou modernização de redes de telecomunicações que suportam acesso à internet em banda larga: permite a
venda de equipamentos com isenção de IPI, COFINS e PIS/PASEP.
5) Regime especial de tributação aplicável à construção ou reforma de estabelecimentos de educação infantil,
Permite, em tais serviços, a incidência única de 1% sobre a receita mensal, em
substituição ao IRPJ, CSLL, COFINS e PIS/PASEP.
6) Ampliação das vantagens do regime tributário para Incentivo à
7) Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia
Produtiva de Veículos Automotores - INOVAR-AUTO
Objetivo de apoiar o desenvolvimento tecnológico, a inovação, a segurança, a
proteção ao meio ambiente, a eficiência energética e a qualidade dos
automóveis, caminhões, ônibus e autopeças: permite apurar crédito
presumido de IPI com gastos variados, tais como pesquisa e desenvolvimento tecnológico.
Ainda, conforme a Lei nº 12.715/2012, também alarga as hipóteses de
desoneração da folha de pagamento, sempre com fundamento no art. 195, § 13
da Constituição Federal de 1988.
Algumas contribuições permanecem como:
SAT – Seguro Acidente de Trabalho;
RAT – Riscos Ambientais do Trabalho; e
Os 15% sobre a nota fiscal ou fatura emitida por cooperativa de trabalho.
Algumas pessoas jurídicas abrangidas já possuíam tratamento diferenciado
desde a Lei nº 11.774/2011. A diferença é que a benesse era restrita às exportações e, desde o advento da Lei nº 12.546/2011, há a suspensão da
renúncia fiscal condicionada, substituída pela forma alternativa de incidência
sobre a receita bruta mensal, ao invés da folha de pagamento.
A Lei 12.715/2012 também compreende outras vantagens com alíquota de 1% a
diversas outras atividades, identificadas em quadro anexo à Lei, de acordo
com a codificação da tabela da TIPI.
Os principais segmentos são:
indústrias do setor têxtil;
alimentício; e
Outros segmentos também são contemplados expressamente:
manutenção e reparação de aeronaves, motores, componentes e
equipamentos correlatos;
transporte aéreo de carga;
transporte aéreo de passageiros regular;
transporte marítimo de carga na navegação de cabotagem;
transporte marítimo de passageiros na navegação de cabotagem;
transporte marítimo de carga na navegação de longo curso;
transporte marítimo de passageiros na navegação de longo curso;
transporte por navegação interior de carga;
transporte por navegação interior de passageiros em linhas regulares;
navegação de apoio marítimo e de apoio portuário.
Todos os setores acima estão sujeitos à incidência de 1% sobre a receita bruta.
Importante lembrar que as atividades mencionadas acima, a substituição
somente aplica-se apenas em relação aos produtos industrializados pela
empresa, ficando excluídas as empresas que se dediquem a outras atividades,
além das previstas.
1.3.4 – Instrução Normativa RFB nº 1.436, de 2013
Dispõe sobre a Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta (CPRB), destinada ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS), devida pelas empresas referidas nos arts. 7º e 8º da Lei nº 12.546, de 14 de dezembro de 2011.
Abrangência da Desoneração
Os critérios de enquadramento das atividades desoneradas estão previstas na Lei nº 12.546/2011. Dentre eles o parâmetro é a produção de determinado bem ou o desenvolvimento de determinada atividade econômica respectivamente.
A produção de determinado bem abrangido pela desoneração deve estar de acordo com seu NCM – Nomenclatura Comum do Mercosul. A lógica é que o produto com seu respectivo NCM e com o correspondente faturamento e mão-de-obra enquadra-se na incidência da desoneração. Assim, os demais produtos que não integram a desoneração aplica-se a regra geral prevista na Lei nº 8.212/1991.
A legislação tributária que trata da desoneração considera também à atividade econômica.
Artigo 9º da Lei nº 12.546/2011
Art. 9o Para fins do disposto nos arts. 7o e 8o desta Lei:
§ 9o As empresas para as quais a substituição da contribuição previdenciária
sobre a folha de pagamento pela contribuição sobre a receita bruta estiver vinculada ao seu enquadramento no CNAE deverão considerar apenas o CNAE relativo a sua atividade principal, assim considerada aquela de maior receita
auferida ou esperada, não lhes sendo aplicado o disposto no § 1o. (Redação
dada pela Lei nº 12.844, de 2013)
§ 1º No caso de empresas que se dedicam a outras atividades além das previstas nos arts. 7º e 8º, o cálculo da contribuição obedecerá: (Redação dada pela Medida Provisória nº 651, de 2014)
Artigo 1º da IN RFB nº 1.426/2013
Art. 1º As contribuições previdenciárias das empresas que desenvolvem as atividades relacionadas no Anexo I ou produzam os itens listados no Anexo II incidirão obrigatoriamente sobre o valor da receita bruta, em substituição às contribuições previdenciárias incidentes sobre a folha de pagamento, previstas nos incisos I e III do caput do art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, considerando-se os períodos e as alíquotas definidos nos Anexos I e II, e observado o disposto nesta Instrução Normativa.
Artigo 8º da IN RFB nº 1.426/2013
Art. 8º Observado o disposto no § 4º deste artigo e no caput do art. 6º, no caso de empresas que se dedicam a outras atividades, além das relacionadas no Anexo I ou que produzam outros itens além dos listados no Anexo II, o cálculo da CPRB será realizado observando-se:
I - em relação às receitas decorrentes das atividades relacionadas no Anexo I e da produção dos itens listados no Anexo II, ao previsto no art. 1º; e
II - quanto à parcela da receita bruta relativa a atividades não sujeitas à CPRB, ao prescrito no art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991, reduzindo-se o valor das contribuições referidas nos incisos I e III do caput do mencionado art. 22 ao percentual resultante da razão entre a receita bruta de atividades não relacionadas no Anexo I, ou da produção de itens não listados no Anexo II e a receita bruta total.
§ 1º O valor da receita bruta decorrente de exportações será computado no cálculo da proporcionalidade a que se refere o inciso II do caput, tanto na receita bruta de atividades não relacionadas no Anexo I ou na produção de itens que não estejam listados no Anexo II, quanto na receita bruta total.
§ 2º As empresas referidas no caput, nos meses em que auferirem apenas receita relativa às atividades ou produção de itens:
I - listados, respectivamente, nos Anexos I e II, deverão recolher a CPRB sobre a receita bruta total, não sendo aplicada a proporcionalização de que trata o inciso II do caput deste artigo.
II - não relacionados nos Anexos I e II, deverão recolher as contribuições previstas nos incisos I e III do caput do art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991, sobre a totalidade da folha de pagamentos;
§ 3º A partir de 1º de agosto de 2012, a regra de proporcionalização de que trata este artigo aplica-se somente às empresas que se dediquem às atividades relacionadas no Anexo I, ou produzam os itens listados no Anexo II, se a receita bruta decorrente dessas atividades ou produção de itens for inferior a 95% (noventa e cinco por cento) da receita bruta total.
§ 4º Caso ultrapassado o limite previsto no § 3º, a CPRB será calculada sobre a receita bruta total auferida no mês.
§ 5º As empresas que se dedicam exclusivamente às atividades relacionadas no Anexo I ou à produção de itens listados no Anexo II não estão obrigadas a recolher as contribuições previstas nos incisos I e III do caput do art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991, nos meses em que não auferirem receita.
Artigo 17 da IN RFB nº 1.426/2013
Art. 17. As empresas para as quais a substituição da contribuição previdenciária sobre a folha de pagamento pela CPRB estiver vinculada ao seu enquadramento no CNAE deverão considerar apenas o CNAE principal.
§ 1º O enquadramento no CNAE principal será efetuado pela atividade econômica principal da empresa, assim considerada, dentre as atividades constantes no ato constitutivo ou alterador, aquela de maior receita auferida ou esperada.
§ 2º A "receita auferida" será apurada com base no ano-calendário anterior, que poderá ser inferior a 12 (doze) meses, quando se referir ao ano de início de atividades da empresa.
§ 3º A "receita esperada" é uma previsão da receita do período considerado e será utilizada no ano-calendário de início de atividades da empresa.
§ 4º Para fins do disposto no caput, a base de cálculo da CPRB será a receita bruta da empresa relativa a todas as suas atividades, não lhes sendo aplicada a regra de que trata o art. 8º.
Proporcionalidade da Desoneração
Conforme a IN RFB nº 1.436/2013, as pessoas jurídicas, nos meses que auferirem apenas receita relativa às atividades ou produção dos itens listados, respectivamente, nos Anexos I e II, deverão recolher a CPRB sobre a receita bruta total, não sendo aplicada a proporcionalização.
Cabe destacar que, caso os itens não estejam relacionados nos Anexos I e II, as empresas deverão recolher as contribuições sobre a totalidade da folha de pagamentos.
Vale lembrar que as pessoas jurídicas com várias atividades econômicas ou produção de bens variados, com ou sem desoneração, cabe a empresa quantificar a proporcionalização nos termos do artigo 8º da IN RFB nº 1.436/2013.
Considerando a hipótese que a empresa tem metade de sua atividade econômica (50% da receita total desonerada) enquadrada no Anexo I e outra metade não (50% da receita total de outra atividade que não é contemplada pela desoneração). Assim, neste caso, metade da receita da atividade desonerada pagará 1% ou 2% sobre a Receita Bruta conforme o setor contemplado. A outra metade incidirá a Contribuição Previdenciária Patronal de 20% sobre a folha de pagamento desonerada.
Importante destacar que o artigo 17 da IN RFB nº 1.436/2013, estabelece que o enquadramento por CNAE implica vinculação com todo o faturamento da empresa, sem qualquer proporcionalidade, mesmo que a empresa tenha outras atividades secundárias.
1.3.5 - Lei nº 12.794, de 2013
Altera a Lei no 12.546, de 14 de dezembro de 2011, quanto à contribuição
previdenciária de empresas dos setores industriais e de serviços; permite depreciação de bens de capital para apuração do Imposto de Renda; institui o Regime Especial de Incentivo ao Desenvolvimento da Infraestrutura da
Indústria de Fertilizantes; altera a Lei no 12.598, de 22 de março de 2012,
quanto à abrangência do Regime Especial Tributário para a Indústria de Defesa; altera a incidência da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins na comercialização da laranja; reduz o Imposto de Renda devido pelo prestador
autônomo de transporte de carga; altera as Leis nos 12.715, de 17 de setembro
de 2012, 7.713, de 22 de dezembro de 1988, 10.925, de 23 de julho de 2004, e 9.718, de 27 de novembro de 1998; e dá outras providências.
2 – Desoneração da Folha de Pagamento
Conforme o Decreto n° 7.828, de 16 de outubro de 20 12, com suas alterações posteriores, a desoneração da folha de pagamento consiste na substituição da contribuição patronal referente aos 20% (vinte por cento) sobre a folha, por uma contribuição atualmente de 1% (um por cento) ou 2% (dois por cento), conforme segmento da empresa, sobre a receita bruta.
Decreto n° 7.828/2012, Art. 5º, § 3º.
As empresas a que se referem os arts. 2º e 3º continuam sujeitas ao cumprimento das demais obrigações previstas na legislação previdenciária. As contribuições para o RAT – Riscos Ambientais do Trabalho e às outras entidades/terceiros não se aplica a substituição, ou seja, estas contribuições são devidas.
Importante destacar que determinadas empresas de vários setores terão a contribuição previdenciária de 20% calculada sobre o total da folha de pagamento de empregados, trabalhadores avulsos e contribuintes individuais,
substituídas pela aplicação das alíquotas de 1% ou 2%, conforme o caso, até
31 de dezembro de 2014, contribuirão sobre o valor da receita bruta, excluídas
as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos.
Medida Provisória nº 651, de 09/07/2014
Novas Regras – Alterações na Legislação Tributária Federal
A Medida Provisória nº 651/2014 foi publicada em 10/07/2014, efetuou várias alterações na legislação tributária principalmente no que se refere à integralização de cotas, ao empréstimo de ações de emissão de companhias abertas, ao REINTEGRA, à desoneração da folha de pagamento e ao parcelamento de dívidas tributárias.
Esta Medida Provisória torna permanente a desoneração da folha de pagamento para vários setores. A desoneração era válida até 31/12/2014, e vai permitir redução de custos e, consequentemente, redução no preço dos produtos. Não foram incorporados novos setores.
Desoneração da folha de pagamento – Regras tornam-se definitivas
A MP ainda tornou definitiva a regra da desoneração da folha de pagamento para as empresas abrangidas pela Lei nº 12.546/2011. Essas empresas não estão sujeitas à Contribuição Previdenciária Patronal de 20% sobre a folha de pagamento, e devem recolher em caráter de substituição a Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta com alíquotas de 1% ou 2%, de acordo o caso.
As demais contribuições incidentes sobre a folha de pagamento permanecerão
inalteradas, inclusive o FGTS e a contribuição dos próprios empregados para o
Em resumo, se a empresa for abrangida pela mudança, ela continuará
recolhendo a contribuição dos seus empregados e as outras contribuições
sociais incidentes sobre a folha de pagamento:
Seguro Acidente de Trabalho;
Salário Educação, etc.
da mesma forma que hoje, apenas a parcela patronal do INSS deixará de ser
calculada sobre os salários e passará a ser calculada sobre a receita bruta com as deduções permitidas.
Objetivos da Desoneração
A desoneração da folha de pagamento é constituída de duas medidas complementares.
Primeira medida:
o governo está eliminando a atual contribuição previdenciária sobre a
folha e adotando uma nova contribuição previdenciária sobre a receita bruta das empresas (descontando as receitas de exportação), em consonância com o disposto nas diretrizes da Constituição Federal;
amplia a competitividade da indústria nacional, por meio da redução dos
custos e estimula as exportações;
Segunda medida:
essa mudança de base da contribuição também contempla uma redução
da carga tributária dos setores beneficiados, porque a alíquota sobre a receita bruta foi fixada em um patamar de 1% e 2%;
estimula a formalização do mercado de trabalho, uma vez que a
contribuição previdenciária dependerá da receita e não mais da folha de pagamento;
existe um grande número de empregados informais, assim, o custo para
as empresas manterem seus trabalhadores formalizados é alto em razão dos encargos sociais que ultrapassam 100% sobre a folha de pagamento.
3 – Obrigatoriedade da Desoneração da Folha de Pagamento
Conforme o Decreto n° 7.828/2012, artigo 4°, a subs tituição previdenciária têm caráter impositivo aos contribuintes que exerçam as atividades estabelecidas, pelas legislações citadas acima.
Decreto n° 7.828/2012, Art. 4º.
As contribuições de que tratam os arts. 2º e 3º têm caráter impositivo aos contribuintes que exerçam as atividades neles mencionadas.
Parágrafo único. As empresas que se dedicam exclusivamente às atividades referidas nos arts. 2o e 3o, nos meses em que não auferirem receita, não recolherão as contribuições previstas nos incisos I e III do caput do art. 22 da
Lei nº 8.212, de 1991″.
Solução de Consulta n° 91, de 20 de agosto de 2012 da Receita
Federal do Brasil (DOU de 22.08.2012):
“EMENTA: CONTRIBUIÇÃO SUBSTITUTIVA. EMPRESAS QUE EXERCEM OUTRAS ATIVIDADES ALÉM DAQUELAS SUBMETIDAS AO REGIME SUBSTITUTIVO. 1. A contribuição substitutiva incidente sobre a receita bruta prevista no art. 7º da Lei nº 12.546, de 2011, tem caráter impositivo ao contribuinte cujas atividades acham-se contempladas no referido artigo, não se apresentando como opcional…”.
Destaques:
é obrigatório para as empresas abrangidas por essas disposições legais
mencionadas acima;
os recolhimentos dos valores referentes à Contribuição Previdenciária
sobre a Receita Bruta – CPRB devem ser efetuados de forma centralizada pelo estabelecimento matriz;
as pessoas jurídicas que se dedicam exclusivamente às atividades
desoneradas nos meses em que não auferirem receita não recolherão a contribuição previdenciária patronal de 20%;
as contribuições recolhidas em DARF, referente à desoneração da folha deverão ser informadas em DCTF e EFD-Contribuições.
4 – Setores econômicos incluídos na Desoneração da Folha de
Pagamento e as alíquotas
Setores
Alíquota
Têxtil 1,00 % Confecções 1,00 % Couro e calçados 1,00 % Plásticos 1,00% Material elétrico 1,00 %Bens de Capital – Mecânico 1,00 %
Fabricação de Ônibus 1,00 % Auto-peças 1,00 % Fabricação de navios 1,00 % Fabricação de Aviões 1,00 % Móveis 1,00 % TI e TIC 2,00 % Hotéis 2,00 % Call Center 2,00 %
Design Houses (chips) 2,00 %
Novos Setores Econômicos incluídos na Desoneração da Folha de
Pagamento e as alíquotas
Setores
Alíquota
Aves, suínos e derivados 1,00 %
Pescado 1,00 %
Pães e massas 1,00 %
Fármacos e medicamentos 1,00%
Equipamentos médicos e odontológicos 1,00 %
Bicicletas 1,00 %
Pneus e câmaras de ar 1,00 %
Papel e celulose 1,00 %
Vidros 1,00 %
Fogões, refrigeradores e lavadoras 1,00 %
Cerâmicas 1,00 %
Pedras e rochas ornamentais 1,00 %
Tintas e vernizes 1,00 %
Construção metálica 1,00 %
Equipamento ferroviário 1,00 %
Fabricação de ferramentas 1,00 %
Fabricação de forjados de aço 1,00 %
Parafusos, porcas e trefilados 1,00%
Brinquedos 1,00 %
Instrumentos óticos 1,00 %
Manutenção e reparação de aviões 1,00 %
Transporte aéreo 1,00 %
Transporte marítimo, fluvial e navegação apoio 1,00 %
Suporte técnico informática 2,00 %
4.1 – Base de contribuição sobre a Receita Bruta
a base de contribuição é apenas para as pessoas jurídicas que se
enquadrarem nas atividades econômicas ou que fabricam produtos industriais listados, além daquelas já beneficiadas pela desoneração;
a pessoa jurídica obrigatoriamente terá de pagar sua CPRB oriunda da
venda daqueles produtos e da receita de serviços.
4.2 – Atividades beneficiadas pela desoneração que contribuirão
com à alíquota de 2%
Até 31/12/2014, contribuirão sobre o valor da receita bruta, à alíquota de 2%, em substituição às contribuições previstas nos incisos I e III do art. 22 da Lei nº 8.212, de 24/07/1991, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos as seguintes atividades listadas pela desoneração:
4.2.1 – As empresas de Call Center, TI e TIC
Até 31/12/2014, incidirá sobre o valor da Receita Bruta, alíquota de 2% em substituição a Contribuição Previdenciária Patronal, para as empresas que prestam serviços de:
Tecnologia da Informação (TI);
Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC);
Call center;
Empresas que exercem atividades de concepção, desenvolvimento ou
projeto de circuitos integrados (artigo 2° do Decre to n° 7.828/2012)
Conforme o Decreto Federal nº 7.828/2012 considera-se serviços
exclusivamente de Tecnologia da Informação – TI e de Tecnologia da
Informação e Comunicação – TIC:
análise e desenvolvimento de sistemas;
programação;
processamento de dados e congêneres;
elaboração de programas de computadores, inclusive de jogos eletrônicos;
licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de computação;
assessoria e consultoria em informática;
suporte técnico em informática, inclusive instalação, configuração e
manutenção de programas de computação e bancos de dados; e
planejamento, confecção, manutenção e atualização de páginas eletrônicas.
Nos termos da Lei, as empresas que prestam serviços de suporte técnico em equipamentos de informática em geral passam a integrar o conceito de empresas que prestam serviços de tecnologia da informação – TI e de tecnologia da informação e comunicação – TIC para fins de redução das alíquotas das contribuições de que tratam os incisos I e III do caput do art. 22 da Lei no 8.212/1991.
Destaque:
Não se aplica a empresas que exercem as atividades de representante, distribuidor ou revendedor de programas de computador, cuja receita bruta decorrente dessas atividades seja igual ou superior a 95% da Receita Bruta Total.
4.2.2 – As empresas do Setor Hoteleiro
as empresas do setor hoteleiro enquadradas na subclasse 5510-8/01 da
Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) 2.1
as empresas de transporte rodoviário coletivo de passageiros, com
itinerário fixo, municipal, intermunicipal em região metropolitana,
intermunicipal, interestadual e internacional enquadradas nas subclasses
4921-3 e 4922-1 da Classificação Nacional de Atividades Econômicas
(CNAE) 2.1
4.3 – Atividades beneficiadas pela desoneração que contribuirão
com à alíquota de 1%
Até 31/12/2014, contribuirão sobre o valor da receita bruta, à alíquota de 1%, em substituição às contribuições previstas nos incisos I e III do art. 22 da Lei nº 8.212, de 24/07/1991, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos as seguintes atividades listadas pela desoneração: As empresas que fabricam os produtos classificados na TIPI, aprovado pelo Decreto nº 7.660, de 23/12/2011, nos códigos referidos na Lei 12.546/2011, alterada pela Lei nº 12.715/2012, conforme abaixo:
I – 3926.20.00, 40.15, 42.03, 43.03, 4818.50.00, 63.01. a 63.05, 6812.91.00,
9404.90.00 e nos capítulos 61 e 62 (Vigência: 01/12/2011 até 31/12/2014);
II – 4202.11.00, 4202.21.00, 4202.31.00, 4202.91.00, 4205.00.00, 6309.00, 64.01 a
64.06 (Vigência: 01/12/2011 até 31/12/2014);
III – 41.04, 41.05, 41.06, 41.07 e 41.14 (Vigência: 01/04/2012 até 31/12/2014);
IV – 83.08.10.00, 8308.20.00, 96.06.10.00, 9606.21.00 e 9606.22.00 (Vigência:
01/04/2012 até 31/12/2014);
Destaques:
Aplicabilidade da alíquota de 1%
Até 31/12/2014, a contribuição sobre o valor da receita bruta, à alíquota de 1%, para as empresas que fabricam os produtos classificados na TIPI, aplica-se apenas em relação aos produtos industrializados pela empresa:
I – de manutenção e reparação de aeronaves, motores, componentes e
equipamentos correlatos (Vigência: 01/01/2013 até 31/12/2014);
II – de transporte aéreo de carga (Vigência: 01/01/2013 até 31/12/2014);
III – de transporte aéreo de passageiro regular (Vigência: 01/01/2013 até
31/12/2014);
IV – de transporte marítimo de carga na navegação de cabotagem (Vigência:
01/01/2013 até 31/12/2014);
V – de transporte marítimo de passageiros na navegação de cabotagem
(Vigência: 01/01/2013 até 31/12/2014);
VI – de transporte marítimo de carga na navegação de longo curso (Vigência:
01/01/2013 até 31/12/2014);
VII – de transporte marítimo de passageiros na navegação de longo curso
(Vigência: 01/01/2013 até 31/12/2014);
VIII – de transporte por navegação interior de carga (Vigência: 01/01/2013 até
31/12/2014);
IX – de transporte por navegação interior de passageiros em linhas regulares
(Vigência: 01/01/2013 até 31/12/2014);
X – de navegação de apoio marítimo e de apoio portuário (Vigência: 01/01/2013
Inaplicabilidade da alíquota de 1%
Empresas que:
I – se dediquem a outras atividades, cuja receita bruta decorrente dessas outras atividades seja igual ou superior a 95% da receita bruta total;
II – fabricantes de automóveis, comerciais leves (camionetas, picapes, utilitários, vans e furgões), caminhões e chassis com motor para caminhões, chassis com motor para ônibus, caminhões-tratores, tratores agrícolas e colheitadeiras agrícolas auto propelidas.
5 – Setores econômicos EXCLUÍDOS na Desoneração da Folha de
Pagamento
Conforme o Decreto n° 7.828/2012, artigo 3°, inciso II, não aplica a desoneração, conforme abaixo:
II – não se aplica o disposto no caput às empresas:
a) que se dediquem a atividades diversas das previstas neste artigo, cuja receita bruta delas decorrente seja igual ou superior a noventa e cinco por cento da receita bruta total; e
b) aos fabricantes de automóveis, comerciais leves – camionetas, picapes, utilitários, vans e furgões; caminhões e chassis com motor para caminhões, chassis com motor para ônibus, caminhões-tratores, tratores agrícolas e colheitadeiras agrícolas auto propelidas.
c) às empresas aéreas internacionais de bandeira estrangeira de países que estabeleçam, em regime de reciprocidade de tratamento, isenção tributária às receitas geradas por empresas aéreas brasileiras. (Incluído pela Medida Provisória n° 601, de 2012)”.
Decreto n° 7.828/2012, Artigo 2°, 3°, inciso II, en tre 1º de agosto de 2012 e 31 de dezembro de 2014, não se aplica a desoneração, às empresas que exerçam as atividades de representação, distribuição ou revenda de programas de computador e cuja receita bruta que decorra dessas atividades seja igual ou superior a 95% (noventa e cinco por cento) da receita bruta total.
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 117 de 16 de Outubro de 2012 da
Receita Federal do Brasil, referente a fabricantes de alguns
produtos que não se aplicam a desoneração:
“EMENTA: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SUBSTITUTIVA. FABRICANTES DE MERCADORIAS DA POSIÇÃO 4202 DA NCM. As mercadorias classificadas nos códigos 4202.11.00, 4202.21.00, 4202.31.00 e 4202.91.00 da NCM integram o regime da contribuição previdenciária substitutiva desde a edição da Medida Provisória nº 540/2011 e, portanto, as normas desse regime se aplicam a seus fabricantes desde 01/12/2011. As mercadorias classificadas nos códigos 4202.12.20, 4202.22.20, 4202.32.00 e 4202.92.00 da NCM integram o regime da contribuição previdenciária substitutiva desde a edição da Medida Provisória nº 563/2012, mas as normas desse regime se aplicarão a seus fabricantes somente a partir da edição de decreto que regulamente a matéria. As mercadorias classificadas nos códigos 4202.12.10, 4202.19.00, 4202.22.10, 4202.29.00, 4202.39.00 e 4202.99.00 da NCM nunca integraram o regime da contribuição previdenciária substitutiva e, portanto, as normas desse regime não se aplicam a seus fabricantes”.
6 – Pessoas Jurídicas – SIMPLES NACIONAL
A legislação que trata sobre a DESONERAÇÃO, não menciona a respeito das empresas enquadras no SIMPLES NACIONAL, assim, o entendimento era que a Desoneração da Folha só se aplicaria as empresas no Lucro Presumido e Lucro Real, porque, o SIMPLES NACIONAL é um sistema de tributação diferenciado.
Conforme a SOLUÇÃO DE CONSULTA DA RFB N° 35 de 25 d e maio de 2013, as empresas dos anexos I e III não estão obrigadas à desoneração da folha de pagamento, somente as enquadradas no anexo IV, conforme abaixo os itens 1 e 2:
MINISTÉRIO DA FAZENDA SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 35 de 25 de Marco de 2013
ASSUNTO: Contribuições Sociais Previdenciárias
EMENTA: CONTRIBUIÇÃO SUBSTITUTIVA. EMPRESAS OPTANTES PELO SIMPLES NACIONAL. ANEXOS I E III. NÃO CABIMENTO.
1. Às empresas optantes pelo Simples Nacional tributadas na forma dos Anexos I e III da Lei Complementar nº 123, de 2006, não se aplica a contribuição previdenciária substitutiva incidente sobre a receita bruta prevista na Lei nº 12.546, de 2011.
2. Essa contribuição, porém, é devida pelas microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional que recolhem com fundamento no § 5º-C do art. 18 da Lei Complementar nº 123, de 2006 (Anexo IV), desde que a atividade exercida esteja inserida entre aquelas alcançadas pela contribuição substitutiva e sejam atendidos os limites e as condições impostos pela Lei nº 12.546, de 2011, para sua incidência. Reforma da Solução de Consulta SRRF06/Disit nº 70/2012.
Destaque
Na hipótese da pessoa jurídica enquadrada no SIMPLES NACIONAL preferir recolher as contribuições do regime da desoneração da folha (regime substitutivo), ela deverá solicitar sua exclusão do SIMPLES NACIONAL, considerando que não é possível a utilização de regime misto da Lei Complementar nº 123/2006 e as normas que regem a desoneração da folha de pagamento.
7 – CONCLA – Comissão Nacional de Classificação
CNAE 2.1 – Subclasses Topo da Estrutura
Seção Divisões Descrição CNAE
A 01...03 AGRICULTURA, PECUÁRIA, PRODUÇÃO FLORESTAL, PESCA E AQÜICULTURA
B 05...09 INDÚSTRIAS EXTRATIVAS
C 10...33 INDÚSTRIAS DE TRANSFORMAÇÃO D 35...35 ELETRICIDADE E GÁS
E 36...39 ÁGUA, ESGOTO, ATIVIDADES DE GESTÃO DE RESÍDUOS E DESCONTAMINAÇÃO
F 41...43 CONSTRUÇÃO
G 45...47 COMÉRCIO; REPARAÇÃO DE VEÍCULOS AUTOMOTORES E MOTOCICLETAS
H 49....53 TRANSPÓRTE, ARMAZENAGEM E CORREIO I 55....56 ALOJAMENTO E ALIMENTAÇÃO
J 58....63 INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO
K 64....66 ATIVIDADES FINANCEIRAS, DE SEGUROS E SERVIÇOS RELACIONADOS
L 68....69 ATIVIDADES IMOBILIÁRIAS
M 69....75 ATIVIDADES PROFISSIONAIS, CIENTIFICAS E TÉCNICAS
N 77....82 ATIVIDADES ADMINISTRATIVAS E SERVIÇOS COMPLEMENTARES O 84....84 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, DEFESA E SEGURIDADE SOCIAL P 85....85 EDUCAÇÃO
Q 86....88 SAÚDE HUMANA E SERVIÇOS SOCIAIS R 90....93 ARTES, CULTURA, ESPORTE E RECREAÇÃO S 94....96 OUTRAS ATIVIDADES DE SERVIÇOS
T 97....97 SERVIÇOS DOMÉSTICOS
U 99....99 ORGANISMOS INTERNACIONAIS E OUTRAS INSTITUIÇÕES EXTRATERRITORIAIS
8 – Vigência da Contribuição Substitutiva
As legislações citadas acima determinam que a incidência sobre o valor da Receita Bruta, em substituição às contribuições previstas nos incisos I e III do artigo 22 da Lei nº 8.212, de 24/07/1991, assim, a contribuição patronal de 20%, incide conforme suas respectivas atividades abrangidas.
Conforme o segmento das atividades abrangidas pela desoneração da folha, atualmente será aplicada a alíquota de 1% ou 2% em substituição às contribuições patronal de 20%.
De acordo com o Decreto n° 7.828, de 16/10/2012, co m alterações dadas pelo Decreto n°7.877, de 27/12/2012, artigos 2°, §§ 1° a o 7°, segue os subitens abaixo, empresas abrangidas pela desoneração.
8.1 – As empresas do setor de construção civil, enquadradas nos
grupos 412, 432, 433 e 439 da CNAE 2.1
A Lei nº 12.844, de 19/07/2013, inclui novamente na desoneração da folha de pagamento, as empresas do setor de construção civil, referente os grupos 412, 432, 433 e 439 do CNAE 2.1, no entanto, essas empresas poderão optar por uma das formas de recolhimento da contribuição previdenciária:
20% (vinte por cento) da folha (artigo 22, inciso I e III, da Lei n° 8.212/1991);
2% (dois por cento) sobre a receita bruta (art. 7º da Lei 12.546/2011).
No entanto, também, esta opção deverá ser de forma irretratável para os meses julho, agosto, setembro e outubro/2013, e somente a partir de 1º de novembro/2013, estas empresas estarão obrigadas a retornar a regra da desoneração da folha de pagamento.
Ressalta-se, também, que o recolhimento da contribuição previdenciária substitutiva é de 2% (dois por cento) sobre o valor da receita bruta, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos.
Segue abaixo atividades no setor de construção civil que retornaram a desoneração da folha (artigo 13 da Lei n° 12.844/20 13, onde alterou o artigo 7° da Lei n° 12.546, de 14/12/2011):
CNAE 2.1 – Subclasses
Grupo: 412 – Construção de Edifício
Seção F Construção
Divisão 41 Construção de Edifícios
Grupo 412 Construção de Edifícios
Classe 4120-4 Construção de Edifícios
Subclasse 4120-4/00 Construção de Edifícios
Vigência
Antecipação: de 04/06/2013 a 31/12/2014 Obrigação: de 01/11/2013 a 31/12/2014
O recolhimento da contribuição previdenciária substitutiva passa a ser 2% sobre o valor da receita bruta, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos.
Grupo: 432 – Instalações Elétricas, Hidráulicas e outras Instalações em Construções
Seção F Construção
Divisão 43 Serviços Especializados para Construção
Grupo 432 Instalações Elétricas, Hidráulicas e outras
Instalações em Construções
Classe 4321-5 Instalações Elétricas
Vigência
Antecipação: de 04/06/2013 a 31/12/2014 Obrigação: de 01/11/2013 a 31/12/2014
O recolhimento da contribuição previdenciária substitutiva passa a ser 2% sobre o valor da receita bruta, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos.
Grupo: 433 – Obras de Acabamento
Seção F Construção
Divisão 43 Serviços Especializados para Construção
Grupo 433 Obras de Acabamento
Classe 4330-4 Obras de Acabamento
Subclasse 4330-4/01 Impermeabilização em Obras de Engenharia Civil
Vigência
Antecipação: de 04/06/2013 a 31/12/2014 Obrigação: de 01/11/2013 a 31/12/2014
O recolhimento da contribuição previdenciária substitutiva passa a ser 2% sobre o valor da receita bruta, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos.
Grupo: 439 – Outros Serviços Especializados para Construção
Seção F Construção
Divisão 43 Serviços Especializados para Construção
Grupo 439 Outros Serviços Especializados para Construção
Classe 4391-6 Obras de Fundações
Vigência
Antecipação: de 04/06/2013 a 31/12/2014 Obrigação: de 01/11/2013 a 31/12/2014
O recolhimento da contribuição previdenciária substitutiva passa a ser 2% sobre o valor da receita bruta, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos.
8.1.1 – Regras Para Empresas Do Setor De Construção Civil
Conforme o artigo 13, inciso IV da Lei n° 12.844, d e 19/07/2013, as empresas do setor de construção civil, enquadradas nos grupos 412, 432, 433 e 439 da CNAE 2.1, fazem parte da desoneração da folha.
As empresas do setor de construção civil poderão antecipar para 4 de junho de 2013 sua inclusão na tributação substitutiva.
A antecipação referente ao parágrafo anterior será exercida de forma irretratável mediante o recolhimento, até o prazo de vencimento, da contribuição substitutiva, relativa a junho de 2013.
8.1.2 – Regras Para Matrícula CEI – Cadastro Específico do INSS
Serão aplicadas às empresas do setor de construção civil as seguintes regras:
a) para as obras matriculadas no Cadastro Específico do INSS - CEI até o
dia 31 de março de 2013, o recolhimento da contribuição previdenciária deverá ocorrer na forma antiga (20% sobre a folha) conforme os incisos I e III do caput do art. 22 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, até o seu término;
b) para as obras matriculadas no Cadastro Específico do INSS - CEI no
período compreendido entre 1º de abril de 2013 e 31 de maio de 2013, o recolhimento da contribuição previdenciária deverá ocorrer na forma atual, assim, no regime novo da desoneração da folha (2% da receita bruta), até o seu término;
c) para as obras matriculadas no Cadastro Específico do INSS - CEI no período compreendido entre 1º de junho de 2013 até o último dia do 3º mês subsequente ao da publicação desta Lei, podem optar pelo regime novo, assim, o recolhimento da contribuição previdenciária poderá ocorrer, de 2% na desoneração, como na forma antiga conforme os incisos I e III do caput do art. 22 (20% sobre a folha) da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991;
d) para as obras matriculadas no Cadastro Específico do INSS - CEI após o
1º dia do 4º mês subsequente (novembro/2013) ao da publicação da Lei nº 12.844/2013, o recolhimento da contribuição previdenciária deverá ocorrer na forma atual da desoneração da folha (2% da receita bruta), até o seu término;
e) no cálculo da contribuição incidente sobre a receita bruta, serão
excluídas da base de cálculo, observado o disposto no art. 9º, as receitas provenientes das obras cujo recolhimento da contribuição tenha ocorrido na forma dos incisos I e III do caput do art. 22 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991.
Importante:
A opção a que se refere a alínea “c” acima, será exercida de forma irretratável mediante o recolhimento, até o prazo de vencimento, da contribuição previdenciária na sistemática escolhida, relativa a junho de 2013 e será aplicada até o término da obra (artigo 13 da Lei n° 12.844/2013, onde alterou o artigo 7°, § 10, da Lei n° 12.546, de 14.12.2011).
8.2 – As empresas de construção de obras de infraestrutura,
enquadradas nos grupos 421, 422, 429 e 431 da CNAE 2.1
As empresas de infraestrutura entram no regime da desoneração da folha a partir de 01/01/2014 até 31 de dezembro de 2014, aquelas enquadradas nos grupos 421, 422, 429 e 431 da CNAE 2.1, contribuirão sobre o valor da receita bruta, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos, em substituição às contribuições previstas à alíquota de 2% :
Grupo: 421 – Construção de Rodovias, Ferrovias, Obras Urbanas e Obras-de-Arte Especiais
Seção F Construção
Divisão 42 Obras de Infraestrutura
Grupo 421 Construção de Rodovias, Ferrovias, Obras
Urbanas e Obras-de-Artes Especiais
Classe 4211-1 Construção de Rodovias e Ferrovias
Subclasse 4211-1/01 Construção de Rodovias e Ferrovias
Vigência
I – de 01/01/2014 a 31/12/2014
O recolhimento da contribuição previdenciária substitutiva passa a ser 2% sobre o valor da receita bruta, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos.
Grupo: 422 – Obras de Infraestrutura para Energia Elétrica, Telecomunicações, Água, Esgoto e Transportes por Dutos
Seção F Construção
Divisão 42 Obras de Infraestrutura
Grupo 422 Obras de Infraestrutura para Energia Elétrica,
Telecomunicações, Água, Esgoto e Transportes por Dutos
Classe 4221-9 Obras para Geração e Distribuição de Energia
Elétrica e para Telecomunicações
Subclasse 4221-9/01 Construção de Barragens e Represas para
Geração de Energia Elétrica
Vigência
I – de 01/01/2014 a 31/12/2014
O recolhimento da contribuição previdenciária substitutiva passa a ser 2% sobre o valor da receita bruta, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos.