CAPITULO
TRIBUTOS
CONTRIBUIÇÃO DE
MELHORIA
Fato gerador
Obra Pública
Da qual decorra valorização imobiliária
CTN - Art. 81 CTN “A contribuição de melhoria
cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.”
Decreto-Lei 195/67- art 1º. “A Contribuição de Melhoria, prevista na Constituição Federal tem como fato gerador o acréscimo do valor do imóvel localizado nas áreas beneficiadas direta ou indiretamente por obras públicas.”
A Emenda Constitucional n.º 23/83 estabeleceu como fato gerador o " benefício" .
O FATO GERADOR na Emenda Constitucional n.º 23/83 não foi regulado por lei complementar federal.
Em 1988, a CRFB/88 ao dispor sobre a contribuição de melhoria, cita:
“Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:...III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas,”
Na C.F 88 “O
fato gerador da contribuição de
melhoria ficou em aberto.”
+
FATO
GERADOR
OBRA
PÚBLICA
VALORIZAÇÃO
IMOBILIÁRIA
STF
“Hipótese de recapeamento de via pública já asfaltada: simples serviço de manutenção e conservação que não acarreta valorização do imóvel, não rendendo ensejo a imposição desse tributo (contribuição de melhoria)”. (RE No 115.863 / SP – São Paulo)
LIMITES
NA COBRANÇA DA
CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA
Art. 81 C.T.N.
CTN - Art. 81 CTN “A contribuição de melhoria
cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.”
Limite individual é o valor máximo que cada contribuinte poderá ser cobrado em relação ao seu imóvel: é o montante de valorização sofrida pelo seu imóvel.
Limite total é o valor máximo que o ente público pode arrecadar com determinada contribuição instituída: é o valor total do custo da obra.
EXIGÊNCIA DE EDITAL PRÉVIO
( art. 82 CTN)
CTN
Art. 82. “A lei relativa à contribuição de melhoria observará os seguintes requisitos mínimos:
I - publicação prévia dos seguintes elementos:
a) memorial descritivo do projeto;
(continua)
c) determinação da parcela do custo da obra a ser financiada pela contribuição;
d) delimitação da zona beneficiada;
e) determinação do fator de absorção do benefício da valorização para toda a zona ou para cada uma das áreas diferenciadas, nela contidas; (continua)
(continua)
II - fixação de prazo não inferior a 30 (trinta) dias, para impugnação pelos interessados, de qualquer dos elementos referidos no inciso anterior;
III - regulamentação do processo administrativo de instrução e julgamento da impugnação a que se refere o inciso anterior, sem prejuízo da sua apreciação judicial. (continua)
(continua)
§ 1º
A contribuição relativa a cada imóvel
será determinada pelo rateio da parcela do
custo da obra a que se refere a alínea c, do
inciso I, pelos imóveis situados na zona
beneficiada
em
função
dos
respectivos
fatores individuais de valorização.
(continua)
(
continua)
§ 2º Por ocasião do respectivo lançamento,
cada contribuinte deverá ser notificado do
montante da contribuição, da forma e dos
prazos de seu pagamento e dos elementos
que integram o respectivo cálculo.”
CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA
TRIBUTO VINCULADO
= FATO GERADOR É VINCULADO À ATIVIDADE ESTATAL
(FATO GERADOR DA CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA É FATO DO ESTADO)
FATO GERADOR DOS IMPOSTOS
: manifestação
exterior de riqueza; manifestação de capacidade
econômica do contribuinte.
Ex. auferir renda , propriedade de bem imóvel, saída de mercadoria (circulação de mercadoria), prestar serviços e etc....
CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL
Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte
IMPOSTO é
TRIBUTO NÃO VINCULADO
= FATO GERADOR NÃO VINCULADO À ATIVIDADE ESTATAL
FUNÇÃO
DA CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA
CF art 167 - “são vedados:
IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da
arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e (...) continua
A C.F não cria obstáculos à vinculação da receita da contribuição de melhoria.
BASE DE CÁLCULO
QUANTUM ($) = % x BASE DE CÁLCULO
Base de Cálculo dos Impostos
X
SE NO IMPOSTO O FG = MANIFESTAÇÃO ECONÔMICA do contribuinte, logo:
BASE DE CÁLCULO DO IMPOSTO = DIMENSÃO DA CAPACIDADE ECONÔMICA do contribuinte
Ex. IR (FG= AUFERIR RENDA) logo (BC = VALOR DA RENDA)
IPTU (FG = PROPRIEDADE) logo ( BC= VALOR DO IMÓVEL)
TODO IMPOSTO É REGIDO PELO
BASE DE CÁLCULO DA CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA
QUANTUM ($) = % x BASE DE CÁLCULO
BASE DE CÁLCULO = DIMENSÃO DA ATIVIDADE ESTATAL = CUSTO ( a sofrer rateio)
TODA CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA É REGIDA PELO
Base de cálculo no Dec-Lei 195/67-
art. 3° § 2º
“A
determinação
da
Contribuição
de
Melhoria
far-se-á
rateando,
proporcionalmente,
o custo parcial ou total
das obras
, entre todos os imóveis incluídos
BASE DE CÁLCULO (STF)
Sem valorização imobiliária, decorrente de obra pública, não há contribuição de melhoria, porque a hipótese de incidência desta é a valorização e a sua base é a diferença entre dois momentos: o anterior e o posterior à obra pública, vale dizer,o`quantum' da valorização imobiliária.II. Precedente do STF: RE 115.863-SP e 116.147-SP
STF
“Esta Corte consolidou o entendimento no sentido de que a contribuição de melhoria incide sobre o
quantum da valorização imobiliária.” (AI 694.836 – AgR - Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 24-11-2009, Segunda Turma, DJE de 18-12-2009.)
A cobrança exige obra acabada – STJ
“(...) Consectariamente, o fato gerador de contribuição de melhoria se perfaz somente após a conclusão a obra que lhe deu origem e quando for possível aferir a valorização do bem imóvel beneficiado pelo empreendimento estatal” Resp 647.134 - SP
“Obra pública: o particular que assumiu por contrato a obrigação de ressarcir a sociedade de economia mista executora dos custos de obra pública de seu interesse não pode opor à validade da obrigação livremente contraída a possibilidade, em tese, da instituição para a hipótese de contribuição de melhoria.” (RE 236.310 - Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 14-12-1998, Primeira Turma, DJ de 6-4-2001)
“Taxa de pavimentação asfáltica. (…). Tributo que tem por fato gerador benefício resultante de obra pública, próprio de contribuição de melhoria, e não a utilização, pelo contribuinte, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto a sua disposição. (Continua)
Impossibilidade de sua cobrança como contribuição, por inobservância das formalidades legais que constituem o pressuposto do lançamento dessa espécie tributária.” (RE 140.779 - Rel. Min. Ilmar Galvão, julgamento em 2-8-1995, Plenário, DJ de 8-9-1995)
CAPÍTULO
Tributos
CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL
art. 5.º CTN : São tributos os impostos, taxas e contribuições de melhoria
CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL
Art. 4º A natureza jurídica específica do
tributo é determinada pelo fato gerador da
respectiva
obrigação,
sendo
irrelevantes
para qualificá-la:
I- a denominação e demais características
formais adotadas pela lei;
II- a destinação legal do produto da sua
arrecadação.
EXEMPLO
Lei institui tributo denominado taxa, tendo
como fato gerador a propriedade de imóvel
em zona urbana.
CONCLUSÃO
NATUREZA JURÍDICA DO TRIBUTO art. 4º CTN
FATO
GERADOR
RELEVANTE
NATUREZA JURÍDICA DO TRIBUTO art. 4º CTN IRRELEVANTE DENOMINAÇÃO OUTRAS CARACTERÍSTICAS FORMAIS DESTINAÇÃO DA RECEITA
“A natureza jurídica específica do tributo é
determinada pelo confronto do fato gerador
da respectiva obrigação e da base de cálculo
do
tributo”
(doutrina)
JURISPRUDÊNCIA - STF
“Consistindo a base de cálculo, ou base
imponível, no padrão ou critério quantitativo
da consistência material da hipótese de
incidência, há de ser ela adequada a esta.
(continua) ...
Por isso se diz que a base de
cálculo caracteriza o tributo, se vinculado ou
não vinculado
– classificação jurídica do
tributo devida ao labor científico de Geraldo
Ataliba (...)
(continua)
(continua)
(...) a base de cálculo caracteriza a
espécie tributária, se vinculado (taxas e
contribuições) e não vinculadas (impostos).
(continua)
É que, se a base de cálculo, ou
base imponível, é a mensuração do fato
tributário,
será
ela,
nos
tributos
não
vinculados, o valor da consistência material
da hipótese de incidência que será sempre
um fato qualquer que não, uma atuação
estatal;
(continua)
(continua)
de
outro
lado,
nos
tributos
vinculados a base de cálculo consistirá na
grandeza numérica ou econômica de uma
atividade estatal.”
(
ADI 447
, Rel. Min. Octavio
Gallotti,
voto
do
Min.
Carlos
Velloso,
julgamento em 5-6-1991, Plenário, DJ de
5-3-1993.)
CAPÍTULO
Tributos
CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL
art. 5.º CTN : São tributos os impostos, taxas e contribuições de melhoria
JURISPRUDÊNCIA DO STF
As diversas espécies tributárias, determinadas pela hipótese de incidência ou pelo respectivo fato gerador da respectiva obrigação tributária, são:
a) os impostos (C.F., art. 145, I, art.s 153, 154, 155 e 156); b) as taxas(C.F., art 145,II) ;
c) as contribuições, que são
c.2) as parafiscais(C.F., art 149) que por sua vez podem ser:
c.2.1) sociais:
c.2.1.1) de seguridade social ((C.F., art 195 )
c.2.1.2) outras da seguridade social ( C.F., art 195 § 4°)
c.2.1.3) sociais gerais: FGTS, salário-educação (C.F, art. 212 § 5º ) e as contribuições para o SESI, SESC e SENAI (CF art. 240);
c.3) especiais:
c.3.1) de intervenção no domínio econômico (C.F, art. 149) c.3.2) corporativas = de interesse de categorias profissionais ou econômicas. (C.F, art. 149)
d) os empréstimos compulsórios (C.F, art. 148)
c.3) especiais:
c.3.1) de intervenção no domínio econômico (C.F, art. 149) c.3.2) corporativas = de interesse de categorias profissionais ou econômicas. (C.F, art. 149)
d) os empréstimos compulsórios (C.F, art. 148)
Súmula n.º 418/STF
“O empréstimo compulsório não é tributo, e
sua arrecadação não está sujeita à exigência
constitucional
da
prévia
autorização
orçamentária.”
Art. 148 C.F. “A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência;
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b".”
Circunstâncias autorizadoras
Guerra externa ou sua iminência
Calamidade Pública
Investimento Público
Art. 15 CTN. “Somente a União, nos seguintes casos excepcionais, pode instituir empréstimos compulsórios:
I - guerra externa, ou sua iminência;
II - calamidade pública que exija auxílio federal impossível de atender com os recursos orçamentários disponíveis;
III - conjuntura que exija a absorção temporária de poder aquisitivo. (não recepcionado pela CF 88)”
"“Recurso extraordinário. Constitucional. Empréstimo compulsório em favor das Centrais Elétricas Brasileiras S/A – Eletrobrás. Lei 4.156/1962. Incompatibilidade do tributo com o sistema constitucional introduzido pela CF de 1988. Inexistência. Art. 34, § 12, ADCT-CF/1988. Recepção e manutenção do imposto compulsório sobre energia elétrica.” (RE 146.615, Rel. p/ o ac. Min. Maurício Corrêa, julgamento em 6-4-1995, Plenário,
C.F art. 34 § 12 – “A urgência prevista no art. 148, II, não prejudica a cobrança do empréstimo compulsório instituído, em benefício das Centrais Elétricas Brasileiras S.A. (Eletrobrás), pela Lei nº 4.156, de 28 de novembro de 1962, com as alterações posteriores”
LEI COMPLEMENTAR FEDERAL
Lei instituidora do Empréstimo Compulsório
Característica formal: restituição obrigatória
Fato Gerador: a lei define.
O EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO ADMITE
BITRIBUTAÇÃO ou BIS IN IDEM
Via de regra a União copia fato gerador dos
impostos
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE TRIBUTÁRIA
CF art. 150 . “Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
(...)
III - cobrar tributos: (...)
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou”;
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE TRIBUTÁRIA
2000 2001
Lei publicada institui
São exceções ao princípio da Anterioridade Tributária o Empréstimo Compulsório previsto
no art. 148, I C.F Art. 150 § 1° C.F.
Art. 15 CTN- Parágrafo único
.
“A lei fixará
obrigatoriamente o prazo do empréstimo e
as condições de seu resgate, observando, no
que for aplicável, o disposto nesta
Lei”
“O valor arrecadado à título de empréstimo
compulsório deve ser restituído na mesma
espécie em que fora
recolhido”
RE175385
Possibilidade de restituição de ações
“O STF acatou a restituição do empréstimo
compulsório
instituído
em
favor
da
Eletrobrás, em
ações”
AGRRE193798/PR
STF
"Empréstimo compulsório. (DL 2.288/1986, art. 10): Inconstitucionalidade da incidência na aquisição de automóveis de passeio, com resgate em quotas do Fundo Nacional de Desenvolvimento: 'Empréstimo compulsório, ainda que compulsório, continua empréstimo„. (Continua)
"A Constituição vinculou o legislador à essencialidade da restituição na mesma espécie, seja por força do princípio explícito do art. 110 Código Tributário Nacional, seja porque a identidade do objeto das prestações recíprocas e indissociável da significação jurídica e vulgar do vocábulo empregado." (RE 121.336 - Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julg. em 11-10-1990, Plenário,
DJ
de 26-6-1992.)"O depósito judicial, sendo uma faculdade do contribuinte a ser exercida ou não, dependendo de sua vontade, não tem característica de empréstimo compulsório, nem índole confiscatória, pois o mesmo valor corrigido monetariamente lhe será restituído se vencedor na ação." (ADI 1933 - Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 14-4-2010, Plenário, DJE de 3-9-2010).
Lei instituidora do tributo destina receita à •Despesa •Fundo •Òrgão TESOURO (ORÇAMENTO) TRIBUTO DE RECEITA (ARRECADAÇÃO)
Art. 148 C.F- Parágrafo único. “A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição”.
EMPRÉSTIMO COMPUSÓRIO
TRIBUTO DE RECEITA (ARRECADAÇÃO) VINCULADA
Obrigatoriamente a sua receita é vinculada a despesa, que fundamentou a sua instituição.