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Itajubá-MG. Legislação Digital

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Itajubá-MG

Legislação Digital

LEI COMPLEMENTAR Nº 40, DE 5 DE MAIO DE 2.008

Texto Compilado

"Dispõe sobre a criação da Função Pública de Conselheiro (a) Tutelar e dá outras providências".

Benedito Pereira dos Santos, Prefeito do Município de Itajubá, Estado de Minas Gerais, usando das atribuições que lhe são conferidas por Lei, faz saber que a Câmara Municipal aprovou e ele sanciona a seguinte Lei Complementar:

CAPÍTULO I Das Disposições Preliminares

Art. 1º Esta Lei institui o regime jurídico da Função Pública de Conselheiro(a) Tutelar do Município de Itajubá.

Art. 2º O Conselho Tutelar é órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente, conforme artigo 131 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei Federal nº 8.069, de 13 de julho de 1.990.

Parágrafo único. São atribuições da função pública de Conselheiro (a) Tutelar as definidas nos artigos 95 e 136 do ECA. CAPÍTULO II

Do Exercício da Função

Art. 3º O início do exercício da função de Conselheiro (a) Tutelar far-se-á por ato de nomeação e posse feito pelo Presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Itajubá, até 30 (trinta) dias depois da escolha.

Parágrafo único. Ao iniciar o exercício da função, o Conselheiro (a) Tutelar deverá assinar termo no qual constarão as suas responsabilidades, direitos e deveres.

Art. 4º O Conselheiro (a) Tutelar fica sujeito a jornada de 40 (quarenta) horas semanais de trabalho, mais os plantões semanais definidos pelo Regimento Interno, sem direito a hora extra.

§ 1º O Conselho Tutelar funcionará durante dez horas diárias e atenderá em sua sede, de segunda a sexta-feira, das 08:00 às 18:00 horas ininterruptamente, de acordo com que dispuser o seu Regimento Interno;

§ 2º Os plantões realizados nos finais de semanas e feriados darão direito a um dia de folga a cada Conselheiro(a) que participar do plantão, que deverá usufruir deste direito obrigatoriamente na semana seguinte, sendo proibido o acumulo de dias a gozar;

§ 3º O atendimento em horário comercial contará sempre com a presença mínima de 03 (três) membros na sede do Conselho Tutelar; § 4º Os Conselheiros (as) Tutelares eleitos deverão elaborar o Regimento Interno que disciplinará as atividades internas do Conselho Tutelar, no prazo de trinta dias após a posse;

§ 5º O Regimento Interno definirá os critérios para o regime de plantão e a jornada diária a que estão sujeitos os Conselheiros(as) Tutelares e será submetido à apreciação e aprovação do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Itajubá - CMDCAI, que deverá colocá-lo em votação na primeira Reunião Ordinária realizada após o recebimento do projeto, cabendo-lhe providenciar a publicação do seu texto através da Resolução Normativa, o que deve ser feito no prazo de três dias após a aprovação;

§ 6º Não haverá interrupção de expediente e atendimento em virtude de férias de funcionários municipais colocados a disposição do Conselho, férias coletivas, forenses ou recesso anual de conselheiros, devendo haver escala específica para este fim prevista no Regimento Interno.

§ 7º Além do cumprimento do estabelecido no caput, o exercício da função exigirá que o Conselheiro(a) Tutelar se faça presente sempre que solicitado, ainda que fora da jornada normal a que está sujeito.

Art. 5º Os Conselheiros(as) Tutelares serão considerados agentes públicos, função que prevalecerá somente enquanto durar seus mandatos, recebendo remuneração mensal de R$ 693,13 (seiscentos e noventa e três reais e treze centavos).

Art. 5º Os (as) Conselheiros (as) Tutelares serão considerados agentes públicos, função que prevalecerá somente enquanto durar seus mandatos, recebendo remuneração mensal de R$ 900,00 (novecentos reais), com direito à revisão geral anual, que for estabelecida para o servidor público municipal. (Redação dada pela Lei Complementar nº 52, de 2.011)

Parágrafo único. O mandato do Conselheiro (a) Tutelar não lhe confere status de funcionário público, nem lhe garante os direitos deste. Parágrafo único. O mandato do Conselheiro (a) Tutelar não lhe confere status de funcionário público, nem lhe garante os direitos deste, salvo a revisão geral anual. (Redação dada pela Lei Complementar nº 52, de 2.011)

Art. 6º O Poder Executivo encarregar-se-á de viabilizar o local apropriado para instalação do Conselho Tutelar, destinado exclusivamente para este fim, dotando-o da infra-estrutura necessária para seu funcionamento, devendo constar da Lei Orçamentária Municipal previsão de recursos para atender às despesas com sua manutenção e remuneração dos Conselheiros(as) Tutelares.

Parágrafo único. Nenhum Conselheiro (a) Tutelar poderá se candidatar a cargo público no Poder Legislativo ou Executivo durante sua permanência no Conselho Tutelar, salvo licença sem remuneração espontânea da função de Conselheiro (a), no prazo mínimo de 04 (quatro) meses antes do pleito.

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Da Vacância Art. 7º A vacância da função decorrerá de:

I - renúncia;

II - posse em cargo, emprego ou função pública remunerados; III - falecimento;

IV - acesso aos serviços de assistência e previdência mantidos pelo município. CAPÍTULO IV Das Licenças Art. 8º Será concedida licença ao Conselheiro(a) Tutelar nas seguintes situações: I - para concorrer a cargo eletivo;

II - em razão de maternidade; III - em razão de paternidade; IV - para tratamento de saúde; V - por acidente em serviço.

Parágrafo único. É vedado o exercício de qualquer atividade remunerada durante o período de licença, sob pena de cassação da licença e destituição da função.

Art. 9º O Conselheiro(a) terá direito a licença, sem remuneração, durante o período que mediar entre a escolha em convenção partidária, como candidato a cargo eletivo, até o 15º (décimo quinto) dia seguinte ao pleito.

Art. 10. A Conselheira Tutelar quando gestante terá direito a 120 (cento e vinte) dias consecutivos de licença, a partir do oitavo mês de gestação.

I - ocorrendo nascimento prematuro, a licença terá início no dia do parto.

II - no caso de natimorto, a Conselheira será submetida a exame médico quando completados 30 (trinta) dias do fato e, se considerada apta, retornará ao exercício da função.

III - no caso de aborto, atestado por médico oficial, a Conselheira terá direito a 30 (trinta) dias de repouso remunerado.

Parágrafo único. Para amamentar o próprio filho, até a idade de 6 (seis) meses, a Conselheira terá direito, durante a jornada de trabalho, a 1 (uma) hora, que poderá ser parcelada em 2 (dois) períodos de meia hora.

Art. 11. A licença paternidade será concedida ao Conselheiro pelo nascimento ou adoção do filho, pelo prazo de 05 (cinco) dias, consecutivos, contados do nascimento ou adoção, sem prejuízo da remuneração.

Art. 12. A Conselheira que adotar ou obtiver a guarda judicial para fins de adoção de criança será concedida licença-maternidade para ajustamento do adotado ao novo lar, sem prejuízo da remuneração.

§ 1º No caso de adoção ou guarda judicial de criança até 01 (um) ano de idade, o período de licença será de 120 (cento e vinte) dias. § 2º No caso de adoção ou guarda judicial de criança a partir de 01 (um) ano até 04 (quatro) anos de idade, o período de licença será de 60 (sessenta) dias.

§ 3º No caso de adoção ou guarda judicial de criança a partir de 04 (quatro) anos até 08 (oito) anos de idade, o período de licença será de 30 (trinta) dias.

§ 4º A licença-maternidade só será concedida mediante apresentação do termo judicial de guarda à adotante ou guardiã.

Art. 13. Será concedida ao Conselheiro (a) licença para tratamento de saúde e por acidente em serviço com base em perícia médica. § 1º Para concessão de licença, considera-se acidente em serviço o dano físico ou mental sofrido pelo Conselheiro(a) e que se relacione com o exercício de suas atribuições.

§ 2º Equipara-se ao acidente em serviço o dano decorrente de agressão sofrida, e não provocada, pelo Conselheiro(a) no exercício de suas atribuições.

CAPÍTULO V Das Concessões

Art. 14. O Conselheiro (a) poderá ausentar-se do serviço sem qualquer prejuízo, por 07 (sete) dias consecutivos, em razão de: I - casamento;

II - falecimento do cônjuge, companheiro, pais ou filhos;

CAPÍTULO VI Do Tempo de Serviço

Art. 15. O exercício efetivo da função pública de Conselheiro (a) Tutelar será considerado tempo de serviço para os fins estabelecidos em Lei.

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Art. 16. Serão considerados de efetivo exercício os afastamentos previstos no artigo 8º resultantes de: I - licença maternidade e paternidade;

II - licença por motivo de acidente em serviço.

CAPÍTULO VII Dos Deveres Art. 17. São deveres do Conselheiro (a) Tutelar:

I - exercer com zelo e dedicação as suas atribuições, conforme a Lei nº 8.069/90; II - observar as normas legais e regulamentares;

III - atender com urbanidade e presteza, ao público prestando as informações requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo; IV - zelar pela economia do material e conservação do patrimônio público;

V - manter conduta compatível com a natureza da função que desempenha; VI - guardar, quando necessário, sigilo sobre assuntos de que tomar conhecimento; VII - ser assíduo e pontual;

VIII - preparar e encaminhar relatório ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Itajubá - CMDCAI, semestralmente ou quando solicitado.

CAPÍTULO VIII Das Proibições Art. 18. Ao Conselheiro (a) Tutelar é proibido:

I - ausentar-se da sede do conselho durante os expedientes, salvo por necessidade de serviço; II - recusar fé a documento público;

III - opor resistência injustificada ao andamento do serviço;

IV - delegar a pessoa que não seja membro do Conselho Tutelar o desempenho da atribuição que seja de sua responsabilidade; V - valer-se da função para lograr proveito pessoal ou de outrem;

VI - receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas atribuições; VII - proceder de forma desidiosa;

VIII - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício da função e com o horário de trabalho; IX - exceder no exercício da função, abusando de suas atribuições específicas;

X - fazer propaganda político-partidária no exercício de suas funções;

XI - aplicar medida de proteção sem a prévia discussão e decisão do Conselho Tutelar de que faça parte, salvo em situações emergenciais, que serão submetidas em seguida ao colegiado.

CAPÍTULO IX

Da Acumulação e da Responsabilidade

Art. 19. É vedada a acumulação da função de Conselheiro (a) Tutelar com cargo, emprego ou outra função remunerada. Parágrafo único. O Conselheiro (a) Tutelar responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de sua função.

CAPÍTULO X Das Penalidades

Art. 20. São penalidades disciplinares aplicáveis aos membros dos Conselhos Tutelares: I - advertência;

II - suspensão;

III - destituição da função.

Art. 21. Na aplicação das penalidades serão consideradas a natureza e a gravidade da infração cometida, os danos que dela provierem para a sociedade ou serviço público, os antecedentes no exercício da função, as agravantes e atenuantes.

Art. 22. A advertência será aplicada por escrito, nos casos de violação de proibição constantes nos incisos I, II e XI do artigo 18 e de inobservância de dever funcional previsto em Lei, regulamento ou norma interna do Conselho Tutelar que não justifique imposição de penalidade mais grave.

Art. 23. A suspensão será aplicada nos casos de reincidência das faltas punidas com advertência, não podendo exceder 30 (trinta) dias, implicando o não pagamento da remuneração pelo prazo que durar.

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I - prática de crime contra a administração pública ou contra a criança e o adolescente;

II - não cumprimento da escala de serviços ou de qualquer outra atividade atribuída a ele, por 03 (três) vezes consecutivas ou 05 (cinco) alternadas, dentro de um ano, salvo justificativa aceita pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Itajubá - CMDCAI;

III - falta, sem justificativa a 03 (três) reuniões (discussão de casos) consecutivas ou 05 (cinco) alternadas, no espaço de um ano; IV - comprovação de inidoneidade moral;

V - ofensa física em serviço, salvo em legítima defesa própria ou de outrem; VI - posse em cargo, emprego ou outra função remunerada;

VII - transgressão dos incisos III, IV, V, VI, VII, VIII, IX e X do artigo 18.

Art. 25. A destituição do Conselheiro (a) o incompatibilizará para o exercício de qualquer cargo, emprego ou função pública no Município de Itajubá pelo prazo de 03 (três) anos.

Art. 26. O ato de imposição da penalidade mencionará sempre o fundamento legal e a causa da sanção disciplinar. CAPÍTULO XI

Do Processo Administrativo Disciplinar

Art. 27. O membro do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Itajubá - CMDCAI que tiver ciência de irregularidades no Conselho Tutelar é obrigado a tomar as providências necessárias para sua imediata apuração, mediante sindicância ou processo administrativo disciplinar, assegurado ao acusado ampla direito de defesa.

Art. 28. Da sindicância, que não excederá o prazo de 30 (trinta) dias, poderá resultar: I - o arquivamento;

II - a aplicação da penalidade de advertência ou suspensão; III - a instauração de processo disciplinar.

Art. 29. Como medida cautelar e a fim de que o Conselheiro (a) não venha interferir na apuração de irregularidade, poderá a autoridade competente determinar o seu afastamento do exercício da função, pelo prazo de até 30 (trinta) dias, sem prejuízo da remuneração.

CAPÍTULO XII Das Disposições Gerais

Art. 30. O exercício da função de Conselheiro (a) Tutelar constituirá serviço público relevante e estabelecerá presunção de idoneidade moral, assegurando prisão especial em caso de crime comum até o julgamento definitivo.

Art. 31. Caberá ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Itajubá - CMDCAI coordenar e executar todas as atividades relativas à organização e a disciplina dos Conselheiros (as) Tutelares.

I - o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Itajubá - CMDCAI elaborará um plano de capacitação semestral aos Conselheiros (as) Tutelares, nas matérias pertinentes ao ofício desse cargo;

II - após a eleição, o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Itajubá - CMDCAI providenciará um curso de capacitação destinado aos Conselheiros (as) eleitos.

Art. 32. O Conselheiro (a) perderá a remuneração do dia: I - se não comparecer ao serviço, sem justificativa;

II - se os atrasos, ausências e saídas antecipadas, forem iguais ou superiores há trinta minutos, sem justificativa.

Art. 33. Poderá haver consignação em folha de pagamento a favor de terceiros, mediante autorização do Conselheiro(a) Tutelar ou decisão judicial.

Art. 34. As reposições e ou indenizações ao erário público, serão descontadas em parcelas mensais, não excedentes à décima parte da remuneração ou provento, cujos valores deverão ser atualizados.

Parágrafo único. O Conselheiro (a) em débito com o erário e que de qualquer modo se desvincular do Conselho Tutelar tem trinta (30) dias para quitar o débito, sob pena de sua inscrição na dívida ativa.

Art. 35. Aplica-se aos Conselheiros (as) Tutelares, naquilo que não for contrário ao disposto nesta Lei ou incompatíveis com a natureza temporária do exercício da função, as disposições do Estatuto dos Servidores Públicos do Município e da legislação correlata referente, ao direito de petição e ao processo administrativo disciplinar.

Art. 36. O Executivo regulamentará o disposto nesta Lei no prazo de trinta (30) dias.

Art. 37. As despesas com a execução desta lei correrão pela dotação orçamentária própria, suplementada caso necessário. Art. 38. Revogadas as disposições em contrário, esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Itajubá, de 5 de maio de 2.008. Benedito Pereira dos Santos Prefeito Municipal

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Alfredo Vansni Honório Secretário Municipal de Governo

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